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Dramaturgia Básica
Princípio
Personagem: gerar algum
tipo de empatia
Conflito - é formado por:
objetivo do personagem vs
forças antagônicas –
impostas por antagonista
que não precisa ser
necessariamente er outra
pessoa
AÇÃO DRAMÁTICA
 Busca do objetivo pelo personagem,
consciente ou não.
 Esta é a soma da intenção do
personagem, da ação propriamente
dita e do efeito desta
Protagonista
 Consideramos protagonista aquele
personagem cujo conflito se torna ou é
central para o espectador, é sobre quem
depositamos nossa empatia de maneira
positiva (ou seja, torcemos,
acompanhamos, etc);
Antagonista
 é aquele que dificulta ou impede o
protagonista de atingir seus objetivos;
normalmente ele leva a uma reação
antipática por parte do espectador
(desejamos que ele “se dê mal”, por
exemplo). Alguns teóricos afirmam
que na verdade um antagonista é um
protagonista de uma narrativa
simetricamente oposta ao do
protagonista de fato
Desenvolvimento narrativo clássico
Os Miseráveis - Victor Hugo / Os Os Três Mosqueteiros - Alexandre Dumas.
Séc XVIII e XIX
O esquema clássico do conflito de um
personagem se aproxima desse
diagrama:
Personagem possui uma carência (de
algum tipo) > Ele conquista algo >
Esta conquista gera uma crise > Crise
que atinge seu auge > (o Clímax)> A
crise é solucionada e o personagem
Estrutura
 Estrutura é uma armação, um
esqueleto. Estruturar é procurar
“pontos de ancoragem”, “pontos-guia”
para arquitetar seu roteiro e levar sua
história em frente.
 E por que estruturar? Para assentar
nossa história numa base sólida, que
permitirá mais consistência na
escolha dos procedimentos através
dos quais funcionará nosso roteiro.
Elementos da composição
estrutural de um roteiro
 Ponto de virada - é um incidente ou evento
que engancha na história e a gira para outra
direção. (simbolizado pelos X)
 Curva ou Arco Dramático - são pontos que
marcam o desenvolvimento da narrativa (os
pontos básicos são o “começo, meio e fim”).
 Plot: Trama, enredo.
 Plotline (linhas de trama ou ação): são fios,
linhas dessa trama, que são determinados
pelos objetivos do (s) personagem(ns).
Estas plot-lines desenham uma estrutura.
Dellinear o Plotline
 Indentifique os personagens e seus
objetivos
 Um mesmo personagem pode ter
mais de um plot-line (Double plot-line
clássica: um objetivo de ordem prática
e um de ordem sentimental-afetiva,
que em geral é a principal)
Autores e estruturas
 Syd Field
 Uma narrativa audiovisual se divide
em 3 partes (atos): apresentação –
confrontação- resolução. O conflito do
protagonista define a narrativa.
“de meia em meia hora deve acontecer
algo no seu filme”
Mid point *
Para Syd Field, um evento importante n
“metade” da narrativa.
Autores e estruturas
 Kristin Thompson
Uma estrutura muito mais flexível, numa
crítica a de Syd Field6:
 SET UP (“ARMAÇÃO”): estabelece
situação inicial; protagonista tem objetivos
estabelecidos ou encontra circunstâncias
que os estabelecem;
 COMPLICATING (COMPLICAÇÃO): nova
direção que pode incluir mudança de tática
para alcançar objetivos ou uma “contra-
armação”, introduzindo toda uma nova
 DEVELEPOMENT (ADENSAMENTO):
introdução de novos objetivos e
obstáculos; criação de ação, suspense, e
atraso (delay); tipicamente, muito pouco
progresso dramático é feito;
 CLIMAX (podendo incluir um epílogo):
nada mais é introduzido; o filme avança
para a resolução final, em uma
concentrada seqüência de muita ação.
 (um filme pode variar o número de
atos,em geral de 3 até 5. Em alguns falta
a complicação; em outros, podemos ter
dois adensamentos).
Formas dramáticas
Lírica
 Pertencerá a Lírica todo poema de
extensão menor, na medida em que
nele não se cristalizem personagens
nítidos e em que, ao contrário, uma
voz central-quase sempre um “ Eu” –
nele exprimir seu prórpio estado de
alma.
Cacterísticas líricas
 Um filme integralmente lírico não
existiria
 Seu movimento seria a successão de
representações do estado da alma
 Recursos de lirismo – câmera
subjetiva e fluxo de pensamentos
(Apocalipse Now, transpoitting)
 Monólogo é uma outra possibilidade
aproximação com o lírico
 A janela aberta (Phillippe Barcinski,
1988)
Épico
 Fará parte da épica toda obra -0
poema ou não – de extensão amior,
em que um narrados apresenta
personagens em situações e eventos.
Características do Épico
 O épico se caracteriza pela presença
de um narrador, que pode ou não ser
um personagem
 A forma mais fácil e arriscada de fazer
isso é um personagem
 Personagens contam coisas uns aos
outros o tempo todo, mas isso deve
ter relação com a narrativa.
 Em narrativas paralelas (simultaneidade)
o agente narrativo é a montagem, que ao
intercalar ações ocorridas em
tempo/espaço diferentes cria uma espécie
de cena ampliada
• Nossa “intimidade” com as relações
causais nos levam a acreditar em
caminhos paralelos que se efunilam para
um encontro. Tensão e suspense nos
instigam para criar essa aproximação
• Digressões – fugas da trama – recursos
linguísticos do audiovisual que nos levam
Drama
Pertencerá a Dramática toda obra
diálogada em que aturaem os próprios
personagens se serem, em geral,
apresentados por um narrador
 O narrador é apagado
 O mundo que se apresenta nos parece
muito real, enquanto estamos
envolvidos na trama (mergulho)
 Relações interpessoais objetivas e
subjetivas
 Tragédia grega – o homem contra os
deuses (representados invariavelmente
pelo seu destino)
 Drama moderno – o embate da vontade
do homem contra a vontade de outros
homens
 A liberdade do indivíduo, o livre arbítrio,
é a questão central
 O desenvolvimento narrativo é fruto das
açãoes desenvolvidas pelos
personagens e o as cosequencias
geradas por essas decisões
 Organização tempora unívoca cria a
sensação de tempo presente
 Cada instante da ação dramática deve
conter em si o germe do futuro (lógica
da causalidade)
 A relação entre os personagens, a
tensão entre suas motivações
obrigam os personagens a agir
 O diálogo é a arte do drama
 O esforço do autor é fazer com que suas
palavras saiam da boca dos
personagens não como se tivessem sido
anteriormente escritas por alguém
 No audiovisual o diálogo pode ser
reforçado ou até substituído pelo mise-
en-scéne e a decupagem
 Elos – toda ação é consequência de
atos anteriores e por sua vez gera novas
consequência
Melodrama
 Fundamento e princípio
 Situação em que espectador
compartilha as sensações de
frustração, injustiça, desamparo de
um protagonista
 Acontecimentos que se abatem sobre
o sofredor. “Conspiração cósmica
infinita” que o maltrata
 Superioridade moral do sofredor em
relação a mundo
Farsa
 Não se mantém um arco dramático
unitário
 Os movimentos não são em função da
ação humana
 Quiprocó (troca de identidades) que
gera uma infinidade de desencontros
 O desenvolvimento se dá por
causalidades em mundo caótico
 Perceber e trabalhar as fraquesas
humanas … uma espécie de rir
daquilo que é imperfeito ou não
funciona – Defeito de caráter –
Avareza, falsidade, ignorância e até
de defeitos físicos – o corcunda,
manco, gago …
 Caracturização do mundo
Tragédia
 Composta pelo desenrolar implacável
de uma situação, que desenvolve um
conflito aparentemente insolúvel
 Não se enclausura na perspectiva da
vítima (melodrama) o público percebe
o que está em jogo e “encontra”
caminhos a serem tomados.
 O personagem não sofre as ações do
mundo, age sobre ele e “sofre” as
consequencias desse agir
Comédia
 Desenvolvimento de uma situação
dramática, que chega a um
reequilíbrio conciliado
 Driblar os problemas, desviar-se do
conflito
 As reconciliações e soluções para o
conflito são sempre frágeis
Técnicas e metodologia
 Escreva as idéias e tente juntá-las.
Personagens, lugares, situaçãoes,
conflitos, diálogos
 Qual a história ?
 Quem são os personagens ?
 Qual a relação entre eles ?
 SITUAÇÃO DRAMÁTICA (plot)
Ponto de partida
 Não confundir com a situação
dramática que é algo mais abstrato
 Ponto de partida é empírico: angulo
de abordagem escolhido pelo
roteirista para abordar a situação
dramática
Ponto Clímax
 Onde o conflito atinge o grau máximo
e pede uma resolução
 Sendo o ápice da escrita, todo o
desenvolvimento é trabalhado para
ele
 É a resposta para todas as perguntas
geradas do ponto inicial até ele
Ponto de desenlace
 Ponto intermediário onde as soluções
são apresentadas para chegarmos ao
climax
Story line
 Idéia
 Do que se trata
 Tomar conhecimento do assunto (plot)
 Saber quem são os personagens
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Sinopse
 Revela tempo e espaço
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 Apresenta desenvolvimento do arco
dramático e seus pontos de partida,
desenlace e clímax
 Quando, onde, quem … o que
 Descrição de personagens
Argumento
 Nível maior de detalhemento
 O onde já deve ser vizualizado
 As ações já são descritas
 Já sabemos quem e suas motivações
 Todo arco dramático deve ser descrito
e justificado (desencademanto de
acões)
Escaleta
 Desenvolvimento em cenas (menor
unidade dramática de um roteiro)
 Breve descrição da ação
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 Nos mostra com clareza o
desenvolvimento do filme
Roteiro ficção

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Roteiro ficção

  • 2. Princípio Personagem: gerar algum tipo de empatia Conflito - é formado por: objetivo do personagem vs forças antagônicas – impostas por antagonista que não precisa ser necessariamente er outra pessoa
  • 3. AÇÃO DRAMÁTICA  Busca do objetivo pelo personagem, consciente ou não.  Esta é a soma da intenção do personagem, da ação propriamente dita e do efeito desta
  • 4. Protagonista  Consideramos protagonista aquele personagem cujo conflito se torna ou é central para o espectador, é sobre quem depositamos nossa empatia de maneira positiva (ou seja, torcemos, acompanhamos, etc);
  • 5. Antagonista  é aquele que dificulta ou impede o protagonista de atingir seus objetivos; normalmente ele leva a uma reação antipática por parte do espectador (desejamos que ele “se dê mal”, por exemplo). Alguns teóricos afirmam que na verdade um antagonista é um protagonista de uma narrativa simetricamente oposta ao do protagonista de fato
  • 6. Desenvolvimento narrativo clássico Os Miseráveis - Victor Hugo / Os Os Três Mosqueteiros - Alexandre Dumas. Séc XVIII e XIX O esquema clássico do conflito de um personagem se aproxima desse diagrama: Personagem possui uma carência (de algum tipo) > Ele conquista algo > Esta conquista gera uma crise > Crise que atinge seu auge > (o Clímax)> A crise é solucionada e o personagem
  • 7. Estrutura  Estrutura é uma armação, um esqueleto. Estruturar é procurar “pontos de ancoragem”, “pontos-guia” para arquitetar seu roteiro e levar sua história em frente.  E por que estruturar? Para assentar nossa história numa base sólida, que permitirá mais consistência na escolha dos procedimentos através dos quais funcionará nosso roteiro.
  • 8. Elementos da composição estrutural de um roteiro  Ponto de virada - é um incidente ou evento que engancha na história e a gira para outra direção. (simbolizado pelos X)  Curva ou Arco Dramático - são pontos que marcam o desenvolvimento da narrativa (os pontos básicos são o “começo, meio e fim”).  Plot: Trama, enredo.  Plotline (linhas de trama ou ação): são fios, linhas dessa trama, que são determinados pelos objetivos do (s) personagem(ns). Estas plot-lines desenham uma estrutura.
  • 9. Dellinear o Plotline  Indentifique os personagens e seus objetivos  Um mesmo personagem pode ter mais de um plot-line (Double plot-line clássica: um objetivo de ordem prática e um de ordem sentimental-afetiva, que em geral é a principal)
  • 10. Autores e estruturas  Syd Field  Uma narrativa audiovisual se divide em 3 partes (atos): apresentação – confrontação- resolução. O conflito do protagonista define a narrativa. “de meia em meia hora deve acontecer algo no seu filme”
  • 11. Mid point * Para Syd Field, um evento importante n “metade” da narrativa.
  • 12. Autores e estruturas  Kristin Thompson Uma estrutura muito mais flexível, numa crítica a de Syd Field6:
  • 13.  SET UP (“ARMAÇÃO”): estabelece situação inicial; protagonista tem objetivos estabelecidos ou encontra circunstâncias que os estabelecem;  COMPLICATING (COMPLICAÇÃO): nova direção que pode incluir mudança de tática para alcançar objetivos ou uma “contra- armação”, introduzindo toda uma nova
  • 14.  DEVELEPOMENT (ADENSAMENTO): introdução de novos objetivos e obstáculos; criação de ação, suspense, e atraso (delay); tipicamente, muito pouco progresso dramático é feito;  CLIMAX (podendo incluir um epílogo): nada mais é introduzido; o filme avança para a resolução final, em uma concentrada seqüência de muita ação.  (um filme pode variar o número de atos,em geral de 3 até 5. Em alguns falta a complicação; em outros, podemos ter dois adensamentos).
  • 16. Lírica  Pertencerá a Lírica todo poema de extensão menor, na medida em que nele não se cristalizem personagens nítidos e em que, ao contrário, uma voz central-quase sempre um “ Eu” – nele exprimir seu prórpio estado de alma.
  • 17. Cacterísticas líricas  Um filme integralmente lírico não existiria  Seu movimento seria a successão de representações do estado da alma  Recursos de lirismo – câmera subjetiva e fluxo de pensamentos (Apocalipse Now, transpoitting)  Monólogo é uma outra possibilidade aproximação com o lírico  A janela aberta (Phillippe Barcinski, 1988)
  • 18. Épico  Fará parte da épica toda obra -0 poema ou não – de extensão amior, em que um narrados apresenta personagens em situações e eventos.
  • 19. Características do Épico  O épico se caracteriza pela presença de um narrador, que pode ou não ser um personagem  A forma mais fácil e arriscada de fazer isso é um personagem  Personagens contam coisas uns aos outros o tempo todo, mas isso deve ter relação com a narrativa.
  • 20.  Em narrativas paralelas (simultaneidade) o agente narrativo é a montagem, que ao intercalar ações ocorridas em tempo/espaço diferentes cria uma espécie de cena ampliada • Nossa “intimidade” com as relações causais nos levam a acreditar em caminhos paralelos que se efunilam para um encontro. Tensão e suspense nos instigam para criar essa aproximação • Digressões – fugas da trama – recursos linguísticos do audiovisual que nos levam
  • 21. Drama Pertencerá a Dramática toda obra diálogada em que aturaem os próprios personagens se serem, em geral, apresentados por um narrador
  • 22.  O narrador é apagado  O mundo que se apresenta nos parece muito real, enquanto estamos envolvidos na trama (mergulho)  Relações interpessoais objetivas e subjetivas  Tragédia grega – o homem contra os deuses (representados invariavelmente pelo seu destino)
  • 23.  Drama moderno – o embate da vontade do homem contra a vontade de outros homens  A liberdade do indivíduo, o livre arbítrio, é a questão central  O desenvolvimento narrativo é fruto das açãoes desenvolvidas pelos personagens e o as cosequencias geradas por essas decisões
  • 24.  Organização tempora unívoca cria a sensação de tempo presente  Cada instante da ação dramática deve conter em si o germe do futuro (lógica da causalidade)  A relação entre os personagens, a tensão entre suas motivações obrigam os personagens a agir
  • 25.  O diálogo é a arte do drama  O esforço do autor é fazer com que suas palavras saiam da boca dos personagens não como se tivessem sido anteriormente escritas por alguém  No audiovisual o diálogo pode ser reforçado ou até substituído pelo mise- en-scéne e a decupagem  Elos – toda ação é consequência de atos anteriores e por sua vez gera novas consequência
  • 26. Melodrama  Fundamento e princípio  Situação em que espectador compartilha as sensações de frustração, injustiça, desamparo de um protagonista  Acontecimentos que se abatem sobre o sofredor. “Conspiração cósmica infinita” que o maltrata  Superioridade moral do sofredor em relação a mundo
  • 27. Farsa  Não se mantém um arco dramático unitário  Os movimentos não são em função da ação humana  Quiprocó (troca de identidades) que gera uma infinidade de desencontros  O desenvolvimento se dá por causalidades em mundo caótico
  • 28.  Perceber e trabalhar as fraquesas humanas … uma espécie de rir daquilo que é imperfeito ou não funciona – Defeito de caráter – Avareza, falsidade, ignorância e até de defeitos físicos – o corcunda, manco, gago …  Caracturização do mundo
  • 29. Tragédia  Composta pelo desenrolar implacável de uma situação, que desenvolve um conflito aparentemente insolúvel  Não se enclausura na perspectiva da vítima (melodrama) o público percebe o que está em jogo e “encontra” caminhos a serem tomados.  O personagem não sofre as ações do mundo, age sobre ele e “sofre” as consequencias desse agir
  • 30. Comédia  Desenvolvimento de uma situação dramática, que chega a um reequilíbrio conciliado  Driblar os problemas, desviar-se do conflito  As reconciliações e soluções para o conflito são sempre frágeis
  • 31. Técnicas e metodologia  Escreva as idéias e tente juntá-las. Personagens, lugares, situaçãoes, conflitos, diálogos  Qual a história ?  Quem são os personagens ?  Qual a relação entre eles ?  SITUAÇÃO DRAMÁTICA (plot)
  • 32. Ponto de partida  Não confundir com a situação dramática que é algo mais abstrato  Ponto de partida é empírico: angulo de abordagem escolhido pelo roteirista para abordar a situação dramática
  • 33. Ponto Clímax  Onde o conflito atinge o grau máximo e pede uma resolução  Sendo o ápice da escrita, todo o desenvolvimento é trabalhado para ele  É a resposta para todas as perguntas geradas do ponto inicial até ele
  • 34. Ponto de desenlace  Ponto intermediário onde as soluções são apresentadas para chegarmos ao climax
  • 35. Story line  Idéia  Do que se trata  Tomar conhecimento do assunto (plot)  Saber quem são os personagens  Deve ser sedutora e instigante
  • 36. Sinopse  Revela tempo e espaço  Apresenta personagens  Apresenta desenvolvimento do arco dramático e seus pontos de partida, desenlace e clímax  Quando, onde, quem … o que  Descrição de personagens
  • 37. Argumento  Nível maior de detalhemento  O onde já deve ser vizualizado  As ações já são descritas  Já sabemos quem e suas motivações  Todo arco dramático deve ser descrito e justificado (desencademanto de acões)
  • 38. Escaleta  Desenvolvimento em cenas (menor unidade dramática de um roteiro)  Breve descrição da ação  Sem diálogos  Nos mostra com clareza o desenvolvimento do filme