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 Uma visão reduzida da pessoa e da sociedade
 09/03/2010 - Dom Filippo Santoro - Bispo de Petrópolis

 O Bispo de Petrópolis, Dom Filippo Santoro, neste artigo lembra que o PNDH-3 suscita graves preocupações
 sobretudo por uma visão reduzida da pessoa humana. E questiona: que tipo de pessoa e de sociedade são
 propostos para o nosso País?

 O PNDH-3 suscita graves preocupações não apenas pela questão do aborto, do
 casamento de homossexuais, das adoções de crianças por casais do mesmo sexo, pela
 proibição de símbolos religiosos nos lugares públicos, pela transformação do ensino
 religioso a história das religiões, pelo controle da imprensa, a lei da anistia, etc, mas,
 sobretudo por uma visão reduzida da pessoa humana. A questão em jogo é, sobretudo
 antropológica: que tipo de pessoa e de sociedade são propostos para o nosso País.

 No programa se apresenta uma antropologia reduzida que sufoca o horizonte da vida
 humana limitando-o ao puro campo social. Dimensões essenciais são negadas ou
 ignoradas: como a dignidade transcendente da pessoa humana e a sua liberdade; o
 valor da vida, da família e o significado pleno da educação e da convivência. A pessoa
 e os grupos sociais são vistos como uma engrenagem do estado e totalmente
 dependentes de sua ideologia.

 Os aspectos positivos, que também existem, e que constituíram as grandes batalhas
 da CNBB ao longo destes anos são englobados dentro de um sistema ideológico
 habilmente plantado por uma minoria que não respeita a visão da vida da grande
 maioria do povo brasileiro. Por isso, é um grande alerta o pronunciamento da CNBB,
 da sua comissão Vida e Família, de muitos e dos mais diferentes setores da sociedade
 que mostraram toda a sua preocupação.

 Nesta 3º edição do PNDH, estamos diante de uma cartilha de estilo radical-socialista,
 que está sendo implantada na Venezuela, Equador e Bolívia e que tem em Cuba o seu
 ponto de referência. Trata-se de um projeto reduzido de humanidade destinado a
 mudar profundamente a nossa sociedade.

 Vida, família, educação, liberdade de consciência, de religião e de culto, não podem
 ser definidos pelo poder do Estado ou de uma minoria. O Estado reconhece e estrutura
 estes valores que dizem respeito à dignidade última da pessoa humana que é relação
 com o infinito e que nunca pode ser usada como meio, mas é um fim em si mesma. A
 fonte dos direitos humanos é a pessoa e não o Estado e os poderes públicos.

 O programa do Governo é um claro ato de autoritarismo que enquadra os direitos
 humanos num projeto ideológico, intolerante que fez retroceder o País aos tempos de
 ditadura. Somos todos interpelados diante deste projeto que tenta desmontar a
 estrutura da sociedade destruindo o valor da pessoa, da vida, da família e das livres
 agregações sociais.

http://www.arquidiocese.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm

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