2. Fui convidado a entrar na Galeria Esperança. Um anjo tão belo como um arco-íris, foi designado para nos conduzir mostrando os quadros da vida, nos corredores do mundo.
3. A primeira tela foi o quadro do Poder e da Vaidade, um era seguimento do outro... Em seguida vinha também em par o quadro do Egoísmo e da Miséria. Continuamos, ele ficava cada vez mais triste ao demonstrar aqueles quadros.
4. O anjo com os olhos úmidos apontou-me o quadro da Fome e da Dor. Mais adiante numa galeria só, outros quadros desfilavam ao nosso olhar: o quadro da guerra; do abandono; da violência; do ódio; da agonia; da solidão. Ah! E tantos outros mais amargos e tristes!
5. Olhei para o anjo e perguntei onde estava os quadros da Amizade, da Solidariedade, da Paz e da Fraternidade? Onde estava os quadros da Alegria, da Partilha, da Comunhão? Onde estava os quadros do Amor, da Caridade, onde?
6. Ele apontando à tela do céu e me mostrou Jesus. Jesus estava representado numa tela, num esboço em preto e branco, sem nenhum colorido. - Ele deixou as sementes, se elas crescessem teríamos todas as pigmentações para pintar novos quadros.
7. - Mas diga-me onde estão essas sementes? - Na vontade dos homens, nas mãos dos homens e no coração dos homens, foi lá que Ele deixou, a Semente Amor!
8. Sai da Galeria Esperança em silêncio, triste, cabisbaixo. Ele sorriu e disse: - A Galeria chama-se, ESPERANÇA! Vocês podem dar forma, luz e cor a esses quadros em esboço, basta usar as mãos no labor diário, nos natais da oportunidade que à vida lhes propicia na realidade dos dias. Maktub Dú