SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
i
Bathul Ibraimo Abudo Ossene
A Influência da Subnutrição no Crescimento e Desenvolvimento das Crianças. Caso do
Posto Administrativo de Rapale-Sede (2009-2012).
Projecto de Pesquisa a ser apresentado no
Departamento de Ciências Naturais e
Matemática, curso de Biologia, com vista
a elaboração de Monografia Cientifica,
para obtenção de grau académico de
Licenciatura em Ensino de Biologia.
Supervisor:
Universidade Pedagógica
Nampula
2012
ii
Índice
Índice............................................................................................................................ii
Introdução....................................................................................................................3
1.Tema..........................................................................................................................4
2.Problematização.......................................................................................................4
3. Hipóteses.................................................................................................................5
4. Justificativa .............................................................................................................5
5. Objectivos ...............................................................................................................6
5.1. Objectivo Geral ....................................................................................................6
5.2. Objectivos Específicos........................................................................................6
6. Metodologia.............................................................................................................6
6.1. Técnicas de Pesquisa..........................................................................................7
6.1.1. Entrevista...........................................................................................................7
6.1.2. Observação........................................................................................................7
6.1.3. Questionário......................................................................................................8
6.2. Tipo de Pesquisa..................................................................................................8
6.3. Universo e Amostra.............................................................................................8
6.3.1. Universo ou População....................................................................................8
6.3.2. Amostra..............................................................................................................9
7. Revisão Bibliográfica..............................................................................................9
A Subnutrição nas Crianças nos Países do 3º Mundo. Relatório da FAO
(Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), 2012.
[online] Disponível na Internet via www.a subnutricao nas criancas nos paises
do 3º mundo.com, Arquivo capturado em Agosto de 2012..................................11
8. Cronograma...........................................................................................................12
9. Orçamento..............................................................................................................12
Referência Bibliográfica...........................................................................................13
A Subnutrição nas Crianças nos Países do 3º Mundo. Relatório da FAO
(Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), 2012.
[online] Disponível na Internet via www.a subnutricao nas criancas nos paises
do 3º mundo.com, Arquivo capturado em Agosto de 2012..................................14
KHAN, S. Gonçalves, HELENA, Stappers. Modulo 3 Metabolismo Energético e
Necessidades Nutricionais. 3ª Edição. Maputo, Moçambique. 2003...................14
3
Introdução
Dados anunciados pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura) aponta, que a subnutrição afecta cerca de 160 milhões de mães e as crianças em
idade pré-escolar nos países do 3º Mundo.
O nosso pais também esta incluso dentro dos países do 3º Mundo, obviamente que a tal
situação tem ocorrência e é notório, sobretudo nas zonas rurais onde a pobreza tem mais
impacto.
A subnutrição é causada devido a vários factores, dentre os quais: sócio-económico
resultantes da pobreza, preconceitos e tabus alimentares, factores biológicos resultam da dieta
deficiente em proteínas e factores ambientais ligados ao clima, inundações.
Os estágios de deficiência ocorrem quando a ingestão de nutrientes não é balanceada ou
equilibrada com os requerimentos nutricionais, para manter uma óptima saúde.
E este último factor apontado é muito frequente nas zonas rurais, sobretudo o consumo
constante da massa feita da farinha de mandioca. Alias, a mandioca nas algumas zonas rurais
da urbe de Nampula é tida como a base de alimentação, resultado da pobreza. A massa feita
de farinha de mandioca apresenta aporte de nutrientes inferiores.
E este fenómeno torna-se uma preocupação na medida em que actualmente vários estudos já
efectuados apontam que a subnutrição afecta cerca de 160 milhões de mães, com mais
destaque nas crianças em idade pré-escolar nos países do 3º Mundo, tendo nestas
consequências drásticas podendo afectar negativamente no seu desenvolvimento e
crescimento.
Assim, identificado o problema, a presente pesquisa tem como objectivo geral: Conhecer
Influência da Subnutrição no Crescimento e Desenvolvimento das Crianças.
Depois da apresentação do principal objectivo desta pesquisa, cumpre-se apresentar a
estrutura da mesma. A seguir à introdução, apresenta-se a metodologia a ser usada e
finalmente a revisão bibliográfica.
4
1.Tema
A Influência da Subnutrição no Crescimento e Desenvolvimento das Crianças. Caso do Posto
Administrativo de Rapale-Sede (2009-2012).
2.Problematização
Cálculos feitos pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura)
permitem concluir, que actualmente 2/3 da população mundial sofre os efeitos da
Subnutrição.
O nosso pais também esta incluso dentro dos países do 3º Mundo, obviamente que a tal
situação tem ocorrência e é notório, sobretudo nas zonas rurais onde a pobreza tem mais
impacto.
A subnutrição é causada devido a vários factores: sócio-económico resultantes da pobreza,
preconceitos e tabus alimentares, factores biológicos resultam da dieta deficiente em proteínas
e factores ambientais ligados ao clima, inundações.
E segundo a dimensão biológica, isto é do corpo individual, o estágio de subnutrição
manifesta-se pela insuficiência quantitativa e ou qualitativa do consumo de nutrientes em
relação as necessidades nutricionais e quando as reservas nutricionais estão esgotadas.
Os estágios de deficiência ocorrem quando a ingestão de nutrientes não é balanceada ou
equilibrada com os requerimentos nutricionais, para manter uma óptima saúde.
Nas zonas rurais da urbe de Nampula é muito frequente o consumo constante da massa feita
da farinha de mandioca. Vale recordar que a mandioca é tida como a base de alimentação,
(preconceitos e tabus alimentares).
E estudos já efectuados apontam que a massa feita de farinha de mandioca apresenta aporte de
nutrientes inferiores, que é de facto uma das causas da subnutrição.
E a tal situação torna-se uma preocupação na medida em que actualmente vários estudos já
efectuados apontam que a subnutrição afecta cerca de 160 milhões de mães, com mais
destaque nas crianças em idade pré-escolar nos países do 3º Mundo, tendo nestas
5
consequências drásticas podendo afectar negativamente no seu desenvolvimento e
crescimento.
Mas, embora que os estudos reconhecem que uma das causas da subnutrição seja factores
sócio-económico resultantes da pobreza, como também preconceitos e tabus alimentares,
factores biológicos resultam da dieta deficiente em proteínas a mandioca é produzida como
também é consumida constantemente a massa feita por esta farinha, isto nas zonas rurais da
nossa urbe, desconhecendo talvez da suas consequências.
Assim sendo, levanta-se a seguinte questão: Qual é Influência da Subnutrição no
Crescimento e Desenvolvimento das Crianças do Posto Administrativo de Rapale-Sede?
3. Hipóteses
A presente pesquisa apresenta como prováveis respostas ao problema levantado as seguintes:
3.1. As crianças que sofrem da subnutrição têm apresentado problemas relacionados com
crescimento e desenvolvimento físico e mental.
3.2. As crianças que sofrem de subnutrição desenvolvem muitos problemas de aprendizagem
ao longo da vida, dos quais as dificuldades na compreensão são mais frequentes.
4. Justificativa
A pesquisadora é natural e residente na cidade de Nampula. E os meus pais, tem uma quinta
na zona de Rapale, em que tem sido usado em alguns momentos para a prática de agricultura.
Alias, é frequente nos finais de semanas deslocarmos para aquela zona, e numa das viagens
realizada, a pesquisadora tomou em contacto com o fenómeno ora em estudo.
E dados anunciados pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura) aponta, que a subnutrição afecta cerca de 160 milhões de mães e as crianças em
idade pré-escolar nos países do 3º Mundo.
E Moçambique faz parte dos países do 3º Mundo, ainda no seu processo de desenvolvimento
obviamente que a tal situação tem ocorrência e é notório, sobretudo nas zonas rurais onde a
Mandioca é tida como a base da alimentação.
6
Assim, diante desta situação, a pesquisadora sentiu a necessidade de fazer uma abordagem
acerca da Influência da Subnutrição no Crescimento e Desenvolvimento das Crianças,
sobretudo do Posto Administrativo de Rapale-Sede.
Portanto, com este projecto espera-se que venha contribuir para um despertar por parte dos
nutricionistas sobre a necessidade de divulgação de informações o quanto é fatal principal
para as crianças o consumo constante da massa feita pela farinha de mandioca.
5. Objectivos
5.1. Objectivo Geral
Conhecer Influência da Subnutrição no Crescimento e Desenvolvimento das Crianças do
Posto Administrativo do Rapale-Sede.
5.2. Objectivos Específicos
• Identificar as principais causas da subnutrição das crianças do Posto Administrativo
de Rapale-Sede.
• Caracterizar os tipos de subnutrição mas frequente das crianças do Posto
Administrativo de Rapale-Sede.
• Sugerir mecanismo para a redução da subnutrição das crianças do Posto
Administrativo de Rapale-Sede.
6. Metodologia
De acordo com os estudos de RICHARDSON (1999: 22) método “é o caminho ou a maneira
para se chegar a um determinado fim ou objectivo.”
A metodologia é uma das etapas que integra o planeamento da pesquisa. Ela consiste na
indicação dos métodos a serem utilizados na pesquisa, na definição de tipo de pesquisa, da
população (Universo da Pesquisa), amostragem, os instrumentos da colheita de dados e forma
como são tabulados e analisar os resultados.
E de modo a atingir os objectivos propostos, um conjunto de procedimentos metodológicos e
técnicas de colecta de dados serão envolvidos. Servindo-se da pesquisa qualitativa, a
7
pesquisadora incidirá a sua pesquisa sobre os nutricionistas do hospital rural de Anchilo,
membros da comunidade e estrutura local.
Quanto ao método de abordagem, a pesquisa irá privilegiar o Método Dedutivo, que a parti de
um conhecimento geral irá aplicar no caso particular e, como instrumentos de recolhas de
dados, a pesquisa adoptará: a Entrevista semi-estruturada, Observação e a revisão
bibliográfica.
6.1. Técnicas de Pesquisa
6.1.1. Entrevista
Para MARCONI e LAKATOS (2004:92) a “entrevista é um encontro entre duas pessoas a fim
de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma
conversação de natureza profissional”.
Este instrumento se utiliza na investigação social para a colecta de dados ou para ajudar no
diagnóstico ou tratamento de um problema social. Nesse sentido, a pesquisa privilegiará a
entrevista semi-estruturada, com a finalidade de apreender melhor os sentimentos e opiniões
dos entrevistados.
A entrevista não estruturada constitui uma técnica poderosa para detectar atitudes, motivações
e opiniões, permitindo recolher dos entrevistados o que eles consideram como aspectos
relevantes de um determinado problema, (RICHARDSON, 1999:208-212).
Deste modo, por meio da conversa guiada, o pesquisador pretende obter informações que
justificam a ocorrência do fenómeno no Posto Administrativo de Rapale.
6.1.2. Observação
Segundo MARCONI e LAKATOS (2004:275) a “observação é uma técnica de colecta de
dados para conseguir informações utilizando os sentidos na obtenção de determinados
aspectos da realidade.”
Mas, alguns autores consideram a observação como um dos métodos mais antigos empregue
nas ciências sociais. Entretanto, com o passar do tempo, ela revela-se imprescindível e de
extrema importância, porque possibilita um grau elevado de precisão nos estudos em ciências
sociais.
8
A pesquisa irá privilegiar a observação directa porque permitirá verificar no Posto
Administrativo de Rapale alguns aspectos inerentes a ocorrência ou não do fenómeno em
estudo.
6.1.3. Questionário
Para RICHARDSON (1999:189) o questionário “é uma entrevista estruturada e cumpre pelo
menos duas funções: descrever as características e medir determinadas variáveis de um grupo
social”.
O mesmo autor, acresce-se uma terceira função ao questionário: medir as variáveis
individuais ou do grupo.
Mas, apesar de existir três categorias de questionários (perguntas abertas, fechadas e mistas),
ao longo da pesquisa privilegiar-se-á o Questionário de Perguntas Abertas, porque tudo indica
que permitirá ao entrevistado responder com mais liberdade.
6.2. Tipo de Pesquisa
A pesquisa é qualitativa, pois segundo RICHARDSON (2008: 90):
É uma tentativa de compreender os significados e as características situacionais apresentados
pelos entrevistados, em lugar da promoção de medidas quantitativas comportamentais,
analisando os fenómenos para além de explicar as razões dos factos.
6.3. Universo e Amostra
6.3.1. Universo ou População
População é o conjunto de elementos que possuem determinadas características. Usualmente,
fala-se em população ao se referir a todos os habitantes de determinado lugar ou o conjunto de
indivíduos que trabalham em um mesmo lugar ou ainda os alunos matriculados em uma certa
universidade, etc, (RICHARDSON, 1999:157).
Deste modo, a população da pesquisa depende do tema ou assunto a ser abordado. No entanto,
constitui universo da presente pesquisa a comunidade do Posto Administrativo de Rapale.
9
6.3.2. Amostra
Cada unidade ou membro de uma população, ou universo, denomina-se elemento, e quando se
toma certo número de elementos para averiguar algo sobre a população a que pertencem, fala-
se de amostra.
Portanto, define-se amostra como qualquer subconjunto do conjunto universal ou da
população, (Idem).
A amostra determina os elementos que serão pesquisados, isto é, a porção ou parcela do
universo, que realmente será submetida à verificação. Para tal, serão inquiridos: o director do
Posto de Saúde de Rapale-Sede e nove enfermeiras respectivamente.
E serão igualmente entrevistados 30 membros da comunidade e seis membros da autoridade
local, totalizando 46 elementos da população em estudo.
7. Revisão Bibliográfica
Estudos feitos por vários autores, inerente a Influência da Subnutrição no Crescimento e
Desenvolvimento das Crianças, apontam que:
Segundo GUZMAN (2002: 32) a subnutrição:
É o estado de desnutrição devido a um aporte insuficiente de nutrientes ou também o estado
mórbido secundário de anormalidade a uma deficiência, relativo ou absoluto de um ou mais
nutrientes essenciais, que se manifesta clinicamente ou é detectado por meio de testes
bioquímicos, topográficos ou fisiológicos.
A subnutrição afecta principalmente crianças, tendo nestas consequências drásticas podendo
afectar negativamente no seu desenvolvimento e crescimento.
No entanto, as crianças que sofrem de subnutrição desenvolvem muitos problemas de
aprendizagem ao longo da vida, dos quais as dificuldades na compreensão são mais
frequentes.
10
De acordo com MAHAN (2005: 54) nas crianças a subnutrição afecta “o crescimento e
desenvolvimento físico e mental, e o estado geral da saúde da criança incluindo a eventual
predisposição para o desenvolvimento de doenças agudas ou crónicas.”
A subnutrição aumenta o risco de mórbidas e mortalidade incluindo maior tempo de
hospitalização, menor capacidade de defesa imune, maior risco de infecção e sépsis, maior
possibilidade de cicatrização inadequada, maior possibilidade de dependência de respirador
após anestesia, maior risco de descompensação cardíaca e renal, maior risco de arritmias e
morte súbita.
A subnutrição produz alterações funcionais e morfológicas em, virtualmente todos os órgãos.
A gravidade da disfunção depende da parte do gasto energético e da taxa da renovação celular
do determinado tecido. Nesse aspecto o sistema imune e o trato gástrico intraintestinal são os
mais vulneráveis, (Ibid., p. 56)
Para MAGNONI (2002: 34) o efeito mais proeminente da ingestão da energia é a:
Incapacidade de crescimento e desenvolvimento normais. A consequência mais danosa é a
disfunção do sistema imune, que predispõe a criança a infecções oportunistas e prejudica a sua
capacidade de reagir adequadamente a doenças como gastroenterite aguda, pneumonia e
sarampo, as principais causas de morte em crianças subnutrida.
Portanto, podemos afirmar que a ingestão alimentar deficiente causa redução da glicemia e
aminoácidos livres no plasma que por sua vez, reduz a secreção de insulina e aumenta a de
glucagon. Provoca também a libertação de epinefrina, a qual reduz ainda mais a secreção de
insulina.
E em virtude dos baixos níveis de glicemia, do fígado deixa de remover a glicose da
circulação sanguínea.
Assim, à medida que diminui os níveis de glicose, o fígado passa a produzir glicose a partir
do glicogénio hepático, muscular e dos precursores neoglicogénicos, como lactato, glicerol e
aminoácidos principalmente alanina e glutamina.
11
O lactato que provém da musculatura esquelética, Hemácias e medula óssea é convertido em
glicose no fígado pelo ciclo de Cori. Estes processos causam redução da massa muscular
comprometendo o crescimento, (Ibid., 36).
Desta forma, estima-se que cerca de dois terços de morte em crianças estão directamente
associadas a deficiências nutricionais.
Para tal, a maneira comum de considerar a subnutrição é o peso corporal em consequência é
frequente o uso de termos como: abaixo do peso e a subalimentação como sinónimo.
Segundo GUZMAN (2002: 35) a subnutrição é causada por:
Um aporte de nutrientes inferior ao suprimento adequado, relacionado em sua maior parte ao
aporte de energia, isso levou ao uso do termo deficiência energética associada ao declínio
corporal e crónica, quando ocorre durante um longo período, de modo que o peso corporal nos
meses antecedentes possa ser baixo porém estável.
Os estágios de deficiência ocorrem quando a ingestão de nutrientes não é balanceada ou
equilibrada com os requerimentos nutricionais, para manter uma óptima saúde.
Segundo a dimensão biológica, isto é do corpo individual, o estágio de subnutrição manifesta-
se pela insuficiência quantitativa e ou qualitativa do consumo de nutrientes em relação as
necessidades nutricionais e quando as reservas nutricionais estão esgotadas1
.
Se por um lado, as orientações medicinais apontam que a subnutrição é causada por um aporte
de nutrientes inferior ao suprimento adequado, relacionado em sua maior parte ao aporte de
energia, contudo torna-se necessário difundir informações o quanto é fatal principal para as
crianças o consumo constante da massa feita pela farinha de mandioca.
1
A Subnutrição nas Crianças nos Países do 3º Mundo. Relatório da FAO (Organização das Nações Unidas
para Alimentação e Agricultura), 2012. [online] Disponível na Internet via www.a subnutricao nas
criancas nos paises do 3º mundo.com, Arquivo capturado em Agosto de 2012.
12
8. Cronograma
De acordo GIL (1999:112), “a elaboração do Cronograma responde a pergunta quando e em
quanto tempo? A pesquisa deve ser dividida em partes, fazendo-se a previsão do tempo
necessário para passar de uma fase a outra.”
Deste modo, nesta parte do projecto indica-se o tempo necessário para o desenvolvimento de
cada uma das etapas da pesquisa.
Actividades Período/Meses
Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro
Levantamento da literatura X
Elaboração do Projecto X
Colecta de dados X X
Tratamento de dados X X
Redacção do Trabalho X
Revisão do Texto X
Entrega do Trabalho Final X
Fonte: Adaptada pela Autora
9. Orçamento
Para MARCONI e LAKATOS (2004:54),“o custo de um projecto ou orçamento consiste
numa resposta a questão quanto? O orçamento distribui os gastos por vários, itens, que devem
necessariamente ser separados.”
Assim, para a materialização da presente pesquisa apresenta-se o seguinte orçamento:
Ord. Material Quantidade Valor por unidade Valor Total
01 Resma 2 110, 00 Mts 220, 00 Mts
02 Esferográfica 6 5, 00Mts 30, 00 Mts
03 Digitação ------- --------- 3 000 Mts
13
04 Impressão ------- -------- 1 000 Mts
05 Revisão
Linguística ------- --------- 5 000 Mts
06 Imprevistos ------- -------- 5 000 Mts
Total 8 115, 00 Mts 5 250, 00 Mts
Fonte: Adaptada pela Autora
Referência Bibliográfica
GUZMAN, Isabel. Modelo 5 Nutrição Clínica. Maputo, Moçambique. 2002.
GIL, António Carlos. Como Elaborar Projectos de Pesquisa. 4ª ed. Atlas. São Paulo, 1999.
MARCONI, Maria Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica. 4ª ed. Atlas,
São Paulo, 2004.
14
MAGNONI, Daniel, CELSO, Cukier. Perguntas e Respostas em Nutrição Clínica. 2ª Edição,
Roca. São Paulo, Brasil.
MAHAN, Kathleen, SYLVIA E. Stump. Alimentos, Nutrição e Dietóterapia. 11ª Edição,
Roca. São Paulo, Brasil. 2005.
RICHARDSON, Roberto Jarry & Colaboradores. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3ª ed.
Atlas, São Paulo, 1999.
A Subnutrição nas Crianças nos Países do 3º Mundo. Relatório da FAO (Organização das
Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), 2012. [online] Disponível na Internet via
www.a subnutricao nas criancas nos paises do 3º mundo.com, Arquivo capturado em
Agosto de 2012.
KHAN, S. Gonçalves, HELENA, Stappers. Modulo 3 Metabolismo Energético e
Necessidades Nutricionais. 3ª Edição. Maputo, Moçambique. 2003.

Mais conteúdo relacionado

Destaque

VIKNESWARY RAVEENDRAN (1)
VIKNESWARY RAVEENDRAN (1)VIKNESWARY RAVEENDRAN (1)
VIKNESWARY RAVEENDRAN (1)Viknes Wary
 
State of domain name industry in India
State of domain name industry in IndiaState of domain name industry in India
State of domain name industry in IndiaHemanth Pasagadugula
 
Rececão novos alunos
Rececão novos alunosRececão novos alunos
Rececão novos alunoseb1penha4
 
Comportamientos digitales
Comportamientos digitales Comportamientos digitales
Comportamientos digitales Natalia Quevedo
 
Новинки октября 2016
Новинки октября 2016Новинки октября 2016
Новинки октября 2016kinbiblioteka5
 
Seminario 2 integral del adulto
Seminario 2 integral del adultoSeminario 2 integral del adulto
Seminario 2 integral del adultonicoguerreroangel
 
Reinaldo Bulgarelli no Congresso Catarinense de Recursos Humanos
Reinaldo Bulgarelli no Congresso Catarinense de Recursos HumanosReinaldo Bulgarelli no Congresso Catarinense de Recursos Humanos
Reinaldo Bulgarelli no Congresso Catarinense de Recursos HumanosReinaldo Bulgarelli
 
ángulos y planos en fotografía
ángulos y planos en fotografía ángulos y planos en fotografía
ángulos y planos en fotografía Yinna Gil Arias
 
investigacion de slideshare
investigacion de slideshareinvestigacion de slideshare
investigacion de slidesharekaremape
 
Apostila de Introdução a Contabilidade II
Apostila de Introdução a Contabilidade IIApostila de Introdução a Contabilidade II
Apostila de Introdução a Contabilidade IIGilberto Freitas
 
La doctrina del shock
La doctrina del shockLa doctrina del shock
La doctrina del shocknoramartiin
 
Valentina bolivar y calvo
Valentina bolivar y calvoValentina bolivar y calvo
Valentina bolivar y calvoNico Cgarcia
 
Red mundial de salud ocupacional
Red mundial de salud ocupacionalRed mundial de salud ocupacional
Red mundial de salud ocupacionalSuzy Fernandez
 

Destaque (20)

VIKNESWARY RAVEENDRAN (1)
VIKNESWARY RAVEENDRAN (1)VIKNESWARY RAVEENDRAN (1)
VIKNESWARY RAVEENDRAN (1)
 
State of domain name industry in India
State of domain name industry in IndiaState of domain name industry in India
State of domain name industry in India
 
Carta na escola 2014
Carta na escola 2014Carta na escola 2014
Carta na escola 2014
 
Transistores
TransistoresTransistores
Transistores
 
Rececão novos alunos
Rececão novos alunosRececão novos alunos
Rececão novos alunos
 
Comportamientos digitales
Comportamientos digitales Comportamientos digitales
Comportamientos digitales
 
Catálogo CATA
Catálogo CATA Catálogo CATA
Catálogo CATA
 
Новинки октября 2016
Новинки октября 2016Новинки октября 2016
Новинки октября 2016
 
simon bolivar
simon bolivarsimon bolivar
simon bolivar
 
deportes
deportes deportes
deportes
 
Seminario 2 integral del adulto
Seminario 2 integral del adultoSeminario 2 integral del adulto
Seminario 2 integral del adulto
 
Reinaldo Bulgarelli no Congresso Catarinense de Recursos Humanos
Reinaldo Bulgarelli no Congresso Catarinense de Recursos HumanosReinaldo Bulgarelli no Congresso Catarinense de Recursos Humanos
Reinaldo Bulgarelli no Congresso Catarinense de Recursos Humanos
 
Ingrediente1
Ingrediente1Ingrediente1
Ingrediente1
 
ángulos y planos en fotografía
ángulos y planos en fotografía ángulos y planos en fotografía
ángulos y planos en fotografía
 
investigacion de slideshare
investigacion de slideshareinvestigacion de slideshare
investigacion de slideshare
 
Apostila de Introdução a Contabilidade II
Apostila de Introdução a Contabilidade IIApostila de Introdução a Contabilidade II
Apostila de Introdução a Contabilidade II
 
La doctrina del shock
La doctrina del shockLa doctrina del shock
La doctrina del shock
 
Valentina bolivar y calvo
Valentina bolivar y calvoValentina bolivar y calvo
Valentina bolivar y calvo
 
Red mundial de salud ocupacional
Red mundial de salud ocupacionalRed mundial de salud ocupacional
Red mundial de salud ocupacional
 
Como funciona
Como funcionaComo funciona
Como funciona
 

Semelhante a Projecto. bathul

Bicastiradentes saudei obesidadeinfantil
Bicastiradentes saudei obesidadeinfantilBicastiradentes saudei obesidadeinfantil
Bicastiradentes saudei obesidadeinfantiltemastransversais
 
Alguns micronutrientes essenciais na gestação
Alguns micronutrientes essenciais na gestaçãoAlguns micronutrientes essenciais na gestação
Alguns micronutrientes essenciais na gestaçãoNubia Oliveira
 
Estrutura interssan, nosso projeto, demandas rc
Estrutura interssan, nosso projeto, demandas rcEstrutura interssan, nosso projeto, demandas rc
Estrutura interssan, nosso projeto, demandas rcProama Projeto Amamentar
 
Estrutura interssan, nosso projeto, demandas rc
Estrutura interssan, nosso projeto, demandas rcEstrutura interssan, nosso projeto, demandas rc
Estrutura interssan, nosso projeto, demandas rcSilvia Anaruma
 
A importancia-do-lanche-na-alimentacao-da-crianca
A importancia-do-lanche-na-alimentacao-da-criancaA importancia-do-lanche-na-alimentacao-da-crianca
A importancia-do-lanche-na-alimentacao-da-criancaGleyce Yara Kleison Sales
 
relatório sobre o dia mundial da alimentação
relatório sobre o dia mundial da alimentaçãorelatório sobre o dia mundial da alimentação
relatório sobre o dia mundial da alimentaçãoanaraivel
 
Problemas de abordagem difícil: “não come” e “não dorme”
Problemas de abordagem difícil: “não come” e “não dorme”Problemas de abordagem difícil: “não come” e “não dorme”
Problemas de abordagem difícil: “não come” e “não dorme”Dr. Benevenuto
 
Como a amamentacao pode contribuir para um Planeta mais saudável
Como a amamentacao pode contribuir para um Planeta mais saudávelComo a amamentacao pode contribuir para um Planeta mais saudável
Como a amamentacao pode contribuir para um Planeta mais saudávelSilvia Marina Anaruma
 
Efeito Protetor Do Aleitamento Materno Contra A Obesidade Infantil
Efeito Protetor Do Aleitamento Materno Contra A Obesidade InfantilEfeito Protetor Do Aleitamento Materno Contra A Obesidade Infantil
Efeito Protetor Do Aleitamento Materno Contra A Obesidade InfantilBiblioteca Virtual
 
Horta escolar eixo_gerador_dinamicas_comunitarias
Horta escolar eixo_gerador_dinamicas_comunitariasHorta escolar eixo_gerador_dinamicas_comunitarias
Horta escolar eixo_gerador_dinamicas_comunitariasProfessora Raquel
 
NUTRIÇÃO_ QUESTÕES DE APRENDIZAGEM (1).pdf
NUTRIÇÃO_ QUESTÕES DE APRENDIZAGEM  (1).pdfNUTRIÇÃO_ QUESTÕES DE APRENDIZAGEM  (1).pdf
NUTRIÇÃO_ QUESTÕES DE APRENDIZAGEM (1).pdfaldeiza1
 
Manual nutrologia alimentacao
Manual nutrologia alimentacaoManual nutrologia alimentacao
Manual nutrologia alimentacaoLorena Mendes
 
Má alimentação e obesidade infantil na escola de ensino fundamental josé érit...
Má alimentação e obesidade infantil na escola de ensino fundamental josé érit...Má alimentação e obesidade infantil na escola de ensino fundamental josé érit...
Má alimentação e obesidade infantil na escola de ensino fundamental josé érit...bio_fecli
 

Semelhante a Projecto. bathul (20)

Bicastiradentes saudei obesidadeinfantil
Bicastiradentes saudei obesidadeinfantilBicastiradentes saudei obesidadeinfantil
Bicastiradentes saudei obesidadeinfantil
 
Alguns micronutrientes essenciais na gestação
Alguns micronutrientes essenciais na gestaçãoAlguns micronutrientes essenciais na gestação
Alguns micronutrientes essenciais na gestação
 
Estrutura interssan, nosso projeto, demandas rc
Estrutura interssan, nosso projeto, demandas rcEstrutura interssan, nosso projeto, demandas rc
Estrutura interssan, nosso projeto, demandas rc
 
Estrutura interssan, nosso projeto, demandas rc
Estrutura interssan, nosso projeto, demandas rcEstrutura interssan, nosso projeto, demandas rc
Estrutura interssan, nosso projeto, demandas rc
 
A importancia-do-lanche-na-alimentacao-da-crianca
A importancia-do-lanche-na-alimentacao-da-criancaA importancia-do-lanche-na-alimentacao-da-crianca
A importancia-do-lanche-na-alimentacao-da-crianca
 
relatório sobre o dia mundial da alimentação
relatório sobre o dia mundial da alimentaçãorelatório sobre o dia mundial da alimentação
relatório sobre o dia mundial da alimentação
 
Amamentação e sustentabilidade
Amamentação e sustentabilidadeAmamentação e sustentabilidade
Amamentação e sustentabilidade
 
Problemas de abordagem difícil: “não come” e “não dorme”
Problemas de abordagem difícil: “não come” e “não dorme”Problemas de abordagem difícil: “não come” e “não dorme”
Problemas de abordagem difícil: “não come” e “não dorme”
 
Materia capa
Materia capaMateria capa
Materia capa
 
Gestaçã artigo
Gestaçã artigoGestaçã artigo
Gestaçã artigo
 
Como a amamentacao pode contribuir para um Planeta mais saudável
Como a amamentacao pode contribuir para um Planeta mais saudávelComo a amamentacao pode contribuir para um Planeta mais saudável
Como a amamentacao pode contribuir para um Planeta mais saudável
 
Sequencia diatica 2013
Sequencia diatica 2013Sequencia diatica 2013
Sequencia diatica 2013
 
Efeito Protetor Do Aleitamento Materno Contra A Obesidade Infantil
Efeito Protetor Do Aleitamento Materno Contra A Obesidade InfantilEfeito Protetor Do Aleitamento Materno Contra A Obesidade Infantil
Efeito Protetor Do Aleitamento Materno Contra A Obesidade Infantil
 
Aval. nutricional 2009
Aval. nutricional   2009Aval. nutricional   2009
Aval. nutricional 2009
 
Poster enam lais
Poster enam laisPoster enam lais
Poster enam lais
 
Horta escolar eixo_gerador_dinamicas_comunitarias
Horta escolar eixo_gerador_dinamicas_comunitariasHorta escolar eixo_gerador_dinamicas_comunitarias
Horta escolar eixo_gerador_dinamicas_comunitarias
 
NUTRIÇÃO_ QUESTÕES DE APRENDIZAGEM (1).pdf
NUTRIÇÃO_ QUESTÕES DE APRENDIZAGEM  (1).pdfNUTRIÇÃO_ QUESTÕES DE APRENDIZAGEM  (1).pdf
NUTRIÇÃO_ QUESTÕES DE APRENDIZAGEM (1).pdf
 
Manual nutrologia alimentacao
Manual nutrologia alimentacaoManual nutrologia alimentacao
Manual nutrologia alimentacao
 
Má alimentação e obesidade infantil na escola de ensino fundamental josé érit...
Má alimentação e obesidade infantil na escola de ensino fundamental josé érit...Má alimentação e obesidade infantil na escola de ensino fundamental josé érit...
Má alimentação e obesidade infantil na escola de ensino fundamental josé érit...
 
Proama na rádio
Proama na rádioProama na rádio
Proama na rádio
 

Projecto. bathul

  • 1. i Bathul Ibraimo Abudo Ossene A Influência da Subnutrição no Crescimento e Desenvolvimento das Crianças. Caso do Posto Administrativo de Rapale-Sede (2009-2012). Projecto de Pesquisa a ser apresentado no Departamento de Ciências Naturais e Matemática, curso de Biologia, com vista a elaboração de Monografia Cientifica, para obtenção de grau académico de Licenciatura em Ensino de Biologia. Supervisor: Universidade Pedagógica Nampula 2012
  • 2. ii Índice Índice............................................................................................................................ii Introdução....................................................................................................................3 1.Tema..........................................................................................................................4 2.Problematização.......................................................................................................4 3. Hipóteses.................................................................................................................5 4. Justificativa .............................................................................................................5 5. Objectivos ...............................................................................................................6 5.1. Objectivo Geral ....................................................................................................6 5.2. Objectivos Específicos........................................................................................6 6. Metodologia.............................................................................................................6 6.1. Técnicas de Pesquisa..........................................................................................7 6.1.1. Entrevista...........................................................................................................7 6.1.2. Observação........................................................................................................7 6.1.3. Questionário......................................................................................................8 6.2. Tipo de Pesquisa..................................................................................................8 6.3. Universo e Amostra.............................................................................................8 6.3.1. Universo ou População....................................................................................8 6.3.2. Amostra..............................................................................................................9 7. Revisão Bibliográfica..............................................................................................9 A Subnutrição nas Crianças nos Países do 3º Mundo. Relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), 2012. [online] Disponível na Internet via www.a subnutricao nas criancas nos paises do 3º mundo.com, Arquivo capturado em Agosto de 2012..................................11 8. Cronograma...........................................................................................................12 9. Orçamento..............................................................................................................12 Referência Bibliográfica...........................................................................................13 A Subnutrição nas Crianças nos Países do 3º Mundo. Relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), 2012. [online] Disponível na Internet via www.a subnutricao nas criancas nos paises do 3º mundo.com, Arquivo capturado em Agosto de 2012..................................14 KHAN, S. Gonçalves, HELENA, Stappers. Modulo 3 Metabolismo Energético e Necessidades Nutricionais. 3ª Edição. Maputo, Moçambique. 2003...................14
  • 3. 3 Introdução Dados anunciados pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) aponta, que a subnutrição afecta cerca de 160 milhões de mães e as crianças em idade pré-escolar nos países do 3º Mundo. O nosso pais também esta incluso dentro dos países do 3º Mundo, obviamente que a tal situação tem ocorrência e é notório, sobretudo nas zonas rurais onde a pobreza tem mais impacto. A subnutrição é causada devido a vários factores, dentre os quais: sócio-económico resultantes da pobreza, preconceitos e tabus alimentares, factores biológicos resultam da dieta deficiente em proteínas e factores ambientais ligados ao clima, inundações. Os estágios de deficiência ocorrem quando a ingestão de nutrientes não é balanceada ou equilibrada com os requerimentos nutricionais, para manter uma óptima saúde. E este último factor apontado é muito frequente nas zonas rurais, sobretudo o consumo constante da massa feita da farinha de mandioca. Alias, a mandioca nas algumas zonas rurais da urbe de Nampula é tida como a base de alimentação, resultado da pobreza. A massa feita de farinha de mandioca apresenta aporte de nutrientes inferiores. E este fenómeno torna-se uma preocupação na medida em que actualmente vários estudos já efectuados apontam que a subnutrição afecta cerca de 160 milhões de mães, com mais destaque nas crianças em idade pré-escolar nos países do 3º Mundo, tendo nestas consequências drásticas podendo afectar negativamente no seu desenvolvimento e crescimento. Assim, identificado o problema, a presente pesquisa tem como objectivo geral: Conhecer Influência da Subnutrição no Crescimento e Desenvolvimento das Crianças. Depois da apresentação do principal objectivo desta pesquisa, cumpre-se apresentar a estrutura da mesma. A seguir à introdução, apresenta-se a metodologia a ser usada e finalmente a revisão bibliográfica.
  • 4. 4 1.Tema A Influência da Subnutrição no Crescimento e Desenvolvimento das Crianças. Caso do Posto Administrativo de Rapale-Sede (2009-2012). 2.Problematização Cálculos feitos pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) permitem concluir, que actualmente 2/3 da população mundial sofre os efeitos da Subnutrição. O nosso pais também esta incluso dentro dos países do 3º Mundo, obviamente que a tal situação tem ocorrência e é notório, sobretudo nas zonas rurais onde a pobreza tem mais impacto. A subnutrição é causada devido a vários factores: sócio-económico resultantes da pobreza, preconceitos e tabus alimentares, factores biológicos resultam da dieta deficiente em proteínas e factores ambientais ligados ao clima, inundações. E segundo a dimensão biológica, isto é do corpo individual, o estágio de subnutrição manifesta-se pela insuficiência quantitativa e ou qualitativa do consumo de nutrientes em relação as necessidades nutricionais e quando as reservas nutricionais estão esgotadas. Os estágios de deficiência ocorrem quando a ingestão de nutrientes não é balanceada ou equilibrada com os requerimentos nutricionais, para manter uma óptima saúde. Nas zonas rurais da urbe de Nampula é muito frequente o consumo constante da massa feita da farinha de mandioca. Vale recordar que a mandioca é tida como a base de alimentação, (preconceitos e tabus alimentares). E estudos já efectuados apontam que a massa feita de farinha de mandioca apresenta aporte de nutrientes inferiores, que é de facto uma das causas da subnutrição. E a tal situação torna-se uma preocupação na medida em que actualmente vários estudos já efectuados apontam que a subnutrição afecta cerca de 160 milhões de mães, com mais destaque nas crianças em idade pré-escolar nos países do 3º Mundo, tendo nestas
  • 5. 5 consequências drásticas podendo afectar negativamente no seu desenvolvimento e crescimento. Mas, embora que os estudos reconhecem que uma das causas da subnutrição seja factores sócio-económico resultantes da pobreza, como também preconceitos e tabus alimentares, factores biológicos resultam da dieta deficiente em proteínas a mandioca é produzida como também é consumida constantemente a massa feita por esta farinha, isto nas zonas rurais da nossa urbe, desconhecendo talvez da suas consequências. Assim sendo, levanta-se a seguinte questão: Qual é Influência da Subnutrição no Crescimento e Desenvolvimento das Crianças do Posto Administrativo de Rapale-Sede? 3. Hipóteses A presente pesquisa apresenta como prováveis respostas ao problema levantado as seguintes: 3.1. As crianças que sofrem da subnutrição têm apresentado problemas relacionados com crescimento e desenvolvimento físico e mental. 3.2. As crianças que sofrem de subnutrição desenvolvem muitos problemas de aprendizagem ao longo da vida, dos quais as dificuldades na compreensão são mais frequentes. 4. Justificativa A pesquisadora é natural e residente na cidade de Nampula. E os meus pais, tem uma quinta na zona de Rapale, em que tem sido usado em alguns momentos para a prática de agricultura. Alias, é frequente nos finais de semanas deslocarmos para aquela zona, e numa das viagens realizada, a pesquisadora tomou em contacto com o fenómeno ora em estudo. E dados anunciados pela FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) aponta, que a subnutrição afecta cerca de 160 milhões de mães e as crianças em idade pré-escolar nos países do 3º Mundo. E Moçambique faz parte dos países do 3º Mundo, ainda no seu processo de desenvolvimento obviamente que a tal situação tem ocorrência e é notório, sobretudo nas zonas rurais onde a Mandioca é tida como a base da alimentação.
  • 6. 6 Assim, diante desta situação, a pesquisadora sentiu a necessidade de fazer uma abordagem acerca da Influência da Subnutrição no Crescimento e Desenvolvimento das Crianças, sobretudo do Posto Administrativo de Rapale-Sede. Portanto, com este projecto espera-se que venha contribuir para um despertar por parte dos nutricionistas sobre a necessidade de divulgação de informações o quanto é fatal principal para as crianças o consumo constante da massa feita pela farinha de mandioca. 5. Objectivos 5.1. Objectivo Geral Conhecer Influência da Subnutrição no Crescimento e Desenvolvimento das Crianças do Posto Administrativo do Rapale-Sede. 5.2. Objectivos Específicos • Identificar as principais causas da subnutrição das crianças do Posto Administrativo de Rapale-Sede. • Caracterizar os tipos de subnutrição mas frequente das crianças do Posto Administrativo de Rapale-Sede. • Sugerir mecanismo para a redução da subnutrição das crianças do Posto Administrativo de Rapale-Sede. 6. Metodologia De acordo com os estudos de RICHARDSON (1999: 22) método “é o caminho ou a maneira para se chegar a um determinado fim ou objectivo.” A metodologia é uma das etapas que integra o planeamento da pesquisa. Ela consiste na indicação dos métodos a serem utilizados na pesquisa, na definição de tipo de pesquisa, da população (Universo da Pesquisa), amostragem, os instrumentos da colheita de dados e forma como são tabulados e analisar os resultados. E de modo a atingir os objectivos propostos, um conjunto de procedimentos metodológicos e técnicas de colecta de dados serão envolvidos. Servindo-se da pesquisa qualitativa, a
  • 7. 7 pesquisadora incidirá a sua pesquisa sobre os nutricionistas do hospital rural de Anchilo, membros da comunidade e estrutura local. Quanto ao método de abordagem, a pesquisa irá privilegiar o Método Dedutivo, que a parti de um conhecimento geral irá aplicar no caso particular e, como instrumentos de recolhas de dados, a pesquisa adoptará: a Entrevista semi-estruturada, Observação e a revisão bibliográfica. 6.1. Técnicas de Pesquisa 6.1.1. Entrevista Para MARCONI e LAKATOS (2004:92) a “entrevista é um encontro entre duas pessoas a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional”. Este instrumento se utiliza na investigação social para a colecta de dados ou para ajudar no diagnóstico ou tratamento de um problema social. Nesse sentido, a pesquisa privilegiará a entrevista semi-estruturada, com a finalidade de apreender melhor os sentimentos e opiniões dos entrevistados. A entrevista não estruturada constitui uma técnica poderosa para detectar atitudes, motivações e opiniões, permitindo recolher dos entrevistados o que eles consideram como aspectos relevantes de um determinado problema, (RICHARDSON, 1999:208-212). Deste modo, por meio da conversa guiada, o pesquisador pretende obter informações que justificam a ocorrência do fenómeno no Posto Administrativo de Rapale. 6.1.2. Observação Segundo MARCONI e LAKATOS (2004:275) a “observação é uma técnica de colecta de dados para conseguir informações utilizando os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade.” Mas, alguns autores consideram a observação como um dos métodos mais antigos empregue nas ciências sociais. Entretanto, com o passar do tempo, ela revela-se imprescindível e de extrema importância, porque possibilita um grau elevado de precisão nos estudos em ciências sociais.
  • 8. 8 A pesquisa irá privilegiar a observação directa porque permitirá verificar no Posto Administrativo de Rapale alguns aspectos inerentes a ocorrência ou não do fenómeno em estudo. 6.1.3. Questionário Para RICHARDSON (1999:189) o questionário “é uma entrevista estruturada e cumpre pelo menos duas funções: descrever as características e medir determinadas variáveis de um grupo social”. O mesmo autor, acresce-se uma terceira função ao questionário: medir as variáveis individuais ou do grupo. Mas, apesar de existir três categorias de questionários (perguntas abertas, fechadas e mistas), ao longo da pesquisa privilegiar-se-á o Questionário de Perguntas Abertas, porque tudo indica que permitirá ao entrevistado responder com mais liberdade. 6.2. Tipo de Pesquisa A pesquisa é qualitativa, pois segundo RICHARDSON (2008: 90): É uma tentativa de compreender os significados e as características situacionais apresentados pelos entrevistados, em lugar da promoção de medidas quantitativas comportamentais, analisando os fenómenos para além de explicar as razões dos factos. 6.3. Universo e Amostra 6.3.1. Universo ou População População é o conjunto de elementos que possuem determinadas características. Usualmente, fala-se em população ao se referir a todos os habitantes de determinado lugar ou o conjunto de indivíduos que trabalham em um mesmo lugar ou ainda os alunos matriculados em uma certa universidade, etc, (RICHARDSON, 1999:157). Deste modo, a população da pesquisa depende do tema ou assunto a ser abordado. No entanto, constitui universo da presente pesquisa a comunidade do Posto Administrativo de Rapale.
  • 9. 9 6.3.2. Amostra Cada unidade ou membro de uma população, ou universo, denomina-se elemento, e quando se toma certo número de elementos para averiguar algo sobre a população a que pertencem, fala- se de amostra. Portanto, define-se amostra como qualquer subconjunto do conjunto universal ou da população, (Idem). A amostra determina os elementos que serão pesquisados, isto é, a porção ou parcela do universo, que realmente será submetida à verificação. Para tal, serão inquiridos: o director do Posto de Saúde de Rapale-Sede e nove enfermeiras respectivamente. E serão igualmente entrevistados 30 membros da comunidade e seis membros da autoridade local, totalizando 46 elementos da população em estudo. 7. Revisão Bibliográfica Estudos feitos por vários autores, inerente a Influência da Subnutrição no Crescimento e Desenvolvimento das Crianças, apontam que: Segundo GUZMAN (2002: 32) a subnutrição: É o estado de desnutrição devido a um aporte insuficiente de nutrientes ou também o estado mórbido secundário de anormalidade a uma deficiência, relativo ou absoluto de um ou mais nutrientes essenciais, que se manifesta clinicamente ou é detectado por meio de testes bioquímicos, topográficos ou fisiológicos. A subnutrição afecta principalmente crianças, tendo nestas consequências drásticas podendo afectar negativamente no seu desenvolvimento e crescimento. No entanto, as crianças que sofrem de subnutrição desenvolvem muitos problemas de aprendizagem ao longo da vida, dos quais as dificuldades na compreensão são mais frequentes.
  • 10. 10 De acordo com MAHAN (2005: 54) nas crianças a subnutrição afecta “o crescimento e desenvolvimento físico e mental, e o estado geral da saúde da criança incluindo a eventual predisposição para o desenvolvimento de doenças agudas ou crónicas.” A subnutrição aumenta o risco de mórbidas e mortalidade incluindo maior tempo de hospitalização, menor capacidade de defesa imune, maior risco de infecção e sépsis, maior possibilidade de cicatrização inadequada, maior possibilidade de dependência de respirador após anestesia, maior risco de descompensação cardíaca e renal, maior risco de arritmias e morte súbita. A subnutrição produz alterações funcionais e morfológicas em, virtualmente todos os órgãos. A gravidade da disfunção depende da parte do gasto energético e da taxa da renovação celular do determinado tecido. Nesse aspecto o sistema imune e o trato gástrico intraintestinal são os mais vulneráveis, (Ibid., p. 56) Para MAGNONI (2002: 34) o efeito mais proeminente da ingestão da energia é a: Incapacidade de crescimento e desenvolvimento normais. A consequência mais danosa é a disfunção do sistema imune, que predispõe a criança a infecções oportunistas e prejudica a sua capacidade de reagir adequadamente a doenças como gastroenterite aguda, pneumonia e sarampo, as principais causas de morte em crianças subnutrida. Portanto, podemos afirmar que a ingestão alimentar deficiente causa redução da glicemia e aminoácidos livres no plasma que por sua vez, reduz a secreção de insulina e aumenta a de glucagon. Provoca também a libertação de epinefrina, a qual reduz ainda mais a secreção de insulina. E em virtude dos baixos níveis de glicemia, do fígado deixa de remover a glicose da circulação sanguínea. Assim, à medida que diminui os níveis de glicose, o fígado passa a produzir glicose a partir do glicogénio hepático, muscular e dos precursores neoglicogénicos, como lactato, glicerol e aminoácidos principalmente alanina e glutamina.
  • 11. 11 O lactato que provém da musculatura esquelética, Hemácias e medula óssea é convertido em glicose no fígado pelo ciclo de Cori. Estes processos causam redução da massa muscular comprometendo o crescimento, (Ibid., 36). Desta forma, estima-se que cerca de dois terços de morte em crianças estão directamente associadas a deficiências nutricionais. Para tal, a maneira comum de considerar a subnutrição é o peso corporal em consequência é frequente o uso de termos como: abaixo do peso e a subalimentação como sinónimo. Segundo GUZMAN (2002: 35) a subnutrição é causada por: Um aporte de nutrientes inferior ao suprimento adequado, relacionado em sua maior parte ao aporte de energia, isso levou ao uso do termo deficiência energética associada ao declínio corporal e crónica, quando ocorre durante um longo período, de modo que o peso corporal nos meses antecedentes possa ser baixo porém estável. Os estágios de deficiência ocorrem quando a ingestão de nutrientes não é balanceada ou equilibrada com os requerimentos nutricionais, para manter uma óptima saúde. Segundo a dimensão biológica, isto é do corpo individual, o estágio de subnutrição manifesta- se pela insuficiência quantitativa e ou qualitativa do consumo de nutrientes em relação as necessidades nutricionais e quando as reservas nutricionais estão esgotadas1 . Se por um lado, as orientações medicinais apontam que a subnutrição é causada por um aporte de nutrientes inferior ao suprimento adequado, relacionado em sua maior parte ao aporte de energia, contudo torna-se necessário difundir informações o quanto é fatal principal para as crianças o consumo constante da massa feita pela farinha de mandioca. 1 A Subnutrição nas Crianças nos Países do 3º Mundo. Relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), 2012. [online] Disponível na Internet via www.a subnutricao nas criancas nos paises do 3º mundo.com, Arquivo capturado em Agosto de 2012.
  • 12. 12 8. Cronograma De acordo GIL (1999:112), “a elaboração do Cronograma responde a pergunta quando e em quanto tempo? A pesquisa deve ser dividida em partes, fazendo-se a previsão do tempo necessário para passar de uma fase a outra.” Deste modo, nesta parte do projecto indica-se o tempo necessário para o desenvolvimento de cada uma das etapas da pesquisa. Actividades Período/Meses Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Levantamento da literatura X Elaboração do Projecto X Colecta de dados X X Tratamento de dados X X Redacção do Trabalho X Revisão do Texto X Entrega do Trabalho Final X Fonte: Adaptada pela Autora 9. Orçamento Para MARCONI e LAKATOS (2004:54),“o custo de um projecto ou orçamento consiste numa resposta a questão quanto? O orçamento distribui os gastos por vários, itens, que devem necessariamente ser separados.” Assim, para a materialização da presente pesquisa apresenta-se o seguinte orçamento: Ord. Material Quantidade Valor por unidade Valor Total 01 Resma 2 110, 00 Mts 220, 00 Mts 02 Esferográfica 6 5, 00Mts 30, 00 Mts 03 Digitação ------- --------- 3 000 Mts
  • 13. 13 04 Impressão ------- -------- 1 000 Mts 05 Revisão Linguística ------- --------- 5 000 Mts 06 Imprevistos ------- -------- 5 000 Mts Total 8 115, 00 Mts 5 250, 00 Mts Fonte: Adaptada pela Autora Referência Bibliográfica GUZMAN, Isabel. Modelo 5 Nutrição Clínica. Maputo, Moçambique. 2002. GIL, António Carlos. Como Elaborar Projectos de Pesquisa. 4ª ed. Atlas. São Paulo, 1999. MARCONI, Maria Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia Científica. 4ª ed. Atlas, São Paulo, 2004.
  • 14. 14 MAGNONI, Daniel, CELSO, Cukier. Perguntas e Respostas em Nutrição Clínica. 2ª Edição, Roca. São Paulo, Brasil. MAHAN, Kathleen, SYLVIA E. Stump. Alimentos, Nutrição e Dietóterapia. 11ª Edição, Roca. São Paulo, Brasil. 2005. RICHARDSON, Roberto Jarry & Colaboradores. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3ª ed. Atlas, São Paulo, 1999. A Subnutrição nas Crianças nos Países do 3º Mundo. Relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), 2012. [online] Disponível na Internet via www.a subnutricao nas criancas nos paises do 3º mundo.com, Arquivo capturado em Agosto de 2012. KHAN, S. Gonçalves, HELENA, Stappers. Modulo 3 Metabolismo Energético e Necessidades Nutricionais. 3ª Edição. Maputo, Moçambique. 2003.