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ANDRÉ GANDOLFO POESIA
Soneto das Manhãs  Ah, doces manhãs de abril Sobre esse céu dourado em flor A coroar o meu Brasil De sol, luz e calor   As aves em gorjeio e trino Musicam a cor do novo dia E o olhar do menino Se inunda de som e poesia   Qual fosse cena de cinema Voam longe mil borboletas A sumir no arrebol   Como versos de poema Tudo é cor violeta No triunfo duma manhã de Sol André Gandolfo
André Gandolfo Eu procuro um amor Que tenha perfume de rosas vermelhas Um amor que afine as cravelhas Do meu violão (coração) Se houver um amor assim...   Eu procuro um amor Que seja lindo como a lua Que como estrelas flutua No mar da imensidão Eu procuro um amor Como o sabor das águas puras Um amor de todas as culturas Todos os credos e ceitas Da sintonia perfeita Da canção mais linda Mais bela, e melhor poesia já feita   Eu procuro um amor Que tenha perfume de rosas vermelhas Um amor que afine as cravelhas Do meu coração Se houver um amor assim... Rosas Vermelhas
Eis o fim do caminho escuro, O barro sórdido, o muro A peleja de amor deserto E a flor da paz em apuros   Eis a doce cantiga de ninar A valsa no salão vazio O soneto em tom maior E o piano sob o rio   Eis a paródia de um sonho Mundo em teatro romano A panacéia das pestes pobres E a dor cravada no ser humano   Eis que a madrugada é clara E eis que o dia é escuro, viu Não há substância assim tão cara E o piano, está sob o rio. Eis Aqui André Gandolfo
O SONETO DAS ESTRELAS Que azul mórbido seria Se no céu não houvessem estrelas Seria melhor que fosse dia Se não houvessem as centelhas   São elas que guiam Os passos e o norte na amplidão São caminhos que se perdem No céu e no coração   São uma árvore imensa Qual aquelas de natal Que flutua noutra dimensão   Nenhuma sequer é densa Nenhuma nos faz mal Apenas alegra meu coração André Gandolfo
Oásis no deserto Luz na escuridão O cais no mar Você na solidão   Você, minha protagonista Atriz, cantora e artista De um show sem fim, Pra mim... Você, deusa da vida, sim Criadora dos mistérios O que é o amor? A vida? Onde vai parar esse jardim? Será que não tem fim A sede de te ver assim... Luz em plena escuridão... Luz na Escuridão André Gandolfo
Edifício Gritos na cidade, prantos de verdade Não é peça, não é farsa, não é gravação É o urro mudo desse mundo Da capital em expansão   Ensurdecedor, vazio Tão perto que me faz ver Que ninguém mais consegue ouvir O sussurro do rio...   São edifícios, longes precipícios Prédios, pontes e pedestres Distante farra, algazarra Qual chegada de extraterrestre    Consumismo num modismo E o nudismo sem fim Aos poucos essa gente se acostuma A apreciar o que é ruim André Gandolfo

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  • 2. Soneto das Manhãs  Ah, doces manhãs de abril Sobre esse céu dourado em flor A coroar o meu Brasil De sol, luz e calor   As aves em gorjeio e trino Musicam a cor do novo dia E o olhar do menino Se inunda de som e poesia   Qual fosse cena de cinema Voam longe mil borboletas A sumir no arrebol   Como versos de poema Tudo é cor violeta No triunfo duma manhã de Sol André Gandolfo
  • 3. André Gandolfo Eu procuro um amor Que tenha perfume de rosas vermelhas Um amor que afine as cravelhas Do meu violão (coração) Se houver um amor assim...   Eu procuro um amor Que seja lindo como a lua Que como estrelas flutua No mar da imensidão Eu procuro um amor Como o sabor das águas puras Um amor de todas as culturas Todos os credos e ceitas Da sintonia perfeita Da canção mais linda Mais bela, e melhor poesia já feita   Eu procuro um amor Que tenha perfume de rosas vermelhas Um amor que afine as cravelhas Do meu coração Se houver um amor assim... Rosas Vermelhas
  • 4. Eis o fim do caminho escuro, O barro sórdido, o muro A peleja de amor deserto E a flor da paz em apuros   Eis a doce cantiga de ninar A valsa no salão vazio O soneto em tom maior E o piano sob o rio   Eis a paródia de um sonho Mundo em teatro romano A panacéia das pestes pobres E a dor cravada no ser humano   Eis que a madrugada é clara E eis que o dia é escuro, viu Não há substância assim tão cara E o piano, está sob o rio. Eis Aqui André Gandolfo
  • 5. O SONETO DAS ESTRELAS Que azul mórbido seria Se no céu não houvessem estrelas Seria melhor que fosse dia Se não houvessem as centelhas   São elas que guiam Os passos e o norte na amplidão São caminhos que se perdem No céu e no coração   São uma árvore imensa Qual aquelas de natal Que flutua noutra dimensão   Nenhuma sequer é densa Nenhuma nos faz mal Apenas alegra meu coração André Gandolfo
  • 6. Oásis no deserto Luz na escuridão O cais no mar Você na solidão   Você, minha protagonista Atriz, cantora e artista De um show sem fim, Pra mim... Você, deusa da vida, sim Criadora dos mistérios O que é o amor? A vida? Onde vai parar esse jardim? Será que não tem fim A sede de te ver assim... Luz em plena escuridão... Luz na Escuridão André Gandolfo
  • 7. Edifício Gritos na cidade, prantos de verdade Não é peça, não é farsa, não é gravação É o urro mudo desse mundo Da capital em expansão   Ensurdecedor, vazio Tão perto que me faz ver Que ninguém mais consegue ouvir O sussurro do rio...   São edifícios, longes precipícios Prédios, pontes e pedestres Distante farra, algazarra Qual chegada de extraterrestre   Consumismo num modismo E o nudismo sem fim Aos poucos essa gente se acostuma A apreciar o que é ruim André Gandolfo