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CEJA PROF. MILTON CUNHA

                                  REVISTA
                             em



 AO CORRER DA PENA

  Professores do CEJA se
    descobrem autores



   COM A PALAVRA,
      O ALUNO

    O lugar da redação                  Faz 100 anos
                                       O escritor baiano Jorge
      EM DIA COM                         Amado em alguns
        A LÍNGUA                               capítulos
        Tire a dúvida




TAMBÉM: poema do mês, aniversariantes do mês, datas comemorativas, uma
dose de humor, projetos em andamento
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Um dedo de prosa

    É janeiro, mês cheio de graça e de promessas. Já nasce celebrando a paz: 1o
de janeiro é o Dia Mundial da Paz. Instituído pelo papa Papa Paulo VI, em 8 de
dezembro de 1967, por meio de uma mensagem dirigida a todos os homens de
boa vontade para os exortar a celebrar o Dia da Paz em todo o mundo, no
primeiro dia do ano civil, 1o de janeiro de 1968. E assim tem sido. A cada ano é
escolhido, pelo papa, um tema a ser tratado. Em 2012, em sua mensagem o
papa Bento XVI chama à reflexão “Educar os jovens para a justiça e a paz”.
    Janeiro é tempo novo, de eterno (re)começo, daí as tais promessas (algumas
inteiramente vãs), fazer exercício, dieta, economia, fazer isso e aquilo. Não
deixa de ser um belo exercício, prometer-se. Cumprir são outros quinhentos.
Querer ser melhor a cada janeiro, por exemplo, é uma grande e sempre aberta
promessa, sem prazo de validade.
    Guardada a intenção de filosofar sobre a difícil arte da mudança, janeiro
chega à memória também como mês das contas, do dinheiro apertado (para
muitos!) material escolar, impostos... Mas também mês da alegria, que vem do
clima bom de férias e igualmente (ou quase) dos retornos, volta às aulas, ao
trabalho, à agitação da vida comum. Foi-se o tempo em que tudo voltava ao seu
ritmo depois do carnaval, geralmente em fevereiro. Deu saudade desse tempo?
Pois em janeiro, temos o dia da saudade, esse sentimento ambíguo de presença
na ausência, “o revés do parto” como nos diz Chico Buarque, nos dando ainda o
mais pungente dos conceitos, “saudade é arrumar o quarto do filho que já
morreu”. Mas como tudo na vida tem os dois lados, aproveitemos esse dia para
saber por onde andam aqueles amigos tão queridos ou para buscar no tempo
aquele momento em que fomos felizes, a fim de revivê-lo na memória ou quem
sabe até, numa segunda versão.
    Nessa atmosfera de renovação, gostáríamos de informar que o nosso jornal,
parente que se tornou da revista, adotará esse formato em 2012, levando em
conta, como sempre, o entretenimento, a leveza, a despretensão, e o que há de
mais importante em seu feitio, o compartilhamento de textos e saberes com
todos os que compõem o CEJA Prof. Mílton Cunha. A seção Ao correr da pena, é
uma oportunidade de experiência com a palavra escrita, um saudável exercício,
que para sentir-lhe o gosto, basta começar. Temos contado muito com a
participaçao dos professores Ribamar e Tomaz. Nesta edição inaugural da
revista, estreiam Sandra e a professora Neuma. Com a palavra o aluno é outro
importante espaço de expressão, de incentivo e de valorização da escrita.
Aguardamos, portanto, todos vocês.
    Boa leitura!

Profa Ayla Kataoka - Regente de Multimeios
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           Em dia com a língua

O tropeço das conversas

Em português não se fala em erro, mas em desvios da norma culta e em
situações de comunicação. Na linguagem oral cotidina, desculpam-se os
tropeços “Em situações formais de discurso, no entanto, um tropeço
normativo continua a ter peso social. Cai mal ao ouvido algo muito fora do
que se identificou como de acordo com a gramática, seja no ambiente de
trabalho, numa reunião formal ou até num programa de rádio ou TV. Se
linguisticamente podem não causar escândalo, socialmente há expressões
“micadas” nas bocas do dia-a-dia.” Por isso é sempre bom dá uma
recapitulada em algumas regras básicas, para não passar nenhum vexame
em falas como:
“Fazem dez anos que trabalho nessa empresa.”

  Fazer quando exprime tempo é impessoal. Usa-se, portanto, na 3a
pessoa: Faz dez anos... Fazia uma semana que não via você.
Houveram muitos casos de catapora.

   Haver no sentido de existir é invariável, ou seja, não vai para o plural. Por
isso: Houve muitos casos... Há pessoas interessantes.

“Vou mandar fazer o óculos do meu filho”
  Problema de concordância. A palavra óculos está no plural. “Óculo” é cada
lente que auxilia a vista. Então, deve-se dizer: Vou mandar fazer os óculos...

Ao meu ver
  Não há artigo nessa expressão: A meu ver, a nosso ver.

“Prefiro carne do que peixe”
Depois do verbo preferir vem sempre a preposição a: Prefiro carne a peixe.

“Ela era meia estranha”
“Meio” é um advérbio de intensidade, jamais varia: é uma coisa meio
estranha, meio feia, meio louca.

Adaptado da Revista Língua Portuguesa, ano III, no 31, maio de 2008, p.41
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   Ao correr da pena
                             Velho Ano Novo

Começo de ano chegando                  Na mídia a mesma coisa
É sempre do mesmo jeito                  O BBB anuncia
A gente fazendo plano                    È bunda pra todo lado
Em tudo dando desfecho                   E bicha fazendo fita
Melhorar o casamento e o “enfeito”       Assistir tal atração
                                         Precisa muita alienação
A mulherada afoita
Fazendo promessas mil                    As enchentes acontecendo
Começando a dieta esquecida              Sempre no mesmo lugar
Das compras ficar impedida               Os políticos presenciando
E retornar à ginástica                   Sem providência tomar
Há tempos já prometida                   Assim mesmo nos lascamos
                                         Com os impostos a pagar
Os homens tentando fazer
A revisão do motor                       E assim tudo começa
Com medo daquele exame                   Do jeito que terminou
De se apaixonar pelo doutor              As contas passando em frente
E ainda ouvir um carão                   Mais um ano se passou
Que beber não pode não                   Mas tudo na vida passa
                                         Com fé em nosso Senhor


                                                     Sandra Pedrosa
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PERSEVERAR – HÁBITO DE DEUS

Perseverar é uma exigência de DEUS. Perseverar é um HÁBITO DE DEUS.
Perseverar é um traço de DEUS em nós. Perseverar é a cruz de quem tem um
sonho. Você tem um sonho? É grande e aparentemente impossível? Faz tempo
que você o acalenta, ou melhor, faz tempo que ele te acalenta? Então, você sabe
o peso da cruz chamada PERSEVERANÇA.
Sua alma está em “carne viva” e as circunstâncias continuam te chicoteando: São
as atitudes de alguém que pisoteiam suas expectativas ou, talvez, o silêncio
sonegando palavras que você tanta anseia ouvir; pode ser as oportunidades que
teimam em não surgir; portas que permanecem trancafiadas ou o corpo que não
reage aos tratamentos….Seja o que for, você sabe, só você e DEUS sabem como
tem sido doloroso perseverar.
Mesmo assim, ELE conta com sua “teimosia” em acreditar que ELE pode fazer o
impossível materializar-se; ELE deseja que você creia que ELE é eficientemente
capaz de transformar sonhos em BELAS REALIDADES.
Nas longas lutas o cansaço impera, o desfalecimento aporta, o desespero
assombra. É comum pensarmos que estamos sozinhos, na crucificação JESUS
gritou: “PAI, por que me abandonaste?” Qual de nós já não gemeu o mesmo
lamento? ELE poderia ter desistido e DEUS-PAI teria enviado a tropa celestial
para livrá-LO daquela insuportável dor, mas, ELE perseverou, sabia que aquilo
não era o fim, ELE perseverou e seguiu na SUA missão. Quando todo o inferno
festejava a vitória, ELE VENCEU A MORTE e, gloriosamente, retornou à vida. O
impensável, o inesperado, o imprevisível, o inexprimível, aconteceu.
Da mesma forma O CRIADOR age conosco desde que o mundo é mundo, aqui
estamos nós a milhões de anos “torrando” a paciência de DEUS com nosso
egoísmo, nossa maldade, nossas mesquinharias, nossas vaidades, nossas
fraquezas, nosso ódio….. E ELE, o que faz? Nos AMA, nos perdoa no mesmo
instante em que nos arrependemos, nos dá segundas…terceiras….milésimas
chances. Esta é a LEI de DEUS – PERSEVERAR. SEU AMOR é perseverante, assim
como SEU perdão, SUA tolerâ ncia, SEU cuidar de nós é perseverante.
ELE é rotineiramente perseverante quando nos presenteia com alvoradas,
crepúsculos e luaradas; quando segura a fúria dos mares e regula o gozo dos
vulcões, a vida é um PERSEVERANTE ciclo; na dinâmica da natureza, e do SEU
AMOR, DEUS nos ordena e nos inspira: PERSEVERE! VÁ EM FRENTE! CONTINUE
ACREDITANDO! CONFIE EM MIM! NÃO DESISTA!

NEUMA FERNANDES (w ww.salmo37.wordpress.com)
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Com a palavra, o aluno



                       Mulher brasileira

         Era uma mulher bonita que tinha um corpo
       bem feito, uma cintura fina, pernas grossas e
       uma pele morena, olhos claros e uma boca
       carnuda.
         Quando passava por cantos movimentados,
       sentia que todos olhavam para ela, tremia um
       pouco, mas nada de abaixar a cabeça. Sempre
       com nariz arrebitado e com aquele rebolado
       seguia em frente.
         Que mulher era essa?
         Era a mulher brasileira.

       Silvia Maria Brito - Matrícula: 21013258



              Ciências da Comunicação
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Uma dose de humor
                                    Se gostou, que tal mais uma:
Eu tenho duas irmãs...
                                           Experiência científica
Um amigo diz ao solteirão
empedernido:                      No jornal apareceu um anúncio que dizia:
- Você não pensa em se casar?     “Laboratórios precisam de senhor de
- Para quê? Eu tenho duas irmãs   compleição forte e gozando de boa saúde
que cuidam de mim, me mimam,      para experiência científica”
me fazem todos os caprichos...    Comparece um cara de dois metros, forte
Mas duas irmãs...nunca lhe        como um carvalho, transbordando saúde,
poderão dar o que lhe dar uma     mas com cara de panaca...
mulher.                           - Vim por causa do anúncio, de que se
E quem falou que são minhas
                                  trata?
irmãs?
                                  - Queremos cruzar uma gorila com um ser
                                  humano para ver qual será o resultado. O
Você     alguma     vez     se    senhor estaria disposto a fazer a
preocupou em saber quem é o       experiência por um milhão de pesetas [na
autor    das   piadas,    que     época, algo assim como cinco mil dólares].
arrancam     tantas     vezes     - Quero impor três condições.
gostosas gargalhadas? Pois as     - Diga.
piadas são nada mais que          - A primeira é que quero por perto um
pequenas            narrativas    guarda rural armado, para o caso de que a
formuladas por alguém. As         gorila me rejeite.
que você acabou de ler são de     - Sim, de acordo.
um catalão chamado Eugênio,       - A segunda é que lhe pintem os lábios
que faz muito sucesso na          para que fique mais sexy.
Espanha. Para se ter uma          - De acordo. E a terceira?
ideia desse sucesso quem          - E a terceira: se posso pagar o milhão de
procurar no Google “Chistes       pesetas em três vezes.
de Eugênio” encontrará por
resultado 15 mil sites a ele
dedicados.    Assim     como
Groucho Marx, ele explora o       Não seria interessante despertar para
nonsense, “aquele inesperado      as possibilidades linguísticas através
semântico”, as surpresas da       do riso, e assim, promover um novo
linguagem. Aqui no Brasil,        modo de aprender a língua materna?
nesse mesmo estilo, temos
José Simão
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                                                30 de janeiro - Dia da Saudade
saudade
[Do lat. solitate, 'soledade', 'solidão', pelo arc. soydade, suydade, poss. com infl. de saúde.]
Substantivo feminino.

1.Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes ou
extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las; nostalgia:
"Saudade! és a ressonância / De uma cantiga sentida, / Que, embalando a nossa infância, / Nos
segue por toda a vida!" (Da Costa e Silva, Pandora, p. 83); "E uma saudade de casa começou a
me agoniar." (José Lins do Rego, Doidinho, p. 171).

2.Pesar pela ausência de alguém que nos é querido.

3.Bot. Designação comum a diversas plantas da família das dipsacáceas, principalmente
da espécie Scabiosa maritima, e às suas flores; escabiosa, suspiro:
"E ela deu-lhe do seio uma saudade / Murcha, e no entanto bela" (Gonçalves Dias, Obras
Poéticas, II, p. 98).
4.Bras. Zool. V. assobiador (4).
5.Bras. Cantiga da terra, entoada pelos marujos no alto-mar. ~ V. saudades.

Rebenqueado das saudades. 1. Bras. RS Que curte a dor das saudades, da separação.




De saudade quem entende bem é a Carol, a
pequena grande amiga do CEJA. Vejam só:




                                                                 E você, leitor? Conte
                                                                 uma saudade.
  Saudade: quando um amigo sente falta do outro,
  e que dá aquela saudade e aquela vontade de
  reencontrá-lo    novamente      e   aquela    saudade
  acabar.

  Escritora: Caroline
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                                                A “saudade” nas artes plásticas.

                                                Em que se concentra o olhar dessa mulher? Numa
                                                fotografia de alguém , que está distante? Que já se foi?
                                                O objeto que contém a carga dramática, a emoção
                                                dessa tela nos é vedado. Mas é em torno dele que um
                                                doloroso sentimento sobressai.




                                                       Essa é do Baú!


                                                Mensagem

                                                Aldo Cabral e Cícero Nunes             25 - Dia do Carteiro



                                                Quando o carteiro chegou,
                                                E o meu nome gritou,
 Saudade, 1899,                                 Com uma carta na mão.
 José Ferraz de Almeida Jr (Brasil 1850-1899)   Ante surpresa tão rude,
 óleo sobre tela, 197 x 101 cm
 Pinacoteca do Estado de São Paulo [PESP]
                                                Nem sei como pude
                                                Chegar ao portão.
José    Ferraz   de    Almeida                  Vendo o envelope bonito,
Júnior( 1859– 1899), paulista                   E no subscrito eu reconheci,
de Itu, pintor de formação                      A mesma caligrafia, que um dia me disse:
acadêmica foi, possivelmente,                   Estou farto de ti.
o primeiro artista plástico                     Porém não tive coragem
brasileiro   a   introduzir    o                De abrir a mensagem
homem do povo, em seu                           Porque na incerteza, eu meditava e dizia,
cotidiano,       às       telas,                Será de alegria ?
particularmente     na   última                 Será de tristeza ?
década de sua vida. O                           Tanta verdade risonha
tratamento da luz tropical, o                   Ou mentira tristonha, uma carta nos traz
abandono                     da                 Assim pensando rasguei, sua carta
monumentalidade das obras e                     E queimei, para não sofrer mais.
a inserção dos personagens no
cotidiano brasileiro marcaram
seu trabalho.
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               Poema do Mês                                            Viver
                                                                               Mário Quintana


                                                  Vovô ganhou mais um dia. Sentado na
                                                  copa,
                                                  de pijama e chinelas, enrola o primeiro
                                                  cigarro
                                                  e espera o gostoso café com leite.
                                                  Lili, matinal como um passarinho,
O autor por ele mesmo                             também espera o café com leite.
                                                  Tal e qual vovô.
“Pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem!
eu sempre achei que toda confissão não            Pois só as crianças e os velhos conhecem
transfigurada pela arte é indecente. Minha vida   a volúpia de viver dia a dia,
está nos meus poemas, meus poemas são eu          hora a hora,
mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não          e suas esperas e desejos nunca se
fosse confissão. (...)                            estendem
Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906, no     além de cinco minutos...
rigor do inverno, temperatura: 1 grau; e ainda                Mais um ano se passou
por cima prematuramente, o que me deixava
complexado, pois achava que não estava
pronto. Até que descobri que alguém tão
completo como Sir Winston Churchil nascera
prematuro. (...)
                                                         Vilani (08)
Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim.
                                                                               Gerlane (13)
Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou
tão orgulhoso que nunca acho que escrevi
                                                       Lôbo (09)
algo à minha altura. Porque poesia é                                       Giovanni (16)
insatisfação, um anseio de autossuperação.
Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que                Enoque (16)

sou tímido. Nada disso! Sou é caladão,
introspectivo.
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                                                  Faz 100 anos

    A Bahia tem um Jorge que é Amado e será homenageado em 2012 pelo seu
centenário de nascimento. O escritor baiano de todos os santos foi um dos mais
populares escritores do Brasil. Quem não teve em seu repertório de leitura, pelo
menos um livro de Jorge Amado? Já ouvi um depoimento de alguém que esperava
encontrar em sua obra cenas de sexo, para decepção, é claro, do leitor, pois o que
há em Jorge é sensualidade. Seus romances são por demais amorosos. Antônio
Candido, sociólogo e crítico literário, diz que “Na nossa literatura moderna Jorge
Amado é o maior romancista do amor, força de carne e de sangue que arrasta seus
personagens para um extraordinário clima lírico: amor dos ricos e dos pobres; amor
dos negros, dos operários, que não tinha estado de literatura(...)”
    Outra marca acentuada em sua obra é a crítica social, sobretudo nos primeiros
romances, refletindo, assim, o seu ideário comunista. Neles o proletário, o negro, a
miséria, a luta de classes e tudo o que vem do povo ganha força e realce na criação
de suas histórias. Outro aspecto considerável em sua vida e obra é o sincretismo
religioso. Jorge Amado, se aproximou dos rituais do candomblé, ainda muito jovem,
quando foi morar em um casarão no Pelourinho, hoje Fundação Casa de Jorge
Amado, na cidade velha de Salvador. Foi um dos doze ministros de Xangô e sempre
se aconselhou com a Mãe Menininha do Gantois, a quem sempre pedia benção e
proteção, e que se tornou personagem do romance Dona Flor e seus dois maridos. O
direito que garante a liberdade de cultos e manifestações religiosas no país foi uma
conquista dele, quando deputado pelo PCB, em 1945.
    O criador de Gabriela Cravo e Canela, uma de suas personagens marcantes, foi
ainda um grande divulgador da Literatura Brasileira.
    Até o próximo capítulo.

Profa. Ayla Kataoka
CEJA PROF. MILTON CUNHA EM REVISTA


                                           Numa entrevista, de jornal, em 1982,
                                          a      famosa    geriatra     Ana     Aslan,
                                          especialista em longevidade, e então
                                          com 84 anos, afirmou que quem quer
                                          viver muito deve ler pelo menos duas
                                          horas por dia.        — “A leitura é o
                                          melhor tônico para a saúde mental e
                                          uma boa saúde mental é fator básico
                                          para a saúde do corpo”, observava
                                          ela.




                    PROJETOS NA SALA DE ESPERA

                  Em fevereiro: Oficina de Informática

                 Em Março: Oficina de leitura e escrita

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EXPEDIENTE

Coordenação: Ayla kataoka e Eliana Digitação e diagramação: Ayla Kataoaka

Núcleo Gestor: Direção: Sandra Pedrosa Coordenação: Armando, Isabel e Ivanisa
Secretaria: Irismar Bandeira

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Revista do CEJA traz textos sobre educação, língua portuguesa e humor

  • 1. CEJA PROF. MILTON CUNHA REVISTA em AO CORRER DA PENA Professores do CEJA se descobrem autores COM A PALAVRA, O ALUNO O lugar da redação Faz 100 anos O escritor baiano Jorge EM DIA COM Amado em alguns A LÍNGUA capítulos Tire a dúvida TAMBÉM: poema do mês, aniversariantes do mês, datas comemorativas, uma dose de humor, projetos em andamento
  • 2. CEJA PROF. MILTON CUNHA EM REVISTA Um dedo de prosa É janeiro, mês cheio de graça e de promessas. Já nasce celebrando a paz: 1o de janeiro é o Dia Mundial da Paz. Instituído pelo papa Papa Paulo VI, em 8 de dezembro de 1967, por meio de uma mensagem dirigida a todos os homens de boa vontade para os exortar a celebrar o Dia da Paz em todo o mundo, no primeiro dia do ano civil, 1o de janeiro de 1968. E assim tem sido. A cada ano é escolhido, pelo papa, um tema a ser tratado. Em 2012, em sua mensagem o papa Bento XVI chama à reflexão “Educar os jovens para a justiça e a paz”. Janeiro é tempo novo, de eterno (re)começo, daí as tais promessas (algumas inteiramente vãs), fazer exercício, dieta, economia, fazer isso e aquilo. Não deixa de ser um belo exercício, prometer-se. Cumprir são outros quinhentos. Querer ser melhor a cada janeiro, por exemplo, é uma grande e sempre aberta promessa, sem prazo de validade. Guardada a intenção de filosofar sobre a difícil arte da mudança, janeiro chega à memória também como mês das contas, do dinheiro apertado (para muitos!) material escolar, impostos... Mas também mês da alegria, que vem do clima bom de férias e igualmente (ou quase) dos retornos, volta às aulas, ao trabalho, à agitação da vida comum. Foi-se o tempo em que tudo voltava ao seu ritmo depois do carnaval, geralmente em fevereiro. Deu saudade desse tempo? Pois em janeiro, temos o dia da saudade, esse sentimento ambíguo de presença na ausência, “o revés do parto” como nos diz Chico Buarque, nos dando ainda o mais pungente dos conceitos, “saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu”. Mas como tudo na vida tem os dois lados, aproveitemos esse dia para saber por onde andam aqueles amigos tão queridos ou para buscar no tempo aquele momento em que fomos felizes, a fim de revivê-lo na memória ou quem sabe até, numa segunda versão. Nessa atmosfera de renovação, gostáríamos de informar que o nosso jornal, parente que se tornou da revista, adotará esse formato em 2012, levando em conta, como sempre, o entretenimento, a leveza, a despretensão, e o que há de mais importante em seu feitio, o compartilhamento de textos e saberes com todos os que compõem o CEJA Prof. Mílton Cunha. A seção Ao correr da pena, é uma oportunidade de experiência com a palavra escrita, um saudável exercício, que para sentir-lhe o gosto, basta começar. Temos contado muito com a participaçao dos professores Ribamar e Tomaz. Nesta edição inaugural da revista, estreiam Sandra e a professora Neuma. Com a palavra o aluno é outro importante espaço de expressão, de incentivo e de valorização da escrita. Aguardamos, portanto, todos vocês. Boa leitura! Profa Ayla Kataoka - Regente de Multimeios
  • 3. CEJA PROF. MILTON CUNHA EM REVISTA Em dia com a língua O tropeço das conversas Em português não se fala em erro, mas em desvios da norma culta e em situações de comunicação. Na linguagem oral cotidina, desculpam-se os tropeços “Em situações formais de discurso, no entanto, um tropeço normativo continua a ter peso social. Cai mal ao ouvido algo muito fora do que se identificou como de acordo com a gramática, seja no ambiente de trabalho, numa reunião formal ou até num programa de rádio ou TV. Se linguisticamente podem não causar escândalo, socialmente há expressões “micadas” nas bocas do dia-a-dia.” Por isso é sempre bom dá uma recapitulada em algumas regras básicas, para não passar nenhum vexame em falas como: “Fazem dez anos que trabalho nessa empresa.” Fazer quando exprime tempo é impessoal. Usa-se, portanto, na 3a pessoa: Faz dez anos... Fazia uma semana que não via você. Houveram muitos casos de catapora. Haver no sentido de existir é invariável, ou seja, não vai para o plural. Por isso: Houve muitos casos... Há pessoas interessantes. “Vou mandar fazer o óculos do meu filho” Problema de concordância. A palavra óculos está no plural. “Óculo” é cada lente que auxilia a vista. Então, deve-se dizer: Vou mandar fazer os óculos... Ao meu ver Não há artigo nessa expressão: A meu ver, a nosso ver. “Prefiro carne do que peixe” Depois do verbo preferir vem sempre a preposição a: Prefiro carne a peixe. “Ela era meia estranha” “Meio” é um advérbio de intensidade, jamais varia: é uma coisa meio estranha, meio feia, meio louca. Adaptado da Revista Língua Portuguesa, ano III, no 31, maio de 2008, p.41
  • 4. CEJA PROF. MILTON CUNHA EM REVISTA Ao correr da pena Velho Ano Novo Começo de ano chegando Na mídia a mesma coisa É sempre do mesmo jeito O BBB anuncia A gente fazendo plano È bunda pra todo lado Em tudo dando desfecho E bicha fazendo fita Melhorar o casamento e o “enfeito” Assistir tal atração Precisa muita alienação A mulherada afoita Fazendo promessas mil As enchentes acontecendo Começando a dieta esquecida Sempre no mesmo lugar Das compras ficar impedida Os políticos presenciando E retornar à ginástica Sem providência tomar Há tempos já prometida Assim mesmo nos lascamos Com os impostos a pagar Os homens tentando fazer A revisão do motor E assim tudo começa Com medo daquele exame Do jeito que terminou De se apaixonar pelo doutor As contas passando em frente E ainda ouvir um carão Mais um ano se passou Que beber não pode não Mas tudo na vida passa Com fé em nosso Senhor Sandra Pedrosa
  • 5. CEJA PROF. MILTON CUNHA EM REVISTA PERSEVERAR – HÁBITO DE DEUS Perseverar é uma exigência de DEUS. Perseverar é um HÁBITO DE DEUS. Perseverar é um traço de DEUS em nós. Perseverar é a cruz de quem tem um sonho. Você tem um sonho? É grande e aparentemente impossível? Faz tempo que você o acalenta, ou melhor, faz tempo que ele te acalenta? Então, você sabe o peso da cruz chamada PERSEVERANÇA. Sua alma está em “carne viva” e as circunstâncias continuam te chicoteando: São as atitudes de alguém que pisoteiam suas expectativas ou, talvez, o silêncio sonegando palavras que você tanta anseia ouvir; pode ser as oportunidades que teimam em não surgir; portas que permanecem trancafiadas ou o corpo que não reage aos tratamentos….Seja o que for, você sabe, só você e DEUS sabem como tem sido doloroso perseverar. Mesmo assim, ELE conta com sua “teimosia” em acreditar que ELE pode fazer o impossível materializar-se; ELE deseja que você creia que ELE é eficientemente capaz de transformar sonhos em BELAS REALIDADES. Nas longas lutas o cansaço impera, o desfalecimento aporta, o desespero assombra. É comum pensarmos que estamos sozinhos, na crucificação JESUS gritou: “PAI, por que me abandonaste?” Qual de nós já não gemeu o mesmo lamento? ELE poderia ter desistido e DEUS-PAI teria enviado a tropa celestial para livrá-LO daquela insuportável dor, mas, ELE perseverou, sabia que aquilo não era o fim, ELE perseverou e seguiu na SUA missão. Quando todo o inferno festejava a vitória, ELE VENCEU A MORTE e, gloriosamente, retornou à vida. O impensável, o inesperado, o imprevisível, o inexprimível, aconteceu. Da mesma forma O CRIADOR age conosco desde que o mundo é mundo, aqui estamos nós a milhões de anos “torrando” a paciência de DEUS com nosso egoísmo, nossa maldade, nossas mesquinharias, nossas vaidades, nossas fraquezas, nosso ódio….. E ELE, o que faz? Nos AMA, nos perdoa no mesmo instante em que nos arrependemos, nos dá segundas…terceiras….milésimas chances. Esta é a LEI de DEUS – PERSEVERAR. SEU AMOR é perseverante, assim como SEU perdão, SUA tolerâ ncia, SEU cuidar de nós é perseverante. ELE é rotineiramente perseverante quando nos presenteia com alvoradas, crepúsculos e luaradas; quando segura a fúria dos mares e regula o gozo dos vulcões, a vida é um PERSEVERANTE ciclo; na dinâmica da natureza, e do SEU AMOR, DEUS nos ordena e nos inspira: PERSEVERE! VÁ EM FRENTE! CONTINUE ACREDITANDO! CONFIE EM MIM! NÃO DESISTA! NEUMA FERNANDES (w ww.salmo37.wordpress.com)
  • 6. CEJA PROF. MILTON CUNHA EM REVISTA Com a palavra, o aluno Mulher brasileira Era uma mulher bonita que tinha um corpo bem feito, uma cintura fina, pernas grossas e uma pele morena, olhos claros e uma boca carnuda. Quando passava por cantos movimentados, sentia que todos olhavam para ela, tremia um pouco, mas nada de abaixar a cabeça. Sempre com nariz arrebitado e com aquele rebolado seguia em frente. Que mulher era essa? Era a mulher brasileira. Silvia Maria Brito - Matrícula: 21013258 Ciências da Comunicação
  • 7. CEJA PROF. MILTON CUNHA EM REVISTA Uma dose de humor Se gostou, que tal mais uma: Eu tenho duas irmãs... Experiência científica Um amigo diz ao solteirão empedernido: No jornal apareceu um anúncio que dizia: - Você não pensa em se casar? “Laboratórios precisam de senhor de - Para quê? Eu tenho duas irmãs compleição forte e gozando de boa saúde que cuidam de mim, me mimam, para experiência científica” me fazem todos os caprichos... Comparece um cara de dois metros, forte Mas duas irmãs...nunca lhe como um carvalho, transbordando saúde, poderão dar o que lhe dar uma mas com cara de panaca... mulher. - Vim por causa do anúncio, de que se E quem falou que são minhas trata? irmãs? - Queremos cruzar uma gorila com um ser humano para ver qual será o resultado. O Você alguma vez se senhor estaria disposto a fazer a preocupou em saber quem é o experiência por um milhão de pesetas [na autor das piadas, que época, algo assim como cinco mil dólares]. arrancam tantas vezes - Quero impor três condições. gostosas gargalhadas? Pois as - Diga. piadas são nada mais que - A primeira é que quero por perto um pequenas narrativas guarda rural armado, para o caso de que a formuladas por alguém. As gorila me rejeite. que você acabou de ler são de - Sim, de acordo. um catalão chamado Eugênio, - A segunda é que lhe pintem os lábios que faz muito sucesso na para que fique mais sexy. Espanha. Para se ter uma - De acordo. E a terceira? ideia desse sucesso quem - E a terceira: se posso pagar o milhão de procurar no Google “Chistes pesetas em três vezes. de Eugênio” encontrará por resultado 15 mil sites a ele dedicados. Assim como Groucho Marx, ele explora o Não seria interessante despertar para nonsense, “aquele inesperado as possibilidades linguísticas através semântico”, as surpresas da do riso, e assim, promover um novo linguagem. Aqui no Brasil, modo de aprender a língua materna? nesse mesmo estilo, temos José Simão
  • 8. CEJA PROF. MILTON CUNHA EM REVISTA 30 de janeiro - Dia da Saudade saudade [Do lat. solitate, 'soledade', 'solidão', pelo arc. soydade, suydade, poss. com infl. de saúde.] Substantivo feminino. 1.Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las; nostalgia: "Saudade! és a ressonância / De uma cantiga sentida, / Que, embalando a nossa infância, / Nos segue por toda a vida!" (Da Costa e Silva, Pandora, p. 83); "E uma saudade de casa começou a me agoniar." (José Lins do Rego, Doidinho, p. 171). 2.Pesar pela ausência de alguém que nos é querido. 3.Bot. Designação comum a diversas plantas da família das dipsacáceas, principalmente da espécie Scabiosa maritima, e às suas flores; escabiosa, suspiro: "E ela deu-lhe do seio uma saudade / Murcha, e no entanto bela" (Gonçalves Dias, Obras Poéticas, II, p. 98). 4.Bras. Zool. V. assobiador (4). 5.Bras. Cantiga da terra, entoada pelos marujos no alto-mar. ~ V. saudades. Rebenqueado das saudades. 1. Bras. RS Que curte a dor das saudades, da separação. De saudade quem entende bem é a Carol, a pequena grande amiga do CEJA. Vejam só: E você, leitor? Conte uma saudade. Saudade: quando um amigo sente falta do outro, e que dá aquela saudade e aquela vontade de reencontrá-lo novamente e aquela saudade acabar. Escritora: Caroline
  • 9. CEJA PROF. MILTON CUNHA EM REVISTA A “saudade” nas artes plásticas. Em que se concentra o olhar dessa mulher? Numa fotografia de alguém , que está distante? Que já se foi? O objeto que contém a carga dramática, a emoção dessa tela nos é vedado. Mas é em torno dele que um doloroso sentimento sobressai. Essa é do Baú! Mensagem Aldo Cabral e Cícero Nunes 25 - Dia do Carteiro Quando o carteiro chegou, E o meu nome gritou, Saudade, 1899, Com uma carta na mão. José Ferraz de Almeida Jr (Brasil 1850-1899) Ante surpresa tão rude, óleo sobre tela, 197 x 101 cm Pinacoteca do Estado de São Paulo [PESP] Nem sei como pude Chegar ao portão. José Ferraz de Almeida Vendo o envelope bonito, Júnior( 1859– 1899), paulista E no subscrito eu reconheci, de Itu, pintor de formação A mesma caligrafia, que um dia me disse: acadêmica foi, possivelmente, Estou farto de ti. o primeiro artista plástico Porém não tive coragem brasileiro a introduzir o De abrir a mensagem homem do povo, em seu Porque na incerteza, eu meditava e dizia, cotidiano, às telas, Será de alegria ? particularmente na última Será de tristeza ? década de sua vida. O Tanta verdade risonha tratamento da luz tropical, o Ou mentira tristonha, uma carta nos traz abandono da Assim pensando rasguei, sua carta monumentalidade das obras e E queimei, para não sofrer mais. a inserção dos personagens no cotidiano brasileiro marcaram seu trabalho.
  • 10. CEJA PROF. MILTON CUNHA EM REVISTA Poema do Mês Viver Mário Quintana Vovô ganhou mais um dia. Sentado na copa, de pijama e chinelas, enrola o primeiro cigarro e espera o gostoso café com leite. Lili, matinal como um passarinho, O autor por ele mesmo também espera o café com leite. Tal e qual vovô. “Pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! eu sempre achei que toda confissão não Pois só as crianças e os velhos conhecem transfigurada pela arte é indecente. Minha vida a volúpia de viver dia a dia, está nos meus poemas, meus poemas são eu hora a hora, mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não e suas esperas e desejos nunca se fosse confissão. (...) estendem Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906, no além de cinco minutos... rigor do inverno, temperatura: 1 grau; e ainda Mais um ano se passou por cima prematuramente, o que me deixava complexado, pois achava que não estava pronto. Até que descobri que alguém tão completo como Sir Winston Churchil nascera prematuro. (...) Vilani (08) Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Gerlane (13) Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que nunca acho que escrevi Lôbo (09) algo à minha altura. Porque poesia é Giovanni (16) insatisfação, um anseio de autossuperação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que Enoque (16) sou tímido. Nada disso! Sou é caladão, introspectivo.
  • 11. CEJA PROF. MILTON CUNHA EM REVISTA Faz 100 anos A Bahia tem um Jorge que é Amado e será homenageado em 2012 pelo seu centenário de nascimento. O escritor baiano de todos os santos foi um dos mais populares escritores do Brasil. Quem não teve em seu repertório de leitura, pelo menos um livro de Jorge Amado? Já ouvi um depoimento de alguém que esperava encontrar em sua obra cenas de sexo, para decepção, é claro, do leitor, pois o que há em Jorge é sensualidade. Seus romances são por demais amorosos. Antônio Candido, sociólogo e crítico literário, diz que “Na nossa literatura moderna Jorge Amado é o maior romancista do amor, força de carne e de sangue que arrasta seus personagens para um extraordinário clima lírico: amor dos ricos e dos pobres; amor dos negros, dos operários, que não tinha estado de literatura(...)” Outra marca acentuada em sua obra é a crítica social, sobretudo nos primeiros romances, refletindo, assim, o seu ideário comunista. Neles o proletário, o negro, a miséria, a luta de classes e tudo o que vem do povo ganha força e realce na criação de suas histórias. Outro aspecto considerável em sua vida e obra é o sincretismo religioso. Jorge Amado, se aproximou dos rituais do candomblé, ainda muito jovem, quando foi morar em um casarão no Pelourinho, hoje Fundação Casa de Jorge Amado, na cidade velha de Salvador. Foi um dos doze ministros de Xangô e sempre se aconselhou com a Mãe Menininha do Gantois, a quem sempre pedia benção e proteção, e que se tornou personagem do romance Dona Flor e seus dois maridos. O direito que garante a liberdade de cultos e manifestações religiosas no país foi uma conquista dele, quando deputado pelo PCB, em 1945. O criador de Gabriela Cravo e Canela, uma de suas personagens marcantes, foi ainda um grande divulgador da Literatura Brasileira. Até o próximo capítulo. Profa. Ayla Kataoka
  • 12. CEJA PROF. MILTON CUNHA EM REVISTA Numa entrevista, de jornal, em 1982, a famosa geriatra Ana Aslan, especialista em longevidade, e então com 84 anos, afirmou que quem quer viver muito deve ler pelo menos duas horas por dia. — “A leitura é o melhor tônico para a saúde mental e uma boa saúde mental é fator básico para a saúde do corpo”, observava ela. PROJETOS NA SALA DE ESPERA Em fevereiro: Oficina de Informática Em Março: Oficina de leitura e escrita INTERESSADOS EM CURSOS GRATUITOS A DISTANCIA? Procure o laboratório de informática EXPEDIENTE Coordenação: Ayla kataoka e Eliana Digitação e diagramação: Ayla Kataoaka Núcleo Gestor: Direção: Sandra Pedrosa Coordenação: Armando, Isabel e Ivanisa Secretaria: Irismar Bandeira