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VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE SISTEMAS
           AGROFLORESTAIS



 A pesquisa em SAF’s e as possibilidades de
 aproximação de um enfoque Agroecológico


                 Luís Mauro Santos Silva
                 UFPA/NCADR/PPGAA e Diretoria da ABA região Norte.



                         Belém – PA
                21 a 25 de novembro de 2011
Tópicos a serem abordados
1. Quadro conceitual mínimo sobre as lógicas produtivas;

2. O “estado da arte” da Agroecologia no Brasil e na Amazônia;


3. Cenários apontados pela academia: Amazônia;


4. SAFs abordado por entidades e Instituições;


5. Distinção das formas de apropriação dos SAFs;


6. Considerações finais.
1. Quadro conceitual: diferentes lógicas, diferentes demandas sobre
SAF’s
                          DISTINTAS UNIDADES DE
                           IMPÉRIOS ALIMENTARES E OUTROS
                                    ANÁLISE

  NÃO PRECISA MATERIALIZAR                                             PARCELA OU ATIVIDADE
     UMA UNIDADE FÍSICA                                                PRODUTIVA ESPECÍFICA
         PRODUTIVA
        agricultura via                                                agricultura via Lógica
      Lógica Capitalista                                                    Empresarial




                          agricultura via Lógica Camponesa
                                (Diversas expressões)
                     AGROECOSSISTEMA COM UNIDADE DE ANÁLISE


Figura : diferenciação das agriculturas no mundo (adaptado de PLOEG, 2008).
As distintas Lógicas que envolvem o espaço rural
- Lógicas capitalistas e empresariais (PLOEG, 2008): (agronegócio, mercado
do carbono, bicombustíveis, monocultivos energéticos etc.).

- As diversas expressões da agricultura familiar (Lógicas sócio
produtivas (coprodução; segurança alimentar e autonomia); sistemas
complexos (diversificação e integração de atividades) (PLOEG, 2008).


          Pressupostos básicos para todos!
i) a manutenção das “habitabilidades”, ii) a manutenção dos
ciclos biogeoquímicos; iii) a manutenção do clima; iv)
paisagem /amenidades; v) a proteção de mananciais hídricos;
vi) a proteção da biodiversidade; etc. (KITAMURA, 2003).
2. O “ESTADO DA ARTE” DA
AGROECOLOGIA NO BRASIL
      E NA AMAZÔNIA
I CONGRESSO BRASILEIRO DE AGROECOLOGIA (CBA),                  VI CONGRESSO BRASILEIRO DE AGROECOLOGIA (CBA),
PORTO ALEGRE - RS EM 2003.                                     CURITIBA - PR EM 2009.

420 PUBLICAÇÕES (APENAS 07 DA AMAZÔNIA).                       1.094 PUBLICAÇÕES (APENAS 69 DA AMAZÔNIA).

               PERFIL DOS PARTICIPANTES                                       PERFIL DOS PARTICIPANTES

NACIONAL: INSTITUIÇÕES DE ENSINO, PESQUISA,                    NACIONAL: INSTITUIÇÕES DE ENSINO,                 PESQUISA,
EXTENSÃO RURAL E MOVIMENTOS SOCIAIS.                           EXTENSÃO RURAL E MOVIMENTOS SOCIAIS.

AMAZÔNIA: INSTITUIÇÕES DE PESQUISA E ENSINO.                   AMAZÔNIA: INSTITUIÇÕES DE ENSINO, PESQUISA,
(PREDOMÍNIO DAS AGRÁRIAS).                                     EXTENSÃO RURAL. (MAIS MULTIDISCIPLINAR).

                 TEMAS RECORRENTES                                                TEMAS RECORRENTES

NACIONAL: RECONVERSÃO AGROECOLÓGICA.                           NACIONAL: RECONVERSÃO AGROECOLÓGICA, EDUCAÇÃO DO
                                                               CAMPO; METODOLOGIAS PARTICIPATIVAS.
AMAZÔNIA: VALORIZAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS
                                                               AMAZÔNIA: VALORIZAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS LOCAIS.
LOCAIS.

                PRINCIPAIS ESCALAS DE ANÁLISE                                   PRINCIPAIS ESCALAS DE ANÁLISE

NACIONALL:    AGROECOSSISTEMA       FAMILIAR    E   PARCELAS   NACIONALL: AGROECOSSISTEMA FAMILIAR, PARCELAS PRODUTIVAS E
                                                               DINÂMICAS AGRÁRIAS.
PRODUTIVAS;
                                                               AMAZÔNIA: SISTEMA DE PRODUÇÃO            FAMILIAR TRADICIONAL;
AMAZÔNIA: SISTEMA DE PRODUÇÃO FAMILIAR TRADICIONAL.
                                                               METODOLOGIAS PARTICIPATIVAS.


                                                    6 ANOS                            BARROS e SILVA (no prelo)
Os temas mais recorrentes nos CBAs para a
Amazônia:
- Pesquisa (valorização saberes “não acadêmicos”) e
  inclusão de dimensões sociais e ecológicas;

- Escala dos agroecossistemas e problematização regional (ir
  além da parcela);

- Busca de uma Formação multidisciplinar (IFTs; IFES etc.);

- Impactos das Políticas públicas recentes;

- Nova perspectiva de desenvolvimento (busca de novos
  referenciais científicos).
3. Cenários apontados pela
 academia: tomando com
   exemplo a AMAZÔNIA
Biomas amazônicos
(dimensão ecológica)
O ciclo da fronteira agropecuária (início na condição de
posseiros rurais)
Mata  Roça  Capim.
Sinais de assoreamentos de rios e erosões visíveis
Fim dos últimos fragmentos florestais e fim das áreas de
roçado anual  saída das famílias de suas terras!!!!!
Transição monocultivo de capim  monocultivo de
Eucalipto




                   Fruto-Carvão Vegetal
Alguns indicadores significativos sobre a região amazônica (MMA, 2009)

- 60% do território brasileiro e 30% todas as florestas tropicais
do mundo;

- Detentora de um terço da biodiversidade global;

- Nos nove estados que compõem a Amazônia vivem cerca de
25 milhões de brasileiros;

- Uma das maiores reservas minerais do mundo;

- Maior concentração de água doce do planeta;

Aberta para os mais distintos cenários de desenvolvimento.
3. Alguns cenários apontados para a região
I - Intensificar tecnologicamente as áreas antropizadas e preservar as
florestas nativas (HOMMA, 2005).
ALGUNS LIMITES: legislação ambiental; matriz energética e lógica
produtiva;...


II - Assumir uma postura de planejamento preservacionista nas regiões
pouco alteradas e reconstituir áreas já desmatadas (VIEIRA et al., 2005).
 ALGUNS LIMITES: demandas por escala produtiva e contextos sócio-
ambientais distintos; ...


III - Valorizar as relações tradicionais e a sociodiversidade ainda presente
na região como formas de produção mais preferíveis ao futuro da região
(MORÁN, 1990; LIMA e POZZOBON, 2005).

ALGUNS LIMITES: falta de referenciais científicos locais;...
4. SAFs abordados por entidades e instituições
              (PNATER, MACRO ZEE; ARCO VERDE etc.)

- Como um das alternativas energéticas (biodiesel e/ou carvão vegetal
para siderurgia);

- Como artifício de mitigação ambiental (Recomposição de áreas
desmatadas, mercado do Carbono etc.);


- Como outras possibilidades de acesso ao mercado mundial;


- Como elemento de diversificação e integração em sistemas
de produção familiares;

- Como alternativas híbridas (associação entre algumas das
citadas acima.
MAIOR DIFICULDADE DA ACADEMIA


ESCASSEZ    DE   REFERENCIAIS     PARA
COMPREENDER OS SAFs ALÉM DA
PARCELA (ALÉM DA EFICIÊNCIA FÍSICA).


LIMITE METODOLÓGICO E DE CONCEPÇÃO!
(A) Grupo de trabalho (GT) do Código Florestal
                    SBPC e ABC
- GT MULTIDISCIPLINAR (NÃO INTERDISCIPLINAR);
- TEMA CENTRAL: RISCOS ASSOCIADOS AO USO DE TERRA;
- DIFICULDADE DE AMPLIAR ESCALA (ALÉM DA PARCELA FLORESTAL.
(B) Estado da arte dos estudos sobre SAFs.




PREDOMINAM AS ABORDAGENS DISCIPLINARES E
                                              Fonte: Junior et al. (2009:8)
ESCALA DA PARCELA!
(C) Experiência Interdisciplinar de pesquisa.




5   anos     de     produção
acadêmica     interdisciplinar
do   CIPEC      (Centro     de
Estudos sobre Instituições,
População     e    Mudanças
Climáticas).


UMA NECESSÁRIA MUDANÇA DE
UNIDADE  DE   ANÁLISE   (DA
PARCELA    PARA    UNIDADE
DOMÉSTICA.
Teorias sobre a relação População – Ambiente (VanWey et al., 2009)


I – Teorias Tradicionais das relações População - ambiente
   - Tamanho da população        Escala           Extensão da degradação
  - Densidade Populacional                              ambiental
     - Padrões espaciais da      Global
                                Regional
          população.
                                 Local


II – Teorias Estruturais das relações População - ambiente
      - Posição do país na
                                    Escala       Extensão da degradação
     economia política mundial
       - Aspecto cultural           Regional           ambiental
       - Ecologia regional     Unidade Doméstica
   - Etapa do ciclo de vida da
        unidade doméstica.
                UMA TENTATIVA DE ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR!
(D) VALORIZAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS LOCAIS (AGROECOSSISTEMAS
COMPLEXOS).

LEISA BRASIL:
Revista Agriculturas: experiências
em agroecologia
    Vol. 08 – n.2 - junho de 2011


Diálogo entre      academia     e
realidade


PRIORIZANDO O RESGATE DE
EXPERIÊNCIAS LOCAIS!
5. Distinção das formas de apropriação do tema SAFs
I – Abordado com atividade (sistemas simples ou monoativos):
- Construir referenciais técnicos (valorização de saberes locais e/ou
experimentação clássica).

- Tem operado muito mais na lógica industrial.

- Sistemas de produção com menor complexidade .

II - Abordado como elementos de sistemas mais complexos:
- Construir referenciais técnicos (valorização de saberes locais e/ou
experimentação em meio real).

- Tem que ser operado na lógica camponesa.

- Sistemas de produção com maior complexidade.
Impérios Alimentares

MÉRITO DA PRODUÇÃO                               MÉRITO DA PRODUÇÃO
   Atividade produtiva                          Subsistema de produção (SAFs
 especializada (Parcela de                         como elemento de um
           SAF’s)                               agroecossistema COMPLEXO)



                               INTEGRAÇÃO AOS
Agricultura                       MERCADOS                Agricultura em
 em Lógica                                                    lógica
Empresarial                                                Camponesa

                                                          AGROECOSSISTEMA
      PRODUTO                                             (SAFs como elemento
(Eficiência produtiva         MÉRITO DA PESQUISA            de diversificação e
       de SAFs)              (UNIDADE DE ANÁLISE)              integração).
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
- Escassez de indicadores em SAFs (em qualquer lógica
produtiva).

- Necessidade de investimentos na construção de referenciais
locais sobre SAFs (adaptação de metodologias que dialoguem
com os saberes populares) outras visões sobre o
desenvolvimento.


- Valorização de experiências locais de diversificação e
integração em sistemas de produção complexos (agricultura
familiar) (Ex. Educação do Campo e a Pesquisa como
princípio pedagógico).


- Instituições com novas propostas de formação de quadros (aliar
saber acadêmico e popular).
Ex: Buscando alternativas para o fim dos recursos florestais




Ampliação recente dos SAFs com Cacau e essências
Pastagens no limite forrageiro (aparente crise ecológica)
      Alternativa de transição Pastagens  SAFs




       PASTAGEM DE 12 ANOS
Recomposição da diversidade do Sistema de Produção
                    Saída do capim e plantio de
                    anuais, bianuais e perenes;
Vista do antigo pasto já com um SAFs Cacau
PA Belo Horizonte I – São Domingos do Araguaia.
Diálogos técnicos
III OFICINA DE EXPERIÊNCIAS AGROECOLÓGICA SABERES DO
                      AGRICULTORES
                                    Diálogos na
                                    realidade
Experiências cadastradas na rede




www.agroecologiaemrede.org.br
SUSTENTABILIDADE???




                                                                   CULTURAL
                       POLÍTICO
                                  ECONÔMICO




                                                                              INSTITUCIONAL
                                                       AMBIENTAL
                                              SOCIAL




               PRECISAMOS SUPERAR a visão disciplinar!             ÉTICO
OBRIGADO!
lmsilva@ufpa.br

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Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais

  • 1. VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS A pesquisa em SAF’s e as possibilidades de aproximação de um enfoque Agroecológico Luís Mauro Santos Silva UFPA/NCADR/PPGAA e Diretoria da ABA região Norte. Belém – PA 21 a 25 de novembro de 2011
  • 2. Tópicos a serem abordados 1. Quadro conceitual mínimo sobre as lógicas produtivas; 2. O “estado da arte” da Agroecologia no Brasil e na Amazônia; 3. Cenários apontados pela academia: Amazônia; 4. SAFs abordado por entidades e Instituições; 5. Distinção das formas de apropriação dos SAFs; 6. Considerações finais.
  • 3. 1. Quadro conceitual: diferentes lógicas, diferentes demandas sobre SAF’s DISTINTAS UNIDADES DE IMPÉRIOS ALIMENTARES E OUTROS ANÁLISE NÃO PRECISA MATERIALIZAR PARCELA OU ATIVIDADE UMA UNIDADE FÍSICA PRODUTIVA ESPECÍFICA PRODUTIVA agricultura via agricultura via Lógica Lógica Capitalista Empresarial agricultura via Lógica Camponesa (Diversas expressões) AGROECOSSISTEMA COM UNIDADE DE ANÁLISE Figura : diferenciação das agriculturas no mundo (adaptado de PLOEG, 2008).
  • 4. As distintas Lógicas que envolvem o espaço rural - Lógicas capitalistas e empresariais (PLOEG, 2008): (agronegócio, mercado do carbono, bicombustíveis, monocultivos energéticos etc.). - As diversas expressões da agricultura familiar (Lógicas sócio produtivas (coprodução; segurança alimentar e autonomia); sistemas complexos (diversificação e integração de atividades) (PLOEG, 2008). Pressupostos básicos para todos! i) a manutenção das “habitabilidades”, ii) a manutenção dos ciclos biogeoquímicos; iii) a manutenção do clima; iv) paisagem /amenidades; v) a proteção de mananciais hídricos; vi) a proteção da biodiversidade; etc. (KITAMURA, 2003).
  • 5. 2. O “ESTADO DA ARTE” DA AGROECOLOGIA NO BRASIL E NA AMAZÔNIA
  • 6.
  • 7. I CONGRESSO BRASILEIRO DE AGROECOLOGIA (CBA), VI CONGRESSO BRASILEIRO DE AGROECOLOGIA (CBA), PORTO ALEGRE - RS EM 2003. CURITIBA - PR EM 2009. 420 PUBLICAÇÕES (APENAS 07 DA AMAZÔNIA). 1.094 PUBLICAÇÕES (APENAS 69 DA AMAZÔNIA). PERFIL DOS PARTICIPANTES PERFIL DOS PARTICIPANTES NACIONAL: INSTITUIÇÕES DE ENSINO, PESQUISA, NACIONAL: INSTITUIÇÕES DE ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO RURAL E MOVIMENTOS SOCIAIS. EXTENSÃO RURAL E MOVIMENTOS SOCIAIS. AMAZÔNIA: INSTITUIÇÕES DE PESQUISA E ENSINO. AMAZÔNIA: INSTITUIÇÕES DE ENSINO, PESQUISA, (PREDOMÍNIO DAS AGRÁRIAS). EXTENSÃO RURAL. (MAIS MULTIDISCIPLINAR). TEMAS RECORRENTES TEMAS RECORRENTES NACIONAL: RECONVERSÃO AGROECOLÓGICA. NACIONAL: RECONVERSÃO AGROECOLÓGICA, EDUCAÇÃO DO CAMPO; METODOLOGIAS PARTICIPATIVAS. AMAZÔNIA: VALORIZAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS AMAZÔNIA: VALORIZAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS LOCAIS. LOCAIS. PRINCIPAIS ESCALAS DE ANÁLISE PRINCIPAIS ESCALAS DE ANÁLISE NACIONALL: AGROECOSSISTEMA FAMILIAR E PARCELAS NACIONALL: AGROECOSSISTEMA FAMILIAR, PARCELAS PRODUTIVAS E DINÂMICAS AGRÁRIAS. PRODUTIVAS; AMAZÔNIA: SISTEMA DE PRODUÇÃO FAMILIAR TRADICIONAL; AMAZÔNIA: SISTEMA DE PRODUÇÃO FAMILIAR TRADICIONAL. METODOLOGIAS PARTICIPATIVAS. 6 ANOS BARROS e SILVA (no prelo)
  • 8. Os temas mais recorrentes nos CBAs para a Amazônia: - Pesquisa (valorização saberes “não acadêmicos”) e inclusão de dimensões sociais e ecológicas; - Escala dos agroecossistemas e problematização regional (ir além da parcela); - Busca de uma Formação multidisciplinar (IFTs; IFES etc.); - Impactos das Políticas públicas recentes; - Nova perspectiva de desenvolvimento (busca de novos referenciais científicos).
  • 9. 3. Cenários apontados pela academia: tomando com exemplo a AMAZÔNIA
  • 11. O ciclo da fronteira agropecuária (início na condição de posseiros rurais)
  • 12. Mata  Roça  Capim.
  • 13.
  • 14. Sinais de assoreamentos de rios e erosões visíveis
  • 15. Fim dos últimos fragmentos florestais e fim das áreas de roçado anual  saída das famílias de suas terras!!!!!
  • 16. Transição monocultivo de capim  monocultivo de Eucalipto Fruto-Carvão Vegetal
  • 17. Alguns indicadores significativos sobre a região amazônica (MMA, 2009) - 60% do território brasileiro e 30% todas as florestas tropicais do mundo; - Detentora de um terço da biodiversidade global; - Nos nove estados que compõem a Amazônia vivem cerca de 25 milhões de brasileiros; - Uma das maiores reservas minerais do mundo; - Maior concentração de água doce do planeta; Aberta para os mais distintos cenários de desenvolvimento.
  • 18. 3. Alguns cenários apontados para a região I - Intensificar tecnologicamente as áreas antropizadas e preservar as florestas nativas (HOMMA, 2005). ALGUNS LIMITES: legislação ambiental; matriz energética e lógica produtiva;... II - Assumir uma postura de planejamento preservacionista nas regiões pouco alteradas e reconstituir áreas já desmatadas (VIEIRA et al., 2005). ALGUNS LIMITES: demandas por escala produtiva e contextos sócio- ambientais distintos; ... III - Valorizar as relações tradicionais e a sociodiversidade ainda presente na região como formas de produção mais preferíveis ao futuro da região (MORÁN, 1990; LIMA e POZZOBON, 2005). ALGUNS LIMITES: falta de referenciais científicos locais;...
  • 19. 4. SAFs abordados por entidades e instituições (PNATER, MACRO ZEE; ARCO VERDE etc.) - Como um das alternativas energéticas (biodiesel e/ou carvão vegetal para siderurgia); - Como artifício de mitigação ambiental (Recomposição de áreas desmatadas, mercado do Carbono etc.); - Como outras possibilidades de acesso ao mercado mundial; - Como elemento de diversificação e integração em sistemas de produção familiares; - Como alternativas híbridas (associação entre algumas das citadas acima.
  • 20. MAIOR DIFICULDADE DA ACADEMIA ESCASSEZ DE REFERENCIAIS PARA COMPREENDER OS SAFs ALÉM DA PARCELA (ALÉM DA EFICIÊNCIA FÍSICA). LIMITE METODOLÓGICO E DE CONCEPÇÃO!
  • 21. (A) Grupo de trabalho (GT) do Código Florestal SBPC e ABC - GT MULTIDISCIPLINAR (NÃO INTERDISCIPLINAR); - TEMA CENTRAL: RISCOS ASSOCIADOS AO USO DE TERRA; - DIFICULDADE DE AMPLIAR ESCALA (ALÉM DA PARCELA FLORESTAL.
  • 22. (B) Estado da arte dos estudos sobre SAFs. PREDOMINAM AS ABORDAGENS DISCIPLINARES E Fonte: Junior et al. (2009:8) ESCALA DA PARCELA!
  • 23. (C) Experiência Interdisciplinar de pesquisa. 5 anos de produção acadêmica interdisciplinar do CIPEC (Centro de Estudos sobre Instituições, População e Mudanças Climáticas). UMA NECESSÁRIA MUDANÇA DE UNIDADE DE ANÁLISE (DA PARCELA PARA UNIDADE DOMÉSTICA.
  • 24. Teorias sobre a relação População – Ambiente (VanWey et al., 2009) I – Teorias Tradicionais das relações População - ambiente - Tamanho da população Escala Extensão da degradação - Densidade Populacional ambiental - Padrões espaciais da Global Regional população. Local II – Teorias Estruturais das relações População - ambiente - Posição do país na Escala Extensão da degradação economia política mundial - Aspecto cultural Regional ambiental - Ecologia regional Unidade Doméstica - Etapa do ciclo de vida da unidade doméstica. UMA TENTATIVA DE ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR!
  • 25. (D) VALORIZAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS LOCAIS (AGROECOSSISTEMAS COMPLEXOS). LEISA BRASIL: Revista Agriculturas: experiências em agroecologia Vol. 08 – n.2 - junho de 2011 Diálogo entre academia e realidade PRIORIZANDO O RESGATE DE EXPERIÊNCIAS LOCAIS!
  • 26. 5. Distinção das formas de apropriação do tema SAFs I – Abordado com atividade (sistemas simples ou monoativos): - Construir referenciais técnicos (valorização de saberes locais e/ou experimentação clássica). - Tem operado muito mais na lógica industrial. - Sistemas de produção com menor complexidade . II - Abordado como elementos de sistemas mais complexos: - Construir referenciais técnicos (valorização de saberes locais e/ou experimentação em meio real). - Tem que ser operado na lógica camponesa. - Sistemas de produção com maior complexidade.
  • 27. Impérios Alimentares MÉRITO DA PRODUÇÃO MÉRITO DA PRODUÇÃO Atividade produtiva Subsistema de produção (SAFs especializada (Parcela de como elemento de um SAF’s) agroecossistema COMPLEXO) INTEGRAÇÃO AOS Agricultura MERCADOS Agricultura em em Lógica lógica Empresarial Camponesa AGROECOSSISTEMA PRODUTO (SAFs como elemento (Eficiência produtiva MÉRITO DA PESQUISA de diversificação e de SAFs) (UNIDADE DE ANÁLISE) integração).
  • 29. - Escassez de indicadores em SAFs (em qualquer lógica produtiva). - Necessidade de investimentos na construção de referenciais locais sobre SAFs (adaptação de metodologias que dialoguem com os saberes populares) outras visões sobre o desenvolvimento. - Valorização de experiências locais de diversificação e integração em sistemas de produção complexos (agricultura familiar) (Ex. Educação do Campo e a Pesquisa como princípio pedagógico). - Instituições com novas propostas de formação de quadros (aliar saber acadêmico e popular).
  • 30. Ex: Buscando alternativas para o fim dos recursos florestais Ampliação recente dos SAFs com Cacau e essências
  • 31. Pastagens no limite forrageiro (aparente crise ecológica) Alternativa de transição Pastagens  SAFs PASTAGEM DE 12 ANOS
  • 32. Recomposição da diversidade do Sistema de Produção Saída do capim e plantio de anuais, bianuais e perenes;
  • 33. Vista do antigo pasto já com um SAFs Cacau
  • 34.
  • 35. PA Belo Horizonte I – São Domingos do Araguaia.
  • 36.
  • 38. III OFICINA DE EXPERIÊNCIAS AGROECOLÓGICA SABERES DO AGRICULTORES Diálogos na realidade
  • 39. Experiências cadastradas na rede www.agroecologiaemrede.org.br
  • 40. SUSTENTABILIDADE??? CULTURAL POLÍTICO ECONÔMICO INSTITUCIONAL AMBIENTAL SOCIAL PRECISAMOS SUPERAR a visão disciplinar! ÉTICO