1. Grana B3Segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
compare os juros
Crédito consignado do INSS
Cheque especial
Crédito pessoal
Cartão de crédito
Financiamento de carro
Taxa
mínima
1,20%
1,61%
2,66%
3,44%
0,93%
Taxa
máxima
1,62%
4,95%
3,70%
6,20%
1,70%
Caixa
Taxa
mínima
0,98%
3,28%
1,05%
3,99%
1,23%
Taxa
máxima
*
*
*
*
*
Banco do Brasil
Taxa
mínima
0,99%
1,39%
1,50%
2,27%
0,94%
Taxa
máxima
4,70%
9,95%
5,77%
15,95%
2,29%
HSBC
Taxa
mínima
0,99%
1,37%
1,29%
*
0,99%
Taxa
máxima
2,14%
10,67%
6,99%
*
2,45%
Santander
Taxa
mínima
0,88%
4,08%
2,07%
2,18%
1,15%
Taxa
máxima
*
*
*
*
*
Bradesco
Taxa
mínima
0,89%
5,80%**
2,41%**
1,90%
1,19%
Taxa
máxima
2,10%
9,47%**
6,99%**
9,90%
2,70%
Itaú
Fontes: bancos
**Para clientes
que não
aderirem
ao pacote
Itaú Conta
Benefícios 2.0
*Não
informou
Veja quanto ganhar com
ação de revisão da poupançapoupançapoupança
Na espera por uma solução
Fontes: Núcleo de Cálculos Judiciais da Justiça Federal no Rio Grande do Sul, Idec (Instituto de Defesa do
Consumidor), Supremo Tribunal Federal, advogado Alexandre Berthe e Acervo Folha
O Supremo marcou a data para voltar a julgar os processos sobre as perdas dos poupadores com os planos econômicos
O que aconteceu
■ Entre 1987 e 1991, o governo
mudou as regras de remuneração
da caderneta diversas vezes
■ Quem tinha grana aplicada
nessa época ficou no prejuízo
■ Poupadores e associações de defesa entraram
na Justiça para cobrar a devolução da grana
O que as ações
discutem
■ O Supremo vai decidir
se o bancos podem ser
responsabilizados pelas perdas
■ Outras ações já foram julgadas contra
os bancos e muitos já receberam
■ Nos dias 26 e 27 deste mês, o Supremo
volta a julgar cinco ações sobre o tema
veja quanto é possível ganhar
■ Em 1987, a moeda era
o cruzado. O salário
mínimo nessa época
era de 1.969,92 cruzados
■ Um apartamento
mobiliado nos Jardins,
de dois dormitórios,
por exemplo, saía por
1.500.000 cruzados
■ Em 1989, o salário
mínimo nacional era
63,90 cruzados novos
■ Um apartamento
de dois quartos no
Paraíso, por exemplo,
saía por 65.000
cruzados novos
Saldo na
poupança em
02/1991 -
03/1991 (Cr$)
Quanto o
poupador poderá
ganhar com a
revisão (em R$)
150.000 1.009,30
200.000 1.345,74
250.000 1.682,17
300.000 2.018,61
350.000 2.355,04
400.000 2.691,48
450.000 3.027,91
500.000 3.364,35
550.000 3.700,78
600.000 4.037,22
650.000 4.373,65
700.000 4.710,09
750.000 5.046,52
800.000 5.382,95
850.000 5.719,39
900.000 6.055,82
950.000 6.392,26
1.000.000 6.728,69
Plano
Collor 2
■ Poupanças de
fevereiro de 1991
■ O índice de
correção varia,
pois, dependendo
da data de
aniversário da
caderneta, o
poupador recebeu
somente parte do
rendimento a que
tinha direito
Entenda
■ O governo Sarney,
na época, alterou a correção
das poupanças
■ A mudança só valeria a
partir do dia 16 de junho
de 1987, mas os bancos
aplicaram para todos
Entenda
Até essa época,
as cadernetas eram
atualizadas pelo IPC
(Índice de Preços ao
Consumidor) e passaram,
com o plano, a ter a
correção por outro índice
Plano
Collor 1
■ Poupanças entre
abril e maio
de 1990, com
aniversário entre
os dias 1º e 15
■ A correção é de
44,8%
Entenda
■ O governo
bloqueou os
valores acima de
50.000 cruzados
novos de todas
as contas-
poupança
■ O índice usado
na correção
também foi
alterado e
deixou de ser
o IPC
Saldo na
poupança em
02/1989 (NCz$)
Quanto o poupador
poderá ganhar com
a revisão (em R$)
1.000 4.227,55
2.500 10.568,89
5.000 21.137,79
7.000 29.592,91
10.000 42.275,59
15.000 63.413,39
20.000 84.551,19
25.000 105.688,99
30.000 126.826,79
35.000 147.964,59
40.000 169.102,39
45.000 190.240,18
50.000 211.377,98
1989
1991
Plano Bresser
■ Poupanças de 1987,
com aniversário entre os dia
1º e 15 de junho
■ A correção é de 8,04%
■ Também pode ter correção
monetária mais juros
contratuais e pela espera
Plano Verão
■ Poupanças de
fevereiro de 1989, com
aniversário entre os dias
1º e 15 de fevereiro
■ A correção é de 20,36%
■ Também pode haver
correção monetária,
juros contratuais e
pela espera
Outras
correções
■ Os poupadores
que tiveram perdas
no período poderão
ganhar também a atualização
da grana
■ Eles também poderão receber os
juros pela espera
Planos Verão
e Bresser
As cadernetas que
tiveram perdas
com os primeiros
planos ainda terão direito
à correção dos planos
seguintes, como o Collor 1
e Collor 2
Saldo na
poupança em
03/1990 (NCz$)
Quanto o poupador
poderá ganhar com
a revisão (em R$)
10.000 877,83
15.000 1.316,75
20.000 1.755,66
25.000 2.194,58
30.000 2.633,50
35.000 3.072,41
40.000 3.511,33
45.000 3.950,24
50.000 4.389,16
1990
Janeiro
Saldo na
poupança em
06/1987 (Cz$)
Quanto o poupador
poderá ganhar com
a revisão (em R$)
130.000 3.099,18
140.000 3.337,58
150.000 3.575,98
160.000 3.814,38
170.000 4.052,78
180.000 4.291,18
190.000 4.529,57
200.000 4.767,97
250.000 5.959,96
300.000 7.151,96
350.000 8.343,95
400.000 9.535,94
450.000 10.727,94
1987
■ O salário mínimo
era 15.849
cruzeiros
■ Em 1991, em
período de
hiperinflação,
um Chevette
custava
1.350.000
cruzeiros
Quem tinha caderneta
e teve prejuízo nos
planos econômicos
ainda pode ter a
devolução da grana
O poupador que levou pre-
juízo com os planos econô-
micos pode garantir até
R$ 211 mil com a revisão da
caderneta. Cinco processos
que tratam do assunto vol-
tam a ser julgados pelo STF
(Supremo Tribunal Federal) e
dão esperança a quem
aguarda há quase 30 anos
pelo ressarcimento do que
deixou de ganhar.
A bolada de R$ 211 mil
pode sair para quem tinha
50 mil cruzados novos em
fevereiro de 1989, durante o
Plano Verão.
Os especialistas ressaltam
que os valores exatos que
poderão ser recuperados va-
riam muito, dependendo do
aniversário da poupança e
do entendimento da Justiça
sobre as perdas acumuladas
em outros planos. Os juros do
contrato e os juros pela es-
pera também variam e po-
dem chegar a quase 200%.
O poupador que não é as-
sociado ao Idec (Instituto de
Defesa do Consumidor) —au-
tor de ações coletivas para
recuperar as perdas— ainda
pode conseguir a correção,
mas não tem mais como en-
trar com um processo, pois o
prazo acabou.
No ano passado, o STJ (Su-
perior Tribunal de Justiça)
decidiu também que os pou-
padores têm cinco anos para
serem beneficiados por deci-
sões em ações coletivas. O
advogado Alexandre Berthe
explica que agora o poupa-
dor deve aguardar as deci-
sões favoráveis às correções
em ações coletivas. O prazo
de cinco anos começa a partir
do encerramento definitivo.
Para se aproveitar das
ações que já foram encerra-
das, o poupador prejudicado
faz uma “habilitação indivi-
dual”. Nesses casos, o advo-
gado não discute mais a re-
visão. Ele só pede à Justiça a
aplicação do mesmo enten-
dimento favorável dado na
outraação. (Fernanda Brigatti)
Supremo
volta a julgar
no dia 26
O STF (Supremo Tribunal
Federal) recomeça a julgar os
processos dos planos nos
dias 26 e 27 deste mês.
Outras ações já foram en-
cerradas e ainda podem ser
pedidas. Os poupadores de-
vem ficar de olho nos prazos.
Em 24 de agosto deste ano,
por exemplo, termina o pra-
zo para ações do Bamerin-
dus. Já no dia 27 de outubro,
acaba o prazo da ação que o
Idec ganhou para recuperar
as perdas dos poupadores do
Banco do Brasil com o Plano
Verão. (FB)