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Educação – Proposta 04

O novo PNE – mais ousadia para educação superior
O Plano Nacional de Educação, lançado em dezembro de 2010 a partir dos debates da CONAE,
buscou elencar as diretrizes e metas para a educação até 2020. O PNE será votado no
Congresso Nacional e é tarefa do movimento estudantil, de forma unitária com outros
movimentos educacionais, apresentar emendas e disputar a melhoria do plano.

A UNE tem como marca a defesa da educação publica brasileira. Dedicou grande parte de suas
energias na construção de propostas para transformar a universidade brasileira e colocá-la a
serviço de toda sociedade. Em especial no último período, investiu decisivamente na
construção do seu Projeto de Universidade aprovado no 12º Coneb de Salvador e participou de
forma protagonista na organização e na aprovação de resoluções vitoriosas da Conferência
Nacional de educação. Tais ações impõem à entidade a tarefa de participar e propor avanços
na discussão do PNE e das metas do estado brasileiro nos próximos 10 anos.

Algumas características mais gerais de plano precisam ser compreendidas antes de apontar
perspectivas para o ensino superior. O novo PNE aponta uma prioridade de esforços para a
educação básica em todos os níveis. Desta maneira, induz todo o sistema educacional,
incluindo as universidades, para o desafio de qualificar e atuar para a melhoria da educação
básica pública no país. Desta maneira, a referência ao ensino superior tem recorte claro na
necessidade de se qualificar e fortalecer os cursos de licenciatura como forma de qualificar o
corpo docente de toda a rede.

Segunda característica é a valorização da relação educação e mundo do trabalho, ou seja,
educação entrelaçada com o projeto de desenvolvimento econômico-social do país. Essa
diretriz deve ter consequência desde a reformulação do ensino médio, de forma a torná-lo
mais atrativo e funcional para a juventude, até a garantia da permanência da juventude nesta
modalidade de ensino, diminuindo as altas taxas de evasão existentes hoje e impedindo a
entrada precoce e precária da juventude no mundo do trabalho.

Por fim, suas metas apontam no sentido da ampliação do acesso a educação pública com
qualidade em todos os níveis. A busca da qualidade da educação, através da valorização dos
profissionais da educação e do fortalecimento de mecanismos como o SINAES, e as metas de
ampliação do acesso a educação, como universalização do ensino médio e a meta de se
incorporar 33% da juventude de 18 a 24 no ensino superior e a valorização da carreira do
magistério, são sinalizações fundamentais para os desafios brasileiros.

Esse breve balanço deve servir para posicionar melhor nossas contribuições ao PNE.
Acreditamos que o fato do plano estar, corretamente, voltado para a melhoria da educação
básica no Brasil, reforça a importância de que não descuidemos dos outros níveis da educação.
As metas referentes ao ensino superior, embora algumas ousadas, apresentam pouca
definição sobre as estratégias para implementá-las. Nesse sentido, entendemos que a
Universidade cumpre papel fundamental na articulação do Sistema Nacional de Educação,
inclusive, desempenhando a importante tarefa de formação de professores.

No caso do ensino pago, precisamos lutar pela incorporação de mais elementos que sinalizem
no sentido da regulação e do controle da qualidade. Hoje 74,9% das matrículas se encontram
no setor privado da educação. São milhares de estudantes convivendo, na maioria das
universidades, com ensino de baixa qualidade, sem garantia de políticas de pesquisa e
extensão, abusos e desrespeitos constantes, como no caso dos aumentos descontrolados das
mensalidades. Regulamentar e colocar sobre a égide do estado tal setor do ensino superior,
tendo como objetivo fundamental a reversão da discrepância das matrículas com o setor
público é tarefa importante colocada ao próximo Plano Nacional de Educação.

Fato bastante negativo e que será alvo principal da disputa que o movimento estudantil
deverá travar é a questão do financiamento. O PNE propõe 7% do PIB para a educação como
meta, quando a bandeira histórica de todo o movimento educacional é de progressivamente
atingir o investimento de 10%. Os 50% do Fundo Social do Pré-Sal aplicados na educação,
vetados recentemente, seriam um importante passo no alcance do patamar de 10% do PIB.
Defenderemos a reincorporação dessa bandeira no plano. Assim, iremos as ruas nos dias 21 a
25 de março de 2011 em uma grande Jornada de Lutas Nacional capaz de unir alunos,
professores e movimentos sociais em defesa de uma educação à altura das necessidades deste
novo Brasil que tenha como centro a bandeira de 10% do PIB para a Educação e 50% do Pré-
Sal para a Educação.

Assim defendemos:
     Ampliar progressivamente o investimento público em educação, iniciando com a
       aplicação de 7% PIB de forma imediata e 10% do PIB até 2014;
     Destinar 50% do Fundo Social do Pré-sal para a educação;
     Plano de ampliação das públicas, com metas permanentes de ampliação de 5 em 5
       anos contribuindo para a meta de chegar em 2020, com 40% dos jovens de 18 a 24
       anos no ensino superior, sendo 60% da oferta de vaga nas instituições públicas como
       aprovado na resolução da CONAE;
     Destinar 1,5% do orçamento global do MEC para o Plano Nacional de Assistência
       Estudantil, além de assegurar 14% dos orçamentos de cada universidade pública para
       a rubrica de Assistência Estudantil;
    Constituir de um fundo garantidor do FIES de forma a dispensar progressivamente a
       exigência de fiador até 2014;
    Adotar políticas afirmativas, na forma de lei, como o PL 73/99 da Reserva de Vagas
       para estudantes de escolas públicas;
      Aprimorar o ENEM em constante diálogo com universidades, entidades do movimento
       educacional e governo;
      Garantir que o ensino médio neste novo PNE seja para o aprofundamento da
       qualidade da educação, focada na formação emancipatória e cidadã, garantindo da
       ponte entre educação médio-superior;
    Ampliar a oferta de vagas em programas de pesquisa e extensão na graduação;
       fortalecendo o laço indissociável entre ensino, pesquisa e extensão;
    Proibir a circulação do capital estrangeiro nas universidades como forma de garantir
       qualidade e soberania sobre a educação brasileira;
      Estabelecer piso de 1/3 do corpo docente funcione em regime de dedicação exclusiva,
       com 40 horas semanais como forma de assegurar a qualidade;
      Ampliar pós-graduação stricto sensu;
    Estabelecer regime de colaboração para o ensino superior entre União, Estados e
       municípios para formação de professores. Ampliar esta parceria para outras esferas,
       possibilitando investimentos federais nas universidades estaduais que constituem
       grande número pelo país;
 Promover expansão e reestruturação das universidades estaduais, a partir de
    complementação orçamentária do governo federal, de maneira a garantir a possibilitar
    a formação de profissionais, não somente nas licenciaturas, mas em todas as áreas do
    conhecimento, por todo território brasileiro;
 Garantir a democratização da universidade brasileira, aprovando a composição
    paritária dos espaços de decisão das instituições, como os conselhos universitários, e a
    eleição direta para Reitor tanto no setor público como no privado;
 Aprovar a obrigatoriedade de fato do ensino médio brasileiro, corrigindo a defasagem
    serie-idade, e combatendo a evasão escolar com políticas de assistência estudantil e
    com a ampliação de programas como Bolsa Família, Projovem, transporte e merenda
    escolar aos estudantes desta modalidade de ensino;
   Promover a universalização da educação infantil de 0 a 3 anos na modalidade integral,
    extinguindo progressivamente o atendimento por meio de instituições conveniadas e
    garantindo aporte federal para ampliação e reforma de escolas e custeio com pessoal,
    assegurando seu atendimento por profissionais com nível superior e garantia de
    formação continuada;

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  • 1. Educação – Proposta 04 O novo PNE – mais ousadia para educação superior O Plano Nacional de Educação, lançado em dezembro de 2010 a partir dos debates da CONAE, buscou elencar as diretrizes e metas para a educação até 2020. O PNE será votado no Congresso Nacional e é tarefa do movimento estudantil, de forma unitária com outros movimentos educacionais, apresentar emendas e disputar a melhoria do plano. A UNE tem como marca a defesa da educação publica brasileira. Dedicou grande parte de suas energias na construção de propostas para transformar a universidade brasileira e colocá-la a serviço de toda sociedade. Em especial no último período, investiu decisivamente na construção do seu Projeto de Universidade aprovado no 12º Coneb de Salvador e participou de forma protagonista na organização e na aprovação de resoluções vitoriosas da Conferência Nacional de educação. Tais ações impõem à entidade a tarefa de participar e propor avanços na discussão do PNE e das metas do estado brasileiro nos próximos 10 anos. Algumas características mais gerais de plano precisam ser compreendidas antes de apontar perspectivas para o ensino superior. O novo PNE aponta uma prioridade de esforços para a educação básica em todos os níveis. Desta maneira, induz todo o sistema educacional, incluindo as universidades, para o desafio de qualificar e atuar para a melhoria da educação básica pública no país. Desta maneira, a referência ao ensino superior tem recorte claro na necessidade de se qualificar e fortalecer os cursos de licenciatura como forma de qualificar o corpo docente de toda a rede. Segunda característica é a valorização da relação educação e mundo do trabalho, ou seja, educação entrelaçada com o projeto de desenvolvimento econômico-social do país. Essa diretriz deve ter consequência desde a reformulação do ensino médio, de forma a torná-lo mais atrativo e funcional para a juventude, até a garantia da permanência da juventude nesta modalidade de ensino, diminuindo as altas taxas de evasão existentes hoje e impedindo a entrada precoce e precária da juventude no mundo do trabalho. Por fim, suas metas apontam no sentido da ampliação do acesso a educação pública com qualidade em todos os níveis. A busca da qualidade da educação, através da valorização dos profissionais da educação e do fortalecimento de mecanismos como o SINAES, e as metas de ampliação do acesso a educação, como universalização do ensino médio e a meta de se incorporar 33% da juventude de 18 a 24 no ensino superior e a valorização da carreira do magistério, são sinalizações fundamentais para os desafios brasileiros. Esse breve balanço deve servir para posicionar melhor nossas contribuições ao PNE. Acreditamos que o fato do plano estar, corretamente, voltado para a melhoria da educação básica no Brasil, reforça a importância de que não descuidemos dos outros níveis da educação. As metas referentes ao ensino superior, embora algumas ousadas, apresentam pouca definição sobre as estratégias para implementá-las. Nesse sentido, entendemos que a Universidade cumpre papel fundamental na articulação do Sistema Nacional de Educação, inclusive, desempenhando a importante tarefa de formação de professores. No caso do ensino pago, precisamos lutar pela incorporação de mais elementos que sinalizem no sentido da regulação e do controle da qualidade. Hoje 74,9% das matrículas se encontram no setor privado da educação. São milhares de estudantes convivendo, na maioria das
  • 2. universidades, com ensino de baixa qualidade, sem garantia de políticas de pesquisa e extensão, abusos e desrespeitos constantes, como no caso dos aumentos descontrolados das mensalidades. Regulamentar e colocar sobre a égide do estado tal setor do ensino superior, tendo como objetivo fundamental a reversão da discrepância das matrículas com o setor público é tarefa importante colocada ao próximo Plano Nacional de Educação. Fato bastante negativo e que será alvo principal da disputa que o movimento estudantil deverá travar é a questão do financiamento. O PNE propõe 7% do PIB para a educação como meta, quando a bandeira histórica de todo o movimento educacional é de progressivamente atingir o investimento de 10%. Os 50% do Fundo Social do Pré-Sal aplicados na educação, vetados recentemente, seriam um importante passo no alcance do patamar de 10% do PIB. Defenderemos a reincorporação dessa bandeira no plano. Assim, iremos as ruas nos dias 21 a 25 de março de 2011 em uma grande Jornada de Lutas Nacional capaz de unir alunos, professores e movimentos sociais em defesa de uma educação à altura das necessidades deste novo Brasil que tenha como centro a bandeira de 10% do PIB para a Educação e 50% do Pré- Sal para a Educação. Assim defendemos:  Ampliar progressivamente o investimento público em educação, iniciando com a aplicação de 7% PIB de forma imediata e 10% do PIB até 2014;  Destinar 50% do Fundo Social do Pré-sal para a educação;  Plano de ampliação das públicas, com metas permanentes de ampliação de 5 em 5 anos contribuindo para a meta de chegar em 2020, com 40% dos jovens de 18 a 24 anos no ensino superior, sendo 60% da oferta de vaga nas instituições públicas como aprovado na resolução da CONAE;  Destinar 1,5% do orçamento global do MEC para o Plano Nacional de Assistência Estudantil, além de assegurar 14% dos orçamentos de cada universidade pública para a rubrica de Assistência Estudantil;  Constituir de um fundo garantidor do FIES de forma a dispensar progressivamente a exigência de fiador até 2014;  Adotar políticas afirmativas, na forma de lei, como o PL 73/99 da Reserva de Vagas para estudantes de escolas públicas;  Aprimorar o ENEM em constante diálogo com universidades, entidades do movimento educacional e governo;  Garantir que o ensino médio neste novo PNE seja para o aprofundamento da qualidade da educação, focada na formação emancipatória e cidadã, garantindo da ponte entre educação médio-superior;  Ampliar a oferta de vagas em programas de pesquisa e extensão na graduação; fortalecendo o laço indissociável entre ensino, pesquisa e extensão;  Proibir a circulação do capital estrangeiro nas universidades como forma de garantir qualidade e soberania sobre a educação brasileira;  Estabelecer piso de 1/3 do corpo docente funcione em regime de dedicação exclusiva, com 40 horas semanais como forma de assegurar a qualidade;  Ampliar pós-graduação stricto sensu;  Estabelecer regime de colaboração para o ensino superior entre União, Estados e municípios para formação de professores. Ampliar esta parceria para outras esferas, possibilitando investimentos federais nas universidades estaduais que constituem grande número pelo país;
  • 3.  Promover expansão e reestruturação das universidades estaduais, a partir de complementação orçamentária do governo federal, de maneira a garantir a possibilitar a formação de profissionais, não somente nas licenciaturas, mas em todas as áreas do conhecimento, por todo território brasileiro;  Garantir a democratização da universidade brasileira, aprovando a composição paritária dos espaços de decisão das instituições, como os conselhos universitários, e a eleição direta para Reitor tanto no setor público como no privado;  Aprovar a obrigatoriedade de fato do ensino médio brasileiro, corrigindo a defasagem serie-idade, e combatendo a evasão escolar com políticas de assistência estudantil e com a ampliação de programas como Bolsa Família, Projovem, transporte e merenda escolar aos estudantes desta modalidade de ensino;  Promover a universalização da educação infantil de 0 a 3 anos na modalidade integral, extinguindo progressivamente o atendimento por meio de instituições conveniadas e garantindo aporte federal para ampliação e reforma de escolas e custeio com pessoal, assegurando seu atendimento por profissionais com nível superior e garantia de formação continuada;