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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR SANTA BÁRBARA
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
FRANCIELE DE JESUS FERREIRA LEITE
STARTUPS, EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO: uma análise com
discentes da FAESB Tatuí
TATUÍ - SP
2017
FRANCIELE DE JESUS FERREIRA LEITE
STARTUPS, EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO: uma análise com
discentes da FAESB Tatuí
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao Curso de Administração da Faculdade de
Ensino Superior Santa Bárbara – FAESB, como
requisito parcial para obtenção do título de
Bacharel em Administração, sob a orientação do
Prof. Me.: Odair de Almeida Ferreira.
TATUÍ - SP
2017
FRANCIELE DE JESUS FERREIRA LEITE
STARTUPS, EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO: uma análise com
discentes da FAESB Tatuí
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Administração da
Faculdade de Ensino Superior Santa Bárbara – FAESB, como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Administração, sob a orientação do Prof. Me. Odair
de Almeida Ferreira.
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Prof. Orientador Me. Odair de Almeida Ferreira
__________________________________________
Profª. Esp. Lilian Faustino da Rosa
__________________________________________
Profª. Esp. Regiane Cardoso de Oliveira
Tatuí, 29 de Novembro de 2017
Dedico este trabalho a meu pai que foi um
grande empreendedor, e estava sempre
disposto a assumir riscos e criar algo novo.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a DEUS, pois todas as vezes que me peguei
pensando negativamente que não conseguiria, entreguei nas mãos Dele, e fui
conduzida ao sucesso.
A minha Mãe e Padrasto, que com muito carinho е apoio, não mediram esforços
para qυе еυ chegasse até esta etapa da minha vida.
Ao meu namorado Fernando Corazza, de quem eu mais cobrei apoio e
atenção, mas que sei que estas foram coisas que jamais me faltaram. E porque é ele
que divide comigo os planos e sonhos para o futuro.
A Milla e Mallu, minhas “pets” que me esperavam todas as noites e ficou ao
meu lado todos os momentos enquanto este trabalho estava em andamento.
As minhas melhores amigas Gabriele Jardim Honorio e Paula Brandão Duarte,
que sempre estiveram ao meu lado, me incentivando e apoiando e nunca me deixaram
desistir.
A minha amiga de trabalho Cláudia Alves Barros, por me ensinar que nós
erramos ao julgarmos as pessoas e perdemos muito tempo odiando aqueles que
poderíamos amar. Amizade que hoje, considero indispensável em minha vida.
As minhas amigas companheiras deste mesmo momento Marcela Camargo e
Nathalia Marussi, onde pude dividir os medos, angústias, dúvidas e ansiedades.
Ao professor e orientador Odair de Almeida Ferreira pelas orientações técnicas
e por toda ajuda na elaboração deste trabalho.
A todos os professores da FAESB que contribuíram, ainda que indiretamente,
para o desenvolvimento deste trabalho.
A todos os alunos da FAESB que disponibilizaram seu tempo para responder o
questionário, apenas com o intuito de colaborar para a elaboração deste trabalho, que
sem tal ajuda seria impossível a realização do mesmo.
“Não acredite nas pessoas que sonham alto, elas são realmente inacreditáveis”.
Lucão (apud PERIN, 2015, p. 101).
RESUMO
O empreendedorismo tradicional vem passando por transformações e inovações, com
isso surgiram as startups que se tornaram um grande fenômeno nos dias atuais. As
startups estão revolucionado o mundo e a forma de pensar e empreender. Devido
essas transformações os discentes devem estar preparados para explorar tal
fenômeno que são as startups. O trabalho foi desenvolvido com objetivo de investigar
o nível de conhecimento dos alunos da Faculdade Santa Barbara de Tatuí (FAESB)
sobre startups. O estudo apresenta o conceito das startups voltada ao
empreendedorismo e inovação. Para responder os objetivos e problema deste
trabalho, foi utilizado por base a técnica de revisão bibliográfica e foi realizado um
estudo com método quantitativo através de questionário aplicado para os discentes
do curso de Administração de Empresa da instituição. A pesquisa revelou que os
discentes não possuem conhecimento sobre startups, porém tem o interesse em
aprender mais sobre o assunto, também destacou-se que os mesmos possuem
engajamento com o empreendedorismo e em seus planos ambicionam abrir seu
próprio negócio, dessa forma foi sugerido que a instituição deve explorar tal espírito
empreendedor dos discente e prepará-los tal fenômeno.
Palavras-chave: Startup. Empreendedorismo. Inovação.
ABSTRACT
The Traditional entrepreneurship has undergone transformations and innovations, with
which emerged the startups that have become a great phenomenon in the present day.
Startups are revolutionized the world and way of thinking and undertaking. Because of
these transformations, students should be prepared to explore such phenomena as
startups. The work was developed with the objective of investigating the level of
knowledge of the students of the Santa Barbara Faculty of Tatuí (FAESB) about
startups. The study presents the concept of startups focused on entrepreneurship and
innovation. To answer the objectives and problem of this work, the bibliographical
review technique was used based on a quantitative method through a questionnaire
applied to the students of the course of Business Administration of the institution. The
research revealed that the students do not have knowledge about startups, however
they have an interest in learning more about the subject, it was also pointed out that
they are engaged with entrepreneurship and in their plans they want to open their own
business, so it was suggested that the institution should exploit such enterprising spirit
of the student and prepare them for such phenomenon.
Keywords: Startup. Entrepreneurship. Innovation.
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1- Evolução das taxas de empreendedorismo no Brasil...............................18
Gráfico 2 - Discentes dos cursos participantes da pesquisa .....................................38
Gráfico 3 - Discentes dos semestres participantes da pesquisa ...............................39
Gráfico 4 - Idade dos discentes participantes da pesquisa .......................................39
Gráfico 5 - Auto avaliação dos discentes para empreendedorismo ..........................40
Gráfico 6 - Ambição dos discentes para os próximos cinco anos .............................41
Gráfico 7 - Desejo dos discentes em relação a abrir seu próprio negócio ................42
Gráfico 8 - Grau de interação dos discentes sobre startup .......................................42
Gráfico 9 - Grau de conhecimento dos discentes sobre startups..............................43
Gráfico 10 - Segmento em qual os discentes têm interesse de abrir sua startup......44
Gráfico 11 - Grau de conhecimento dos discentes sobre as startups da região .......44
Gráfico 12 - Interesse dos discentes em aprender sobre startups ............................45
Gráfico 13 - Grau de interesse dos discentes em aprender sobre startups após a
pesquisa....................................................................................................................45
Gráfico 14 - Qual meio os discentes aprenderam sobre startups..............................46
Gráfico 15 - Motivos pelo qual os discentes não abriram sua própria empresa ........47
Gráfico 16 - Grau de inovação dos discentes para empreender ...............................48
Gráfico 17 - Interesse dos discentes em dedicar-se para colocar em prática um projeto
..................................................................................................................................48
Gráfico 18 - Índice de alunos que visitaram uma startup ..........................................49
Gráfico 19 - Interesse dos discentes em visitar uma startup.....................................49
Gráfico 20 - Envolvimento dos discentes com empreendedores de startups............50
LISTA DE FIGURA
Figura 1 - Ciclo de Feedback Construir-Medir-Aprender...........................................27
Figura 2 - Método enxuto ..........................................................................................28
Figura 3 - Ciclo de aceleração...................................................................................35
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................12
1.1 Objetivos............................................................................................................13
1.1.1 Objetivo geral ...................................................................................................13
1.1.2 Objetivos específicos........................................................................................13
1.2 Problema............................................................................................................13
1.3 Justificativa........................................................................................................14
1.4 Metodologia .......................................................................................................14
2 EMPREEDEDORISMO ..........................................................................................16
2.1 Empreendedorismo no Brasil ..........................................................................16
2.2 Empreendedorismo e Inovação .......................................................................19
2.3 O empreendedorismo nas startups .................................................................20
3 STARTUPS............................................................................................................22
3.1 Conceito de Startup ..........................................................................................23
3.2 Startup enxuta ...................................................................................................25
4 INVESTIMENTOS EM STARTUPS .......................................................................29
4.1 Bootstrapping....................................................................................................29
4.2 Investimento seed .............................................................................................30
4.3 Investimento anjo..............................................................................................30
4.4 Investimento de venture capital.......................................................................31
5 INSTITUIÇÕES DE APOIO AO EMPREENDEDORISMO, INOVAÇÃO E STARTUP
..................................................................................................................................33
5.1 Incubadoras.......................................................................................................33
5.2 Aceleradoras......................................................................................................35
5.3 Parques tecnológicos .......................................................................................36
6 LEVANTAMENTO E APRESENTAÇÃO DOS DADOS.........................................38
6.1 Análise e discussão dos resultados................................................................45
7.1 Limitações da pesquisa....................................................................................52
7.2 Sugestões para novos estudos .......................................................................52
REFERÊNCIAS.........................................................................................................53
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA PESQUISA ..............................................56
12
1 INTRODUÇÃO
Milhares de empresas surgem do alento de empreendedores brasileiros que
almejam ter seu próprio negócio, muitos acabam tomando esta iniciativa pela falta de
emprego no mercado de trabalho. Grande parte segue esse caminho por não ter outra
opção a não ser investir em algo que ajude a se manter e pagar suas contas no fim
do mês. Muitos se pudessem ainda optariam por estar em conforto e segurança de
um emprego formal (MELLO; VIDIGAL, 2011).
O empreendedorismo é considerado um fenômeno devido sua força de
crescimento e para o empreendedor se destacar nesse mercado cada vez mais
competitivo é necessário demonstrar um diferencial, já que em ambiente de
incertezas, o empreendedor necessita inovar e ir em busca de novas oportunidades.
Esse novo empreendedor deve estar inovando continuamente, trazendo insight1 de
maneira que revolucione o mercado e traga sucesso para a empresa (MELLO;
VIDIGAL, 2011).
Entre esses empreendedores, alguns se destacam de certa forma, tendo um
modelo de negócio diferenciado e fazendo com que seu negócio se desenvolva
excepcionalmente, há inúmeros exemplos de empresas que a poucos anos atrás eram
pequenas como milhares de outras e hoje são líderes em seus setores. Esses
empreendedores atuam em mercados criados por eles mesmos, a partir de sua
criatividade e visão de futuro (MELLO; VIDIGAL, 2011).
Diante desta sobreposição entre inovação e empreendedorismo nos pequenos
negócios, surge o conceito de startups, porém muitas pessoas ainda não sabem o que
é uma startup e acabam relacionando com empresas da área de tecnologia e
empresas digitais
Para Perin (2015, p. s/p), “o Brasil possui grande chance em construir um
ecossistema líder mundial em inovação. Pois possui capital, talento, recursos e
desejo”. O autor ressalta também que “as startups precisam ser flexíveis, pois sabem
que o mercado é dinâmico e rápido, e as mudanças são normais nesse novo universo”
(PERIN, 2015, p. 11).
O autor defende a inovação não como uma simples parte da atividade
empreendedora, mas sim como sendo a ferramenta indispensável para o
1 Conceito de ideia repentina
13
desenvolvimento das startups. A inovação diferencia-se de uma simples invenção, ela
busca atender as exigências do mercado e gera renda ao empreendimento para que
este possa se manter.
A inovação, segundo o autor, tem um compromisso com o empreendedorismo,
criando novas opções de produtos e serviços, contribuindo com a melhoria da
qualidade de vida da sociedade, proporcionando desenvolvimento regional e a
formação de uma classe empresarial local.
O autor ainda menciona que as startups são impulsionadas pela nova geração
de empreendedores, a geração Y, que são jovens inovadores procurando por
desafios, assumindo riscos e trazendo o conceito de empresas inovadora.
1.1 Objetivos
1.1.1 Objetivo geral
Investigar o nível de conhecimento dos estudantes de administração da
Faculdade de Ensino Superior Santa Bárbara (FAESB) sobre startups.
1.1.2 Objetivos específicos
a) caracterizar as diferenças e semelhanças entre empreendedorismo e
startups;
b) definir startups e discorrer sobre o contexto e fatores de sua origem no Brasil;
c) pesquisar a importância das startups para Brasil e suas tendências.
1.2 Problema
Tendo em vista a importância das startups no Brasil, será que os estudantes
de Administração da Faculdade de Ensino Superior Santa Bárbara (FAESB)
conhecem o conceito das startups e estão pronto para explorar tal fenômeno?
14
1.3 Justificativa
A escolha do tema justifica-se pelo fato das startups ser assunto novo entre os
alunos da FAESB, visto que será aplicado uma nova matéria intitulada “Startup
Innovation” para os alunos da grade III do 8º semestre de Administração.
Quando se fala de startups é comum encontrarmos alunos querendo aprender
apenas o conceito básico somente para não ficarem alienado sobre o assunto, como
também encontramos outros interessados justamente por ser um fenômeno e um
tema que está causando grande impacto no mundo hoje.
É fundamental os alunos de Administração da FAESB entender sobre startups
e o porquê desse fenômeno, seus modelos de negócios e sua realidade no mercado,
pois precisam estar preparados e adaptar-se rapidamente ao que enfrentarão logo
mais. Por mais distintas que sejam as opções de carreiras precisam entender que há
possibilidade de saírem empreendedores, atuando naquilo que acreditam e poderão
ter crescimento profissional e de sucesso e que também é uma realidade no mercado
e na economia do Brasil, além de ser uma forte tendência como escape ao
desemprego.
1.4 Metodologia
Um dos propósitos deste estudo é investigar o nível de conhecimento dos
estudantes de Administração da FAESB, visto que as startups são um fenômeno
atualmente.
A elaboração do trabalho é estruturada em duas fases, sendo a primeira técnica
de revisão bibliográfica e a segunda pesquisa de campo com o método quantitativo.
Com o objetivo de aproximar o pesquisador ao assunto em questão, a base
teórica foi fundamentada por meio de técnica de revisão bibliográfica, desse modo
foram reunidos livros, e materiais de redes eletrônicas, relacionado a startups,
empreendedorismo e inovação.
Para esta pesquisa embasou-se a análise e apresentou suporte necessário
para compreender as questões lembradas nos objetivos a, b, c, que são
respectivamente:
15
a) caracterizar as diferenças e semelhanças entre empreendedorismo e
startups;
b) definir startups e discorrer sobre o contexto e fatores de sua origem no Brasil;
c) pesquisar a importância das startups para Brasil e suas tendências.
Portanto, foi selecionado os seguintes autores como destaque desta
verificação: Perin, Dornelas, Ries.
Com a técnica de revisão bibliográfica concluída, iniciou-se estudo de campo
com método quantitativo para que fosse possível atingir o objetivo proposto deste
estudo. Para isso houve a necessidade da elaboração de um questionário não
probabilístico a fim de investigar o nível de conhecimento dos estudantes de
Administração da FAESB.
Por meio do Software Google Docs, uma tecnologia Web, iniciou-se esse
levantamento de dados com questionário eletrônico enviado através de e-mails e
whatsaap, com o intuito de abranger o maior número de alunos possíveis.
A pesquisa foi aplicada na Faculdade de Ensino Superior Santa Bárbara
(FAESB), situada na no município de Tatuí, a qual oferece os cursos de:
Administração de Empresas, Ciências Contábeis, Direito, Engenharia Agronômica e
Enfermagem.
16
2 EMPREEDEDORISMO
“A palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e quer dizer
aquele que assume risco e começa algo novo” (DORNELAS, 2008, p.14). Existem
diversas definições para empreendedorismo, que variam até pelo segmento em que
o fenômeno é estudo, porém, a mais profunda e completa é a de Dornelas (2008, p.
22) “o empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em
conjunto, levam a transformação de ideias e oportunidades. E a perfeita
implementação destas oportunidades leva à criação de negócio de sucesso”.
Dornelas ainda menciona que conceito de empreendedorismo se intensificou
no final da década de 1990, mas a prática já existe há muito tempo e sofreu evolução
ao longo da história.
Existe vários elementos que intensificaram o empreendedorismo na década de
1990, um deles foi devido a não estabilidade da economia e a globalização. Muitas
empresas brasileiras tiveram que procurar alternativas para aumentar a
competitividade, reduzir os custos e manter-se no mercado.
Outro grande fator imediato que Dornelas (2008) cita foi o aumento do índice
de desemprego, principalmente nas cidades grandes, onde as concentrações de
empresas são maiores. Ex-funcionários dessas empresas, sem alternativas, utilizam
o que lhe restam para abrir seu próprio negócio e poder se manter.
Hoje há também muitas pessoas que ambicionam ter seu negócio e outras que
decidem iniciar seu próprio negócio porque tiveram um insight e almejam ser
independentes.
Resultado das oscilações na economia, o interesse pelo empreendedorismo
tende a crescer de forma intensa, assumindo um papel relevante nas sociedades
modernas.
2.1 Empreendedorismo no Brasil
Segundo o relatório da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM)
relatório usado para medir o empreendedorismo nos países, “o empreendedorismo
tem se mostrado uma ferramenta de desenvolvimento econômico e que traduz o
desejo de muitos brasileiros” (GRECO et al. 2017, p. 16).
17
Há dois tipos de empreendedorismos, o por oportunidade que é quando e o
empreendedor opta por iniciar um novo negócio com planejamento prévio, tem em
mente o crescimento para a empresa e visa a geração de lucros, empregos e
riquezas. E o empreendedorismo por necessidade que é quando um candidato a
empreendedor, por não possuir a melhor opção de trabalho ou está desempregado se
aventura na jornada empreendedora. (DORNELAS, 2005)
Devido à crise que o Brasil enfrentou nos últimos anos, muitas pessoas
perderam seu emprego e a solução foi abrir seu próprio negócio, ou seja empreender
por necessidade. Mas para se ter um negócio de sucesso requer planejamento e
muitas dessas empresas não tiveram sucesso.
O GEM edição 2016 publicado em 2017 nos mostra que o empreendedorismo
por oportunidade voltou a crescer, 75% dos novos empreendedores estão buscando
este caminho. Houve uma ligeira melhora, foram 57,4% em 2016, contra 56,5%, em
2015.
Destaca-se que o empreendedorismo por necessidade, que está relacionado a
falta de opção de trabalho e renda, está cedendo espaço para o empreendedorismo
por oportunidade. “Boa parte dos novos empreendedores brasileiros estão abrindo
seus negócios por vislumbrarem uma oportunidade, e não somente pela falta de
opção de renda” (GRECO et al. 2017, p. 15).
No relatório encontra-se informações muito relevantes para o
empreendedorismo brasileiro, como por exemplo a faixa etária dos empreendedores
brasileiros iniciais, 19,7% encontra-se entre 18 a 24 anos e 30,3% encontra-se entre
25 e 34 anos, somando 50% dos empreendedores iniciais em 2016. Tais faixas etárias
se enquadram na “geração Y”, a qual está revolucionando o empreendedorismo com
a inovação.
É possível analisar que 46,4% dos empreendedores iniciais possuem ensino
médio completo e superior incompleto e 6,3% possuem ensino superior completo,
especialização incompleta e completa, mestrado incompleto e completo, doutorado
incompleto e doutorado completo. Essas taxas caíram em 2016, mas ainda pode-se
considerar a média boa. Muitos desses empreendedores iniciais estão mais
preparados para enfrentar seus concorrentes devido a ter um grau de conhecimento
maior e tem menos chances de fracasso em seus negócios.
18
Segundo o levantamento do GEM 36% da população do Brasil, tem um
negócio ou estão envolvidos na criação de um, isso significa 48 milhões de pessoas
são empreendedoras em nosso país.
No gráfico 1, percebe-se que o empreendedorismo no Brasil vem crescendo a
cada ano. Nos anos 2010 e 2015 houve uma evolução significativa, pois devido à crise
econômica do país, o empreendedorismo por necessidade veio a aumentar, já em
2016 percebemos uma pequena queda, porém o empreendedorismo por oportunidade
volta a ganhar espaço novamente.
Gráfico 1- Evolução das taxas de empreendedorismo no Brasil
Fonte: GRECO et al. (2017, p. 27)
O relatório GEM ainda afirma que mesmo considerando o Brasil ter passado
pela pior crise registrada é possível afirmar que o que o momento é favorável e de
grande otimismo. O empreendedorismo é um grande ajudador para a recuperação da
economia do país, mas é preciso que o governo crie mecanismos que facilitem e
incentivem os pequenos negócios.
Os brasileiros possuem capacidade para empreender, e a grande quantidade
de oportunidades que o país ainda oferece não podem ser desperdiçados (GRECO et
al. 2017). Perin (2015) complementa que o Brasil possui grande chance em construir
um ecossistema líder mundial, pois possui talento, recursos e desejo.
19
2.2 Empreendedorismo e Inovação
É possível observar um aumento na velocidade da inovação no mundo, no qual
interfere na relação entre pessoas e produtividade, ampliando uma série de
oportunidades que emergem em decorrência do surgimento de novos mercados e
novas tecnologias (DORNELAS, 2010).
Abreu e Campos (2016, p.10) nos dá a seguinte ideia sobre o
empreendedorismo e a inovação:
O elo preciso que conecta este número crescente de oportunidades à
enorme capacidade de execução dos empreendedores é a inovação, que
transforma realidades, expandindo nossa percepção sobre o mundo que nos
rodeia. São estas transformações, cada vez mais necessárias, num mundo
repleto de problemas e limitado em recursos, que exigem empreendedores
responsáveis, preparados para lidar com os desafios técnicos, sociais e
éticos que surgem nos novos empreendimentos.
Maçães (2017) complementa afirmando que o sucesso a longo prazo de uma
organização está associado a ideia de inovação, ou seja, associado a capacidade de
explorar e desenvolver novos produtos, serviços ou tecnologias. A inovação pode
envolver dois tipos de mudanças, a radicais, onde tornam as tecnologias anteriores
obsoletas (como por exemplo as maquinas fotográficas digitais que tornou obsoleta
as maquinas de rolos) e as incrementais que visam melhorar as tecnologias existentes
(como por exemplo a introdução do HD, LED ou 3D que ocasionaram a melhora dos
plasmas ou LCD’S existentes).
É de extrema importância reconhecer que embora inovação tenha potencial
de causar grande impacto em nossas vidas, ela não oferece garantias de um mundo
melhor e mais desenvolvido (RODRIGUEZ, 2015). O empreendedor deve estar
desafiando-se constantemente para elaborar novos empreendimentos ou renovar
empreendimentos já existentes que gerem impacto positivo na sociedade
(CECCONELLO, 2008).
É dentro deste processo que podemos definir a startup como uma empresa
criada com o propósito de causar um amplo impacto social ou econômico através de
um processo inovador intenso, independentemente de seu tamanho ou desempenho
de mercado (RODRIGUEZ, 2015).
20
2.3 O empreendedorismo nas startups
Para Ries (2012, p.13) “desenvolver uma startup é um exercício de desenvolver
uma instituição, portanto, envolve necessariamente administração”. Muitos
empreendedores ficam com receio quanto as práticas gerenciais no início de uma
startup, pois tem medo de atrair a burocracia e reprimir a criatividade.
Ries (2012, p. 16) ainda comenta que “estamos vivendo um renascimento sem
precedentes do empreendedorismo mundial, mas essa oportunidade corre riscos”.
Com a necessidade de novas iniciativas de inovação, muitos empreendedores
colocam de lado o modelo gerencial, e acabam encontrado alguma forma de ganhar
dinheiro, mas para cada sucesso há muitos fracassos. Muitas startups são
esquecidas, produtos não são utilizados e acabam tornando-se um insucesso, um
dano econômico para empresa e para investidores.
Nager, Nelsen e Nouyrigat (2012) confirmam que se inicia uma revolução do
empreendedorismo, onde será remodelado o mundo dos negócios, mudando a
qualidade de vida da sociedade e futuras gerações.
Os autores ainda explicam que no passado levava-se muito tempo para
construir uma versão de um produto, e logo após produto ser lançado descobriam que
os empreendedores estavam errados em suas conclusões sobre as necessidades dos
clientes, ou seja, desperdiçavam esforços e recursos que não eram utilizados.
Já as startups levam tempo para executar a visão do que os consumidores
querem, começam a criar o produto de maneira diferente, e procuram entregar um
conjunto mínimo de recursos no menor tempo possível.
Com a globalização do empreendedorismo os empreendedores nos últimos dez
anos começaram a entender um fato essencial, que segundo Nager, Nelsen e
Nouyrigat (2012, p. 17):
Startups não são simplesmente versões menores de empresas grandes.
Enquanto empresas executam modelo de negócios, startups buscam um
modelo de negócios. Ou talvez, mais precisamente, startups são
organizações temporárias desenhadas para buscar um modelo de negócio
capaz de ser ampliado e reproduzido.
Para Nager, Nelsen e Nouyrigat (2012) os empreendedores devem
desenvolver suas próprias técnicas de gestão, em vez de adotar as técnicas de gestão
de empresas grandes, as quais sufocam a inovação em startups. Eles devem
desenvolver seu modelo de negócio, desenvolver seus clientes e utilizarem uma
21
metodologia de desenvolvimento interativo e incremental para construir o produto,
caso haja equívocos sobre a conclusões, tal resultado é chamado de pivô, e deve ser
considerado como aprendizado, ou seja, uma oportunidade de mudar o modelo de
negócio.
As barreiras dos empreendedorismos não estão apenas removidas, mas estão
sendo substituídas por inovações que se aceleram a cada dia. “Como resultado, as
startups agora têm ferramentas que aceleram a busca por consumidores, e não
apenas reduzem o tempo para ir ao mercado, como também os custos de
desenvolvimento” (NAGER, NELSEN, NOUYRIGAT, 2012, p. 17).
22
3 STARTUPS
Perin (2015) explica que o empreendedorismo tradicional está passando por
uma grande transformação, é a chamada “revolução das startups”. Essa revolução
está ligada a velocidade de lançamento de novos negócios, a facilidade de
disseminação de produtos e serviços e testes constantes destes negócios. O autor
ainda afirma que um dos principais fatores que iniciou esta revolução foi o surgimento
da geração Y.
A geração Y engloba pessoas nascidas entre 1980 e 2000, o autor menciona
que tal geração, no Brasil, já cresceu em um sistema político democrático, é uma
geração muito consciente, preocupada com a sustentabilidade, conectada com o
mundo, curiosa e criativa. Dario (2012, s/p) complementa “são impacientes, criativos,
imediatistas, versáteis, ansiosos e afinados com a tecnologia. Por conta dessa última
característica, são também abertos a compartilhar, cooperar e discutir ideias e
valorizam a autonomia e a qualidade de vida”. Tais jovens rejeitam as atuais estruturas
hierárquicas das empresas, estão quebrando os paradigmas e abrindo caminhos para
a inovação com produtos e serviços.
Segundo uma pesquisa realizada pela Cia de Talentos, agência de
recrutamento, em parceria com a Nextview People, empresa de pesquisas em gestão
e desenvolvimento de pessoas, entrevistou mais de 46 mil jovens brasileiros de
diferentes regiões onde 51% desse tinham entre 20 e 26, os quais se enquadram na
geração y, disseram ter a intenção de empreender em um horizonte futuro máximo de
6 anos. (DARIO, 2012).
Perin (2015, p. 06) complementa “É uma geração que assume riscos para
atingir seus objetivos, porque acredita que sua ideia pode acontecer”. O autor explica
que, diferentes das gerações anteriores, esta possui características propícias ao
empreendedorismo: são inovadores, tem perfil de liderança, são criativos, flexíveis,
perspicaz quanto ao futuro e persistentes. Essa geração revolucionou de vez a forma
de trabalho, trazendo um perfil diferente nos negócios, criando esta cultura de
empresas inovadoras.
Outro fator que contribuiu fortemente para a revolução das startutps, segundo
o autor, foi a chegada na internet no Brasil, conhecido como “bolha ponto.com”.
Embora esta tecnologia tenha sido disseminada no país tardiamente, se comparar a
outros países, quando a geração Y descobriu que a internet poderia solucionar
23
problemas que dificultava o empreendedorismo, as startups enfim começaram a
surgir. Portanto, todo potencial da internet acrescido das características da geração
Y, resultou em empreendedores que buscam criar soluções, trazer ganhos e facilitar
a vida da sociedade, ou seja, as startups.
Neto et al. (2013) explana que o empreendedorismo tem sido um caso de
sucesso entre os jovens, e um fenômeno mundial. Esse boom2 se deu devido o
surgimento de milhares de negócios prósperos, despertando a ambição dos jovens e
trazendo o empreendedorismo como uma opção de carreira.
3.1 Conceito de Startup
Segundo ABStartups (2017, s/p) “O termo startup nasceu nos Estados Unidos
há algumas décadas, mas só se popularizou no meio empreendedor brasileiro a partir
da bolha ponto-com, entre os anos de 1996 e 2001”.
Startup é o conceito utilizado para definir o estágio inicial das empresas que
investem em produtos e modelos de negócios inovadores. ABStartups (2017, s/p)
descreve da seguinte forma:
Startups são empresas em fase inicial que desenvolvem produtos ou serviços
inovadores, com potencial de rápido de crescimento [...] É um momento na
vida de uma empresa, onde uma equipe multidisciplinar, busca desenvolver
um produto/serviço inovador, de base tecnológica, que tenha um modelo de
negócio facilmente replicado e possível de escalar sem aumento proporcional
dos seus custos.
Neste estágio os empreendedores testam suas ideias e fazem adaptações com
o objetivo de encontrar um produto e/ou serviço que possua demanda e ao mesmo
tempo tenha retorno financeiro. Essa fase de testes pode trazer resultados positivos,
em que a startup passa para uma fase de expansão e estruturação, cresce, torna-se
uma empresa de maior dimensão e deixa de ser startup, podendo se tornar uma
grande empresa de sucesso; ou os resultados podem ser negativos, em que ela passa
por adaptações e até mesmo deixa de existir (ALVES,2013).
Ries (apud PERIN, 2015, p.10) complementa descrevendo da seguinte forma:
“uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e
2
Expansão rápida e muito abrangente de um fenômeno
24
escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza”. ABStartups (2017, s/p.)
complementa essa citação da seguinte forma:
Essa definição nos permite explorar em mais detalhes o universo ao redor de
uma startup: a busca por um modelo de negócios que seja lucrativo como
principal objetivo do negócio, independentemente da sua indústria. Porém,
quando uma empresa busca por um modelo que seja repetível e escalável
quer dizer que também está buscando por uma espécie de automação do seu
modelo. Ou seja, independentemente do número de clientes que ela
conquiste, o custo da operação não se eleva na mesma proporção.
Perin (2015) nos dá as principais características de uma startup de acordo com
a definição de Ries (2012):
a) estágio inicial: normalmente são consideradas startups modelos de negócios
até dois anos a partir do lançamento da ideia, após, são consideradas como uma
empresa e não mais startups. Portanto, a startup é o estágio inicial, e é nesse estágio
onde as incertezas são maiores;
b) grupo de pessoas: quando se fala de grupo de pessoas, não quer dizer que
não se pode criar uma startup sozinho, mas será mais difícil. É indispensável ter
parceiros e fornecedores independente de qual seja o interesse no negócio;
c) modelo de negócio: é como a startup gera valor, ou seja, como transforma
seu trabalho em dinheiro;
d) repetitividade: o modelo de negócios de uma startup deve ser repetível, ou
seja, deve ser possível replicar ou reproduzir a experiência de consumo de seu
produto ou serviço de forma relativamente simples, com pouca ou nenhuma
adaptação, podendo reproduzir a proposta de valor em outros países, estados ou
regiões;
e) escalabilidade: uma das características das startups é ganhar força e crescer
rapidamente, ou seja, poder atingir rapidamente um grande número de usuários a
custos relativamente baixos;
f) extrema incerteza: não ter certeza de como será a inserção do negócio no
mercado é uma das características das startups, como estão sempre inovando , atuam
em ambiente de extrema incerteza, pois propõem um serviço/produto novo no
mercado e não se sabe como vai ser a aceitação;
g) flexibilidade e rapidez: em função de sua característica inovadora, do
ambiente incerto e altamente competitivo, a startup deve ser capaz de atender e se
adaptar rapidamente demandas do mercado;
25
h) inovação: a startup apresenta um produto ou serviço novo ou com aspectos
novos para o mercado a que se destina, como elementos de diferenciação.
i) sustentabilidade: a startup deve ser autossustentável, ou seja, independente
do investimento inicial, ela deve se manter sozinha, o retorno obtido deve ser
suficiente para ela se sustentar e crescer;
j) internet: muitas pessoas confundem as startups como empresas digitais,
isso se dá devido 99,99 % das startups usarem o poder da internet para os seus
negócios, marketing entre outros ou seja usam a internet como recurso essencial de
seu negócio.
As startups trouxeram maior qualidade de vida para humanidade e muitas estão
indo para meios corporativos, ajudando na inovação, auxiliando as empresas a
ficarem enxutas e competitivas, dessa forma surge novos negócios, inovação e
flexibilidade (PERIN, 2015).
3.2 Startup enxuta
Ries (2012) explica que a Startup enxuta foi criada com base no processo que
nasceu no Japão, o sistema de produção Toyota, que se utiliza o “pensamento
enxuto”. Tal processo visa evitar qualquer desperdício principalmente de tempo, custo
ou recursos.
Inspirado nesse conceito Ries desenvolveu a metodologia startup enxuta,
assim como assim como o “pensamento enxuto”, visa eliminar todos os tipos de
desperdícios, principalmente o desperdício de tempo. (RIES, 2012).
A startup enxuta adapta essas ideias ao contexto do empreendedorismo,
propondo que que os empreendedores julguem progresso de maneira distinta
do modo pelo qual outros tipos de iniciativas empresarias julgam. [...] Tem de
proporcionar um método de medir o progresso num contexto de extrema
incerteza. [...] deve permitir aos empreendedores a realização de previsões
que podem ser testadas (RIES, 2012, p. 16).
Ries decidiu criar tal metodologia após observar que o fracasso das startups
concentravam-se no desenvolvimento de produtos. “Startups que faziam produtos que
ninguém queria, novos produtos retirados das prateleiras, incontáveis sonhos
irrealizados”. Milhares de empreendedores desperdiçavam seus recursos para criar
seus produtos ou serviços e somente após serem lançados, percebiam que os clientes
não pagariam pelo produto ou serviço (RIES, 2012, p. 06).
26
Diferente do empreendedorismo tradicional que cria um plano de negócio, a
startup enxuta visa primeiramente o desenvolvimento de seus clientes, e após o
feedback é criado o produto/serviço ideal para seus clientes. Pois segundo o autor os
produtos desenvolvidos pelas startups são experimentos e as startups devem
aprender como criar empresas a partir desses experimentos. “A startup enxuta é uma
nova maneira de considerar o desenvolvimento de produtos novos e inovadores, que
enfatiza interação rápida e percepção de consumidor, uma grande visão e grande
ambição, tudo ao mesmo tempo (RIES, 2012, p. 17).
O autor explica que primeiramente deve ser definido o produto mínimo viável
(MVP, do Inglês Minimum Viable Product) como início do marco do
empreendedorismo. Gytahy (2017, s/p.) explica a o conceito de MVP:
Minimum: o menor tamanho possível, que possa ser entregue no menor
tempo possível.
Viable: uma proposição de valor importante o suficiente para que seu principal
cliente adote esse produto, se possível gerando receita.
Product: funcionalidades encaixadas em uma entrega que se assemelhe a
um produto coeso e útil.
Dessa forma a startup enxuta cria empresas eficazes em termos de capital,
permitindo que a startup reconheça qual o momento correto de pivotar, gerando
menos desperdícios
Após a startups criar o MVP (experimento ou protótipo), os clientes interagem
com o produto, gerando feedback qualitativo (por exemplo, quem gosta ou não) ou
quantitativo (quantas pessoas utilizam o produto). Através dos feedbacks a startup
valida se o produto será aceito, se precisa de melhorias para ser lançado no mercado.
Esse ciclo é chamado de Ciclo de Feedback Construir-Medir-Aprender conforme
figura 1.
27
Figura 1 - Ciclo de Feedback Construir-Medir-Aprender
Fonte: Ries (2012, p.69)
Ries (2012, p. 71) explica que primeiramente acontece na sequência inversa
do planejado:
“Descobrimos o que precisamos aprender, utilizamos a contabilidade
associada a inovação para definir o que precisamos medir a fim de saber se
estamos obtendo aprendizagem validada e, em seguida, descobrimos que
produto desenvolver para executar aquele experimento e obter aquela
medição”
Na segunda parte as técnicas são projetadas para minimizar o tempo total do
Ciclo de Feedback Construir-Medir-Aprender.
Ries (2012, p. 101) ainda comenta esse a criação de um MVP envolve muitos
riscos, “os mais comuns são questões legais, receios acerca dos concorrentes, riscos
para a marca e o impacto moral”. Entretanto outro receio dos empreendedores é que
um outra empresa copie sua ideia e para que a startup dependa da proteção de
patentes há desafios específicos no lançamento do produto. O autor ainda comenta
que a ideia em si não tem valor, o que importa é o esforço em coloca-la em pratica,
porém quando a startup lança o MVP ela tem vantagem competitiva em relação a
concorrência.
A startup enxuta tem como objetivo lançar o produto mediante a necessidade e
percepção de seus clientes, para que o produto seja bem aceito. Dessa forma o
empreendedor transforma a ideia inicial em hipóteses modelos de negócios, o quais
serão validados por meio do MVP. Após tal hipótese ser comprovada, a startup passa
torna-se uma empresa sustentável, conforme figura 2.
28
Figura 2 - Método enxuto
Fonte: BLANK (2013, s/p.)
Blank (2013) afirma que apesar da startup enxuta ser uma metodologia recente
e ainda não tenha se tornado um padrão, seus conceitos inovadores estão
remodelando todo o empreendedorismo.
29
4 INVESTIMENTOS EM STARTUPS
Perin (2015) afirma que os investimentos nas startups estão começando a
ganhar mais adeptos no Brasil, apesar ser um acontecimento recente, muitos
entendem e já sabem que é uma forma de alavancar a economia do nosso país.
Os investidores começaram a perceber que colocar todo o dinheiro em
poupanças e ações ou outros fundos, não lhe proporcionam um resultado tão
vantajoso. Assim tais investidores começam a arriscar um pouco mais e querem
investir nesses jovens que estão por trás das startups.
Porém, investir em startups não se trata apenas de retorno financeiro, há
também a oportunidade de diversificar, conhecer outros ramos de mercado.
O universo das startups proporciona ao investidor uma visão totalmente
diferenciada do mundo dos negócios e faz lidar com a questão do avanço
tecnológico, percebendo mais rapidamente as novas tendências e dando
inspiração e estimulo para gerar a inovação (PERIN, 2015, p. 103).
Esses investimentos em startups são também uma forma de abrir seu próprio
negócio sem recursos financeiros.
4.1 Bootstrapping
Gitahy (2011) explica que bootstrap é iniciar a startup usando somente recursos
próprios, não recorrendo a investimentos externos. Se houver alguma entrada de
capital, primeiramente seria de seus próprios clientes.
O autor ainda nos explica mais a respeito desse termos:
A tradução literal de “bootstrap” é alça de bota – aquele pedaço de couro ou
tecido que fica atrás da bota e acima do calcanhar, facilitando puxá-la com as
mãos na hora de calçar. O termo “levantar a si próprio pelas alças da bota”
era usado desde o século XIX para ilustrar tarefas impossíveis, como pular
uma cerca alta puxando suas próprias botas com as mãos. A metáfora de
fazer o boostrapping da sua startup indica justamente esse processo auto-
sustentável de alavancar a si próprio (GITAHY, 2011, s/p).
Ou seja é o primeiro passo dos investimentos, grande parte das startups
começam com o sistema bootstrapping até conseguirem investimentos maiores.
Gitahy (2011) salienta que bootstrappers, costumam ser empreendedores com
capacidade muito alta e quase nunca são iniciantes. As empresas Microsoft e Dell,
são exemplos de empresas que foram criadas por bootstrapping.
30
4.2 Investimento seed
Também conhecido como capital semente, por investir em algo que vai nascer
ou nasceu recentemente. Tal investimento é um recurso para empresas embrionárias,
que possuem produto/serviço que possam ser lançados no mercado e ou até mesmo
em empresas em estágio inicial. Ele apoia a startup no estágio de implementação e
organização de operações.
“O investimento seed3 é caracterizado por alguém que investe na ideia de outra
pessoa, ou seja, em uma futura startup” (PERIN, 2015, p. 104). As pessoas ainda irão
se preparar para transformar uma ideia em realidade e os empreendedores precisam
de apoio para que essa ideia saia do papel. A partir de então os investidores seed
oferecem todo apoio a capacitação gerencial e financeira do negócio.
O autor ainda menciona que esse tipo de investimento é bem arriscado para o
investidor, pois não se sabe se a ideia comprada pode dar certo ou não Gitahy (2011,
s/p.) fala sobre como esses investidores diluem esses riscos:
Normalmente, para diluir seu risco e diversificar sua carteira, os investidores
de capital semente montam fundos que captam de vários investidores, e
assim conseguem aportar capital em mais empresas e maximizarem suas
chances de acertarem em cheio. As empresas que eles procuram já possuem
clientes, produtos definidos, mas ainda dependem de investimento para
expandirem o consumo e se estabelecerem no mercado.
E claro que para diminuir ainda mais esse risco de investimento buscam
pessoas que tem insight com potencial, que possa transformar isso em um bom
negócio futuramente. E sua faixa de investimento segue normalmente de R$ 500 mil
a R$ 2 milhões no Brasil.
4.3 Investimento anjo
O investimento anjo é uma forma de financiamento de startups, normalmente
esse investidor anjo é um empreendedor ou executivo que já trilhou a carreira de
sucesso, e que possui capital para investimento em novas empresas, e está disposta
a aplicar tal capital, bem como suas experiências (GOMES, 2017). Sebrae (2017, s/p)
complementa:
3 Seed significa semente na língua inglesa
31
O termo "anjo" é utilizado pelo fato de não ser um investidor puramente
financeiro que fornece apenas o capital necessário para o negócio, mas por
apoiar o empreendedor, aplicando seus conhecimentos, experiência e rede
de relacionamento para orientá-lo e aumentar suas chances de sucesso.
O investimento anjo ocorre na fase em que a startup já está no mercado, onde
o investimento anjo vem mais para acelerar o negócio do que para apostar nele. Ou
seja, o investimento anjo é para a startup se consolidar efetivamente (PERIN, 2015).
Geralmente os investidores anjos torna-se sócios das startups durante o
investimento, revendo a sua participação para os sócios originais após o
empreendimento atingir maturidade. O risco de investimento anjo é mediano, pois a
empresa encontra-se no mercado e pode já estar gerando lucro. Para minimizar os
riscos os investidores buscam selecionar empreendimentos com alto potencial de
sucesso. Seu investimento varia entre R$ 50 mil até R$ 500 mil.
4.4 Investimento de venture capital
Venture capital (VC) é o financiamento que os investidores fornecem a
empresas iniciantes e pequenas empresas que acreditam ter potencial de crescimento
a longo prazo. Perin (2015, p. 104) complementa: “esses são investimentos maiores,
específicos para quando você realmente já tem uma excelente base no mercado, com
ótimos clientes, e opera com uma grande quantidade de dinheiro”.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC) (apud
Instituto Inovação, 2014, s/p) resume as citações acima da seguinte forma:
O venture capital é uma modalidade de investimento na qual investidores
aplicam recursos em empresas com expectativas de rápido crescimento e
elevada rentabilidade. Este investimento acontece por meio da aquisição de
ações ou direitos de participação. Esta forma de operação, diferente de um
financiamento, implica, além da entrada de recursos financeiros, em um
compartilhamento de gestão do investidor com o empreendedor.
Perin (2015), caracteriza o venture capital como um investimento de risco
mais baixo, pois deve possuir uma operação, uma carteira grande de clientes, e o
risco agora é do próprio mercado. Ele ainda menciona que o venture capital não é o
adequando para uma startup, pois dificilmente ela chegará nesse patamar em menos
de dois anos.
O valor do investimento do venture capital é bem alto justamente pelo risco
ser menor, o investidor participa do empreendedorismo por meio de ações ou compra
32
de parte da empresa, geralmente o capital fica investido de 2 a 10 anos e é recuperado
após o desenvolvimento da empresa. No Brasil seu investimento varia entre R$ 2
milhões e R$ 10 milhões.
33
5 INSTITUIÇÕES DE APOIO AO EMPREENDEDORISMO, INOVAÇÃO E STARTUP
Incubadoras, aceleradoras e parques tecnológicos, são três distintos
ambientes, possui suas funções e assim auxiliam nas ideias e negócios para que elas
possam se desenvolver e alcançar o sucesso. E também são mecanismos para
desenvolver o empreendedorismo. Segundo Perin (2015) cada um desses ambientes
tem funções específicas que auxiliam os empreendedores em diferentes fases e
através de diferentes formas.
5.1 Incubadoras
As incubadoras são instituições que auxiliam as empresas em estágio inicial
que tenham um projeto de produto/serviço no mercado com um significativo grau de
inovação, oferecendo suporte para desenvolver essas ideias em empreendimentos de
sucesso.
As incubadoras têm por objetivo fazer com que sua ideia venha ao mundo de
forma consolidada, forte e precisa, para mais tarde ser transformada em ideia de
negócio. Perin (2015, p.108) ainda complementa da seguinte forma: “Elas vão ajudar
a ideia nascer, usufruindo de um ambiente preparado para isso, como se fosse
proteger um bebê, que é a real função de uma incubadora”.
Elas oferecem suporte técnico para a formação do empreendedor e apoio
técnico para desenvolvimento do seu produto. Com isso o se tem o acompanhamento
desde a fase inicial do empreendimento até a sua consolidação. “Ao oferecer suporte
ao empreendedor, a incubadora possibilita que o seu empreendimento tenha mais
chances de ser bem sucedido” (ANPROTEC, 2017 s/p.).
As incubadoras podem surgir através de inciativas governamentais ou de
diferentes instituições, Perin (2015, p. 108) explica:
As incubadoras podem partir da necessidade da própria cidade, das
universidades, das empresas privadas ou entidades que fomentam o
empreendedorismo, como o Sebrae e outros órgão. No entanto, o mais
tradicional é em universidades.
Nas universidades as incubadoras surgem como apoio as pesquisas de alunos
querem trazer essa ideia para o mundo em forma de negócio.
34
As incubadoras nas cidades agem da mesma forma, mas procuram fomentar
mais o empreendedorismo nas pessoas, e fazem isso com o objetivo de iniciar um
polo empreendedor e fomentar a economia local.
Nas entidades elas também visam fomentar o empreendedorismo, para isto
disponibilizam ambientes e toda infraestrutura para que o ambiente fique mais
agradável e prazeroso, incentivando as pessoas a trocar ideias e gerando novos
empreendedores.
Já as incubadoras dentro das empresas são um pouco diferenciadas, pois
procuram resultados e apostam somente na ideia que realmente terão grande
potencial de retorno.
De acordo com a Associação Nacional de Entidades Promotoras de
Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC) (2017) para uma empresa ingressar em
uma incubadora ela deve passar por um processo seletivo que dependerá dos critérios
de cada incubadora, mas o pré-requisito mais importante é a inovação. Uma pesquisa
realizada em 2011 pela ANPROTEC e pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e
Inovação (MCTI) 98% das empresas incubadas inovam, sendo que 15%
internacionalmente e 55% em âmbito nacional e 28% localmente.
O tempo médio de incubação de uma empresa é em média de três anos, mas
varia de acordo com cada empreendimento, o importante é ele se graduar e estar
preparado para o mercado. E durante o processo de incubação, as incubadoras
realizam teste para avaliar o desenvolvimento das empresas. E após passar pelo
processo de incubação ela passar a ser uma empresa graduada, ou seja, possui
competências para se desenvolver sozinhas (ANPROTEC, 2017).
Além de ajudar os empreendedores a desenvolver suas empresas, as
incubadoras ajudam as empresas a se graduarem, também ajuda a economia do país
e a população, pois de acordo com os dados dos estudos realizados pela ANPROTEC
e pelo MCTI em 2011 lançado em 2012, o Brasil possuía 384 incubadoras em
operação, que abrigam 2.640 empresas, gerando 16.394 postos de trabalho. Essas
incubadoras também já graduaram 2.509 empreendimentos, que na época faturavam
R$ 4,1 bilhões e empregavam 29.205 pessoas (ANPROTEC, 2017).
35
5.2 Aceleradoras
As aceleradoras são um fenômeno recente no mundo. Em 2005 surgiram as
primeiras aceleradoras nos Estados Unidos da America (EUA), onde saíram ícones
das startups como o Dropbox, AirBnB e Sendgrid. Já no Brasil surgem as primeiras
aceleradoras em 2011.
A Associação brasileira de empresas aceleradoras de inovação e
investimento (ABRAII) e Startup Brasil (2017, p.03), dão a seguinte definição:
As aceleradoras são empresas que tem, como principal objetivo, apoiar e
investir no desenvolvimento e rápido crescimento de startups, auxiliando-as
a obter novas rodadas de investimento ou a atingir seu ponto de equilíbrio -
quando elas conseguem pagar suas próprias contas com as receitas do
negócio.
O foco das aceleradoras é alavancar os negócios promissores, dar um “gás”
no empreendedor que já conseguiu “vencer a batalha” de existir em um mercado e
conquistar pessoas que pagariam pelo seu produto ou serviço. O negócio deve se
encontrar no mercado de forma ativa e aceleradora entra justamente para ajudar a
empresa a crescer mais rapidamente (PERIN, 2015). Ela assessora os idealizadores
para consolidar sua ideia e posiciona-la no mercado, o modelo de negócio é
desenvolvido até se tornar um projeto concreto.
Além de aceleradoras oferecerem todo apoio e benefício para a startup, ela
também investe, torna- se sócia até o desinvestimento, que é quando a startup é
vendida para investidores ou empresas para reaver o investimento realizado.
O programa de aceleração tem a duração em média de 03 a 12 meses, e em
média uma aceleradora investe de 20 mil a 100 mil reais, isso varia de cada
aceleradora. A figura 1 mostra o processo de aceleração:
Figura 3 - Ciclo de aceleração
Fonte: ABRAII e StartupBrasil (2017, p.16).
36
Uma pesquisa realizada em 2016 pelo Centro de Estudos em Private Equity
e Venture Capital (GVcepe) em parceria com o Centro de Empreendedorismo e Novos
Negócios da FGV/EAESP (FGVcenn), mostra que o Brasil possui mercado
estabelecido de aceleradoras de startups, e abriga cerca de 40 aceleradoras em
atividade e tal mercado está concentrado no estado de São Paulo. Até janeiro de 2016
foram aceleradas aproximadamente 1.100 startups no Brasil.
5.3 Parques tecnológicos
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação
(SDECTI) do estado de São Paulo dá a seguinte definição para parques tecnológicos:
[...] são empreendimentos para a promoção de ciência, tecnologia e inovação.
São espaços que oferecem oportunidade para as empresas do Estado
transformarem pesquisa em produto, aproximando os centros de
conhecimento (universidades, centros de pesquisas e escolas) do setor
produtivo (empresas em geral). Esses ambientes propícios para o
desenvolvimento de Empresas de Base Tecnológica (EBTs) e para a difusão
da Ciência, Tecnologia e Inovação transformam-se em locais que estimulam
a sinergia de experiências entre as empresas, tornando-as mais competitivas
(SDECTI, 2017, s/p.).
Os parques tecnológicos entram no processo final das startups, quando elas
deixam de ser incertas e passam a ser uma grande empresa de potencial. A ideia do
parque tecnológico é receber grandes empresas e incentivar a comunidade local e
região a ser um polo empreendedor (PERIN,2015).
Essas empresas de grande potencial, normalmente atraem muito dinheiro e
chamam atenção, então precisam de espaço maior e são encaminhadas para os
parques. A ideia principal de uma empresa estar dentro do parque é que ela se
consolide no mercado e incentive outros a fazer o mesmo, aumentando a força
empreendedora da cidade, estado ou região. Também realizam troca de
conhecimentos para gerar inovação em novos produtos e serviços. Geralmente os
parques tecnológicos são alinhados com as universidades, assim tem acesso a
pesquisas do meio acadêmico e novos conhecimentos (PERIN,2015).
Um estudo feito pela ANPROTEC em 2008, indicava que o Brasil possuía 74
Parques Tecnológicos espalhados por todas as suas regiões. Dentro deles foram
identificadas 520 empresas em operação, gerando uma receita de aproximadamente
R$ 1,68 bilhões e volumes de exportação e geração de impostos estimados na ordem
de R$ 116 milhões e R$ 119 milhões, gerando 26.233 postos de trabalho.
37
Já em 2014 foi realizado um levantamento feito pela ANPROTEC, Secretaria
de Desenvolvimento tecnológico e inovação do Ministério da ciência, tecnologia e
inovação (MCTI) e o Centro de apoio ao Desenvolvimento tecnológico (Dt/UnB), em
que foram identificados 94 iniciativas de parques no Brasil, representando um
crescimento de 27% em relação aos dados de 2008. Os mesmos abrigam 939
empresas, gerando 29.909 postos de trabalho.
Considera-se que os parques tecnológicos geram benefícios científicos e
tecnológicos, têm uma participação socioeconômica importante, com refletindo
altamente na geração de empregos de alta qualificação e na atração de empresas
inovadoras para as regiões onde estão inseridos.
38
6 LEVANTAMENTO E APRESENTAÇÃO DOS DADOS
Como previsto na metodologia para responder aos objetivos proposto a este
estudo foi aplicado um questionário. O mesmo também possuía a função explicativa
sobre o tema, uma que vez os alunos que não sabiam o conceito de startups,
pudessem ter informações básicas sobre o assunto, e assim responder corretamente
o questionário. O mesmo foi elaborado com 31 perguntas, sendo 04 abertas e 27
fechadas e uma seção explicativa sobre a definição de startups, conforme
comentando.
Ressaltando que conforme citado na metodologia, trata-se de uma amostra não
probabilística, o que dificulta a generalização dos resultados para descrever, em sua
totalidade.
O questionário foi aplicado para os discentes do curso de Administração, para
poder atingir os objetivos propostos. Porém foi estendido à pesquisa para os outros
cursos para obter um parâmetro de comparação sobre os demais discentes.
A maioria (56,20%) dos respondentes são do curso de Administração de
Empresas, e 25,80% do curso de Ciências Contábeis, já os demais cursos não
interagiram tanto para elaboração da pesquisa.
Gráfico 2 - Discentes dos cursos participantes da pesquisa
Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário
56,20%
25,80%
1,10% 5,60%
5,60%
5,60% Administração de
Empresas
Ciências Contábeis
Engenharia
Agronômica
Direito
Enfermagem
Não sou aluno da
FAESB
39
Conforme mencionado na justificativa deste trabalho, esta pesquisa se deu
devido a aplicação de uma nova matéria intitulada “Startup Innovation” para os alunos
da grade III do 8º semestre de Administração. No gráfico 03 observa-se que a maioria
(30,70%) dos respondentes estão no 6º semestre, ou seja, serão os próximos a cursar
tal disciplina.
Gráfico 3 - Discentes dos semestres participantes da pesquisa
Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário
Em relação a idade dos respondentes nota-se que maioria (39,3%) dos discentes
estão entre 17 e 21 anos, 30,3% 22 a 26 anos, 10,1% 27 a 31 anos e 12,40 32 a 36
anos.
Gráfico 4 - Idade dos discentes participantes da pesquisa
Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário
17,90%
23,80%
30,70%
22,60%
2 º semestre
4 º semestre
6 º semestre
8 º semestre
39,30%
30,30%
10,10%
12,40%
2,20% 5,60%
17 a 21 anos
22 a 26 anos
27 a 31 anos
32 a 36 anos
37 a 41 anos
Mais de 42 anos
40
Maior índice dos respondentes encontra-se na geração Y. Conforme Perin
(2015) a geração Y engloba pessoas nascidas entre 1980 e 2000, sendo hoje o maior
público inserido na faculdade objeto da pesquisa.
Os indivíduos desta geração Y buscam a autorrealização e não estão
preocupados em formar famílias, mas sim ter sucesso (DARIO NETO, 2012). Dessa
forma encontramos a uma justificativa para 63,7% dos respondentes serem solteiros,
30,80% declararam ser casados, 1,10% e afirmam estar divorciado.
Tal resultado converge com a tendência brasileira realizado pelo Censo
realizado em 2010:
“Os solteiros continuam sendo mais da metade da população (55,3%),
subindo 0,5 ponto percentual em relação a 2000 (54,8%). Os casados caíram
de 37,0% para 34,8%. Já o percentual de divorciados quase dobrou,
passando de 1,7%, em 2000, para 3,1% em 2010. O grupo de desquitados
ou separados caiu de 1,9% para 1,7%. (IBGE, 2010).
Este trabalho teve como objetivo não só medir o grau de conhecimento dos
alunos sobre startups, como também saber o quanto eles estão engajados com o
empreendedorismo. Dessa forma mediu-se em uma escala de 1 a 5 (sendo 5 para a
maior e 1 para menor intensidade de desejo de empreender) o quanto tais alunos se
consideram empreendedores.
Gráfico 5 - Auto avaliação dos discentes para empreendedorismo
Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário
6%
11,90%
40,50%
28,60%
13,10%
1
2
3
4
5
41
Observa-se que os respondentes, consideram uma grande tendência ao
empreendedorismo, somando-se as intensidades 3, 4 e 5, representando 82,2% do
total, se considerarmos apenas as intensidades 4 e 5, o percentual é 41,7% do total,
sendo próximo da metade do total da amostra.
Também foi avaliado qual seria a pretensão dos discentes para os próximos
cinco anos. Assim possibilitou a confirmação do desejo de empreender dos discentes
da FAESB.
Gráfico 6 - Ambição dos discentes para os próximos cinco anos
Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário
Ainda quando questionados sobre a suas pretensões futuras, dois itens
merecem destaque, sendo um deles “continuar a estudar” e outro “abrir o próprio
negócio” ambos com 39,3%, reafirmando o desejo desses alunos pela vocação
empreendedora.
O gráfico 07 reafirma o demonstrado no gráfico 06, pois é possível visualizar o
desejo dos discentes em empreender.
39,30%
25%
39,30%
19%
8,30%
Continuar estudando
Ser gerente de uma
empresa
Abrir minha própria
empresa
Passar num em um
concurso publico
Não sei ainda
42
Gráfico 7 - Desejo dos discentes em relação a abrir seu próprio negócio
Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário
Quando questionados sobre o desejo de abrir o próprio negócio,
aproximadamente 70% afirmaram positivamente, levando a crer que há um celeiro de
novos empreendedores em formação.
Os gráficos 8 e 9 medem o grau de conhecimento dos alunos sobre startups.
Gráfico 8 - Grau de interação dos discentes sobre startup
Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário
69%
21,40%
9,50%
Sim
Não
Já tenho minha propria
empresa
10,70%
13,10%
32,10%
8,30%
35,70%
Já ouvi falar
Já ouvi falar, mas não
sei o que é
Já ouvi falar, mas não
me aprofundei sobre o
assunto
Já li algum material
sobre o assunto
Nunca ouvi falar
43
O gráfico 8 é possível perceber que 35,70% dos alunos, nunca ouviram falar
sobre startups e 32,10% já ouviu falar, mas não se aprofundou no assunto. É visível
o não engajamento dos alunos sobre o assunto.
Gráfico 9 - Grau de conhecimento dos discentes sobre startups
Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário
O gráfico 9 é possível verificar que há um número alto de alunos que apesar de
responderem que já tinham ouvido falar sobre o assunto, 48,80 % deles ainda não
sabiam o que é uma startup. Nesta questão foi colocado duas alternativas corretas e
apenas 29,80% e 7,10% acertaram. Também é possível verificar que 3,60%, 8,30% e
2,40% confundem startups com empresas da web, empresas inovadoras e empresas
tecnológicas.
Após a aplicação da seção que explica a definição de startups, 54,80% dos
alunos se interessaram em abrir sua startups e 78,60% dos alunos consideram
trabalhar em uma startup. O gráfico 10 mostra os seguimentos em que os alunos têm
interesse de abrir sua startup.
3,60%
7,10% 2,40%
8,30%
48,80%
29,80%
É uma empresa da WEB
É um modelo de negócios
repetível e escalável
É uma empresa de tecnologia
É uma empresa inovadora
Não sei o que é uma startup
É uma empresas em fase inicial
que desenvolvem produtos ou
serviços inovadores, com
potencial de rápido de
crescimento.
44
Gráfico 10 - Segmento em qual os discentes têm interesse de abrir sua startup
Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário
Observa-se no gráfico 10 que há uma preferência dos discentes em atuar com
startups no segmento de serviços, provavelmente devido a suas diversificações de
ramos e atividades. Pontuou-se também de forma expressiva o segmento de
tecnologia, uma vez que há uma grande concentração de startups se direcionando
para este segmento. Gitahy (2016) explica que as que a maioria das startups são
tecnológicas porque são mais acessíveis e baratas, além de facilitar a repetitividade
da venda do produto ou serviço
No gráfico 11 observa-se que os alunos desconhecem que nossa região há
muitas startups e que elas movimentam a economia da região e gera muitos
empregos.
Gráfico 11 - Grau de conhecimento dos discentes sobre as startups da região
Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário
28,60%
64,30%
7,10%
0%
14,30%
7,10%
0%
35,70%
0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%
Tecnologico (aplicativos, aparelhos eletrônicos,…
Serviços
Manufatura
Educação
Saúde
Agronegócio
Transporte/mobilidade urbana
Outros
4,80%
95,20%
Sim
Não
45
De acordo com a Startup Sorocaba (2017) nossa região possui 97 startups, as
quais geram muitos empregos e movimenta a economia de nossa região.
6.1 Análise e discussão dos resultados
Foi possível perceber que os alunos da FAESB não estão engajados com o
assunto startups. Porém os gráficos 12 e 13 mostram o interesse dos alunos em
aprender mais sobre assunto, desta foram pode-se dizer que a instituição acerta em
colocar tal matéria na grade dos alunos. Não só para o de Administração de
Empresas, mas também como sugestão nos cursos de Engenharia Agronômica e
Enfermagem, pois há um grande crescimento de startups nessas duas áreas.
Gráfico 12 - Interesse dos discentes em aprender sobre startups
Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário
Gráfico 13 - Grau de interesse dos discentes em aprender sobre startups após a pesquisa
Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário
61,90%
6,00%
32,10%
Você tem interesse em aprender mais sobre Startup?
Sim
Não
Talvez
7,10%
4,80%
27,40%
32,10%
28,60%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
1 2 3 4 5
Após essa pesquisa, em uma escala de 01 a 05, o quanto
você ficou interessado em aprender mais sobre startups?
46
Foi possível perceber que mais da metade (61,90%) dos decentes possuem
interesse em abrir sua própria startup e após a pesquisa onde foi possível os discentes
compreender os conceitos de startup, se somarmos as escalas 4 e 5 temos um
resultado de 60,70% de grau de interesse dos discentes em aprender mais sobre
startups, ou a nova disciplina intitulada “Startup Innovation” que será aplicada será
bem aceita entre os discentes.
Os alunos mostram no gráfico 14 que 51,60% aprenderam sobre startups via
internet e 48,40% aprenderam na faculdade. Percebe-se que livros e redes sociais
tem um índice baixo de aprendizado entre os alunos, sugere-se então que a instituição
invista em livros para biblioteca sobre o assunto e publique materiais em suas páginas
de redes sociais para que tais alunos possam se aprofundar mais no assunto.
Gráfico 14 - Qual meio os discentes aprenderam sobre startups
Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário
Quando questionados os alunos sobre considerar a FAESB como instituição
que prepara os alunos para empreender e incentiva a empreender, observa-se que
28,60% concordam totalmente e 41,70% concordam parcialmente.
No entanto, quando o assunto é os motivos por não ter aberto o seu próprio
negócio, mesmo indicando que interesse foram encontradas as seguintes respostas:
48,40%
6,50%
16,10%
25,80%
6,50%
12,90%
51,60%
6,50%
29,00%
0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00%
Faculdade
Livros
Revistas e jornais
Redes sociais
Trabalho
Amigos
Internet
Series
Televisão
47
Gráfico 15 - Motivos pelo qual os discentes não abriram sua própria empresa
Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário
Observa-se que 65,50% dos alunos responderam que não abriram seu próprio
negócio devo a falta de dinheiro. Dessa forma, entende-se que com a futura aplicação
da nova disciplina da grade do curso de Administração os alunos poderão encontrar
possíveis alternativas em abrir seu próprio negócio sem recurso, como por exemplo,
recorrendo aos investidores anjos que ajudarão colocar sua ideia em pratica. Também
a instituição poderá trabalhar mais o lado empreendedor dos alunos para que possam
planejar mais e ficarem mais seguros para abrir seu próprio negócio, como aparece
na pesquisa com 17,2% e 8,6% respectivamente.
Os gráficos 16 e 17 nos mostram que os alunos da FAESB possuem a
criatividade em abrir uma startup e dedicariam seu tempo para colocar sua ideia em
prática.
65,50%
8,60%
8,60%
17,20%
0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%
Não tenho dinheiro para abrir meu próprio
negócio
Insegurança
Devido a oscilação econômica
Falta de planejamento
48
Gráfico 16 - Grau de inovação dos discentes para empreender
Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário
Gráfico 17 - Interesse dos discentes em dedicar-se para colocar em prática um projeto
Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário
Desta forma sugere-se a FAESB possa criar futuramente uma incubadora
dentro da instituição, podendo alavancar o empreendedorismo e a criatividade dos
alunos e deixá-los mais preparados para administrar seu próprio negócio.
Os gráficos 18, 19 e 20 mostram que os alunos da FAESB possuem o desejoso,
mas não tiveram a oportunidade de visitaram uma startup e não conhecem
empreendedores do ramos.
65,50%
34,50%
Você tem uma ideia inovadora de empresa que poderia
facilitar a vida das pessoas na sociedade?
Sim
Não
85%
0% 15%
Você dedicaria tempo e esforço para colocar sua ideia em
prática?
Sim
Não
Talvez
49
Gráfico 18 - Índice de alunos que visitaram uma startup
Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário
Gráfico 19 - Interesse dos discentes em visitar uma startup
Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário
3,60%
96,40%
Você já visitou alguma startup?
Sim
Não
84%
16%
Você gostaria de visitar uma startup?
Sim
Não
50
Gráfico 20 - Envolvimento dos discentes com empreendedores de startups
Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário
Assim sugere-se que a instituição programe visitas técnicas em startups, dessa
forma os alunos poderão conhecer melhor como é uma startup e tirar dúvidas com
tais empreendedores.
6%
94,00%
Você conhece alguém que tem uma startup?
Sim
Não
51
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve como objetivo principal identificar o nível de conhecimento
dos discentes de Administração da FAESB sobre startups e identificar o problema
proposto, identificando se os mesmo estão preparados para explorar tal fenômeno,
através da realização dessa pesquisa, foi possível atingir o objetivo e o problema deste
trabalho.
Com base nos estudos teóricos realizados juntamente com o questionário
aplicado aos discentes, ficou evidente que os mesmos não possuem conhecimento
profundo sobre as startups, porém possuem um enorme desejo de empreender.
O presente estudo teve a pretensão de apresentar sugestões para solução do
problema proposto. Visto há a necessidade de conhecimento do assunto entre os
discentes, já que as startups são um fenômeno atualmente e os mesmos não estão
preparados para surfar essa onda.
Para atingir os objetivos específicos foi utilizado a técnica de revisão bibliografa
foi possível verificar que o empreendedorismo tradicional está passando
constantemente por transformações, devido as startups estarem remodelando a forma
de empreender. As startups estão ganhando cada vez mais espaço entre os jovens
da geração Y, pois tal geração é muito criativa, possui espírito empreendedor e forte
rejeição às atuais estruturas hierárquicas das empresas.
Ao longo do estudo foi possível perceber a importância das startups para o
Brasil, pois ela passa a ser uma fonte de escape ao desemprego, e também
movimenta a economia do país, influencia a criatividade e o empreendedorismo, além
de facilitar a vida da sociedade.
Pode se afirmar que o trabalho é valido, pois trouxe contribuições teóricas e de
campo que atende ao objetivo, objetivos específicos e problema proposto, porém os
resultados não podem ser generalizados, visto que a amostra possui características
não probabilísticas.
52
7.1 Limitações da pesquisa
A limitação desta pesquisa deve-se ao fato, da dificuldade das fontes
bibliográficas de pesquisa sobre empreendedorismo nas startups, uma vez que o
assunto apresenta tema de discussão específico, e ainda pouco analisado, desta
forma foi utilizado apenas os autores Mello; Vidigal (2011), para abordar tal assunto.
Foi essencial a realização e aplicação de um questionário, para levantamento
dos dados, junto ao público alvo definido na metodologia desse trabalho, no entanto,
evidencia-se que o número de alunos que responderam ao questionário que foi inferior
ao esperado. Visto que foi solicitado para todos os cursos, mesmo não sendo o público
alvo desta pesquisa, relata-se que houve baixo engajamento dos alunos de agronomia
e enfermagem para responder o questionário. Mas não houve prejuízo para a análise
e qualidade dos dados apresentados.
7.2 Sugestões para novos estudos
Por consequência da conclusão dessa pesquisa, surgem novas demandas e
novos olhares a serem observados e relatados em futuros estudos acadêmicos, como
por exemplo: quais empresas já foram uma startup, o quanto tais empresas facilitaram
a vida da sociedade, qual tipo de apoio ao empreendedorismo e tipo de investimento
elas utilizaram para iniciar e se tornar uma empresa graduada.
53
REFERÊNCIAS
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<http://www.smartalk.com.br/ebook/aceleradora.pdf>. Acesso em: 01 set. 2017.
ABREU; CAMPOS. O PANORAMA DAS ACELERADORAS DE STARTUPS NO
BRASIL. USA: CreateSpace Independent Publishing Plataform, 2016.
ABSTARTUPS. Tudo o que você precisa saber sobre startup. Disponível em:
<https://abstartups.com.br/2017/07/05/tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-
startups/>. Acesso em: 09 jul. 2017.
ALVES. Um estudo das startups no Brasil. 2013. 74 f. Monografia (apresentada
ao final do curso de bacharel em Ciências Econômicas) -Faculdade de Economia,
Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2013.
ANPROTEC; MCTI. Estudo, análise e preposição sobre as incubadoras de
empresas no Brasil – relatório técnico. Brasília: ANPROTEC, 2012. Disponível
em:
<http://www.anprotec.org.br/ArquivosDin/Estudo_de_Incubadoras_Resumo_web_22-
06_FINAL_pdf_59.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2017.
ANPROTEC. Portifolio de parques tecnologicos no Brasil. Brasília: ANPROTEC,
2008. Disponível em:
<http://www.anprotec.org.br/ArquivosDin/portfolio_versao_resumida_pdf_53.pdf>.
Acesso em: 23 ago. 2017.
ANPROTEC. Perguntas frequentes. 2017. Disponível em:
<http://anprotec.org.br/site/menu/incubadoras-e-parques/perguntas-frequentes/>.
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<http://hbrbr.uol.com.br/por-que-o-movimento-lean-startup-muda-tudo/>. Acesso em:
20 out. 2017.
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construir uma grande companhia. Rio de Janeiro: Alta Books, 2014.
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São Paulo: Saraiva, 2008.
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<http://www.itu.com.br/colunistas/artigo.asp?cod_conteudo=38855>. Acesso em: 26
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DORNELAS, J. Transformando ideias em negócios. 2.ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2005.
DORNELAS, J. Empreendedorismo corporativo. 2.ed.Rio de Janeiro: Elsevier,
2008.
54
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de Janeiro: Elsevier, 2008.
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criatividade para levar minha empresa a 35 países em 4 anos. São Paulo: Editora
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(GEM): 2016. Curitiba: IBQP, 2017.
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imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/14298-asi-censo-2010-unioes-
consensuais-ja-representam-mais-de-1-3-dos-casamentos-e-sao-mais-frequentes-
nas-classes-de-menor-rendimento.html >. Acesso em 26 out. 2016.
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2017.
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investimento em startup. 2015. 172 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) –
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, da Universidade de São
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55
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Janeiro: Editora FGV, 2013.
PERIN, B. A revolução das startups: o novo mundo do empreendedorismo de alto
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RIES, E. A startup enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a inovação
contínua para criar empresas extremamente bem-sucedidas. São Paulo: Lua de
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RODRIGUEZ, J. Start-up Development in Latin America: The Role of Venture
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SDECTI. Parques Tecnológicos. Disponível em:
<http://www.desenvolvimento.sp.gov.br/parques-tecnologicos>. Acesso em: 19 ago.
2017.
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<https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/um-anjo-pode-investir-na-
sua-ideia,e18e5edae79e6410VgnVCM2000003c74010aRCRD>. Acesso em: 12
ago. 2017.
SEBRAE. Como as incubadoras de empresas podem ajudar o seu negócio.
Disponível em: <https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/as-
incubadoras-de-empresas-podem-ajudar-no-seu-
negocio,f240ebb38b5f2410VgnVCM100000b272010aRCRD>. Acesso em: 12 ago.
2017.
SEBRAE. Entenda a diferença entre incubadora e aceleradora. Disponível em:
<https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-a-diferenca-entre-
incubadora-e-aceleradora,761913074c0a3410VgnVCM1000003b74010aRCRD>.
Acesso em: 12 ago. 2017.
STARTUP SOROCABA. Mapeamento de startups. 2015. Disponível em:
<http://startupsorocaba.com/mapeamento-startups-sorocaba/>. Acesso em: 02 Out.
2017.
56
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA PESQUISA
1) Qual é sua idade?
o 17 a 21 anos
o 22 a 26 anos
o 27 a 31 anos
o 32 a 36 anos
o 37 a 41 anos
o Mais de 42 anos
2) Sexo
o Masculino
o Feminino
3) Qual seu estado civil?
o Solteiro (a)
o Divorciado (a)
o Casado (a)
o Viúvo (a)
o Outros
4) Qual é sua renda domiciliar?
o Até R$ 1.874,00
o R$ 1.874,01 a R$ 3.748,00
o R$ 3.748,01 a R$ 9.370,00
o R$ 9.370,01 a R$ 18.740,00
o R$ 18.740,01 ou mais
5) Você trabalha de forma remunerada?
o Sim
o Não
57
6) Qual dos cursos abaixo está cursando na FAESB
o Administração de Empresas
o Ciências Contábeis
o Engenharia Agronômica
o Direito
o Enfermagem
o Não sou aluno da FAESB
7) Qual semestre está cursando
o 2 º semestre
o 4 º semestre
o 6 º semestre
o 8 º semestre
8) Como você se vê daqui 5 anos
o Continuar estudando
o Ser gerente de uma empresa
o Abrir minha própria empresa
o Passar num em um concurso publico
o Não sei ainda
9) Você concorda que o curso de Administração de empresas da FAESB
prepara os alunos para ser empreendedores e incentiva a empreender
o Concordo totalmente
o Concordo parcialmente
o Discordo
o Não sei responder
10)Em uma escala de 01 a 05, o quanto você se considera empreendedor
1 2 3 4 5
58
11)Você tem vontade de abrir sua própria empresa?
o Sim
o Não
o Já tenho minha própria empresa
12)Por que não abriu sua empresa ainda?
o Não tenho dinheiro para abrir meu próprio negócio
o Insegurança
o Devido a oscilação econômica
o Falta de planejamento
13)Você tem uma ideia inovadora de empresa que poderia facilitar a vida das
pessoas na sociedade?
o Sim
o Não
14)Você dedicaria tempo e esforço para colocar sua ideia em pratica?
o Sim
o Não
o Talvez
15)Sobre startups:
o Já ouvi falar
o Já ouvi falar, mas não sei o que é
o Já ouvi falar, mas não me aprofundei sobre o assunto
o Já li algum material sobre o assunto
o Nunca ouvi falar
16)O que você sabe sobre startup
o É uma empresa da WEB
59
o É um modelo de negócios repetível e escalável
o É uma empresa de tecnologia
o É uma empresa inovadora
o É uma empresa em fase inicial que desenvolvem produtos ou serviços
inovadores, com potencial de rápido de crescimento.
o Não sei o que é uma startup
17)Como você aprendeu sobre Startup?
o Faculdade
o Livros
o Revistas e jornais
o Redes sociais
o Trabalho
o Amigos
o Internet
o Series
o Televisão
18)Você tem interesse em aprender mais sobre Startup?
o Sim
o Não
o Talvez
19)Entendendo o que é uma startup:
"é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável,
trabalhando em condições de extrema incerteza.
- Ser repetível significa ser capaz de entregar o mesmo produto novamente em escala
potencialmente ilimitada, sem muitas customizações ou adaptações para cada cliente.
- Ser escalável significa crescer cada vez mais, sem que isso influencie no modelo de
negócios.
-Um cenário de incerteza significa que não há como afirmar se aquela ideia e projeto
de empresa irão realmente dar certo, ou ao menos se provarem sustentáveis."
60
20)Você gostaria de abrir sua própria startup?
o Sim
o Não
21)Em qual segmento?
o Tecnológico (aplicativos, aparelhos eletrônicos, softwares)
o Serviços
o Manufatura
o Educação
o Saúde
o Agronegócio
o Transporte/mobilidade urbana
o Outros
22)Por que você não gostaria de abrir sua própria startup?
23)Você consideraria trabalhar em uma startup
o Sim
o Não
24)Por que você não considera trabalhar em uma startup?
25)Você já visitou alguma startup?
o Sim
o Não
26)Qual startup você já visitou e como ficou sabendo dela?
27)Você já visitou alguma startup?
61
o Sim
o Não
28)Qual startup você já visitou e como ficou sabendo dela?
29)Você gostaria de visitar uma startup?
o Sim
o Não
30)Você conhece alguém que tem uma startup?
o Sim
o Não
31)Você sabia que em nossa região temos 97 startups e que elas são
responsáveis por gerar muitos empregos e movimentar a economia da
nossa região?
o Sim
o Não
32)Após essa pesquisa, em uma escala de 01 a 05, o quanto você ficou
interessado em aprender mais sobre startups?
1 2 3 4 5

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Startups, empreendedorismo e inovação uma análise com discentes da faesb tatuí

  • 1. FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR SANTA BÁRBARA CURSO DE ADMINISTRAÇÃO FRANCIELE DE JESUS FERREIRA LEITE STARTUPS, EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO: uma análise com discentes da FAESB Tatuí TATUÍ - SP 2017
  • 2. FRANCIELE DE JESUS FERREIRA LEITE STARTUPS, EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO: uma análise com discentes da FAESB Tatuí Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Administração da Faculdade de Ensino Superior Santa Bárbara – FAESB, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração, sob a orientação do Prof. Me.: Odair de Almeida Ferreira. TATUÍ - SP 2017
  • 3. FRANCIELE DE JESUS FERREIRA LEITE STARTUPS, EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO: uma análise com discentes da FAESB Tatuí Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Administração da Faculdade de Ensino Superior Santa Bárbara – FAESB, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração, sob a orientação do Prof. Me. Odair de Almeida Ferreira. BANCA EXAMINADORA __________________________________________ Prof. Orientador Me. Odair de Almeida Ferreira __________________________________________ Profª. Esp. Lilian Faustino da Rosa __________________________________________ Profª. Esp. Regiane Cardoso de Oliveira Tatuí, 29 de Novembro de 2017
  • 4. Dedico este trabalho a meu pai que foi um grande empreendedor, e estava sempre disposto a assumir riscos e criar algo novo.
  • 5. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a DEUS, pois todas as vezes que me peguei pensando negativamente que não conseguiria, entreguei nas mãos Dele, e fui conduzida ao sucesso. A minha Mãe e Padrasto, que com muito carinho е apoio, não mediram esforços para qυе еυ chegasse até esta etapa da minha vida. Ao meu namorado Fernando Corazza, de quem eu mais cobrei apoio e atenção, mas que sei que estas foram coisas que jamais me faltaram. E porque é ele que divide comigo os planos e sonhos para o futuro. A Milla e Mallu, minhas “pets” que me esperavam todas as noites e ficou ao meu lado todos os momentos enquanto este trabalho estava em andamento. As minhas melhores amigas Gabriele Jardim Honorio e Paula Brandão Duarte, que sempre estiveram ao meu lado, me incentivando e apoiando e nunca me deixaram desistir. A minha amiga de trabalho Cláudia Alves Barros, por me ensinar que nós erramos ao julgarmos as pessoas e perdemos muito tempo odiando aqueles que poderíamos amar. Amizade que hoje, considero indispensável em minha vida. As minhas amigas companheiras deste mesmo momento Marcela Camargo e Nathalia Marussi, onde pude dividir os medos, angústias, dúvidas e ansiedades. Ao professor e orientador Odair de Almeida Ferreira pelas orientações técnicas e por toda ajuda na elaboração deste trabalho. A todos os professores da FAESB que contribuíram, ainda que indiretamente, para o desenvolvimento deste trabalho. A todos os alunos da FAESB que disponibilizaram seu tempo para responder o questionário, apenas com o intuito de colaborar para a elaboração deste trabalho, que sem tal ajuda seria impossível a realização do mesmo.
  • 6. “Não acredite nas pessoas que sonham alto, elas são realmente inacreditáveis”. Lucão (apud PERIN, 2015, p. 101).
  • 7. RESUMO O empreendedorismo tradicional vem passando por transformações e inovações, com isso surgiram as startups que se tornaram um grande fenômeno nos dias atuais. As startups estão revolucionado o mundo e a forma de pensar e empreender. Devido essas transformações os discentes devem estar preparados para explorar tal fenômeno que são as startups. O trabalho foi desenvolvido com objetivo de investigar o nível de conhecimento dos alunos da Faculdade Santa Barbara de Tatuí (FAESB) sobre startups. O estudo apresenta o conceito das startups voltada ao empreendedorismo e inovação. Para responder os objetivos e problema deste trabalho, foi utilizado por base a técnica de revisão bibliográfica e foi realizado um estudo com método quantitativo através de questionário aplicado para os discentes do curso de Administração de Empresa da instituição. A pesquisa revelou que os discentes não possuem conhecimento sobre startups, porém tem o interesse em aprender mais sobre o assunto, também destacou-se que os mesmos possuem engajamento com o empreendedorismo e em seus planos ambicionam abrir seu próprio negócio, dessa forma foi sugerido que a instituição deve explorar tal espírito empreendedor dos discente e prepará-los tal fenômeno. Palavras-chave: Startup. Empreendedorismo. Inovação.
  • 8. ABSTRACT The Traditional entrepreneurship has undergone transformations and innovations, with which emerged the startups that have become a great phenomenon in the present day. Startups are revolutionized the world and way of thinking and undertaking. Because of these transformations, students should be prepared to explore such phenomena as startups. The work was developed with the objective of investigating the level of knowledge of the students of the Santa Barbara Faculty of Tatuí (FAESB) about startups. The study presents the concept of startups focused on entrepreneurship and innovation. To answer the objectives and problem of this work, the bibliographical review technique was used based on a quantitative method through a questionnaire applied to the students of the course of Business Administration of the institution. The research revealed that the students do not have knowledge about startups, however they have an interest in learning more about the subject, it was also pointed out that they are engaged with entrepreneurship and in their plans they want to open their own business, so it was suggested that the institution should exploit such enterprising spirit of the student and prepare them for such phenomenon. Keywords: Startup. Entrepreneurship. Innovation.
  • 9. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1- Evolução das taxas de empreendedorismo no Brasil...............................18 Gráfico 2 - Discentes dos cursos participantes da pesquisa .....................................38 Gráfico 3 - Discentes dos semestres participantes da pesquisa ...............................39 Gráfico 4 - Idade dos discentes participantes da pesquisa .......................................39 Gráfico 5 - Auto avaliação dos discentes para empreendedorismo ..........................40 Gráfico 6 - Ambição dos discentes para os próximos cinco anos .............................41 Gráfico 7 - Desejo dos discentes em relação a abrir seu próprio negócio ................42 Gráfico 8 - Grau de interação dos discentes sobre startup .......................................42 Gráfico 9 - Grau de conhecimento dos discentes sobre startups..............................43 Gráfico 10 - Segmento em qual os discentes têm interesse de abrir sua startup......44 Gráfico 11 - Grau de conhecimento dos discentes sobre as startups da região .......44 Gráfico 12 - Interesse dos discentes em aprender sobre startups ............................45 Gráfico 13 - Grau de interesse dos discentes em aprender sobre startups após a pesquisa....................................................................................................................45 Gráfico 14 - Qual meio os discentes aprenderam sobre startups..............................46 Gráfico 15 - Motivos pelo qual os discentes não abriram sua própria empresa ........47 Gráfico 16 - Grau de inovação dos discentes para empreender ...............................48 Gráfico 17 - Interesse dos discentes em dedicar-se para colocar em prática um projeto ..................................................................................................................................48 Gráfico 18 - Índice de alunos que visitaram uma startup ..........................................49 Gráfico 19 - Interesse dos discentes em visitar uma startup.....................................49 Gráfico 20 - Envolvimento dos discentes com empreendedores de startups............50
  • 10. LISTA DE FIGURA Figura 1 - Ciclo de Feedback Construir-Medir-Aprender...........................................27 Figura 2 - Método enxuto ..........................................................................................28 Figura 3 - Ciclo de aceleração...................................................................................35
  • 11. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................12 1.1 Objetivos............................................................................................................13 1.1.1 Objetivo geral ...................................................................................................13 1.1.2 Objetivos específicos........................................................................................13 1.2 Problema............................................................................................................13 1.3 Justificativa........................................................................................................14 1.4 Metodologia .......................................................................................................14 2 EMPREEDEDORISMO ..........................................................................................16 2.1 Empreendedorismo no Brasil ..........................................................................16 2.2 Empreendedorismo e Inovação .......................................................................19 2.3 O empreendedorismo nas startups .................................................................20 3 STARTUPS............................................................................................................22 3.1 Conceito de Startup ..........................................................................................23 3.2 Startup enxuta ...................................................................................................25 4 INVESTIMENTOS EM STARTUPS .......................................................................29 4.1 Bootstrapping....................................................................................................29 4.2 Investimento seed .............................................................................................30 4.3 Investimento anjo..............................................................................................30 4.4 Investimento de venture capital.......................................................................31 5 INSTITUIÇÕES DE APOIO AO EMPREENDEDORISMO, INOVAÇÃO E STARTUP ..................................................................................................................................33 5.1 Incubadoras.......................................................................................................33 5.2 Aceleradoras......................................................................................................35 5.3 Parques tecnológicos .......................................................................................36 6 LEVANTAMENTO E APRESENTAÇÃO DOS DADOS.........................................38 6.1 Análise e discussão dos resultados................................................................45 7.1 Limitações da pesquisa....................................................................................52
  • 12. 7.2 Sugestões para novos estudos .......................................................................52 REFERÊNCIAS.........................................................................................................53 APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA PESQUISA ..............................................56
  • 13. 12 1 INTRODUÇÃO Milhares de empresas surgem do alento de empreendedores brasileiros que almejam ter seu próprio negócio, muitos acabam tomando esta iniciativa pela falta de emprego no mercado de trabalho. Grande parte segue esse caminho por não ter outra opção a não ser investir em algo que ajude a se manter e pagar suas contas no fim do mês. Muitos se pudessem ainda optariam por estar em conforto e segurança de um emprego formal (MELLO; VIDIGAL, 2011). O empreendedorismo é considerado um fenômeno devido sua força de crescimento e para o empreendedor se destacar nesse mercado cada vez mais competitivo é necessário demonstrar um diferencial, já que em ambiente de incertezas, o empreendedor necessita inovar e ir em busca de novas oportunidades. Esse novo empreendedor deve estar inovando continuamente, trazendo insight1 de maneira que revolucione o mercado e traga sucesso para a empresa (MELLO; VIDIGAL, 2011). Entre esses empreendedores, alguns se destacam de certa forma, tendo um modelo de negócio diferenciado e fazendo com que seu negócio se desenvolva excepcionalmente, há inúmeros exemplos de empresas que a poucos anos atrás eram pequenas como milhares de outras e hoje são líderes em seus setores. Esses empreendedores atuam em mercados criados por eles mesmos, a partir de sua criatividade e visão de futuro (MELLO; VIDIGAL, 2011). Diante desta sobreposição entre inovação e empreendedorismo nos pequenos negócios, surge o conceito de startups, porém muitas pessoas ainda não sabem o que é uma startup e acabam relacionando com empresas da área de tecnologia e empresas digitais Para Perin (2015, p. s/p), “o Brasil possui grande chance em construir um ecossistema líder mundial em inovação. Pois possui capital, talento, recursos e desejo”. O autor ressalta também que “as startups precisam ser flexíveis, pois sabem que o mercado é dinâmico e rápido, e as mudanças são normais nesse novo universo” (PERIN, 2015, p. 11). O autor defende a inovação não como uma simples parte da atividade empreendedora, mas sim como sendo a ferramenta indispensável para o 1 Conceito de ideia repentina
  • 14. 13 desenvolvimento das startups. A inovação diferencia-se de uma simples invenção, ela busca atender as exigências do mercado e gera renda ao empreendimento para que este possa se manter. A inovação, segundo o autor, tem um compromisso com o empreendedorismo, criando novas opções de produtos e serviços, contribuindo com a melhoria da qualidade de vida da sociedade, proporcionando desenvolvimento regional e a formação de uma classe empresarial local. O autor ainda menciona que as startups são impulsionadas pela nova geração de empreendedores, a geração Y, que são jovens inovadores procurando por desafios, assumindo riscos e trazendo o conceito de empresas inovadora. 1.1 Objetivos 1.1.1 Objetivo geral Investigar o nível de conhecimento dos estudantes de administração da Faculdade de Ensino Superior Santa Bárbara (FAESB) sobre startups. 1.1.2 Objetivos específicos a) caracterizar as diferenças e semelhanças entre empreendedorismo e startups; b) definir startups e discorrer sobre o contexto e fatores de sua origem no Brasil; c) pesquisar a importância das startups para Brasil e suas tendências. 1.2 Problema Tendo em vista a importância das startups no Brasil, será que os estudantes de Administração da Faculdade de Ensino Superior Santa Bárbara (FAESB) conhecem o conceito das startups e estão pronto para explorar tal fenômeno?
  • 15. 14 1.3 Justificativa A escolha do tema justifica-se pelo fato das startups ser assunto novo entre os alunos da FAESB, visto que será aplicado uma nova matéria intitulada “Startup Innovation” para os alunos da grade III do 8º semestre de Administração. Quando se fala de startups é comum encontrarmos alunos querendo aprender apenas o conceito básico somente para não ficarem alienado sobre o assunto, como também encontramos outros interessados justamente por ser um fenômeno e um tema que está causando grande impacto no mundo hoje. É fundamental os alunos de Administração da FAESB entender sobre startups e o porquê desse fenômeno, seus modelos de negócios e sua realidade no mercado, pois precisam estar preparados e adaptar-se rapidamente ao que enfrentarão logo mais. Por mais distintas que sejam as opções de carreiras precisam entender que há possibilidade de saírem empreendedores, atuando naquilo que acreditam e poderão ter crescimento profissional e de sucesso e que também é uma realidade no mercado e na economia do Brasil, além de ser uma forte tendência como escape ao desemprego. 1.4 Metodologia Um dos propósitos deste estudo é investigar o nível de conhecimento dos estudantes de Administração da FAESB, visto que as startups são um fenômeno atualmente. A elaboração do trabalho é estruturada em duas fases, sendo a primeira técnica de revisão bibliográfica e a segunda pesquisa de campo com o método quantitativo. Com o objetivo de aproximar o pesquisador ao assunto em questão, a base teórica foi fundamentada por meio de técnica de revisão bibliográfica, desse modo foram reunidos livros, e materiais de redes eletrônicas, relacionado a startups, empreendedorismo e inovação. Para esta pesquisa embasou-se a análise e apresentou suporte necessário para compreender as questões lembradas nos objetivos a, b, c, que são respectivamente:
  • 16. 15 a) caracterizar as diferenças e semelhanças entre empreendedorismo e startups; b) definir startups e discorrer sobre o contexto e fatores de sua origem no Brasil; c) pesquisar a importância das startups para Brasil e suas tendências. Portanto, foi selecionado os seguintes autores como destaque desta verificação: Perin, Dornelas, Ries. Com a técnica de revisão bibliográfica concluída, iniciou-se estudo de campo com método quantitativo para que fosse possível atingir o objetivo proposto deste estudo. Para isso houve a necessidade da elaboração de um questionário não probabilístico a fim de investigar o nível de conhecimento dos estudantes de Administração da FAESB. Por meio do Software Google Docs, uma tecnologia Web, iniciou-se esse levantamento de dados com questionário eletrônico enviado através de e-mails e whatsaap, com o intuito de abranger o maior número de alunos possíveis. A pesquisa foi aplicada na Faculdade de Ensino Superior Santa Bárbara (FAESB), situada na no município de Tatuí, a qual oferece os cursos de: Administração de Empresas, Ciências Contábeis, Direito, Engenharia Agronômica e Enfermagem.
  • 17. 16 2 EMPREEDEDORISMO “A palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e quer dizer aquele que assume risco e começa algo novo” (DORNELAS, 2008, p.14). Existem diversas definições para empreendedorismo, que variam até pelo segmento em que o fenômeno é estudo, porém, a mais profunda e completa é a de Dornelas (2008, p. 22) “o empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam a transformação de ideias e oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócio de sucesso”. Dornelas ainda menciona que conceito de empreendedorismo se intensificou no final da década de 1990, mas a prática já existe há muito tempo e sofreu evolução ao longo da história. Existe vários elementos que intensificaram o empreendedorismo na década de 1990, um deles foi devido a não estabilidade da economia e a globalização. Muitas empresas brasileiras tiveram que procurar alternativas para aumentar a competitividade, reduzir os custos e manter-se no mercado. Outro grande fator imediato que Dornelas (2008) cita foi o aumento do índice de desemprego, principalmente nas cidades grandes, onde as concentrações de empresas são maiores. Ex-funcionários dessas empresas, sem alternativas, utilizam o que lhe restam para abrir seu próprio negócio e poder se manter. Hoje há também muitas pessoas que ambicionam ter seu negócio e outras que decidem iniciar seu próprio negócio porque tiveram um insight e almejam ser independentes. Resultado das oscilações na economia, o interesse pelo empreendedorismo tende a crescer de forma intensa, assumindo um papel relevante nas sociedades modernas. 2.1 Empreendedorismo no Brasil Segundo o relatório da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) relatório usado para medir o empreendedorismo nos países, “o empreendedorismo tem se mostrado uma ferramenta de desenvolvimento econômico e que traduz o desejo de muitos brasileiros” (GRECO et al. 2017, p. 16).
  • 18. 17 Há dois tipos de empreendedorismos, o por oportunidade que é quando e o empreendedor opta por iniciar um novo negócio com planejamento prévio, tem em mente o crescimento para a empresa e visa a geração de lucros, empregos e riquezas. E o empreendedorismo por necessidade que é quando um candidato a empreendedor, por não possuir a melhor opção de trabalho ou está desempregado se aventura na jornada empreendedora. (DORNELAS, 2005) Devido à crise que o Brasil enfrentou nos últimos anos, muitas pessoas perderam seu emprego e a solução foi abrir seu próprio negócio, ou seja empreender por necessidade. Mas para se ter um negócio de sucesso requer planejamento e muitas dessas empresas não tiveram sucesso. O GEM edição 2016 publicado em 2017 nos mostra que o empreendedorismo por oportunidade voltou a crescer, 75% dos novos empreendedores estão buscando este caminho. Houve uma ligeira melhora, foram 57,4% em 2016, contra 56,5%, em 2015. Destaca-se que o empreendedorismo por necessidade, que está relacionado a falta de opção de trabalho e renda, está cedendo espaço para o empreendedorismo por oportunidade. “Boa parte dos novos empreendedores brasileiros estão abrindo seus negócios por vislumbrarem uma oportunidade, e não somente pela falta de opção de renda” (GRECO et al. 2017, p. 15). No relatório encontra-se informações muito relevantes para o empreendedorismo brasileiro, como por exemplo a faixa etária dos empreendedores brasileiros iniciais, 19,7% encontra-se entre 18 a 24 anos e 30,3% encontra-se entre 25 e 34 anos, somando 50% dos empreendedores iniciais em 2016. Tais faixas etárias se enquadram na “geração Y”, a qual está revolucionando o empreendedorismo com a inovação. É possível analisar que 46,4% dos empreendedores iniciais possuem ensino médio completo e superior incompleto e 6,3% possuem ensino superior completo, especialização incompleta e completa, mestrado incompleto e completo, doutorado incompleto e doutorado completo. Essas taxas caíram em 2016, mas ainda pode-se considerar a média boa. Muitos desses empreendedores iniciais estão mais preparados para enfrentar seus concorrentes devido a ter um grau de conhecimento maior e tem menos chances de fracasso em seus negócios.
  • 19. 18 Segundo o levantamento do GEM 36% da população do Brasil, tem um negócio ou estão envolvidos na criação de um, isso significa 48 milhões de pessoas são empreendedoras em nosso país. No gráfico 1, percebe-se que o empreendedorismo no Brasil vem crescendo a cada ano. Nos anos 2010 e 2015 houve uma evolução significativa, pois devido à crise econômica do país, o empreendedorismo por necessidade veio a aumentar, já em 2016 percebemos uma pequena queda, porém o empreendedorismo por oportunidade volta a ganhar espaço novamente. Gráfico 1- Evolução das taxas de empreendedorismo no Brasil Fonte: GRECO et al. (2017, p. 27) O relatório GEM ainda afirma que mesmo considerando o Brasil ter passado pela pior crise registrada é possível afirmar que o que o momento é favorável e de grande otimismo. O empreendedorismo é um grande ajudador para a recuperação da economia do país, mas é preciso que o governo crie mecanismos que facilitem e incentivem os pequenos negócios. Os brasileiros possuem capacidade para empreender, e a grande quantidade de oportunidades que o país ainda oferece não podem ser desperdiçados (GRECO et al. 2017). Perin (2015) complementa que o Brasil possui grande chance em construir um ecossistema líder mundial, pois possui talento, recursos e desejo.
  • 20. 19 2.2 Empreendedorismo e Inovação É possível observar um aumento na velocidade da inovação no mundo, no qual interfere na relação entre pessoas e produtividade, ampliando uma série de oportunidades que emergem em decorrência do surgimento de novos mercados e novas tecnologias (DORNELAS, 2010). Abreu e Campos (2016, p.10) nos dá a seguinte ideia sobre o empreendedorismo e a inovação: O elo preciso que conecta este número crescente de oportunidades à enorme capacidade de execução dos empreendedores é a inovação, que transforma realidades, expandindo nossa percepção sobre o mundo que nos rodeia. São estas transformações, cada vez mais necessárias, num mundo repleto de problemas e limitado em recursos, que exigem empreendedores responsáveis, preparados para lidar com os desafios técnicos, sociais e éticos que surgem nos novos empreendimentos. Maçães (2017) complementa afirmando que o sucesso a longo prazo de uma organização está associado a ideia de inovação, ou seja, associado a capacidade de explorar e desenvolver novos produtos, serviços ou tecnologias. A inovação pode envolver dois tipos de mudanças, a radicais, onde tornam as tecnologias anteriores obsoletas (como por exemplo as maquinas fotográficas digitais que tornou obsoleta as maquinas de rolos) e as incrementais que visam melhorar as tecnologias existentes (como por exemplo a introdução do HD, LED ou 3D que ocasionaram a melhora dos plasmas ou LCD’S existentes). É de extrema importância reconhecer que embora inovação tenha potencial de causar grande impacto em nossas vidas, ela não oferece garantias de um mundo melhor e mais desenvolvido (RODRIGUEZ, 2015). O empreendedor deve estar desafiando-se constantemente para elaborar novos empreendimentos ou renovar empreendimentos já existentes que gerem impacto positivo na sociedade (CECCONELLO, 2008). É dentro deste processo que podemos definir a startup como uma empresa criada com o propósito de causar um amplo impacto social ou econômico através de um processo inovador intenso, independentemente de seu tamanho ou desempenho de mercado (RODRIGUEZ, 2015).
  • 21. 20 2.3 O empreendedorismo nas startups Para Ries (2012, p.13) “desenvolver uma startup é um exercício de desenvolver uma instituição, portanto, envolve necessariamente administração”. Muitos empreendedores ficam com receio quanto as práticas gerenciais no início de uma startup, pois tem medo de atrair a burocracia e reprimir a criatividade. Ries (2012, p. 16) ainda comenta que “estamos vivendo um renascimento sem precedentes do empreendedorismo mundial, mas essa oportunidade corre riscos”. Com a necessidade de novas iniciativas de inovação, muitos empreendedores colocam de lado o modelo gerencial, e acabam encontrado alguma forma de ganhar dinheiro, mas para cada sucesso há muitos fracassos. Muitas startups são esquecidas, produtos não são utilizados e acabam tornando-se um insucesso, um dano econômico para empresa e para investidores. Nager, Nelsen e Nouyrigat (2012) confirmam que se inicia uma revolução do empreendedorismo, onde será remodelado o mundo dos negócios, mudando a qualidade de vida da sociedade e futuras gerações. Os autores ainda explicam que no passado levava-se muito tempo para construir uma versão de um produto, e logo após produto ser lançado descobriam que os empreendedores estavam errados em suas conclusões sobre as necessidades dos clientes, ou seja, desperdiçavam esforços e recursos que não eram utilizados. Já as startups levam tempo para executar a visão do que os consumidores querem, começam a criar o produto de maneira diferente, e procuram entregar um conjunto mínimo de recursos no menor tempo possível. Com a globalização do empreendedorismo os empreendedores nos últimos dez anos começaram a entender um fato essencial, que segundo Nager, Nelsen e Nouyrigat (2012, p. 17): Startups não são simplesmente versões menores de empresas grandes. Enquanto empresas executam modelo de negócios, startups buscam um modelo de negócios. Ou talvez, mais precisamente, startups são organizações temporárias desenhadas para buscar um modelo de negócio capaz de ser ampliado e reproduzido. Para Nager, Nelsen e Nouyrigat (2012) os empreendedores devem desenvolver suas próprias técnicas de gestão, em vez de adotar as técnicas de gestão de empresas grandes, as quais sufocam a inovação em startups. Eles devem desenvolver seu modelo de negócio, desenvolver seus clientes e utilizarem uma
  • 22. 21 metodologia de desenvolvimento interativo e incremental para construir o produto, caso haja equívocos sobre a conclusões, tal resultado é chamado de pivô, e deve ser considerado como aprendizado, ou seja, uma oportunidade de mudar o modelo de negócio. As barreiras dos empreendedorismos não estão apenas removidas, mas estão sendo substituídas por inovações que se aceleram a cada dia. “Como resultado, as startups agora têm ferramentas que aceleram a busca por consumidores, e não apenas reduzem o tempo para ir ao mercado, como também os custos de desenvolvimento” (NAGER, NELSEN, NOUYRIGAT, 2012, p. 17).
  • 23. 22 3 STARTUPS Perin (2015) explica que o empreendedorismo tradicional está passando por uma grande transformação, é a chamada “revolução das startups”. Essa revolução está ligada a velocidade de lançamento de novos negócios, a facilidade de disseminação de produtos e serviços e testes constantes destes negócios. O autor ainda afirma que um dos principais fatores que iniciou esta revolução foi o surgimento da geração Y. A geração Y engloba pessoas nascidas entre 1980 e 2000, o autor menciona que tal geração, no Brasil, já cresceu em um sistema político democrático, é uma geração muito consciente, preocupada com a sustentabilidade, conectada com o mundo, curiosa e criativa. Dario (2012, s/p) complementa “são impacientes, criativos, imediatistas, versáteis, ansiosos e afinados com a tecnologia. Por conta dessa última característica, são também abertos a compartilhar, cooperar e discutir ideias e valorizam a autonomia e a qualidade de vida”. Tais jovens rejeitam as atuais estruturas hierárquicas das empresas, estão quebrando os paradigmas e abrindo caminhos para a inovação com produtos e serviços. Segundo uma pesquisa realizada pela Cia de Talentos, agência de recrutamento, em parceria com a Nextview People, empresa de pesquisas em gestão e desenvolvimento de pessoas, entrevistou mais de 46 mil jovens brasileiros de diferentes regiões onde 51% desse tinham entre 20 e 26, os quais se enquadram na geração y, disseram ter a intenção de empreender em um horizonte futuro máximo de 6 anos. (DARIO, 2012). Perin (2015, p. 06) complementa “É uma geração que assume riscos para atingir seus objetivos, porque acredita que sua ideia pode acontecer”. O autor explica que, diferentes das gerações anteriores, esta possui características propícias ao empreendedorismo: são inovadores, tem perfil de liderança, são criativos, flexíveis, perspicaz quanto ao futuro e persistentes. Essa geração revolucionou de vez a forma de trabalho, trazendo um perfil diferente nos negócios, criando esta cultura de empresas inovadoras. Outro fator que contribuiu fortemente para a revolução das startutps, segundo o autor, foi a chegada na internet no Brasil, conhecido como “bolha ponto.com”. Embora esta tecnologia tenha sido disseminada no país tardiamente, se comparar a outros países, quando a geração Y descobriu que a internet poderia solucionar
  • 24. 23 problemas que dificultava o empreendedorismo, as startups enfim começaram a surgir. Portanto, todo potencial da internet acrescido das características da geração Y, resultou em empreendedores que buscam criar soluções, trazer ganhos e facilitar a vida da sociedade, ou seja, as startups. Neto et al. (2013) explana que o empreendedorismo tem sido um caso de sucesso entre os jovens, e um fenômeno mundial. Esse boom2 se deu devido o surgimento de milhares de negócios prósperos, despertando a ambição dos jovens e trazendo o empreendedorismo como uma opção de carreira. 3.1 Conceito de Startup Segundo ABStartups (2017, s/p) “O termo startup nasceu nos Estados Unidos há algumas décadas, mas só se popularizou no meio empreendedor brasileiro a partir da bolha ponto-com, entre os anos de 1996 e 2001”. Startup é o conceito utilizado para definir o estágio inicial das empresas que investem em produtos e modelos de negócios inovadores. ABStartups (2017, s/p) descreve da seguinte forma: Startups são empresas em fase inicial que desenvolvem produtos ou serviços inovadores, com potencial de rápido de crescimento [...] É um momento na vida de uma empresa, onde uma equipe multidisciplinar, busca desenvolver um produto/serviço inovador, de base tecnológica, que tenha um modelo de negócio facilmente replicado e possível de escalar sem aumento proporcional dos seus custos. Neste estágio os empreendedores testam suas ideias e fazem adaptações com o objetivo de encontrar um produto e/ou serviço que possua demanda e ao mesmo tempo tenha retorno financeiro. Essa fase de testes pode trazer resultados positivos, em que a startup passa para uma fase de expansão e estruturação, cresce, torna-se uma empresa de maior dimensão e deixa de ser startup, podendo se tornar uma grande empresa de sucesso; ou os resultados podem ser negativos, em que ela passa por adaptações e até mesmo deixa de existir (ALVES,2013). Ries (apud PERIN, 2015, p.10) complementa descrevendo da seguinte forma: “uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e 2 Expansão rápida e muito abrangente de um fenômeno
  • 25. 24 escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza”. ABStartups (2017, s/p.) complementa essa citação da seguinte forma: Essa definição nos permite explorar em mais detalhes o universo ao redor de uma startup: a busca por um modelo de negócios que seja lucrativo como principal objetivo do negócio, independentemente da sua indústria. Porém, quando uma empresa busca por um modelo que seja repetível e escalável quer dizer que também está buscando por uma espécie de automação do seu modelo. Ou seja, independentemente do número de clientes que ela conquiste, o custo da operação não se eleva na mesma proporção. Perin (2015) nos dá as principais características de uma startup de acordo com a definição de Ries (2012): a) estágio inicial: normalmente são consideradas startups modelos de negócios até dois anos a partir do lançamento da ideia, após, são consideradas como uma empresa e não mais startups. Portanto, a startup é o estágio inicial, e é nesse estágio onde as incertezas são maiores; b) grupo de pessoas: quando se fala de grupo de pessoas, não quer dizer que não se pode criar uma startup sozinho, mas será mais difícil. É indispensável ter parceiros e fornecedores independente de qual seja o interesse no negócio; c) modelo de negócio: é como a startup gera valor, ou seja, como transforma seu trabalho em dinheiro; d) repetitividade: o modelo de negócios de uma startup deve ser repetível, ou seja, deve ser possível replicar ou reproduzir a experiência de consumo de seu produto ou serviço de forma relativamente simples, com pouca ou nenhuma adaptação, podendo reproduzir a proposta de valor em outros países, estados ou regiões; e) escalabilidade: uma das características das startups é ganhar força e crescer rapidamente, ou seja, poder atingir rapidamente um grande número de usuários a custos relativamente baixos; f) extrema incerteza: não ter certeza de como será a inserção do negócio no mercado é uma das características das startups, como estão sempre inovando , atuam em ambiente de extrema incerteza, pois propõem um serviço/produto novo no mercado e não se sabe como vai ser a aceitação; g) flexibilidade e rapidez: em função de sua característica inovadora, do ambiente incerto e altamente competitivo, a startup deve ser capaz de atender e se adaptar rapidamente demandas do mercado;
  • 26. 25 h) inovação: a startup apresenta um produto ou serviço novo ou com aspectos novos para o mercado a que se destina, como elementos de diferenciação. i) sustentabilidade: a startup deve ser autossustentável, ou seja, independente do investimento inicial, ela deve se manter sozinha, o retorno obtido deve ser suficiente para ela se sustentar e crescer; j) internet: muitas pessoas confundem as startups como empresas digitais, isso se dá devido 99,99 % das startups usarem o poder da internet para os seus negócios, marketing entre outros ou seja usam a internet como recurso essencial de seu negócio. As startups trouxeram maior qualidade de vida para humanidade e muitas estão indo para meios corporativos, ajudando na inovação, auxiliando as empresas a ficarem enxutas e competitivas, dessa forma surge novos negócios, inovação e flexibilidade (PERIN, 2015). 3.2 Startup enxuta Ries (2012) explica que a Startup enxuta foi criada com base no processo que nasceu no Japão, o sistema de produção Toyota, que se utiliza o “pensamento enxuto”. Tal processo visa evitar qualquer desperdício principalmente de tempo, custo ou recursos. Inspirado nesse conceito Ries desenvolveu a metodologia startup enxuta, assim como assim como o “pensamento enxuto”, visa eliminar todos os tipos de desperdícios, principalmente o desperdício de tempo. (RIES, 2012). A startup enxuta adapta essas ideias ao contexto do empreendedorismo, propondo que que os empreendedores julguem progresso de maneira distinta do modo pelo qual outros tipos de iniciativas empresarias julgam. [...] Tem de proporcionar um método de medir o progresso num contexto de extrema incerteza. [...] deve permitir aos empreendedores a realização de previsões que podem ser testadas (RIES, 2012, p. 16). Ries decidiu criar tal metodologia após observar que o fracasso das startups concentravam-se no desenvolvimento de produtos. “Startups que faziam produtos que ninguém queria, novos produtos retirados das prateleiras, incontáveis sonhos irrealizados”. Milhares de empreendedores desperdiçavam seus recursos para criar seus produtos ou serviços e somente após serem lançados, percebiam que os clientes não pagariam pelo produto ou serviço (RIES, 2012, p. 06).
  • 27. 26 Diferente do empreendedorismo tradicional que cria um plano de negócio, a startup enxuta visa primeiramente o desenvolvimento de seus clientes, e após o feedback é criado o produto/serviço ideal para seus clientes. Pois segundo o autor os produtos desenvolvidos pelas startups são experimentos e as startups devem aprender como criar empresas a partir desses experimentos. “A startup enxuta é uma nova maneira de considerar o desenvolvimento de produtos novos e inovadores, que enfatiza interação rápida e percepção de consumidor, uma grande visão e grande ambição, tudo ao mesmo tempo (RIES, 2012, p. 17). O autor explica que primeiramente deve ser definido o produto mínimo viável (MVP, do Inglês Minimum Viable Product) como início do marco do empreendedorismo. Gytahy (2017, s/p.) explica a o conceito de MVP: Minimum: o menor tamanho possível, que possa ser entregue no menor tempo possível. Viable: uma proposição de valor importante o suficiente para que seu principal cliente adote esse produto, se possível gerando receita. Product: funcionalidades encaixadas em uma entrega que se assemelhe a um produto coeso e útil. Dessa forma a startup enxuta cria empresas eficazes em termos de capital, permitindo que a startup reconheça qual o momento correto de pivotar, gerando menos desperdícios Após a startups criar o MVP (experimento ou protótipo), os clientes interagem com o produto, gerando feedback qualitativo (por exemplo, quem gosta ou não) ou quantitativo (quantas pessoas utilizam o produto). Através dos feedbacks a startup valida se o produto será aceito, se precisa de melhorias para ser lançado no mercado. Esse ciclo é chamado de Ciclo de Feedback Construir-Medir-Aprender conforme figura 1.
  • 28. 27 Figura 1 - Ciclo de Feedback Construir-Medir-Aprender Fonte: Ries (2012, p.69) Ries (2012, p. 71) explica que primeiramente acontece na sequência inversa do planejado: “Descobrimos o que precisamos aprender, utilizamos a contabilidade associada a inovação para definir o que precisamos medir a fim de saber se estamos obtendo aprendizagem validada e, em seguida, descobrimos que produto desenvolver para executar aquele experimento e obter aquela medição” Na segunda parte as técnicas são projetadas para minimizar o tempo total do Ciclo de Feedback Construir-Medir-Aprender. Ries (2012, p. 101) ainda comenta esse a criação de um MVP envolve muitos riscos, “os mais comuns são questões legais, receios acerca dos concorrentes, riscos para a marca e o impacto moral”. Entretanto outro receio dos empreendedores é que um outra empresa copie sua ideia e para que a startup dependa da proteção de patentes há desafios específicos no lançamento do produto. O autor ainda comenta que a ideia em si não tem valor, o que importa é o esforço em coloca-la em pratica, porém quando a startup lança o MVP ela tem vantagem competitiva em relação a concorrência. A startup enxuta tem como objetivo lançar o produto mediante a necessidade e percepção de seus clientes, para que o produto seja bem aceito. Dessa forma o empreendedor transforma a ideia inicial em hipóteses modelos de negócios, o quais serão validados por meio do MVP. Após tal hipótese ser comprovada, a startup passa torna-se uma empresa sustentável, conforme figura 2.
  • 29. 28 Figura 2 - Método enxuto Fonte: BLANK (2013, s/p.) Blank (2013) afirma que apesar da startup enxuta ser uma metodologia recente e ainda não tenha se tornado um padrão, seus conceitos inovadores estão remodelando todo o empreendedorismo.
  • 30. 29 4 INVESTIMENTOS EM STARTUPS Perin (2015) afirma que os investimentos nas startups estão começando a ganhar mais adeptos no Brasil, apesar ser um acontecimento recente, muitos entendem e já sabem que é uma forma de alavancar a economia do nosso país. Os investidores começaram a perceber que colocar todo o dinheiro em poupanças e ações ou outros fundos, não lhe proporcionam um resultado tão vantajoso. Assim tais investidores começam a arriscar um pouco mais e querem investir nesses jovens que estão por trás das startups. Porém, investir em startups não se trata apenas de retorno financeiro, há também a oportunidade de diversificar, conhecer outros ramos de mercado. O universo das startups proporciona ao investidor uma visão totalmente diferenciada do mundo dos negócios e faz lidar com a questão do avanço tecnológico, percebendo mais rapidamente as novas tendências e dando inspiração e estimulo para gerar a inovação (PERIN, 2015, p. 103). Esses investimentos em startups são também uma forma de abrir seu próprio negócio sem recursos financeiros. 4.1 Bootstrapping Gitahy (2011) explica que bootstrap é iniciar a startup usando somente recursos próprios, não recorrendo a investimentos externos. Se houver alguma entrada de capital, primeiramente seria de seus próprios clientes. O autor ainda nos explica mais a respeito desse termos: A tradução literal de “bootstrap” é alça de bota – aquele pedaço de couro ou tecido que fica atrás da bota e acima do calcanhar, facilitando puxá-la com as mãos na hora de calçar. O termo “levantar a si próprio pelas alças da bota” era usado desde o século XIX para ilustrar tarefas impossíveis, como pular uma cerca alta puxando suas próprias botas com as mãos. A metáfora de fazer o boostrapping da sua startup indica justamente esse processo auto- sustentável de alavancar a si próprio (GITAHY, 2011, s/p). Ou seja é o primeiro passo dos investimentos, grande parte das startups começam com o sistema bootstrapping até conseguirem investimentos maiores. Gitahy (2011) salienta que bootstrappers, costumam ser empreendedores com capacidade muito alta e quase nunca são iniciantes. As empresas Microsoft e Dell, são exemplos de empresas que foram criadas por bootstrapping.
  • 31. 30 4.2 Investimento seed Também conhecido como capital semente, por investir em algo que vai nascer ou nasceu recentemente. Tal investimento é um recurso para empresas embrionárias, que possuem produto/serviço que possam ser lançados no mercado e ou até mesmo em empresas em estágio inicial. Ele apoia a startup no estágio de implementação e organização de operações. “O investimento seed3 é caracterizado por alguém que investe na ideia de outra pessoa, ou seja, em uma futura startup” (PERIN, 2015, p. 104). As pessoas ainda irão se preparar para transformar uma ideia em realidade e os empreendedores precisam de apoio para que essa ideia saia do papel. A partir de então os investidores seed oferecem todo apoio a capacitação gerencial e financeira do negócio. O autor ainda menciona que esse tipo de investimento é bem arriscado para o investidor, pois não se sabe se a ideia comprada pode dar certo ou não Gitahy (2011, s/p.) fala sobre como esses investidores diluem esses riscos: Normalmente, para diluir seu risco e diversificar sua carteira, os investidores de capital semente montam fundos que captam de vários investidores, e assim conseguem aportar capital em mais empresas e maximizarem suas chances de acertarem em cheio. As empresas que eles procuram já possuem clientes, produtos definidos, mas ainda dependem de investimento para expandirem o consumo e se estabelecerem no mercado. E claro que para diminuir ainda mais esse risco de investimento buscam pessoas que tem insight com potencial, que possa transformar isso em um bom negócio futuramente. E sua faixa de investimento segue normalmente de R$ 500 mil a R$ 2 milhões no Brasil. 4.3 Investimento anjo O investimento anjo é uma forma de financiamento de startups, normalmente esse investidor anjo é um empreendedor ou executivo que já trilhou a carreira de sucesso, e que possui capital para investimento em novas empresas, e está disposta a aplicar tal capital, bem como suas experiências (GOMES, 2017). Sebrae (2017, s/p) complementa: 3 Seed significa semente na língua inglesa
  • 32. 31 O termo "anjo" é utilizado pelo fato de não ser um investidor puramente financeiro que fornece apenas o capital necessário para o negócio, mas por apoiar o empreendedor, aplicando seus conhecimentos, experiência e rede de relacionamento para orientá-lo e aumentar suas chances de sucesso. O investimento anjo ocorre na fase em que a startup já está no mercado, onde o investimento anjo vem mais para acelerar o negócio do que para apostar nele. Ou seja, o investimento anjo é para a startup se consolidar efetivamente (PERIN, 2015). Geralmente os investidores anjos torna-se sócios das startups durante o investimento, revendo a sua participação para os sócios originais após o empreendimento atingir maturidade. O risco de investimento anjo é mediano, pois a empresa encontra-se no mercado e pode já estar gerando lucro. Para minimizar os riscos os investidores buscam selecionar empreendimentos com alto potencial de sucesso. Seu investimento varia entre R$ 50 mil até R$ 500 mil. 4.4 Investimento de venture capital Venture capital (VC) é o financiamento que os investidores fornecem a empresas iniciantes e pequenas empresas que acreditam ter potencial de crescimento a longo prazo. Perin (2015, p. 104) complementa: “esses são investimentos maiores, específicos para quando você realmente já tem uma excelente base no mercado, com ótimos clientes, e opera com uma grande quantidade de dinheiro”. De acordo com o Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC) (apud Instituto Inovação, 2014, s/p) resume as citações acima da seguinte forma: O venture capital é uma modalidade de investimento na qual investidores aplicam recursos em empresas com expectativas de rápido crescimento e elevada rentabilidade. Este investimento acontece por meio da aquisição de ações ou direitos de participação. Esta forma de operação, diferente de um financiamento, implica, além da entrada de recursos financeiros, em um compartilhamento de gestão do investidor com o empreendedor. Perin (2015), caracteriza o venture capital como um investimento de risco mais baixo, pois deve possuir uma operação, uma carteira grande de clientes, e o risco agora é do próprio mercado. Ele ainda menciona que o venture capital não é o adequando para uma startup, pois dificilmente ela chegará nesse patamar em menos de dois anos. O valor do investimento do venture capital é bem alto justamente pelo risco ser menor, o investidor participa do empreendedorismo por meio de ações ou compra
  • 33. 32 de parte da empresa, geralmente o capital fica investido de 2 a 10 anos e é recuperado após o desenvolvimento da empresa. No Brasil seu investimento varia entre R$ 2 milhões e R$ 10 milhões.
  • 34. 33 5 INSTITUIÇÕES DE APOIO AO EMPREENDEDORISMO, INOVAÇÃO E STARTUP Incubadoras, aceleradoras e parques tecnológicos, são três distintos ambientes, possui suas funções e assim auxiliam nas ideias e negócios para que elas possam se desenvolver e alcançar o sucesso. E também são mecanismos para desenvolver o empreendedorismo. Segundo Perin (2015) cada um desses ambientes tem funções específicas que auxiliam os empreendedores em diferentes fases e através de diferentes formas. 5.1 Incubadoras As incubadoras são instituições que auxiliam as empresas em estágio inicial que tenham um projeto de produto/serviço no mercado com um significativo grau de inovação, oferecendo suporte para desenvolver essas ideias em empreendimentos de sucesso. As incubadoras têm por objetivo fazer com que sua ideia venha ao mundo de forma consolidada, forte e precisa, para mais tarde ser transformada em ideia de negócio. Perin (2015, p.108) ainda complementa da seguinte forma: “Elas vão ajudar a ideia nascer, usufruindo de um ambiente preparado para isso, como se fosse proteger um bebê, que é a real função de uma incubadora”. Elas oferecem suporte técnico para a formação do empreendedor e apoio técnico para desenvolvimento do seu produto. Com isso o se tem o acompanhamento desde a fase inicial do empreendimento até a sua consolidação. “Ao oferecer suporte ao empreendedor, a incubadora possibilita que o seu empreendimento tenha mais chances de ser bem sucedido” (ANPROTEC, 2017 s/p.). As incubadoras podem surgir através de inciativas governamentais ou de diferentes instituições, Perin (2015, p. 108) explica: As incubadoras podem partir da necessidade da própria cidade, das universidades, das empresas privadas ou entidades que fomentam o empreendedorismo, como o Sebrae e outros órgão. No entanto, o mais tradicional é em universidades. Nas universidades as incubadoras surgem como apoio as pesquisas de alunos querem trazer essa ideia para o mundo em forma de negócio.
  • 35. 34 As incubadoras nas cidades agem da mesma forma, mas procuram fomentar mais o empreendedorismo nas pessoas, e fazem isso com o objetivo de iniciar um polo empreendedor e fomentar a economia local. Nas entidades elas também visam fomentar o empreendedorismo, para isto disponibilizam ambientes e toda infraestrutura para que o ambiente fique mais agradável e prazeroso, incentivando as pessoas a trocar ideias e gerando novos empreendedores. Já as incubadoras dentro das empresas são um pouco diferenciadas, pois procuram resultados e apostam somente na ideia que realmente terão grande potencial de retorno. De acordo com a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC) (2017) para uma empresa ingressar em uma incubadora ela deve passar por um processo seletivo que dependerá dos critérios de cada incubadora, mas o pré-requisito mais importante é a inovação. Uma pesquisa realizada em 2011 pela ANPROTEC e pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) 98% das empresas incubadas inovam, sendo que 15% internacionalmente e 55% em âmbito nacional e 28% localmente. O tempo médio de incubação de uma empresa é em média de três anos, mas varia de acordo com cada empreendimento, o importante é ele se graduar e estar preparado para o mercado. E durante o processo de incubação, as incubadoras realizam teste para avaliar o desenvolvimento das empresas. E após passar pelo processo de incubação ela passar a ser uma empresa graduada, ou seja, possui competências para se desenvolver sozinhas (ANPROTEC, 2017). Além de ajudar os empreendedores a desenvolver suas empresas, as incubadoras ajudam as empresas a se graduarem, também ajuda a economia do país e a população, pois de acordo com os dados dos estudos realizados pela ANPROTEC e pelo MCTI em 2011 lançado em 2012, o Brasil possuía 384 incubadoras em operação, que abrigam 2.640 empresas, gerando 16.394 postos de trabalho. Essas incubadoras também já graduaram 2.509 empreendimentos, que na época faturavam R$ 4,1 bilhões e empregavam 29.205 pessoas (ANPROTEC, 2017).
  • 36. 35 5.2 Aceleradoras As aceleradoras são um fenômeno recente no mundo. Em 2005 surgiram as primeiras aceleradoras nos Estados Unidos da America (EUA), onde saíram ícones das startups como o Dropbox, AirBnB e Sendgrid. Já no Brasil surgem as primeiras aceleradoras em 2011. A Associação brasileira de empresas aceleradoras de inovação e investimento (ABRAII) e Startup Brasil (2017, p.03), dão a seguinte definição: As aceleradoras são empresas que tem, como principal objetivo, apoiar e investir no desenvolvimento e rápido crescimento de startups, auxiliando-as a obter novas rodadas de investimento ou a atingir seu ponto de equilíbrio - quando elas conseguem pagar suas próprias contas com as receitas do negócio. O foco das aceleradoras é alavancar os negócios promissores, dar um “gás” no empreendedor que já conseguiu “vencer a batalha” de existir em um mercado e conquistar pessoas que pagariam pelo seu produto ou serviço. O negócio deve se encontrar no mercado de forma ativa e aceleradora entra justamente para ajudar a empresa a crescer mais rapidamente (PERIN, 2015). Ela assessora os idealizadores para consolidar sua ideia e posiciona-la no mercado, o modelo de negócio é desenvolvido até se tornar um projeto concreto. Além de aceleradoras oferecerem todo apoio e benefício para a startup, ela também investe, torna- se sócia até o desinvestimento, que é quando a startup é vendida para investidores ou empresas para reaver o investimento realizado. O programa de aceleração tem a duração em média de 03 a 12 meses, e em média uma aceleradora investe de 20 mil a 100 mil reais, isso varia de cada aceleradora. A figura 1 mostra o processo de aceleração: Figura 3 - Ciclo de aceleração Fonte: ABRAII e StartupBrasil (2017, p.16).
  • 37. 36 Uma pesquisa realizada em 2016 pelo Centro de Estudos em Private Equity e Venture Capital (GVcepe) em parceria com o Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV/EAESP (FGVcenn), mostra que o Brasil possui mercado estabelecido de aceleradoras de startups, e abriga cerca de 40 aceleradoras em atividade e tal mercado está concentrado no estado de São Paulo. Até janeiro de 2016 foram aceleradas aproximadamente 1.100 startups no Brasil. 5.3 Parques tecnológicos A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI) do estado de São Paulo dá a seguinte definição para parques tecnológicos: [...] são empreendimentos para a promoção de ciência, tecnologia e inovação. São espaços que oferecem oportunidade para as empresas do Estado transformarem pesquisa em produto, aproximando os centros de conhecimento (universidades, centros de pesquisas e escolas) do setor produtivo (empresas em geral). Esses ambientes propícios para o desenvolvimento de Empresas de Base Tecnológica (EBTs) e para a difusão da Ciência, Tecnologia e Inovação transformam-se em locais que estimulam a sinergia de experiências entre as empresas, tornando-as mais competitivas (SDECTI, 2017, s/p.). Os parques tecnológicos entram no processo final das startups, quando elas deixam de ser incertas e passam a ser uma grande empresa de potencial. A ideia do parque tecnológico é receber grandes empresas e incentivar a comunidade local e região a ser um polo empreendedor (PERIN,2015). Essas empresas de grande potencial, normalmente atraem muito dinheiro e chamam atenção, então precisam de espaço maior e são encaminhadas para os parques. A ideia principal de uma empresa estar dentro do parque é que ela se consolide no mercado e incentive outros a fazer o mesmo, aumentando a força empreendedora da cidade, estado ou região. Também realizam troca de conhecimentos para gerar inovação em novos produtos e serviços. Geralmente os parques tecnológicos são alinhados com as universidades, assim tem acesso a pesquisas do meio acadêmico e novos conhecimentos (PERIN,2015). Um estudo feito pela ANPROTEC em 2008, indicava que o Brasil possuía 74 Parques Tecnológicos espalhados por todas as suas regiões. Dentro deles foram identificadas 520 empresas em operação, gerando uma receita de aproximadamente R$ 1,68 bilhões e volumes de exportação e geração de impostos estimados na ordem de R$ 116 milhões e R$ 119 milhões, gerando 26.233 postos de trabalho.
  • 38. 37 Já em 2014 foi realizado um levantamento feito pela ANPROTEC, Secretaria de Desenvolvimento tecnológico e inovação do Ministério da ciência, tecnologia e inovação (MCTI) e o Centro de apoio ao Desenvolvimento tecnológico (Dt/UnB), em que foram identificados 94 iniciativas de parques no Brasil, representando um crescimento de 27% em relação aos dados de 2008. Os mesmos abrigam 939 empresas, gerando 29.909 postos de trabalho. Considera-se que os parques tecnológicos geram benefícios científicos e tecnológicos, têm uma participação socioeconômica importante, com refletindo altamente na geração de empregos de alta qualificação e na atração de empresas inovadoras para as regiões onde estão inseridos.
  • 39. 38 6 LEVANTAMENTO E APRESENTAÇÃO DOS DADOS Como previsto na metodologia para responder aos objetivos proposto a este estudo foi aplicado um questionário. O mesmo também possuía a função explicativa sobre o tema, uma que vez os alunos que não sabiam o conceito de startups, pudessem ter informações básicas sobre o assunto, e assim responder corretamente o questionário. O mesmo foi elaborado com 31 perguntas, sendo 04 abertas e 27 fechadas e uma seção explicativa sobre a definição de startups, conforme comentando. Ressaltando que conforme citado na metodologia, trata-se de uma amostra não probabilística, o que dificulta a generalização dos resultados para descrever, em sua totalidade. O questionário foi aplicado para os discentes do curso de Administração, para poder atingir os objetivos propostos. Porém foi estendido à pesquisa para os outros cursos para obter um parâmetro de comparação sobre os demais discentes. A maioria (56,20%) dos respondentes são do curso de Administração de Empresas, e 25,80% do curso de Ciências Contábeis, já os demais cursos não interagiram tanto para elaboração da pesquisa. Gráfico 2 - Discentes dos cursos participantes da pesquisa Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário 56,20% 25,80% 1,10% 5,60% 5,60% 5,60% Administração de Empresas Ciências Contábeis Engenharia Agronômica Direito Enfermagem Não sou aluno da FAESB
  • 40. 39 Conforme mencionado na justificativa deste trabalho, esta pesquisa se deu devido a aplicação de uma nova matéria intitulada “Startup Innovation” para os alunos da grade III do 8º semestre de Administração. No gráfico 03 observa-se que a maioria (30,70%) dos respondentes estão no 6º semestre, ou seja, serão os próximos a cursar tal disciplina. Gráfico 3 - Discentes dos semestres participantes da pesquisa Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário Em relação a idade dos respondentes nota-se que maioria (39,3%) dos discentes estão entre 17 e 21 anos, 30,3% 22 a 26 anos, 10,1% 27 a 31 anos e 12,40 32 a 36 anos. Gráfico 4 - Idade dos discentes participantes da pesquisa Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário 17,90% 23,80% 30,70% 22,60% 2 º semestre 4 º semestre 6 º semestre 8 º semestre 39,30% 30,30% 10,10% 12,40% 2,20% 5,60% 17 a 21 anos 22 a 26 anos 27 a 31 anos 32 a 36 anos 37 a 41 anos Mais de 42 anos
  • 41. 40 Maior índice dos respondentes encontra-se na geração Y. Conforme Perin (2015) a geração Y engloba pessoas nascidas entre 1980 e 2000, sendo hoje o maior público inserido na faculdade objeto da pesquisa. Os indivíduos desta geração Y buscam a autorrealização e não estão preocupados em formar famílias, mas sim ter sucesso (DARIO NETO, 2012). Dessa forma encontramos a uma justificativa para 63,7% dos respondentes serem solteiros, 30,80% declararam ser casados, 1,10% e afirmam estar divorciado. Tal resultado converge com a tendência brasileira realizado pelo Censo realizado em 2010: “Os solteiros continuam sendo mais da metade da população (55,3%), subindo 0,5 ponto percentual em relação a 2000 (54,8%). Os casados caíram de 37,0% para 34,8%. Já o percentual de divorciados quase dobrou, passando de 1,7%, em 2000, para 3,1% em 2010. O grupo de desquitados ou separados caiu de 1,9% para 1,7%. (IBGE, 2010). Este trabalho teve como objetivo não só medir o grau de conhecimento dos alunos sobre startups, como também saber o quanto eles estão engajados com o empreendedorismo. Dessa forma mediu-se em uma escala de 1 a 5 (sendo 5 para a maior e 1 para menor intensidade de desejo de empreender) o quanto tais alunos se consideram empreendedores. Gráfico 5 - Auto avaliação dos discentes para empreendedorismo Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário 6% 11,90% 40,50% 28,60% 13,10% 1 2 3 4 5
  • 42. 41 Observa-se que os respondentes, consideram uma grande tendência ao empreendedorismo, somando-se as intensidades 3, 4 e 5, representando 82,2% do total, se considerarmos apenas as intensidades 4 e 5, o percentual é 41,7% do total, sendo próximo da metade do total da amostra. Também foi avaliado qual seria a pretensão dos discentes para os próximos cinco anos. Assim possibilitou a confirmação do desejo de empreender dos discentes da FAESB. Gráfico 6 - Ambição dos discentes para os próximos cinco anos Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário Ainda quando questionados sobre a suas pretensões futuras, dois itens merecem destaque, sendo um deles “continuar a estudar” e outro “abrir o próprio negócio” ambos com 39,3%, reafirmando o desejo desses alunos pela vocação empreendedora. O gráfico 07 reafirma o demonstrado no gráfico 06, pois é possível visualizar o desejo dos discentes em empreender. 39,30% 25% 39,30% 19% 8,30% Continuar estudando Ser gerente de uma empresa Abrir minha própria empresa Passar num em um concurso publico Não sei ainda
  • 43. 42 Gráfico 7 - Desejo dos discentes em relação a abrir seu próprio negócio Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário Quando questionados sobre o desejo de abrir o próprio negócio, aproximadamente 70% afirmaram positivamente, levando a crer que há um celeiro de novos empreendedores em formação. Os gráficos 8 e 9 medem o grau de conhecimento dos alunos sobre startups. Gráfico 8 - Grau de interação dos discentes sobre startup Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário 69% 21,40% 9,50% Sim Não Já tenho minha propria empresa 10,70% 13,10% 32,10% 8,30% 35,70% Já ouvi falar Já ouvi falar, mas não sei o que é Já ouvi falar, mas não me aprofundei sobre o assunto Já li algum material sobre o assunto Nunca ouvi falar
  • 44. 43 O gráfico 8 é possível perceber que 35,70% dos alunos, nunca ouviram falar sobre startups e 32,10% já ouviu falar, mas não se aprofundou no assunto. É visível o não engajamento dos alunos sobre o assunto. Gráfico 9 - Grau de conhecimento dos discentes sobre startups Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário O gráfico 9 é possível verificar que há um número alto de alunos que apesar de responderem que já tinham ouvido falar sobre o assunto, 48,80 % deles ainda não sabiam o que é uma startup. Nesta questão foi colocado duas alternativas corretas e apenas 29,80% e 7,10% acertaram. Também é possível verificar que 3,60%, 8,30% e 2,40% confundem startups com empresas da web, empresas inovadoras e empresas tecnológicas. Após a aplicação da seção que explica a definição de startups, 54,80% dos alunos se interessaram em abrir sua startups e 78,60% dos alunos consideram trabalhar em uma startup. O gráfico 10 mostra os seguimentos em que os alunos têm interesse de abrir sua startup. 3,60% 7,10% 2,40% 8,30% 48,80% 29,80% É uma empresa da WEB É um modelo de negócios repetível e escalável É uma empresa de tecnologia É uma empresa inovadora Não sei o que é uma startup É uma empresas em fase inicial que desenvolvem produtos ou serviços inovadores, com potencial de rápido de crescimento.
  • 45. 44 Gráfico 10 - Segmento em qual os discentes têm interesse de abrir sua startup Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário Observa-se no gráfico 10 que há uma preferência dos discentes em atuar com startups no segmento de serviços, provavelmente devido a suas diversificações de ramos e atividades. Pontuou-se também de forma expressiva o segmento de tecnologia, uma vez que há uma grande concentração de startups se direcionando para este segmento. Gitahy (2016) explica que as que a maioria das startups são tecnológicas porque são mais acessíveis e baratas, além de facilitar a repetitividade da venda do produto ou serviço No gráfico 11 observa-se que os alunos desconhecem que nossa região há muitas startups e que elas movimentam a economia da região e gera muitos empregos. Gráfico 11 - Grau de conhecimento dos discentes sobre as startups da região Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário 28,60% 64,30% 7,10% 0% 14,30% 7,10% 0% 35,70% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% Tecnologico (aplicativos, aparelhos eletrônicos,… Serviços Manufatura Educação Saúde Agronegócio Transporte/mobilidade urbana Outros 4,80% 95,20% Sim Não
  • 46. 45 De acordo com a Startup Sorocaba (2017) nossa região possui 97 startups, as quais geram muitos empregos e movimenta a economia de nossa região. 6.1 Análise e discussão dos resultados Foi possível perceber que os alunos da FAESB não estão engajados com o assunto startups. Porém os gráficos 12 e 13 mostram o interesse dos alunos em aprender mais sobre assunto, desta foram pode-se dizer que a instituição acerta em colocar tal matéria na grade dos alunos. Não só para o de Administração de Empresas, mas também como sugestão nos cursos de Engenharia Agronômica e Enfermagem, pois há um grande crescimento de startups nessas duas áreas. Gráfico 12 - Interesse dos discentes em aprender sobre startups Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário Gráfico 13 - Grau de interesse dos discentes em aprender sobre startups após a pesquisa Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário 61,90% 6,00% 32,10% Você tem interesse em aprender mais sobre Startup? Sim Não Talvez 7,10% 4,80% 27,40% 32,10% 28,60% 0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 1 2 3 4 5 Após essa pesquisa, em uma escala de 01 a 05, o quanto você ficou interessado em aprender mais sobre startups?
  • 47. 46 Foi possível perceber que mais da metade (61,90%) dos decentes possuem interesse em abrir sua própria startup e após a pesquisa onde foi possível os discentes compreender os conceitos de startup, se somarmos as escalas 4 e 5 temos um resultado de 60,70% de grau de interesse dos discentes em aprender mais sobre startups, ou a nova disciplina intitulada “Startup Innovation” que será aplicada será bem aceita entre os discentes. Os alunos mostram no gráfico 14 que 51,60% aprenderam sobre startups via internet e 48,40% aprenderam na faculdade. Percebe-se que livros e redes sociais tem um índice baixo de aprendizado entre os alunos, sugere-se então que a instituição invista em livros para biblioteca sobre o assunto e publique materiais em suas páginas de redes sociais para que tais alunos possam se aprofundar mais no assunto. Gráfico 14 - Qual meio os discentes aprenderam sobre startups Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário Quando questionados os alunos sobre considerar a FAESB como instituição que prepara os alunos para empreender e incentiva a empreender, observa-se que 28,60% concordam totalmente e 41,70% concordam parcialmente. No entanto, quando o assunto é os motivos por não ter aberto o seu próprio negócio, mesmo indicando que interesse foram encontradas as seguintes respostas: 48,40% 6,50% 16,10% 25,80% 6,50% 12,90% 51,60% 6,50% 29,00% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% Faculdade Livros Revistas e jornais Redes sociais Trabalho Amigos Internet Series Televisão
  • 48. 47 Gráfico 15 - Motivos pelo qual os discentes não abriram sua própria empresa Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário Observa-se que 65,50% dos alunos responderam que não abriram seu próprio negócio devo a falta de dinheiro. Dessa forma, entende-se que com a futura aplicação da nova disciplina da grade do curso de Administração os alunos poderão encontrar possíveis alternativas em abrir seu próprio negócio sem recurso, como por exemplo, recorrendo aos investidores anjos que ajudarão colocar sua ideia em pratica. Também a instituição poderá trabalhar mais o lado empreendedor dos alunos para que possam planejar mais e ficarem mais seguros para abrir seu próprio negócio, como aparece na pesquisa com 17,2% e 8,6% respectivamente. Os gráficos 16 e 17 nos mostram que os alunos da FAESB possuem a criatividade em abrir uma startup e dedicariam seu tempo para colocar sua ideia em prática. 65,50% 8,60% 8,60% 17,20% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% Não tenho dinheiro para abrir meu próprio negócio Insegurança Devido a oscilação econômica Falta de planejamento
  • 49. 48 Gráfico 16 - Grau de inovação dos discentes para empreender Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário Gráfico 17 - Interesse dos discentes em dedicar-se para colocar em prática um projeto Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário Desta forma sugere-se a FAESB possa criar futuramente uma incubadora dentro da instituição, podendo alavancar o empreendedorismo e a criatividade dos alunos e deixá-los mais preparados para administrar seu próprio negócio. Os gráficos 18, 19 e 20 mostram que os alunos da FAESB possuem o desejoso, mas não tiveram a oportunidade de visitaram uma startup e não conhecem empreendedores do ramos. 65,50% 34,50% Você tem uma ideia inovadora de empresa que poderia facilitar a vida das pessoas na sociedade? Sim Não 85% 0% 15% Você dedicaria tempo e esforço para colocar sua ideia em prática? Sim Não Talvez
  • 50. 49 Gráfico 18 - Índice de alunos que visitaram uma startup Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário Gráfico 19 - Interesse dos discentes em visitar uma startup Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário 3,60% 96,40% Você já visitou alguma startup? Sim Não 84% 16% Você gostaria de visitar uma startup? Sim Não
  • 51. 50 Gráfico 20 - Envolvimento dos discentes com empreendedores de startups Fonte: Elaborado pela própria autora com base na tabulação dos dados obtidos pelo questionário Assim sugere-se que a instituição programe visitas técnicas em startups, dessa forma os alunos poderão conhecer melhor como é uma startup e tirar dúvidas com tais empreendedores. 6% 94,00% Você conhece alguém que tem uma startup? Sim Não
  • 52. 51 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho teve como objetivo principal identificar o nível de conhecimento dos discentes de Administração da FAESB sobre startups e identificar o problema proposto, identificando se os mesmo estão preparados para explorar tal fenômeno, através da realização dessa pesquisa, foi possível atingir o objetivo e o problema deste trabalho. Com base nos estudos teóricos realizados juntamente com o questionário aplicado aos discentes, ficou evidente que os mesmos não possuem conhecimento profundo sobre as startups, porém possuem um enorme desejo de empreender. O presente estudo teve a pretensão de apresentar sugestões para solução do problema proposto. Visto há a necessidade de conhecimento do assunto entre os discentes, já que as startups são um fenômeno atualmente e os mesmos não estão preparados para surfar essa onda. Para atingir os objetivos específicos foi utilizado a técnica de revisão bibliografa foi possível verificar que o empreendedorismo tradicional está passando constantemente por transformações, devido as startups estarem remodelando a forma de empreender. As startups estão ganhando cada vez mais espaço entre os jovens da geração Y, pois tal geração é muito criativa, possui espírito empreendedor e forte rejeição às atuais estruturas hierárquicas das empresas. Ao longo do estudo foi possível perceber a importância das startups para o Brasil, pois ela passa a ser uma fonte de escape ao desemprego, e também movimenta a economia do país, influencia a criatividade e o empreendedorismo, além de facilitar a vida da sociedade. Pode se afirmar que o trabalho é valido, pois trouxe contribuições teóricas e de campo que atende ao objetivo, objetivos específicos e problema proposto, porém os resultados não podem ser generalizados, visto que a amostra possui características não probabilísticas.
  • 53. 52 7.1 Limitações da pesquisa A limitação desta pesquisa deve-se ao fato, da dificuldade das fontes bibliográficas de pesquisa sobre empreendedorismo nas startups, uma vez que o assunto apresenta tema de discussão específico, e ainda pouco analisado, desta forma foi utilizado apenas os autores Mello; Vidigal (2011), para abordar tal assunto. Foi essencial a realização e aplicação de um questionário, para levantamento dos dados, junto ao público alvo definido na metodologia desse trabalho, no entanto, evidencia-se que o número de alunos que responderam ao questionário que foi inferior ao esperado. Visto que foi solicitado para todos os cursos, mesmo não sendo o público alvo desta pesquisa, relata-se que houve baixo engajamento dos alunos de agronomia e enfermagem para responder o questionário. Mas não houve prejuízo para a análise e qualidade dos dados apresentados. 7.2 Sugestões para novos estudos Por consequência da conclusão dessa pesquisa, surgem novas demandas e novos olhares a serem observados e relatados em futuros estudos acadêmicos, como por exemplo: quais empresas já foram uma startup, o quanto tais empresas facilitaram a vida da sociedade, qual tipo de apoio ao empreendedorismo e tipo de investimento elas utilizaram para iniciar e se tornar uma empresa graduada.
  • 54. 53 REFERÊNCIAS ABRAII, STARTUPBRASIL. Programa de aceleração de empresas. Disponível em: <http://www.smartalk.com.br/ebook/aceleradora.pdf>. Acesso em: 01 set. 2017. ABREU; CAMPOS. O PANORAMA DAS ACELERADORAS DE STARTUPS NO BRASIL. USA: CreateSpace Independent Publishing Plataform, 2016. ABSTARTUPS. Tudo o que você precisa saber sobre startup. Disponível em: <https://abstartups.com.br/2017/07/05/tudo-que-voce-precisa-saber-sobre- startups/>. Acesso em: 09 jul. 2017. ALVES. Um estudo das startups no Brasil. 2013. 74 f. Monografia (apresentada ao final do curso de bacharel em Ciências Econômicas) -Faculdade de Economia, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2013. ANPROTEC; MCTI. Estudo, análise e preposição sobre as incubadoras de empresas no Brasil – relatório técnico. Brasília: ANPROTEC, 2012. Disponível em: <http://www.anprotec.org.br/ArquivosDin/Estudo_de_Incubadoras_Resumo_web_22- 06_FINAL_pdf_59.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2017. ANPROTEC. Portifolio de parques tecnologicos no Brasil. Brasília: ANPROTEC, 2008. Disponível em: <http://www.anprotec.org.br/ArquivosDin/portfolio_versao_resumida_pdf_53.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2017. ANPROTEC. Perguntas frequentes. 2017. Disponível em: <http://anprotec.org.br/site/menu/incubadoras-e-parques/perguntas-frequentes/>. Acesso em: 23 ago. 2017. BLANK, S. Por que o movimento lean startup muda tudo. 2013. Disponível em: <http://hbrbr.uol.com.br/por-que-o-movimento-lean-startup-muda-tudo/>. Acesso em: 20 out. 2017. BLANK, S; DORF, B. Startup: manual do empreendedor o guia passo a passo para construir uma grande companhia. Rio de Janeiro: Alta Books, 2014. CECCONELLO, A. A construção do plano de negócio: percurso metodológico. São Paulo: Saraiva, 2008. DARIO, N. Geração Y: Perfil, Motivadores e Relacionamento. 2012. Disponível em: <http://www.itu.com.br/colunistas/artigo.asp?cod_conteudo=38855>. Acesso em: 26 out. 2017. DORNELAS, J. Transformando ideias em negócios. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. DORNELAS, J. Empreendedorismo corporativo. 2.ed.Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
  • 55. 54 DORNELAS, J. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. DORNELAS, J. Criação de novos negócios: empreendedorismo para o século 21. São Paulo: Elsevier, 2010. Gitahy, Y. Afinal, o que é uma startup? 2010. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/pme/notícias/o-que-e-uma-startup>. Acesso em: 10 mar. 2016. Gitahy, Y. Entenda o que é Lean Startup. 2017. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-o-que-e-lean- startup,03ebb2a178c83410VgnVCM1000003b74010aRCRD>. Acesso em: 07 set. 2017. Gitahy, Y. O que é boostrapping? 2011. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/pme/o-que-e-boostrapping/>. Acesso em: 12 ago. 2017. GITAHY, Y. Qual a diferença entre investidor anjo, seed e venture capital? 2011. Disponível em: < http://exame.abril.com.br/pme/qual-a-diferenca-entre-investidor- anjo-seed-e-venture-capital/>. Acesso em: 12 ago. 2017. GOMES, T. Nada easy: o passo a passo de como combinei gestão, inovação e criatividade para levar minha empresa a 35 países em 4 anos. São Paulo: Editora Gente, 2017. GRECO. et al. Global Entrepreneurship Monitor Empreendedorismo no Brasil (GEM): 2016. Curitiba: IBQP, 2017. IBGE, Comunicação Social. Censo 2010: Uniões consensuais já representam mais de 1/3 dos casamentos e são mais frequentes nas classes de menor rendimento. Disponível em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de- imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/14298-asi-censo-2010-unioes- consensuais-ja-representam-mais-de-1-3-dos-casamentos-e-sao-mais-frequentes- nas-classes-de-menor-rendimento.html >. Acesso em 26 out. 2016. IBMEC. O que é venture capital. 2014. Disponível em:<http://ibmec.org.br/geral/o- que-e-venture-capital/>. Acesso em: 19 ago. 2017. INVESTOPEDIA. Venture Capital. Disponível em: <http://www.investopedia.com/terms/v/venturecapital.asp>. Acesso em: 19 ago. 2017. MAÇÃES. Empreendedorismo, inovação e mudanças. Lisboa: Actual Editora, 2017. MACHADO, F. Investidor anjo- uma análise dos critérios de decisão de investimento em startup. 2015. 172 f. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, da Universidade de São Paulo, 2015.
  • 56. 55 MELLO, P; VIDIGAL, M. Startup Brasil. Rio de Janeiro: Agir, 2011. NAGER, M; NELSEN, C; NOUYRIGAT, F. Startup weekend: como levar uma empresa do conceito à criação em 54 horas. Rio de Janeiro: Alta Books, 2012. NETO. et al. Empreendedorismo e desenvolvimento de novos negócios. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2013. PERIN, B. A revolução das startups: o novo mundo do empreendedorismo de alto impacto. Rio de Janeiro: Alta Books, 2015. RIES, E. A startup enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a inovação contínua para criar empresas extremamente bem-sucedidas. São Paulo: Lua de Papel, 2012. RODRIGUEZ, J. Start-up Development in Latin America: The Role of Venture Accelerators, 2015. SDECTI. Parques Tecnológicos. Disponível em: <http://www.desenvolvimento.sp.gov.br/parques-tecnologicos>. Acesso em: 19 ago. 2017. SEBARE. Um anjo pode investir na sua ideia. 2017. Disponível em: <https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/um-anjo-pode-investir-na- sua-ideia,e18e5edae79e6410VgnVCM2000003c74010aRCRD>. Acesso em: 12 ago. 2017. SEBRAE. Como as incubadoras de empresas podem ajudar o seu negócio. Disponível em: <https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/as- incubadoras-de-empresas-podem-ajudar-no-seu- negocio,f240ebb38b5f2410VgnVCM100000b272010aRCRD>. Acesso em: 12 ago. 2017. SEBRAE. Entenda a diferença entre incubadora e aceleradora. Disponível em: <https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-a-diferenca-entre- incubadora-e-aceleradora,761913074c0a3410VgnVCM1000003b74010aRCRD>. Acesso em: 12 ago. 2017. STARTUP SOROCABA. Mapeamento de startups. 2015. Disponível em: <http://startupsorocaba.com/mapeamento-startups-sorocaba/>. Acesso em: 02 Out. 2017.
  • 57. 56 APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA PESQUISA 1) Qual é sua idade? o 17 a 21 anos o 22 a 26 anos o 27 a 31 anos o 32 a 36 anos o 37 a 41 anos o Mais de 42 anos 2) Sexo o Masculino o Feminino 3) Qual seu estado civil? o Solteiro (a) o Divorciado (a) o Casado (a) o Viúvo (a) o Outros 4) Qual é sua renda domiciliar? o Até R$ 1.874,00 o R$ 1.874,01 a R$ 3.748,00 o R$ 3.748,01 a R$ 9.370,00 o R$ 9.370,01 a R$ 18.740,00 o R$ 18.740,01 ou mais 5) Você trabalha de forma remunerada? o Sim o Não
  • 58. 57 6) Qual dos cursos abaixo está cursando na FAESB o Administração de Empresas o Ciências Contábeis o Engenharia Agronômica o Direito o Enfermagem o Não sou aluno da FAESB 7) Qual semestre está cursando o 2 º semestre o 4 º semestre o 6 º semestre o 8 º semestre 8) Como você se vê daqui 5 anos o Continuar estudando o Ser gerente de uma empresa o Abrir minha própria empresa o Passar num em um concurso publico o Não sei ainda 9) Você concorda que o curso de Administração de empresas da FAESB prepara os alunos para ser empreendedores e incentiva a empreender o Concordo totalmente o Concordo parcialmente o Discordo o Não sei responder 10)Em uma escala de 01 a 05, o quanto você se considera empreendedor 1 2 3 4 5
  • 59. 58 11)Você tem vontade de abrir sua própria empresa? o Sim o Não o Já tenho minha própria empresa 12)Por que não abriu sua empresa ainda? o Não tenho dinheiro para abrir meu próprio negócio o Insegurança o Devido a oscilação econômica o Falta de planejamento 13)Você tem uma ideia inovadora de empresa que poderia facilitar a vida das pessoas na sociedade? o Sim o Não 14)Você dedicaria tempo e esforço para colocar sua ideia em pratica? o Sim o Não o Talvez 15)Sobre startups: o Já ouvi falar o Já ouvi falar, mas não sei o que é o Já ouvi falar, mas não me aprofundei sobre o assunto o Já li algum material sobre o assunto o Nunca ouvi falar 16)O que você sabe sobre startup o É uma empresa da WEB
  • 60. 59 o É um modelo de negócios repetível e escalável o É uma empresa de tecnologia o É uma empresa inovadora o É uma empresa em fase inicial que desenvolvem produtos ou serviços inovadores, com potencial de rápido de crescimento. o Não sei o que é uma startup 17)Como você aprendeu sobre Startup? o Faculdade o Livros o Revistas e jornais o Redes sociais o Trabalho o Amigos o Internet o Series o Televisão 18)Você tem interesse em aprender mais sobre Startup? o Sim o Não o Talvez 19)Entendendo o que é uma startup: "é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza. - Ser repetível significa ser capaz de entregar o mesmo produto novamente em escala potencialmente ilimitada, sem muitas customizações ou adaptações para cada cliente. - Ser escalável significa crescer cada vez mais, sem que isso influencie no modelo de negócios. -Um cenário de incerteza significa que não há como afirmar se aquela ideia e projeto de empresa irão realmente dar certo, ou ao menos se provarem sustentáveis."
  • 61. 60 20)Você gostaria de abrir sua própria startup? o Sim o Não 21)Em qual segmento? o Tecnológico (aplicativos, aparelhos eletrônicos, softwares) o Serviços o Manufatura o Educação o Saúde o Agronegócio o Transporte/mobilidade urbana o Outros 22)Por que você não gostaria de abrir sua própria startup? 23)Você consideraria trabalhar em uma startup o Sim o Não 24)Por que você não considera trabalhar em uma startup? 25)Você já visitou alguma startup? o Sim o Não 26)Qual startup você já visitou e como ficou sabendo dela? 27)Você já visitou alguma startup?
  • 62. 61 o Sim o Não 28)Qual startup você já visitou e como ficou sabendo dela? 29)Você gostaria de visitar uma startup? o Sim o Não 30)Você conhece alguém que tem uma startup? o Sim o Não 31)Você sabia que em nossa região temos 97 startups e que elas são responsáveis por gerar muitos empregos e movimentar a economia da nossa região? o Sim o Não 32)Após essa pesquisa, em uma escala de 01 a 05, o quanto você ficou interessado em aprender mais sobre startups? 1 2 3 4 5