O documento discute os impactos da revolução digital nos negócios, especificamente na área de produção de conteúdo. A revolução digital está causando uma mudança disruptiva no modelo de negócios de conteúdo, passando de uma gestão centralizada de conteúdo para uma curadoria descentralizada. Isso ocorre porque a nova validação de conteúdo online elimina a necessidade de um editor e introduz prosumidores e algoritmos.
3. Novo estudo sobre impactos da Revolução
Cognitiva Digital nas áreas de Negócio,
vou começar pelas mais atingidas no curto
prazo e depois ir caminhando para as
demais.
4. Podemos dizer que existem diferentes
tipos de impactos da atual Revolução
Cognitiva.
A área de produção de conteúdo sofre o
impacto de nível 1:
o mais radical e em menor tempo.
5. As áreas de negócio de conteúdo
conseguem ver os efeitos incrementais de
curto prazo, mas têm tido dificuldade para
perceber os efeitos mais disruptivos de
médio e longo prazo que vão mudar
radicalmente o modelo de negócio.
Muitas empresas já ficaram e ficarão pelo
caminho.
6. As áreas de negócio:
INTANGÍVEIS
TANGÍVEIS
CÓDIGOS
HUMANOS
(Conteúdo)
CÓDIGOS
INUMANOS
(software)
TRANSFORMADOS
BRUTOS
DISTRIBUÍDOS
7. O setor de negócios que vem sendo mais
atingido na primeira etapa da Revolução
Cognitiva Digital é o do Intangíveis, em
particular o da área de produção de
conteúdo (mídia, entretenimento,
educação, entre outros).
8. O setor de negócios da produção de
conteúdo é o mais atingido no curto
prazo, pois uma Revolução Cognitiva
começa as mudanças sociais justamente
por ele, ao alterar canais de distribuição,
formas de armazenamento e, no caso
atual, o próprio modelo de validação de
conteúdo.
9. O setor dos Intangíveis de Conteúdo é
todo aquele que atende a demandas de
manutenção ou mudança de percepção.
O setor de conteúdo, apenas muda a
percepção do consumidor, mesmo que os
códigos sejam em um meio tangível: livro,
jornal impresso, etc.
Tirando os colecionadores, as pessoas
compram livros pelo conteúdo.
10. Revoluções Cognitivas atingem
fortemente o setor da venda de conteúdo
no curto prazo, pois há um novo meio de
distribuição.
O Netflix é um bom exemplo desse efeito.
11. Revoluções Cognitivas atingem
fortemente o setor da venda de conteúdo
no curto prazo, pois não há mais limites
do armazenamento.
Os blogs são um bom exemplo desse
efeito.
12. Revoluções Cognitivas Disruptivas
atingem fortemente o setor da venda de
percepções no médio e longo prazo, pois
há uma nova forma de validação de
conteúdo.
O Wikipédia, o Facebook e o Youtube são
bons exemplos desse efeito.
13. A nova validação de conteúdo tem as
seguintes características:
Gestor Curador
Consumidor Prosumidor
Filtra para publicar Publica para filtrar
Cuida do conteúdo Cuida da relação da
produção do conteúdo
ANTES AGORA
14. Revoluções Cognitivas no passado, como
a do papel impresso, em 1450, alteraram
de forma incremental o modelo de venda
de código produzido pelos copistas, que
trabalhavam em papéis manuscritos que
perderam lugar para o impresso.
Foi uma alteração apenas no modelo de
distribuição e na capacidade de
armazenamento.
15. Os novos impressores, a partir de 1450,
tornaram a distribuição de códigos mais
barata, mas não houve uma alteração do
modelo produtivo.
A validação de conteúdo continuou bem
próxima.
16. A Revolução Cognitiva Digital não é igual a
do papel Impresso, considerada
Incremental, pois não há apenas uma
mudança de distribuição de conteúdo e
aumento de armazenamento, mas
também uma mudança no modelo de
produção, pois muda-se a forma de
validação de conteúdo, a partir das novas
possibilidades tecnológicas.
17. A forma de Validação do Conteúdo do que
ia ser publicado foi a mesma entre o
manuscrito e impresso (depois de 1450),
havia um gestor de conteúdo que
autorizava o material, houve apenas uma
mudança de canal.
18. A Revolução Cognitiva Digital cria, assim,
de forma disruptiva um novo modelo de
Validação de Conteúdo.
Saímos de uma gestão de conteúdo para
uma curadoria.
Não é uma mudança incremental, mas
disruptiva!
19. O novo modelo de validação de conteúdo
elimina a necessidade de um gestor
centralizado e humano.
20. O novo modelo de validação de conteúdo
introduz o gestor descentralizado (o
prosumidor, via cliques) e inumano
(algoritmos).
21. O prosumidor tanto pode colocar um
conteúdo próprio, como pode alterar o
conteúdo dos demais, bem como ser um
editor, classificando-o, a partir de seus
critérios.
22. O algoritmo, programado pelo curador de
conteúdo, procura tornar relevante o
trabalho dos prosumidores, com o
objetivo de reduzir fraudes e vandalismos.
23. Quanto mais prosumidores houverem e
quanto mais o algoritmo gerar relevância
(personalização) com pouco ruído
(fraudes e vandalismos) mais a Plataforma
Digital de Conteúdo gerará valor.
24. O novo modelo de validação de conteúdo
faz com que o antigo editor perca a
função.
25. O novo modelo de validação de conteúdo
reduz o custo e aumenta o benefício, o
que a torna atraente para o consumo.
26. Toda vez que há na sociedade uma
percepção de uma relação melhor de
custo/benefício há uma atração tanto do
consumidor como de novos
empreendedores em direção a essa
tendência.
27. O novo modelo tende de sair de periférico
para hegemônico e o atual modelo de
hegemônico para periférico.
28. Se imaginarmos o futuro uma organização
produtora de conteúdo de vídeos será
muito mais parecida com o Youtube do
que com a Rede Globo.
29. Se imaginarmos o futuro uma organização
produtora de conteúdo de textos será
muito mais parecida com o Wikipédia do
que com o Jornal O Globo.
30. A principal mudança na área de negócios
de conteúdo é que o gestor deixa de ser
realizar a gestão e passa a curadoria de
conteúdo.
Ele não é mais o responsável pelo
conteúdo, mas pelo ambiente em que o
conteúdo será produzido.
31. O antigo gestor de conteúdo avaliava o
material que ia ser publicado e procurava
ser o mais preciso possível dentro dos
limites físicos do canal.
32. O novo negócio de conteúdo permite que
tudo seja publicado e fornece um
ambiente para que os consumidores
apontem o que deve ser privilegiado, não
tendo mais limites físicos do canal.
33. Por que temos uma mudança tão radical
na área de negócios de conteúdo?
34. O aumento demográfico de 1 para 7
bilhões nos últimos 200 anos tornou as
atividade de conteúdo cada vez mais
complexa.
Houve um aumento da demanda, mas
uma incapacidade da oferta.
36. O livro de Carlos Nepomuceno
propõe interessante análise
para os líderes
contemporâneos. Quem quer
compreender
a internet para reinventar
o processo de tomada de
decisão encontrará aqui as
respostas. Pierre Levy.
“