SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 118
Baixar para ler offline
FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE
Anderson Moura dos Reis
Fábio Pereira da Silva
Leonardo Gomes Fedorgchyn
Desenvolvimento de aplicação de gestão acadêmica para a Escola
Técnica Estadual da Zona Leste
SÃO PAULO
2014
FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE
Anderson Moura dos Reis
Fábio Pereira da Silva
Leonardo Gomes Fedorgchyn
Desenvolvimento de aplicação de gestão acadêmica para a Escola
Técnica Estadual da Zona Leste
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Faculdade de
Tecnologia da Zona Leste, sob a
orientação do Prof. Mestre Leandro
Colevati dos Santos como requisito
parcial para a obtenção do diploma
de graduação no curso de Análise e
Desenvolvimento de Sistemas.
SÃO PAULO
2014
REIS, Anderson Moura dos
SILVA, Fábio Pereira da
FEDORGCHYN, Leonardo Gomes
Desenvolvimento de aplicação de gestão acadêmica para a Escola
Técnica Estadual da Zona Leste / Anderson Moura dos Reis, Fábio
Pereira da Silva, Leonardo Gomes Fedorgchyn – Faculdade de Tecnologia
da Zona Leste, 2014.
Orientador: Prof. Me. Leandro Colevati dos Santos
Trabalho de Conclusão de Curso. Faculdade de Tecnologia da Zona Leste
1. Educação. 2. Gestão Escolar. 3. Rendimento Acadêmico. 4. Sistemas da
Informação. 5. Sistema de Gestão Acadêmica.
FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE
REIS, Anderson Moura dos
SILVA, Fábio Pereira da
FEDORGCHYN, Leonardo Gomes
Desenvolvimento de aplicação de gestão acadêmica para a Escola
Técnica Estadual da Zona Leste
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Faculdade de
Tecnologia da Zona Leste, sob a
orientação do Prof. Mestre Leandro
Colevati dos Santos como requisito
parcial para a obtenção do diploma de
graduação no curso de Análise e
Desenvolvimento de Sistemas.
Aprovado em:
Banca Examinadora
Prof. Me. Leandro Colevati dos Santos. Instituição: Fatec Zona Leste
Julgamento: ______________________ Assinatura: ______________
Prof. Me. Elpídio de Araújo. Instituição: Fatec Zona Leste
Julgamento: ______________________ Assinatura: ______________
Prof. Me. Wellington Pinto de Oliveira. Instituição: Fatec Zona Leste
Julgamento: ______________________ Assinatura: ______________
São Paulo, 13 de Maio de 2014.
Ás nossas famílias
“Grandes realizações não são feitas por impulso, mas por uma soma de
pequenas realizações”. (Vincent Van Gogh).
Agradecimentos
Em primeiro lugar, agradecemos à Deus que nos deu força para que não
desistíssemos em cada um dos momentos complicados que vivemos ao longo
destes três anos de curso. Às nossas famílias, que nos apoiaram em todos os
momentos de dificuldades que passamos durante o desenvolvimento deste
projeto. Pelo apoio que nos foi dado, em todos os anos de nossas vidas e
durante cada um dos momentos deste curso superior, com muita força e
dedicação, da qual foi de suma importância para que conseguíssemos chegar
até este momento.
Ao nosso orientador Leandro Colevati dos Santos, por toda a atenção oferecida
durante o curso em cada uma das disciplinas cursadas lecionadas por ele
como professor e especialmente no desenvolvimento deste trabalho, sempre
contribuindo com seu apoio, conhecimentos e conselhos nos momentos de
dificuldades que enfrentamos.
Ao diretor da Escola Técnica Estadual da Zona Leste Elpídio de Araújo que
permitiu com que a instituição fosse utilizada como subsídio de pesquisa para a
implementação do projeto, atendendo-nos e aconselhando sempre que
necessário.
Ao coordenador da instituição Cláudio Adão Alves de Sousa e à diretora
acadêmica Cristiane Alves de Freitas Teixeira que sempre nos atenderam com
muita atenção, orientando-nos nos momentos de dificuldades que passamos.
A todos os colegas que conhecemos ao longo do curso, por sempre terem nos
apoiado nos momentos difíceis enfrentados, ajudando-nos uns aos outros,
compartilhando conhecimentos para que as dificuldades fossem superadas.
A todos os professores, em que cada um teve a sua parcela de contribuição ao
longo destes três anos para que alcançássemos novos conhecimentos, nos
proporcionando o amadurecimento pessoal e profissional essencial para as
nossas carreiras.
A todos que nos ajudaram ao longo deste período, nos incentivando em cada
um dos momentos de dificuldades.
REIS, Anderson Moura dos; SILVA, Fábio Pereira da; FEDORGCHYN,
Leonardo Gomes. Desenvolvimento de aplicação de gestão acadêmica
para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste. Trabalho de Conclusão de
Curso, Faculdade de Tecnologia da Zona Leste.
Resumo
Grande parte das instituições de ensino enfrenta dificuldades frequentes na
realização de seu gerenciamento, com poucos mecanismos que realizem a
automatização dos processos, que ocorrem nas atividades exercidas em seu
cotidiano. Esse problema dificulta muito o trabalho destes profissionais nas
tarefas que poderiam ser executadas através de um software de gestão
acadêmica. Muitas vezes, elas são realizadas manualmente ou ainda com um
sistema que não atende todas as suas necessidades. Este trabalho tem como
objetivo desenvolver uma aplicação web voltada para auxiliar a Escola Técnica
Estadual da Zona Leste na gestão de seus cursos técnicos, onde se encontra a
maior dificuldade da instituição devido ao elevado índice de evasão escolar
existente. O problema enfrentado por ela é identificar qual é a ferramenta
adequada para atender as necessidades de sua secretaria. A principal
alternativa encontrada para auxiliá-la foi o desenvolvimento de uma nova
aplicação. Para que a elaboração deste projeto fosse possível, primeiramente
foi realizada uma pesquisa bibliográfica para maior entendimento das
características de sistemas da informação, ERPs, aplicações de gestão
acadêmica e um estudado aprofundado sobre gestão escolar, bem como do
regimento aplicado às escolas técnicas regidas pelo Centro Estadual de
Educação Tecnológica Paula Souza.
Palavras-Chave: Educação; Gestão Escolar; Rendimento Acadêmico;
Sistemas de Informação; Sistema de Gestão Acadêmica.
REIS, Anderson Moura dos; SILVA, Fábio Pereira da; FEDORGCHYN,
Leonardo Gomes. Development of academic management application for
State Technical School East Zone. Trabalho de Conclusão de Curso,
Faculdade de Tecnologia da Zona Leste.
Abstract
Much of educational institutions frequently face difficulties in performing their
management, with few mechanisms to realize the automation of processes that
occur in the activities carried out in their daily lives. This problem makes it very
difficult for these professionals in the tasks that could be performed through a
software academic management. Many times, they are performed manually or
with a system that does not meet all your needs. This work aims to develop a
web application to help East Technical School Zone in managing their technical
courses, which is the main difficulty of the institution, because it has a high rate
of existing school evasion. The problem faced by it is to identify what is the
appropriate tool to meet the needs of its secretariat. The main alternative found
it was to assist the development of a new application. For the development this
project was possible, first a literature survey was conducted to better
understanding of the features of information systems, ERPs, academic
management applications and a thorough study on school management as well
as the regiment applied to technical colleges governed by the Centre State
Technological Education Paula Souza.
Keywords: Education, School Management, Academic Performance,
Information Systems, Academic Management System.
Sumário
INTRODUÇÃO.........................................................................................................18
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................22
2.1 Sistemas da Informação.....................................................................................22
2.1.1 A relação de dados e informação com o SI .....................................................24
2.1.2 Teoria Geral dos Sistemas ..............................................................................25
2.1.3 Níveis e Tipos de Sistemas da Informação .....................................................26
2.2 Sistema Integrado de Gestão.............................................................................28
2.2.1 ERP (Enterprise Resource Planning) ..............................................................29
2.2.1.1 Evolução de Sistemas ERPs........................................................................31
2.2.1.2 Características essenciais para um ERP......................................................31
2.2.1.3 Objetivos na implantação de um ERP ..........................................................32
2.2.1.4 Ciclo de vida de sistemas ERPs...................................................................32
2.2.1.4.1 Decisão e seleção .....................................................................................34
2.2.1.4.2 Implantação de um ERP............................................................................34
2.2.1.4.3 Utilização...................................................................................................36
2.2.1.5 Segurança de um ERP.................................................................................37
2.3 Gestão Escolar...................................................................................................37
2.3.1. Diferenças entre administração e gestão escolar ...........................................38
2.3.2 O papel da gestão participativa para melhorias na qualidade de ensino .........40
2.3.3 Organização da Administração Escolar...........................................................42
2.3.3.1 Gestão Pedagógica......................................................................................42
2.3.3.2 Gestão Administrativa ..................................................................................43
2.3.3.3 Gestão de Recursos Humanos ....................................................................43
2.3.4 Secretaria Escolar...........................................................................................43
2.3.5 Planejamento das atividades escolares...........................................................45
2.3.6 A influência da gestão escolar na ocorrência de melhorias na qualidade
de ensino .................................................................................................................46
2.3.7 O papel da gestão no combate a evasão escolar no Brasil .............................48
2.4 Gestão da Etec ..................................................................................................50
2.4.1 Visualização geral da estrutura de Gestão Acadêmica....................................50
2.4.2 Principais finalidades.......................................................................................51
2.4.3 Plano de Gestão Escolar.................................................................................51
2.4.4 Composição da Administração Escolar ...........................................................52
2.4.5 Estrutura Curricular .........................................................................................54
2.4.6 Critérios para aprovação e retenção ...............................................................54
2.4.7 Avaliação do processo de Aprendizagem........................................................55
2.4.8 Técnicas de avaliação do processo de aprendizagem e controle de
frequência ................................................................................................................56
2.4.9 Promoção e Retenção.....................................................................................56
2.5 Análise de Softwares do Setor ...........................................................................57
2.5.1 Avaliação do software Sistema Aula ...............................................................57
2.5.2 Análise das características do sistema RCASOFT..........................................58
2.5.3 Análise do software ISCHOLAR......................................................................60
3. ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA.........................................................................62
3.1 UML (Unified Modeling Language).....................................................................62
3.2. Identificação dos requisitos e regras aplicadas na instituição............................62
3.2.1 Requisitos Funcionais .....................................................................................62
3.2.2 Regras de Negócio .........................................................................................64
3.2.3 Diagrama de Casos de Uso ............................................................................66
3.3 Elaboração da Diagramação do Sistema ...........................................................68
3.3.1 Diagrama de Classes......................................................................................68
3.3.2 Diagrama de Subsistemas ..............................................................................71
3.3.3 Diagramas de Sequência ................................................................................72
3.3.3.1 Inserir Notas.................................................................................................72
3.3.3.2 Gerar Diário..................................................................................................74
3.3.3.3 Inserir Professor na Disciplina......................................................................75
3.3.3.4 Inserir Aluno na Turma.................................................................................76
3.4 Interação Humano Computador .........................................................................77
3.4.1 Elementos do PACT........................................................................................77
3.4.2 Modelo Mental da Aplicação ...........................................................................78
3.4.3 Mapa de navegação de telas ..........................................................................79
3.4.4 Protótipos de Interface ....................................................................................81
3.4.4.1 Manutenção do Cadastro de Alunos ............................................................81
3.4.4.2 Manutenção do cadastro de cursos..............................................................81
3.4.4.3 Tela inicial da aplicação ...............................................................................81
3.4.4.4 Manutenção da Entrega de Notas ................................................................81
3.4.5 Avaliação da interface do sistema...................................................................82
3.5 Descrição das ferramentas utilizadas.................................................................82
3.5.1 JSF (Java Server Faces).................................................................................83
3.5.2 Primefaces ......................................................................................................83
3.5.3 SQL Server .....................................................................................................84
3.6 Sistema Desenvolvido........................................................................................85
3.6.1 Controle de Acesso da aplicação ....................................................................87
3.6.2 Gestão de Rematrículas..................................................................................87
3.6.3 Diário ..............................................................................................................88
3.6.4 Entrega de Notas ............................................................................................88
3.6.5 Visualização dos resultados obtidos................................................................89
3.6.6 Análise da frequência dos estudantes.............................................................89
3.6.7 Geração de Gráficos de Rendimento Acadêmico............................................90
3.7 Resultados Obtidos............................................................................................91
Considerações Finais...............................................................................................94
Referências..............................................................................................................95
Apêndices ..............................................................................................................101
Apêndice A – Autorização para o uso de imagens da instituição ...........................101
Apêndice B – Levantamento de Requisitos Realizados com o coordenador
pedagógica da Etec ...............................................................................................102
Apêndice C - Protótipos de Interface da Aplicação ................................................107
Apêndice D – Telas da Aplicação...........................................................................110
Apêndice E – Questionário de Avaliação de Interface............................................115
Apêndice F – Questionário de Avaliação da Aplicação ..........................................117
Lista de Figuras
Figura 1: Classificação dos sistemas da informação ....................................... 26
Figura 2: Integração de setores de uma organização através de ERPs .......... 30
Figura 3: Ciclo de vida de um ERP ................................................................. 33
Figura 4: Modelo de gestão escolar democrática ............................................ 41
Figura 5: Dados relativos ao Índice de Desenvolvimento Humano no relatório
do PNUD......................................................................................................... 49
Figura 6: Situação atual do Brasil no relatório do PNUD divulgado em 2013 .. 49
Figura 7: Organograma Funcional das Etecs .................................................. 53
Figura 8: Diagrama de Casos de Uso ............................................................. 67
Figura 9: Estrutura básica das classes............................................................ 69
Figura 10: Primeira parte do diagrama de classes .......................................... 70
Figura 11: Segunda parte do diagrama de classes ......................................... 70
Figura 12: Diagrama de Subsistemas ............................................................. 71
Figura 13: Inserir Notas................................................................................... 73
Figura 14: Inserir Diário................................................................................... 74
Figura 15: Inserir Professor na Disciplina........................................................ 75
Figura 16: Inserir Aluno na Turma................................................................... 76
Figura 17: Modelo mental da aplicação........................................................... 79
Figura 18: Mapa de Navegação de Telas........................................................ 80
Figura 19: Exemplo de uso do Primefaces...................................................... 84
Figura 20: Autorização para o uso de imagens ..............................................101
Figura 21: Primeira página do questionário aplicado com o Coordenador da
Etec Cláudio Adão Alves de Sousa para o levantamento de requisitos..........102
Figura 22: Segunda página do questionário aplicado com o Coordenador da
Etec Cláudio Adão Alves de Sousa para o levantamento de requisitos..........103
Figura 23: Terceira página do questionário aplicado com o Coordenador da
Etec Cláudio Adão Alves de Sousa para o levantamento de requisitos..........104
Figura 24: Quarta página do questionário aplicado com o Coordenador da Etec
Cláudio Adão Alves de Sousa para o levantamento de requisitos..................105
Figura 25: Quinta página do questionário aplicado com o Coordenador da Etec
Cláudio Adão Alves de Sousa para o levantamento de requisitos..................106
Figura 26: Protótipo de interface para a tela de manutenção do cadastro de
alunos ............................................................................................................107
Figura 27: Protótipo de interface para a tela de manutenção do cadastro de
cursos ............................................................................................................108
Figura 28: Protótipo de interface da tela inicial da aplicação..........................109
Figura 29: Protótipo de interface da tela de entrega de notas ........................109
Figura 30: Tela de Acesso da aplicação.........................................................110
Figura 31: Tela de Matrícula do sistema ........................................................111
Figura 32: Diário ............................................................................................112
Figura 33: Entrega de Notas ..........................................................................113
Figura 34: Gráfico que demonstra o rendimento do aluno em seu curso .......114
Figura 35: Primeira página do questionário de avaliação de interface...........115
Figura 36: Segunda página do questionário de avaliação de interface...........116
Figura 37: Primeira página do questionário de avaliação da aplicação ..........117
Figura 38: Segunda página do questionário de avaliação da aplicação .........118
Lista de Tabelas
Tabela 1: Requisitos Funcionais ..................................................................... 63
Tabela 2: Regras de Negócio.......................................................................... 65
Tabela 3: Descrição do diagrama de casos de uso......................................... 66
Tabela 4: Descrição das funcionalidades da aplicação ................................... 85
Lista de Siglas e Abreviações
CETEC: Eixo tecnológico de Informação e Comunicação
ERP: Enterprise Resource Planning
J2EE: Java Enterprise Edition
JSF: Java Server Faces
IHC: Interação Humano Computador
MRP: Manufacturing Resource Planning
MVC: Model View Controller
ONU: Organização das Nações Unidas
PACT: Pessoas, Atividades, Contextos e Tecnologias
PNUD: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
RN: Regras de Negócio
RF: Requisitos Funcionais
SAD: Sistemas de Apoio a Decisão
SI: Sistema da Informação
SIG: Sistema de Informação Gerencial
SIR: Sistema de Informação Rotineiro
SIT: Sistema de Informação Transacional
SPT: Sistema de Processamento de Transações
SQL: Structured Query Language
SGBD: Sistema Gerenciador de Banco de Dados
UML: Unified Modeling Language
XHTML: Extensible HyperText Markup Language
18
INTRODUÇÃO
Este trabalho busca o desenvolvimento de uma ferramenta acadêmica para a Escola
Técnica Estadual da Zona Leste, que está sendo utilizada como subsídio de
pesquisa para a implementação do projeto, em que foram levantados os requisitos
necessários, levando-se em conta as dificuldades vivenciadas por esta instituição
para o gerenciamento de parte das atividades inerentes ao seu funcionamento. Os
maiores problemas apontados pela coordenação pedagógica e pela secretaria da
Etec estão na gestão de seus cursos técnicos e para a realização de um melhor
controle das atividades relacionadas à vida acadêmica dos estudantes matriculados.
Esse processo atualmente é realizado pelo sistema SEI; entretanto ele não atende
grande parte de suas necessidades.
O objetivo deste trabalho visa atender, dentro outros itens, à geração de diário online
para controle de frequência dos estudantes, gerenciamento do processo de
rematrículas, entrega de notas pelos professores permitindo a sua posterior
visualização pelos estudantes, identificar alunos que não compareceram as aulas
durante determinado período e geração de gráficos de rendimento acadêmico.
A justificativa deste estudo encontra-se nas dificuldades vivenciadas pela Etec
unidade Zona Leste com o sistema atual no gerenciamento das atividades ligadas à
gestão escolar, devido à ele não atender grande parte das principais necessidades
que ela possuí, evitando assim com que a gestão da secretaria da instituição atenda
as características almejadas.
O problema deste estudo é identificar qual é a ferramenta adequada para atender as
necessidades da secretaria da Escola Técnica Estadual da Zona Leste. A hipótese
encontrada para solucioná-lo foi o desenvolvimento de uma nova aplicação com
base em suas necessidades relacionadas às atividades ligadas ao processo de
19
gestão dos cursos técnicos disponibilizados e nos problemas vivenciados pela
instituição com o sistema atual, dando ênfase ao ensino técnico.
Metodologicamente a constituição deste trabalho baseou-se primeiramente na
realização de uma pesquisa bibliográfica sobre sistemas da informação e ERPs. Em
seguida foi elaborado um estudo sobre gestão escolar, visando o entendimento das
principais incumbências do setor educacional, para a identificação de algumas das
dificuldades enfrentadas pelas instituições de ensino e sobre o regimento aplicado
às Etecs regidas pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza,
visando esclarecer dúvidas sobre o domínio em que o projeto está incluso. Para
isso, também foram levadas em consideração as experiências profissionais do
coordenador pedagógico da instituição Cláudio Adão Alves de Sousa e da diretora
acadêmica Cristiane Alves de Freitas Teixeira. Para o desenvolvimento da
aplicação foi necessário realizar um estudo aprofundado sobre o framework JSF
(Java Server Faces) e, dentre outros, da biblioteca de componentes visuais do
Primefaces.
Após a constituição do referencial teórico iniciou-se a estruturação da aplicação,
com a elaboração de diagramas UML e protótipos de interface. Em seguida, estes
foram validados com os profissionais da secretaria da instituição. Depois disso,
ocorreu à implementação do sistema com base nas características levantadas e por
último este foi apresentado ao cliente para verificar se ele realmente atende as
principais funcionalidades esperadas.
Este capitulo dedicou-se a descrição da situação atual da Etec Zona Leste, definindo
com base nos requisitos levantados as principais características que o sistema deve
atender para a resolução de parte dos problemas vivenciados pelos profissionais da
instituição relacionados à gestão acadêmica, atendendo as aspirações dos
potenciais usuários da aplicação diante da complexidade de se realizar o
gerenciamento de uma escola técnica com um número significativo de estudantes
20
matriculados. Nele foram descritas também as principais funcionalidades que o
sistema deve abranger, com a definição da metodologia adotada no projeto.
O segundo capítulo dedica-se ao desenvolvimento da fundamentação teórica em
que primeiramente é apresentada a definição de sistemas da informação, suas
principais características, uma breve descrição sobre a teoria geral de sistemas e os
principais tipos de sistemas da informação existentes. Em seguida é apresentada a
definição de sistemas integrados de gestão e um detalhamento sobre sistemas
ERPs, incluindo desde as suas principais características até o seu ciclo de vida. O
terceiro tópico deste capítulo visa o entendimento da área de gestão escolar,
apresentando-se as principais características do setor, os elementos que compõem
a administração escolar, o papel da secretária da instituição na realização de seu
gerenciamento e o planejamento das atividades escolares visando melhorias na
qualidade de ensino. Em seguida é apresentado um resumo do regimento aplicado
pelo Centro Paula Souza as Escolas Técnicas Estaduais regidas por ele para melhor
entendimento das regras que são aplicadas a Etec Zona Leste para aprovação,
retenção, controle de frequência, matrículas, transferências e demais peculiaridades
que se aplicam a ela. Por último é realizada uma análise de três softwares do setor
que possuem características similares ao projeto desenvolvido
O terceiro capítulo dedica-se á estruturação do sistema desde a definição dos
requisitos da aplicação até a elaboração de diagramas UML que colaboram para a
especificação, documentação e refinamento dos requisitos elicitados visando à
implementação do software de forma que ele realmente possa atender as
necessidades que a instituição possui e assim são fundamentais para melhor
entendimento do cenário atual. Primeiramente são apresentados os requisitos
funcionais levantados, juntamente com uma breve descrição de suas características.
O segundo tópico descreve as principais regras que se aplicam a instituição de
ensino sobre o seu funcionamento que podem impactar no desenvolvimento da
aplicação. Em seguida ocorre à elaboração do diagrama de casos de uso que visa
identificar quais elementos externos irão interagir com o sistema e com quais
21
funcionalidades ela ocorrerá, por ser de entendimento simples facilita a comunicação
entre a equipe que está desenvolvendo a aplicação e as pessoas envolvidas da
instituição de ensino. Depois é apresentado o diagrama de classes desenvolvido que
visa fornecer uma estrutura estática das classes que compõem o sistema,
juntamente com os seus atributos e relacionamentos. Em seguida são elaborados
diagramas de sequência que demonstram como ocorrem as interações com o
sistema na ordem em que elas aconteceram, facilitando a identificação de
dependências existentes entre os módulos da aplicação para que uma ação do
usuário seja executada. O último item deste capítulo aborda os principais resultados
obtidos com o projeto, descrevendo os aspectos alcançados e alguns dos itens da
aplicação desenvolvida que ainda necessitam de melhorias.
Em seguida são apresentadas as considerações finais deste estudo,
subsequentemente as referencias bibliográficas e por último são demonstrados em
apêndices documentos utilizados para a elaboração deste projeto.
22
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para melhor entendimento das características do setor que o trabalho de conclusão
de curso está inserido, foram realizadas pesquisas, dentre outros, sobre sistemas da
informação e seus variados tipos existentes, sistemas integrados de gestão e
softwares acadêmicos, incluindo também a elaboração de um estudo sobre o
regimento aplicado pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza nas
Escolas Técnicas regidas por ele visando com que possamos realizar uma melhor
análise das principais características e diretrizes utilizadas pelas escolas técnicas
em sua gestão.
A primeira parte desse capítulo introduz sistemas da informação, a relação de dados
e informações com o SI e a teoria geral de sistemas, em seguida são abordados
tópicos sobre sistemas integrados de gestão, ERPs, gestão acadêmica, sistemas
que possam colaborar para o processo de administração escolar, uma análise
específica do regimento do Centro de Educação Tecnológica Paula Souza aplicado
às escolas técnicas e por último é descrito o estudo que foi realizado sobre
diferentes softwares de gestão acadêmica que possuem algumas características
semelhantes as que visamos implantar na instituição.
2.1 Sistemas da Informação
De acordo com (FERAUCHE, 2006) um sistema da informação visa oferecer apoio
às organizações na realização de suas funções e processos, auxiliando-a no
alcance de seus objetivos. As suas principais finalidades em uma organização são
disponibilizar informações a todos os níveis de gestão fazendo com que dados
sejam recolhidos, selecionados e tratados, assim dando suporte ao processo de
tomada de decisões e agregando valor a empresa. É algo maior do que um
software, não só pelo fato de incluir elementos de hardware; mas porque ele envolve
os processos e seus agentes que são executados fora das máquinas.
23
Um sistema da informação possui como principais objetivos armazenar, tratar e
fornecer informações visando ser um subsidio de apoio ao processo de tomada de
decisões nas organizações. Com a expansão de sua utilização ocorrida nos últimos
tempos eles se tornaram condição vital para que ela possa obter melhor controle de
parte ou todos os processos empregados na organização colaborando para a
ocorrência de melhorias em sua gestão. (RIBEIRO, 2012).
A informação ocupa um papel estratégico vital nas organizações permitindo que elas
possam obter vantagem competitiva em relação á seus concorrentes. Entretanto
para isso é fundamental que haja qualidade nas informações que elas adquiriram,
devido a ela possuir grande importância nos resultados que serão obtidos no
processo de tomada de decisões na organização. (FERAUCHE, 2006).
A informação pode ser caracterizada como o principal ativo de uma empresa. Ela
por ser um recurso intangível faz com que se torne difícil mensurar o valor que esta
pode agregar as organizações. Desta forma, é de grande importância que as
empresas valorizem cada vez mais as informações, por representarem um papel de
suma importância na gestão organizacional. (RIBEIRO, 2012).
São elementos imprescindíveis para a construção de um sistema da informação a
existência de um subsistema social, que inclui pessoas, processos, informações e
documentos e por um subsistema automatizado que inclui computadores, máquinas
e redes de comunicação que são responsáveis por realizar a interligação dos
elementos do subsistema social. As pessoas são responsáveis pela execução de
processos em uma organização e por manipular informações também fazem parte
da composição de um sistema da informação, independentemente de estarem
utilizando ou não um computador. (DAMASCENO, s.d).
Conforme (FERAUCHE, 2006) um sistema da informação engloba vários elementos.
Dentre eles é de grande relevância considerarmos:
24
 Hardware: conjunto de equipamentos que permitem com que os dados sejam
recolhidos, tratados e armazenados.
 Software: conjunto de programas que permitem com que seja realizado o
tratamento de dados, transformando-os em informações.
 Organização: é responsável por determinar à forma como são organizados os
processos e as pessoas para o tratamento a armazenagem da informação.
 Pessoas: responsáveis por realizar o tratamento e a utilização das
informações, sem que para isso seja necessário o uso de qualquer
equipamento.
 Output: é o produto final, em suma a informação organizada de forma lógica
e útil para a empresa.
Os aspectos sociais podem interferir muito na forma como um sistema da
informação funciona, inclusive acarretando em modificações nos processos devido a
um baixo entendimento das características sociais. Isso faz com que muitos
sistemas mesmo após terem sido finalizados jamais sejam implantados no ambiente
coorporativo, dificultando o trabalho das organizações e trazendo inúmeros prejuízos
a ela. (IFBA, s.d).
2.1.1 A relação de dados e informação com o SI
De acordo com (BRITO, 2013), a informação é um processo vital nas organizações,
elas são geradas por dados tratados que possibilitam que um receptor adquira
algum conhecimento ao recebê-los, sem dados é impossível gerar uma informação e
se os dados estiverem isolados eles não possuem qualquer significado. Dados
podem ser considerados como a matéria prima da informação, desta forma eles
representam um conjunto ordenado de símbolos que podem servir para que uma
informação possa ser extraída. Para que isso ocorra eles devem ser tratados,
organizados e processados de alguma forma.
25
Para (FERAUCHE, 2006) no momento em que se identificam as metas da
organização, elas devem ser claras e concisas para que os sistemas da informação
possam alcançar a sua principal finalidade que é fornecer dados organizados,
processados e tratados visando auxiliarem as organizações nos processos de
tomadas de decisões com o mínimo de riscos possíveis nos níveis gerenciais, táticos
e operacionais. Desta forma, posteriormente objetivos específicos podem ser
traçados para uma grande variedade de setores, definindo claramente que eles não
podem estar acima das metas da organização; mas também agregando para que
elas possam ser alcançadas com êxito. Dentre alguns dos principais benefícios que
podem ser desencadeados se este processo de implantação e gerenciamento do
sistema da informação for bem sucedido é de grande relevância ressaltar:
 Redução de custos
 Expansão da qualidade de serviços e produtos
 Aumento da oferta e consequente satisfação do cliente.
 Abertura de novos nichos de mercado.
2.1.2 Teoria Geral dos Sistemas
De acordo com (NASCIMENTO, et al, 1998) a principal característica determinada
pela teoria geral de sistemas é que uma organização é um sistema aberto que
possui como principal característica o ciclo de informações, sendo ele essencial para
a retroalimentação do processo. Por ser um sistema aberto à empresa possui
barreiras que estão entre os sistemas e o ambiente no qual ele está implantado. As
organizações são compostas por um envoltório de sistemas sociais e internamente a
empresa também possui um conjunto de subsistemas. Em termos gerais, torna-se
possível realizar o entendimento de uma organização em três subsistemas técnico,
social e cultural. Assim, uma empresa pode ser entendida como um sistema; mas
também como um subsistema ou ainda a estrutura social pode ser denominada
como um supersistema dentro do contexto organizacional. A forma com que esses
conceitos podem ser aplicados dentro dela depende de um grau de autonomia
26
superior que o sistema possua em relação aos subsistemas e menor do que o
supersistema do qual ela está inclusa.
2.1.3 Níveis e Tipos de Sistemas da Informação
Para (SANTOS, 2009), os sistemas da informação nas organizações podem ser
aplicados nos níveis operacional, conhecimento, gerencial e estratégico. Os
sistemas de nível operacional visam apoiar as empresas no acompanhamento de
suas atividades rotineiras devem oferecer informações de fácil acesso com um alto
grau de precisão. Os sistemas de nível do conhecimento devem auxiliar as
organizações na integração de novas tecnologias para ajudar na forma que ela se
organiza. Os sistemas de nível gerencial visam atender as atividades que envolvem
monitoração, controle e tomada de decisões. Os sistemas de nível estratégico visam
auxiliar a empresa na elaboração de seu planejamento á longo prazo.
A Figura 1 representa os níveis mencionados, os grupos que eles atendem dentro
das organizações e as diferentes áreas funcionais atendidas.
Figura 1: Classificação dos sistemas da informação
Fonte: (SANTOS, 2009).
27
Existe uma grande variedade de tipos de sistemas de informações que possuem
objetivos distintos dentro do contexto organizacional em que ele está implantado.
Vale ressaltar, que não há nada que impossibilite que um determinado SI utilizado
por uma empresa seja classificado em mais do que um tipo. (DAMASCENO, s.d).
Abaixo segue uma breve descrição das características de alguns dos principais tipos
de sistemas de informação existentes:
 Sistemas de Gestão Empresarial Integrada (ERPs): são responsáveis por
realizar a integração de inúmeros sistemas rotineiros ou transacionais de uma
empresa. Eles são utilizados com muita frequência no âmbito coorporativo
para que diversos setores possam trabalhar de maneira integrada e assim
auxiliando na agilização da execução dos processos organizacionais.
 Sistemas de Informação Rotineiros ou Transacionais (SIRs, SITs e SPTs):
visam apoiar funções operacionais rotineiras da empresa que ocorrem
frequentemente ou diariamente em seu cotidiano. Por serem fáceis e baratos
de serem adquiridos geralmente são os primeiros sistemas da informação
introduzidos na organização, podendo colaborar inclusive para que
posteriormente haja o surgimento de um sistema mais especializado como um
sistema de apoio à decisão.
 Sistemas de Informações Gerenciais (SIGs): possuem como principal
característica a elaboração de relatórios que forneçam informações para que
se possa ser obtido subsídios que auxiliem no processo de tomadas de
decisões, seja de nível tático, estratégico ou operacional á partir da
solicitação do usuário do grupo de informações que ele necessita que sejam
emitidas.
 Sistemas de Apoio a Decisão (SADs): são responsáveis por receber um
conjunto de alternativas que possam auxiliar na realização do processo de
tomada de decisões visando solucionar determinado problema e efetuar uma
análise das consequências que cada alternativa pode resultar.
Diferentemente do SIG o SAD é um sistema interativo, em que o usuário
28
fornece a entrada das diferentes alternativas e este irá auxiliar a subsidiar a
decisão á ser tomada por ele sem escolher a melhor alternativa dentre a lista
de entrada fornecida.
 Sistemas Especialistas: visam realizar a tomada de decisões, seja ela por
regras determinísticas, probabilísticas ou heurísticas e por árvores de
decisão.
 Sistemas de Simulação: possuem características bem similares ao SAD;
porém realizam uma estimativa de tempo sobre as consequências que elas
podem acarretar.
 Sistemas de Workflow: possibilitam melhor planejamento e gerenciamento
sobre o fluxo de trabalho das atividades realizadas no cotidiano
organizacional. (DAMASCENO, s.d).
2.2 Sistema Integrado de Gestão
Para (ALBERTIN, s.d.), um sistema integrado de gestão é uma combinação de
processos, procedimentos e práticas utilizadas, visando à implementação adequada
de suas políticas, bem como atingir seus objetivos de maneira mais eficiente ao
invés da utilização de múltiplos sistemas de gestão que podem tornar difícil à
integração dos processos existentes na empresa. Visa auxiliá-la na gestão das
operações cotidianas da organização, todas as metas referentes à qualidade dos
processos empregados e da responsabilidade social.
Uma organização que utiliza um sistema integrado de gestão pode se beneficiar de
diversos fatores, visando melhorias na forma como ocorre o gerenciamento da
empresa, proporcionando o aperfeiçoamento na qualidade de seus serviços, o
alcance de objetivos e metas, minimização de gastos, diminuição do tempo
necessário para a realização de suas atividades diárias, aumento da
competitividade, conservação de recursos e ainda colaborar para a redução e
controle de custos ambientais. A sua aplicação pode ocorrer em diversas áreas de
29
atuação como os setores de transportes, ambiental, segurança, hospitalar e
acadêmica. (QUALINTER, 2013).
2.2.1 ERP (Enterprise Resource Planning)
ERP é um sistema de gestão empresarial voltado para auxiliar as empresas no
gerenciamento das informações relativas aos processos operacionais,
administrativos e gerenciais que ocorrem nela, tendo como principal objetivo
centralizar e gerir todo o fluxo de informações durante o processo de
desenvolvimento das atividades realizadas na organização. Ele integraliza todos os
setores da empresa, visando acesso eficiente e confiável a todas as informações
gerenciais e assim colaborando para o processo de tomada de decisões da
autarquia organizacional, fornecendo informações vitais de maneira bastante
acessível e com clareza nos dados emitidos. A base de sua constituição é o uso de
um banco de dados centralizado que possibilita que este concentre todas as
informações da empresa em que ele se encontra instalado em um único sistema,
podendo trabalhar como um servidor ou ser hospedado via web. (ONCLICK, 2011).
Conforme (PINHEIRO, s.d.), com as informações dos inúmeros setores empresariais
consolidadas é facilitada a realização de uma análise sobre todo o processo
organizacional empregado, incluindo falhas de gerenciamento ou outros fatores que
podem acarretar em prejuízos para a organização, prejudicando-a na realização de
suas tarefas cotidianas. Entretanto, se um sistema ERP não encontrar na
organização um ambiente adequado e propício para a sua implantação ele pode
colaborar para que os processos empregados nela sejam desestruturados.
De acordo com (GONÇALVES, 2012), sistemas ERPs devem permitir que todos os
dados dos processos realizados na organização possam ser integrados e assim
colaborar para que informações sejam rapidamente emitidas, consultadas e
analisadas pelos gestores da empresa, visando com que ocorra a agilização de seu
30
trabalho e possibilitando a elaboração de uma estimativa rápida da situação atual
dos diversos setores que ela possui.
O objetivo de um sistema ERP é colaborar para que as informações possam ser
centralizadas e gerir o seu fluxo durante a execução de todas as atividades que ele
engloba na organização que o utiliza, assim colaborando para que todos os setores
da organização possam trabalhar efetivamente de maneira integrada e ajudando as
pessoas responsáveis para que elas possuam acesso ágil, eficiente e confiável ás
informações gerenciais e por último colaborar para que o processo de tomada de
decisões seja efetuado de maneira coesa em todos os níveis da empresa.
(SISTEMAERP, 2013). A Figura 2 demonstra como atua um sistema ERP na
integração de todos os setores da organização.
Figura 2: Integração de setores de uma organização através de ERPs
Fonte: (BARDINE, s.d.).
Para (GONÇALVES, 2012), o sistema ERP tem como objetivo auxiliar as
organizações na integração entre parte ou todos os processos empregados nela,
31
visando maior agilidade no processamento das informações. Um aspecto essencial
para que sejam atendidas as suas necessidades gira em torno do processamento
ágil de informações, assim permitindo com que ela possa acompanhar a velocidade
do mercado globalizado, considerando que isso sem a utilização da tecnologia da
informação é humanamente impossível. Devido a essa necessidade, a importância
da tecnologia da informação tem se expandido gradativamente nos últimos anos e
vem ocupando papel de destaque nas organizações, deixando de ser uma simples
Central de Processamento de Dados para ocupar um lugar de destaque no
organograma da organização.
2.2.1.1 Evolução de Sistemas ERPs
Para (OLIVEIRA, 2011), os sistemas integrados de gestão atuais se baseiam na
evolução do MRPs que surgiram na década de 1960 e passaram a ser utilizados em
larga escala pelas empresas na década de 1970. Eles visavam realizar o
gerenciamento de materiais com base em suas características, avaliando quanto de
determinado produto era necessário e em qual momento se dava essa necessidade.
O MRP II surgiu na década de 1980 com o objetivo de permitir com que as
empresas realizassem avaliações de demandas futuras no setor financeiro e de
engenharia, envolvendo também a gestão de recursos materiais. Os ERPs surgiram
na década de 1990 como uma evolução dos sistemas MRP II, com o objetivo de
expandir outras áreas dentro do cenário de negócios existente em uma organização,
permitindo com que todos os setores existentes nela possam trabalhar de maneira
interligada. Ele possui como principais objetivos colaborar para a organização e
integração entre todas as informações transacionais que circulam nas empresas.
2.2.1.2 Características essenciais para um ERP
Um sistema ERP deve propiciar o processo evolutivo, ou seja, deve ser manutenível
para que ele possa atender não somente as necessidades atuais da organização,
visando também às necessidades futuras dela. Para isso ele não deve levar em
consideração somente as características da lógica do negócio; mas incluindo
possíveis inovações tecnológicas que envolvam o hardware, sistemas operacionais
32
e softwares complementares que a empresa possa vir utilizar futuramente.
(QUALINTER, 2013).
Conforme (SILVA, 2013), um bom sistema ERP deve ser extremamente flexível e
adaptável a mudanças, ter um SGBD centralizado, para possibilitar a posterior
comunicação simultânea de todos os módulos do sistema e gerar informações
automáticas e precisas para auxiliar no processo de tomada de decisões.
2.2.1.3 Objetivos na implantação de um ERP
Para que uma empresa decida pela implantação de um ERP ela deve tomar como
princípio alguns objetivos necessários para que os processos de negócio aplicados
por ela não sejam afetados negativamente devido a sua introdução no âmbito
corporativo. Para isso torna-se necessário elencar uma série de objetivos que visem
à implantação de um sistema ERP que realmente possa contribuir para a ocorrência
de melhorias na organização como auxiliar no processo de automatização de tarefas
que são realizadas de maneira manual, realizar o acesso imediato de informações
seguras, colaborar para que ocorram melhorias na otimização de processos
aplicados na organização ou ainda auxiliar no processo de tomada de decisões,
permitindo uma visualização eficiente das diversas áreas existentes na empresa em
que ele está implantado com base nas informações geradas pelo sistema.
(ONCLICK, 2011).
2.2.1.4 Ciclo de vida de sistemas ERPs
De acordo com (SOUZA e ZWICKER, 2000), o ciclo de vida representa as inúmeras
etapas pelas quais um projeto de desenvolvimento, implantação e manutenção de
sistemas. Ele incluí as etapas de levantamento de requisitos, definição do escopo,
projeto do sistema, implementação da aplicação, testes e manutenção do produto. A
concepção do conceito de ciclo de vida incorpora a ideia de que os sistemas podem
ser desenvolvidos com base, dentre outros, no modelo Iterativo em que o processo
de desenvolvimento é dividido por funcionalidades ao invés de fases, possibilitando
33
que ao término de cada iteração o sistema apresente um novo conjunto de
funcionalidades com base em um planejamento pré-definido, podendo inclusive ser
liberado para uso, permitindo assim maior feedback com os potencias usuários da
aplicação e no modelo de Waterfall o desenvolvimento da aplicação ocorre através
da execução sequencial de um conjunto de etapas, em que só se avança para a
fase subsequente quando a anterior estiver finalizada e após o término de todas elas
ocorre a entrega final da aplicação. Outro aspecto incorporado pelo ciclo de vida é
que os sistemas passam por fases sucessivas de crescimento, evolução e declínio e
assim ao final dele devem ser substituídos por outros que atendam melhor as
necessidades que a organização possui. A Figura 3 demonstra uma das
representações aplicadas às etapas envolvidas para que um ERP. Ele foi delineado
com base nas características aplicadas ao modelo ciclo de vida de pacotes
comerciais e nas particularidades que cada sistema ERP possui. Subsequentemente
é apresentada uma descrição sobre cada uma das etapas apresentadas na imagem
demonstrando o seu grau de importância dentro do modelo abordado.
Figura 3: Ciclo de vida de um ERP
Fonte: (SOUZA e ZWICKER, 2000).
34
2.2.1.4.1 Decisão e seleção
Para (SOUZA e ZWICKER, 2000), muitas vezes a decisão pela utilização ERPs está
alicerçada á necessidade de atualização dos sistemas já existentes na organização
ou a expansão das empresas que acaba fazendo com que ela tenha que substituí-lo.
Para a escolha do fornecedor torna-se necessário analisar as inúmeras alternativas
que estejam disponíveis no mercado. Embora a funcionalidade muitas vezes seja
considerada o foco principal do processo de seleção do fornecedor outros aspectos
devem ser verificados como a arquitetura técnica do produto, custos, serviço
prestado, suporte pós venda, saúde financeira da empresa e sua visão tecnológica
do futuro, ressaltando que a escolha de um ERP por uma organização é uma
medida que visa resultados á longo prazo e um erro na seleção do fornecedor
adequado pode acarretar em sérios prejuízos a organização.
2.2.1.4.2 Implantação de um ERP
Para (CASTRO, s.d.), a implantação de um ERP é em muitos casos complexa e
difícil de ser realizada, por ele possuir um envoltório de recursos e atividades para
que seja efetivamente inserido no âmbito organizacional. Devido a isso ela deve ser
estruturada em fases através da elaboração de um projeto detalhado que envolva as
principais características necessárias para que ele realmente possa contribuir para
que os objetivos do negócio da empresa sejam devidamente alcançados. A sua
implantação pode ser realizada pelo fabricante ou por uma determinada consultoria
desde que ela possua conhecimentos suficientes inerentes as principais
características de um sistema ERP e das técnicas que serão empregadas. Visando
com que ele possa ser introduzido no âmbito corporativo à empresa responsável por
esse processo deve determinar uma metodologia que vise a sua implantação,
incluindo as fases responsáveis pela definição dos macroprocessos inerentes,
métodos que são os procedimentos adotados em cada fase e os recursos que são
todos os equipamentos, materiais e pessoas envolvidas tendo como meta o alcance
de todos os procedimentos com êxito.
35
Conforme (HALLMANN, 2013), para que um ERP seja implantado em uma
organização as seguintes fases devem ser seguidas:
 A empresa deve realizar um mapeamento dos processos atuais. Esta etapa
visa o entendimento dos processos empregados na organização para que os
riscos de implantação sejam diminuídos, problemas possam ser identificados
mais rapidamente e que melhorias necessárias sejam devidamente
identificadas.
 Seleção do ERP: a organização deve selecionar o ERP que mais se adapte
as características do negócio e necessidades da empresa.
 Decisão da Compra: nessa etapa a empresa deve realizar uma análise
inerente aos benefícios que o ERP pode trazer a ela e os custos que serão
acarretados para que este possa ser inserido na organização.
 Revisão e adequação dos novos processos operacionais á nova realidade
sistemática: visa melhorias nos processos aplicados na organização que não
serão atendidos na implantação do ERP, para que a partir disso a empresa
possa tomar as medidas adequadas para a ocorrência de melhorias.
 Implantação: é composta pela pré-implantação que é a tomada de decisão
relacionada à inserção do sistema na organização, depois ocorre à
implantação do ERP em que são definidos os processos de negócio da
empresa que ele irá abranger, juntamente com o seu grau de extensão de
uso dentro da organização e por últimos a pós-implantação que visa com que
a empresa aperfeiçoe os processos existentes e crie outros que possam
colaborar para o alcance de suas metas e objetivos.
 Treinamento: é uma fase crucial da implantação de um ERP, visa capacitar às
pessoas que irão trabalhar diretamente com ele sobre a sua melhor forma de
utilização e colaborando que erros sejam evitados.
 Auditoria empresarial e manutenção sistemática: é o processo em que se visa
analisar as características de segurança e a manutenção da integridade das
informações na organização.
36
Conforme (GONÇALVES, 2012), após a implantação de um ERP avaliações
periódicas do sistema da informação devem ser realizadas, devido à sua autarquia
necessitar obter dados que levem a uma conclusão de que o processo adaptativo do
sistema na organização esta ocorrendo da forma que foi planejada e se ele
realmente está colaborando para o alcance de seus interesses.
Dentre outros fatores que influenciam o tempo necessário para que um ERP seja
implantado em uma organização é de grande relevância considerar o tamanho do
negócio e o número de módulos que este irá abranger. (ONCLICK, 2011).
2.2.1.4.3 Utilização
Para (SOUZA e ZWICKER, 2000), a implementação de sistemas ERPs é tratada por
muitas organizações como um projeto que possui início, meio e fim; porém
atualmente os ERPs estão deixando de ser encarados como um projeto, passando a
ser considerados um meio de sobrevivência para as organizações, visto que eles
são responsáveis muitas vezes por realizar a integração de todos os setores de uma
empresa. Os benefícios de sistemas ERPs só podem ser sacramentados se após a
etapa de implementação a organização manter o seu foco para que os resultados
almejados possam realmente ser alcançados. Depois de sua implantação os ERPs
mantêm-se em um ciclo contínuo de melhorias em seu processo evolutivo,
ressaltando que a manutenção de sistemas ERPs é um processo com elevado grau
de complexidade, pois envolve desde a correção de erros até a implementação de
novas funcionalidades que a organização necessite. Desta forma, torna-se
necessário que as empresas avaliem cuidadosamente as dificuldades e os aspectos
importantes em cada uma das fases contidas no modelo de ciclo de vida
apresentado e assim podendo elaborar um bom planejamento que envolva todas
etapas de modo que possíveis prejuízos que podem acarretar na perda de
competitividade dela no mercado sejam evitados.
37
2.2.1.5 Segurança de um ERP
É de grande relevância ressaltar, que uma característica vital para um bom sistema
ERP é que ele possua recursos e mecanismos de segurança, que colaborem para
que sejam evitadas falhas humanas, que protejam a segurança das informações e a
empresa, dentre outros, de crimes, sabotagens ou invasões. Para isso ele deve
possuir mecanismos de criptografia, senhas individuais, limitação de acesso das
principais funcionalidades para pessoas indevidas ou que não possuam expressa
autorização para manuseio e manter registros de seu histórico de utilização. Devem
realizar backup com frequência para a organização não corra risco de perda das
informações armazenadas que pode comprometer as operações do negócio e
causar altos prejuízos a ela. (SISTEMAERP, 2013).
2.3 Gestão Escolar
Para (OLIVEIRA, s.d.), a gestão escolar tem como principal objetivo tratar todas as
incumbências que as instituições escolares possuem, sempre respeitando as
normas comuns existentes nos sistemas de ensino, em que cada instituição deve
elaborar e executar sua proposta pedagógica, gerenciar os recursos materiais,
financeiros e humanos, cuidando de todos os aspectos inerentes ao processo de
ensino aprendizagem e meios que proporcionem a recuperação dos estudantes que
não estejam obtendo o rendimento acadêmico desejado. A gestão escolar adequada
passa pela consolidação do processo de integração entre as famílias dos estudantes
e a comunidade em que ela está inserida. Para isso ela deve usufruir de sua
autonomia, pois através dela que as escolas podem conseguir atender todas ou
grande parte das características necessárias para que o processo de aprendizagem
possa ocorrer de maneira adequada.
Para (IONARA, s.d.), o conceito de gestão escolar é de grande importância, na
medida em que se deseja que uma instituição de ensino possa efetivamente atender
ás exigências sociais existentes, como formar cidadãos críticos, oferecer um ensino
de qualidade através da articulação da comunidade, estudantes e seus responsáveis
para a ocorrência de melhorias na qualidade de ensino. Desta forma, aumenta
38
significativamente a possibilidade dos estudantes realmente conseguirem adquirir
novas competências e habilidades necessárias para a sua inserção social. Deve-se
levar em conta que para a ocorrência de um processo de gestão escolar adequado
cabe à instituição realizar uma avaliação continua do processo de aprendizagem de
seus estudantes, bem como avaliar o uso adequado de todos os recursos que ela
dispõe e se ela realmente está trabalhando de maneira interligada com a
comunidade em que ela está localizada para que as condições necessárias para a
implementação das atividades acadêmicas possam ser atendidas adequadamente.
2.3.1. Diferenças entre administração e gestão escolar
Conforme (CALIXTO, 2008), com as crescentes modificações do paradigma do setor
educacional ocorridas nos últimos anos à substituição do termo de administração por
gestão escolar envolve muito mais do que uma troca de terminologia. Esta
modificação ocorreu devido à necessidade da escola ser gerida com base em um
modelo participativo e interativo, deixando de lado as decisões individuais em prol de
decisões coletivas. Entretanto, ressaltando que a simples substituição dos termos
sem a devida aplicação deles pode acarretar na ilusão de que as instituições de
ensino efetivamente são geridas democraticamente, podendo deixar muitas vezes
de lado os problemas educacionais mais complexos vivenciados pelas escolas.
Conforme (MODOLO, 2007), na administração o direcionamento do trabalho
consiste em uma análise do processo racional que é exercido de maneira objetiva,
das condições de trabalho que os funcionários de determinado órgão possuem e de
como as pessoas podem render dentro de um sistema ou unidade social. Quando se
refere à administração de uma organização não se pode deixar de lado a
objetividade e imparcialidade, distanciando-se dos processos de produção, para que
se possa obter maior controle e garantia de resultados positivos. Metodologias
aplicadas que estão acarretando em bons resultados para uma organização não
devem ser substituídas enquanto estiverem acarretando no alcance de suas metas e
objetivos. Cabe ao dirigente da empresa exercer ações de comando e liderança
39
essenciais para que se possa administrar uma empresa adequadamente, mantendo-
se sempre o controle de possíveis problemas que podem ser desencadeados.
Para (MODOLO, 2007), na gestão o direcionamento do trabalho consiste em uma
análise e execução de um processo intersubjetivo, exercido através de liderança
para a mobilização do talento das pessoas de forma organizada para que elas
possam render mais no ambiente de trabalho, avaliando as condições que a
empresa proporciona para a realização de suas atividades cotidianas e as
interações existentes entre elas para a execução dos processos em uma
organização em prol do alcance de seus objetivos. O gestor deve envolver-se nos
processos que estão sob sua orientação e acompanhar a sua realização, exercendo
um papel de liderança; porém sem deixar de ouvir as opiniões dos demais
funcionários para que as metas possam ser efetivamente atingidas. Um dos pontos
chaves de uma gestão é o planejamento e execução de um ciclo de melhorias
contínuas aplicáveis ao invés de usar um modelo estático baseado em resultados
que deram sucesso em determinado momento; mas que atualmente podem estar
obsoletos. A autoridade que um dirigente possui é centrada em sua capacidade de
liderança, em que ele deve orientar, coordenar, e supervisionar as atividades das
quais sua responsabilidade foram designadas para ele.
De acordo com (MODOLO, 2007), esses conceitos são perfeitamente aplicáveis ao
processo de gestão escolar, visto a necessidade frequente de implantação de um
modelo dinâmico, que proporcione as instituições de ensino a execução de sua
autonomia, interagindo-se com a comunidade, implantando novas metodologias de
acordo com o perfil identificado e assim proporcionar com que os estudantes
possam obter melhorias em seu processo de aprendizado e para que os
funcionários da escola fiquem satisfeitos com o ambiente de trabalho proporcionado.
A gestão escolar atualmente é encarada como base fundamental para a organização
e estabelecimento dos processos educacionais, bem como colaborar para a
mobilização de pessoas em prol da implementação de medidas que possam
acarretar em significativas melhorias na qualidade de ensino.
40
Para (CALIXTO, 2008), deve-se levar em que a gestão democrática das instituições
é o princípio da educação básica. Desta forma, o termo gestão escolar por ser
colaborativa é também participativa e proporciona dinamismo, autonomia, liderança
e interatividade. O diretor é responsável por responder pela escola; entretanto deve
escutar e aplicar as opiniões dos coordenadores, professores, da secretaria e dos
alunos visando o alcance de melhorias na qualidade de ensino.
2.3.2 O papel da gestão participativa para melhorias na qualidade de ensino
Conforme (GOMES, Antonio, GOMES Katianne, s.d.), a gestão democrática e
participativa no âmbito escolar visa priorizar o desenvolvimento de forma integrada
de todos os agentes que estejam envolvidos no processo pedagógico das
instituições escolares, tendo como principal meta a ocorrência de melhorias na
qualidade de ensino com base na interatividade de todos os setores da escola.
Para (CHAVES, RIBEIRO, 2012), a concepção de gestão através de uma
perspectiva democrática tem como objetivo valorizar o desenvolvimento das
instituições escolares de forma autônoma e participativa, ressaltando que as
pessoas da escola e da comunidade podem representar um papel significativo no
debate dos temas importantes que visem melhorias na qualidade de ensino da
instituição e assim auxiliando também no processo de tomadas de decisões em
todas as etapas, envolvendo o diagnóstico, planejamento e execução das ações,
bem como a realização de avaliações que determinam se o processo está sendo
realizado de maneira que a instituição possa cumprir o seu papel.
A Figura 4 representa os meios e processos de participação que podem ser
vivenciados em uma escola visando o alcance de uma gestão democrática e
participativa.
41
Figura 4: Modelo de gestão escolar democrática
Fonte: (UNAMA, s.d).
De acordo com (GOMES, Antonio, GOMES Katianne, s.d.), a educação deve servir
como uma colaboradora que proporcione que a cidadania seja exercida,
conseguindo alcançar padrões adequados de qualidade e assim auxiliando no
combate as desigualdades sociais. Desta forma, a escola deve ser gerida de
maneira democrática e participativa, sempre levando em consideração as opiniões
da comunidade e dos funcionários da instituição, visando o alcance de uma de suas
principais metas que é a formação de cidadãos críticos e com grande capacidade de
interpretação da realidade.
Ainda seguindo as ideias dos autores citados anteriormente para que as dificuldades
das instituições sejam minimizadas torna-se necessária a participação dos
profissionais, pais e alunos na construção de um projeto democrático que almeje
melhorias na qualidade de ensino em todos os aspectos, levando em conta a
autonomia que as instituições possuem e a participação de todos para a construção
de um ensino de qualidade.
42
Para (CHAVES, RIBEIRO, 2012), a participação e autonomia são de grande
importância para que a ocorra uma democratização no processo de gestão das
instituições escolares. A participação é fundamental para as decisões tomadas
possam realmente atender as necessidades da escola e os anseios da comunidade
relacionados á melhorias na qualidade de ensino, por permitir o acompanhamento e
auxiliar na decisão dos rumos da instituição educacional. Em contrapartida, a
autonomia permite que a instituição implemente as suas políticas internas sem
condicionamentos externos.
Para os autores acima citados, a gestão democrática, por ser um instrumento de
participação e autonomia torna-se um processo contínuo que almeja transformações
nas instituições e na própria sociedade na qual elas estão inseridas. Desta forma, a
gestão democrática não se constrói somente com a vontade de mudar; mas requer o
conhecimento da situação atual da instituição, alinhando as suas propostas
pedagógicas a necessidade de desenvolvimento de cidadãos críticos, com um alto
nível de interpretação da realidade. Ressaltando que a legitimidade da democracia
nas instituições não está centrada nas opções ou decisões tomadas individualmente;
devendo ser de interesse coletivo, de interesse comum á todos os funcionários,
alunos, responsáveis e pessoas da comunidade.
2.3.3 Organização da Administração Escolar
Para (IONARA, s.d.), a gestão escolar costuma ser classificada em gestão
pedagógica, administrativa e de recursos humanos que funcionam de maneira
completamente interligada.
2.3.3.1 Gestão Pedagógica
A gestão pedagógica consiste em estabelecer objetivos para o ensino, definindo as
linhas de atuação a serem seguidas de acordo com os seus objetivos, do perfil dos
estudantes e da comunidade em que a instituição de ensino está inserida. Elabora
os conteúdos curriculares á serem aplicados, acompanhando e avaliando
43
periodicamente o rendimento das propostas pedagógicas, analisando se suas metas
estão efetivamente sendo alcançadas. Ela é responsável também por realizar o
acompanhamento do processo de aprendizado dos estudantes da instituição, bem
como avaliar o corpo docente e a equipe escolar como um todo. Suas principais
características ficam contidas no regimento escolar e na proposta pedagógica da
instituição de ensino. (CONTEUDO, 2004).
2.3.3.2 Gestão Administrativa
Para (IONARA, s.d.), a gestão administrativa é responsável por cuidar da parte física
da instituição e de sua parte institucional, como, por exemplo, as atividades
exercidas pela secretaria, suas principais incumbências estão inclusas no Plano
Escolar e no Regimento aplicado a instituição.
2.3.3.3 Gestão de Recursos Humanos
A gestão de pessoas constitui a parte mais sensível da gestão de qualquer
instituição de ensino, pois fazer com que os estudantes, professores, coordenadores
e outros profissionais da escola rendam e estejam satisfeitos com a forma com que
ocorre a gestão da instituição é um processo extremamente complexo, que acaba
indo além da gestão pedagógica. O primeiro passo para que se obtenha êxito na
gestão de recursos humanos é a elaboração de um regimento escolar de modo
equilibrado e que não afete negativamente a execução das atividades das pessoas
da instituição de ensino. (CONTEUDO, 2004).
2.3.4 Secretaria Escolar
Conforme (QUINTANILHA, 2005), a secretaria escolar é encarregada por realizar a
execução de todos os procedimentos relacionados com a escrituração escolar. A
influência exercida pelas pessoas da secretaria é vital para o sucesso do processo
de gestão da instituição de ensino. O Secretário Escolar é um dos elementos da
instituição de ensino que possui poderes delegados por sua Diretoria. A posição
ocupada por ele é de tamanha importância que um dos requisitos para a autorização
44
de funcionamento de uma escola é que ela possua pessoas em sua secretaria aptas
à exercer as suas funções.
De acordo com (BRUINI, 2013), a secretaria escolar é responsável por realizar as
funções destinadas à manutenção dos registros da instituição de ensino, como
arquivos relacionados à documentação dos estudantes e os funcionários que
trabalham na escola. Cabe a ela gerenciar matrículas, rematrículas e transferências
dos alunos, devendo para isso manter sempre atualizados todos os registros
inerentes a vida escolar dos estudantes. A secretaria organiza e mantém os arquivos
de todos os alunos que já estudaram na escola, turmas que ela já teve e professores
que lecionaram aulas nela.
Para a autora acima citada, os livros que são arquivados pela secretaria são
registros de matrículas, trancamentos, rematrículas, transferências, listas de
estudantes, resultados escolares obtidos ao longo do período que o aluno esteve
matriculado, requerimentos, emissão de declarações de escolaridade e, dentre
outros, o histórico escolar dos alunos. As pessoas que trabalham na secretaria são
responsáveis por realizar o planejamento e execução de todos os trabalhos
administrativos da escola dentro dos prazos estabelecidos e regras aplicadas de
acordo com o regimento e o calendário acadêmico da instituição.
De acordo com (ABUD, 2012), é através das pessoas que compõem a secretaria
escolar que a instituição de ensino consegue obter dados estatísticos de
aprendizagem, sociais e familiares dos estudantes matriculados. Esta organização
deve ser de fácil acesso a todos os membros da instituição de ensino, pois a
responsabilidade que as pessoas da secretaria possuem é vital devido a ela dever
analisar o cotidiano da escola, tratar de documentações e da vida acadêmica dos
estudantes na instituição. Todas as suas funções desempenhadas são de grande
importância para que um diagnóstico escolar, incluindo a avaliação e compreensão
das faltas dos estudantes que colabora para o aumento da evasão escolar, traçar
45
estratégias para que alunos desistentes possam retornar aos seus estudos
juntamente com a coordenação pedagógica e traçar meios de recuperação de
aprendizagem para estudantes que não estejam obtendo o rendimento acadêmico
desejado nas disciplinas de seu curso. Em resumo, a secretaria escolar possui um
papel extremamente importante no gerenciamento das instituições de ensino, pois
todos os arquivos e materiais que são gerenciados são documentos que podem
servir de subsídio para que a coordenação pedagógica tenha ações que preconizem
a ocorrência de melhorias na qualidade de ensino da instituição, incluindo técnicas
de recuperação de aprendizagem e diminuição da evasão escolar.
2.3.5 Planejamento das atividades escolares
O planejamento das atividades escolares é uma necessidade fundamental, tendo em
vista a necessidade de atingir resultados positivos na gestão escolar e na obtenção
de melhor desempenho dos estudantes matriculados na instituição de ensino. Dessa
forma, as atividades escolares devem ser objeto de reflexão por parte do coletivo da
escola, da comunidade e dos próprios estudantes. Dessa reflexão surgirão os
caminhos para gerir a instituição de ensino e as diretrizes necessárias para que ela
possa obter uma gestão acadêmica eficiente, com uma proposta pedagógica e um
plano de gestão escolar bem elaborado. Dentre elas é de grande relevância
considerar os seguintes tópicos:
 Calendário escolar e demais eventos que ocorrem na instituição de ensino.
 Como os alunos estão distribuídos em suas turmas, incluindo informações
como turno, horário e disciplinas em que ele está matriculado.
 Plano de aplicação dos recursos financeiros.
 Conselho de Escola.
 Projetos especiais que a instituição proporcione para os estudantes
matriculados e suas famílias.
 APM – Associação de Pais e Mestres.
46
 Grêmio estudantil (CONTEÚDO, 2004).
2.3.6 A influência da gestão escolar na ocorrência de melhorias na qualidade
de ensino
Conforme (VASCONCELOS, et al, s.d.), é necessário entender as principais
características da organização escolar para geri-la. O levantamento de dados e sua
posterior análise irão possibilitar um melhor direcionamento sobre as principais
necessidades e problemas que a instituição está enfrentando. Este estudo deve
levar em consideração os conhecimentos das características da comunidade
escolar, juntamente com suas expectativas e necessidades que eles julgam
essenciais em relação a melhorias no processo de ensino e de aprendizagem.
Ainda seguindo as ideias da autora acima citada, o plano de trabalho que a escola
deve seguir inclui a realização de uma análise detalhada, dentre outros, dos
seguintes fatores:
 Estudo das características sócio, política, econômicas e culturais da
comunidade onde a escola se insere.
 Estrutura física, acadêmica, prédio escolar, salas de aulas e sanitários.
 Número de professores, funcionários e especialistas que a instituição possui.
 Organização geral da escola, como o seu organograma, atribuições e
funcionamento dos setores da instituição.
 Desempenho dos alunos, incluindo o número de aprovações, reprovações,
evasão escolar e distorção entre idade e série.
 Participação da comunidade, das famílias dos estudantes, conselho tutelar,
associação de pais e mestres, reunião de pais, relacionamento com outras
instituições e ONGs.
 Participação dos alunos na gestão escolar.
47
A autonomia que uma instituição de ensino possui é um tópico vital necessário para
que se possa realizar uma previsão de maneiras adequadas de organização que
possibilitem que as particularidades das instituições de ensino realmente atendam
diferentes perfis de alunos e assim colaborando para que seja desenvolvido um
processo de aprendizado eficiente, juntamente com o melhor desenvolvimento das
capacidades e habilidades dos estudantes. (CARMO, 2013).
Dentre as principais incumbências que cabem a cada instituição de ensino realizar
de acordo com suas particularidades é de grande relevância destacarmos:
 A elaboração e a execução de uma proposta pedagógica de acordo com o
perfil dos alunos matriculados.
 Realização de uma gestão adequada das pessoas, recursos financeiros e
materiais.
 Visar acima de tudo que o processo de ensino aprendizagem seja feito de
maneira eficaz diante das necessidades dos estudantes e com a instituição
tendo um bom relacionamento com a comunidade. (CARMO, 2013).
Conforme (FILHO, 2007), as determinantes que mais influenciam no desempenho
escolar são as características do próprio estudante e de seus familiares, sendo que
a grande maioria das variáveis da escola não afeta o seu rendimento, uma das
poucas exceções é o número de horas que ele permanece na instituição. A variação
do desempenho dos alunos entre escolas em um mesmo estado é bastante
significativa. Desta forma, a maneira como ocorre o gerenciamento das instituições
de ensino pode afetar muito o processo de aprendizagem e demonstrar que a
melhor escola pública de um estado pode ser tão boa quanto a melhor instituição
privada, mesmo com o desempenho dos estudantes de instituições particulares ser
em média 50% superior ao rendimento de alunos de escolas públicas.
48
Apesar das organizações educacionais terem um modelo superior a seguirem, estas
por sua vez possuem as suas próprias necessidades de acordo com o local em que
ela está localizada e perfis dos profissionais que trabalham na instituição. A proposta
pedagógica é de longe um dos passos mais importantes a ser visto, pois esta é o
foco principal necessário para que se alcance qualquer meta relativa ao processo de
gestão acadêmica e ao alcance de melhor aproveitamento dos estudantes da
instituição. (VALDIVINO, 2007).
2.3.7 O papel da gestão no combate a evasão escolar no Brasil
A evasão escolar ocorre quando um aluno abandona a escola durante o ano letivo
ou quando este não efetua a sua rematrícula para o ano subsequente acarretando
assim na descontinuidade de seus estudos, estando totalmente ligada á condições
sociais precárias fazendo com que este abandone a escola para trabalhar e assim
contribuir financeiramente em sua residência, falta de apoio familiar, difícil acesso a
instituições escolares e baixa qualidade no processo de aprendizagem. São vários
os fatores que fazem com que a taxa de evasão escolar no Brasil seja
extremamente elevada, em que um a cada quatro alunos que inicia o ensino
fundamental no país abandona a escola antes de completar a última série. Conforme
dados publicados pelo PNUD com a taxa de 24,3% o Brasil tem a terceira maior taxa
de evasão escolar entre os 100 países com maior IDH, ressaltando que na América
Latina dentre os dados divulgados a taxa só não é maior do que a Guatemala e
Nicarágua. Desta forma, torna-se evidente a necessidade de melhorias no processo
de gestão escolar, visando melhor acompanhamento do processo de aprendizagem,
em que devem ser analisados aspectos que vão além do rendimento que o
estudante está obtendo ao longo do ano letivo; chegando a análise de indicadores
sociais, aproximando-se para isso de seus familiares e aumentando a interação com
a comunidade na qual a escola está inserida visando assim à obtenção da
diminuição desse processo que acarreta no aumento das desigualdades sociais
existentes e na diminuição da mão de obra qualificada que afeta negativamente o
desenvolvimento do país. (UFJF, 2013).
49
As Figuras 5 e 6 demonstram o índice de desenvolvimento humano dos dez
primeiros colocados no relatório elaborado pelo PNUD divulgado em 2013 e a
situação atual do Brasil dentro da avaliação realizada que contém, dentre outras
informações, a expectativa de vida esperada, média de anos de escolaridade, bem
como a quantidade desejada de acordo com o sistema educacional de cada pais.
Maiores informações sobre estes dados podem ser encontradas no link referenciado
neste estudo que contém um detalhamento sobre o relatório divulgado em 2013.
Figura 5: Dados relativos ao Índice de Desenvolvimento Humano no relatório do PNUD
Fonte: (PNUD, 2013).
Figura 6: Situação atual do Brasil no relatório do PNUD divulgado em 2013
Fonte: (PNUD, 2013).
50
2.4 Gestão da Etec
Visando a realização de um melhor entendimento sobre as principais regras e
características aplicadas as Escolas Técnicas Estaduais regidas pelo Centro de
Educação Tecnológica Paula Souza este tópico apresenta algumas das principais
atribuições determinadas pela CETEC para a gestão das escolas técnicas. Para
melhor entendimento do conteúdo deste item está referenciado o link em que é
disponibilizado para consulta o regimento aplicado às Escolas Técnicas.
2.4.1 Visualização geral da estrutura de Gestão Acadêmica
A gestão acadêmica da Escola Técnica Estadual da Zona Leste segue o modelo
delimitado pelo Centro Paula Souza. Inicialmente para a inserção de um curso na
instituição de ensino ocorre um estudo de mercado realizado por profissionais da
área de atuação, que ocorre geralmente a cada cinco anos. Após isso e a decisão
de implantação na escola técnica essa mesma equipe desenvolve um laboratório de
currículos para que se determine as competências desejadas que o aluno que se
forme em um curso técnico tenha para o exercício de sua profissão. Deste
laboratório é elaborado o plano de curso e todos eles acarretam no desenvolvimento
da matriz curricular. Isso é determinado pelo Plano Plurianual de Administração
Escolar que visa realizar todo o planejamento necessário para que um curso possa
ser implantado na instituição e acompanhá-lo durante a sua vigência que pode
passar por atualizações ao longo deste período.
A Etec Zona Leste, tal como as outras escolas técnicas possui um plano de
avaliação de competência que determinam os métodos de ensino que devem ser
aplicados aos estudantes para que cada tópico acima seja alcançado com êxito,
possibilitando que eles obtenham ao final de seu curso todas as habilidades
necessárias para cumprir com a sua profissão. Ele possui os seguintes itens:
 Avaliações
 Competência
51
 Critérios e evidencias de desempenho
 Indicações de domínio
A Etec visa que o aluno desenvolva uma visão global, não somente de sua área de
atuação para que se tenha um profissional que além de sua habilidade técnica
possua um alto grau de competência relacional.
2.4.2 Principais finalidades
As Escolas Técnicas Estaduais possuem como finalidade capacitar os seus alunos
para que eles possam exercer a cidadania, se inserindo e progredindo no mercado
de trabalho, visando com que ele desenvolva aptidões tanto para o âmbito pessoal
quanto para o profissional.
São oferecidos pelas Escolas Técnicas:
 Educação Profissional Técnica de Nível Médio
 Ensino Médio Regular e Integrado
 Cursos de Educação de Jovens e Adultos
 Especializações e capacitações de professores
 Atividades voltadas à comunidade
2.4.3 Plano de Gestão Escolar
O Plano Plurianual de Gestão visa apresentar a proposta de trabalho que cada
instituição deve seguir estabelecendo as metas á serem alcançadas, os planos de
cursos, incluindo a sua matriz curricular e projetos com critérios para controle da
avaliação e processo de aprendizagem na instituição. Este possui vigência de cinco
anos; entretanto é flexível a atualizações ou complementações sempre que houver
52
necessidade. O plano escolar deve ser elaborado pela instituição de ensino
anualmente e incorporado ao plano plurianual de gestão para que se possa medir se
as metas estabelecidas estão efetivamente sendo alcançadas e a identificação das
mudanças necessárias no Plano Plurianual.
2.4.4 Composição da Administração Escolar
A administração das Escolas Técnicas Estaduais regidas pelo Centro de Educação
Tecnológica Paula Souza é composta pela direção, núcleo de gestão administrativa,
acadêmica e pedagógica.
A direção possui como principais atribuições coordenar a elaboração da proposta
pedagógica da instituição de ensino, organizar as atividades inerentes ao
planejamento no meio acadêmico, realizar a gerenciamento de todos os recursos
que a instituição possua para que suas necessidades possam ser supridas,
implementando e acompanhando o controle de execução do Plano Plurianual de
Gestão e do Plano Escolar. É de sua responsabilidade efetuar um planejamento que
possibilite ao conselho escolar tomar atitudes que visem com que todos os
conteúdos previstos na matriz curricular sejam efetivamente cumpridos, para isso ele
deve possuir como principais metas o alcance da carga horária estimada e do
número de dias letivos previstos no calendário acadêmico.
A Figura 7 mostra o organograma funcional das Etecs regidas pelo Centro Paula
Souza e em seguida é apresentada uma descrição de alguns dos principais
elementos que fazem parte da composição do núcleo de gestão pedagógica e
acadêmica das Etecs.
53
Figura 7: Organograma Funcional das Etecs
Fonte (CENTRO PAULA SOUZA, 2013, s.p).
O núcleo de gestão administrativa deve implementar ações que apoiem a instituição
na gestão de seus recursos e consequentemente ao processo educacional
O Núcleo de Gestão Pedagógica e Acadêmica deve realizar o planejamento,
controle e avaliação do processo de aprendizado, tendo iniciativas que visem
aperfeiçoar e atualizar o corpo docente. Ele é composto por:
54
Coordenadores de Área: responsáveis pelas iniciativas destinadas ao planejamento
de ensino e supervisionar se a sua execução está ocorrendo da forma que foi
planejada. É de sua responsabilidade a implementação de medidas que estimulem o
processo educacional dos alunos matriculados.
Conselho de Classe: visa analisar o desempenho obtido pelos estudantes seja de
forma individual, coletiva ou em uma análise mais abrangente de sua classe. Propor
com base nos resultados obtidos medidas de natureza pedagógica ou disciplinar,
decidindo se determinado aluno está apto ou não á aprovação com base nos
resultados obtidos por ele ao longo do período letivo.
Secretaria Acadêmica: é responsável pela escrituração escolar, registrar, expedir e
arquivar documentos escolares, bem como todas as ocorrências inerentes a vida
escolar dos estudantes, fornecendo informações que visem auxiliar no controle,
planejamento e execução dos resultados do processo de aprendizagem.
2.4.5 Estrutura Curricular
O Ensino Técnico Regular é dividido em módulos e possui duração que varia de um
ano e meio á dois anos de acordo com o que foi determinado pelos planos
Plurianual e Escolar. Vale ressaltar, que os planos de cursos podem sofrer
alterações anuais caso necessário para que estes sejam aperfeiçoados.
2.4.6 Critérios para aprovação e retenção
Um aluno pode requerer dispensas de determinados componentes curriculares no
ensino técnico mediante comprovação de já ter cursado determinada disciplina e de
que a carga horária e conteúdos aplicados são no mínimo equivalentes ao da
disciplina que ele esta requerendo a dispensa ou se ele comprovar já ter atuado na
área que envolva aquela disciplina também atendendo o conteúdo que seria
ministrado por ela, sendo que a avaliação da dispensa nesse caso ocorrerá por uma
55
comissão de três professores designados pela instituição de ensino. Um estudante
que fique retido no módulo pode optar por cursar somente as matérias que ele foi
reprovado sem cursar os outros componentes curriculares.
O aluno será classificado para o próximo semestre letivo do ensino técnico quando
este conter até três dependências. Caso a sua requisição de dispensa seja deferida,
ele pode obter a dispensa no ensino técnico de determinadas disciplinas através do
aproveitamento de estudos e da avaliação dos docentes da instituição se o conteúdo
cursado e a carga horária requerida for no mínimo igual às bases determinadas para
a disciplina.
O número ideal de alunos por classe é de 40 estudantes e caso haja a necessidade
ou por demanda excessiva de alunos ou por número de computadores disponíveis
nas disciplinas lecionadas em laboratório ela pode ser dividida para o
estabelecimento de melhores condições propícias para o processo de aprendizado.
2.4.7 Avaliação do processo de Aprendizagem
A avaliação do processo de aprendizagem visa o alcance dos seguintes objetivos:
 Diagnosticar competências prévias, que foram adquiridas ao longo do curso e
as dificuldades que cada estudante vem frequentando.
 Através da descoberta das dificuldades, realizar a orientação dos estudantes
para que ele possa melhorar o seu rendimento.
 Reorganizar o trabalho do corpo docente caso seja necessário.
 Utilizar todas as informações inerentes à vida escolar do aluno durante o seu
período letivo para promoção, retenção ou sua reclassificação.
 Relacionar o rendimento escolar do estudante não somente com as suas
notas; mas também conciliando a apuração de sua frequência em seu curso.
56
2.4.8 Técnicas de avaliação do processo de aprendizagem e controle de
frequência
A avaliação dos estudantes nos componentes curriculares de seu curso se dá por
meio da seleção e aplicação de critérios elaborados pelo corpo docente com auxílio
e supervisão dos coordenadores de área. Está será sistemática, contínua e
cumulativa, devendo incidir sobre o desempenho que cada estudante obteve nos
diferentes contextos tomando como ponto de partida as metas estabelecidas em
cada componente curricular e deve visar aspectos qualitativos e não quantitativos.
As menções utilizadas para avaliar o processo de aprendizagem de um aluno da
Etec estão descritas abaixo:
 MB (Muito Bom): o aluno obteve excelente desempenho acadêmico.
 B (Bom): o aluno obteve bom desempenho acadêmico.
 R (Regular): o estudante obteve desempenho regular
 I (Insatisfatório): o aluno obteve desempenho insatisfatório.
Para que sejam alcançadas essas menções são analisadas as competências e
habilidades que ele deve ter, juntamente com os métodos de ensino aplicados por
seus professores.
Á partir disso ela deve elaborar sínteses parciais que visem identificar as
dificuldades dos estudantes, indicando mecanismos que proporcionem o processo
de recuperação de aprendizagem e as sínteses finais visam avaliar este de forma
global subsidiando as decisões que serão tomadas sobre aprovação ou retenção do
estudante durante o conselho de classe.
2.4.9 Promoção e Retenção
Para ser considerado aprovado no módulo ou série o estudante deve ter adquirido
rendimento mínimo de menção R nos componentes curriculares e tiver obtido no
57
mínimo 75% de frequência considerando o total de aulas dadas em todas as
disciplinas que ele cursou. A decisão sobre aprovação ou retenção do aluno deverá
ser tomada pelo conselho de classe com base na avaliação geral de seu
desempenho acadêmico, expresso pelas sínteses obtidas por ele em cada disciplina
cursada. Esta determinará se o estudante pode prosseguir seus estudos no módulo
ou série subsequente.
Um aluno que possua rendimento insatisfatório em até três componentes
curriculares, exceto no último semestre ou ano de seu curso poderá ser aprovado
em regime de progressão parcial e cumprir suas dependências fora do período de
aula. Caso seja ultrapassado este número o estudante ficará retido devendo cursar
somente as disciplinas em que este não conseguiu alcançar o rendimento mínimo
necessário ou tenha sido reprovado em uma ou mais disciplinas ao término do
último ano ou semestre. Independentemente de suas notas alunos com menos de
75% de frequência, considerando o total de aulas dadas no semestre letivo, devem
ficar retidos na série em que estão com exceção dos casos justificados
veementemente e analisados de maneira criteriosa pelo conselho de classe.
2.5 Análise de Softwares do Setor
2.5.1 Avaliação do software Sistema Aula
Este sistema possui como foco principal o mercado educacional, atua em inúmeros
níveis de ensino, desde a educação infantil. O software fornece tópicos que abordam
a Gestão Acadêmica, funcionários, colaboradores e alunos, sendo um Sistema
Integrado de Administração Escolar, voltado para auxiliar no gerenciamento de
instituições de todos os níveis e assim informatizar parte das atividades essenciais
para o seu funcionamento. (SISTEMA, 2013).
O Sistema Aula é um software destinado para a Gestão da Informação nas
instituições, possibilitando melhor controle, dentre outros, dos seguintes itens:
 Realização das matrículas dos estudantes e emissão de declarações.
58
 Visualização do aproveitamento de cada estudante juntamente com a sua
frequência e emissão de relatórios.
 Possibilitar que várias unidades de uma determinada instituição de ensino
possam trabalhar de forma integrada. (SISTEMA, 2013).
Essas importantes características assemelham-se aos requisitos visados no projeto,
principalmente o aproveitamento nas matérias pelo aluno e sua frequência por
disciplina. Outro ponto desse sistema é o controle de ocorrências da vida escolar do
estudante. Os tópicos de gerência da vida financeira da escola, integrando as
informações acadêmicas e financeiras do aluno e o atendimento personalizado dos
estudantes da instituição escolar excedem o objetivo do projeto. O sistema possui
aspectos de integração que permite também o controle simultâneo de várias
instituições, com a consolidação dos dados em um sistema único e em tempo real;
porém elas apesar de interessantes não serão aplicadas no projeto. O acesso das
informações por funcionários, professores e alunos são outros aspectos que são
referenciados nesse sistema que devem ser levados em consideração, pois
coincidem com o objetivo do trabalho.
2.5.2 Análise das características do sistema RCASOFT
Este sistema foi desenvolvido para auxiliar as instituições escolares de educação
infantil, ensino fundamental e médio na realização de todas as atividades inerentes
ao seu funcionamento, incluindo módulos que possibilitam que várias unidades
escolares possam trabalhar de maneira integrada. Ele é um software livre que
funciona sobre uma aplicação cliente-servidor instalada na rede local da instituição
de ensino (RCASOFT, 2013).
O RCASOFT Gestão Educacional possui, dentre outras, as seguintes
funcionalidades:
 Possibilitar a manutenção do cadastro de alunos e de seus responsáveis,
professores, funcionários e fornecedores de materiais.
59
 Realização de um controle de matrículas, cursos, turmas, competências a
serem adquiridas em cada disciplina e horários de aula.
 Verificação de alunos aprovados e emissão de históricos escolares.
 Acompanhamento do rendimento dos estudantes, através do controle de suas
notas, frequência, conceitos e menções que ele obteve, emitindo também
boletins escolares do estudante.
 Controle financeiro da instituição de ensino, contas a pagar, receber e
movimentação do caixa.
 Gerenciamento da biblioteca da instituição.
 Possuir um módulo de segurança com distinção de níveis de acesso para
diferentes tipos de usuários. (RCASOFT, 2013).
Algumas importantes características foram observadas neste sistema, com ênfase
especial para o módulo de gestão acadêmica que possibilita controle de faltas por
disciplina e das notas obtidas pelos estudantes. Outra funcionalidade que deve ser
destacada da aplicação é ela possibilitar que a ementa, competências e conteúdos
aplicados de cada componente curricular sejam cadastradas no sistema e sendo
assim mais um subsídio para o controle das atividades desenvolvidas pelos
professores ao longo do período letivo. A gestão da segurança de acesso e o
funcionamento em rede são outros itens importantes disponibilizados pela
ferramenta. Os módulos de gerenciamento financeiro e gestão da biblioteca são
extremamente interessantes; entretanto não serão aplicados por excederem o
objetivo principal do trabalho e os requisitos levantados após a realização de
entrevistas na Escola Técnica Estadual da Zona Leste.
A verificação das funcionalidades disponibilizadas pelo RCASOFT Gestão
Educacional possibilitou melhor análise de como são aplicadas algumas das
determinantes necessárias para a gestão acadêmica das instituições, assim
60
tornando-se uma ferramenta bastante completa, com requisitos e funcionalidades
importantes.
2.5.3 Análise do software ISCHOLAR
O sistema ISCHOLAR é um software totalmente web responsável por auxiliar, dentre
outras, creches, instituições de ensino infantil, fundamental, médio, cursos
profissionalizantes e escolas de idiomas em todas as atividades necessárias para o
seu funcionamento, seja ela de pequeno, médio ou grande porte e com a
possibilidade de gerenciamento de várias unidades de ensino de maneira integrada.
O acesso ao sistema é bastante simplificado por ele ser totalmente online, evitando
com que seja necessária à realização de investimentos pela instituição de ensino em
servidores para que ele possa ser utilizado. (ISCHOLAR, 2013).
O ISCHOLAR possui como principais funcionalidades:
 Possibilitar o controle de notas, frequência e ocorrências de cada estudante
matriculado, disponibilizando as informações sobre seu rendimento
acadêmico para os alunos e seus pais através da web.
 Realização da chamada dos estudantes de maneira totalmente online.
 Painel do professor, possibilitando que eles lance as notas, frequências dos
estudantes e o conteúdo aplicado em cada disciplina que ele leciona na
instituição.
 Possuir um sistema avaliativo em que o professor pode determinar as
fórmulas utilizadas para a realização do cálculo das notas parciais e finais que
cada aluno obteve.
 Possibilitar o gerenciamento financeiro da instituição de ensino, como
recebimento de mensalidades, emissão de relatórios gerenciais e
demonstrativos de resultados.
 Registrar o acesso do estudante através do módulo de controle de catraca,
com integração com o diário escolar e assim permitindo o registro automático
da presença do aluno em determinado dia letivo.
 Possuir um módulo que possibilite a gestão da biblioteca da instituição.
(ISCHOLAR, 2013).
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste
Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Gerenciamento de memória cap 03 (ii unidade)
Gerenciamento de memória cap 03 (ii unidade)Gerenciamento de memória cap 03 (ii unidade)
Gerenciamento de memória cap 03 (ii unidade)
Faculdade Mater Christi
 
Arquitetura básica de um computador
Arquitetura básica de um computadorArquitetura básica de um computador
Arquitetura básica de um computador
Nécio de Lima Veras
 
Software para computadores pessoais ( automação de escritório)
Software para computadores pessoais ( automação de escritório)Software para computadores pessoais ( automação de escritório)
Software para computadores pessoais ( automação de escritório)
zamboni17
 
UFCD 0754 - Processador de Texto
UFCD 0754  - Processador de TextoUFCD 0754  - Processador de Texto
UFCD 0754 - Processador de Texto
Gonçalo Cruz Matos
 
Aula 01 fundamentos da informática
Aula 01   fundamentos da informáticaAula 01   fundamentos da informática
Aula 01 fundamentos da informática
Gilberto Campos
 

Mais procurados (20)

Sistemas Operacionais
Sistemas OperacionaisSistemas Operacionais
Sistemas Operacionais
 
Sistemas operativos trabalho 10ºano
Sistemas operativos trabalho 10ºanoSistemas operativos trabalho 10ºano
Sistemas operativos trabalho 10ºano
 
SO-05 Gerenciamento de Memória e Alocação
SO-05 Gerenciamento de Memória e AlocaçãoSO-05 Gerenciamento de Memória e Alocação
SO-05 Gerenciamento de Memória e Alocação
 
Sistemas Operacionais - Aula 2 - Visão Geral de Sistemas Operacionais
Sistemas Operacionais - Aula 2 - Visão Geral de Sistemas OperacionaisSistemas Operacionais - Aula 2 - Visão Geral de Sistemas Operacionais
Sistemas Operacionais - Aula 2 - Visão Geral de Sistemas Operacionais
 
Gerenciamento de memória cap 03 (ii unidade)
Gerenciamento de memória cap 03 (ii unidade)Gerenciamento de memória cap 03 (ii unidade)
Gerenciamento de memória cap 03 (ii unidade)
 
Manual da ufcd 0693
Manual da ufcd 0693Manual da ufcd 0693
Manual da ufcd 0693
 
Sistemas Operacionais Processos e Threads - Wellington Pinto de Oliveira
Sistemas Operacionais Processos e Threads - Wellington Pinto de OliveiraSistemas Operacionais Processos e Threads - Wellington Pinto de Oliveira
Sistemas Operacionais Processos e Threads - Wellington Pinto de Oliveira
 
Sistema operacional introdução
Sistema operacional introduçãoSistema operacional introdução
Sistema operacional introdução
 
Apostila 6 gerência de memória
Apostila 6   gerência de memóriaApostila 6   gerência de memória
Apostila 6 gerência de memória
 
Sistemas Operativos (Operating Systems)
Sistemas Operativos (Operating Systems)Sistemas Operativos (Operating Systems)
Sistemas Operativos (Operating Systems)
 
Sistemas Operacionais Modernos Capítulo 3 Deadlock
Sistemas Operacionais Modernos Capítulo 3 DeadlockSistemas Operacionais Modernos Capítulo 3 Deadlock
Sistemas Operacionais Modernos Capítulo 3 Deadlock
 
Arquitetura básica de um computador
Arquitetura básica de um computadorArquitetura básica de um computador
Arquitetura básica de um computador
 
Gerência de Armazenamento: Sistemas de Entrada e Saída
Gerência de Armazenamento: Sistemas de Entrada e SaídaGerência de Armazenamento: Sistemas de Entrada e Saída
Gerência de Armazenamento: Sistemas de Entrada e Saída
 
Software para computadores pessoais ( automação de escritório)
Software para computadores pessoais ( automação de escritório)Software para computadores pessoais ( automação de escritório)
Software para computadores pessoais ( automação de escritório)
 
UFCD 0781 - Análise de Sistemas de Informação.pptx
UFCD 0781 - Análise de Sistemas de Informação.pptxUFCD 0781 - Análise de Sistemas de Informação.pptx
UFCD 0781 - Análise de Sistemas de Informação.pptx
 
História e evolução dos computadores
História e evolução dos computadores História e evolução dos computadores
História e evolução dos computadores
 
UFCD 0754 - Processador de Texto
UFCD 0754  - Processador de TextoUFCD 0754  - Processador de Texto
UFCD 0754 - Processador de Texto
 
Módulo 5 Arquitetura de Computadores
Módulo 5 Arquitetura de ComputadoresMódulo 5 Arquitetura de Computadores
Módulo 5 Arquitetura de Computadores
 
Aula 01 fundamentos da informática
Aula 01   fundamentos da informáticaAula 01   fundamentos da informática
Aula 01 fundamentos da informática
 
Sistemas operacionais
Sistemas operacionaisSistemas operacionais
Sistemas operacionais
 

Destaque

Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Acadêmica com Software Livre - Rodrig...
Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Acadêmica com Software Livre - Rodrig...Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Acadêmica com Software Livre - Rodrig...
Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Acadêmica com Software Livre - Rodrig...
Tchelinux
 
Sistema de gestão de projetos
Sistema de gestão de projetosSistema de gestão de projetos
Sistema de gestão de projetos
yuriphillippe
 

Destaque (20)

SIGE - Sistema Integrado de Gestão Escolar
SIGE - Sistema Integrado de Gestão EscolarSIGE - Sistema Integrado de Gestão Escolar
SIGE - Sistema Integrado de Gestão Escolar
 
Sistema de gestão acadêmico
Sistema de gestão acadêmicoSistema de gestão acadêmico
Sistema de gestão acadêmico
 
Aplicação Web de Gerenciamento de Dados Escolar e Cálculo dos Beneficiários d...
Aplicação Web de Gerenciamento de Dados Escolar e Cálculo dos Beneficiários d...Aplicação Web de Gerenciamento de Dados Escolar e Cálculo dos Beneficiários d...
Aplicação Web de Gerenciamento de Dados Escolar e Cálculo dos Beneficiários d...
 
Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Acadêmica com Software Livre - Rodrig...
Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Acadêmica com Software Livre - Rodrig...Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Acadêmica com Software Livre - Rodrig...
Desenvolvimento de um Sistema de Gestão Acadêmica com Software Livre - Rodrig...
 
Desenvolvimento de Sistema CRUD (MVC) PHP / MYSQL
Desenvolvimento de Sistema CRUD (MVC) PHP / MYSQLDesenvolvimento de Sistema CRUD (MVC) PHP / MYSQL
Desenvolvimento de Sistema CRUD (MVC) PHP / MYSQL
 
Passo a-passo 3.0
Passo a-passo 3.0Passo a-passo 3.0
Passo a-passo 3.0
 
TI Verde, mais que teoria... Uma prática! - Jonas Casarin (FURG) / Julio Cesa...
TI Verde, mais que teoria... Uma prática! - Jonas Casarin (FURG) / Julio Cesa...TI Verde, mais que teoria... Uma prática! - Jonas Casarin (FURG) / Julio Cesa...
TI Verde, mais que teoria... Uma prática! - Jonas Casarin (FURG) / Julio Cesa...
 
Introducao ao PHP @edgarsandi
Introducao ao PHP @edgarsandiIntroducao ao PHP @edgarsandi
Introducao ao PHP @edgarsandi
 
Sistema php list
Sistema php listSistema php list
Sistema php list
 
Sistema de gestão de projetos
Sistema de gestão de projetosSistema de gestão de projetos
Sistema de gestão de projetos
 
Como o governo do Brasil usa PHP
Como o governo do Brasil usa PHPComo o governo do Brasil usa PHP
Como o governo do Brasil usa PHP
 
PHP Simples e Produtivo
PHP Simples e ProdutivoPHP Simples e Produtivo
PHP Simples e Produtivo
 
Sistema php
Sistema phpSistema php
Sistema php
 
Modelo pim gti final
Modelo pim   gti finalModelo pim   gti final
Modelo pim gti final
 
Pre-Projeto Sistema Distribuido
Pre-Projeto Sistema DistribuidoPre-Projeto Sistema Distribuido
Pre-Projeto Sistema Distribuido
 
Estudo de caso_com_modelagem_de_software_halan
Estudo de caso_com_modelagem_de_software_halanEstudo de caso_com_modelagem_de_software_halan
Estudo de caso_com_modelagem_de_software_halan
 
Programção PHP
Programção PHPProgramção PHP
Programção PHP
 
PHP, Mercado e Certificações
PHP, Mercado e CertificaçõesPHP, Mercado e Certificações
PHP, Mercado e Certificações
 
PIM III PROCESSOS GERENCIAIS
PIM III PROCESSOS GERENCIAISPIM III PROCESSOS GERENCIAIS
PIM III PROCESSOS GERENCIAIS
 
Apresentação do SCAD, Sistema Académico do DIEE
Apresentação do SCAD, Sistema Académico do DIEEApresentação do SCAD, Sistema Académico do DIEE
Apresentação do SCAD, Sistema Académico do DIEE
 

Semelhante a Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste

Manual pde interativo_2013
Manual pde interativo_2013Manual pde interativo_2013
Manual pde interativo_2013
Rosa Uchoa
 
Arte gestao financeira_cooperativa
Arte gestao financeira_cooperativaArte gestao financeira_cooperativa
Arte gestao financeira_cooperativa
Laisa Campos
 
Experiências Significativas para a Educação a Distância 2
Experiências Significativas para a Educação a Distância 2Experiências Significativas para a Educação a Distância 2
Experiências Significativas para a Educação a Distância 2
Atena Editora
 

Semelhante a Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste (20)

A informatica ensino aprendizagem
A informatica ensino aprendizagemA informatica ensino aprendizagem
A informatica ensino aprendizagem
 
Apostila adm produção
Apostila adm produçãoApostila adm produção
Apostila adm produção
 
Manual sobre a tese
Manual sobre a teseManual sobre a tese
Manual sobre a tese
 
Gestao de pessoas_2015_santa_maria_rs
Gestao de pessoas_2015_santa_maria_rsGestao de pessoas_2015_santa_maria_rs
Gestao de pessoas_2015_santa_maria_rs
 
Arte gestao pessoas
Arte gestao pessoasArte gestao pessoas
Arte gestao pessoas
 
Novas Tecnologias em IES
Novas Tecnologias em IESNovas Tecnologias em IES
Novas Tecnologias em IES
 
E-learning para e-formadores
E-learning para e-formadoresE-learning para e-formadores
E-learning para e-formadores
 
184115842-Planejamento-estrategico-aplicado-a-instituicoes-educacionais-aula-...
184115842-Planejamento-estrategico-aplicado-a-instituicoes-educacionais-aula-...184115842-Planejamento-estrategico-aplicado-a-instituicoes-educacionais-aula-...
184115842-Planejamento-estrategico-aplicado-a-instituicoes-educacionais-aula-...
 
Manual pde interativo_2013
Manual pde interativo_2013Manual pde interativo_2013
Manual pde interativo_2013
 
Arte gestao financeira_cooperativa
Arte gestao financeira_cooperativaArte gestao financeira_cooperativa
Arte gestao financeira_cooperativa
 
Relatório Anual 2014 - Departamento de Empreendedorismo e Gestão UFF
Relatório Anual 2014 - Departamento de Empreendedorismo e Gestão UFFRelatório Anual 2014 - Departamento de Empreendedorismo e Gestão UFF
Relatório Anual 2014 - Departamento de Empreendedorismo e Gestão UFF
 
Rascunho proposta
Rascunho propostaRascunho proposta
Rascunho proposta
 
Dissertacao%20 alvaro
Dissertacao%20 alvaroDissertacao%20 alvaro
Dissertacao%20 alvaro
 
Desenvolvimento de competências em Webdesigner
Desenvolvimento de competências em WebdesignerDesenvolvimento de competências em Webdesigner
Desenvolvimento de competências em Webdesigner
 
Projeto enem interativo
Projeto enem interativoProjeto enem interativo
Projeto enem interativo
 
Livro orcamento publico
Livro orcamento publicoLivro orcamento publico
Livro orcamento publico
 
O guia definitivo da instituição de ensino moderna
O guia definitivo da instituição de ensino moderna O guia definitivo da instituição de ensino moderna
O guia definitivo da instituição de ensino moderna
 
catalogo_de_cursos_ufiec_final.pdf
catalogo_de_cursos_ufiec_final.pdfcatalogo_de_cursos_ufiec_final.pdf
catalogo_de_cursos_ufiec_final.pdf
 
apostila-Computação e sociedade.pdf
apostila-Computação e sociedade.pdfapostila-Computação e sociedade.pdf
apostila-Computação e sociedade.pdf
 
Experiências Significativas para a Educação a Distância 2
Experiências Significativas para a Educação a Distância 2Experiências Significativas para a Educação a Distância 2
Experiências Significativas para a Educação a Distância 2
 

Desenvolvimento de aplicação de Gestão Acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste

  • 1. FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE Anderson Moura dos Reis Fábio Pereira da Silva Leonardo Gomes Fedorgchyn Desenvolvimento de aplicação de gestão acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste SÃO PAULO 2014
  • 2. FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE Anderson Moura dos Reis Fábio Pereira da Silva Leonardo Gomes Fedorgchyn Desenvolvimento de aplicação de gestão acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, sob a orientação do Prof. Mestre Leandro Colevati dos Santos como requisito parcial para a obtenção do diploma de graduação no curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas. SÃO PAULO 2014
  • 3. REIS, Anderson Moura dos SILVA, Fábio Pereira da FEDORGCHYN, Leonardo Gomes Desenvolvimento de aplicação de gestão acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste / Anderson Moura dos Reis, Fábio Pereira da Silva, Leonardo Gomes Fedorgchyn – Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, 2014. Orientador: Prof. Me. Leandro Colevati dos Santos Trabalho de Conclusão de Curso. Faculdade de Tecnologia da Zona Leste 1. Educação. 2. Gestão Escolar. 3. Rendimento Acadêmico. 4. Sistemas da Informação. 5. Sistema de Gestão Acadêmica.
  • 4. FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE REIS, Anderson Moura dos SILVA, Fábio Pereira da FEDORGCHYN, Leonardo Gomes Desenvolvimento de aplicação de gestão acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, sob a orientação do Prof. Mestre Leandro Colevati dos Santos como requisito parcial para a obtenção do diploma de graduação no curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Aprovado em: Banca Examinadora Prof. Me. Leandro Colevati dos Santos. Instituição: Fatec Zona Leste Julgamento: ______________________ Assinatura: ______________ Prof. Me. Elpídio de Araújo. Instituição: Fatec Zona Leste Julgamento: ______________________ Assinatura: ______________ Prof. Me. Wellington Pinto de Oliveira. Instituição: Fatec Zona Leste Julgamento: ______________________ Assinatura: ______________ São Paulo, 13 de Maio de 2014.
  • 6. “Grandes realizações não são feitas por impulso, mas por uma soma de pequenas realizações”. (Vincent Van Gogh).
  • 7. Agradecimentos Em primeiro lugar, agradecemos à Deus que nos deu força para que não desistíssemos em cada um dos momentos complicados que vivemos ao longo destes três anos de curso. Às nossas famílias, que nos apoiaram em todos os momentos de dificuldades que passamos durante o desenvolvimento deste projeto. Pelo apoio que nos foi dado, em todos os anos de nossas vidas e durante cada um dos momentos deste curso superior, com muita força e dedicação, da qual foi de suma importância para que conseguíssemos chegar até este momento. Ao nosso orientador Leandro Colevati dos Santos, por toda a atenção oferecida durante o curso em cada uma das disciplinas cursadas lecionadas por ele como professor e especialmente no desenvolvimento deste trabalho, sempre contribuindo com seu apoio, conhecimentos e conselhos nos momentos de dificuldades que enfrentamos. Ao diretor da Escola Técnica Estadual da Zona Leste Elpídio de Araújo que permitiu com que a instituição fosse utilizada como subsídio de pesquisa para a implementação do projeto, atendendo-nos e aconselhando sempre que necessário. Ao coordenador da instituição Cláudio Adão Alves de Sousa e à diretora acadêmica Cristiane Alves de Freitas Teixeira que sempre nos atenderam com muita atenção, orientando-nos nos momentos de dificuldades que passamos. A todos os colegas que conhecemos ao longo do curso, por sempre terem nos apoiado nos momentos difíceis enfrentados, ajudando-nos uns aos outros, compartilhando conhecimentos para que as dificuldades fossem superadas. A todos os professores, em que cada um teve a sua parcela de contribuição ao longo destes três anos para que alcançássemos novos conhecimentos, nos proporcionando o amadurecimento pessoal e profissional essencial para as nossas carreiras. A todos que nos ajudaram ao longo deste período, nos incentivando em cada um dos momentos de dificuldades.
  • 8. REIS, Anderson Moura dos; SILVA, Fábio Pereira da; FEDORGCHYN, Leonardo Gomes. Desenvolvimento de aplicação de gestão acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste. Trabalho de Conclusão de Curso, Faculdade de Tecnologia da Zona Leste. Resumo Grande parte das instituições de ensino enfrenta dificuldades frequentes na realização de seu gerenciamento, com poucos mecanismos que realizem a automatização dos processos, que ocorrem nas atividades exercidas em seu cotidiano. Esse problema dificulta muito o trabalho destes profissionais nas tarefas que poderiam ser executadas através de um software de gestão acadêmica. Muitas vezes, elas são realizadas manualmente ou ainda com um sistema que não atende todas as suas necessidades. Este trabalho tem como objetivo desenvolver uma aplicação web voltada para auxiliar a Escola Técnica Estadual da Zona Leste na gestão de seus cursos técnicos, onde se encontra a maior dificuldade da instituição devido ao elevado índice de evasão escolar existente. O problema enfrentado por ela é identificar qual é a ferramenta adequada para atender as necessidades de sua secretaria. A principal alternativa encontrada para auxiliá-la foi o desenvolvimento de uma nova aplicação. Para que a elaboração deste projeto fosse possível, primeiramente foi realizada uma pesquisa bibliográfica para maior entendimento das características de sistemas da informação, ERPs, aplicações de gestão acadêmica e um estudado aprofundado sobre gestão escolar, bem como do regimento aplicado às escolas técnicas regidas pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. Palavras-Chave: Educação; Gestão Escolar; Rendimento Acadêmico; Sistemas de Informação; Sistema de Gestão Acadêmica.
  • 9. REIS, Anderson Moura dos; SILVA, Fábio Pereira da; FEDORGCHYN, Leonardo Gomes. Development of academic management application for State Technical School East Zone. Trabalho de Conclusão de Curso, Faculdade de Tecnologia da Zona Leste. Abstract Much of educational institutions frequently face difficulties in performing their management, with few mechanisms to realize the automation of processes that occur in the activities carried out in their daily lives. This problem makes it very difficult for these professionals in the tasks that could be performed through a software academic management. Many times, they are performed manually or with a system that does not meet all your needs. This work aims to develop a web application to help East Technical School Zone in managing their technical courses, which is the main difficulty of the institution, because it has a high rate of existing school evasion. The problem faced by it is to identify what is the appropriate tool to meet the needs of its secretariat. The main alternative found it was to assist the development of a new application. For the development this project was possible, first a literature survey was conducted to better understanding of the features of information systems, ERPs, academic management applications and a thorough study on school management as well as the regiment applied to technical colleges governed by the Centre State Technological Education Paula Souza. Keywords: Education, School Management, Academic Performance, Information Systems, Academic Management System.
  • 10. Sumário INTRODUÇÃO.........................................................................................................18 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................22 2.1 Sistemas da Informação.....................................................................................22 2.1.1 A relação de dados e informação com o SI .....................................................24 2.1.2 Teoria Geral dos Sistemas ..............................................................................25 2.1.3 Níveis e Tipos de Sistemas da Informação .....................................................26 2.2 Sistema Integrado de Gestão.............................................................................28 2.2.1 ERP (Enterprise Resource Planning) ..............................................................29 2.2.1.1 Evolução de Sistemas ERPs........................................................................31 2.2.1.2 Características essenciais para um ERP......................................................31 2.2.1.3 Objetivos na implantação de um ERP ..........................................................32 2.2.1.4 Ciclo de vida de sistemas ERPs...................................................................32 2.2.1.4.1 Decisão e seleção .....................................................................................34 2.2.1.4.2 Implantação de um ERP............................................................................34 2.2.1.4.3 Utilização...................................................................................................36 2.2.1.5 Segurança de um ERP.................................................................................37 2.3 Gestão Escolar...................................................................................................37 2.3.1. Diferenças entre administração e gestão escolar ...........................................38 2.3.2 O papel da gestão participativa para melhorias na qualidade de ensino .........40 2.3.3 Organização da Administração Escolar...........................................................42 2.3.3.1 Gestão Pedagógica......................................................................................42 2.3.3.2 Gestão Administrativa ..................................................................................43 2.3.3.3 Gestão de Recursos Humanos ....................................................................43 2.3.4 Secretaria Escolar...........................................................................................43 2.3.5 Planejamento das atividades escolares...........................................................45
  • 11. 2.3.6 A influência da gestão escolar na ocorrência de melhorias na qualidade de ensino .................................................................................................................46 2.3.7 O papel da gestão no combate a evasão escolar no Brasil .............................48 2.4 Gestão da Etec ..................................................................................................50 2.4.1 Visualização geral da estrutura de Gestão Acadêmica....................................50 2.4.2 Principais finalidades.......................................................................................51 2.4.3 Plano de Gestão Escolar.................................................................................51 2.4.4 Composição da Administração Escolar ...........................................................52 2.4.5 Estrutura Curricular .........................................................................................54 2.4.6 Critérios para aprovação e retenção ...............................................................54 2.4.7 Avaliação do processo de Aprendizagem........................................................55 2.4.8 Técnicas de avaliação do processo de aprendizagem e controle de frequência ................................................................................................................56 2.4.9 Promoção e Retenção.....................................................................................56 2.5 Análise de Softwares do Setor ...........................................................................57 2.5.1 Avaliação do software Sistema Aula ...............................................................57 2.5.2 Análise das características do sistema RCASOFT..........................................58 2.5.3 Análise do software ISCHOLAR......................................................................60 3. ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA.........................................................................62 3.1 UML (Unified Modeling Language).....................................................................62 3.2. Identificação dos requisitos e regras aplicadas na instituição............................62 3.2.1 Requisitos Funcionais .....................................................................................62 3.2.2 Regras de Negócio .........................................................................................64 3.2.3 Diagrama de Casos de Uso ............................................................................66 3.3 Elaboração da Diagramação do Sistema ...........................................................68 3.3.1 Diagrama de Classes......................................................................................68 3.3.2 Diagrama de Subsistemas ..............................................................................71 3.3.3 Diagramas de Sequência ................................................................................72
  • 12. 3.3.3.1 Inserir Notas.................................................................................................72 3.3.3.2 Gerar Diário..................................................................................................74 3.3.3.3 Inserir Professor na Disciplina......................................................................75 3.3.3.4 Inserir Aluno na Turma.................................................................................76 3.4 Interação Humano Computador .........................................................................77 3.4.1 Elementos do PACT........................................................................................77 3.4.2 Modelo Mental da Aplicação ...........................................................................78 3.4.3 Mapa de navegação de telas ..........................................................................79 3.4.4 Protótipos de Interface ....................................................................................81 3.4.4.1 Manutenção do Cadastro de Alunos ............................................................81 3.4.4.2 Manutenção do cadastro de cursos..............................................................81 3.4.4.3 Tela inicial da aplicação ...............................................................................81 3.4.4.4 Manutenção da Entrega de Notas ................................................................81 3.4.5 Avaliação da interface do sistema...................................................................82 3.5 Descrição das ferramentas utilizadas.................................................................82 3.5.1 JSF (Java Server Faces).................................................................................83 3.5.2 Primefaces ......................................................................................................83 3.5.3 SQL Server .....................................................................................................84 3.6 Sistema Desenvolvido........................................................................................85 3.6.1 Controle de Acesso da aplicação ....................................................................87 3.6.2 Gestão de Rematrículas..................................................................................87 3.6.3 Diário ..............................................................................................................88 3.6.4 Entrega de Notas ............................................................................................88 3.6.5 Visualização dos resultados obtidos................................................................89 3.6.6 Análise da frequência dos estudantes.............................................................89 3.6.7 Geração de Gráficos de Rendimento Acadêmico............................................90 3.7 Resultados Obtidos............................................................................................91
  • 13. Considerações Finais...............................................................................................94 Referências..............................................................................................................95 Apêndices ..............................................................................................................101 Apêndice A – Autorização para o uso de imagens da instituição ...........................101 Apêndice B – Levantamento de Requisitos Realizados com o coordenador pedagógica da Etec ...............................................................................................102 Apêndice C - Protótipos de Interface da Aplicação ................................................107 Apêndice D – Telas da Aplicação...........................................................................110 Apêndice E – Questionário de Avaliação de Interface............................................115 Apêndice F – Questionário de Avaliação da Aplicação ..........................................117
  • 14. Lista de Figuras Figura 1: Classificação dos sistemas da informação ....................................... 26 Figura 2: Integração de setores de uma organização através de ERPs .......... 30 Figura 3: Ciclo de vida de um ERP ................................................................. 33 Figura 4: Modelo de gestão escolar democrática ............................................ 41 Figura 5: Dados relativos ao Índice de Desenvolvimento Humano no relatório do PNUD......................................................................................................... 49 Figura 6: Situação atual do Brasil no relatório do PNUD divulgado em 2013 .. 49 Figura 7: Organograma Funcional das Etecs .................................................. 53 Figura 8: Diagrama de Casos de Uso ............................................................. 67 Figura 9: Estrutura básica das classes............................................................ 69 Figura 10: Primeira parte do diagrama de classes .......................................... 70 Figura 11: Segunda parte do diagrama de classes ......................................... 70 Figura 12: Diagrama de Subsistemas ............................................................. 71 Figura 13: Inserir Notas................................................................................... 73 Figura 14: Inserir Diário................................................................................... 74 Figura 15: Inserir Professor na Disciplina........................................................ 75 Figura 16: Inserir Aluno na Turma................................................................... 76 Figura 17: Modelo mental da aplicação........................................................... 79 Figura 18: Mapa de Navegação de Telas........................................................ 80 Figura 19: Exemplo de uso do Primefaces...................................................... 84 Figura 20: Autorização para o uso de imagens ..............................................101 Figura 21: Primeira página do questionário aplicado com o Coordenador da Etec Cláudio Adão Alves de Sousa para o levantamento de requisitos..........102
  • 15. Figura 22: Segunda página do questionário aplicado com o Coordenador da Etec Cláudio Adão Alves de Sousa para o levantamento de requisitos..........103 Figura 23: Terceira página do questionário aplicado com o Coordenador da Etec Cláudio Adão Alves de Sousa para o levantamento de requisitos..........104 Figura 24: Quarta página do questionário aplicado com o Coordenador da Etec Cláudio Adão Alves de Sousa para o levantamento de requisitos..................105 Figura 25: Quinta página do questionário aplicado com o Coordenador da Etec Cláudio Adão Alves de Sousa para o levantamento de requisitos..................106 Figura 26: Protótipo de interface para a tela de manutenção do cadastro de alunos ............................................................................................................107 Figura 27: Protótipo de interface para a tela de manutenção do cadastro de cursos ............................................................................................................108 Figura 28: Protótipo de interface da tela inicial da aplicação..........................109 Figura 29: Protótipo de interface da tela de entrega de notas ........................109 Figura 30: Tela de Acesso da aplicação.........................................................110 Figura 31: Tela de Matrícula do sistema ........................................................111 Figura 32: Diário ............................................................................................112 Figura 33: Entrega de Notas ..........................................................................113 Figura 34: Gráfico que demonstra o rendimento do aluno em seu curso .......114 Figura 35: Primeira página do questionário de avaliação de interface...........115 Figura 36: Segunda página do questionário de avaliação de interface...........116 Figura 37: Primeira página do questionário de avaliação da aplicação ..........117 Figura 38: Segunda página do questionário de avaliação da aplicação .........118
  • 16. Lista de Tabelas Tabela 1: Requisitos Funcionais ..................................................................... 63 Tabela 2: Regras de Negócio.......................................................................... 65 Tabela 3: Descrição do diagrama de casos de uso......................................... 66 Tabela 4: Descrição das funcionalidades da aplicação ................................... 85
  • 17. Lista de Siglas e Abreviações CETEC: Eixo tecnológico de Informação e Comunicação ERP: Enterprise Resource Planning J2EE: Java Enterprise Edition JSF: Java Server Faces IHC: Interação Humano Computador MRP: Manufacturing Resource Planning MVC: Model View Controller ONU: Organização das Nações Unidas PACT: Pessoas, Atividades, Contextos e Tecnologias PNUD: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento RN: Regras de Negócio RF: Requisitos Funcionais SAD: Sistemas de Apoio a Decisão SI: Sistema da Informação SIG: Sistema de Informação Gerencial SIR: Sistema de Informação Rotineiro SIT: Sistema de Informação Transacional SPT: Sistema de Processamento de Transações SQL: Structured Query Language SGBD: Sistema Gerenciador de Banco de Dados UML: Unified Modeling Language XHTML: Extensible HyperText Markup Language
  • 18. 18 INTRODUÇÃO Este trabalho busca o desenvolvimento de uma ferramenta acadêmica para a Escola Técnica Estadual da Zona Leste, que está sendo utilizada como subsídio de pesquisa para a implementação do projeto, em que foram levantados os requisitos necessários, levando-se em conta as dificuldades vivenciadas por esta instituição para o gerenciamento de parte das atividades inerentes ao seu funcionamento. Os maiores problemas apontados pela coordenação pedagógica e pela secretaria da Etec estão na gestão de seus cursos técnicos e para a realização de um melhor controle das atividades relacionadas à vida acadêmica dos estudantes matriculados. Esse processo atualmente é realizado pelo sistema SEI; entretanto ele não atende grande parte de suas necessidades. O objetivo deste trabalho visa atender, dentro outros itens, à geração de diário online para controle de frequência dos estudantes, gerenciamento do processo de rematrículas, entrega de notas pelos professores permitindo a sua posterior visualização pelos estudantes, identificar alunos que não compareceram as aulas durante determinado período e geração de gráficos de rendimento acadêmico. A justificativa deste estudo encontra-se nas dificuldades vivenciadas pela Etec unidade Zona Leste com o sistema atual no gerenciamento das atividades ligadas à gestão escolar, devido à ele não atender grande parte das principais necessidades que ela possuí, evitando assim com que a gestão da secretaria da instituição atenda as características almejadas. O problema deste estudo é identificar qual é a ferramenta adequada para atender as necessidades da secretaria da Escola Técnica Estadual da Zona Leste. A hipótese encontrada para solucioná-lo foi o desenvolvimento de uma nova aplicação com base em suas necessidades relacionadas às atividades ligadas ao processo de
  • 19. 19 gestão dos cursos técnicos disponibilizados e nos problemas vivenciados pela instituição com o sistema atual, dando ênfase ao ensino técnico. Metodologicamente a constituição deste trabalho baseou-se primeiramente na realização de uma pesquisa bibliográfica sobre sistemas da informação e ERPs. Em seguida foi elaborado um estudo sobre gestão escolar, visando o entendimento das principais incumbências do setor educacional, para a identificação de algumas das dificuldades enfrentadas pelas instituições de ensino e sobre o regimento aplicado às Etecs regidas pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, visando esclarecer dúvidas sobre o domínio em que o projeto está incluso. Para isso, também foram levadas em consideração as experiências profissionais do coordenador pedagógico da instituição Cláudio Adão Alves de Sousa e da diretora acadêmica Cristiane Alves de Freitas Teixeira. Para o desenvolvimento da aplicação foi necessário realizar um estudo aprofundado sobre o framework JSF (Java Server Faces) e, dentre outros, da biblioteca de componentes visuais do Primefaces. Após a constituição do referencial teórico iniciou-se a estruturação da aplicação, com a elaboração de diagramas UML e protótipos de interface. Em seguida, estes foram validados com os profissionais da secretaria da instituição. Depois disso, ocorreu à implementação do sistema com base nas características levantadas e por último este foi apresentado ao cliente para verificar se ele realmente atende as principais funcionalidades esperadas. Este capitulo dedicou-se a descrição da situação atual da Etec Zona Leste, definindo com base nos requisitos levantados as principais características que o sistema deve atender para a resolução de parte dos problemas vivenciados pelos profissionais da instituição relacionados à gestão acadêmica, atendendo as aspirações dos potenciais usuários da aplicação diante da complexidade de se realizar o gerenciamento de uma escola técnica com um número significativo de estudantes
  • 20. 20 matriculados. Nele foram descritas também as principais funcionalidades que o sistema deve abranger, com a definição da metodologia adotada no projeto. O segundo capítulo dedica-se ao desenvolvimento da fundamentação teórica em que primeiramente é apresentada a definição de sistemas da informação, suas principais características, uma breve descrição sobre a teoria geral de sistemas e os principais tipos de sistemas da informação existentes. Em seguida é apresentada a definição de sistemas integrados de gestão e um detalhamento sobre sistemas ERPs, incluindo desde as suas principais características até o seu ciclo de vida. O terceiro tópico deste capítulo visa o entendimento da área de gestão escolar, apresentando-se as principais características do setor, os elementos que compõem a administração escolar, o papel da secretária da instituição na realização de seu gerenciamento e o planejamento das atividades escolares visando melhorias na qualidade de ensino. Em seguida é apresentado um resumo do regimento aplicado pelo Centro Paula Souza as Escolas Técnicas Estaduais regidas por ele para melhor entendimento das regras que são aplicadas a Etec Zona Leste para aprovação, retenção, controle de frequência, matrículas, transferências e demais peculiaridades que se aplicam a ela. Por último é realizada uma análise de três softwares do setor que possuem características similares ao projeto desenvolvido O terceiro capítulo dedica-se á estruturação do sistema desde a definição dos requisitos da aplicação até a elaboração de diagramas UML que colaboram para a especificação, documentação e refinamento dos requisitos elicitados visando à implementação do software de forma que ele realmente possa atender as necessidades que a instituição possui e assim são fundamentais para melhor entendimento do cenário atual. Primeiramente são apresentados os requisitos funcionais levantados, juntamente com uma breve descrição de suas características. O segundo tópico descreve as principais regras que se aplicam a instituição de ensino sobre o seu funcionamento que podem impactar no desenvolvimento da aplicação. Em seguida ocorre à elaboração do diagrama de casos de uso que visa identificar quais elementos externos irão interagir com o sistema e com quais
  • 21. 21 funcionalidades ela ocorrerá, por ser de entendimento simples facilita a comunicação entre a equipe que está desenvolvendo a aplicação e as pessoas envolvidas da instituição de ensino. Depois é apresentado o diagrama de classes desenvolvido que visa fornecer uma estrutura estática das classes que compõem o sistema, juntamente com os seus atributos e relacionamentos. Em seguida são elaborados diagramas de sequência que demonstram como ocorrem as interações com o sistema na ordem em que elas aconteceram, facilitando a identificação de dependências existentes entre os módulos da aplicação para que uma ação do usuário seja executada. O último item deste capítulo aborda os principais resultados obtidos com o projeto, descrevendo os aspectos alcançados e alguns dos itens da aplicação desenvolvida que ainda necessitam de melhorias. Em seguida são apresentadas as considerações finais deste estudo, subsequentemente as referencias bibliográficas e por último são demonstrados em apêndices documentos utilizados para a elaboração deste projeto.
  • 22. 22 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Para melhor entendimento das características do setor que o trabalho de conclusão de curso está inserido, foram realizadas pesquisas, dentre outros, sobre sistemas da informação e seus variados tipos existentes, sistemas integrados de gestão e softwares acadêmicos, incluindo também a elaboração de um estudo sobre o regimento aplicado pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza nas Escolas Técnicas regidas por ele visando com que possamos realizar uma melhor análise das principais características e diretrizes utilizadas pelas escolas técnicas em sua gestão. A primeira parte desse capítulo introduz sistemas da informação, a relação de dados e informações com o SI e a teoria geral de sistemas, em seguida são abordados tópicos sobre sistemas integrados de gestão, ERPs, gestão acadêmica, sistemas que possam colaborar para o processo de administração escolar, uma análise específica do regimento do Centro de Educação Tecnológica Paula Souza aplicado às escolas técnicas e por último é descrito o estudo que foi realizado sobre diferentes softwares de gestão acadêmica que possuem algumas características semelhantes as que visamos implantar na instituição. 2.1 Sistemas da Informação De acordo com (FERAUCHE, 2006) um sistema da informação visa oferecer apoio às organizações na realização de suas funções e processos, auxiliando-a no alcance de seus objetivos. As suas principais finalidades em uma organização são disponibilizar informações a todos os níveis de gestão fazendo com que dados sejam recolhidos, selecionados e tratados, assim dando suporte ao processo de tomada de decisões e agregando valor a empresa. É algo maior do que um software, não só pelo fato de incluir elementos de hardware; mas porque ele envolve os processos e seus agentes que são executados fora das máquinas.
  • 23. 23 Um sistema da informação possui como principais objetivos armazenar, tratar e fornecer informações visando ser um subsidio de apoio ao processo de tomada de decisões nas organizações. Com a expansão de sua utilização ocorrida nos últimos tempos eles se tornaram condição vital para que ela possa obter melhor controle de parte ou todos os processos empregados na organização colaborando para a ocorrência de melhorias em sua gestão. (RIBEIRO, 2012). A informação ocupa um papel estratégico vital nas organizações permitindo que elas possam obter vantagem competitiva em relação á seus concorrentes. Entretanto para isso é fundamental que haja qualidade nas informações que elas adquiriram, devido a ela possuir grande importância nos resultados que serão obtidos no processo de tomada de decisões na organização. (FERAUCHE, 2006). A informação pode ser caracterizada como o principal ativo de uma empresa. Ela por ser um recurso intangível faz com que se torne difícil mensurar o valor que esta pode agregar as organizações. Desta forma, é de grande importância que as empresas valorizem cada vez mais as informações, por representarem um papel de suma importância na gestão organizacional. (RIBEIRO, 2012). São elementos imprescindíveis para a construção de um sistema da informação a existência de um subsistema social, que inclui pessoas, processos, informações e documentos e por um subsistema automatizado que inclui computadores, máquinas e redes de comunicação que são responsáveis por realizar a interligação dos elementos do subsistema social. As pessoas são responsáveis pela execução de processos em uma organização e por manipular informações também fazem parte da composição de um sistema da informação, independentemente de estarem utilizando ou não um computador. (DAMASCENO, s.d). Conforme (FERAUCHE, 2006) um sistema da informação engloba vários elementos. Dentre eles é de grande relevância considerarmos:
  • 24. 24  Hardware: conjunto de equipamentos que permitem com que os dados sejam recolhidos, tratados e armazenados.  Software: conjunto de programas que permitem com que seja realizado o tratamento de dados, transformando-os em informações.  Organização: é responsável por determinar à forma como são organizados os processos e as pessoas para o tratamento a armazenagem da informação.  Pessoas: responsáveis por realizar o tratamento e a utilização das informações, sem que para isso seja necessário o uso de qualquer equipamento.  Output: é o produto final, em suma a informação organizada de forma lógica e útil para a empresa. Os aspectos sociais podem interferir muito na forma como um sistema da informação funciona, inclusive acarretando em modificações nos processos devido a um baixo entendimento das características sociais. Isso faz com que muitos sistemas mesmo após terem sido finalizados jamais sejam implantados no ambiente coorporativo, dificultando o trabalho das organizações e trazendo inúmeros prejuízos a ela. (IFBA, s.d). 2.1.1 A relação de dados e informação com o SI De acordo com (BRITO, 2013), a informação é um processo vital nas organizações, elas são geradas por dados tratados que possibilitam que um receptor adquira algum conhecimento ao recebê-los, sem dados é impossível gerar uma informação e se os dados estiverem isolados eles não possuem qualquer significado. Dados podem ser considerados como a matéria prima da informação, desta forma eles representam um conjunto ordenado de símbolos que podem servir para que uma informação possa ser extraída. Para que isso ocorra eles devem ser tratados, organizados e processados de alguma forma.
  • 25. 25 Para (FERAUCHE, 2006) no momento em que se identificam as metas da organização, elas devem ser claras e concisas para que os sistemas da informação possam alcançar a sua principal finalidade que é fornecer dados organizados, processados e tratados visando auxiliarem as organizações nos processos de tomadas de decisões com o mínimo de riscos possíveis nos níveis gerenciais, táticos e operacionais. Desta forma, posteriormente objetivos específicos podem ser traçados para uma grande variedade de setores, definindo claramente que eles não podem estar acima das metas da organização; mas também agregando para que elas possam ser alcançadas com êxito. Dentre alguns dos principais benefícios que podem ser desencadeados se este processo de implantação e gerenciamento do sistema da informação for bem sucedido é de grande relevância ressaltar:  Redução de custos  Expansão da qualidade de serviços e produtos  Aumento da oferta e consequente satisfação do cliente.  Abertura de novos nichos de mercado. 2.1.2 Teoria Geral dos Sistemas De acordo com (NASCIMENTO, et al, 1998) a principal característica determinada pela teoria geral de sistemas é que uma organização é um sistema aberto que possui como principal característica o ciclo de informações, sendo ele essencial para a retroalimentação do processo. Por ser um sistema aberto à empresa possui barreiras que estão entre os sistemas e o ambiente no qual ele está implantado. As organizações são compostas por um envoltório de sistemas sociais e internamente a empresa também possui um conjunto de subsistemas. Em termos gerais, torna-se possível realizar o entendimento de uma organização em três subsistemas técnico, social e cultural. Assim, uma empresa pode ser entendida como um sistema; mas também como um subsistema ou ainda a estrutura social pode ser denominada como um supersistema dentro do contexto organizacional. A forma com que esses conceitos podem ser aplicados dentro dela depende de um grau de autonomia
  • 26. 26 superior que o sistema possua em relação aos subsistemas e menor do que o supersistema do qual ela está inclusa. 2.1.3 Níveis e Tipos de Sistemas da Informação Para (SANTOS, 2009), os sistemas da informação nas organizações podem ser aplicados nos níveis operacional, conhecimento, gerencial e estratégico. Os sistemas de nível operacional visam apoiar as empresas no acompanhamento de suas atividades rotineiras devem oferecer informações de fácil acesso com um alto grau de precisão. Os sistemas de nível do conhecimento devem auxiliar as organizações na integração de novas tecnologias para ajudar na forma que ela se organiza. Os sistemas de nível gerencial visam atender as atividades que envolvem monitoração, controle e tomada de decisões. Os sistemas de nível estratégico visam auxiliar a empresa na elaboração de seu planejamento á longo prazo. A Figura 1 representa os níveis mencionados, os grupos que eles atendem dentro das organizações e as diferentes áreas funcionais atendidas. Figura 1: Classificação dos sistemas da informação Fonte: (SANTOS, 2009).
  • 27. 27 Existe uma grande variedade de tipos de sistemas de informações que possuem objetivos distintos dentro do contexto organizacional em que ele está implantado. Vale ressaltar, que não há nada que impossibilite que um determinado SI utilizado por uma empresa seja classificado em mais do que um tipo. (DAMASCENO, s.d). Abaixo segue uma breve descrição das características de alguns dos principais tipos de sistemas de informação existentes:  Sistemas de Gestão Empresarial Integrada (ERPs): são responsáveis por realizar a integração de inúmeros sistemas rotineiros ou transacionais de uma empresa. Eles são utilizados com muita frequência no âmbito coorporativo para que diversos setores possam trabalhar de maneira integrada e assim auxiliando na agilização da execução dos processos organizacionais.  Sistemas de Informação Rotineiros ou Transacionais (SIRs, SITs e SPTs): visam apoiar funções operacionais rotineiras da empresa que ocorrem frequentemente ou diariamente em seu cotidiano. Por serem fáceis e baratos de serem adquiridos geralmente são os primeiros sistemas da informação introduzidos na organização, podendo colaborar inclusive para que posteriormente haja o surgimento de um sistema mais especializado como um sistema de apoio à decisão.  Sistemas de Informações Gerenciais (SIGs): possuem como principal característica a elaboração de relatórios que forneçam informações para que se possa ser obtido subsídios que auxiliem no processo de tomadas de decisões, seja de nível tático, estratégico ou operacional á partir da solicitação do usuário do grupo de informações que ele necessita que sejam emitidas.  Sistemas de Apoio a Decisão (SADs): são responsáveis por receber um conjunto de alternativas que possam auxiliar na realização do processo de tomada de decisões visando solucionar determinado problema e efetuar uma análise das consequências que cada alternativa pode resultar. Diferentemente do SIG o SAD é um sistema interativo, em que o usuário
  • 28. 28 fornece a entrada das diferentes alternativas e este irá auxiliar a subsidiar a decisão á ser tomada por ele sem escolher a melhor alternativa dentre a lista de entrada fornecida.  Sistemas Especialistas: visam realizar a tomada de decisões, seja ela por regras determinísticas, probabilísticas ou heurísticas e por árvores de decisão.  Sistemas de Simulação: possuem características bem similares ao SAD; porém realizam uma estimativa de tempo sobre as consequências que elas podem acarretar.  Sistemas de Workflow: possibilitam melhor planejamento e gerenciamento sobre o fluxo de trabalho das atividades realizadas no cotidiano organizacional. (DAMASCENO, s.d). 2.2 Sistema Integrado de Gestão Para (ALBERTIN, s.d.), um sistema integrado de gestão é uma combinação de processos, procedimentos e práticas utilizadas, visando à implementação adequada de suas políticas, bem como atingir seus objetivos de maneira mais eficiente ao invés da utilização de múltiplos sistemas de gestão que podem tornar difícil à integração dos processos existentes na empresa. Visa auxiliá-la na gestão das operações cotidianas da organização, todas as metas referentes à qualidade dos processos empregados e da responsabilidade social. Uma organização que utiliza um sistema integrado de gestão pode se beneficiar de diversos fatores, visando melhorias na forma como ocorre o gerenciamento da empresa, proporcionando o aperfeiçoamento na qualidade de seus serviços, o alcance de objetivos e metas, minimização de gastos, diminuição do tempo necessário para a realização de suas atividades diárias, aumento da competitividade, conservação de recursos e ainda colaborar para a redução e controle de custos ambientais. A sua aplicação pode ocorrer em diversas áreas de
  • 29. 29 atuação como os setores de transportes, ambiental, segurança, hospitalar e acadêmica. (QUALINTER, 2013). 2.2.1 ERP (Enterprise Resource Planning) ERP é um sistema de gestão empresarial voltado para auxiliar as empresas no gerenciamento das informações relativas aos processos operacionais, administrativos e gerenciais que ocorrem nela, tendo como principal objetivo centralizar e gerir todo o fluxo de informações durante o processo de desenvolvimento das atividades realizadas na organização. Ele integraliza todos os setores da empresa, visando acesso eficiente e confiável a todas as informações gerenciais e assim colaborando para o processo de tomada de decisões da autarquia organizacional, fornecendo informações vitais de maneira bastante acessível e com clareza nos dados emitidos. A base de sua constituição é o uso de um banco de dados centralizado que possibilita que este concentre todas as informações da empresa em que ele se encontra instalado em um único sistema, podendo trabalhar como um servidor ou ser hospedado via web. (ONCLICK, 2011). Conforme (PINHEIRO, s.d.), com as informações dos inúmeros setores empresariais consolidadas é facilitada a realização de uma análise sobre todo o processo organizacional empregado, incluindo falhas de gerenciamento ou outros fatores que podem acarretar em prejuízos para a organização, prejudicando-a na realização de suas tarefas cotidianas. Entretanto, se um sistema ERP não encontrar na organização um ambiente adequado e propício para a sua implantação ele pode colaborar para que os processos empregados nela sejam desestruturados. De acordo com (GONÇALVES, 2012), sistemas ERPs devem permitir que todos os dados dos processos realizados na organização possam ser integrados e assim colaborar para que informações sejam rapidamente emitidas, consultadas e analisadas pelos gestores da empresa, visando com que ocorra a agilização de seu
  • 30. 30 trabalho e possibilitando a elaboração de uma estimativa rápida da situação atual dos diversos setores que ela possui. O objetivo de um sistema ERP é colaborar para que as informações possam ser centralizadas e gerir o seu fluxo durante a execução de todas as atividades que ele engloba na organização que o utiliza, assim colaborando para que todos os setores da organização possam trabalhar efetivamente de maneira integrada e ajudando as pessoas responsáveis para que elas possuam acesso ágil, eficiente e confiável ás informações gerenciais e por último colaborar para que o processo de tomada de decisões seja efetuado de maneira coesa em todos os níveis da empresa. (SISTEMAERP, 2013). A Figura 2 demonstra como atua um sistema ERP na integração de todos os setores da organização. Figura 2: Integração de setores de uma organização através de ERPs Fonte: (BARDINE, s.d.). Para (GONÇALVES, 2012), o sistema ERP tem como objetivo auxiliar as organizações na integração entre parte ou todos os processos empregados nela,
  • 31. 31 visando maior agilidade no processamento das informações. Um aspecto essencial para que sejam atendidas as suas necessidades gira em torno do processamento ágil de informações, assim permitindo com que ela possa acompanhar a velocidade do mercado globalizado, considerando que isso sem a utilização da tecnologia da informação é humanamente impossível. Devido a essa necessidade, a importância da tecnologia da informação tem se expandido gradativamente nos últimos anos e vem ocupando papel de destaque nas organizações, deixando de ser uma simples Central de Processamento de Dados para ocupar um lugar de destaque no organograma da organização. 2.2.1.1 Evolução de Sistemas ERPs Para (OLIVEIRA, 2011), os sistemas integrados de gestão atuais se baseiam na evolução do MRPs que surgiram na década de 1960 e passaram a ser utilizados em larga escala pelas empresas na década de 1970. Eles visavam realizar o gerenciamento de materiais com base em suas características, avaliando quanto de determinado produto era necessário e em qual momento se dava essa necessidade. O MRP II surgiu na década de 1980 com o objetivo de permitir com que as empresas realizassem avaliações de demandas futuras no setor financeiro e de engenharia, envolvendo também a gestão de recursos materiais. Os ERPs surgiram na década de 1990 como uma evolução dos sistemas MRP II, com o objetivo de expandir outras áreas dentro do cenário de negócios existente em uma organização, permitindo com que todos os setores existentes nela possam trabalhar de maneira interligada. Ele possui como principais objetivos colaborar para a organização e integração entre todas as informações transacionais que circulam nas empresas. 2.2.1.2 Características essenciais para um ERP Um sistema ERP deve propiciar o processo evolutivo, ou seja, deve ser manutenível para que ele possa atender não somente as necessidades atuais da organização, visando também às necessidades futuras dela. Para isso ele não deve levar em consideração somente as características da lógica do negócio; mas incluindo possíveis inovações tecnológicas que envolvam o hardware, sistemas operacionais
  • 32. 32 e softwares complementares que a empresa possa vir utilizar futuramente. (QUALINTER, 2013). Conforme (SILVA, 2013), um bom sistema ERP deve ser extremamente flexível e adaptável a mudanças, ter um SGBD centralizado, para possibilitar a posterior comunicação simultânea de todos os módulos do sistema e gerar informações automáticas e precisas para auxiliar no processo de tomada de decisões. 2.2.1.3 Objetivos na implantação de um ERP Para que uma empresa decida pela implantação de um ERP ela deve tomar como princípio alguns objetivos necessários para que os processos de negócio aplicados por ela não sejam afetados negativamente devido a sua introdução no âmbito corporativo. Para isso torna-se necessário elencar uma série de objetivos que visem à implantação de um sistema ERP que realmente possa contribuir para a ocorrência de melhorias na organização como auxiliar no processo de automatização de tarefas que são realizadas de maneira manual, realizar o acesso imediato de informações seguras, colaborar para que ocorram melhorias na otimização de processos aplicados na organização ou ainda auxiliar no processo de tomada de decisões, permitindo uma visualização eficiente das diversas áreas existentes na empresa em que ele está implantado com base nas informações geradas pelo sistema. (ONCLICK, 2011). 2.2.1.4 Ciclo de vida de sistemas ERPs De acordo com (SOUZA e ZWICKER, 2000), o ciclo de vida representa as inúmeras etapas pelas quais um projeto de desenvolvimento, implantação e manutenção de sistemas. Ele incluí as etapas de levantamento de requisitos, definição do escopo, projeto do sistema, implementação da aplicação, testes e manutenção do produto. A concepção do conceito de ciclo de vida incorpora a ideia de que os sistemas podem ser desenvolvidos com base, dentre outros, no modelo Iterativo em que o processo de desenvolvimento é dividido por funcionalidades ao invés de fases, possibilitando
  • 33. 33 que ao término de cada iteração o sistema apresente um novo conjunto de funcionalidades com base em um planejamento pré-definido, podendo inclusive ser liberado para uso, permitindo assim maior feedback com os potencias usuários da aplicação e no modelo de Waterfall o desenvolvimento da aplicação ocorre através da execução sequencial de um conjunto de etapas, em que só se avança para a fase subsequente quando a anterior estiver finalizada e após o término de todas elas ocorre a entrega final da aplicação. Outro aspecto incorporado pelo ciclo de vida é que os sistemas passam por fases sucessivas de crescimento, evolução e declínio e assim ao final dele devem ser substituídos por outros que atendam melhor as necessidades que a organização possui. A Figura 3 demonstra uma das representações aplicadas às etapas envolvidas para que um ERP. Ele foi delineado com base nas características aplicadas ao modelo ciclo de vida de pacotes comerciais e nas particularidades que cada sistema ERP possui. Subsequentemente é apresentada uma descrição sobre cada uma das etapas apresentadas na imagem demonstrando o seu grau de importância dentro do modelo abordado. Figura 3: Ciclo de vida de um ERP Fonte: (SOUZA e ZWICKER, 2000).
  • 34. 34 2.2.1.4.1 Decisão e seleção Para (SOUZA e ZWICKER, 2000), muitas vezes a decisão pela utilização ERPs está alicerçada á necessidade de atualização dos sistemas já existentes na organização ou a expansão das empresas que acaba fazendo com que ela tenha que substituí-lo. Para a escolha do fornecedor torna-se necessário analisar as inúmeras alternativas que estejam disponíveis no mercado. Embora a funcionalidade muitas vezes seja considerada o foco principal do processo de seleção do fornecedor outros aspectos devem ser verificados como a arquitetura técnica do produto, custos, serviço prestado, suporte pós venda, saúde financeira da empresa e sua visão tecnológica do futuro, ressaltando que a escolha de um ERP por uma organização é uma medida que visa resultados á longo prazo e um erro na seleção do fornecedor adequado pode acarretar em sérios prejuízos a organização. 2.2.1.4.2 Implantação de um ERP Para (CASTRO, s.d.), a implantação de um ERP é em muitos casos complexa e difícil de ser realizada, por ele possuir um envoltório de recursos e atividades para que seja efetivamente inserido no âmbito organizacional. Devido a isso ela deve ser estruturada em fases através da elaboração de um projeto detalhado que envolva as principais características necessárias para que ele realmente possa contribuir para que os objetivos do negócio da empresa sejam devidamente alcançados. A sua implantação pode ser realizada pelo fabricante ou por uma determinada consultoria desde que ela possua conhecimentos suficientes inerentes as principais características de um sistema ERP e das técnicas que serão empregadas. Visando com que ele possa ser introduzido no âmbito corporativo à empresa responsável por esse processo deve determinar uma metodologia que vise a sua implantação, incluindo as fases responsáveis pela definição dos macroprocessos inerentes, métodos que são os procedimentos adotados em cada fase e os recursos que são todos os equipamentos, materiais e pessoas envolvidas tendo como meta o alcance de todos os procedimentos com êxito.
  • 35. 35 Conforme (HALLMANN, 2013), para que um ERP seja implantado em uma organização as seguintes fases devem ser seguidas:  A empresa deve realizar um mapeamento dos processos atuais. Esta etapa visa o entendimento dos processos empregados na organização para que os riscos de implantação sejam diminuídos, problemas possam ser identificados mais rapidamente e que melhorias necessárias sejam devidamente identificadas.  Seleção do ERP: a organização deve selecionar o ERP que mais se adapte as características do negócio e necessidades da empresa.  Decisão da Compra: nessa etapa a empresa deve realizar uma análise inerente aos benefícios que o ERP pode trazer a ela e os custos que serão acarretados para que este possa ser inserido na organização.  Revisão e adequação dos novos processos operacionais á nova realidade sistemática: visa melhorias nos processos aplicados na organização que não serão atendidos na implantação do ERP, para que a partir disso a empresa possa tomar as medidas adequadas para a ocorrência de melhorias.  Implantação: é composta pela pré-implantação que é a tomada de decisão relacionada à inserção do sistema na organização, depois ocorre à implantação do ERP em que são definidos os processos de negócio da empresa que ele irá abranger, juntamente com o seu grau de extensão de uso dentro da organização e por últimos a pós-implantação que visa com que a empresa aperfeiçoe os processos existentes e crie outros que possam colaborar para o alcance de suas metas e objetivos.  Treinamento: é uma fase crucial da implantação de um ERP, visa capacitar às pessoas que irão trabalhar diretamente com ele sobre a sua melhor forma de utilização e colaborando que erros sejam evitados.  Auditoria empresarial e manutenção sistemática: é o processo em que se visa analisar as características de segurança e a manutenção da integridade das informações na organização.
  • 36. 36 Conforme (GONÇALVES, 2012), após a implantação de um ERP avaliações periódicas do sistema da informação devem ser realizadas, devido à sua autarquia necessitar obter dados que levem a uma conclusão de que o processo adaptativo do sistema na organização esta ocorrendo da forma que foi planejada e se ele realmente está colaborando para o alcance de seus interesses. Dentre outros fatores que influenciam o tempo necessário para que um ERP seja implantado em uma organização é de grande relevância considerar o tamanho do negócio e o número de módulos que este irá abranger. (ONCLICK, 2011). 2.2.1.4.3 Utilização Para (SOUZA e ZWICKER, 2000), a implementação de sistemas ERPs é tratada por muitas organizações como um projeto que possui início, meio e fim; porém atualmente os ERPs estão deixando de ser encarados como um projeto, passando a ser considerados um meio de sobrevivência para as organizações, visto que eles são responsáveis muitas vezes por realizar a integração de todos os setores de uma empresa. Os benefícios de sistemas ERPs só podem ser sacramentados se após a etapa de implementação a organização manter o seu foco para que os resultados almejados possam realmente ser alcançados. Depois de sua implantação os ERPs mantêm-se em um ciclo contínuo de melhorias em seu processo evolutivo, ressaltando que a manutenção de sistemas ERPs é um processo com elevado grau de complexidade, pois envolve desde a correção de erros até a implementação de novas funcionalidades que a organização necessite. Desta forma, torna-se necessário que as empresas avaliem cuidadosamente as dificuldades e os aspectos importantes em cada uma das fases contidas no modelo de ciclo de vida apresentado e assim podendo elaborar um bom planejamento que envolva todas etapas de modo que possíveis prejuízos que podem acarretar na perda de competitividade dela no mercado sejam evitados.
  • 37. 37 2.2.1.5 Segurança de um ERP É de grande relevância ressaltar, que uma característica vital para um bom sistema ERP é que ele possua recursos e mecanismos de segurança, que colaborem para que sejam evitadas falhas humanas, que protejam a segurança das informações e a empresa, dentre outros, de crimes, sabotagens ou invasões. Para isso ele deve possuir mecanismos de criptografia, senhas individuais, limitação de acesso das principais funcionalidades para pessoas indevidas ou que não possuam expressa autorização para manuseio e manter registros de seu histórico de utilização. Devem realizar backup com frequência para a organização não corra risco de perda das informações armazenadas que pode comprometer as operações do negócio e causar altos prejuízos a ela. (SISTEMAERP, 2013). 2.3 Gestão Escolar Para (OLIVEIRA, s.d.), a gestão escolar tem como principal objetivo tratar todas as incumbências que as instituições escolares possuem, sempre respeitando as normas comuns existentes nos sistemas de ensino, em que cada instituição deve elaborar e executar sua proposta pedagógica, gerenciar os recursos materiais, financeiros e humanos, cuidando de todos os aspectos inerentes ao processo de ensino aprendizagem e meios que proporcionem a recuperação dos estudantes que não estejam obtendo o rendimento acadêmico desejado. A gestão escolar adequada passa pela consolidação do processo de integração entre as famílias dos estudantes e a comunidade em que ela está inserida. Para isso ela deve usufruir de sua autonomia, pois através dela que as escolas podem conseguir atender todas ou grande parte das características necessárias para que o processo de aprendizagem possa ocorrer de maneira adequada. Para (IONARA, s.d.), o conceito de gestão escolar é de grande importância, na medida em que se deseja que uma instituição de ensino possa efetivamente atender ás exigências sociais existentes, como formar cidadãos críticos, oferecer um ensino de qualidade através da articulação da comunidade, estudantes e seus responsáveis para a ocorrência de melhorias na qualidade de ensino. Desta forma, aumenta
  • 38. 38 significativamente a possibilidade dos estudantes realmente conseguirem adquirir novas competências e habilidades necessárias para a sua inserção social. Deve-se levar em conta que para a ocorrência de um processo de gestão escolar adequado cabe à instituição realizar uma avaliação continua do processo de aprendizagem de seus estudantes, bem como avaliar o uso adequado de todos os recursos que ela dispõe e se ela realmente está trabalhando de maneira interligada com a comunidade em que ela está localizada para que as condições necessárias para a implementação das atividades acadêmicas possam ser atendidas adequadamente. 2.3.1. Diferenças entre administração e gestão escolar Conforme (CALIXTO, 2008), com as crescentes modificações do paradigma do setor educacional ocorridas nos últimos anos à substituição do termo de administração por gestão escolar envolve muito mais do que uma troca de terminologia. Esta modificação ocorreu devido à necessidade da escola ser gerida com base em um modelo participativo e interativo, deixando de lado as decisões individuais em prol de decisões coletivas. Entretanto, ressaltando que a simples substituição dos termos sem a devida aplicação deles pode acarretar na ilusão de que as instituições de ensino efetivamente são geridas democraticamente, podendo deixar muitas vezes de lado os problemas educacionais mais complexos vivenciados pelas escolas. Conforme (MODOLO, 2007), na administração o direcionamento do trabalho consiste em uma análise do processo racional que é exercido de maneira objetiva, das condições de trabalho que os funcionários de determinado órgão possuem e de como as pessoas podem render dentro de um sistema ou unidade social. Quando se refere à administração de uma organização não se pode deixar de lado a objetividade e imparcialidade, distanciando-se dos processos de produção, para que se possa obter maior controle e garantia de resultados positivos. Metodologias aplicadas que estão acarretando em bons resultados para uma organização não devem ser substituídas enquanto estiverem acarretando no alcance de suas metas e objetivos. Cabe ao dirigente da empresa exercer ações de comando e liderança
  • 39. 39 essenciais para que se possa administrar uma empresa adequadamente, mantendo- se sempre o controle de possíveis problemas que podem ser desencadeados. Para (MODOLO, 2007), na gestão o direcionamento do trabalho consiste em uma análise e execução de um processo intersubjetivo, exercido através de liderança para a mobilização do talento das pessoas de forma organizada para que elas possam render mais no ambiente de trabalho, avaliando as condições que a empresa proporciona para a realização de suas atividades cotidianas e as interações existentes entre elas para a execução dos processos em uma organização em prol do alcance de seus objetivos. O gestor deve envolver-se nos processos que estão sob sua orientação e acompanhar a sua realização, exercendo um papel de liderança; porém sem deixar de ouvir as opiniões dos demais funcionários para que as metas possam ser efetivamente atingidas. Um dos pontos chaves de uma gestão é o planejamento e execução de um ciclo de melhorias contínuas aplicáveis ao invés de usar um modelo estático baseado em resultados que deram sucesso em determinado momento; mas que atualmente podem estar obsoletos. A autoridade que um dirigente possui é centrada em sua capacidade de liderança, em que ele deve orientar, coordenar, e supervisionar as atividades das quais sua responsabilidade foram designadas para ele. De acordo com (MODOLO, 2007), esses conceitos são perfeitamente aplicáveis ao processo de gestão escolar, visto a necessidade frequente de implantação de um modelo dinâmico, que proporcione as instituições de ensino a execução de sua autonomia, interagindo-se com a comunidade, implantando novas metodologias de acordo com o perfil identificado e assim proporcionar com que os estudantes possam obter melhorias em seu processo de aprendizado e para que os funcionários da escola fiquem satisfeitos com o ambiente de trabalho proporcionado. A gestão escolar atualmente é encarada como base fundamental para a organização e estabelecimento dos processos educacionais, bem como colaborar para a mobilização de pessoas em prol da implementação de medidas que possam acarretar em significativas melhorias na qualidade de ensino.
  • 40. 40 Para (CALIXTO, 2008), deve-se levar em que a gestão democrática das instituições é o princípio da educação básica. Desta forma, o termo gestão escolar por ser colaborativa é também participativa e proporciona dinamismo, autonomia, liderança e interatividade. O diretor é responsável por responder pela escola; entretanto deve escutar e aplicar as opiniões dos coordenadores, professores, da secretaria e dos alunos visando o alcance de melhorias na qualidade de ensino. 2.3.2 O papel da gestão participativa para melhorias na qualidade de ensino Conforme (GOMES, Antonio, GOMES Katianne, s.d.), a gestão democrática e participativa no âmbito escolar visa priorizar o desenvolvimento de forma integrada de todos os agentes que estejam envolvidos no processo pedagógico das instituições escolares, tendo como principal meta a ocorrência de melhorias na qualidade de ensino com base na interatividade de todos os setores da escola. Para (CHAVES, RIBEIRO, 2012), a concepção de gestão através de uma perspectiva democrática tem como objetivo valorizar o desenvolvimento das instituições escolares de forma autônoma e participativa, ressaltando que as pessoas da escola e da comunidade podem representar um papel significativo no debate dos temas importantes que visem melhorias na qualidade de ensino da instituição e assim auxiliando também no processo de tomadas de decisões em todas as etapas, envolvendo o diagnóstico, planejamento e execução das ações, bem como a realização de avaliações que determinam se o processo está sendo realizado de maneira que a instituição possa cumprir o seu papel. A Figura 4 representa os meios e processos de participação que podem ser vivenciados em uma escola visando o alcance de uma gestão democrática e participativa.
  • 41. 41 Figura 4: Modelo de gestão escolar democrática Fonte: (UNAMA, s.d). De acordo com (GOMES, Antonio, GOMES Katianne, s.d.), a educação deve servir como uma colaboradora que proporcione que a cidadania seja exercida, conseguindo alcançar padrões adequados de qualidade e assim auxiliando no combate as desigualdades sociais. Desta forma, a escola deve ser gerida de maneira democrática e participativa, sempre levando em consideração as opiniões da comunidade e dos funcionários da instituição, visando o alcance de uma de suas principais metas que é a formação de cidadãos críticos e com grande capacidade de interpretação da realidade. Ainda seguindo as ideias dos autores citados anteriormente para que as dificuldades das instituições sejam minimizadas torna-se necessária a participação dos profissionais, pais e alunos na construção de um projeto democrático que almeje melhorias na qualidade de ensino em todos os aspectos, levando em conta a autonomia que as instituições possuem e a participação de todos para a construção de um ensino de qualidade.
  • 42. 42 Para (CHAVES, RIBEIRO, 2012), a participação e autonomia são de grande importância para que a ocorra uma democratização no processo de gestão das instituições escolares. A participação é fundamental para as decisões tomadas possam realmente atender as necessidades da escola e os anseios da comunidade relacionados á melhorias na qualidade de ensino, por permitir o acompanhamento e auxiliar na decisão dos rumos da instituição educacional. Em contrapartida, a autonomia permite que a instituição implemente as suas políticas internas sem condicionamentos externos. Para os autores acima citados, a gestão democrática, por ser um instrumento de participação e autonomia torna-se um processo contínuo que almeja transformações nas instituições e na própria sociedade na qual elas estão inseridas. Desta forma, a gestão democrática não se constrói somente com a vontade de mudar; mas requer o conhecimento da situação atual da instituição, alinhando as suas propostas pedagógicas a necessidade de desenvolvimento de cidadãos críticos, com um alto nível de interpretação da realidade. Ressaltando que a legitimidade da democracia nas instituições não está centrada nas opções ou decisões tomadas individualmente; devendo ser de interesse coletivo, de interesse comum á todos os funcionários, alunos, responsáveis e pessoas da comunidade. 2.3.3 Organização da Administração Escolar Para (IONARA, s.d.), a gestão escolar costuma ser classificada em gestão pedagógica, administrativa e de recursos humanos que funcionam de maneira completamente interligada. 2.3.3.1 Gestão Pedagógica A gestão pedagógica consiste em estabelecer objetivos para o ensino, definindo as linhas de atuação a serem seguidas de acordo com os seus objetivos, do perfil dos estudantes e da comunidade em que a instituição de ensino está inserida. Elabora os conteúdos curriculares á serem aplicados, acompanhando e avaliando
  • 43. 43 periodicamente o rendimento das propostas pedagógicas, analisando se suas metas estão efetivamente sendo alcançadas. Ela é responsável também por realizar o acompanhamento do processo de aprendizado dos estudantes da instituição, bem como avaliar o corpo docente e a equipe escolar como um todo. Suas principais características ficam contidas no regimento escolar e na proposta pedagógica da instituição de ensino. (CONTEUDO, 2004). 2.3.3.2 Gestão Administrativa Para (IONARA, s.d.), a gestão administrativa é responsável por cuidar da parte física da instituição e de sua parte institucional, como, por exemplo, as atividades exercidas pela secretaria, suas principais incumbências estão inclusas no Plano Escolar e no Regimento aplicado a instituição. 2.3.3.3 Gestão de Recursos Humanos A gestão de pessoas constitui a parte mais sensível da gestão de qualquer instituição de ensino, pois fazer com que os estudantes, professores, coordenadores e outros profissionais da escola rendam e estejam satisfeitos com a forma com que ocorre a gestão da instituição é um processo extremamente complexo, que acaba indo além da gestão pedagógica. O primeiro passo para que se obtenha êxito na gestão de recursos humanos é a elaboração de um regimento escolar de modo equilibrado e que não afete negativamente a execução das atividades das pessoas da instituição de ensino. (CONTEUDO, 2004). 2.3.4 Secretaria Escolar Conforme (QUINTANILHA, 2005), a secretaria escolar é encarregada por realizar a execução de todos os procedimentos relacionados com a escrituração escolar. A influência exercida pelas pessoas da secretaria é vital para o sucesso do processo de gestão da instituição de ensino. O Secretário Escolar é um dos elementos da instituição de ensino que possui poderes delegados por sua Diretoria. A posição ocupada por ele é de tamanha importância que um dos requisitos para a autorização
  • 44. 44 de funcionamento de uma escola é que ela possua pessoas em sua secretaria aptas à exercer as suas funções. De acordo com (BRUINI, 2013), a secretaria escolar é responsável por realizar as funções destinadas à manutenção dos registros da instituição de ensino, como arquivos relacionados à documentação dos estudantes e os funcionários que trabalham na escola. Cabe a ela gerenciar matrículas, rematrículas e transferências dos alunos, devendo para isso manter sempre atualizados todos os registros inerentes a vida escolar dos estudantes. A secretaria organiza e mantém os arquivos de todos os alunos que já estudaram na escola, turmas que ela já teve e professores que lecionaram aulas nela. Para a autora acima citada, os livros que são arquivados pela secretaria são registros de matrículas, trancamentos, rematrículas, transferências, listas de estudantes, resultados escolares obtidos ao longo do período que o aluno esteve matriculado, requerimentos, emissão de declarações de escolaridade e, dentre outros, o histórico escolar dos alunos. As pessoas que trabalham na secretaria são responsáveis por realizar o planejamento e execução de todos os trabalhos administrativos da escola dentro dos prazos estabelecidos e regras aplicadas de acordo com o regimento e o calendário acadêmico da instituição. De acordo com (ABUD, 2012), é através das pessoas que compõem a secretaria escolar que a instituição de ensino consegue obter dados estatísticos de aprendizagem, sociais e familiares dos estudantes matriculados. Esta organização deve ser de fácil acesso a todos os membros da instituição de ensino, pois a responsabilidade que as pessoas da secretaria possuem é vital devido a ela dever analisar o cotidiano da escola, tratar de documentações e da vida acadêmica dos estudantes na instituição. Todas as suas funções desempenhadas são de grande importância para que um diagnóstico escolar, incluindo a avaliação e compreensão das faltas dos estudantes que colabora para o aumento da evasão escolar, traçar
  • 45. 45 estratégias para que alunos desistentes possam retornar aos seus estudos juntamente com a coordenação pedagógica e traçar meios de recuperação de aprendizagem para estudantes que não estejam obtendo o rendimento acadêmico desejado nas disciplinas de seu curso. Em resumo, a secretaria escolar possui um papel extremamente importante no gerenciamento das instituições de ensino, pois todos os arquivos e materiais que são gerenciados são documentos que podem servir de subsídio para que a coordenação pedagógica tenha ações que preconizem a ocorrência de melhorias na qualidade de ensino da instituição, incluindo técnicas de recuperação de aprendizagem e diminuição da evasão escolar. 2.3.5 Planejamento das atividades escolares O planejamento das atividades escolares é uma necessidade fundamental, tendo em vista a necessidade de atingir resultados positivos na gestão escolar e na obtenção de melhor desempenho dos estudantes matriculados na instituição de ensino. Dessa forma, as atividades escolares devem ser objeto de reflexão por parte do coletivo da escola, da comunidade e dos próprios estudantes. Dessa reflexão surgirão os caminhos para gerir a instituição de ensino e as diretrizes necessárias para que ela possa obter uma gestão acadêmica eficiente, com uma proposta pedagógica e um plano de gestão escolar bem elaborado. Dentre elas é de grande relevância considerar os seguintes tópicos:  Calendário escolar e demais eventos que ocorrem na instituição de ensino.  Como os alunos estão distribuídos em suas turmas, incluindo informações como turno, horário e disciplinas em que ele está matriculado.  Plano de aplicação dos recursos financeiros.  Conselho de Escola.  Projetos especiais que a instituição proporcione para os estudantes matriculados e suas famílias.  APM – Associação de Pais e Mestres.
  • 46. 46  Grêmio estudantil (CONTEÚDO, 2004). 2.3.6 A influência da gestão escolar na ocorrência de melhorias na qualidade de ensino Conforme (VASCONCELOS, et al, s.d.), é necessário entender as principais características da organização escolar para geri-la. O levantamento de dados e sua posterior análise irão possibilitar um melhor direcionamento sobre as principais necessidades e problemas que a instituição está enfrentando. Este estudo deve levar em consideração os conhecimentos das características da comunidade escolar, juntamente com suas expectativas e necessidades que eles julgam essenciais em relação a melhorias no processo de ensino e de aprendizagem. Ainda seguindo as ideias da autora acima citada, o plano de trabalho que a escola deve seguir inclui a realização de uma análise detalhada, dentre outros, dos seguintes fatores:  Estudo das características sócio, política, econômicas e culturais da comunidade onde a escola se insere.  Estrutura física, acadêmica, prédio escolar, salas de aulas e sanitários.  Número de professores, funcionários e especialistas que a instituição possui.  Organização geral da escola, como o seu organograma, atribuições e funcionamento dos setores da instituição.  Desempenho dos alunos, incluindo o número de aprovações, reprovações, evasão escolar e distorção entre idade e série.  Participação da comunidade, das famílias dos estudantes, conselho tutelar, associação de pais e mestres, reunião de pais, relacionamento com outras instituições e ONGs.  Participação dos alunos na gestão escolar.
  • 47. 47 A autonomia que uma instituição de ensino possui é um tópico vital necessário para que se possa realizar uma previsão de maneiras adequadas de organização que possibilitem que as particularidades das instituições de ensino realmente atendam diferentes perfis de alunos e assim colaborando para que seja desenvolvido um processo de aprendizado eficiente, juntamente com o melhor desenvolvimento das capacidades e habilidades dos estudantes. (CARMO, 2013). Dentre as principais incumbências que cabem a cada instituição de ensino realizar de acordo com suas particularidades é de grande relevância destacarmos:  A elaboração e a execução de uma proposta pedagógica de acordo com o perfil dos alunos matriculados.  Realização de uma gestão adequada das pessoas, recursos financeiros e materiais.  Visar acima de tudo que o processo de ensino aprendizagem seja feito de maneira eficaz diante das necessidades dos estudantes e com a instituição tendo um bom relacionamento com a comunidade. (CARMO, 2013). Conforme (FILHO, 2007), as determinantes que mais influenciam no desempenho escolar são as características do próprio estudante e de seus familiares, sendo que a grande maioria das variáveis da escola não afeta o seu rendimento, uma das poucas exceções é o número de horas que ele permanece na instituição. A variação do desempenho dos alunos entre escolas em um mesmo estado é bastante significativa. Desta forma, a maneira como ocorre o gerenciamento das instituições de ensino pode afetar muito o processo de aprendizagem e demonstrar que a melhor escola pública de um estado pode ser tão boa quanto a melhor instituição privada, mesmo com o desempenho dos estudantes de instituições particulares ser em média 50% superior ao rendimento de alunos de escolas públicas.
  • 48. 48 Apesar das organizações educacionais terem um modelo superior a seguirem, estas por sua vez possuem as suas próprias necessidades de acordo com o local em que ela está localizada e perfis dos profissionais que trabalham na instituição. A proposta pedagógica é de longe um dos passos mais importantes a ser visto, pois esta é o foco principal necessário para que se alcance qualquer meta relativa ao processo de gestão acadêmica e ao alcance de melhor aproveitamento dos estudantes da instituição. (VALDIVINO, 2007). 2.3.7 O papel da gestão no combate a evasão escolar no Brasil A evasão escolar ocorre quando um aluno abandona a escola durante o ano letivo ou quando este não efetua a sua rematrícula para o ano subsequente acarretando assim na descontinuidade de seus estudos, estando totalmente ligada á condições sociais precárias fazendo com que este abandone a escola para trabalhar e assim contribuir financeiramente em sua residência, falta de apoio familiar, difícil acesso a instituições escolares e baixa qualidade no processo de aprendizagem. São vários os fatores que fazem com que a taxa de evasão escolar no Brasil seja extremamente elevada, em que um a cada quatro alunos que inicia o ensino fundamental no país abandona a escola antes de completar a última série. Conforme dados publicados pelo PNUD com a taxa de 24,3% o Brasil tem a terceira maior taxa de evasão escolar entre os 100 países com maior IDH, ressaltando que na América Latina dentre os dados divulgados a taxa só não é maior do que a Guatemala e Nicarágua. Desta forma, torna-se evidente a necessidade de melhorias no processo de gestão escolar, visando melhor acompanhamento do processo de aprendizagem, em que devem ser analisados aspectos que vão além do rendimento que o estudante está obtendo ao longo do ano letivo; chegando a análise de indicadores sociais, aproximando-se para isso de seus familiares e aumentando a interação com a comunidade na qual a escola está inserida visando assim à obtenção da diminuição desse processo que acarreta no aumento das desigualdades sociais existentes e na diminuição da mão de obra qualificada que afeta negativamente o desenvolvimento do país. (UFJF, 2013).
  • 49. 49 As Figuras 5 e 6 demonstram o índice de desenvolvimento humano dos dez primeiros colocados no relatório elaborado pelo PNUD divulgado em 2013 e a situação atual do Brasil dentro da avaliação realizada que contém, dentre outras informações, a expectativa de vida esperada, média de anos de escolaridade, bem como a quantidade desejada de acordo com o sistema educacional de cada pais. Maiores informações sobre estes dados podem ser encontradas no link referenciado neste estudo que contém um detalhamento sobre o relatório divulgado em 2013. Figura 5: Dados relativos ao Índice de Desenvolvimento Humano no relatório do PNUD Fonte: (PNUD, 2013). Figura 6: Situação atual do Brasil no relatório do PNUD divulgado em 2013 Fonte: (PNUD, 2013).
  • 50. 50 2.4 Gestão da Etec Visando a realização de um melhor entendimento sobre as principais regras e características aplicadas as Escolas Técnicas Estaduais regidas pelo Centro de Educação Tecnológica Paula Souza este tópico apresenta algumas das principais atribuições determinadas pela CETEC para a gestão das escolas técnicas. Para melhor entendimento do conteúdo deste item está referenciado o link em que é disponibilizado para consulta o regimento aplicado às Escolas Técnicas. 2.4.1 Visualização geral da estrutura de Gestão Acadêmica A gestão acadêmica da Escola Técnica Estadual da Zona Leste segue o modelo delimitado pelo Centro Paula Souza. Inicialmente para a inserção de um curso na instituição de ensino ocorre um estudo de mercado realizado por profissionais da área de atuação, que ocorre geralmente a cada cinco anos. Após isso e a decisão de implantação na escola técnica essa mesma equipe desenvolve um laboratório de currículos para que se determine as competências desejadas que o aluno que se forme em um curso técnico tenha para o exercício de sua profissão. Deste laboratório é elaborado o plano de curso e todos eles acarretam no desenvolvimento da matriz curricular. Isso é determinado pelo Plano Plurianual de Administração Escolar que visa realizar todo o planejamento necessário para que um curso possa ser implantado na instituição e acompanhá-lo durante a sua vigência que pode passar por atualizações ao longo deste período. A Etec Zona Leste, tal como as outras escolas técnicas possui um plano de avaliação de competência que determinam os métodos de ensino que devem ser aplicados aos estudantes para que cada tópico acima seja alcançado com êxito, possibilitando que eles obtenham ao final de seu curso todas as habilidades necessárias para cumprir com a sua profissão. Ele possui os seguintes itens:  Avaliações  Competência
  • 51. 51  Critérios e evidencias de desempenho  Indicações de domínio A Etec visa que o aluno desenvolva uma visão global, não somente de sua área de atuação para que se tenha um profissional que além de sua habilidade técnica possua um alto grau de competência relacional. 2.4.2 Principais finalidades As Escolas Técnicas Estaduais possuem como finalidade capacitar os seus alunos para que eles possam exercer a cidadania, se inserindo e progredindo no mercado de trabalho, visando com que ele desenvolva aptidões tanto para o âmbito pessoal quanto para o profissional. São oferecidos pelas Escolas Técnicas:  Educação Profissional Técnica de Nível Médio  Ensino Médio Regular e Integrado  Cursos de Educação de Jovens e Adultos  Especializações e capacitações de professores  Atividades voltadas à comunidade 2.4.3 Plano de Gestão Escolar O Plano Plurianual de Gestão visa apresentar a proposta de trabalho que cada instituição deve seguir estabelecendo as metas á serem alcançadas, os planos de cursos, incluindo a sua matriz curricular e projetos com critérios para controle da avaliação e processo de aprendizagem na instituição. Este possui vigência de cinco anos; entretanto é flexível a atualizações ou complementações sempre que houver
  • 52. 52 necessidade. O plano escolar deve ser elaborado pela instituição de ensino anualmente e incorporado ao plano plurianual de gestão para que se possa medir se as metas estabelecidas estão efetivamente sendo alcançadas e a identificação das mudanças necessárias no Plano Plurianual. 2.4.4 Composição da Administração Escolar A administração das Escolas Técnicas Estaduais regidas pelo Centro de Educação Tecnológica Paula Souza é composta pela direção, núcleo de gestão administrativa, acadêmica e pedagógica. A direção possui como principais atribuições coordenar a elaboração da proposta pedagógica da instituição de ensino, organizar as atividades inerentes ao planejamento no meio acadêmico, realizar a gerenciamento de todos os recursos que a instituição possua para que suas necessidades possam ser supridas, implementando e acompanhando o controle de execução do Plano Plurianual de Gestão e do Plano Escolar. É de sua responsabilidade efetuar um planejamento que possibilite ao conselho escolar tomar atitudes que visem com que todos os conteúdos previstos na matriz curricular sejam efetivamente cumpridos, para isso ele deve possuir como principais metas o alcance da carga horária estimada e do número de dias letivos previstos no calendário acadêmico. A Figura 7 mostra o organograma funcional das Etecs regidas pelo Centro Paula Souza e em seguida é apresentada uma descrição de alguns dos principais elementos que fazem parte da composição do núcleo de gestão pedagógica e acadêmica das Etecs.
  • 53. 53 Figura 7: Organograma Funcional das Etecs Fonte (CENTRO PAULA SOUZA, 2013, s.p). O núcleo de gestão administrativa deve implementar ações que apoiem a instituição na gestão de seus recursos e consequentemente ao processo educacional O Núcleo de Gestão Pedagógica e Acadêmica deve realizar o planejamento, controle e avaliação do processo de aprendizado, tendo iniciativas que visem aperfeiçoar e atualizar o corpo docente. Ele é composto por:
  • 54. 54 Coordenadores de Área: responsáveis pelas iniciativas destinadas ao planejamento de ensino e supervisionar se a sua execução está ocorrendo da forma que foi planejada. É de sua responsabilidade a implementação de medidas que estimulem o processo educacional dos alunos matriculados. Conselho de Classe: visa analisar o desempenho obtido pelos estudantes seja de forma individual, coletiva ou em uma análise mais abrangente de sua classe. Propor com base nos resultados obtidos medidas de natureza pedagógica ou disciplinar, decidindo se determinado aluno está apto ou não á aprovação com base nos resultados obtidos por ele ao longo do período letivo. Secretaria Acadêmica: é responsável pela escrituração escolar, registrar, expedir e arquivar documentos escolares, bem como todas as ocorrências inerentes a vida escolar dos estudantes, fornecendo informações que visem auxiliar no controle, planejamento e execução dos resultados do processo de aprendizagem. 2.4.5 Estrutura Curricular O Ensino Técnico Regular é dividido em módulos e possui duração que varia de um ano e meio á dois anos de acordo com o que foi determinado pelos planos Plurianual e Escolar. Vale ressaltar, que os planos de cursos podem sofrer alterações anuais caso necessário para que estes sejam aperfeiçoados. 2.4.6 Critérios para aprovação e retenção Um aluno pode requerer dispensas de determinados componentes curriculares no ensino técnico mediante comprovação de já ter cursado determinada disciplina e de que a carga horária e conteúdos aplicados são no mínimo equivalentes ao da disciplina que ele esta requerendo a dispensa ou se ele comprovar já ter atuado na área que envolva aquela disciplina também atendendo o conteúdo que seria ministrado por ela, sendo que a avaliação da dispensa nesse caso ocorrerá por uma
  • 55. 55 comissão de três professores designados pela instituição de ensino. Um estudante que fique retido no módulo pode optar por cursar somente as matérias que ele foi reprovado sem cursar os outros componentes curriculares. O aluno será classificado para o próximo semestre letivo do ensino técnico quando este conter até três dependências. Caso a sua requisição de dispensa seja deferida, ele pode obter a dispensa no ensino técnico de determinadas disciplinas através do aproveitamento de estudos e da avaliação dos docentes da instituição se o conteúdo cursado e a carga horária requerida for no mínimo igual às bases determinadas para a disciplina. O número ideal de alunos por classe é de 40 estudantes e caso haja a necessidade ou por demanda excessiva de alunos ou por número de computadores disponíveis nas disciplinas lecionadas em laboratório ela pode ser dividida para o estabelecimento de melhores condições propícias para o processo de aprendizado. 2.4.7 Avaliação do processo de Aprendizagem A avaliação do processo de aprendizagem visa o alcance dos seguintes objetivos:  Diagnosticar competências prévias, que foram adquiridas ao longo do curso e as dificuldades que cada estudante vem frequentando.  Através da descoberta das dificuldades, realizar a orientação dos estudantes para que ele possa melhorar o seu rendimento.  Reorganizar o trabalho do corpo docente caso seja necessário.  Utilizar todas as informações inerentes à vida escolar do aluno durante o seu período letivo para promoção, retenção ou sua reclassificação.  Relacionar o rendimento escolar do estudante não somente com as suas notas; mas também conciliando a apuração de sua frequência em seu curso.
  • 56. 56 2.4.8 Técnicas de avaliação do processo de aprendizagem e controle de frequência A avaliação dos estudantes nos componentes curriculares de seu curso se dá por meio da seleção e aplicação de critérios elaborados pelo corpo docente com auxílio e supervisão dos coordenadores de área. Está será sistemática, contínua e cumulativa, devendo incidir sobre o desempenho que cada estudante obteve nos diferentes contextos tomando como ponto de partida as metas estabelecidas em cada componente curricular e deve visar aspectos qualitativos e não quantitativos. As menções utilizadas para avaliar o processo de aprendizagem de um aluno da Etec estão descritas abaixo:  MB (Muito Bom): o aluno obteve excelente desempenho acadêmico.  B (Bom): o aluno obteve bom desempenho acadêmico.  R (Regular): o estudante obteve desempenho regular  I (Insatisfatório): o aluno obteve desempenho insatisfatório. Para que sejam alcançadas essas menções são analisadas as competências e habilidades que ele deve ter, juntamente com os métodos de ensino aplicados por seus professores. Á partir disso ela deve elaborar sínteses parciais que visem identificar as dificuldades dos estudantes, indicando mecanismos que proporcionem o processo de recuperação de aprendizagem e as sínteses finais visam avaliar este de forma global subsidiando as decisões que serão tomadas sobre aprovação ou retenção do estudante durante o conselho de classe. 2.4.9 Promoção e Retenção Para ser considerado aprovado no módulo ou série o estudante deve ter adquirido rendimento mínimo de menção R nos componentes curriculares e tiver obtido no
  • 57. 57 mínimo 75% de frequência considerando o total de aulas dadas em todas as disciplinas que ele cursou. A decisão sobre aprovação ou retenção do aluno deverá ser tomada pelo conselho de classe com base na avaliação geral de seu desempenho acadêmico, expresso pelas sínteses obtidas por ele em cada disciplina cursada. Esta determinará se o estudante pode prosseguir seus estudos no módulo ou série subsequente. Um aluno que possua rendimento insatisfatório em até três componentes curriculares, exceto no último semestre ou ano de seu curso poderá ser aprovado em regime de progressão parcial e cumprir suas dependências fora do período de aula. Caso seja ultrapassado este número o estudante ficará retido devendo cursar somente as disciplinas em que este não conseguiu alcançar o rendimento mínimo necessário ou tenha sido reprovado em uma ou mais disciplinas ao término do último ano ou semestre. Independentemente de suas notas alunos com menos de 75% de frequência, considerando o total de aulas dadas no semestre letivo, devem ficar retidos na série em que estão com exceção dos casos justificados veementemente e analisados de maneira criteriosa pelo conselho de classe. 2.5 Análise de Softwares do Setor 2.5.1 Avaliação do software Sistema Aula Este sistema possui como foco principal o mercado educacional, atua em inúmeros níveis de ensino, desde a educação infantil. O software fornece tópicos que abordam a Gestão Acadêmica, funcionários, colaboradores e alunos, sendo um Sistema Integrado de Administração Escolar, voltado para auxiliar no gerenciamento de instituições de todos os níveis e assim informatizar parte das atividades essenciais para o seu funcionamento. (SISTEMA, 2013). O Sistema Aula é um software destinado para a Gestão da Informação nas instituições, possibilitando melhor controle, dentre outros, dos seguintes itens:  Realização das matrículas dos estudantes e emissão de declarações.
  • 58. 58  Visualização do aproveitamento de cada estudante juntamente com a sua frequência e emissão de relatórios.  Possibilitar que várias unidades de uma determinada instituição de ensino possam trabalhar de forma integrada. (SISTEMA, 2013). Essas importantes características assemelham-se aos requisitos visados no projeto, principalmente o aproveitamento nas matérias pelo aluno e sua frequência por disciplina. Outro ponto desse sistema é o controle de ocorrências da vida escolar do estudante. Os tópicos de gerência da vida financeira da escola, integrando as informações acadêmicas e financeiras do aluno e o atendimento personalizado dos estudantes da instituição escolar excedem o objetivo do projeto. O sistema possui aspectos de integração que permite também o controle simultâneo de várias instituições, com a consolidação dos dados em um sistema único e em tempo real; porém elas apesar de interessantes não serão aplicadas no projeto. O acesso das informações por funcionários, professores e alunos são outros aspectos que são referenciados nesse sistema que devem ser levados em consideração, pois coincidem com o objetivo do trabalho. 2.5.2 Análise das características do sistema RCASOFT Este sistema foi desenvolvido para auxiliar as instituições escolares de educação infantil, ensino fundamental e médio na realização de todas as atividades inerentes ao seu funcionamento, incluindo módulos que possibilitam que várias unidades escolares possam trabalhar de maneira integrada. Ele é um software livre que funciona sobre uma aplicação cliente-servidor instalada na rede local da instituição de ensino (RCASOFT, 2013). O RCASOFT Gestão Educacional possui, dentre outras, as seguintes funcionalidades:  Possibilitar a manutenção do cadastro de alunos e de seus responsáveis, professores, funcionários e fornecedores de materiais.
  • 59. 59  Realização de um controle de matrículas, cursos, turmas, competências a serem adquiridas em cada disciplina e horários de aula.  Verificação de alunos aprovados e emissão de históricos escolares.  Acompanhamento do rendimento dos estudantes, através do controle de suas notas, frequência, conceitos e menções que ele obteve, emitindo também boletins escolares do estudante.  Controle financeiro da instituição de ensino, contas a pagar, receber e movimentação do caixa.  Gerenciamento da biblioteca da instituição.  Possuir um módulo de segurança com distinção de níveis de acesso para diferentes tipos de usuários. (RCASOFT, 2013). Algumas importantes características foram observadas neste sistema, com ênfase especial para o módulo de gestão acadêmica que possibilita controle de faltas por disciplina e das notas obtidas pelos estudantes. Outra funcionalidade que deve ser destacada da aplicação é ela possibilitar que a ementa, competências e conteúdos aplicados de cada componente curricular sejam cadastradas no sistema e sendo assim mais um subsídio para o controle das atividades desenvolvidas pelos professores ao longo do período letivo. A gestão da segurança de acesso e o funcionamento em rede são outros itens importantes disponibilizados pela ferramenta. Os módulos de gerenciamento financeiro e gestão da biblioteca são extremamente interessantes; entretanto não serão aplicados por excederem o objetivo principal do trabalho e os requisitos levantados após a realização de entrevistas na Escola Técnica Estadual da Zona Leste. A verificação das funcionalidades disponibilizadas pelo RCASOFT Gestão Educacional possibilitou melhor análise de como são aplicadas algumas das determinantes necessárias para a gestão acadêmica das instituições, assim
  • 60. 60 tornando-se uma ferramenta bastante completa, com requisitos e funcionalidades importantes. 2.5.3 Análise do software ISCHOLAR O sistema ISCHOLAR é um software totalmente web responsável por auxiliar, dentre outras, creches, instituições de ensino infantil, fundamental, médio, cursos profissionalizantes e escolas de idiomas em todas as atividades necessárias para o seu funcionamento, seja ela de pequeno, médio ou grande porte e com a possibilidade de gerenciamento de várias unidades de ensino de maneira integrada. O acesso ao sistema é bastante simplificado por ele ser totalmente online, evitando com que seja necessária à realização de investimentos pela instituição de ensino em servidores para que ele possa ser utilizado. (ISCHOLAR, 2013). O ISCHOLAR possui como principais funcionalidades:  Possibilitar o controle de notas, frequência e ocorrências de cada estudante matriculado, disponibilizando as informações sobre seu rendimento acadêmico para os alunos e seus pais através da web.  Realização da chamada dos estudantes de maneira totalmente online.  Painel do professor, possibilitando que eles lance as notas, frequências dos estudantes e o conteúdo aplicado em cada disciplina que ele leciona na instituição.  Possuir um sistema avaliativo em que o professor pode determinar as fórmulas utilizadas para a realização do cálculo das notas parciais e finais que cada aluno obteve.  Possibilitar o gerenciamento financeiro da instituição de ensino, como recebimento de mensalidades, emissão de relatórios gerenciais e demonstrativos de resultados.  Registrar o acesso do estudante através do módulo de controle de catraca, com integração com o diário escolar e assim permitindo o registro automático da presença do aluno em determinado dia letivo.  Possuir um módulo que possibilite a gestão da biblioteca da instituição. (ISCHOLAR, 2013).