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RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DAS
  ESCOLAS DE TIPOLOGIA HÍBRIDA




             2009-10
ÍNDICE


Introdução                                                   1
1. Actividades                                               2
     1.1. Visitas às escolas                                 2
     1.2. Seminários                                         3
     1.3. Feedback aos planos reformulados                  11
     1.4. Formação                                          12
     1.5. Plataforma Moodle – Espaço das escolas híbridas   12
2. Escolas                                                  14
     2.1. Escola Secundária de Valbom                       14
     2.2. Escola Secundária de Arouca                       15
     2.3. Escola Básica João de Meira                       16
     2.4. Escola Secundária António Nobre                   17
     2.5. Escola Básica Rainha Santa Isabel                 18
     2.6. Escola Secundária da Ramada                       18
     2.7. Escola Básica e Integrada de Miraflores           19
     2.8. Escola Secundária de Sacavém                      20
     2.9. Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro         20
     2.10. Escola Básica de Lagos                           21
3. Meta-avaliação                                           23
    3.1. Sucesso em termos de passagem de ano               23
    3.2. Sucesso na Língua Portuguesa                       24
    3.3. Sucesso na Matemática                              25
    3.4. Sucesso noutras disciplinas                        26
    3.5. Assiduidade e abandono escolar                     26
    3.6. Apoio socioeducativo                               27
4. Reflexão e recomendações                                 29
Anexos                                                      31
Anexo 1 - Calendarização das visitas às escolas             32
Anexo 2 - Resumos das visitas às escolas                    33


                                        i
Anexo 3 - Programa do 1.º seminário                                                49
 Anexo 4 - Lista de presenças no 2.º seminário                                      50
 Anexo 5 - Programa do 2.º seminário                                                53
 Anexo 6 - Feedback dos planos reformulados                                         54
Anexo 7 - Necessidades de formação percepcionadas pelos professores envolvidos      65
Anexo 8 - Sucesso escolar global referente ao ano lectivo 2009/2010                 66
Anexo 9 - Sucesso alcançado na disciplina de Língua Portuguesa, referente ao ano
lectivo 2009/2010                                                                   67
Anexo 10 - Sucesso alcançado na disciplina de Matemática, referente ao ano lecti-
vo 2009/2010                                                                        68
Anexo 11 - Sucesso alcançado nas disciplinas de Língua Estrangeira, referente ao
ano lectivo 2009/2010                                                               69
Anexo 12 - Sucesso alcançado nas disciplinas de História e Geografia de Portugal,
História e Geografia, referente ao ano lectivo 2009/2010                            70
Anexo 13 - Retenção por excesso de faltas e abandono escolar no ano lectivo
2009/2010                                                                           71
Anexo 14 - Apoio socioeducativo no ano escolar 2009/2010                            72




                                        ii
INTRODUÇÃO


    O Instituto de Educação da Universidade de Lisboa foi convidado em Março de
2010 pela Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) a reali-
zar o acompanhamento científico das escolas/agrupamentos de escolas de tipologia
híbrida no âmbito do Programa Mais Sucesso Escolar (PMSE). Fazem parte deste tipo
de tipologia dez escolas localizadas em quatro regiões do país: Norte (DREN), Centro
(DREC), Lisboa e Vale do Tejo (DRELVT) e Algarve (DREALG).
    O acompanhamento científico levado a cabo pelo Instituto de Educação envolveu o
desenvolvimento de um plano de apoio do projecto dos agrupamentos de esco-
las/escolas, a realização de visitas às escolas envolvidas, com elaboração de um diário
de bordo de cada visita, o feedback aos materiais produzidos pelas esco-
las/agrupamentos de escolas, a realização de seminários, a facilitação de informação
científica e pedagógica e a apresentação de propostas de formação.
    O presente relatório descreve o trabalho desenvolvido com essas esco-
las/agrupamentos, estando organizado em três secções principais. A primeira corres-
ponde às actividades desenvolvidas pelo Instituto de Educação, referindo as visitas às
escolas, os seminários, o feedback aos planos reformulados, a formação e a criação de
um espaço de trabalho na plataforma Moodle do Instituto de Educação. A segunda diz
respeito às escolas/agrupamentos, apresentando para cada uma os aspectos que conside-
ramos mais relevantes. A terceira refere-se à meta-avaliação, procedendo-se a uma aná-
lise das taxas de sucesso alcançadas no 3.º período por cada escola/agrupamento, da
assiduidade e do abandono escolar dos alunos, e das taxas de apoio socioeducativo, no
ano lectivo de 2009/10. Finalmente, o relatório encerra com diversas considerações
finais e recomendações.
    No período a que respeita este relatório, a equipa do Instituto de Educação que
intervém neste projecto é constituída por João Pedro da Ponte (coordenador), Carolina
Gonçalves, Cláudia Nunes, Margarida Belchior, Mónica Baptista e Otília Sousa.




                                           1
1. Actividades


   Nesta secção descrevem-se as actividades que o Instituto de Educação da Universi-
dade de Lisboa levou a cabo no âmbito do Programa Mais Sucesso Escolar – Escolas
Híbridas.


   1.1. Visitas às escolas


   A equipa do Instituto de Educação visitou entre os meses de Abril e Junho de 2010
as escolas/agrupamentos de tipologia híbrida, efectuando o acompanhamento científico
e pedagógico do respectivo projecto. Em cada Escola/Agrupamento estas visitas con-
templaram três momentos distintos: (i) uma reunião com a coordenação do projecto, (ii)
uma reunião com os professores de uma das turmas envolvidas (se possível todos os
elementos do conselho de turma) e (iii) a observação de situações típicas do trabalho de
intervenção em curso. A calendarização das visitas e o modo como os três momentos
foram distribuídos em cada escola encontram-se no Anexo 1. A Equipa do Instituto de
Educação foi apresentada e acompanhada em cada escola por um elemento representan-
te da respectiva Direcção Regional de Educação e por um elemento da DGIDC.
   As reuniões com a coordenação do projecto visaram conhecer a equipa de coordena-
ção e o modo como as tarefas se encontravam distribuídas, analisar o trabalho de inter-
venção que estava a ser desenvolvido, discutir as dificuldades na sua condução e conhe-
cer as necessidades de formação dos professores.
   As reuniões com os professores de uma das turmas envolvidas tinham como objec-
tivo compreender o percurso da turma ao longo do ano lectivo, as dificuldades identifi-
cadas pelos professores das diversas disciplinas, a articulação entre a coordenação do
projecto e os professores da turma. Pretendia-se também discutir a actuação futura a
realizar com a turma, dando especial atenção às dinâmicas de trabalho colaborativo a
fomentar para o desenvolvimento do projecto.
   Durante a observação de situações do trabalho de intervenção assistimos a aulas
e/ou actividades realizadas noutros espaços de ensino e de aprendizagem considerados
pelas escolas/agrupamentos de escolas como situações típicas do seu projecto. Após a

                                           2
observação, realizámos uma reflexão conjunta sobre o trabalho de intervenção que esta-
va a ser desenvolvido e a sua contribuição para a promoção de boas práticas.
   No final de cada visita às escolas/agrupamentos de tipologia híbrida elaborámos um
diário de bordo. Este foi constituído por duas componentes principais, uma descritiva e
outra reflexiva. Na componente descritiva procedemos à identificação da escola, ao
registo da data e duração da visita, à descrição dos trabalhos de intervenção observados,
da reunião com coordenação do projecto e da reunião com os professores de uma turma
envolvida no projecto. Pelo seu lado, na componente reflexiva incluímos aspectos
como: modo de trabalho da coordenação do projecto e estilo de liderança; articulação
entre a coordenação do projecto e outros actores; actividades de intervenção que estão a
ser desenvolvidas (aspectos interessantes e aspectos problemáticos); práticas de ensino
dos professores (tarefas que propõem na sala de aula, modo como conduzem a comuni-
cação, objectivos curriculares e competências a que dão prioridade, instrumentos e
materiais utilizados, momentos de regulação do trabalho e papel dos alunos; papéis
assumidos pelos professores que se relacionam com o projecto); papéis assumidos por
outros actores (psicólogo, mediador, etc.) que se relacionam com o projecto; e relações
entre o projecto e as famílias. Os resumos das visitas às escolas, feitos a partir dos diá-
rios de bordo, encontram-se no Anexo 2.



   1.2. Seminários


   No âmbito do PMSE – Escolas Híbridas realizaram-se dois seminários. O primeiro
seminário teve lugar no dia 12 de Março de 2010 e foi organizado pela DGIDC. Este
seminário representou o primeiro contacto da equipa do Instituto de Educação com as
escolas de tipologia híbrida. O seminário iniciou-se com a apresentação, por parte dos
responsáveis da DGIDC, das linhas gerais do PMSE e a caracterização geral dos projec-
tos das escolas/agrupamentos de escolas que adoptaram esta tipologia. Após este
momento, cada escola dispôs de quinze minutos para apresentar o seu projecto, referin-
do os anos de escolaridade contratualizados, as disciplinas envolvidas, as estratégias
organizacionais utilizadas e as taxas de sucesso referentes ao 1.º período lectivo, compa-
rando com a média dos últimos quatro anos.


                                            3
Em seguida, tendo em vista compreender os projectos que cada escola se encontrava
a desenvolver, em relação a cada intervenção, a equipa do Instituto de Educação colo-
cou algumas questões relacionadas com a liderança e coordenação do projecto, as práti-
cas dos professores, o modo como os professores envolvidos se organizavam, o envol-
vimento dos encarregados de educação e as estratégias organizacionais adoptadas. No
Anexo 3 encontra-se o programa deste primeiro seminário.
   O segundo seminário realizou-se no dia 6 de Julho de 2010 no Instituto de Educa-
ção, tendo sido organizado por esta instituição. Estiveram presentes a Directora-Geral
da DGIDC, outros responsáveis da DGIDC, o co-coordenador do PMSE, representantes
da DRELVT, DREALG, DREC e DREN, e vários professores e técnicos das escolas
envolvidas. A folha de presenças encontra-se no Anexo 4.
   O seminário teve início às 9h30 com a intervenção da Directora-Geral da DGIDC,
Drª Alexandra Marques, seguindo-se a intervenção do co-coordenador do PMSE e
Director-Geral da DREA, Professor Doutor José Verdasca, e a intervenção do Director
do Instituto de Educação e coordenador da respectiva equipa, Professor Doutor João
Pedro da Ponte. A Directora-Geral da DGIDC agradeceu ao Instituto de Educação por
ter aceite o convite para acompanhar cientificamente os projectos das escolas de tipolo-
gia híbrida, considerando que foram dadas as condições necessárias para as estas atingi-
rem as metas a que se propuseram. Informou, ainda, que a DGIDC e o Ministério da
Educação continuam empenhados em dar continuidade ao PMSE. Além disso, mencio-
nou que as escolas tipologia híbrida têm um desafio mais forte que os projectos Turma
Mais e Fénix, uma vez que têm uma maior diversidade de propostas de trabalho, consti-
tuindo o seminário um bom momento para a troca de experiências. O co-coordenador do
PMSE, na sua intervenção, referiu que os projectos de tipologia híbrida têm de “abrir
um caminho”, existindo “uma descoberta diária” que pode servir de modelo para outras
escolas. Finalmente, o Director do Instituto de Educação situou o desenvolvimento do
projecto e explicou o propósito e modo de funcionamento do seminário.
    Após este momento, deu-se início à Mesa-Redonda 1, intitulada “Parceria esco-
la-família: Estratégias para o envolvimento dos encarregados de educação na promoção
do sucesso dos alunos”. Esta primeira mesa redonda foi dinamizada pelo Professor João
Pedro da Ponte e nela participaram representantes das escolas Secundária de Valbom,



                                           4
Secundária de Sacavém e Básica de Lagos. Cada escola, em cerca de quinze minutos,
apresentou o trabalho desenvolvido no âmbito do tema escola-família.
       A coordenadora do projecto da Escola Secundária de Valbom mencionou que a
generalidade dos encarregados de educação é pouco escolarizada e participativa e valo-
riza pouco a escola. Informou, ainda, que alguns encarregados de educação participam
nos órgãos de gestão da escola, na associação de pais, nas reuniões de entrega das ava-
liações e nas actividades abertas à comunidade. Para aumentar a participação dos encar-
regados de educação na vida escolar, a escola delineou várias estratégias, como: (i) a
apresentação do PMSE aos encarregados de educação em Setembro de 2009; (ii) a pro-
moção de tarefas que permitem o envolvimento dos encarregados de educação; e (iii) o
estabelecimento de parcerias com a Câmara Municipal, que entretanto disponibilizou
um psicólogo e uma assistente social que trabalham com as famílias. Para além disso, a
coordenadora referiu diversas acções empreendidas, mencionou os recursos e estruturas
organizativas internas e externas à escola mobilizadas, realizou um balanço positivo das
acções realizadas e indicou como pensam continuar no próximo ano os projectos relati-
vamente a este campo.
       A professora de Língua Portuguesa e directora de uma das turmas intervencionadas
da Escola Secundária de Sacavém começou por caracterizar os encarregados de educa-
ção e apresentar as dificuldades com que a equipa do projecto se tem deparado na rela-
ção escola-família. Em seguida, a professora mencionou as estratégias usadas para
ultrapassar essas dificuldades, nomeadamente a recepção dos encarregados de educação
no início do ano; a promoção do dia do diploma para todos os anos; a distribuição de
convites para actividades culturais e para assistir a trabalhos dos respectivos educandos;
e a realização da feira gastronómica com bolos confeccionados pelos pais. A professora
de História continuou a apresentação focando as acções efectuadas, onde se enquadra-
ram as parcerias com outras entidades, como, por exemplo, o projecto Esperança, o
Banco Alimentar contra a Fome, e as acções de formação parental. Referiu, também, os
recursos e as estruturas organizativas mobilizadas e indicou o que pensa a equipa
melhorar no próximo ano lectivo, embora no quadro de uma grande incerteza provocado
pela     mudança    organizativa   iminente       resultante   da   sua   integração   num
mega-agrupamento.



                                              5
A psicóloga que acompanha os alunos envolvidos no PMSE da Escola Básica de
Lagos, referiu que os principais problemas detectados na relação escola-encarregados de
educação foram a falta de acompanhamento da vida escolar por parte das famílias e as
baixas expectativas destas em relação ao percurso escolar dos alunos. Para ultrapassar
essas dificuldades a equipa do projecto desta escola definiu como estratégias o reforço
do contacto com os encarregados de educação; o acolhimento e acompanhamento dos
encarregados de educação por parte de uma equipa multidisciplinar, constituída por psi-
cóloga, socióloga e director de turma; a promoção de uma visão alargada do futuro per-
curso escolar de cada aluno; e a apresentação da escola como estrutura integrada na e da
sociedade, com meios e recursos que não se esgotam na educação escolar. De seguida, a
psicóloga mencionou as principais acções empreendidas, realizou um balanço positivo
das acções desenvolvidas e apresentou diversas iniciativas futuras. Em relação a este
último ponto, a psicóloga referiu que no próximo ano lectivo a coordenação do projecto
pretende manter as acções já empreendidas e colocar outras em prática, como por
exemplo a dinamização de uma acção de formação dirigida aos encarregados de educa-
ção; a programação de actividades visando envolver os encarregados de educação; a
promoção do contacto directo de cada elemento do conselho de turma com os encarre-
gados de educação; e a divulgação dos trabalhos dos alunos junto das famílias e da
comunidade escolar.
    Após estas intervenções iniciais, seguiu-se um período de discussão. O Professor
João Pedro da Ponte indicou que as Escolas Secundárias de Sacavém e de Valbom
tinham dado ênfase a duas dimensões complementares. A primeira relaciona-se com o
estabelecimento de relações entre a escola e a comunidade, procurando envolver os
encarregados de educação. Trata-se de uma dimensão que permite construir um projecto
que extravasa a actividade usual da própria escola. A segunda refere-se a uma perspec-
tiva mais centrada na prevenção e resolução de problemas de casos específicos. Comen-
tou, ainda, que a apresentação a Escola Básica de Lagos contemplava a segunda dimen-
são, mas poderia avançar com mais iniciativas relativas ao envolvimento efectivo, em
termos educativos, dos encarregados de educação. Nas intervenções seguintes, discu-
tiu-se a importância deste envolvimento, o papel que os encarregados de educação
podem assumir com os seus educandos e a relação entre a escolaridade dos encarrega-
dos de educação e o sucesso dos alunos.

                                           6
A Mesa-Redonda 2 teve início às 11h40, foi moderada por Mónica Baptista e nela
participaram as escolas Básica de João de Meira (de Guimarães), Básica Rainha Santa
Isabel (de Leiria) e o agrupamento de escolas D. Joana de Castro (da Lourinhã). Cada
escola dispôs quinze minutos para apresentar o trabalho desenvolvido no âmbito do
tema “É possível a mudança curricular dentro da sala de aula?”
    A apresentação da Escola Básica de João de Meira centrou-se na descrição do tra-
balho desenvolvido nas aulas de Língua Portuguesa. A professora da disciplina mencio-
nou que propôs aos alunos a realização de um “trabalho do mês”, visando o desenvol-
vimento da oralidade e da escrita. Durante a apresentação, a professora descreveu vários
trabalhos do mês desenvolvidos pelos alunos, como, por exemplo, solicitar aos alunos
que seleccionassem uma imagem e escolhessem uma frase que se adequasse a essa ima-
gem.
    De seguida, a coordenadora do projecto da Escola Básica Rainha Santa Isabel refe-
riu as principais dificuldades dos alunos, nomeadamente a nível da concentração, da
leitura e compreensão de textos diversos, da expressão escrita e da autonomia. Para
levar os alunos a ultrapassarem essas dificuldades, os professores têm diversificado as
actividades, especificado o tempo para realização das tarefas e têm promovido uma par-
ticipação dos alunos. A coordenadora do projecto salientou que o facto de poderem
dividir as turmas ou de terem assessorias permitiu aos professores um maior acompa-
nhamento dos alunos, sendo essa uma das mais-valias do projecto. Para terminar a apre-
sentação, outra professora, que faz parte da coordenação do projecto e da direcção da
escola, realizou um balanço positivo do trabalho desenvolvido.
    Finalmente, a coordenadora do projecto do Agrupamento de Escolas D. Joana de
Castro deu alguns exemplos de dificuldades detectadas no grupo de alunos envolvido,
tendo referido dificuldades ao nível do raciocínio e do cálculo mental; do conhecimento
dos números; da composição e decomposição de quantidades; da resolução de situações
problemáticas; e da motivação, autonomia e concentração. Em seguida, a coordenadora
mencionou algumas actividades e estratégias usadas na sala de aula e noutros espaços
de trabalho, destacando a elaboração, por parte dos alunos, de um plano individual de
trabalho e de um portefólio. Concluiu a apresentação com a realização de um balanço
final positivo e descrevendo o plano de trabalho para o próximo ano lectivo.



                                           7
À semelhança da mesa-redonda anterior, seguiu-se um período de discussão alarga-
do às restantes escolas. Neste período houve referência às tarefas valorizadas pelos pro-
fessores nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática e à necessidade de se diag-
nosticarem as dificuldades dos alunos no início do ano lectivo e de se acompanhar a
evolução dessas dificuldades durante o ano. No final do ano, é necessário saber se as
dificuldades diagnosticadas nos alunos permanecem ou foram ultrapassadas.
    Às 14h30 deu-se início à Mesa-Redonda 3 intitulada “Estratégias e condições de
liderança pedagógica” e dinamizada por Cláudia Nunes. Esta mesa redonda contou com
a presença das Escolas Básica da Ramada, Secundária de Arouca, Básica de Miraflores
e Secundária António Nobre (Porto).
    A coordenadora do projecto da Escola Básica de Ramada referiu que a equipa de
coordenação do projecto trabalhou conjuntamente com os diversos actores envolvidos
(alunos, encarregados de educação, professores das disciplinas intervencionadas, equipa
de coordenação e conselhos de turma), procurando assumir uma liderança marcada pela
capacidade de unir esforços e criar dinâmicas de trabalho colaborativo. No entanto,
durante este ano lectivo a equipa de coordenação enfrentou várias dificuldades, nomea-
damente resistências ao trabalho colaborativo por parte de alguns professores; desactua-
lização dos professores no âmbito das didácticas das disciplinas intervencionadas; dis-
tanciamento do projecto dos professores cujas disciplinas não foram contratualizadas;
falta de tempo e espaço para trabalho colaborativo; e reduzida mobilização dos conse-
lhos de turma. Para finalizar a apresentação, a coordenadora mencionou instrumentos e
procedimentos mobilizados para regular o trabalho desenvolvido, nomeadamente ques-
tionários realizados aos alunos e encarregados de educação no final de cada período,
actas dos conselhos de turma e relatórios produzidos pelo psicólogo e pelo gabinete de
apoio disciplinar.
    A coordenadora da Escola Secundária de Arouca classificou a liderança do projecto
como colectiva, referindo que a equipa de coordenação se distribuiu por dois grupos de
trabalho: intervenção e prevenção. Além disso, explicou o papel desempenhado por
cada interveniente e referiu os momentos de trabalho conjunto. Mencionou, ainda, as
dificuldades com que a equipa se deparou, incluindo o acesso tardio a informações rela-
cionadas com o projecto, a realização da intervenção e prevenção apenas uma vez por
semana e a existência de muitos alunos por grupo e ano de escolaridade. Por último

                                           8
focou que a equipa de coordenação procede à regulação do projecto a partir das actas
dos conselhos de turma, do conselho pedagógico e do conselho de directores de turma;
dos planos e relatórios de recuperação; dos planos e relatórios das tutorias; da auto-
avaliação dos alunos; e dos relatórios elaborados pela equipa de coordenação.
    A coordenadora da Escola Básica e Integrada de Miraflores referiu que a liderança
do projecto foi unipessoal, constituindo esse aspecto uma dificuldade. Além disso, a
coordenadora mencionou outras dificuldades, como a falta de tempo dos professores
titulares e dos assessores para reuniões, partilha de experiências, consolidação de activi-
dades e planificação conjunta; e a falta de pré-requisitos dos alunos. Para terminar a
apresentação, a coordenadora referiu o modo como é realizada a regulação do projecto,
incluindo neste ponto as reuniões com os professores assessores, as reuniões de conse-
lho de turma, as reuniões com a DGIDC e com o Instituto de Educação, as reuniões de
departamento, os relatórios de coordenadores da oficina de Matemática e da biblioteca
escolar, a observação de aula, o tratamento estatístico dos dados da avaliação do final de
período, a aferição do desempenho dos alunos pelos professores da turma, os relatórios
do Observatório para a Intervenção Educativa e Social, as fichas de avaliação e a auto-
avaliação dos alunos.
    A coordenadora da Escola Secundária António Nobre indicou que a equipa de
coordenação é constituída por dois professores, estando atribuído à coordenadora o
papel de proceder à elaboração de documentos, submetendo-os à apreciação do director
da escola. Foram, ainda, identificados os actores que intervêm no projecto e enumerados
os recursos usados para mobilizar os diversos actores. Além disso, a coordenadora refe-
riu as dificuldades com que a coordenação do projecto se deparou, relacionadas com: a
adequação do projecto às exigências da tutela; o início tardio da aplicação do projecto; o
excesso de trabalho das directoras de turma; a falta de um psicólogo; o escasso número
de tutores; a não existência na escola do Plano de Acção da Matemática; e a falta de
formação de professores na área da identificação de dificuldades de aprendizagem,
indisciplina e violência na escola, gestão de conflitos, gestão de problemas disciplina-
res, comportamentos desviantes e gestão curricular. Por último, a coordenadora men-
cionou os mecanismos de regulação usados, nomeadamente a realização de reuniões
periódicas com as directoras de turma e a mediadora educativa, a realização de reuniões
semanais com os professores das disciplinas contratualizadas, o contacto com os encar-

                                            9
regados de educação, a autarquia e a CPCJ, e a aplicação de instrumentos de avaliação
aos alunos, encarregados de educação e professores.
    Após este momento, seguiu-se um período de discussão onde as restantes escolas
puderam dar o seu contributo. Durante a discussão salientou-se a importância da lide-
rança ser colectiva, dos professores desenvolverem um trabalho colaborativo e de existir
um maior envolvimento de outros actores. Também foi salientado que as escolas devem
procurar organizar-se de forma a, durante o período do projecto (previsto para quatro
anos), construir um modelo de práticas lectivas e organizativo capaz de manter a susten-
tabilidade do sucesso escolar dos alunos para além do projecto.
    O seminário terminou com um balanço final, onde se realizou uma síntese das visi-
tas do Instituto de Educação às escolas e se informou o modo como o espaço da plata-
forma Moodle está organizado. Deram-se, ainda, sugestões para a continuação do traba-
lho no próximo ano lectivo. A este respeito o Professor João Pedro da Ponte mencionou
que no 1.º período do próximo ano lectivo vão estar disponíveis na plataforma Moodle
tarefas de Língua Portuguesa e de Matemática para os professores proporem na sala de
aula. Estas propostas devem ser adaptadas tendo em consideração o contexto da escola.
Além disso, referiu que no próximo ano lectivo vão realizar-se três seminários, tendo
sido posto à consideração dos professores a preferência por seminários regionais ou
nacionais. Os professores manifestaram preferência por seminários nacionais, tendo
pelo menos um deles lugar na região Norte. De seguida, o Professor João Pedro da Pon-
te mencionou que a equipa do Instituto de Educação se propõe trabalhar com as escolas
em três frentes: (i) No campo das disciplinas, com relevo para as disciplinas contratuali-
zadas, dando-se ênfase especial às tarefas a desenvolver com os alunos e aos modos de
comunicação na sala de aula; (ii) No campo extra-aula, onde se incluem actividades a
realizar com alunos e também com os encarregados de educação e a comunidade esco-
lar; e (iii) No campo da organização e liderança do próprio projecto. Em relação à for-
mação a realizar no próximo ano lectivo, o Instituto de Educação irá apresentar propos-
tas, tendo em conta a região em que as escolas estão inseridas. No Anexo 5 encontra-se
o programa deste seminário.




                                           10
1.3. Feedback aos planos reformulados


    A equipa do Instituto de Educação solicitou a cada escola que reformulasse o plano
de trabalho para o ano lectivo de 2010/11 até ao dia 28 de Junho 2010. Essa reformula-
ção deveria ter em consideração vários pontos fundamentais:


    • Indicação dos anos de escolaridade, turmas e disciplinas a contratualizar;
    •    Medidas a tomar no campo da prática lectiva na sala de aula das disciplinas a
        contratualizar;
    • Medidas a tomar no campo do trabalho com os alunos extra-aula;
    • Medidas a tomar no campo do trabalho com os encarregados de educação;
    • Medidas a tomar no campo da organização da equipa e da liderança no projecto;
    • Indicadores e instrumentos de recolha de dados a usar para a monitorização do
        progresso do projecto.


        Nos dias 6, 7 e 8 de Julho de 2010 foi dado feedback aos planos reformulados,
oralmente e por escrito, em reuniões individuais realizadas com cada escola (Anexo 6).
Na maioria das escolas o feedback assentou na discussão das medidas a tomar no campo
da prática lectiva e no campo da organização da equipa e da liderança. Em relação ao
campo da prática lectiva, discutimos com as escolas o tipo de tarefas a propor aos alu-
nos, os modos de trabalho dentro da sala de aula, o modo como os professores se vão
organizar para preparar as tarefas a propor e reflectir sobre os resultados da sua realiza-
ção. Relativamente a medidas a tomar no campo da organização da equipa e da lideran-
ça, discutimos com as escolas o estilo de liderança que a coordenação do projecto pro-
curará assumir, a constituição da equipa de coordenação e o trabalho que esta pretende
desenvolver com os vários actores envolvidos.
    A versão final dos planos foi enviada pelas escolas até ao dia 19 de Julho 2010, à
excepção da Escola Secundária de Sacavém (cujo envio ainda se aguarda no momento
em que se redige este relatório)1.


1
 Este atraso pode relacionar-se com a reestruturação da rede escolar para o próximo ano lectivo, mencio-
nada pelos professores desta escola, que vai impossibilitar a continuidade da equipa de coordenação do
projecto no próximo ano lectivo.

                                                  11
1.4. Formação


   Durante as visitas às escolas fizemos um levantamento das percepções das necessi-
dades de formação por parte dos professores envolvidos (Anexo 7). Atendendo a esse
levantamento, foram indicadas três oficinas de formação, que decorreram entre 5 e 23
de Julho de 2010 no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, e que foram
anunciadas aos professores das escolas de tipologia híbrida do Centro, Lisboa e Vale do
Tejo e Sul do país. Uma das oficinas, no âmbito da disciplina de Matemática, debru-
çou-se sobre os Números e Álgebra no Novo Programa de Matemática do 3.º ciclo do
ensino básico. As outras duas oficinas envolveram temas de natureza transversal, uma
relacionada com desenho de projectos de e-learning e outra com as orientações actuais
para a Educação Sexual em contexto escolar. Nesta última oficina, dez professores da
Escola Secundária da Ramada e cinco professores da Escola Básica e Integrada de
Miraflores mostraram-se interessados em participar.


   1.5. Plataforma Moodle – Espaço das escolas Híbridas


   Durante as nossas visitas às escolas solicitámos aos coordenadores dos projectos que
se registassem no espaço da plataforma Moodle (http//: meduc.fc.ul.pt) dedicado ao
PMSE – Escolas Híbridas. Esse espaço encontra-se organizado em 10 secções. A secção
1 inclui a legislação de suporte ao PMSE, a caracterização do PMSE e a recolha de
dados referentes às escolas. A secção 2 é dedicada aos projectos de escola, podendo
encontrar-se os planos de trabalho referentes a este ano lectivo e os planos reformulados
para o próximo. A secção 3 diz respeito aos seminários, contendo as apresentações das
escolas realizadas nos dois seminários. Na secção 4 encontram-se textos relativos à
organização e liderança de projectos, nomeadamente:


   • Boavida, A. M., & Ponte, J. P. (2002). Investigação colaborativa: Potencialida-
       des e problemas. In GTI (Ed.), Reflectir e investigar sobre a prática profissio-
       nal. Lisboa: APM.
   • Nunes, C. C., & Ponte, J. P. (2008). Os projectos de escola e a sua liderança. In
       GTI (Ed.), O professor de Matemática e os projectos de escola. Lisboa: APM.

                                           12
• Rocha e Fonseca (2008). Agora estamos dois professores na sala de aula. In GTI
         (Ed.), O professor de Matemática e os projectos de escola. Lisboa: APM.


Na secção 5 estão incluídos textos de apoio às disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática. No que respeita à Língua Portuguesa os professores podem aceder ao tex-
to:


      • Sousa, O. C. (2007). O Texto literário na escola: uma outra abordagem - Círcu-
         los de leitura. In F. Azevedo (Ed.) Formar leitores: das teorias às práticas (pp.
         45-68). Lisboa: Lidel.


e em relação à Matemática está acessível o texto:


      • Stein, M., & Smith, M. (2009). Tarefas matemáticas como quadro para a refle-
         xão. Da investigação à prática. Educação e Matemática, 105, 22-28.


      As secções que se seguem têm um espaço dedicado para cada uma das disciplinas
envolvidas no projecto, nomeadamente Língua Portuguesa, Matemática, Inglês, Fran-
cês, História e Geografia.




                                            13
2. Escolas


   Nas subsecções que se seguem referimos aspectos que consideramos mais relevantes
relativos a cada uma das escolas de tipologia híbrida.



    2.1. Escola Secundária de Valbom


    Estiveram envolvidas no projecto três turmas de 7.º ano e as disciplinas interven-
cionadas foram Língua Portuguesa, Matemática e Inglês. Como principais estratégias de
acção, a escola usou as assessorias e a redução do número de alunos por turma. Esta
escola tem várias actividades extra-aula, desenvolvidas, por exemplo, em clubes e em
projectos relacionados com a saúde e as ciências, que procuram promover o envolvi-
mento dos alunos na escola.
    Os professores mostraram-se muito preocupados com os comportamentos disrupti-
vos dos alunos e reconheceram que uma das mais-valias da divisão da turma é o aumen-
to da atenção e a melhoria do comportamento dos alunos. Não se identificaram por parte
da generalidade dos professores das turmas intervencionadas preocupações com as
mudanças a realizar nas práticas lectivas. Um dos desafios para o próximo ano é saber
se estes professores assumem que este aspecto é decisivo no combate ao insucesso ou
continuam a centrar todas as suas expectativas nos benefícios organizacionais para o
controlo dos comportamentos disruptivos decorrentes das assessorias e da redução do
número de alunos por turma.
    Fazem parte da equipa de coordenação três professoras que desenvolvem um traba-
lho em conjunto. A equipa de coordenação do projecto mostra-se muito empenhada e
está preocupada com as aprendizagens dos alunos, tendo considerado fundamental a
intervenção no campo da prática lectiva e a formação de professores na área das didácti-
cas. No entanto, uma das professoras que faz parte desta equipa manifesta dificuldades
em dar resposta aos problemas actuais da população escolar, indicando a sua impotência
face a algumas questões que vão surgindo. Os desafios que se colocam no próximo ano
lectivo à coordenação do projecto envolvem: (i) saber se consegue levar os professores


                                           14
das disciplinas intervencionadas a reconhecer a necessidade de reflectir e mudar as suas
práticas, (ii) manter e aprofundar o nível das actividades do projecto extra-aula; e (iii)
actuar como uma equipa colectiva, com mobilização dos diferentes actores e realização
de balanços regulares das actividades e a necessária correcção das orientações.



   2.2. Escola Secundária de Arouca


    O projecto da escola incidiu sobre cinco turmas de 7.º ano e cinco turmas de 8.º
ano, nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Inglês. Os professores que
fazem parte da equipa de coordenação manifestaram preocupação com a aprendizagem
dos alunos, tendo criado três grupos para integrar os alunos que revelam maiores difi-
culdades ou que estão em risco de insucesso escolar: grupo de prevenção, grupo de
intervenção e grupo de recuperação. No grupo de prevenção os alunos desenvolveram
trabalho de projecto, no grupo de intervenção os alunos foram acompanhados nas disci-
plinas envolvidas, funcionando como um apoio individualizado, e no grupo de recupe-
ração os alunos tiveram apoio pedagógico acrescido. Nos grupos de prevenção e inter-
venção os alunos tiveram ao mesmo tempo e no mesmo espaço três professoras de cada
uma das disciplinas envolvidas.
    No entanto, verificou-se que o trabalho desenvolvido no âmbito dos grupos não se
reflectiu na sala de aula, uma vez que, numa mesma turma, existiram poucos alunos
envolvidos. Os professores de uma das turmas intervencionadas mostraram-se muito
preocupados com os comportamentos disruptivos dos alunos e consideraram existir
dificuldades em articular o trabalho desenvolvido nos grupos com o trabalho na sala de
aula.
    A equipa de coordenação do projecto é constituída por seis professores das discipli-
nas envolvidas que trabalham em conjunto. Esta equipa mostra-se muito empenhada e
com um forte espírito de iniciativa. Os desafios que se colocam à equipa de coordena-
ção do projecto no próximo ano lectivo envolvem: (i) a concretização de uma melhor
articulação entre o trabalho de intervenção extra-aula e o trabalho realizado na sala de
aula; (ii) o modo de promover nos professores das disciplinas intervencionadas a refle-
xão sobre a mudança nas práticas lectivas a operar na sala de aula; e (iii) como valorizar


                                           15
um espaço de intervenção extra-aula, que envolva os próprios encarregados de educa-
ção.



   2.3. Escola Básica João de Meira


       O projecto envolveu uma turma de 6.º ano e seis turmas de 8.º ano, nas disciplinas
de Língua Portuguesa e Matemática, delineando como estratégias de acção assessorias
ou divisão da turma nas disciplinas envolvidas. São realizadas numerosas actividades
extra-aula que promovem o envolvimento dos alunos na escola. Além disso, a maioria
destas actividades mobiliza a comunidade escolar, incluindo encarregados de educação.
Trata-se de uma componente forte deste projecto. Como foi intervencionada apenas uma
turma de 6.º ano a escola não conseguiu atingir a taxa de sucesso que contratualizou
para esse ano de escolaridade.
       As duas professoras que fazem parte da coordenação desenvolvem um trabalho
colaborativo, manifestam preocupação com as aprendizagens dos alunos, são muito
empenhadas e têm um forte espírito de iniciativa. No entanto, o facto de a coordenadora
do projecto ter mudado a meio do ano lectivo retardou o desenvolvimento do projecto,
sendo apenas notório os seus efeitos nos alunos a partir de Março de 2010.
       A aula observada de Língua Portuguesa foi bem conseguida. Os alunos tiveram
oportunidade de apresentar trabalhos e de desenvolver a capacidade de argumentar e
comunicar. Foi promovida uma discussão em turma bastante interessante que levou os
alunos a fundamentar e a defender as suas ideias. No entanto, na disciplina de Matemá-
tica existe necessidade de valorizar a capacidade de resolução de problemas, comunica-
ção e raciocínio. Para além do referido, também percebemos que os professores do con-
selho de turma com quem reunimos têm um forte espírito de equipa e uma boa relação
entre si.
       Tal como noutras escolas, os desafios que se colocam no próximo ano lectivo à
coordenação do projecto envolvem: (i) saber como levar os professores das disciplinas
intervencionadas a reconhecer a necessidade de reflectir e mudar as suas práticas (na
direcção evidenciada pela aula assistida de Língua Portuguesa); (ii) manter o nível das
actividades do projecto extra-aula; e (iii) actuar como uma equipa colectiva, com a


                                            16
mobilização dos diferentes actores e a realização balanços regulares da actividade
empreendida e a correcção de orientações.


  2.4. Escola Secundária António Nobre


    O projecto da escola incidiu sobre duas turmas de 7.º ano, nas disciplinas de Língua
Portuguesa, Inglês e Matemática. As actividades delineadas no seu âmbito tiveram iní-
cio muito tardiamente. A coordenação do projecto e os professores envolvidos estão
muito preocupados com o comportamento disruptivo dos alunos. A principal estratégia
de acção consiste na utilização de técnicos de educação (mediadores, psicólogos) para
actuar junto dos alunos em situação de insucesso e das suas famílias. Este ano lectivo, a
escola contratou uma mediadora educativa, sendo considerada pela coordenadora do
projecto como uma elemento fundamental na ligação entre a escola e a família e entre a
escola e outras entidades. De um modo geral, os professores consideraram que a exis-
tência de psicólogos pode ajudar a resolver os problemas relacionados com os compor-
tamentos disruptivos dos alunos.
    Os dois membros da equipa coordenação do projecto não desenvolvem um trabalho
em equipa, estando o trabalho de coordenação essencialmente centrado na coordenado-
ra. Segundo esta indicou, este trabalho releva a preocupação de preparar documentos
escritos para submeter à apreciação do Director da escola. Além disso, os dois professo-
res da equipa de coordenação não leccionaram turmas do ano de escolaridade contratua-
lizado. Urge, portanto, reforçar a equipa de coordenação do projecto nesta escola.
    Para o próximo ano lectivo, colocam-se numerosos desafios a esta escola: (i) assu-
me-se que o problema do insucesso dos alunos se combate essencialmente pela inter-
venção de técnicos não docentes (psicólogos, mediadores) ou assume-se que também
envolve a acção directa dos professores, na prática lectiva, realizando-se uma reflexão
sobre essas mesmas práticas e considerando uma eventual mudança? (ii) pretende-se
criar uma coordenação colectiva, feita por uma equipa que tome iniciativas, intervindo
em diversos planos, mobilizando actores e corrigindo estratégias ou a coordenação vai
continuar a actuar em moldes idênticos aos de 2009/10? (iii) qual o envolvimento que se
vai procurar obter por parte dos professores das turmas contratualizadas? (iv) de que
modo se pode tornar mais efectivo o papel dos técnicos de educação ao serviço do pro-

                                            17
jecto, de modo a que o seu trabalho produza os resultados pretendidos? e (v) de que
modo a escola vai tirar partido dos recursos postos à sua disposição neste projecto?



   2.5. Escola Básica Rainha Santa Isabel


    O projecto envolveu quatro turmas de 6.º ano e quatro turmas de 7.º ano, nas disci-
plinas de Língua Portuguesa, Matemática e Inglês. A escola optou como estratégias de
acção as assessorias e a divisão das turmas nas três disciplinas intervencionadas.
    A coordenação do projecto mostrou preocupação com as aprendizagens dos alunos,
promovendo o trabalho colaborativo, em cada turma, entre o professor titular e o profes-
sor assessor. De um modo geral, os professores envolvidos valorizaram um ensino
expositivo, recorrendo à resolução de exercícios. Além disso, consideraram fundamental
que os professores da mesma disciplina e os professores do mesmo conselho de turma
tenham no seu horário um espaço para trabalharem em conjunto.
    A equipa de coordenação é constituída por duas professoras que tomam decisões
conjuntas e partilham ideias sobre o desenvolvimento do projecto. Existem nessa equipa
grandes potencialidades de liderança, mobilizando vários actores envolvidos no projecto
e revelando forte espírito de iniciativa. O grande desafio que se coloca a esta escola é
saber de que modo a coordenação pode envolver os professores das disciplinas inter-
vencionadas num processo de efectiva reflexão e mudança de práticas lectivas. Para
isso, será necessário reforçar a respectiva equipa de coordenação e saber como exercer
uma liderança mais forte e actuante.



   2.6. Escola Secundária da Ramada


    Encontraram-se envolvidas no projecto as sete turmas de 7.º ano da escola, nas dis-
ciplinas de Língua Portuguesa, Inglês, Francês e Matemática. A escola delineou como
principal estratégia de acção a divisão da turma. A coordenação do projecto mostrou
preocupação com as aprendizagens dos alunos, mobilizando vários recursos para envol-
ver diversos actores, como a Direcção da escola, os professores, os encarregados de
educação e os directores de turma.


                                            18
Os membros da equipa de coordenação do projecto são dinâmicos e empenhados,
têm um forte espírito de equipa, evidenciam iniciativa e trabalham colaborativamente. A
coordenação procura assumir uma liderança marcada pela capacidade de unir esforços e
promover dinâmicas de trabalho colaborativo. De um modo geral, os professores do
conselho de turma, com quem reunimos, revelaram preocupação com as aprendizagens,
valorizando momentos de trabalho em grupo ou em pares para os alunos consolidarem
os conceitos e procedimentos. Também neste caso, o grande desafio que se coloca a esta
escola é o modo como a coordenação do projecto pode envolver os professores das dis-
ciplinas intervencionadas num processo de efectiva reflexão e mudança de práticas lec-
tivas. Será ainda importante verificar como se pode conjugar de forma produtiva o tra-
balho realizado extra-aula e o trabalho na sala de aula.



   2.7. Escola Básica e Integrada de Miraflores


    O projecto desta escola incidiu sobre três turmas de 5.º ano, nas disciplinas de Lín-
gua Portuguesa, Matemática, História e Geografia de Portugal, delineando como estra-
tégia de acção criação de assessorias ou divisão da turma. A coordenação do projecto
mostrou preocupação em aumentar a taxa de sucesso no 2.º ciclo, procurando atingir
nesse ciclo de ensino a excelência. No entanto, realça-se que a escola tem uma taxa de
sucesso muito mais baixa no 3.º ciclo do que no 2.º, existindo necessidade de repensar
os anos contratualizados.
    A equipa de coordenação do projecto é constituída apenas por uma professora,
estando todo o trabalho centrado nela. Há a salientar, ainda, que essa professora não
lecciona as turmas envolvidas e faz parte da direcção da escola. Trata-se, portanto, de
uma coordenação que precisa de ser fortemente reforçada. Os professores das discipli-
nas envolvidas mostraram-se preocupados com a aquisição e consolidação das aprendi-
zagens durante as aulas. Além disso, revelaram uma forte preocupação com a marcação
e verificação dos trabalhos de casa. Os desafios que se colocam a esta escola são múlti-
plos, uma vez que há que passar o centro de gravidade do trabalho do 2.º ciclo para o 3.º
ciclo: (i) como envolver na reflexão sobre as suas práticas lectivas os professores das




                                            19
turmas intervencionadas?; e (ii) como conseguir uma liderança mais actuante por parte
da coordenação do projecto junto dos respectivos intervenientes?



  2.8. Escola Secundária de Sacavém


    O projecto da escola incidiu sobre as duas turmas de 7.º ano da escola, nas discipli-
nas de Língua Portuguesa, História e Geografia. A estratégia de acção seguida passou
pela divisão das turmas em dois grupos nas disciplinas de História e Geografia, recor-
rendo à sobreposição do horário semanal. Na disciplina de Língua Portuguesa foi adop-
tada a estratégia da assessoria ou a da divisão das turmas. A equipa de coordenação e os
professores envolvidos mostraram-se preocupados com os comportamentos disruptivos
dos alunos, tentando mobilizar os encarregados de educação e outras entidades para
ultrapassar esse problema.
    A equipa de coordenação do projecto envolve professores das disciplinas interven-
cionadas, uma psicóloga e a subdirectora da escola. Esta equipa revela-se muito empe-
nhada e dinâmica, procurando envolver no projecto todos os professores pertencentes
aos conselhos de turma do 7.º ano. Os professores durante as suas aulas promovem
vários modos de trabalho na sala de aula: individual, pares e grupo e tentam pôr em prá-
tica estratégias de ensino que vão ao encontro dos interesses dos alunos, proporcionando
a sua inclusão na vida escolar. Os grandes desafios que se colocam a esta escola, no
próximo ano lectivo, são: (i) a reconstituição da equipa à luz da nova realidade organi-
zativa (o mega-agrupamento); e (ii) a consideração da necessidade de reflexão dos pro-
fessores sobre as suas práticas lectivas, de modo a encontrar estratégias que favoreçam a
aprendizagem dos alunos.



  2.9. Agrupamento de escolas D. Joana de Castro (Lourinhã)


    Estiveram envolvidas no projecto dez turmas de 1.º ano e onze turmas de 2.º ano,
nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, tendo sido delineada como princi-
pal estratégia de acção a criação de grupos de alunos de pequena dimensão para inter-
venção.


                                           20
A coordenadora do projecto mostrou preocupação com as aprendizagens dos alu-
nos, promovendo o diagnóstico das suas dificuldades para as disciplinas envolvidas e
proporcionando-lhes momentos de trabalho individual. O trabalho desenvolvido com os
alunos funcionou com uma estrutura semelhante às aulas de apoio, sendo uma aplicação
dos conteúdos de Língua Portuguesa e de Matemática leccionados pelos professores
titulares das turmas.
    A equipa de coordenação do projecto é constituída por dois professores, não exis-
tindo neste ano lectivo um trabalho colaborativo entre eles, nem um horário formalizado
para se reunirem. O trabalho da coordenação centra-se na coordenadora, existindo
necessidade de aumentar o envolvimento de outros professores quer na coordenação do
projecto, quer no próprio trabalho de intervenção. Os desafios para o próximo ano lecti-
vo envolvem: (i) a constituição e funcionamento de uma verdadeira coordenação colec-
tiva, apoiada na Direcção do agrupamento e capaz de mobilizar os professores envolvi-
dos; e (ii) a adopção de estratégias de trabalho que levem os professores das turmas
intervencionadas, bem como os professores dos apoios socioeducativos que trabalhem
com essas turmas, a reflectir sobre as suas práticas lectivas.



   2.10. Escola Básica de Lagos


    O projecto desta escola envolveu uma turma de 7.º ano, nas disciplinas de Língua
Portuguesa, Matemática e Inglês. A principal estratégia de acção consiste na utilização
de técnicos de educação (sociólogos, psicólogos) para actuar junto dos alunos em situa-
ção de insucesso e das suas famílias. Como foi intervencionada apenas uma turma de 7.º
ano, a escola não conseguiu atingir a taxa de sucesso que contratualizou para esse ano
de escolaridade, uma vez que a taxa de sucesso atingida nessa turma não se reflectiu de
forma expressiva nos resultados globais.
    A coordenação e os professores envolvidos mostraram preocupação com os com-
portamentos disruptivos dos alunos, sendo muito valorizado o papel da psicóloga e da
socióloga para o desenvolvimento do projecto. As duas técnicas educativas foram con-
sideradas elementos fundamentais para promover a ligação entre a escola e os encarre-
gados de educação e a aquisição por parte dos alunos de métodos e hábitos de trabalho.


                                             21
A equipa de coordenação é constituída por três elementos: psicóloga, socióloga e
coordenador do projecto, centrando-se o trabalho de coordenação neste último interve-
niente. Esta equipa de coordenação, apesar de incluir pessoas empenhadas, dinâmicas e
com espírito de iniciativa, mostra-se deficitária em termos de professores, que dinami-
zem o trabalho de intervenção na sala de aula e noutros espaços de aprendizagem, pelo
que deverá ser reforçada. Os grandes desafios do projecto, no próximo ano lectivo, são:
(i) a valorização da vertente do projecto mais directamente ligada às práticas lectivas; e
(ii) a passagem do centro de gravidade da coordenação do projecto do campo da inter-
venção técnica (da psicóloga e da socióloga) para o campo da intervenção educativa (a
cargo de professores).




                                           22
3. Meta-avaliação


    3.1. Sucesso em termos de passagem de ano


    Os resultados do sucesso escolar de cada escola, em termos de passagem de ano,
encontram-se no Anexo 8. À excepção da Escola Básica de João de Meira e da Escola
Básica de Lagos, as restantes oito escolas atingiram as metas relativas à taxa de sucesso
a que se propuseram. Assim, as taxas de sucesso das Escolas Secundárias António
Nobre (com 91% de sucesso escolar no 7.º ano), Valbom (com 90% no 7. ano) e Rama-
da (também com 91% no 7.º ano) foram as que mais claramente ultrapassaram a meta
proposta (todas na ordem dos 9%-10%).
    Ainda no campo dos resultados positivos há a registar que a Escola Secundária de
Sacavém conseguiu alcançar no 7.º ano a taxa de sucesso escolar de 76%, superando a
meta proposta em 5%. A Escola Básica Rainha Santa Isabel atingiu, para o 6.º ano, uma
taxa de sucesso de 97%, ultrapassando a meta proposta em 2%, e, para o 7.º ano, atingiu
uma taxa de sucesso de 88%, igual à meta proposta. A taxa de sucesso alcançada pela
Escola Básica de Miraflores (96%) coincidiu com a meta a que se propôs. A taxa de
sucesso alcançada pela Escola Secundária de Arouca no 7.º ano foi de 95%, ultrapas-
sando a meta proposta em 4%, e no 8.º ano foi de 93%, superando a meta proposta em
1%. Finalmente, o Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro ultrapassou a meta a
que se propôs em 1% nos dois anos contratualizados (1.º e 2.º anos de escolaridade),
sendo a única escola que alcançou uma taxa de sucesso de 100% (no 1.º ano).
    Em contrapartida, a Escola Básica de João de Meira, para o 6.º ano, tinha como
meta atingir uma taxa de sucesso de 98% e apenas conseguiu alcançar 89% (ficou
aquém 9%). Este resultado prende-se com o número de turmas contratualizadas nesse
ano de escolaridade. Efectivamente, apesar de a taxa de sucesso na turma contratualiza-
da (78%) ser superior à taxa registada no final do ano lectivo anterior (58%), isso não
chegou para ter um impacto significativo no conjunto das turmas do ano. Em relação ao
8.º ano, também contratualizado pela escola, verificou-se uma taxa de sucesso de 95%,
ultrapassando a meta a que se propôs em 1%.



                                           23
A Escola Básica de Lagos contratualizou o 7.º ano, tendo alcançado uma taxa de
sucesso de 81%, inferior à taxa de sucesso proposta de 84%. À semelhança da Escola
Básica de João de Meira no 6.º ano, a Escola de Lagos apenas envolveu uma turma no
ano contratualizado, e os resultados alcançados por esta turma não se reflectiram de
modo marcante nos resultados globais.
    A Escola Secundária António Nobre, como referimos, ultrapassou significativa-
mente a meta proposta para o 7.º ano. A sua taxa de sucesso escolar aumentou de forma
muito acentuada do 1.º para o 3.º período (de 59% para 91%), o que constitui uma evo-
lução sem paralelo em qualquer das outras escolas. No entanto, apesar desta evolução
aparentemente muito positiva, o facto é que a escola teve uma taxa de sucesso inferior à
média histórica nas disciplinas de Matemática e Inglês. Deste modo, torna-se difícil
perceber se se trata de facto de um caso de progresso no combate ao insucesso escolar.


    3.2. Sucesso na Língua Portuguesa


    As taxas de sucesso escolar na disciplina de Língua Portuguesa, referentes ao ano
lectivo de 2009/10, encontram-se no Anexo 9. A Escola Secundária da Ramada superou
a média histórica (a média da taxa de sucesso dos últimos quatro anos lectivos) nesta
disciplina em 23% e a Escola Secundária de Valbom ultrapassou-a em 20%, sendo as
escolas com maior progresso em relação à média histórica. Além disso, é de assinalar
que a Escola Secundária de Arouca é a escola com maior taxa de sucesso a Língua Por-
tuguesa (96% no 7.º ano).
    Resultados ainda de registar pela positiva são os das Escolas Rainha Santa Isabel no
6.º ano (93% de sucesso alcançado), a Escola Básica de Miraflores (95%) e o Agrupa-
mento de Escolas D. Joana de Castro no 1.º ano (92%).
    Em contrapartida, verificamos que a Escola Básica de João de Meira no 6.º ano é a
única que não superou a média histórica. Assim, esta escola alcançou uma taxa de
sucesso de 85% na disciplina de Língua Portuguesa neste ano, sendo a média história
superior em 4%.
    Há várias escolas que apresentam resultados absolutos de sucesso na disciplina de
Língua Portuguesa inferiores ao 90%. Assim, a Escola Secundária António Nobre tem a
menor taxa de sucesso à disciplina (70%). Também fracos são os resultados obtidos na

                                          24
Escola Básica de Lagos (taxa de sucesso de 75%) e, em menor grau, na Escola Secundá-
ria de Sacavém (82%), na Escola Secundária de Arouca no 8.º ano (84%), a Escola
Secundária João de Meira (para além dos 85%, no 6.º ano, tem apenas 88% no 8.º ano),
e na Escola Básica Rainha Santa Isabel no 7.º ano e no Agrupamento de Escolas D. Joa-
na de Castro no 2.º ano (ambos com 88%),


    3.3. Sucesso em Matemática


    As taxas de sucesso escolar para a disciplina de Matemática, referentes ao ano lec-
tivo de 2009/10, encontram-se no Anexo 10. A Escola Secundária de Valbom é aquela
que registou maior progresso, tendo alcançado a taxa de 80% (ultrapassando em 22% a
média histórica). Progressos também assinaláveis verificam-se no Agrupamento de
Escolas D. Joana de Castro, no 2.º ano, com uma taxa de 85% (superior em 8% à média
histórica), na Escola Secundária de Arouca, no 7.º ano, com uma taxa de 74%, e no
Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro, no 1.º ano, com uma taxa de 94% (ambos
superiores em 6% à média histórica), Escola Secundária da Ramada com uma taxa de
72% e Básica Rainha Santa Isabel, no 7.º ano, com uma taxa de 76% (ambas superiores
em 5% à sua média histórica).
    Resultados marginalmente positivos registam-se na Escola Secundária de Arouca,
no 8.º ano, com uma taxa de 74% e Básica de Lagos com uma taxa de 62% (ambas
superiores em 2%) à média histórica, João de Meira – 8.º ano com uma taxa de 72% e
Miraflores, com uma taxa de 86% (ambos superiores em 1% à média histórica). O
Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro (Lourinhã) é onde se verifica a maior taxa
de sucesso à disciplina de Matemática (94% no 1.º ano).
    Pelo lado negativo, há que referir que a Escola Básica de João de Meira, no 6.º ano,
e a Escola Secundária António Nobre, no 7.º ano, obtiveram uma taxa de sucesso infe-
rior à média história. Com efeito, a Escola Básica de João de Meira obteve, no 6.º ano, a
taxa de sucesso de 86%, inferior em 2% à sua média histórica e a Escola Secundária
António Nobre obteve uma taxa de sucesso de 47%, inferior em 8% da média histórica.
A Escola Secundária António Nobre é a escola, destacada, onde se verifica menor taxa
de sucesso para esta disciplina (47%). Seguem-se a Escola Básica de Lagos (62%), e as
Escolas Básica João de Meira (72%, no 8.º ano), Secundária da Ramada (72%), Secun-

                                           25
dária de Arouca (72%, no 8.º ano, e 74%, no 7.º ano), e Básica Rainha Santa Isabel, no
7.º ano (76%).


    3.4. Sucesso noutras disciplinas


    A taxa de sucesso escolar para as Línguas Estrangeiras, referente ao ano lectivo de
2009/10, encontra-se no Anexo 11. No que respeita à disciplina de Inglês, mais uma
vez, a Escola Secundária de Valbom foi a que superou mais a média histórica (em
20%). A Escola Secundária da Ramada foi a que teve maior taxa de sucesso à disciplina
(de 93%). Além disso, esta escola é a única que envolveu a disciplina de Francês, sendo
a taxa de sucesso alcançada (de 93%) superior (em 16%) à média histórica. Em contra-
partida, a Escola Secundária António Nobre é a única em que a taxa alcançada (de 63%)
é inferior à média histórica (em 6%).
    A taxa de sucesso escolar, referente ao ano lectivo de 2009/10, para as disciplinas
de História e Geografia de Portugal, História e Geografia encontra-se no Anexo 12.
Estas disciplinas apenas foram contratualizadas pelas escolas Básica de Miraflores e
Secundária de Sacavém. A Escola Básica de Miraflores obteve 96%, ultrapassando em
4% a sua média histórica (de 92%) na disciplina de História e Geografia de Portugal. A
Escola Secundária de Sacavém obteve 93%, superando em 20% a sua média histórica
(de 62%) na disciplina de Geografia e, registou 58% de sucesso na disciplina de Histó-
ria, não alcançando a média histórica (de 61%).


    3.5. Assiduidade e abandono escolar


    Relativamente aos alunos retidos por excesso de faltas, verificámos que quatro
escolas possuem registo de alunos nesta situação (Anexo 13), nomeadamente a Escola
Secundária António Nobre, a Escola Básica de João de Meira, a Escola Secundária da
Ramada e a Escola Secundária de Sacavém. A Escola Secundária António Nobre desta-
ca-se por ser a que possui uma maior taxa de alunos retidos por faltas (8%).
    Em relação ao abandono escolar (Anexo 13), verificámos que a Escola Secundária
António Nobre tem um caso de abandono e a Escola Básica de Lagos tem dois casos de
alunos nessa situação.

                                           26
A Escola Secundária de Valbom tem dois alunos que reorientaram o seu percurso
escolar e três alunos que foram transferidos (Anexo 13). Além desta escola, existem
outras com casos de alunos transferidos, nomeadamente a Escola Secundária António
Nobre (com quinze alunos), a Escola Básica de Lagos (onze alunos), o Agrupamento de
Escolas D. Joana de Castro (nove alunos), a Escola Básica de João de Meira e a Escola
Secundária de Sacavém (ambas com seis alunos), a Escola Básica de Miraflores (três
alunos) e a Escola Básica Rainha Santa Isabel (com um aluno). É muito importante per-
ceber-se as razões das transferências dos alunos e o que as escolas podem fazer para
diminuir o número de alunos nesta situação.


    3.6. Apoio socioeducativo


    A taxa de alunos com apoio socioeducativo, referente ao ano lectivo de 2009/10,
encontra-se no Anexo 14. A Escola Secundária de Arouca é aquela que registou, no 7.º
ano, uma maior taxa de apoio socioeducativo (de 86%). O resultado elevado pode rela-
cionar-se com a existência do grupo de recuperação que funciona como apoio pedagógi-
co acrescido. Além disso, no 8.º ano, 60% dos alunos desta escola usufruem de apoio
socioeducativo. Há outras escolas cuja taxa de apoio socioeducativo é superior a 50%,
nomeadamente a Escola Básica João de Meira (62% no 8.º ano) e a Escola Secundária
da Ramada (56%).
    Num patamar inferior temos a Escola Básica Rainha Santa Isabel com 47% de alu-
nos do 6.º ano a usufruir de apoio socioeducativo e 36% de alunos no 7.º ano. Existem
três escolas com taxa de apoio socioeducativo compreendidas entre os 20% e 30%, a
Escola Secundária de Valbom (29%), a Escola Básica de Miraflores (24%) e a Escola
Secundária de Sacavém (23%), e três escolas com taxa entre os 10% e 20%, a Escola
Secundária António Nobre (19%), a Escola Básica João de Meira (10% no 6.º ano) e a
Escola Básica de Lagos (13%). O Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro é onde
se verifica a menor taxa de alunos com apoio socioeducativo (9% no 1.º ano e de 6% no
2.º ano).
    Procedendo à análise da taxa de alunos com apoio socioeducativo e da taxa de alu-
nos com sucesso escolar verificamos que parece não existir uma relação directa entre as
duas em alguns casos mas existir noutros. Assim, várias escolas têm taxas de apoio

                                          27
socioeducativo pouco elevadas (inferior a 30%) e taxas de sucesso elevadas (superiores
a 90%. É o caso do Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro, para o 1.º ano, onde se
verifica uma taxa de alunos com apoio socioeducativo reduzida (de 9%) e uma elevada
taxa de sucesso escolar (de 100%) A Escola Secundária António Nobre também uma
fraca taxa de alunos com apoio socioeducativo (de 19%) e uma elevada taxa de sucesso
escolar (de 91%), acontecendo uma situação semelhante na Escola Básica de Miraflores
(taxa de apoio socioeducativo de 24% e taxa de sucesso de 96%) e na Escola Secundária
de Valbom (taxa de apoio socioeducativo de 29% e taxa de sucesso de 90%).
    Em contrapartida, outras escolas têm resultados de sucesso escolar elevados (supe-
riores a 90%), mas registam uma taxa de alunos com apoio socioeducativo superior a
50%, nomeadamente a Escola Secundária de Arouca (taxa de apoio socioeducativo de
86%, no 7.º ano, e taxa de sucesso de 95% e taxa de apoio socioeducativo de 60%, no
8.º ano e taxa de sucesso de 93%), a Escola Básica de João de Meira (taxa de apoio
socioeducativo de 62%, no 8.º ano, e taxa de sucesso de 95%) e a Escola Secundária da
Ramada (taxa de apoio socioeducativo de 56% e taxa de sucesso de 91%).
    Finalmente, numa zona mista, existem outras escolas com taxa de apoio socioedu-
cativo reduzido ou moderado (entre 10% e 50%) e com taxa de sucesso inferior a 90%,
como é o caso da Escola Básica de João de Meira (taxa de apoio socioeducativo de
10%, no 6.º ano, e taxa de sucesso de 89%), Escola Básica de Lagos (taxa de apoio
socioeducativo de 13% e taxa de sucesso de 81%), da Escola Secundária de Sacavém
(taxa de apoio socioeducativo de 23% e taxa de sucesso de 76%) e Escola Básica
Rainha Santa Isabel (taxa de apoio socioeducativo de 36%, 7.º ano, e taxa de sucesso de
88%).




                                          28
4. Reflexão e recomendações


   Durante as visitas realizadas às escolas tivemos oportunidade de observar os traba-
lhos de intervenção que estavam a ser desenvolvidos. Assim, observámos o trabalho
que estava a ser levado a cabo no âmbito da prática lectiva, tendo-se assistido a aulas
de Língua Portuguesa, Matemática, Inglês, Francês, História, Geografia, História e
Geografia de Portugal e Formação Cívica. Observámos também o trabalho que estava a
ser desenvolvido por técnicos educativos, nomeadamente mediadores, sociólogos e psi-
cólogos. Observámos ainda o trabalho que estava a ser levado a efeito no campo extra-
aula, como nos grupos de intervenção e prevenção na Escola Secundária de Arouca e
nos grupos de alunos que trabalham fora da sala de aula no Agrupamento de Escolas D.
Joana de Castro. Em cinco escolas constatámos que os professores estavam extrema-
mente preocupados com os comportamentos disruptivos dos alunos. Na maioria das
aulas observadas verificámos que os professores seguiram um ensino de cariz forte-
mente expositivo, valorizando a apresentação de conceitos através do discurso magis-
tral, seguido da resolução de exercícios pelos alunos para a consolidação das aprendi-
zagens. Consideramos que há necessidade de os professores porem em prática um ensi-
no baseado na realização de tarefas desafiantes e motivadoras, tendo por base uma
diversidade de tarefas. Na nossa perspectiva, trata-se de um desafio transversal a todas
as escolas, embora algumas pareçam estar já a dar, numa ou noutra disciplina, passos
significativos nesta direcção.
   De um modo geral, verificamos que as escolas adoptaram dois grandes tipos de
estratégias de acção: (i) divisão de turmas ou criação de assessorias dentro das turmas;
e (ii) acção directa de técnicos de educação (psicólogos, sociólogos ou mediadores)
para intervir junto do alunos em situação de insucesso (ou perigo de insucesso) e das
suas famílias. Ambas as estratégias têm indiscutível utilidade, mas não atacam o pro-
blema do insucesso onde ele efectivamente se gera – na actividade de ensi-
no-aprendizagem na sala de aula. Consideramos que o Programa Mais Sucesso Escolar
– Escolas de Tipologia Híbrida só pode ter êxito e sustentabilidade se a questão das
prática lectivas na sala aula, e a sua adequação a alunos com características diversas,


                                          29
assumir de facto um papel central, em articulação com medidas organizativas, com o
trabalho dos técnicos de educação e com outras acções a realizar extra-aula, a nível de
escola.
   As equipas de coordenação do projecto, na maioria das escolas, são constituídas por
vários elementos, encontrando-se as tarefas distribuídas. Os elementos que constituíam
a equipa de coordenação variaram: professores das disciplinas intervencionadas e ele-
mentos da direcção da escola; professores das disciplinas intervencionadas e técnicos
educativos (mediador e psicólogo); professores das disciplinas intervencionadas e
coordenador dos directores de turma; professores das disciplinas intervencionadas; pro-
fessores que submeteram o projecto. A colegialidade e eficácia das lideranças nas
diversas escolas varia consideravelmente. Existem situações em que se reconhecem
equipas de coordenação forte, mas cujo poder de mobilização fica aquém do que se
poderia esperar (por insuficiência das estratégias de acção?), e existem situações em
que a coordenação é dispersa ou tarefista, sendo reduzido o seu poder mobilizador e,
ainda menor, o seu poder questionador das práticas lectivas vigentes
   À excepção da Escola Secundária da Ramada, nas restantes escolas não nos foi
dado perceber a existência de um espaço formalizado no horário para a equipa de coor-
denação reunir entre si e com os restantes actores. Será fundamental que os professores
reflictam sobre a importância de uma maior articulação entre os elementos que fazem
parte da equipa de coordenação e entre a coordenação e os vários intervenientes. É
igualmente importante que os professores desenvolvam a capacidade de trabalharem
colaborativamente para melhorarem o sucesso escolar, discutindo os sucessos e as difi-
culdades. Torna-se necessário a tomada de consciência de que as taxas de sucesso esco-
lar não dependem apenas das disciplinas intervencionadas, mas do envolvimento de
todas as disciplinas no projecto.
   Reflectir sobre estes pontos em conjunto com as equipas de coordenação das esco-
las será uma tarefa do Instituto de Educação para o próximo ano do projecto PMSE –
Escolas Híbridas. Esperamos, que, para isso, a DGIDC possa manter as condições
necessárias para as escolas continuarem a desenvolver os projectos no âmbito do
PMSE.




                                          30
ANEXOS




 31
Anexo 1
                     Quadro 1 Calendarização e programação das visitas a cada escola
       Escola             Data da                              Programação
                           Visita
Escola Secundária de     20 de      8:15- Aula de Português do 7º A
Sacavém                  Abril      10:05- Aula de História e Geografia
                                    11:45 - Reunião com a coordenação do projecto
                                    14:15 - Reunião com um conselho de turma do 7º ano
Escola Básica da         28 de      10:00 - Reunião com a equipa de coordenação
Ramada                   Abril      12:00 - Reunião com o Conselho de Turma do 7ºB
                                    15:15 - Aula de Francês (7ºE) e aula de Matemática (7ºA)
Escola Básica de         3 de Maio 11:00 - Reunião com a coordenação do projecto
Lagos                               14:20 - Sessão de trabalho conjunta da psicóloga, assistente social
                                    e director de turma com os alunos
                                    15:10 - Aula de Matemática
                                    16:45 - Reunião com professores de um conselho de turma
Agrupamento de           10 de      9:30 - Reunião de coordenação na escola sede
Escolas D. Joana de      Maio       14:00 - Observação de intervenção na EB 1 Atalaia
Castro                              15:30 - Reunião com uma professora titular
Escola Básica Rainha     12 de      10:20 - Observação de aula
Santa Isabel             Maio       12:00 - Reunião com coordenação do projecto
                                    14:30 - Reunião com Conselho de Turma
Escola Secundária        17 de      11:30 - Reunião com coordenação
António Nobre            Maio       15:15 - Aula de Língua Portuguesa
                                    17:00 - Reunião com Conselho de Turma (7ºA)
Escola Básica João       18 Maio    10:00 - Reunião com a Equipa de Coordenação do PSME
Meira                               13:30 - Observação de uma aula de Língua Portuguesa
                                    15:00 - Reunião com o Conselho de Turma
Escola Secundária de     19 Maio    9:00 - Reunião com a coordenação do projecto.
Valbom                              11:00 - Observação do trabalho de intervenção na turma B
                                    11:55 - Observação do trabalho de intervenção na turma D
                                    14.30 - Reunião com os directores das turmas envolvidos, profes-
                                    sores das 3 disciplinas de intervenção e coordenação
Escola Básica de         24 de      10:00 - Reunião com a equipa afecta ao Projecto
Miraflores               Maio       11:45 - Aula de História e Geografia de Portugal do 5º B
                                    13:30 - Reunião conjunta com Coordenação do Projecto, professo-
                                    ras assessoras e elementos do Conselho de Turma do 5º B
Escola Secundária de     1 de Junho 10:15 - Reunião com a coordenação do projecto “SOSucesso.esa”
Arouca                              12:00 - Observação do trabalho desenvolvido nos dois grupos:
                                    grupo de intervenção e grupo de prevenção.
                                    15:10 - Reunião com os professores e os intervenientes não docen-
                                    tes, da turma E do 8º ano
Agrupamento de esco-     12 de      14:30 - Reunião com a coordenação do projecto
las D. Joana de Castro   Junho
                                                   32
Anexo 2
                                                   Resumos das visitas às escolas


           Visita à Escola à Secundária com 3.º Ciclo de Sacavém


                                  20 de Abril de 2010


         A visita à Escola Secundária de Sacavém teve início às 8h15 e terminou às 17h.
Durante a sua realização, foi observado o trabalho de intervenção que está a ser desen-
volvido nas disciplinas contratualizadas, nomeadamente Língua Portuguesa, História e
Geografia. A visita também envolveu uma reunião com a coordenação do projecto e
uma reunião com os professores dos dois conselhos de turma contratualizados (7.ºA e
7.ºB).



         1. Trabalhos de intervenção observados


         Estiveram presentes na observação do trabalho de intervenção Cláudia Nunes,
Mónica Baptista, Professora Otília Sousa, da equipa do Instituto de Educação da Uni-
versidade de Lisboa e Marta Procópio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de
Educação na visita à escola.


         2. Reunião com a coordenação do projecto


         A reunião com a coordenação teve início às 12h00, tendo estado presentes Marta
Procópio, da DGIDC; Paula Josefa Silva, da DRELVT; Cláudia Nunes, Mónica Baptis-
ta e Otília Sousa, do Instituto de Educação; Filomena Costa, Directora da Escola; Naza-
ré Barros, Sub-Directora da Escola; Alexandra Gameiro Salema, Directora de Turma do
7.º A e professora de Língua Portuguesa; Maria José Calado, Directora de Turma do
7ºB e professora de Ciências Físico-Químicas; Genoveva Pereira, professora de História
do 7.º A; Ana Jorge, professora de Geografia dos 7.º A e 7.º B; e Leonor Vozone, psicó-
loga do SPO.

                                           33
3. Reunião com os professores das duas turmas do sétimo ano envolvidas no
       projecto


       A reunião com os professores dos conselhos de turma do 7.º ano envolvidos no
projecto (7.º A e 7.º B) teve início às 14h15, tendo estado presentes Marta Procópio, da
DGIDC (como acompanhante do IE na visita à escola); Cláudia Nunes, Mónica Baptista
e Otília Sousa, do Instituto de Educação; Nazaré Barros, vice-directora da escola; Leo-
nor Vozone, psicóloga do SPO; e todos os professores que fazem parte dos dois conse-
lhos de turma, à excepção da professora de Ciências Físico-Químicas do 7.º A que se
encontrava numa visita de estudo.




                                          34
Visita à Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico da Ramada


                                  28 de Abril de 2010


       A visita à Escola Secundária com 3.º ciclo do Ensino Básico da Ramada teve
início às 10h00 e terminou às 17h00. A visita envolveu uma reunião com a coordenação
do projecto, uma reunião com os professores de uma turma contratualizada (7.º B) e a
observação do trabalho de intervenção que está a ser desenvolvido nas disciplinas de
Francês e Matemática.


       1. Reunião com a coordenação do projecto


       A reunião com a coordenação teve início às 10h00, tendo estado presentes Marta
Procópio, da DGIDC, Paula Josefa Silva, da DRELVT, Cláudia Nunes, João Pedro da
Ponte, Margarida Belchior e Mónica Baptista, do Instituto de Educação, Inês Campos,
coordenadora do projecto e professora de Matemática, Hortênsia Azedo, coordenadora
dos directores de turma e professora de Inglês, Albertina Alvares, subdirectora e profes-
sora de Geografia, Ana Lopes e Joana Diogo, adjuntas da direcção e professoras de
Matemática.


       2. Reunião com os professores de uma das turmas do 7.º ano envolvidas no
           projecto


       A reunião com os professores de um conselho de turma do 7.º ano envolvido no
projecto (7.º B) teve início às 12h15, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC
(como acompanhante do IE na visita à escola); Cláudia Nunes, João Pedro da Ponte,
Margarida Belchior e Mónica Baptista, do Instituto de Educação; Inês Campos, coorde-
nadora do projecto; e todos os professores que fazem parte do conselho de turma.




                                           35
3. Trabalhos de intervenção observados


       A equipa do Instituto de Educação observou três aulas referentes a duas discipli-
nas contratualizadas: Francês e Matemática. Na aula de Francês, os alunos encontra-
vam-se desdobrados em dois grupos de nível. Assim, no grupo de nível 4 e 5, estiveram
presentes Marta Procópio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de Educação na
visita à escola, Margarida Belchior e Mónica Baptista. Na aula de Francês, do grupo de
nível 2 e 3, estiveram presentes Marta Procópio, da DGIDC como acompanhante do
Instituto de Educação na visita à escola, e Mónica Baptista. Na aula de Matemática esti-
veram presentes Cláudia Nunes e João Pedro da Ponte.




                                          36
Visita à Escola Básica de Lagos

                                  03 de Maio de 2010

       A visita à Escola Básica de Lagos teve início às 11h00 e terminou às 18h30. A
visita incluiu uma reunião com a coordenação do projecto, a observação do trabalho de
intervenção realizado nas disciplinas de Formação Cívica e Matemática, e uma reunião
com os professores das disciplinas contratualizadas, a socióloga e a psicóloga.


       1. Reunião com a coordenação do projecto


       A reunião com a coordenação teve início às 11h00, tendo estado presentes Marta
Procópio, da DGIDC; Sofia Rodrigues e Ana Filomena Pereira, da DREAlg; Mónica
Baptista, do Instituto de Educação; João Marieiro, coordenador do projecto, director de
turma e professor de Língua Portuguesa; Ana Pinto, psicóloga; Marlene Henriques,
socióloga; Graça Cabrita, directora; e Maria João Silva, professora de Matemática.


       2. Trabalhos de intervenção observados


       Estiveram presentes na observação do trabalho de intervenção Mónica Baptista,
da equipa do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, e Marta Procópio, da
DGIDC como acompanhante do Instituto de Educação na visita à escola.


       3. Reunião com os professores das disciplinas contratualizadas


       A reunião com os professores das disciplinas contratualizadas teve início às
17h00, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC; Sofia Rodrigues e Ana
Filomena Pereira, da DREAlg; Mónica Baptista, do Instituto de Educação; João Mariei-
ro, coordenador do projecto, director de turma e professor de Língua Portuguesa; Ana
Pinto, psicóloga; Marlene Henriques, socióloga; Luísa Costa, professora de Inglês; e
Maria João Silva, professora de Matemática.


                                           37
Visita ao Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro

                                  10 de Maio de 2010

        A visita ao Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro teve início às 9h20 e
terminou às 17h30. A visita envolveu uma reunião com a coordenação do projecto, a
observação do trabalho de intervenção e uma reunião com uma professora titular de
uma turma contratualizada.


        1. Reunião com a coordenação do projecto


        A reunião com a coordenação teve início às 9h20, tendo estado presentes Marta
Procópio, da DGIDC, Paula Josefa Silva, da DRELVT, Margarida Belchior e Mónica
Baptista, do Instituto de Educação, Maria Gorete Fonseca, coordenadora do projecto, e
Bruno Santos, adjunto da direcção.


        2. Trabalho de intervenção observado


        O trabalho de intervenção decorreu na escola do 1.º ciclo da Atalaia que pertence
ao Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro. Estiveram presentes na observação do
trabalho de intervenção Margarida Belchior e Mónica Baptista, da equipa do Instituto de
Educação da Universidade de Lisboa, e Marta Procópio, da DGIDC, como acompa-
nhante do Instituto de Educação na visita à escola.


        3. Reunião com uma professora titular


        A reunião com a professora titular de uma das turmas de 2.º ano, envolvidas no
PMSE, teve início às 15h45, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC; Mar-
garida Belchior e Mónica Baptista, do Instituto de Educação; Maria Gorete Fonseca,
coordenadora do projecto; Bruno Santos, adjunto da direcção; e Purificação Carvalho,
professor titular.


                                           38
Visita à Escola Rainha Santa Isabel


       A visita ao Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro teve início às 10h30 e
terminou às 16h00. A visita envolveu a observação do trabalho de intervenção, uma
reunião com a coordenação do projecto e uma reunião com os professores de uma turma
contratualizada (6.º C).


       1. Trabalho de intervenção observado


       A equipa do Instituto de Educação observou uma aula de Inglês dividida em dois
momentos distintos. O primeiro momento da aula corresponde aos primeiros 25 minutos
em que os intervenientes foram 2 professoras, Odete Faustino, a titular da turma, e Ana
Paula Galvão, que dá apoio aos alunos com um comportamento desadequado; e 19 alu-
nos, dos quais 11 são raparigas e 8 são rapazes. No segundo momento, a professora Ana
Paula Galvão e 3 alunos (2 rapazes e 1 rapariga) dirigiram-se para a biblioteca, conti-
nuando a aula com professora titular na mesma sala, com os restantes alunos.


       2. Reunião com a coordenação do projecto


       A reunião com a coordenação teve início às 12h00, tendo estado presentes Marta
Procópio, da DGIDC; Alexandra Silva e Salete Lopes, representantes de Leiria da
DREC; Carolina Gonçalves, Cláudia Nunes e Mónica Baptista, do Instituto de Educa-
ção; Jaquelina Pimenta, coordenadora do projecto e professora de Língua Portuguesa;
Filipa Estevens, adjunta da direcção e professora de Educação Física; e Adélia Lopes,
directora da escola.




                                          39
3. Reunião com os professores de uma das turmas do 6.º ano envolvidas no
          projecto


       A reunião com os professores de um conselho de turma do 6.º ano envolvido no
projecto (6.º C) teve início às 14h30, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC
(como acompanhante do IE na visita à escola); Carolina Gonçalves, Cláudia Nunes e
Mónica Baptista, do Instituto de Educação; Ana Frias, da DREC; Alexandra Silva e
Salete Lopes, representantes da DREC em Leiria; Filipa Estevens, adjunta da direcção;
Jacquelina Pimenta, coordenadora do projecto; e os professores que fazem parte do con-
selho de turma.




                                         40
Visita à Escola Secundária António Nobre

                                  17 de Maio de 2010

       A visita à Escola Secundária António Nobre teve início às 11h30 e terminou às
19h00. A visita envolveu uma reunião com a coordenação do projecto, a observação do
trabalho de intervenção que está a ser desenvolvido na disciplina Língua Portuguesa e
uma reunião com os professores de uma turma contratualizada.


       1. Reunião com a coordenação do projecto


       A reunião com a coordenação teve início às 11h30, tendo estado presentes Marta
Procópio, da DGIDC; Lurdes Godinho, da DREN; Mónica Baptista, do Instituto de
Educação; Ana Castro, coordenadora do projecto; Rolando Silva, professor que apoia a
coordenadora; e Cristóvão Oliveira, director da escola.


       2. Trabalhos de intervenção observados

       Estiveram presentes, na observação de uma aula de Língua Portuguesa, Mónica
Baptista, da equipa do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, e Marta Procó-
pio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de Educação na visita à escola. Os
intervenientes na Língua Portuguesa foram a professora Bárbara Gama e 21 alunos. A
aula teve início às 15h15 e terminou às 16h45.


       3. Reunião com os professores das disciplinas contratualizadas

       A reunião com os professores das disciplinas contratualizadas teve início às
17h00, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC; Mónica Baptista, do Institu-
to de Educação; Ana Castro, coordenadora do projecto; Raquel Pereira, mediadora edu-
cativa; e os todos os professores de uma das turmas intervencionadas (7.º A).




                                           41
Visita à Escola Básica João de Meira

                                  18 de Maio de 2010


       A visita à Escola Básica João de Meira teve início às 9h30 e terminou às 17h00.
A visita envolveu uma reunião com a coordenação do projecto, a observação do traba-
lho de intervenção que está a ser desenvolvido na disciplina de Língua Portuguesa e
uma reunião com os professores de uma turma intervencionada (7.º G).


       1. Reunião com a coordenação do projecto


       A reunião com a coordenação teve início às 9h45, tendo estado presentes Marta
Procópio, da DGIDC; Lurdes Godinho, da DREN; Mónica Baptista, do Instituto de
Educação; Júlia Amaro, coordenadora do projecto e professora de Inglês; Ana Macedo,
subdirectora; e Manuela Ferreira, directora.




       2. Trabalhos de intervenção observados


       A equipa do Instituto de Educação observou uma aula de Língua Portuguesa,
dividida em dois momentos. Num primeiro momento, as duas professoras da disciplina,
professora titular e professora assessora, estiveram presentes na mesma sala de aula.
Num segundo momento, a turma foi dividida em dois grupos: um grupo permaneceu na
sala de aula, trabalhando com a professora titular, e o outro grupo dirigiu-se para outra
sala de aula, onde trabalharam com a professora assessora. Na observação do trabalho
de intervenção estiveram presentes Marta Procópio, da DGIDC como acompanhante do
Instituto de Educação na visita à escola, e Mónica Baptista.




                                           42
3. Reunião com os professores de uma das turmas do 8.º ano envolvidas no
          projecto


       A reunião com os professores de um conselho de turma do 8.º ano envolvido no
projecto (8.º G) teve início às 15h10, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC
(como acompanhante do IE na visita à escola); Mónica Baptista, do Instituto de Educa-
ção; Júlia Amaro, coordenadora do projecto e professora de Inglês da turma; e todos os
professores que fazem parte do conselho de turma.




                                         43
Visita à Escola Secundária de Valbom

                                  19 de Maio de 2010

       A visita à Escola Secundária de Valbom teve início às 9h00 e terminou às
17h00. A visita envolveu uma reunião com a coordenação do projecto, a observação do
trabalho de intervenção que está a ser desenvolvido na disciplina de Língua Portuguesa
e uma reunião com os professores das disciplinas intervencionadas.


       1. Reunião com a coordenação do projecto


       A reunião com a coordenação teve início às 9h00, tendo estado presentes Marta
Procópio, da DGIDC; Lurdes Godinho, da DREN; Mónica Baptista, do Instituto de
Educação; Cristina Varela, coordenadora do projecto e professora de Ciências Naturais;
Ana Zita Rocha, professora de Ciências Naturais; e Ana Barbosa, directora da escola.


       2. Trabalhos de intervenção observados


       A equipa do Instituto de Educação observou duas aulas de Língua Portuguesa,
uma relativa à turma B e outra à turma D. Na observação do trabalho de intervenção
estiveram presentes Marta Procópio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de
Educação na visita à escola, e Mónica Baptista.


       3. Reunião com os professores das disciplinas envolvidas


       A reunião com os professores das disciplinas envolvidas teve início às 14h30,
com a presença de Marta Procópio, da DGIDC (como acompanhante na visita à escola);
Mónica Baptista, do Instituto de Educação; Cristina Varela, coordenadora do projecto;
Ana Zita Rocha, assessora da coordenadora; Ana Barbosa, directora da escola; Albino
Q. P., psicólogo; Suzete Correia, Mediadora; os professores das disciplinas intervencio-
nadas pertencentes às turmas envolvidas; e as directoras das turmas contratualizadas.


                                           44
Visita à Escola Básica de Miraflores

                                  24 de Maio de 2010


       A visita à Escola Básica de Miraflores teve início às 10h00 e terminou às 15h30.
A visita envolveu uma reunião com a coordenação do projecto, a observação do traba-
lho de intervenção que está a ser desenvolvido na disciplina de História e Geografia de
Portugal e uma reunião com alguns professores de uma turma envolvida (5.ºB).


       1. Reunião com a coordenação do projecto


       A reunião com a coordenação teve início às 10h00, tendo estado presentes Marta
Procópio, da DGIDC; Paula Josefa Silva, da DRELVT; Cláudia Nunes e Mónica Bap-
tista, do Instituto de Educação; Cláudia Ferreira, coordenadora do projecto e adjunta da
direcção; Lídia Mendes, professora de Matemática; Luísa Branco, professora de Língua
Portuguesa; e Lília Guerreiro professora de História e Geografia de Portugal.


       2. Trabalho de intervenção observado


       Estiveram presentes na observação do trabalho de intervenção Mónica Baptista e
Cláudia Nunes, da equipa do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e Marta
Procópio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de Educação na visita à escola.
Os intervenientes na aula História e Geografia de Portugal foram a professora titular
Ana Batista, a professora assessora Lília Guerreiro e 24 alunos, dos quais 15 são rapari-
gas e 9 são rapazes.


       3. Reunião com alguns professores de uma das turmas do 5.º ano envolvidas
           no projecto


       A reunião com alguns professores de um conselho de turma do 5.º ano envolvido
no projecto (5.º B) teve início às 13h30, tendo estado presentes Marta Procópio, da

                                           45
DGIDC (como acompanhante do IE na visita à escola); Cláudia Nunes e Mónica Baptis-
ta, do Instituto de Educação; Cláudia Ferreira, coordenadora do projecto; Sónia Reis,
professora de Inglês; Ilídia Sousa, professora de Matemática e coordenadora da discipli-
na; Ana Raquel Neves, directora de turma, professora de Ciências Naturais e Estudo
Acompanhado; Patrícia Martins, professora titular de Língua Portuguesa; Andreia
Batista, professora titular de História e Geografia de Portugal; Luísa Branco, professora
assessora de Língua Portuguesa; Lília Guerreiro professora assessora de História e Geo-
grafia de Portugal; Lídia Mendes, professora assessora de Matemática das turmas 5.º F e
5.ºG.




                                           46
Visita à Escola Secundária de Arouca

                                  1 de Junho de 2010

       A visita à Escola Secundária de Arouca teve início às 11h00 e terminou às
17h30. A visita envolveu uma reunião com a coordenação do projecto, a observação do
trabalho de intervenção que está a ser desenvolvido nos grupos de intervenção e preven-
ção e uma reunião com os professores de uma turma intervencionada (8.º E).


       1. Reunião com a coordenação do projecto


       A reunião com a coordenação teve início às 11h00, tendo estado presentes Marta
Procópio, da DGIDC; Lurdes Godinho, da DREN; Mónica Baptista e Otília Sousa do
Instituto de Educação; Cristina Saavedra, coordenadora do projecto e professora de
Matemática; Adília Cruz, directora; Amélia Rodrigues, subdirectora; Olga Soares, coor-
denadora do departamento de Línguas; António Pereira, coordenador do departamento
de Matemática e Ciências Experimentais; Ana Saavedra, coordenadora dos directores de
turma; e Carla Sofia Paiva, educadora social.


       2. Trabalhos de intervenção observados


       A equipa do Instituto de Educação observou o trabalho desenvolvido nos grupos
de intervenção e prevenção. Na observação dos grupos estiveram presentes Marta Pro-
cópio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de Educação na visita à escola;
Mónica Baptista e Otília Sousa, do Instituto de Educação.


       3. Reunião com os professores de uma das turmas do 8.º ano envolvidas no
           projecto


       A reunião com os professores de um conselho de turma do 8.º ano envolvido no
projecto (8.º E) teve início às 15h10, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC
(como acompanhante do IE na visita à escola); Mónica Baptista e Otília Sousa, do Insti-
tuto de Educação; e os professores que fazem parte do conselho de turma.

                                           47
Visita ao Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro (Lourinhã)

                                  11 de Junho de 2010


        A segunda visita ao Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro teve início às
14h30 e terminou às 17h30. A visita envolveu uma reunião com a coordenação do pro-
jecto, apresentando-se em seguida uma descrição dos aspectos considerados relevantes.


        Reunião com a coordenação do projecto


        A reunião com a coordenação teve início às 14h30, tendo estado presentes Mar-
garida Belchior e Mónica Baptista, do Instituto de Educação, Maria Gorete Fonseca,
coordenadora do projecto, Bruno Santos, adjunto da direcção, e Fátima Alexandrino,
coordenadora do 1.º ciclo. Durante a reunião foram discutidos vários aspectos relativos
à reformulação do plano de trabalho para o próximo ano lectivo. A professora Gorete
Fonseca revelou receio em envolver os restantes professores no projecto. Nesta altura
foi equacionada a possibilidade de no próximo ano lectivo se levar a cabo uma oficina
de formação para os professores envolvidos no projecto. Durante a formação os profes-
sores teriam oportunidade de seleccionar e usar materiais de Matemática e Língua Por-
tuguesa na sala de aula e de reflectir sobre as suas práticas. A coordenadora do 1.º ciclo,
professora Fátima Alexandrino, e o professor Bruno Santos consideraram que a oficina
de formação será bem recebida por todos os professores e fomentará o seu envolvimen-
to.
        Em seguida, discutiram-se todos os campos que a escola teve que preencher no
formulário relativo ao plano de trabalho para o próximo ano lectivo, dando-se especial
atenção ao campo da coordenação e liderança do projecto. Salientou-se a necessidade de
existir uma equipa de coordenação que desenvolva um trabalho colaborativo.




                                            48
Anexo 3
     Programa do 1.º seminário




49
Anexo 4
     Lista de presenças no 2.º seminário




50
51
52
Relatório de acompanhamento de escolas híbridas
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Relatório de acompanhamento de escolas híbridas

  • 1. RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DAS ESCOLAS DE TIPOLOGIA HÍBRIDA 2009-10
  • 2. ÍNDICE Introdução 1 1. Actividades 2 1.1. Visitas às escolas 2 1.2. Seminários 3 1.3. Feedback aos planos reformulados 11 1.4. Formação 12 1.5. Plataforma Moodle – Espaço das escolas híbridas 12 2. Escolas 14 2.1. Escola Secundária de Valbom 14 2.2. Escola Secundária de Arouca 15 2.3. Escola Básica João de Meira 16 2.4. Escola Secundária António Nobre 17 2.5. Escola Básica Rainha Santa Isabel 18 2.6. Escola Secundária da Ramada 18 2.7. Escola Básica e Integrada de Miraflores 19 2.8. Escola Secundária de Sacavém 20 2.9. Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro 20 2.10. Escola Básica de Lagos 21 3. Meta-avaliação 23 3.1. Sucesso em termos de passagem de ano 23 3.2. Sucesso na Língua Portuguesa 24 3.3. Sucesso na Matemática 25 3.4. Sucesso noutras disciplinas 26 3.5. Assiduidade e abandono escolar 26 3.6. Apoio socioeducativo 27 4. Reflexão e recomendações 29 Anexos 31 Anexo 1 - Calendarização das visitas às escolas 32 Anexo 2 - Resumos das visitas às escolas 33 i
  • 3. Anexo 3 - Programa do 1.º seminário 49 Anexo 4 - Lista de presenças no 2.º seminário 50 Anexo 5 - Programa do 2.º seminário 53 Anexo 6 - Feedback dos planos reformulados 54 Anexo 7 - Necessidades de formação percepcionadas pelos professores envolvidos 65 Anexo 8 - Sucesso escolar global referente ao ano lectivo 2009/2010 66 Anexo 9 - Sucesso alcançado na disciplina de Língua Portuguesa, referente ao ano lectivo 2009/2010 67 Anexo 10 - Sucesso alcançado na disciplina de Matemática, referente ao ano lecti- vo 2009/2010 68 Anexo 11 - Sucesso alcançado nas disciplinas de Língua Estrangeira, referente ao ano lectivo 2009/2010 69 Anexo 12 - Sucesso alcançado nas disciplinas de História e Geografia de Portugal, História e Geografia, referente ao ano lectivo 2009/2010 70 Anexo 13 - Retenção por excesso de faltas e abandono escolar no ano lectivo 2009/2010 71 Anexo 14 - Apoio socioeducativo no ano escolar 2009/2010 72 ii
  • 4. INTRODUÇÃO O Instituto de Educação da Universidade de Lisboa foi convidado em Março de 2010 pela Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC) a reali- zar o acompanhamento científico das escolas/agrupamentos de escolas de tipologia híbrida no âmbito do Programa Mais Sucesso Escolar (PMSE). Fazem parte deste tipo de tipologia dez escolas localizadas em quatro regiões do país: Norte (DREN), Centro (DREC), Lisboa e Vale do Tejo (DRELVT) e Algarve (DREALG). O acompanhamento científico levado a cabo pelo Instituto de Educação envolveu o desenvolvimento de um plano de apoio do projecto dos agrupamentos de esco- las/escolas, a realização de visitas às escolas envolvidas, com elaboração de um diário de bordo de cada visita, o feedback aos materiais produzidos pelas esco- las/agrupamentos de escolas, a realização de seminários, a facilitação de informação científica e pedagógica e a apresentação de propostas de formação. O presente relatório descreve o trabalho desenvolvido com essas esco- las/agrupamentos, estando organizado em três secções principais. A primeira corres- ponde às actividades desenvolvidas pelo Instituto de Educação, referindo as visitas às escolas, os seminários, o feedback aos planos reformulados, a formação e a criação de um espaço de trabalho na plataforma Moodle do Instituto de Educação. A segunda diz respeito às escolas/agrupamentos, apresentando para cada uma os aspectos que conside- ramos mais relevantes. A terceira refere-se à meta-avaliação, procedendo-se a uma aná- lise das taxas de sucesso alcançadas no 3.º período por cada escola/agrupamento, da assiduidade e do abandono escolar dos alunos, e das taxas de apoio socioeducativo, no ano lectivo de 2009/10. Finalmente, o relatório encerra com diversas considerações finais e recomendações. No período a que respeita este relatório, a equipa do Instituto de Educação que intervém neste projecto é constituída por João Pedro da Ponte (coordenador), Carolina Gonçalves, Cláudia Nunes, Margarida Belchior, Mónica Baptista e Otília Sousa. 1
  • 5. 1. Actividades Nesta secção descrevem-se as actividades que o Instituto de Educação da Universi- dade de Lisboa levou a cabo no âmbito do Programa Mais Sucesso Escolar – Escolas Híbridas. 1.1. Visitas às escolas A equipa do Instituto de Educação visitou entre os meses de Abril e Junho de 2010 as escolas/agrupamentos de tipologia híbrida, efectuando o acompanhamento científico e pedagógico do respectivo projecto. Em cada Escola/Agrupamento estas visitas con- templaram três momentos distintos: (i) uma reunião com a coordenação do projecto, (ii) uma reunião com os professores de uma das turmas envolvidas (se possível todos os elementos do conselho de turma) e (iii) a observação de situações típicas do trabalho de intervenção em curso. A calendarização das visitas e o modo como os três momentos foram distribuídos em cada escola encontram-se no Anexo 1. A Equipa do Instituto de Educação foi apresentada e acompanhada em cada escola por um elemento representan- te da respectiva Direcção Regional de Educação e por um elemento da DGIDC. As reuniões com a coordenação do projecto visaram conhecer a equipa de coordena- ção e o modo como as tarefas se encontravam distribuídas, analisar o trabalho de inter- venção que estava a ser desenvolvido, discutir as dificuldades na sua condução e conhe- cer as necessidades de formação dos professores. As reuniões com os professores de uma das turmas envolvidas tinham como objec- tivo compreender o percurso da turma ao longo do ano lectivo, as dificuldades identifi- cadas pelos professores das diversas disciplinas, a articulação entre a coordenação do projecto e os professores da turma. Pretendia-se também discutir a actuação futura a realizar com a turma, dando especial atenção às dinâmicas de trabalho colaborativo a fomentar para o desenvolvimento do projecto. Durante a observação de situações do trabalho de intervenção assistimos a aulas e/ou actividades realizadas noutros espaços de ensino e de aprendizagem considerados pelas escolas/agrupamentos de escolas como situações típicas do seu projecto. Após a 2
  • 6. observação, realizámos uma reflexão conjunta sobre o trabalho de intervenção que esta- va a ser desenvolvido e a sua contribuição para a promoção de boas práticas. No final de cada visita às escolas/agrupamentos de tipologia híbrida elaborámos um diário de bordo. Este foi constituído por duas componentes principais, uma descritiva e outra reflexiva. Na componente descritiva procedemos à identificação da escola, ao registo da data e duração da visita, à descrição dos trabalhos de intervenção observados, da reunião com coordenação do projecto e da reunião com os professores de uma turma envolvida no projecto. Pelo seu lado, na componente reflexiva incluímos aspectos como: modo de trabalho da coordenação do projecto e estilo de liderança; articulação entre a coordenação do projecto e outros actores; actividades de intervenção que estão a ser desenvolvidas (aspectos interessantes e aspectos problemáticos); práticas de ensino dos professores (tarefas que propõem na sala de aula, modo como conduzem a comuni- cação, objectivos curriculares e competências a que dão prioridade, instrumentos e materiais utilizados, momentos de regulação do trabalho e papel dos alunos; papéis assumidos pelos professores que se relacionam com o projecto); papéis assumidos por outros actores (psicólogo, mediador, etc.) que se relacionam com o projecto; e relações entre o projecto e as famílias. Os resumos das visitas às escolas, feitos a partir dos diá- rios de bordo, encontram-se no Anexo 2. 1.2. Seminários No âmbito do PMSE – Escolas Híbridas realizaram-se dois seminários. O primeiro seminário teve lugar no dia 12 de Março de 2010 e foi organizado pela DGIDC. Este seminário representou o primeiro contacto da equipa do Instituto de Educação com as escolas de tipologia híbrida. O seminário iniciou-se com a apresentação, por parte dos responsáveis da DGIDC, das linhas gerais do PMSE e a caracterização geral dos projec- tos das escolas/agrupamentos de escolas que adoptaram esta tipologia. Após este momento, cada escola dispôs de quinze minutos para apresentar o seu projecto, referin- do os anos de escolaridade contratualizados, as disciplinas envolvidas, as estratégias organizacionais utilizadas e as taxas de sucesso referentes ao 1.º período lectivo, compa- rando com a média dos últimos quatro anos. 3
  • 7. Em seguida, tendo em vista compreender os projectos que cada escola se encontrava a desenvolver, em relação a cada intervenção, a equipa do Instituto de Educação colo- cou algumas questões relacionadas com a liderança e coordenação do projecto, as práti- cas dos professores, o modo como os professores envolvidos se organizavam, o envol- vimento dos encarregados de educação e as estratégias organizacionais adoptadas. No Anexo 3 encontra-se o programa deste primeiro seminário. O segundo seminário realizou-se no dia 6 de Julho de 2010 no Instituto de Educa- ção, tendo sido organizado por esta instituição. Estiveram presentes a Directora-Geral da DGIDC, outros responsáveis da DGIDC, o co-coordenador do PMSE, representantes da DRELVT, DREALG, DREC e DREN, e vários professores e técnicos das escolas envolvidas. A folha de presenças encontra-se no Anexo 4. O seminário teve início às 9h30 com a intervenção da Directora-Geral da DGIDC, Drª Alexandra Marques, seguindo-se a intervenção do co-coordenador do PMSE e Director-Geral da DREA, Professor Doutor José Verdasca, e a intervenção do Director do Instituto de Educação e coordenador da respectiva equipa, Professor Doutor João Pedro da Ponte. A Directora-Geral da DGIDC agradeceu ao Instituto de Educação por ter aceite o convite para acompanhar cientificamente os projectos das escolas de tipolo- gia híbrida, considerando que foram dadas as condições necessárias para as estas atingi- rem as metas a que se propuseram. Informou, ainda, que a DGIDC e o Ministério da Educação continuam empenhados em dar continuidade ao PMSE. Além disso, mencio- nou que as escolas tipologia híbrida têm um desafio mais forte que os projectos Turma Mais e Fénix, uma vez que têm uma maior diversidade de propostas de trabalho, consti- tuindo o seminário um bom momento para a troca de experiências. O co-coordenador do PMSE, na sua intervenção, referiu que os projectos de tipologia híbrida têm de “abrir um caminho”, existindo “uma descoberta diária” que pode servir de modelo para outras escolas. Finalmente, o Director do Instituto de Educação situou o desenvolvimento do projecto e explicou o propósito e modo de funcionamento do seminário. Após este momento, deu-se início à Mesa-Redonda 1, intitulada “Parceria esco- la-família: Estratégias para o envolvimento dos encarregados de educação na promoção do sucesso dos alunos”. Esta primeira mesa redonda foi dinamizada pelo Professor João Pedro da Ponte e nela participaram representantes das escolas Secundária de Valbom, 4
  • 8. Secundária de Sacavém e Básica de Lagos. Cada escola, em cerca de quinze minutos, apresentou o trabalho desenvolvido no âmbito do tema escola-família. A coordenadora do projecto da Escola Secundária de Valbom mencionou que a generalidade dos encarregados de educação é pouco escolarizada e participativa e valo- riza pouco a escola. Informou, ainda, que alguns encarregados de educação participam nos órgãos de gestão da escola, na associação de pais, nas reuniões de entrega das ava- liações e nas actividades abertas à comunidade. Para aumentar a participação dos encar- regados de educação na vida escolar, a escola delineou várias estratégias, como: (i) a apresentação do PMSE aos encarregados de educação em Setembro de 2009; (ii) a pro- moção de tarefas que permitem o envolvimento dos encarregados de educação; e (iii) o estabelecimento de parcerias com a Câmara Municipal, que entretanto disponibilizou um psicólogo e uma assistente social que trabalham com as famílias. Para além disso, a coordenadora referiu diversas acções empreendidas, mencionou os recursos e estruturas organizativas internas e externas à escola mobilizadas, realizou um balanço positivo das acções realizadas e indicou como pensam continuar no próximo ano os projectos relati- vamente a este campo. A professora de Língua Portuguesa e directora de uma das turmas intervencionadas da Escola Secundária de Sacavém começou por caracterizar os encarregados de educa- ção e apresentar as dificuldades com que a equipa do projecto se tem deparado na rela- ção escola-família. Em seguida, a professora mencionou as estratégias usadas para ultrapassar essas dificuldades, nomeadamente a recepção dos encarregados de educação no início do ano; a promoção do dia do diploma para todos os anos; a distribuição de convites para actividades culturais e para assistir a trabalhos dos respectivos educandos; e a realização da feira gastronómica com bolos confeccionados pelos pais. A professora de História continuou a apresentação focando as acções efectuadas, onde se enquadra- ram as parcerias com outras entidades, como, por exemplo, o projecto Esperança, o Banco Alimentar contra a Fome, e as acções de formação parental. Referiu, também, os recursos e as estruturas organizativas mobilizadas e indicou o que pensa a equipa melhorar no próximo ano lectivo, embora no quadro de uma grande incerteza provocado pela mudança organizativa iminente resultante da sua integração num mega-agrupamento. 5
  • 9. A psicóloga que acompanha os alunos envolvidos no PMSE da Escola Básica de Lagos, referiu que os principais problemas detectados na relação escola-encarregados de educação foram a falta de acompanhamento da vida escolar por parte das famílias e as baixas expectativas destas em relação ao percurso escolar dos alunos. Para ultrapassar essas dificuldades a equipa do projecto desta escola definiu como estratégias o reforço do contacto com os encarregados de educação; o acolhimento e acompanhamento dos encarregados de educação por parte de uma equipa multidisciplinar, constituída por psi- cóloga, socióloga e director de turma; a promoção de uma visão alargada do futuro per- curso escolar de cada aluno; e a apresentação da escola como estrutura integrada na e da sociedade, com meios e recursos que não se esgotam na educação escolar. De seguida, a psicóloga mencionou as principais acções empreendidas, realizou um balanço positivo das acções desenvolvidas e apresentou diversas iniciativas futuras. Em relação a este último ponto, a psicóloga referiu que no próximo ano lectivo a coordenação do projecto pretende manter as acções já empreendidas e colocar outras em prática, como por exemplo a dinamização de uma acção de formação dirigida aos encarregados de educa- ção; a programação de actividades visando envolver os encarregados de educação; a promoção do contacto directo de cada elemento do conselho de turma com os encarre- gados de educação; e a divulgação dos trabalhos dos alunos junto das famílias e da comunidade escolar. Após estas intervenções iniciais, seguiu-se um período de discussão. O Professor João Pedro da Ponte indicou que as Escolas Secundárias de Sacavém e de Valbom tinham dado ênfase a duas dimensões complementares. A primeira relaciona-se com o estabelecimento de relações entre a escola e a comunidade, procurando envolver os encarregados de educação. Trata-se de uma dimensão que permite construir um projecto que extravasa a actividade usual da própria escola. A segunda refere-se a uma perspec- tiva mais centrada na prevenção e resolução de problemas de casos específicos. Comen- tou, ainda, que a apresentação a Escola Básica de Lagos contemplava a segunda dimen- são, mas poderia avançar com mais iniciativas relativas ao envolvimento efectivo, em termos educativos, dos encarregados de educação. Nas intervenções seguintes, discu- tiu-se a importância deste envolvimento, o papel que os encarregados de educação podem assumir com os seus educandos e a relação entre a escolaridade dos encarrega- dos de educação e o sucesso dos alunos. 6
  • 10. A Mesa-Redonda 2 teve início às 11h40, foi moderada por Mónica Baptista e nela participaram as escolas Básica de João de Meira (de Guimarães), Básica Rainha Santa Isabel (de Leiria) e o agrupamento de escolas D. Joana de Castro (da Lourinhã). Cada escola dispôs quinze minutos para apresentar o trabalho desenvolvido no âmbito do tema “É possível a mudança curricular dentro da sala de aula?” A apresentação da Escola Básica de João de Meira centrou-se na descrição do tra- balho desenvolvido nas aulas de Língua Portuguesa. A professora da disciplina mencio- nou que propôs aos alunos a realização de um “trabalho do mês”, visando o desenvol- vimento da oralidade e da escrita. Durante a apresentação, a professora descreveu vários trabalhos do mês desenvolvidos pelos alunos, como, por exemplo, solicitar aos alunos que seleccionassem uma imagem e escolhessem uma frase que se adequasse a essa ima- gem. De seguida, a coordenadora do projecto da Escola Básica Rainha Santa Isabel refe- riu as principais dificuldades dos alunos, nomeadamente a nível da concentração, da leitura e compreensão de textos diversos, da expressão escrita e da autonomia. Para levar os alunos a ultrapassarem essas dificuldades, os professores têm diversificado as actividades, especificado o tempo para realização das tarefas e têm promovido uma par- ticipação dos alunos. A coordenadora do projecto salientou que o facto de poderem dividir as turmas ou de terem assessorias permitiu aos professores um maior acompa- nhamento dos alunos, sendo essa uma das mais-valias do projecto. Para terminar a apre- sentação, outra professora, que faz parte da coordenação do projecto e da direcção da escola, realizou um balanço positivo do trabalho desenvolvido. Finalmente, a coordenadora do projecto do Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro deu alguns exemplos de dificuldades detectadas no grupo de alunos envolvido, tendo referido dificuldades ao nível do raciocínio e do cálculo mental; do conhecimento dos números; da composição e decomposição de quantidades; da resolução de situações problemáticas; e da motivação, autonomia e concentração. Em seguida, a coordenadora mencionou algumas actividades e estratégias usadas na sala de aula e noutros espaços de trabalho, destacando a elaboração, por parte dos alunos, de um plano individual de trabalho e de um portefólio. Concluiu a apresentação com a realização de um balanço final positivo e descrevendo o plano de trabalho para o próximo ano lectivo. 7
  • 11. À semelhança da mesa-redonda anterior, seguiu-se um período de discussão alarga- do às restantes escolas. Neste período houve referência às tarefas valorizadas pelos pro- fessores nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática e à necessidade de se diag- nosticarem as dificuldades dos alunos no início do ano lectivo e de se acompanhar a evolução dessas dificuldades durante o ano. No final do ano, é necessário saber se as dificuldades diagnosticadas nos alunos permanecem ou foram ultrapassadas. Às 14h30 deu-se início à Mesa-Redonda 3 intitulada “Estratégias e condições de liderança pedagógica” e dinamizada por Cláudia Nunes. Esta mesa redonda contou com a presença das Escolas Básica da Ramada, Secundária de Arouca, Básica de Miraflores e Secundária António Nobre (Porto). A coordenadora do projecto da Escola Básica de Ramada referiu que a equipa de coordenação do projecto trabalhou conjuntamente com os diversos actores envolvidos (alunos, encarregados de educação, professores das disciplinas intervencionadas, equipa de coordenação e conselhos de turma), procurando assumir uma liderança marcada pela capacidade de unir esforços e criar dinâmicas de trabalho colaborativo. No entanto, durante este ano lectivo a equipa de coordenação enfrentou várias dificuldades, nomea- damente resistências ao trabalho colaborativo por parte de alguns professores; desactua- lização dos professores no âmbito das didácticas das disciplinas intervencionadas; dis- tanciamento do projecto dos professores cujas disciplinas não foram contratualizadas; falta de tempo e espaço para trabalho colaborativo; e reduzida mobilização dos conse- lhos de turma. Para finalizar a apresentação, a coordenadora mencionou instrumentos e procedimentos mobilizados para regular o trabalho desenvolvido, nomeadamente ques- tionários realizados aos alunos e encarregados de educação no final de cada período, actas dos conselhos de turma e relatórios produzidos pelo psicólogo e pelo gabinete de apoio disciplinar. A coordenadora da Escola Secundária de Arouca classificou a liderança do projecto como colectiva, referindo que a equipa de coordenação se distribuiu por dois grupos de trabalho: intervenção e prevenção. Além disso, explicou o papel desempenhado por cada interveniente e referiu os momentos de trabalho conjunto. Mencionou, ainda, as dificuldades com que a equipa se deparou, incluindo o acesso tardio a informações rela- cionadas com o projecto, a realização da intervenção e prevenção apenas uma vez por semana e a existência de muitos alunos por grupo e ano de escolaridade. Por último 8
  • 12. focou que a equipa de coordenação procede à regulação do projecto a partir das actas dos conselhos de turma, do conselho pedagógico e do conselho de directores de turma; dos planos e relatórios de recuperação; dos planos e relatórios das tutorias; da auto- avaliação dos alunos; e dos relatórios elaborados pela equipa de coordenação. A coordenadora da Escola Básica e Integrada de Miraflores referiu que a liderança do projecto foi unipessoal, constituindo esse aspecto uma dificuldade. Além disso, a coordenadora mencionou outras dificuldades, como a falta de tempo dos professores titulares e dos assessores para reuniões, partilha de experiências, consolidação de activi- dades e planificação conjunta; e a falta de pré-requisitos dos alunos. Para terminar a apresentação, a coordenadora referiu o modo como é realizada a regulação do projecto, incluindo neste ponto as reuniões com os professores assessores, as reuniões de conse- lho de turma, as reuniões com a DGIDC e com o Instituto de Educação, as reuniões de departamento, os relatórios de coordenadores da oficina de Matemática e da biblioteca escolar, a observação de aula, o tratamento estatístico dos dados da avaliação do final de período, a aferição do desempenho dos alunos pelos professores da turma, os relatórios do Observatório para a Intervenção Educativa e Social, as fichas de avaliação e a auto- avaliação dos alunos. A coordenadora da Escola Secundária António Nobre indicou que a equipa de coordenação é constituída por dois professores, estando atribuído à coordenadora o papel de proceder à elaboração de documentos, submetendo-os à apreciação do director da escola. Foram, ainda, identificados os actores que intervêm no projecto e enumerados os recursos usados para mobilizar os diversos actores. Além disso, a coordenadora refe- riu as dificuldades com que a coordenação do projecto se deparou, relacionadas com: a adequação do projecto às exigências da tutela; o início tardio da aplicação do projecto; o excesso de trabalho das directoras de turma; a falta de um psicólogo; o escasso número de tutores; a não existência na escola do Plano de Acção da Matemática; e a falta de formação de professores na área da identificação de dificuldades de aprendizagem, indisciplina e violência na escola, gestão de conflitos, gestão de problemas disciplina- res, comportamentos desviantes e gestão curricular. Por último, a coordenadora men- cionou os mecanismos de regulação usados, nomeadamente a realização de reuniões periódicas com as directoras de turma e a mediadora educativa, a realização de reuniões semanais com os professores das disciplinas contratualizadas, o contacto com os encar- 9
  • 13. regados de educação, a autarquia e a CPCJ, e a aplicação de instrumentos de avaliação aos alunos, encarregados de educação e professores. Após este momento, seguiu-se um período de discussão onde as restantes escolas puderam dar o seu contributo. Durante a discussão salientou-se a importância da lide- rança ser colectiva, dos professores desenvolverem um trabalho colaborativo e de existir um maior envolvimento de outros actores. Também foi salientado que as escolas devem procurar organizar-se de forma a, durante o período do projecto (previsto para quatro anos), construir um modelo de práticas lectivas e organizativo capaz de manter a susten- tabilidade do sucesso escolar dos alunos para além do projecto. O seminário terminou com um balanço final, onde se realizou uma síntese das visi- tas do Instituto de Educação às escolas e se informou o modo como o espaço da plata- forma Moodle está organizado. Deram-se, ainda, sugestões para a continuação do traba- lho no próximo ano lectivo. A este respeito o Professor João Pedro da Ponte mencionou que no 1.º período do próximo ano lectivo vão estar disponíveis na plataforma Moodle tarefas de Língua Portuguesa e de Matemática para os professores proporem na sala de aula. Estas propostas devem ser adaptadas tendo em consideração o contexto da escola. Além disso, referiu que no próximo ano lectivo vão realizar-se três seminários, tendo sido posto à consideração dos professores a preferência por seminários regionais ou nacionais. Os professores manifestaram preferência por seminários nacionais, tendo pelo menos um deles lugar na região Norte. De seguida, o Professor João Pedro da Pon- te mencionou que a equipa do Instituto de Educação se propõe trabalhar com as escolas em três frentes: (i) No campo das disciplinas, com relevo para as disciplinas contratuali- zadas, dando-se ênfase especial às tarefas a desenvolver com os alunos e aos modos de comunicação na sala de aula; (ii) No campo extra-aula, onde se incluem actividades a realizar com alunos e também com os encarregados de educação e a comunidade esco- lar; e (iii) No campo da organização e liderança do próprio projecto. Em relação à for- mação a realizar no próximo ano lectivo, o Instituto de Educação irá apresentar propos- tas, tendo em conta a região em que as escolas estão inseridas. No Anexo 5 encontra-se o programa deste seminário. 10
  • 14. 1.3. Feedback aos planos reformulados A equipa do Instituto de Educação solicitou a cada escola que reformulasse o plano de trabalho para o ano lectivo de 2010/11 até ao dia 28 de Junho 2010. Essa reformula- ção deveria ter em consideração vários pontos fundamentais: • Indicação dos anos de escolaridade, turmas e disciplinas a contratualizar; • Medidas a tomar no campo da prática lectiva na sala de aula das disciplinas a contratualizar; • Medidas a tomar no campo do trabalho com os alunos extra-aula; • Medidas a tomar no campo do trabalho com os encarregados de educação; • Medidas a tomar no campo da organização da equipa e da liderança no projecto; • Indicadores e instrumentos de recolha de dados a usar para a monitorização do progresso do projecto. Nos dias 6, 7 e 8 de Julho de 2010 foi dado feedback aos planos reformulados, oralmente e por escrito, em reuniões individuais realizadas com cada escola (Anexo 6). Na maioria das escolas o feedback assentou na discussão das medidas a tomar no campo da prática lectiva e no campo da organização da equipa e da liderança. Em relação ao campo da prática lectiva, discutimos com as escolas o tipo de tarefas a propor aos alu- nos, os modos de trabalho dentro da sala de aula, o modo como os professores se vão organizar para preparar as tarefas a propor e reflectir sobre os resultados da sua realiza- ção. Relativamente a medidas a tomar no campo da organização da equipa e da lideran- ça, discutimos com as escolas o estilo de liderança que a coordenação do projecto pro- curará assumir, a constituição da equipa de coordenação e o trabalho que esta pretende desenvolver com os vários actores envolvidos. A versão final dos planos foi enviada pelas escolas até ao dia 19 de Julho 2010, à excepção da Escola Secundária de Sacavém (cujo envio ainda se aguarda no momento em que se redige este relatório)1. 1 Este atraso pode relacionar-se com a reestruturação da rede escolar para o próximo ano lectivo, mencio- nada pelos professores desta escola, que vai impossibilitar a continuidade da equipa de coordenação do projecto no próximo ano lectivo. 11
  • 15. 1.4. Formação Durante as visitas às escolas fizemos um levantamento das percepções das necessi- dades de formação por parte dos professores envolvidos (Anexo 7). Atendendo a esse levantamento, foram indicadas três oficinas de formação, que decorreram entre 5 e 23 de Julho de 2010 no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, e que foram anunciadas aos professores das escolas de tipologia híbrida do Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Sul do país. Uma das oficinas, no âmbito da disciplina de Matemática, debru- çou-se sobre os Números e Álgebra no Novo Programa de Matemática do 3.º ciclo do ensino básico. As outras duas oficinas envolveram temas de natureza transversal, uma relacionada com desenho de projectos de e-learning e outra com as orientações actuais para a Educação Sexual em contexto escolar. Nesta última oficina, dez professores da Escola Secundária da Ramada e cinco professores da Escola Básica e Integrada de Miraflores mostraram-se interessados em participar. 1.5. Plataforma Moodle – Espaço das escolas Híbridas Durante as nossas visitas às escolas solicitámos aos coordenadores dos projectos que se registassem no espaço da plataforma Moodle (http//: meduc.fc.ul.pt) dedicado ao PMSE – Escolas Híbridas. Esse espaço encontra-se organizado em 10 secções. A secção 1 inclui a legislação de suporte ao PMSE, a caracterização do PMSE e a recolha de dados referentes às escolas. A secção 2 é dedicada aos projectos de escola, podendo encontrar-se os planos de trabalho referentes a este ano lectivo e os planos reformulados para o próximo. A secção 3 diz respeito aos seminários, contendo as apresentações das escolas realizadas nos dois seminários. Na secção 4 encontram-se textos relativos à organização e liderança de projectos, nomeadamente: • Boavida, A. M., & Ponte, J. P. (2002). Investigação colaborativa: Potencialida- des e problemas. In GTI (Ed.), Reflectir e investigar sobre a prática profissio- nal. Lisboa: APM. • Nunes, C. C., & Ponte, J. P. (2008). Os projectos de escola e a sua liderança. In GTI (Ed.), O professor de Matemática e os projectos de escola. Lisboa: APM. 12
  • 16. • Rocha e Fonseca (2008). Agora estamos dois professores na sala de aula. In GTI (Ed.), O professor de Matemática e os projectos de escola. Lisboa: APM. Na secção 5 estão incluídos textos de apoio às disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática. No que respeita à Língua Portuguesa os professores podem aceder ao tex- to: • Sousa, O. C. (2007). O Texto literário na escola: uma outra abordagem - Círcu- los de leitura. In F. Azevedo (Ed.) Formar leitores: das teorias às práticas (pp. 45-68). Lisboa: Lidel. e em relação à Matemática está acessível o texto: • Stein, M., & Smith, M. (2009). Tarefas matemáticas como quadro para a refle- xão. Da investigação à prática. Educação e Matemática, 105, 22-28. As secções que se seguem têm um espaço dedicado para cada uma das disciplinas envolvidas no projecto, nomeadamente Língua Portuguesa, Matemática, Inglês, Fran- cês, História e Geografia. 13
  • 17. 2. Escolas Nas subsecções que se seguem referimos aspectos que consideramos mais relevantes relativos a cada uma das escolas de tipologia híbrida. 2.1. Escola Secundária de Valbom Estiveram envolvidas no projecto três turmas de 7.º ano e as disciplinas interven- cionadas foram Língua Portuguesa, Matemática e Inglês. Como principais estratégias de acção, a escola usou as assessorias e a redução do número de alunos por turma. Esta escola tem várias actividades extra-aula, desenvolvidas, por exemplo, em clubes e em projectos relacionados com a saúde e as ciências, que procuram promover o envolvi- mento dos alunos na escola. Os professores mostraram-se muito preocupados com os comportamentos disrupti- vos dos alunos e reconheceram que uma das mais-valias da divisão da turma é o aumen- to da atenção e a melhoria do comportamento dos alunos. Não se identificaram por parte da generalidade dos professores das turmas intervencionadas preocupações com as mudanças a realizar nas práticas lectivas. Um dos desafios para o próximo ano é saber se estes professores assumem que este aspecto é decisivo no combate ao insucesso ou continuam a centrar todas as suas expectativas nos benefícios organizacionais para o controlo dos comportamentos disruptivos decorrentes das assessorias e da redução do número de alunos por turma. Fazem parte da equipa de coordenação três professoras que desenvolvem um traba- lho em conjunto. A equipa de coordenação do projecto mostra-se muito empenhada e está preocupada com as aprendizagens dos alunos, tendo considerado fundamental a intervenção no campo da prática lectiva e a formação de professores na área das didácti- cas. No entanto, uma das professoras que faz parte desta equipa manifesta dificuldades em dar resposta aos problemas actuais da população escolar, indicando a sua impotência face a algumas questões que vão surgindo. Os desafios que se colocam no próximo ano lectivo à coordenação do projecto envolvem: (i) saber se consegue levar os professores 14
  • 18. das disciplinas intervencionadas a reconhecer a necessidade de reflectir e mudar as suas práticas, (ii) manter e aprofundar o nível das actividades do projecto extra-aula; e (iii) actuar como uma equipa colectiva, com mobilização dos diferentes actores e realização de balanços regulares das actividades e a necessária correcção das orientações. 2.2. Escola Secundária de Arouca O projecto da escola incidiu sobre cinco turmas de 7.º ano e cinco turmas de 8.º ano, nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Inglês. Os professores que fazem parte da equipa de coordenação manifestaram preocupação com a aprendizagem dos alunos, tendo criado três grupos para integrar os alunos que revelam maiores difi- culdades ou que estão em risco de insucesso escolar: grupo de prevenção, grupo de intervenção e grupo de recuperação. No grupo de prevenção os alunos desenvolveram trabalho de projecto, no grupo de intervenção os alunos foram acompanhados nas disci- plinas envolvidas, funcionando como um apoio individualizado, e no grupo de recupe- ração os alunos tiveram apoio pedagógico acrescido. Nos grupos de prevenção e inter- venção os alunos tiveram ao mesmo tempo e no mesmo espaço três professoras de cada uma das disciplinas envolvidas. No entanto, verificou-se que o trabalho desenvolvido no âmbito dos grupos não se reflectiu na sala de aula, uma vez que, numa mesma turma, existiram poucos alunos envolvidos. Os professores de uma das turmas intervencionadas mostraram-se muito preocupados com os comportamentos disruptivos dos alunos e consideraram existir dificuldades em articular o trabalho desenvolvido nos grupos com o trabalho na sala de aula. A equipa de coordenação do projecto é constituída por seis professores das discipli- nas envolvidas que trabalham em conjunto. Esta equipa mostra-se muito empenhada e com um forte espírito de iniciativa. Os desafios que se colocam à equipa de coordena- ção do projecto no próximo ano lectivo envolvem: (i) a concretização de uma melhor articulação entre o trabalho de intervenção extra-aula e o trabalho realizado na sala de aula; (ii) o modo de promover nos professores das disciplinas intervencionadas a refle- xão sobre a mudança nas práticas lectivas a operar na sala de aula; e (iii) como valorizar 15
  • 19. um espaço de intervenção extra-aula, que envolva os próprios encarregados de educa- ção. 2.3. Escola Básica João de Meira O projecto envolveu uma turma de 6.º ano e seis turmas de 8.º ano, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, delineando como estratégias de acção assessorias ou divisão da turma nas disciplinas envolvidas. São realizadas numerosas actividades extra-aula que promovem o envolvimento dos alunos na escola. Além disso, a maioria destas actividades mobiliza a comunidade escolar, incluindo encarregados de educação. Trata-se de uma componente forte deste projecto. Como foi intervencionada apenas uma turma de 6.º ano a escola não conseguiu atingir a taxa de sucesso que contratualizou para esse ano de escolaridade. As duas professoras que fazem parte da coordenação desenvolvem um trabalho colaborativo, manifestam preocupação com as aprendizagens dos alunos, são muito empenhadas e têm um forte espírito de iniciativa. No entanto, o facto de a coordenadora do projecto ter mudado a meio do ano lectivo retardou o desenvolvimento do projecto, sendo apenas notório os seus efeitos nos alunos a partir de Março de 2010. A aula observada de Língua Portuguesa foi bem conseguida. Os alunos tiveram oportunidade de apresentar trabalhos e de desenvolver a capacidade de argumentar e comunicar. Foi promovida uma discussão em turma bastante interessante que levou os alunos a fundamentar e a defender as suas ideias. No entanto, na disciplina de Matemá- tica existe necessidade de valorizar a capacidade de resolução de problemas, comunica- ção e raciocínio. Para além do referido, também percebemos que os professores do con- selho de turma com quem reunimos têm um forte espírito de equipa e uma boa relação entre si. Tal como noutras escolas, os desafios que se colocam no próximo ano lectivo à coordenação do projecto envolvem: (i) saber como levar os professores das disciplinas intervencionadas a reconhecer a necessidade de reflectir e mudar as suas práticas (na direcção evidenciada pela aula assistida de Língua Portuguesa); (ii) manter o nível das actividades do projecto extra-aula; e (iii) actuar como uma equipa colectiva, com a 16
  • 20. mobilização dos diferentes actores e a realização balanços regulares da actividade empreendida e a correcção de orientações. 2.4. Escola Secundária António Nobre O projecto da escola incidiu sobre duas turmas de 7.º ano, nas disciplinas de Língua Portuguesa, Inglês e Matemática. As actividades delineadas no seu âmbito tiveram iní- cio muito tardiamente. A coordenação do projecto e os professores envolvidos estão muito preocupados com o comportamento disruptivo dos alunos. A principal estratégia de acção consiste na utilização de técnicos de educação (mediadores, psicólogos) para actuar junto dos alunos em situação de insucesso e das suas famílias. Este ano lectivo, a escola contratou uma mediadora educativa, sendo considerada pela coordenadora do projecto como uma elemento fundamental na ligação entre a escola e a família e entre a escola e outras entidades. De um modo geral, os professores consideraram que a exis- tência de psicólogos pode ajudar a resolver os problemas relacionados com os compor- tamentos disruptivos dos alunos. Os dois membros da equipa coordenação do projecto não desenvolvem um trabalho em equipa, estando o trabalho de coordenação essencialmente centrado na coordenado- ra. Segundo esta indicou, este trabalho releva a preocupação de preparar documentos escritos para submeter à apreciação do Director da escola. Além disso, os dois professo- res da equipa de coordenação não leccionaram turmas do ano de escolaridade contratua- lizado. Urge, portanto, reforçar a equipa de coordenação do projecto nesta escola. Para o próximo ano lectivo, colocam-se numerosos desafios a esta escola: (i) assu- me-se que o problema do insucesso dos alunos se combate essencialmente pela inter- venção de técnicos não docentes (psicólogos, mediadores) ou assume-se que também envolve a acção directa dos professores, na prática lectiva, realizando-se uma reflexão sobre essas mesmas práticas e considerando uma eventual mudança? (ii) pretende-se criar uma coordenação colectiva, feita por uma equipa que tome iniciativas, intervindo em diversos planos, mobilizando actores e corrigindo estratégias ou a coordenação vai continuar a actuar em moldes idênticos aos de 2009/10? (iii) qual o envolvimento que se vai procurar obter por parte dos professores das turmas contratualizadas? (iv) de que modo se pode tornar mais efectivo o papel dos técnicos de educação ao serviço do pro- 17
  • 21. jecto, de modo a que o seu trabalho produza os resultados pretendidos? e (v) de que modo a escola vai tirar partido dos recursos postos à sua disposição neste projecto? 2.5. Escola Básica Rainha Santa Isabel O projecto envolveu quatro turmas de 6.º ano e quatro turmas de 7.º ano, nas disci- plinas de Língua Portuguesa, Matemática e Inglês. A escola optou como estratégias de acção as assessorias e a divisão das turmas nas três disciplinas intervencionadas. A coordenação do projecto mostrou preocupação com as aprendizagens dos alunos, promovendo o trabalho colaborativo, em cada turma, entre o professor titular e o profes- sor assessor. De um modo geral, os professores envolvidos valorizaram um ensino expositivo, recorrendo à resolução de exercícios. Além disso, consideraram fundamental que os professores da mesma disciplina e os professores do mesmo conselho de turma tenham no seu horário um espaço para trabalharem em conjunto. A equipa de coordenação é constituída por duas professoras que tomam decisões conjuntas e partilham ideias sobre o desenvolvimento do projecto. Existem nessa equipa grandes potencialidades de liderança, mobilizando vários actores envolvidos no projecto e revelando forte espírito de iniciativa. O grande desafio que se coloca a esta escola é saber de que modo a coordenação pode envolver os professores das disciplinas inter- vencionadas num processo de efectiva reflexão e mudança de práticas lectivas. Para isso, será necessário reforçar a respectiva equipa de coordenação e saber como exercer uma liderança mais forte e actuante. 2.6. Escola Secundária da Ramada Encontraram-se envolvidas no projecto as sete turmas de 7.º ano da escola, nas dis- ciplinas de Língua Portuguesa, Inglês, Francês e Matemática. A escola delineou como principal estratégia de acção a divisão da turma. A coordenação do projecto mostrou preocupação com as aprendizagens dos alunos, mobilizando vários recursos para envol- ver diversos actores, como a Direcção da escola, os professores, os encarregados de educação e os directores de turma. 18
  • 22. Os membros da equipa de coordenação do projecto são dinâmicos e empenhados, têm um forte espírito de equipa, evidenciam iniciativa e trabalham colaborativamente. A coordenação procura assumir uma liderança marcada pela capacidade de unir esforços e promover dinâmicas de trabalho colaborativo. De um modo geral, os professores do conselho de turma, com quem reunimos, revelaram preocupação com as aprendizagens, valorizando momentos de trabalho em grupo ou em pares para os alunos consolidarem os conceitos e procedimentos. Também neste caso, o grande desafio que se coloca a esta escola é o modo como a coordenação do projecto pode envolver os professores das dis- ciplinas intervencionadas num processo de efectiva reflexão e mudança de práticas lec- tivas. Será ainda importante verificar como se pode conjugar de forma produtiva o tra- balho realizado extra-aula e o trabalho na sala de aula. 2.7. Escola Básica e Integrada de Miraflores O projecto desta escola incidiu sobre três turmas de 5.º ano, nas disciplinas de Lín- gua Portuguesa, Matemática, História e Geografia de Portugal, delineando como estra- tégia de acção criação de assessorias ou divisão da turma. A coordenação do projecto mostrou preocupação em aumentar a taxa de sucesso no 2.º ciclo, procurando atingir nesse ciclo de ensino a excelência. No entanto, realça-se que a escola tem uma taxa de sucesso muito mais baixa no 3.º ciclo do que no 2.º, existindo necessidade de repensar os anos contratualizados. A equipa de coordenação do projecto é constituída apenas por uma professora, estando todo o trabalho centrado nela. Há a salientar, ainda, que essa professora não lecciona as turmas envolvidas e faz parte da direcção da escola. Trata-se, portanto, de uma coordenação que precisa de ser fortemente reforçada. Os professores das discipli- nas envolvidas mostraram-se preocupados com a aquisição e consolidação das aprendi- zagens durante as aulas. Além disso, revelaram uma forte preocupação com a marcação e verificação dos trabalhos de casa. Os desafios que se colocam a esta escola são múlti- plos, uma vez que há que passar o centro de gravidade do trabalho do 2.º ciclo para o 3.º ciclo: (i) como envolver na reflexão sobre as suas práticas lectivas os professores das 19
  • 23. turmas intervencionadas?; e (ii) como conseguir uma liderança mais actuante por parte da coordenação do projecto junto dos respectivos intervenientes? 2.8. Escola Secundária de Sacavém O projecto da escola incidiu sobre as duas turmas de 7.º ano da escola, nas discipli- nas de Língua Portuguesa, História e Geografia. A estratégia de acção seguida passou pela divisão das turmas em dois grupos nas disciplinas de História e Geografia, recor- rendo à sobreposição do horário semanal. Na disciplina de Língua Portuguesa foi adop- tada a estratégia da assessoria ou a da divisão das turmas. A equipa de coordenação e os professores envolvidos mostraram-se preocupados com os comportamentos disruptivos dos alunos, tentando mobilizar os encarregados de educação e outras entidades para ultrapassar esse problema. A equipa de coordenação do projecto envolve professores das disciplinas interven- cionadas, uma psicóloga e a subdirectora da escola. Esta equipa revela-se muito empe- nhada e dinâmica, procurando envolver no projecto todos os professores pertencentes aos conselhos de turma do 7.º ano. Os professores durante as suas aulas promovem vários modos de trabalho na sala de aula: individual, pares e grupo e tentam pôr em prá- tica estratégias de ensino que vão ao encontro dos interesses dos alunos, proporcionando a sua inclusão na vida escolar. Os grandes desafios que se colocam a esta escola, no próximo ano lectivo, são: (i) a reconstituição da equipa à luz da nova realidade organi- zativa (o mega-agrupamento); e (ii) a consideração da necessidade de reflexão dos pro- fessores sobre as suas práticas lectivas, de modo a encontrar estratégias que favoreçam a aprendizagem dos alunos. 2.9. Agrupamento de escolas D. Joana de Castro (Lourinhã) Estiveram envolvidas no projecto dez turmas de 1.º ano e onze turmas de 2.º ano, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, tendo sido delineada como princi- pal estratégia de acção a criação de grupos de alunos de pequena dimensão para inter- venção. 20
  • 24. A coordenadora do projecto mostrou preocupação com as aprendizagens dos alu- nos, promovendo o diagnóstico das suas dificuldades para as disciplinas envolvidas e proporcionando-lhes momentos de trabalho individual. O trabalho desenvolvido com os alunos funcionou com uma estrutura semelhante às aulas de apoio, sendo uma aplicação dos conteúdos de Língua Portuguesa e de Matemática leccionados pelos professores titulares das turmas. A equipa de coordenação do projecto é constituída por dois professores, não exis- tindo neste ano lectivo um trabalho colaborativo entre eles, nem um horário formalizado para se reunirem. O trabalho da coordenação centra-se na coordenadora, existindo necessidade de aumentar o envolvimento de outros professores quer na coordenação do projecto, quer no próprio trabalho de intervenção. Os desafios para o próximo ano lecti- vo envolvem: (i) a constituição e funcionamento de uma verdadeira coordenação colec- tiva, apoiada na Direcção do agrupamento e capaz de mobilizar os professores envolvi- dos; e (ii) a adopção de estratégias de trabalho que levem os professores das turmas intervencionadas, bem como os professores dos apoios socioeducativos que trabalhem com essas turmas, a reflectir sobre as suas práticas lectivas. 2.10. Escola Básica de Lagos O projecto desta escola envolveu uma turma de 7.º ano, nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Inglês. A principal estratégia de acção consiste na utilização de técnicos de educação (sociólogos, psicólogos) para actuar junto dos alunos em situa- ção de insucesso e das suas famílias. Como foi intervencionada apenas uma turma de 7.º ano, a escola não conseguiu atingir a taxa de sucesso que contratualizou para esse ano de escolaridade, uma vez que a taxa de sucesso atingida nessa turma não se reflectiu de forma expressiva nos resultados globais. A coordenação e os professores envolvidos mostraram preocupação com os com- portamentos disruptivos dos alunos, sendo muito valorizado o papel da psicóloga e da socióloga para o desenvolvimento do projecto. As duas técnicas educativas foram con- sideradas elementos fundamentais para promover a ligação entre a escola e os encarre- gados de educação e a aquisição por parte dos alunos de métodos e hábitos de trabalho. 21
  • 25. A equipa de coordenação é constituída por três elementos: psicóloga, socióloga e coordenador do projecto, centrando-se o trabalho de coordenação neste último interve- niente. Esta equipa de coordenação, apesar de incluir pessoas empenhadas, dinâmicas e com espírito de iniciativa, mostra-se deficitária em termos de professores, que dinami- zem o trabalho de intervenção na sala de aula e noutros espaços de aprendizagem, pelo que deverá ser reforçada. Os grandes desafios do projecto, no próximo ano lectivo, são: (i) a valorização da vertente do projecto mais directamente ligada às práticas lectivas; e (ii) a passagem do centro de gravidade da coordenação do projecto do campo da inter- venção técnica (da psicóloga e da socióloga) para o campo da intervenção educativa (a cargo de professores). 22
  • 26. 3. Meta-avaliação 3.1. Sucesso em termos de passagem de ano Os resultados do sucesso escolar de cada escola, em termos de passagem de ano, encontram-se no Anexo 8. À excepção da Escola Básica de João de Meira e da Escola Básica de Lagos, as restantes oito escolas atingiram as metas relativas à taxa de sucesso a que se propuseram. Assim, as taxas de sucesso das Escolas Secundárias António Nobre (com 91% de sucesso escolar no 7.º ano), Valbom (com 90% no 7. ano) e Rama- da (também com 91% no 7.º ano) foram as que mais claramente ultrapassaram a meta proposta (todas na ordem dos 9%-10%). Ainda no campo dos resultados positivos há a registar que a Escola Secundária de Sacavém conseguiu alcançar no 7.º ano a taxa de sucesso escolar de 76%, superando a meta proposta em 5%. A Escola Básica Rainha Santa Isabel atingiu, para o 6.º ano, uma taxa de sucesso de 97%, ultrapassando a meta proposta em 2%, e, para o 7.º ano, atingiu uma taxa de sucesso de 88%, igual à meta proposta. A taxa de sucesso alcançada pela Escola Básica de Miraflores (96%) coincidiu com a meta a que se propôs. A taxa de sucesso alcançada pela Escola Secundária de Arouca no 7.º ano foi de 95%, ultrapas- sando a meta proposta em 4%, e no 8.º ano foi de 93%, superando a meta proposta em 1%. Finalmente, o Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro ultrapassou a meta a que se propôs em 1% nos dois anos contratualizados (1.º e 2.º anos de escolaridade), sendo a única escola que alcançou uma taxa de sucesso de 100% (no 1.º ano). Em contrapartida, a Escola Básica de João de Meira, para o 6.º ano, tinha como meta atingir uma taxa de sucesso de 98% e apenas conseguiu alcançar 89% (ficou aquém 9%). Este resultado prende-se com o número de turmas contratualizadas nesse ano de escolaridade. Efectivamente, apesar de a taxa de sucesso na turma contratualiza- da (78%) ser superior à taxa registada no final do ano lectivo anterior (58%), isso não chegou para ter um impacto significativo no conjunto das turmas do ano. Em relação ao 8.º ano, também contratualizado pela escola, verificou-se uma taxa de sucesso de 95%, ultrapassando a meta a que se propôs em 1%. 23
  • 27. A Escola Básica de Lagos contratualizou o 7.º ano, tendo alcançado uma taxa de sucesso de 81%, inferior à taxa de sucesso proposta de 84%. À semelhança da Escola Básica de João de Meira no 6.º ano, a Escola de Lagos apenas envolveu uma turma no ano contratualizado, e os resultados alcançados por esta turma não se reflectiram de modo marcante nos resultados globais. A Escola Secundária António Nobre, como referimos, ultrapassou significativa- mente a meta proposta para o 7.º ano. A sua taxa de sucesso escolar aumentou de forma muito acentuada do 1.º para o 3.º período (de 59% para 91%), o que constitui uma evo- lução sem paralelo em qualquer das outras escolas. No entanto, apesar desta evolução aparentemente muito positiva, o facto é que a escola teve uma taxa de sucesso inferior à média histórica nas disciplinas de Matemática e Inglês. Deste modo, torna-se difícil perceber se se trata de facto de um caso de progresso no combate ao insucesso escolar. 3.2. Sucesso na Língua Portuguesa As taxas de sucesso escolar na disciplina de Língua Portuguesa, referentes ao ano lectivo de 2009/10, encontram-se no Anexo 9. A Escola Secundária da Ramada superou a média histórica (a média da taxa de sucesso dos últimos quatro anos lectivos) nesta disciplina em 23% e a Escola Secundária de Valbom ultrapassou-a em 20%, sendo as escolas com maior progresso em relação à média histórica. Além disso, é de assinalar que a Escola Secundária de Arouca é a escola com maior taxa de sucesso a Língua Por- tuguesa (96% no 7.º ano). Resultados ainda de registar pela positiva são os das Escolas Rainha Santa Isabel no 6.º ano (93% de sucesso alcançado), a Escola Básica de Miraflores (95%) e o Agrupa- mento de Escolas D. Joana de Castro no 1.º ano (92%). Em contrapartida, verificamos que a Escola Básica de João de Meira no 6.º ano é a única que não superou a média histórica. Assim, esta escola alcançou uma taxa de sucesso de 85% na disciplina de Língua Portuguesa neste ano, sendo a média história superior em 4%. Há várias escolas que apresentam resultados absolutos de sucesso na disciplina de Língua Portuguesa inferiores ao 90%. Assim, a Escola Secundária António Nobre tem a menor taxa de sucesso à disciplina (70%). Também fracos são os resultados obtidos na 24
  • 28. Escola Básica de Lagos (taxa de sucesso de 75%) e, em menor grau, na Escola Secundá- ria de Sacavém (82%), na Escola Secundária de Arouca no 8.º ano (84%), a Escola Secundária João de Meira (para além dos 85%, no 6.º ano, tem apenas 88% no 8.º ano), e na Escola Básica Rainha Santa Isabel no 7.º ano e no Agrupamento de Escolas D. Joa- na de Castro no 2.º ano (ambos com 88%), 3.3. Sucesso em Matemática As taxas de sucesso escolar para a disciplina de Matemática, referentes ao ano lec- tivo de 2009/10, encontram-se no Anexo 10. A Escola Secundária de Valbom é aquela que registou maior progresso, tendo alcançado a taxa de 80% (ultrapassando em 22% a média histórica). Progressos também assinaláveis verificam-se no Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro, no 2.º ano, com uma taxa de 85% (superior em 8% à média histórica), na Escola Secundária de Arouca, no 7.º ano, com uma taxa de 74%, e no Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro, no 1.º ano, com uma taxa de 94% (ambos superiores em 6% à média histórica), Escola Secundária da Ramada com uma taxa de 72% e Básica Rainha Santa Isabel, no 7.º ano, com uma taxa de 76% (ambas superiores em 5% à sua média histórica). Resultados marginalmente positivos registam-se na Escola Secundária de Arouca, no 8.º ano, com uma taxa de 74% e Básica de Lagos com uma taxa de 62% (ambas superiores em 2%) à média histórica, João de Meira – 8.º ano com uma taxa de 72% e Miraflores, com uma taxa de 86% (ambos superiores em 1% à média histórica). O Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro (Lourinhã) é onde se verifica a maior taxa de sucesso à disciplina de Matemática (94% no 1.º ano). Pelo lado negativo, há que referir que a Escola Básica de João de Meira, no 6.º ano, e a Escola Secundária António Nobre, no 7.º ano, obtiveram uma taxa de sucesso infe- rior à média história. Com efeito, a Escola Básica de João de Meira obteve, no 6.º ano, a taxa de sucesso de 86%, inferior em 2% à sua média histórica e a Escola Secundária António Nobre obteve uma taxa de sucesso de 47%, inferior em 8% da média histórica. A Escola Secundária António Nobre é a escola, destacada, onde se verifica menor taxa de sucesso para esta disciplina (47%). Seguem-se a Escola Básica de Lagos (62%), e as Escolas Básica João de Meira (72%, no 8.º ano), Secundária da Ramada (72%), Secun- 25
  • 29. dária de Arouca (72%, no 8.º ano, e 74%, no 7.º ano), e Básica Rainha Santa Isabel, no 7.º ano (76%). 3.4. Sucesso noutras disciplinas A taxa de sucesso escolar para as Línguas Estrangeiras, referente ao ano lectivo de 2009/10, encontra-se no Anexo 11. No que respeita à disciplina de Inglês, mais uma vez, a Escola Secundária de Valbom foi a que superou mais a média histórica (em 20%). A Escola Secundária da Ramada foi a que teve maior taxa de sucesso à disciplina (de 93%). Além disso, esta escola é a única que envolveu a disciplina de Francês, sendo a taxa de sucesso alcançada (de 93%) superior (em 16%) à média histórica. Em contra- partida, a Escola Secundária António Nobre é a única em que a taxa alcançada (de 63%) é inferior à média histórica (em 6%). A taxa de sucesso escolar, referente ao ano lectivo de 2009/10, para as disciplinas de História e Geografia de Portugal, História e Geografia encontra-se no Anexo 12. Estas disciplinas apenas foram contratualizadas pelas escolas Básica de Miraflores e Secundária de Sacavém. A Escola Básica de Miraflores obteve 96%, ultrapassando em 4% a sua média histórica (de 92%) na disciplina de História e Geografia de Portugal. A Escola Secundária de Sacavém obteve 93%, superando em 20% a sua média histórica (de 62%) na disciplina de Geografia e, registou 58% de sucesso na disciplina de Histó- ria, não alcançando a média histórica (de 61%). 3.5. Assiduidade e abandono escolar Relativamente aos alunos retidos por excesso de faltas, verificámos que quatro escolas possuem registo de alunos nesta situação (Anexo 13), nomeadamente a Escola Secundária António Nobre, a Escola Básica de João de Meira, a Escola Secundária da Ramada e a Escola Secundária de Sacavém. A Escola Secundária António Nobre desta- ca-se por ser a que possui uma maior taxa de alunos retidos por faltas (8%). Em relação ao abandono escolar (Anexo 13), verificámos que a Escola Secundária António Nobre tem um caso de abandono e a Escola Básica de Lagos tem dois casos de alunos nessa situação. 26
  • 30. A Escola Secundária de Valbom tem dois alunos que reorientaram o seu percurso escolar e três alunos que foram transferidos (Anexo 13). Além desta escola, existem outras com casos de alunos transferidos, nomeadamente a Escola Secundária António Nobre (com quinze alunos), a Escola Básica de Lagos (onze alunos), o Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro (nove alunos), a Escola Básica de João de Meira e a Escola Secundária de Sacavém (ambas com seis alunos), a Escola Básica de Miraflores (três alunos) e a Escola Básica Rainha Santa Isabel (com um aluno). É muito importante per- ceber-se as razões das transferências dos alunos e o que as escolas podem fazer para diminuir o número de alunos nesta situação. 3.6. Apoio socioeducativo A taxa de alunos com apoio socioeducativo, referente ao ano lectivo de 2009/10, encontra-se no Anexo 14. A Escola Secundária de Arouca é aquela que registou, no 7.º ano, uma maior taxa de apoio socioeducativo (de 86%). O resultado elevado pode rela- cionar-se com a existência do grupo de recuperação que funciona como apoio pedagógi- co acrescido. Além disso, no 8.º ano, 60% dos alunos desta escola usufruem de apoio socioeducativo. Há outras escolas cuja taxa de apoio socioeducativo é superior a 50%, nomeadamente a Escola Básica João de Meira (62% no 8.º ano) e a Escola Secundária da Ramada (56%). Num patamar inferior temos a Escola Básica Rainha Santa Isabel com 47% de alu- nos do 6.º ano a usufruir de apoio socioeducativo e 36% de alunos no 7.º ano. Existem três escolas com taxa de apoio socioeducativo compreendidas entre os 20% e 30%, a Escola Secundária de Valbom (29%), a Escola Básica de Miraflores (24%) e a Escola Secundária de Sacavém (23%), e três escolas com taxa entre os 10% e 20%, a Escola Secundária António Nobre (19%), a Escola Básica João de Meira (10% no 6.º ano) e a Escola Básica de Lagos (13%). O Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro é onde se verifica a menor taxa de alunos com apoio socioeducativo (9% no 1.º ano e de 6% no 2.º ano). Procedendo à análise da taxa de alunos com apoio socioeducativo e da taxa de alu- nos com sucesso escolar verificamos que parece não existir uma relação directa entre as duas em alguns casos mas existir noutros. Assim, várias escolas têm taxas de apoio 27
  • 31. socioeducativo pouco elevadas (inferior a 30%) e taxas de sucesso elevadas (superiores a 90%. É o caso do Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro, para o 1.º ano, onde se verifica uma taxa de alunos com apoio socioeducativo reduzida (de 9%) e uma elevada taxa de sucesso escolar (de 100%) A Escola Secundária António Nobre também uma fraca taxa de alunos com apoio socioeducativo (de 19%) e uma elevada taxa de sucesso escolar (de 91%), acontecendo uma situação semelhante na Escola Básica de Miraflores (taxa de apoio socioeducativo de 24% e taxa de sucesso de 96%) e na Escola Secundária de Valbom (taxa de apoio socioeducativo de 29% e taxa de sucesso de 90%). Em contrapartida, outras escolas têm resultados de sucesso escolar elevados (supe- riores a 90%), mas registam uma taxa de alunos com apoio socioeducativo superior a 50%, nomeadamente a Escola Secundária de Arouca (taxa de apoio socioeducativo de 86%, no 7.º ano, e taxa de sucesso de 95% e taxa de apoio socioeducativo de 60%, no 8.º ano e taxa de sucesso de 93%), a Escola Básica de João de Meira (taxa de apoio socioeducativo de 62%, no 8.º ano, e taxa de sucesso de 95%) e a Escola Secundária da Ramada (taxa de apoio socioeducativo de 56% e taxa de sucesso de 91%). Finalmente, numa zona mista, existem outras escolas com taxa de apoio socioedu- cativo reduzido ou moderado (entre 10% e 50%) e com taxa de sucesso inferior a 90%, como é o caso da Escola Básica de João de Meira (taxa de apoio socioeducativo de 10%, no 6.º ano, e taxa de sucesso de 89%), Escola Básica de Lagos (taxa de apoio socioeducativo de 13% e taxa de sucesso de 81%), da Escola Secundária de Sacavém (taxa de apoio socioeducativo de 23% e taxa de sucesso de 76%) e Escola Básica Rainha Santa Isabel (taxa de apoio socioeducativo de 36%, 7.º ano, e taxa de sucesso de 88%). 28
  • 32. 4. Reflexão e recomendações Durante as visitas realizadas às escolas tivemos oportunidade de observar os traba- lhos de intervenção que estavam a ser desenvolvidos. Assim, observámos o trabalho que estava a ser levado a cabo no âmbito da prática lectiva, tendo-se assistido a aulas de Língua Portuguesa, Matemática, Inglês, Francês, História, Geografia, História e Geografia de Portugal e Formação Cívica. Observámos também o trabalho que estava a ser desenvolvido por técnicos educativos, nomeadamente mediadores, sociólogos e psi- cólogos. Observámos ainda o trabalho que estava a ser levado a efeito no campo extra- aula, como nos grupos de intervenção e prevenção na Escola Secundária de Arouca e nos grupos de alunos que trabalham fora da sala de aula no Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro. Em cinco escolas constatámos que os professores estavam extrema- mente preocupados com os comportamentos disruptivos dos alunos. Na maioria das aulas observadas verificámos que os professores seguiram um ensino de cariz forte- mente expositivo, valorizando a apresentação de conceitos através do discurso magis- tral, seguido da resolução de exercícios pelos alunos para a consolidação das aprendi- zagens. Consideramos que há necessidade de os professores porem em prática um ensi- no baseado na realização de tarefas desafiantes e motivadoras, tendo por base uma diversidade de tarefas. Na nossa perspectiva, trata-se de um desafio transversal a todas as escolas, embora algumas pareçam estar já a dar, numa ou noutra disciplina, passos significativos nesta direcção. De um modo geral, verificamos que as escolas adoptaram dois grandes tipos de estratégias de acção: (i) divisão de turmas ou criação de assessorias dentro das turmas; e (ii) acção directa de técnicos de educação (psicólogos, sociólogos ou mediadores) para intervir junto do alunos em situação de insucesso (ou perigo de insucesso) e das suas famílias. Ambas as estratégias têm indiscutível utilidade, mas não atacam o pro- blema do insucesso onde ele efectivamente se gera – na actividade de ensi- no-aprendizagem na sala de aula. Consideramos que o Programa Mais Sucesso Escolar – Escolas de Tipologia Híbrida só pode ter êxito e sustentabilidade se a questão das prática lectivas na sala aula, e a sua adequação a alunos com características diversas, 29
  • 33. assumir de facto um papel central, em articulação com medidas organizativas, com o trabalho dos técnicos de educação e com outras acções a realizar extra-aula, a nível de escola. As equipas de coordenação do projecto, na maioria das escolas, são constituídas por vários elementos, encontrando-se as tarefas distribuídas. Os elementos que constituíam a equipa de coordenação variaram: professores das disciplinas intervencionadas e ele- mentos da direcção da escola; professores das disciplinas intervencionadas e técnicos educativos (mediador e psicólogo); professores das disciplinas intervencionadas e coordenador dos directores de turma; professores das disciplinas intervencionadas; pro- fessores que submeteram o projecto. A colegialidade e eficácia das lideranças nas diversas escolas varia consideravelmente. Existem situações em que se reconhecem equipas de coordenação forte, mas cujo poder de mobilização fica aquém do que se poderia esperar (por insuficiência das estratégias de acção?), e existem situações em que a coordenação é dispersa ou tarefista, sendo reduzido o seu poder mobilizador e, ainda menor, o seu poder questionador das práticas lectivas vigentes À excepção da Escola Secundária da Ramada, nas restantes escolas não nos foi dado perceber a existência de um espaço formalizado no horário para a equipa de coor- denação reunir entre si e com os restantes actores. Será fundamental que os professores reflictam sobre a importância de uma maior articulação entre os elementos que fazem parte da equipa de coordenação e entre a coordenação e os vários intervenientes. É igualmente importante que os professores desenvolvam a capacidade de trabalharem colaborativamente para melhorarem o sucesso escolar, discutindo os sucessos e as difi- culdades. Torna-se necessário a tomada de consciência de que as taxas de sucesso esco- lar não dependem apenas das disciplinas intervencionadas, mas do envolvimento de todas as disciplinas no projecto. Reflectir sobre estes pontos em conjunto com as equipas de coordenação das esco- las será uma tarefa do Instituto de Educação para o próximo ano do projecto PMSE – Escolas Híbridas. Esperamos, que, para isso, a DGIDC possa manter as condições necessárias para as escolas continuarem a desenvolver os projectos no âmbito do PMSE. 30
  • 35. Anexo 1 Quadro 1 Calendarização e programação das visitas a cada escola Escola Data da Programação Visita Escola Secundária de 20 de 8:15- Aula de Português do 7º A Sacavém Abril 10:05- Aula de História e Geografia 11:45 - Reunião com a coordenação do projecto 14:15 - Reunião com um conselho de turma do 7º ano Escola Básica da 28 de 10:00 - Reunião com a equipa de coordenação Ramada Abril 12:00 - Reunião com o Conselho de Turma do 7ºB 15:15 - Aula de Francês (7ºE) e aula de Matemática (7ºA) Escola Básica de 3 de Maio 11:00 - Reunião com a coordenação do projecto Lagos 14:20 - Sessão de trabalho conjunta da psicóloga, assistente social e director de turma com os alunos 15:10 - Aula de Matemática 16:45 - Reunião com professores de um conselho de turma Agrupamento de 10 de 9:30 - Reunião de coordenação na escola sede Escolas D. Joana de Maio 14:00 - Observação de intervenção na EB 1 Atalaia Castro 15:30 - Reunião com uma professora titular Escola Básica Rainha 12 de 10:20 - Observação de aula Santa Isabel Maio 12:00 - Reunião com coordenação do projecto 14:30 - Reunião com Conselho de Turma Escola Secundária 17 de 11:30 - Reunião com coordenação António Nobre Maio 15:15 - Aula de Língua Portuguesa 17:00 - Reunião com Conselho de Turma (7ºA) Escola Básica João 18 Maio 10:00 - Reunião com a Equipa de Coordenação do PSME Meira 13:30 - Observação de uma aula de Língua Portuguesa 15:00 - Reunião com o Conselho de Turma Escola Secundária de 19 Maio 9:00 - Reunião com a coordenação do projecto. Valbom 11:00 - Observação do trabalho de intervenção na turma B 11:55 - Observação do trabalho de intervenção na turma D 14.30 - Reunião com os directores das turmas envolvidos, profes- sores das 3 disciplinas de intervenção e coordenação Escola Básica de 24 de 10:00 - Reunião com a equipa afecta ao Projecto Miraflores Maio 11:45 - Aula de História e Geografia de Portugal do 5º B 13:30 - Reunião conjunta com Coordenação do Projecto, professo- ras assessoras e elementos do Conselho de Turma do 5º B Escola Secundária de 1 de Junho 10:15 - Reunião com a coordenação do projecto “SOSucesso.esa” Arouca 12:00 - Observação do trabalho desenvolvido nos dois grupos: grupo de intervenção e grupo de prevenção. 15:10 - Reunião com os professores e os intervenientes não docen- tes, da turma E do 8º ano Agrupamento de esco- 12 de 14:30 - Reunião com a coordenação do projecto las D. Joana de Castro Junho 32
  • 36. Anexo 2 Resumos das visitas às escolas Visita à Escola à Secundária com 3.º Ciclo de Sacavém 20 de Abril de 2010 A visita à Escola Secundária de Sacavém teve início às 8h15 e terminou às 17h. Durante a sua realização, foi observado o trabalho de intervenção que está a ser desen- volvido nas disciplinas contratualizadas, nomeadamente Língua Portuguesa, História e Geografia. A visita também envolveu uma reunião com a coordenação do projecto e uma reunião com os professores dos dois conselhos de turma contratualizados (7.ºA e 7.ºB). 1. Trabalhos de intervenção observados Estiveram presentes na observação do trabalho de intervenção Cláudia Nunes, Mónica Baptista, Professora Otília Sousa, da equipa do Instituto de Educação da Uni- versidade de Lisboa e Marta Procópio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de Educação na visita à escola. 2. Reunião com a coordenação do projecto A reunião com a coordenação teve início às 12h00, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC; Paula Josefa Silva, da DRELVT; Cláudia Nunes, Mónica Baptis- ta e Otília Sousa, do Instituto de Educação; Filomena Costa, Directora da Escola; Naza- ré Barros, Sub-Directora da Escola; Alexandra Gameiro Salema, Directora de Turma do 7.º A e professora de Língua Portuguesa; Maria José Calado, Directora de Turma do 7ºB e professora de Ciências Físico-Químicas; Genoveva Pereira, professora de História do 7.º A; Ana Jorge, professora de Geografia dos 7.º A e 7.º B; e Leonor Vozone, psicó- loga do SPO. 33
  • 37. 3. Reunião com os professores das duas turmas do sétimo ano envolvidas no projecto A reunião com os professores dos conselhos de turma do 7.º ano envolvidos no projecto (7.º A e 7.º B) teve início às 14h15, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC (como acompanhante do IE na visita à escola); Cláudia Nunes, Mónica Baptista e Otília Sousa, do Instituto de Educação; Nazaré Barros, vice-directora da escola; Leo- nor Vozone, psicóloga do SPO; e todos os professores que fazem parte dos dois conse- lhos de turma, à excepção da professora de Ciências Físico-Químicas do 7.º A que se encontrava numa visita de estudo. 34
  • 38. Visita à Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico da Ramada 28 de Abril de 2010 A visita à Escola Secundária com 3.º ciclo do Ensino Básico da Ramada teve início às 10h00 e terminou às 17h00. A visita envolveu uma reunião com a coordenação do projecto, uma reunião com os professores de uma turma contratualizada (7.º B) e a observação do trabalho de intervenção que está a ser desenvolvido nas disciplinas de Francês e Matemática. 1. Reunião com a coordenação do projecto A reunião com a coordenação teve início às 10h00, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC, Paula Josefa Silva, da DRELVT, Cláudia Nunes, João Pedro da Ponte, Margarida Belchior e Mónica Baptista, do Instituto de Educação, Inês Campos, coordenadora do projecto e professora de Matemática, Hortênsia Azedo, coordenadora dos directores de turma e professora de Inglês, Albertina Alvares, subdirectora e profes- sora de Geografia, Ana Lopes e Joana Diogo, adjuntas da direcção e professoras de Matemática. 2. Reunião com os professores de uma das turmas do 7.º ano envolvidas no projecto A reunião com os professores de um conselho de turma do 7.º ano envolvido no projecto (7.º B) teve início às 12h15, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC (como acompanhante do IE na visita à escola); Cláudia Nunes, João Pedro da Ponte, Margarida Belchior e Mónica Baptista, do Instituto de Educação; Inês Campos, coorde- nadora do projecto; e todos os professores que fazem parte do conselho de turma. 35
  • 39. 3. Trabalhos de intervenção observados A equipa do Instituto de Educação observou três aulas referentes a duas discipli- nas contratualizadas: Francês e Matemática. Na aula de Francês, os alunos encontra- vam-se desdobrados em dois grupos de nível. Assim, no grupo de nível 4 e 5, estiveram presentes Marta Procópio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de Educação na visita à escola, Margarida Belchior e Mónica Baptista. Na aula de Francês, do grupo de nível 2 e 3, estiveram presentes Marta Procópio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de Educação na visita à escola, e Mónica Baptista. Na aula de Matemática esti- veram presentes Cláudia Nunes e João Pedro da Ponte. 36
  • 40. Visita à Escola Básica de Lagos 03 de Maio de 2010 A visita à Escola Básica de Lagos teve início às 11h00 e terminou às 18h30. A visita incluiu uma reunião com a coordenação do projecto, a observação do trabalho de intervenção realizado nas disciplinas de Formação Cívica e Matemática, e uma reunião com os professores das disciplinas contratualizadas, a socióloga e a psicóloga. 1. Reunião com a coordenação do projecto A reunião com a coordenação teve início às 11h00, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC; Sofia Rodrigues e Ana Filomena Pereira, da DREAlg; Mónica Baptista, do Instituto de Educação; João Marieiro, coordenador do projecto, director de turma e professor de Língua Portuguesa; Ana Pinto, psicóloga; Marlene Henriques, socióloga; Graça Cabrita, directora; e Maria João Silva, professora de Matemática. 2. Trabalhos de intervenção observados Estiveram presentes na observação do trabalho de intervenção Mónica Baptista, da equipa do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, e Marta Procópio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de Educação na visita à escola. 3. Reunião com os professores das disciplinas contratualizadas A reunião com os professores das disciplinas contratualizadas teve início às 17h00, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC; Sofia Rodrigues e Ana Filomena Pereira, da DREAlg; Mónica Baptista, do Instituto de Educação; João Mariei- ro, coordenador do projecto, director de turma e professor de Língua Portuguesa; Ana Pinto, psicóloga; Marlene Henriques, socióloga; Luísa Costa, professora de Inglês; e Maria João Silva, professora de Matemática. 37
  • 41. Visita ao Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro 10 de Maio de 2010 A visita ao Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro teve início às 9h20 e terminou às 17h30. A visita envolveu uma reunião com a coordenação do projecto, a observação do trabalho de intervenção e uma reunião com uma professora titular de uma turma contratualizada. 1. Reunião com a coordenação do projecto A reunião com a coordenação teve início às 9h20, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC, Paula Josefa Silva, da DRELVT, Margarida Belchior e Mónica Baptista, do Instituto de Educação, Maria Gorete Fonseca, coordenadora do projecto, e Bruno Santos, adjunto da direcção. 2. Trabalho de intervenção observado O trabalho de intervenção decorreu na escola do 1.º ciclo da Atalaia que pertence ao Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro. Estiveram presentes na observação do trabalho de intervenção Margarida Belchior e Mónica Baptista, da equipa do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, e Marta Procópio, da DGIDC, como acompa- nhante do Instituto de Educação na visita à escola. 3. Reunião com uma professora titular A reunião com a professora titular de uma das turmas de 2.º ano, envolvidas no PMSE, teve início às 15h45, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC; Mar- garida Belchior e Mónica Baptista, do Instituto de Educação; Maria Gorete Fonseca, coordenadora do projecto; Bruno Santos, adjunto da direcção; e Purificação Carvalho, professor titular. 38
  • 42. Visita à Escola Rainha Santa Isabel A visita ao Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro teve início às 10h30 e terminou às 16h00. A visita envolveu a observação do trabalho de intervenção, uma reunião com a coordenação do projecto e uma reunião com os professores de uma turma contratualizada (6.º C). 1. Trabalho de intervenção observado A equipa do Instituto de Educação observou uma aula de Inglês dividida em dois momentos distintos. O primeiro momento da aula corresponde aos primeiros 25 minutos em que os intervenientes foram 2 professoras, Odete Faustino, a titular da turma, e Ana Paula Galvão, que dá apoio aos alunos com um comportamento desadequado; e 19 alu- nos, dos quais 11 são raparigas e 8 são rapazes. No segundo momento, a professora Ana Paula Galvão e 3 alunos (2 rapazes e 1 rapariga) dirigiram-se para a biblioteca, conti- nuando a aula com professora titular na mesma sala, com os restantes alunos. 2. Reunião com a coordenação do projecto A reunião com a coordenação teve início às 12h00, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC; Alexandra Silva e Salete Lopes, representantes de Leiria da DREC; Carolina Gonçalves, Cláudia Nunes e Mónica Baptista, do Instituto de Educa- ção; Jaquelina Pimenta, coordenadora do projecto e professora de Língua Portuguesa; Filipa Estevens, adjunta da direcção e professora de Educação Física; e Adélia Lopes, directora da escola. 39
  • 43. 3. Reunião com os professores de uma das turmas do 6.º ano envolvidas no projecto A reunião com os professores de um conselho de turma do 6.º ano envolvido no projecto (6.º C) teve início às 14h30, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC (como acompanhante do IE na visita à escola); Carolina Gonçalves, Cláudia Nunes e Mónica Baptista, do Instituto de Educação; Ana Frias, da DREC; Alexandra Silva e Salete Lopes, representantes da DREC em Leiria; Filipa Estevens, adjunta da direcção; Jacquelina Pimenta, coordenadora do projecto; e os professores que fazem parte do con- selho de turma. 40
  • 44. Visita à Escola Secundária António Nobre 17 de Maio de 2010 A visita à Escola Secundária António Nobre teve início às 11h30 e terminou às 19h00. A visita envolveu uma reunião com a coordenação do projecto, a observação do trabalho de intervenção que está a ser desenvolvido na disciplina Língua Portuguesa e uma reunião com os professores de uma turma contratualizada. 1. Reunião com a coordenação do projecto A reunião com a coordenação teve início às 11h30, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC; Lurdes Godinho, da DREN; Mónica Baptista, do Instituto de Educação; Ana Castro, coordenadora do projecto; Rolando Silva, professor que apoia a coordenadora; e Cristóvão Oliveira, director da escola. 2. Trabalhos de intervenção observados Estiveram presentes, na observação de uma aula de Língua Portuguesa, Mónica Baptista, da equipa do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, e Marta Procó- pio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de Educação na visita à escola. Os intervenientes na Língua Portuguesa foram a professora Bárbara Gama e 21 alunos. A aula teve início às 15h15 e terminou às 16h45. 3. Reunião com os professores das disciplinas contratualizadas A reunião com os professores das disciplinas contratualizadas teve início às 17h00, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC; Mónica Baptista, do Institu- to de Educação; Ana Castro, coordenadora do projecto; Raquel Pereira, mediadora edu- cativa; e os todos os professores de uma das turmas intervencionadas (7.º A). 41
  • 45. Visita à Escola Básica João de Meira 18 de Maio de 2010 A visita à Escola Básica João de Meira teve início às 9h30 e terminou às 17h00. A visita envolveu uma reunião com a coordenação do projecto, a observação do traba- lho de intervenção que está a ser desenvolvido na disciplina de Língua Portuguesa e uma reunião com os professores de uma turma intervencionada (7.º G). 1. Reunião com a coordenação do projecto A reunião com a coordenação teve início às 9h45, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC; Lurdes Godinho, da DREN; Mónica Baptista, do Instituto de Educação; Júlia Amaro, coordenadora do projecto e professora de Inglês; Ana Macedo, subdirectora; e Manuela Ferreira, directora. 2. Trabalhos de intervenção observados A equipa do Instituto de Educação observou uma aula de Língua Portuguesa, dividida em dois momentos. Num primeiro momento, as duas professoras da disciplina, professora titular e professora assessora, estiveram presentes na mesma sala de aula. Num segundo momento, a turma foi dividida em dois grupos: um grupo permaneceu na sala de aula, trabalhando com a professora titular, e o outro grupo dirigiu-se para outra sala de aula, onde trabalharam com a professora assessora. Na observação do trabalho de intervenção estiveram presentes Marta Procópio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de Educação na visita à escola, e Mónica Baptista. 42
  • 46. 3. Reunião com os professores de uma das turmas do 8.º ano envolvidas no projecto A reunião com os professores de um conselho de turma do 8.º ano envolvido no projecto (8.º G) teve início às 15h10, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC (como acompanhante do IE na visita à escola); Mónica Baptista, do Instituto de Educa- ção; Júlia Amaro, coordenadora do projecto e professora de Inglês da turma; e todos os professores que fazem parte do conselho de turma. 43
  • 47. Visita à Escola Secundária de Valbom 19 de Maio de 2010 A visita à Escola Secundária de Valbom teve início às 9h00 e terminou às 17h00. A visita envolveu uma reunião com a coordenação do projecto, a observação do trabalho de intervenção que está a ser desenvolvido na disciplina de Língua Portuguesa e uma reunião com os professores das disciplinas intervencionadas. 1. Reunião com a coordenação do projecto A reunião com a coordenação teve início às 9h00, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC; Lurdes Godinho, da DREN; Mónica Baptista, do Instituto de Educação; Cristina Varela, coordenadora do projecto e professora de Ciências Naturais; Ana Zita Rocha, professora de Ciências Naturais; e Ana Barbosa, directora da escola. 2. Trabalhos de intervenção observados A equipa do Instituto de Educação observou duas aulas de Língua Portuguesa, uma relativa à turma B e outra à turma D. Na observação do trabalho de intervenção estiveram presentes Marta Procópio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de Educação na visita à escola, e Mónica Baptista. 3. Reunião com os professores das disciplinas envolvidas A reunião com os professores das disciplinas envolvidas teve início às 14h30, com a presença de Marta Procópio, da DGIDC (como acompanhante na visita à escola); Mónica Baptista, do Instituto de Educação; Cristina Varela, coordenadora do projecto; Ana Zita Rocha, assessora da coordenadora; Ana Barbosa, directora da escola; Albino Q. P., psicólogo; Suzete Correia, Mediadora; os professores das disciplinas intervencio- nadas pertencentes às turmas envolvidas; e as directoras das turmas contratualizadas. 44
  • 48. Visita à Escola Básica de Miraflores 24 de Maio de 2010 A visita à Escola Básica de Miraflores teve início às 10h00 e terminou às 15h30. A visita envolveu uma reunião com a coordenação do projecto, a observação do traba- lho de intervenção que está a ser desenvolvido na disciplina de História e Geografia de Portugal e uma reunião com alguns professores de uma turma envolvida (5.ºB). 1. Reunião com a coordenação do projecto A reunião com a coordenação teve início às 10h00, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC; Paula Josefa Silva, da DRELVT; Cláudia Nunes e Mónica Bap- tista, do Instituto de Educação; Cláudia Ferreira, coordenadora do projecto e adjunta da direcção; Lídia Mendes, professora de Matemática; Luísa Branco, professora de Língua Portuguesa; e Lília Guerreiro professora de História e Geografia de Portugal. 2. Trabalho de intervenção observado Estiveram presentes na observação do trabalho de intervenção Mónica Baptista e Cláudia Nunes, da equipa do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e Marta Procópio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de Educação na visita à escola. Os intervenientes na aula História e Geografia de Portugal foram a professora titular Ana Batista, a professora assessora Lília Guerreiro e 24 alunos, dos quais 15 são rapari- gas e 9 são rapazes. 3. Reunião com alguns professores de uma das turmas do 5.º ano envolvidas no projecto A reunião com alguns professores de um conselho de turma do 5.º ano envolvido no projecto (5.º B) teve início às 13h30, tendo estado presentes Marta Procópio, da 45
  • 49. DGIDC (como acompanhante do IE na visita à escola); Cláudia Nunes e Mónica Baptis- ta, do Instituto de Educação; Cláudia Ferreira, coordenadora do projecto; Sónia Reis, professora de Inglês; Ilídia Sousa, professora de Matemática e coordenadora da discipli- na; Ana Raquel Neves, directora de turma, professora de Ciências Naturais e Estudo Acompanhado; Patrícia Martins, professora titular de Língua Portuguesa; Andreia Batista, professora titular de História e Geografia de Portugal; Luísa Branco, professora assessora de Língua Portuguesa; Lília Guerreiro professora assessora de História e Geo- grafia de Portugal; Lídia Mendes, professora assessora de Matemática das turmas 5.º F e 5.ºG. 46
  • 50. Visita à Escola Secundária de Arouca 1 de Junho de 2010 A visita à Escola Secundária de Arouca teve início às 11h00 e terminou às 17h30. A visita envolveu uma reunião com a coordenação do projecto, a observação do trabalho de intervenção que está a ser desenvolvido nos grupos de intervenção e preven- ção e uma reunião com os professores de uma turma intervencionada (8.º E). 1. Reunião com a coordenação do projecto A reunião com a coordenação teve início às 11h00, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC; Lurdes Godinho, da DREN; Mónica Baptista e Otília Sousa do Instituto de Educação; Cristina Saavedra, coordenadora do projecto e professora de Matemática; Adília Cruz, directora; Amélia Rodrigues, subdirectora; Olga Soares, coor- denadora do departamento de Línguas; António Pereira, coordenador do departamento de Matemática e Ciências Experimentais; Ana Saavedra, coordenadora dos directores de turma; e Carla Sofia Paiva, educadora social. 2. Trabalhos de intervenção observados A equipa do Instituto de Educação observou o trabalho desenvolvido nos grupos de intervenção e prevenção. Na observação dos grupos estiveram presentes Marta Pro- cópio, da DGIDC como acompanhante do Instituto de Educação na visita à escola; Mónica Baptista e Otília Sousa, do Instituto de Educação. 3. Reunião com os professores de uma das turmas do 8.º ano envolvidas no projecto A reunião com os professores de um conselho de turma do 8.º ano envolvido no projecto (8.º E) teve início às 15h10, tendo estado presentes Marta Procópio, da DGIDC (como acompanhante do IE na visita à escola); Mónica Baptista e Otília Sousa, do Insti- tuto de Educação; e os professores que fazem parte do conselho de turma. 47
  • 51. Visita ao Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro (Lourinhã) 11 de Junho de 2010 A segunda visita ao Agrupamento de Escolas D. Joana de Castro teve início às 14h30 e terminou às 17h30. A visita envolveu uma reunião com a coordenação do pro- jecto, apresentando-se em seguida uma descrição dos aspectos considerados relevantes. Reunião com a coordenação do projecto A reunião com a coordenação teve início às 14h30, tendo estado presentes Mar- garida Belchior e Mónica Baptista, do Instituto de Educação, Maria Gorete Fonseca, coordenadora do projecto, Bruno Santos, adjunto da direcção, e Fátima Alexandrino, coordenadora do 1.º ciclo. Durante a reunião foram discutidos vários aspectos relativos à reformulação do plano de trabalho para o próximo ano lectivo. A professora Gorete Fonseca revelou receio em envolver os restantes professores no projecto. Nesta altura foi equacionada a possibilidade de no próximo ano lectivo se levar a cabo uma oficina de formação para os professores envolvidos no projecto. Durante a formação os profes- sores teriam oportunidade de seleccionar e usar materiais de Matemática e Língua Por- tuguesa na sala de aula e de reflectir sobre as suas práticas. A coordenadora do 1.º ciclo, professora Fátima Alexandrino, e o professor Bruno Santos consideraram que a oficina de formação será bem recebida por todos os professores e fomentará o seu envolvimen- to. Em seguida, discutiram-se todos os campos que a escola teve que preencher no formulário relativo ao plano de trabalho para o próximo ano lectivo, dando-se especial atenção ao campo da coordenação e liderança do projecto. Salientou-se a necessidade de existir uma equipa de coordenação que desenvolva um trabalho colaborativo. 48
  • 52. Anexo 3 Programa do 1.º seminário 49
  • 53. Anexo 4 Lista de presenças no 2.º seminário 50
  • 54. 51
  • 55. 52