SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 12
Baixar para ler offline
121




                                   Sistema de gestão do conhecimento
                                   para Rede Na c i onal de Bancos de Lei te Humano

                                   Aknowledge management sys tem for the Brazilian
                                   Na tional Net work of Human Milk Banks




Paulo Ricardo da Si lva Maia 1
Franz Reis Novak 1
João Apr í gio Gu erra de Almeida 1
D a n i elle Ap a recida da Silva 1




                                   Abstract This arti cle has as obje ctive to dem a r-          Re su m o Es te arti go teve como objetivos dem a r-
                                   c a te concepts that can co n tri bu te for en l a rgem ent   car co n cei tos que possam contri buir pa ra ampl i a-
                                   of the theoretical ch a rt for management of the              ção do quadro te ó ri co pa ra gestão do conhecimen-
                                   knowledge in the REDEBLH. The structural bases                to na REDEBLH. São também apre sentadas as
                                   for drawing the Kn owled ge Ma n a gement Sys tem             ba ses estru tu ra n tes pa ra o desenho de um Si s tema
                                   (KMS) a re also presen ted . It adopts a theoretical          de Gestão do Co n h e cimen to (SGC). Através de
                                   approach to present the foundations that in the               uma abord a gem te ó rica evi d en ci a m - se os funda-
                                   litera ture maintain reflections about KMS. It’s              men tos que na litera tu ra su s tentam ref l exões so-
                                   incl u d edsti ll a short analysis of the setting of the      b re SGC. O arti go inclui ainda uma breve análise
                                   knowl ed ge dem a rc a ted by the recent scientific           do cen á rio do conheci m en to dem a rcado pela pro-
                                   output iden ti f i edin the units from the net and in         dução ci entífica recen te iden tificada nas unidades
                                   thei rs headquarters. It expe cts that the questions          da rede e em sua sed e . Espera-se que as questões
                                   discussed can make feasible the use of tools of               d i sc u tidas possam vi a bilizar o uso de ferramentas
                                   s h a re of the knowl edge diminishing the deep so-           de co m partilhamento do co n h e ci m en to diminu i n-
                                   cial, economic, and cultural differen ces in the              do as profundas diferenças cultu rais, e conômicas e
                                   space of action from the REDEBLH.                             sociais no espaço de atuação da REDEBLH.
                                   Key word s Knowl ed ge managem ent, Net s , Hu-               Pa l avra s - ch ave Gestão do co n h e ci m en to, Red e s ,
                                   man banks of milk                                             Bancos de Leite Humano




1 Ba n co de Lei te Hu m a n o,
Instituto Fern a n des Figueira,
Fiocruz.
Av. Rui Ba rbosa 716,
22250-020, Rio de Janei roRJ.
pm a i a @ f i oc ru z . br
122




      In trodução                                                   Un i d ades de Tra t a m en to In ten s ivo Neonatal
                                                                    ( Ma i a , 2004a). Ben efícios econ ô m i cos também
      A política pública de saúde, voltada para o in-               têm ocorrido na medida em que se estima di-
      cen tivo à amamentação, tem , ao lon go das últi-             m i nuição na importação de lei te artificial para
      mas décadas, fortalecido a importância dos                    nutrir estes rec é m - n a s c i dos imped i do s , tem po-
      b a n cos de lei te humano (BLH). Estas unidades              rariamente, de se alimentarem no seio materno.
      configuram-se assim como local privilegi ado                        A ampliação da REDEBLH foi acom p a n h a-
      para as ações de incentivo ao alei t a m en to ma-            da de nova con cepção de sua forma de atuação.
      terno no terri t ó rio nac i onal (Ma i a , 2004a).           De acordo com Al m eida (1998), há que se con-
            O primei ro BLH do Brasil foi implantado                s i derar, ainda, que estas altern a tivas deverão
      em outubro de 1943 no então In s ti tuto Nac i o-             possibilitar um fluxo ágil e eficien te da infor-
      nal de Puericultura, a tu a l m ente In s ti tuto Fer-        mação, bem como possibilitar a universaliza-
      n a n des Figuei ra – IFF. O seu principal obj etivo          ção do acesso a el a .
      era co l etar e distri buir leite humano com vistas a               Almeida (2001) identi f i cou que o grande
      atender os casos considerados especiais a exem-               desafio con tem por â n eo para o de s envo lvimen-
      plo da prematuridade, perturbações nutricio-                  to da REDEBLH é a formação de compet ê n c i a s
      nais e alergias a pro teínas heter ó l ogas. Com es-          p a ra uma nova forma de pensar as questões re-
      ta mesma pers pectiva, en tre a década de 1940 e              lacionadas à amamen t a ç ã o. Ne s tesen ti do, a pon-
      o inicio dos anos 80, foram implantadas mais                  ta três questões fundamen t a i s : u n ivers a l i z a ç ã o
      c i n co unidades no país. Con tu do, foi com o de-           do acesso dos profissionais aos novos saberes;
      s envo lvimento do Programa Nacional de In-                   o de s envo lvi m en to cien t í f i co e tec n o l ó gico; e a
      centivo ao Aleitamen to Ma tern o, sobretudo a                substituição do discurso ideológi co da ama-
      partir de 1985, que os BLH passaram a assu m i r              m entação por posições solidamen te ancorad a s
      um novo papel no cenário da saúde pública                     nos diferen tes campos do saber.
      bra s i l ei ra, tra n s form a n do-se em el em en tos es-         Tal indicativo dem a rco u , no campo da re-
      tra t é gi cos para as ações de prom o ç ã o, pro teção       f l exão te ó ri c a , o início da sed i m entação de um
      e apoio à amamentação (Al m ei d a , 2004).                   qu adro con ceitual que objetiva, por um lado,
            Em 1998, foi criada, pelo Ministério da Sa ú-           su s tentar novas po l í ticas de atuação gerencial e
      de , a Rede Nac i onal de Ba n cos de Lei te Hu m a-          de planejamento e, por outro, incorporar, no
      no (REDEBLH). Com sede na Fundação Os-                        espaço ac ad ê m i co, n ovas po s s i bi l i d ad de teo-
                                                                                                                       es
      w a l do Cruz (Fiocruz), a rede , de s de en t ã o, tem       ri z a ç ã o, parti c u l a rm en te na sede da REDEBLH.
      a m p l i ado seu espaço de atuação tanto em fun-                   Foi identi f i c ado também baixo grau de in-
      ção da permanente modernização de seu mo-                     formatização e con ectividade eletrônica entre
      delo de ge s t ã o, qu a n to pela geração de conhe-          as unidades com pon en te s . De acordo com Cas-
      cimen to. Sua estrutura organizacional possui                 tells (2001), o desenvo lvimento de redes só se
      uma referência nac i on a l , que está loc a l i z ada na     tornou po s s í vel graças aos import a n tes avan-
      sede e é re s pon s á vel pela normatização e pro-            ços tanto das tel ecomunicações qu a n to das tec-
      posição de po l í ticas de atuação bem como pe-               nologias de integração de com p ut adores em re-
      las principais ações de de s envo lvimen to cien t í-         de . As s i m , esta afirmação cria um paradoxo pa-
      f i co e tec n o l ó gi co. Com p l em entam esta estru-      ra a existência da REDEBLH.
      turação as referências estaduais e as unidades                      Se o grau de con ectividade com p ut ac i onal
      l ocais (M i a , 2004a). Ex i s tecl a rorecon h ec im en-
                    a                                               é baixo, como é po s s í vel e em que bases se dá a
      to nac i onal dos avanços na saúde infantil pro-              necessária integração para o funcionamen to
      porc i on ados pela REDEBLH. Com mais de 180                  em Rede? A hipótese cen tral do estu do é que o
      Ba n cos de Leite Humano implemen t ados, a                   mecanismo de integração da REDEBLH tem
      tra j et ó ria de sua con s trução indica dois funda-         como matéria-prima o conhecimento. Desta
      m en tos que su s tentam sua po l í tica de atuação.          forma é nece s s á ri o, para a estruturação de um
      O primei ro é uma prática institucional com                   sistema de gestão do con h ec i m en to, com preen-
      com promisso e re s pon s a bi l i d ade soc i a l . O se-    der as dinâmicas dos processos de gera ç ã o, dis-
      g u n do diz re s pei to ao exercício de solidari eda-        tri buição e apropriação de s te con h ec i m en to.
      de social, que ocorre por meio das doações vo-                      A partir do reconhec i m en to da importân-
      luntárias de leite humano ordenhado (LHO)                     cia estratégica do processo de el a boração con-
      que é distribu í do, após proce s s a m en to e rigo-         cei tual, referi do às atividades de gestão tecno-
      roso processo de controle de qualidade, para                  lógica, que até então se con s ti tuía de forma in-
      bebês prem a tu ros de baixo peso intern ados em              c i p i en tee latera l , foi po s s í vel delimitar e el eger
123




o campo da gestão do conhecimen to na RE-                       cen te identificada nas Unidades da Rede e em
DEBLH como um novo e fundamental espaço                         sua Sede .
p a ra con s trução do obj eto de estu do.                              Vale ressaltar que o grande desafio desta
      Para a formulação de altern a tivas que uni-              abord a gem é buscar um caminho que po s s i bi-
vers a l i zem o acesso ao con h ec i m en to, on de qu er      l i te , de forma inédita, aplicar con cepções te ó ri-
que existam Bancos de Leite Humano em fun-                      cas uti l i z adas em outros campos do saber à re a-
c i on a m ento e, da mesma forma, po tencializar               l i d ade da REDEBLH.
o ferra m ental tec n o l ó gi co já dispon í vel na áre a ,
já foram desenvo lvidos estudos que oferecem
uma com preensão mais ampliada do funcion a-                    Referencial teóri co
men to da REDEBLH (Maia, 2001; 2002).
      Por outro lado, sabe-se que a dimensão con-               As evidências con tem porâneas revelam que es-
tinental do Brasil exige soluções que, em ter-                  tá em curso um acel erado processo de transfor-
mos de saúde co l etiva, possam com p a rtilhar o               mação social. Ne s te con tex to, estrutu ra-se uma
con h ec i m en to ac u mu l ado nos gra n des cen tro s        n ova econ omia com pelo menos duas caracte-
de formação e inve s ti gação com os locais mais                rísticas bem fundad a s : i n form ac i on a l , porque a
d i s t a n tes(Maia, 2004b). Con tudo, s eg u n doLó-          ativi d ade dos agen tes econ ô m i cos guarda estri-
pez (2001) é pre ciso en ten d er que as te cn ol o gias        ta dependência com sua capacidade de gerar,
da info rmação e da co municação não são iguali-                processar e aplicar a informação baseada em
tárias e se desenvolvem preferencialmente nos                   con h ec i m en tos; e gl ob a l , porque, t a n toas ativi-
pa í ses mais desenvolvi d o s , dentro destes nas cl a s-      dades como seus com pon en tes estão or ga n i z a-
ses mais ricas e dentro destas, entre os pr ó prios             dos em dimensão mundial com forte ten d ê n c i a
cidadãos, reproduzindo os padrões de desigual-                  a arranjos or ganizacionais em rede.
d a d e. Em síntese, a expressão destas desigual-                    O informacionalismo, na qualidade de novo
dades ocorre pela exclusão de gra n des parcel a s              m odo de de s envo lvi m en to, decorren te da ree s-
populacionais da chamada sociedade do co-                       truturação do modo capitalista de produ ç ã o,
nhecimen to.                                                    tem como um de seus propulsores o avanço tec-
      No Brasil, o Estado busca, por intermédio                 nológi co decorren te do ac ú mulo de con h ec i-
da promoção de políticas de inclusão social,                    mento (Ca s tell s , 2001). Vale dizer que no infor-
exercer papel estra t é gi co para que o de s envo l-           macionalismo a função da produção tec n o l ó gi-
vimen to tecnológi co ben ef i c i e , de forma eqüi-           ca se caracteriza pela con s t a n te apropriação do
t a tiva, as dimensões hu m a n a , é tica e econ ô m i-        con h ec i m en to e da informação. A espec i f i c i d a-
ca (López, 2002).                                               de do modo inform ac i onal de de s envo lvi m en to
      O conhecimento deve torn a r-se um dos                    está na ação do con h ec i m en to sobre o pr ó prio
principais fatores de superação de de s i g u a l d a-          con h ec i m en to, tornando-a principal fon te de
de s , de agregação de va l or, criação de em prego             produtivi d ade . Decorre daí uma forte intera ç ã o
qu a l i f i c adoe de prop a gação do bem - e s t a r. Neste   en tre cultu ra e forças produtivas que pode con-
qu ad ro, ganha rel evância o de s envo lvi m en to de          tribuir para a propagação de novos arranjos or-
n ovos arc a bouços con cei tuais, m etodo l ó gicos e          ga n i z ac i onais como os cen trados no modelo de
a n a l í ti co apropri ados ao en ten d i m en to de co-
               s                                                redes (Ca s tells, 2001). As estruturas orga n i z a-
mo os con h ec i m en tos produtivos são gerados,               cionais centradas na integração e operação con-
ad qu i ri dos e difundido s , con s i dera n do as parti-      junta de vários atore s , de processos produtivos
cularidades de países e regiões (Takahash, 2000).               de bens ou serviços, a exemplo das redes de ino-
      Estas con s i dera ç õ e s , d i a n teda hipótese cen-   vação, têm sido consideradas as mais adequadas
tral do estudo, evidenciam a nece s s i d ade de                para promover a geração, aquisição e difusão do
ampliar a compreensão sobre as dinâmicas de                     con h ecimen to e inovações (Lastre s , 2000). Os
geração e apropriação do conhecimento no â m-                   estu dos que privi l egiam estes novos padrões de
bi to da REDEBLH. Tal opção se configura co-                    relacionamen to e gestão orga n i z ac i onal, com
mo etapa preliminar para o de s enho de um Si s-                ênfase no con h ecimen to e na inovação, apon-
tema de Gestão do Con h ec i m en to (SGC).                     tam para o papel estratégico desempenhado pe-
      E s te arti go, através de uma abord a gem te ó-          la ciência, pela tecnologia e pela inova ç ã o, na
ri c a , apre s enta fundamen tos qu e , na litera tura,        ch a m ada econ omia de rede ou econ omia asso-
su s tentam ref l exões sobre o assu n to. In clui-se           ciac i onal (Lastres, 1999; 2000). As redes, n e s te
ainda análise inicial do cenário do conheci-                    senti do, ad qu i rem ex trema importância com o
m en to dem a rc ado pela produção científica re-               ferramentas viabi l i z adoras do com p a rtilha-
124




      men to do conhec i m en to. Con tu do, apesar do                a utores (Castells, 2001; Lastres, 2000; Ca m pos,
      avanço da tel ei n form á ti c a , que hoje poten c i a l i-    1997; Ma n s ell, 1998). É nela que se estabel ecem
      za as po s s i bi l i d ades de s te ace s s o, ainda não se    as relações sociais e de de s envo lvi m en to tec n o-
      verifica sua equ a l i z a ç ã o. As profundas diferen-         l ó gi co re su l t a n tes do avanço do con h ec i m en to
      ças culturais, econômicas e sociais delimitam a                 humano.
      capacidade de apropriação do con h ecimen to                           No pre s en te estu do, utilizou-se como refe-
      disponibilizado.                                                rencial o con cei to de Soc i ed ade da Informação
            Por outro lado, nos tempos atuais, não se                 de s envo lvido por López (2001) ou seja , um de-
      pode negar que a inform a ç ã o, a inovação, a ra-              terminado nível de desenvolvimen to social, eco-
      p i dez e a con f i a bi l i d ade são con cei tos que del i-   n ô m i co e te cn ológico cara cterizado pela partici-
      mitam os caminhos da co l etivização do con h e-                pação de diferentes agen tes (govern o, em presas,
      cimen to. O rom p i m en to de fron teiras até en-              pe sq u i s a d o res, cen tros te cn ol ó gi cos, organizações
      tão intra n s pon í vei s , s ed i m en t adas pelo model o     sociais e cidadãos) dispo s tos a gera r, difundir e
      de desenvolvimento excludente, tem trazido co-                  usar a info rmação pa ra produção do co n h e ci-
      mo con s eqüência maior acesso ao saber, mes-                   mento econômico e socialmente útil (inovação)
      mo que ainda limitado pelas condições soc i a i s ,             pa ra fins do desenvolvimen to.
      políticas e econômicas já indicadas anterior-                          Na nova ordem econômica, o incremen to
      men te (Maia, 2004b).                                           de produtividade, tanto nos processos como
            É ineg á vel que as chamadas tec n o l ogias de           nos produto s , não depen de do aumen to qu a n-
      mídia e a ampliação de seu alcance vêm cre s-                   ti t a tivo dos fatores de produção (capital, tra b a-
      cendo a uma vel oc i d ade que não en con tra pre-              l h o, recursos naturais) e sim da aplicação de
      ceden tes na história recen te . O volume de in-                con h ecimentos e informação à gestão, produ-
      formações que circula diari a m en te no mu n do                ção e distri bu i ç ã o.
      vem aumentando vertiginosa e irreversivel-                             A soc i ed ade da informação repre s enta uma
      men te . A título de ilu s tra ç ã o, por volta de 1814,        profunda mudança na or ganização da soc i ed a-
      John Wa l ter II, diretor do Times de Lon d re s ,              de e da econ omia. É um fen ô m eno global, com
      instalou a primeira impre s s ora a vapor capaz                 elevado potencial transformador das ativida-
      de imprimir mil jornais por hora. Apenas 10                     des sociais e econômicas. Assim é de se supor
      anos mais tarde a imprensa da Grã-Bretanha                      que ben efícios ou preju í zos para or ganizações
      atingiria a marca dos trinta milhões de exem-                   e populações espalhadas nos diversos conti-
      p l a res (Virilio, 1996). Um per í odo de qu a renta           n en tes podem re sultar do arranjo social decor-
      anos foi necessário para que uma população de                   ren te do novo parad i gma tec n o l ó gi co.
      c i n q ü enta milhões de norte-americanos tive s s e                  O acesso à inform a ç ã o, ao con h ec i m en to e,
      acesso ao rádio. No mesmo país, i d ê n ti co nú-               sobretudo, sua capac i d ade de aprender e ino-
      m ero de pessoas já ace s s ava seu Personal Co m-              var são os fatores da condição soc i oecon ô m i c a .
      pu ter (PC), após qu i n ze anos da introdução                  Não basta uma base tecnológica e de infra-es-
      desta máqu i n a . Mais recen tem en te, com o ad-              trutura adequ adas, também é necessário um
      ven to da In ternet, em apenas qu a tro anos um                 con ju n to de inovações nas estruturas produti-
      n ú m ero de usuários superi or a cinqüenta mi-                 vas e or ganizacionais, no sistema edu c ac i onal e
      lhões de pe s s oas acessa a Web n a qu ele país (Gi-           nas instâncias reg u l adora s , n orm a tivas e de go-
      den s , 2000).                                                  verno (Takahash, 2000).
            O desenvolvimen to da ch a m ada tel ecomu-                      O processo de geração do conhecimen to
      nicação planetária tem produzido avanços na                     também é afet ado por fatores ex ternos que in-
      a propriação do conhec i m en to, contu do ainda                f lu enciam os rumos da evo lução cien t í f i c a . As
      são imensas as camadas sociais exclu í d a s . Ne s te          mudanças veri f i c adas nos processos produtivo s
      sentido ganha relevância o desafio de incluir,                  e de tra b a l h o, s obretu do como decorrência da
      no processo de apropriação do con h ec i m en to                ch a m ada revo lução da microel etrônica e de to-
      na REDEBLH, um número cada vez maior de                         do o com p l exo inform ac i onal com p ut acional,
      atores sociais. Tal fato reforça a nece s s i d ad de   e       con tri bu em e, por ve ze s , con d i c i onam as prio-
      se estabelecer mati zes conceituais, que ofere-                 ri d ades da inve s ti gação.
      çam opções teóricas para o de s envolvimento                           Por sua ve z , a soc i edade globalizada, i n ten-
      da gestão do conhecimen to no âmbi to da RE-                    s a m en te intern ac i on a l i z ada e interdepen den te ,
      DEBLH.                                                          ex i ge re adequações nas formas de fazer ciência.
            A sociedade da informação (SI) tem sido                   São alterados tanto os processos metodológi-
      objeto de estudo de um cre s cen te número de                   co s , portanto internos à produção científica,
125




como as situações e condições de trabalho (Mi-             incertezas daí re su l t a n tes o estimularam a as-
nayo, 2002).                                               sumir a missão de legitimar a ciência a partir
      É assim que os avanços no campo da ciên-             do entendimen to de que o homem pode co-
cia ocorrem cada vez mais por meio da solução              nhecer o real de modo verd adei ro e definitivo.
de probl emas com p l exos apropriando-se não              O proj eto de Descartes pretendia fundamen t a r
mais de uma, mas de várias disciplinas. Esta               a po s s i bi l i d ade do con h ecimen to cien t í f i co da
realidade con tri bu iu para o su r gimen to de sis-       nova Ciência encon trando uma verdade in-
temas de produção do conhecimento, social-                 qu e s ti on á vel e ref ut a n do o ceticismo (Ma rcon-
men te distribuído, caracterizados pelo traba-             des, 2002). Segundo Allix (2003), este pensa-
lho em rede e cooperação divers i f i c ada, seja de       men to exerceu forte influência nos conceitos
i n d iv í du o s , grupos ou instituições (Pelegrini,     acerca do con h ec i m ento adotados por impor-
2000).                                                     tantes te ó ri cos con tem por â n eos que trabalham
      A con f i g u ração de redes de conhecimento         com gerência do con h ec i m en to (Non a k a , 1994;
tem como pre s su po s to, por um lado, a iden ti f i-     Nonaka & Takeu ch i , 1995; Nonaka et al., 2001).
cação do con h ec i m en to acumu l ado e disponível             Na década de 1960, o estudo de Mi ch ael
e, por outro, uma demanda para sua aplicação.              Po l a nyi (1966) repre s en to u , do pon to de vista
Além de s tes condicionantes, é nece s s á rio um in-      ep i s temológi co, uma das fundamentais con tri-
teresse comum que possa proporc i onar va n t a-           buições à discussão sobre natu reza do con h ec i-
gens com peti tivas para os atores (Meri n o, 2002).       mento. Mais recentem en te, o arti go de Moore
      Ex a m i n a n doa produção do con h ec i m en to,   & Bolinches (2001) sistematiza alguns dos
do pon to de vista intern o, podem ser verifica-           principais esforços de con cei tuação. Os autore s
dos novos padrões e tendências. A ampliação                assinalam que não ex i s te uso ex a to para a pala-
das possibilidades trazidas pelo modelo da big             vra con h ec i m en to, port a n topode-se con s truir
science dissolve , na prática, a antiga dico tom i a       muitas formas para sua aplicação. Em seu estu-
en tre ciência básica e aplicada (Mi n ayo, 2002).         do apresentam um en foque que predomina no
                                                           pensamento contemporâneo sobre o tema e su-
                                                           gerem um esqu ema com preen s ivo para o con-
Do con h ec i m en to à gestão                             ceito de conhecimen to centrado em duas di-
do con h ec i m en to                                      mensões: a tácita e aex p l í c i t a .
                                                                 A dimensão tácita do conhecimento diz res-
O con h ecimen to tem sido preocupação histó-              peito tanto ao que sabemos, porém não exterio-
rica da ep i s temologia e ex i s te con s enso de qu e    rizamos de maneira formal, como também
é um termo de difícil definição. Ao mesmo tem-             qu a n to àquilo que sabem o s , porém ainda não
po é secular o esforço de filósofos para com-              temos con s c i ê n c i a . Ou ainda pode ser en ten d i-
preensão dos processos de geração e apropria-              do como aqu ele conhec i m en to ineren te ao ser
ção do conhecimento. Alguns dos principais                 humano, que não está estruturado de forma
pen s adores como Sócrates, Platão e Ari s t ó teles       percept í vel a exemplo das ex periências dos in-
ofereceram con tri buições ao tema que até hoje            d iv í duos, suas habi l i d ade s , s eu k n ow-how, su a s
influenciam o pensamento moderno (Ka n e ,                 práticas, s eus valores (Va l en tim et al., 2003). Já
2003; Ma rcon des, 2002).                                  o conhecimento explícito é formal, estruturado,
       No sistema ari s to t é l i co, o con h ecimento    ex presso em símbolos e em processos e proce-
pode ser en ten d i do como saber teóri co que se          d i m en tos que podem ser codificados e decod i-
d ivide em ciência geral e ciência natu ra l ; com o       ficados por aqueles que conhecem as leis, regras
s a ber prático (pr áxi s), que inclui a ética e a po-     e métodos de uma disciplina científica ou de
lítica e o saber produtivo (po i esis), que seria a        um campo prof i s s i onal. A tec n o l ogia é talvez o
base do estudo de estética. Com estes funda-               melhor exemplo deste conhecimento.
men to s , o filósofo de s envo lveu uma con cep ç ã o           Ne s te sen ti do pode-se afirmar que o con h e-
s i s temática de saber com marc a n te influência         cimen to existe em forma tácita na mente das
na An ti g u i d ade (Ma rcon des, 2002). Con tu do, é     pe s s oa s , da qual em er ge na forma explícita em
o projeto filosófico de Descartes que exerce               resposta a problemas e desafios de natureza
mais forte influência nas formulações con cei-             pr ó pria ou ex terna (Na h a p i et& Ghoshal, 1998).
tuais acerca do con h ecimen to que identifica-            A origem dos problemas pode ser uma mera
mos em nossa époc a . O con f l i to en tre dois mo-       curiosidade intelectual ou uma nece s s i d ade
delos de ciência, o antigo e o modern o, viven-            que su r ge como con s eqüência da relação de uma
c i ado pelo filósofo no inicio do século 17, e as         or ganização com seu en torno.
126




                                 A gestão do conhecimen to atua essencial-                  pazes de produzir con h ec i m en to, e con s i deram
                           men te nos flu xos informais de informação e no                  qu a tro níveis po s s í veis: o individual, ou seja
                           con h ecimen to tácito (Valen tim et al. , 2003). Os             aqu ele con h ec i m en to cri ado pelo pr ó prio indi-
                           estudos sobre possíveis combinações de cria-                     v í du o ; o grupal, derivado das interações entre
                           ção e transmissão do con h ec i m en to, conside-                pessoas; os níveis organizacionais, que inte-
                           rando as dimensões tácita e ex p l í c i t a , foram             gram todos os conhecimen tos dos setores da
                           re a l i z ados nos anos 90 principalmen te por No-              or ganização e o interorganizativo, que resulta
                           naka y Takeu chi (1995). O model o, por eles de-                 da interação da or ganização com os agen tes em
                           s envo lvido, de base epistemológica, leva em                    seu en torno (Nahapiet & Ghoshal, 1998; Nel-
                           con s i deração a existência de qu a tro proce s s o s           son, 1982; S pen der, 1996). O con cei to de on to-
                           b á s i cos geradores de con h ec i m en to: s oc i a l i z a-   l ogia tem sido utilizado nos estu dos envo lven-
                           ção; ex ternalização; com binação e internaliza-                 do inteligência artificial e repre s entação do co-
                           ção (SECI) como de s c ri tona figura 1.                         nhecimen to. Ontologia neste caso é em pregad a
                                 O utras investigações privilegiam a dimen-                 no sen tido de formular um ex a u s tivo e rigoro-
                           são definida como on to l ó gi c a . Estes estu dos le-          so esquema conceitual de um domínio dado,
                           vam em con s i deração as en ti d ades que são ca-               com vistas a facilitar a comunicação e o com-



      Figura 1
      Processos de conversão do con h ec i m en to.


                                                                   Soc i a l i z a ç ã o    Compartilha os con h ec i m en tos tácitos entre o pe s s oal
           T á c i to                      T á c i to                                       da or ganização. O corre através de seminários, jorn adas
                                                                                            e apre s entações dos prof i s s i onais da insti tu i ç ã o.
                                                                                            Facilita o processo de com preensão e aumenta a visão
                                                                                            i n d ividual sobre as ex periências com p a rti l h adas.




                                                                  Ex teri orização          Ex teri oriza o con h ec i m en to tácito dispon i bi l i z a n do ao
                                                                                                                                                              -o
           T á c i to                    Ex p l í c i to                                    a m bi en te insti tu c i onal e seu en torn o. Ocorre através de
                                                                                            discussões técnicas de probl emas com p l exos em que participam
                                                                                            prof i s s i onais do In s ti tuto e de outras em pre s a s . Propicia a bu s c a
                                                                                            de soluções técnicas aos probl emas dos cl i en tes e a tra n s ferência
                                                                                            de re su l t ados e tec n o l ogi a .



                                                                  In ternalização           Proporc i ona a ref l exão a partir de ex periências re a l i z adas.
         Ex p l í c i to                   T á c i to                                       O corre através do trabalho em redes on de os prof i s s i onais podem
                                                                                            ex p l orar na pr á tica as soluções de s envolvidas para determ i n ados
                                                                                            probl em a s . Consolida os processos de apren d i z a gem indivi dual
                                                                                            e co l etiva da or ga n i z a ç ã o.




                                                                   Com bi n a ç ã o         In tegra as soluções técnicas já de s envo lvidas e con h ecidas pel a
         Ex p l í c i to                 Ex p l í c i to                                    or ganização para en f rentar probl emas de maior com p l ex i d ade.
                                                                                            O corre através da con s trução de pro t ó ti pos, m odelos e outra s
                                                                                            formas. Facilita a sistematização, registro e codificação
                                                                                            das principais linhas de produtos e serviços da or ganização.




      E l a borado com base nos estu dos de Nonaka & Ta keu chi (1995); Moore & Bo l i n ches (2001).
127




parti l h a m en todo con h ec i m en to e da inform a-            A outra linha de pensadores, que adota o
ção entre diferen tes sistemas. A consideração              enfoque econômico, centra esforços nos pro-
da dimensão on to l ó gica permite determinar               cessos de gestão do conhecimento po tencial-
que entidades são capazes de criar conhecim en-             men te geradores de exceden tes econ ô m i co s .
to e aqu elas que são capazes de apren der. Por-            Pa ra estes, o con h ec i m en to é vi s toem seu pro-
tanto, o conceito de ontologia aqui adotado                 cesso de criação de valor patrimonial e va n t a-
g u a rda diferenças com o sign i f i c ado filosófico      gens com petitivas. Am bos os en foques são, na
do term o.                                                  re a l i d ade , com p l em en t a res (Zorrilla, 1997; Sa-
      A proposta metodológica de López (2002)               lazar, 2001).
utiliza um modelo integrado para o entendi-                        A definição con ceitual do Sistema de Ges-
m en to da criação e tra n s formação do con h ec i-        tão do Con h ec i m en to para a Rede Nac i onal de
men to. Traz novas e fundamentais con tri bu i-             Bancos de Lei te Humano foi de s c rita com o : es-
ções para o desenvo lvimen to concei tual do te-            paço criado pela Rede a pa rtir de uma visão in-
ma. A partir de uma análise crítica dos mode-               tegral da probl emática da saúde pública em su a
los ex p l i c a tivos de s envo lvi dos na última déca-    á rea de co m petência, com a finalidade de poten-
da, em especial o de Sa n chez (2001), são esta-            cializar o capital intelectual da Rede pa ra im-
belecidas as bases conceituais para o modelo                plantar os pro ce s sos e procedimentos que faci l i-
EO-SECI (Ep i stem ol ogical & On tol o gical SECI),        tem o ace s so às diversas fo rmas de co n h e ci m en to
integrador das diferen tes corren tes de pensa-             necessárias ao melhor desem penho de suas Un i-
m en to. Busca a articulação do modelo de base              dades (Maia, 2004b).
ep i s temológica com a proposição de su s ten t a-                As principais funções de um SGC podem
ção on to l ó gica. Traz para o mesmo campo de              s er repre s en t adas como indicado na figura 2.
análise a natu reza do conhecimento e os nívei s                   Cada su b s i s tema (vigilância, c riação e tra n s-
on to l ó gi cos que compõem os distintos orga-             ferência) po s sui funções específicas que se rel a-
nismos que geram conhecimen to. De s c reve                 cionam num movimen to de perm a n en te inte-
qu a tro níveis nos quais é po s s í vel iden tificar o     ratividade no interior do SGC. Cada el em en to
desenvolvimen to de processos de criação do                 do SGC, num ambiente de rede de inovação,
con h ecimento: o indivi du a l , o grupal, o orga-         pode desempenhar uma ou mais funções com o
n i z ac i onal e o interor ga n i z a tivo. O modelo ob-   s erá mostrado mais ad i a n te(Ma i a , 2004b).
j etiva analisar os processos que se produzem no
interi or de cada um dos níveis e suas relações.
      O nível mais baixo dos fatos con h ec i dos são       Metodo l ogia
os dados e estes não possuem um significado
intrínseco. Quando os dados são proce s s ados              Este estudo foi con du z i do em três etapas: 1a –
a través de sua orden a ç ã o, gru p a m en to, análise     definição do modelo teórico de Sistema de G e s-
e interpretação se convertem em informação.                 tão do Conhecimen to ; 2a – diagnósti co situa-
Por outro lado, qu a n do a informação é utiliza-           cional e 3a – realização de uma simulação para
da e co l oc ada num con texto ou marco de refe-            avaliar a aplicabilidade do modelo propo s to.
rência de uma pe s s oa tra n s forma-se em conhe-               O modelo teóri co sel ec i on ado foi o de s en-
cimento. O con h ecimento seria assim, a com-               vo lvi do por Moore & Bo l i n ches (2001), qu e es-
binação de inform a ç ã o, con tex to e ex periência        tabel ece qu a tro com pon en tes estrutu ra n tes pa-
( Zorri ll a , 1997).                                       ra um SGC assim de s c ri tos em Maia (2004b):
      Do ponto de vista conceitual é nece s s á rio         • Aco l e ç ã o : deve con ter as bases de dados, as
ainda de s t acar as diferenças en tre gestão do co-        i m a gen s , os doc u m en tos, v í deo s , a presentações,
nhecimen to e gestão da informação como a pon-              experiências pr á ti c a s , as informações e os co-
t adas em Salazar (2001).                                   nhecimentos ex p l í c i tos requ eri dos pelo neg ó c i o ;
      Para con s ecução dos obj etivos de s te artigo       • A infra-estrutura de comunicação: con s ti-
é também import a n te en tender o concei to de             tuída pela rede de inform á tica nece s s á ria para
Si s tema de Gestão do Con h ecimen to (SGC). A             estocar a coleção e dar suporte às comunicações
literatu ra especializada destaca dois enfoqu e s           e intercâmbios na rede; i n cluindo-se os com-
que podem balizar as definições de SGC. No                  put adores e sof tware n ece s s á rios aos pro tocolos
viés or ganizacional a ênfase está na com preen-            de comu n i c a ç ã o ;
são e sistem a tização dos processos med i a n teos         • A plataforma de colaboração: suporta o tra-
quais as pessoas ad qu i rem e geram conheci-               balho distri buído en tre os vários com pon entes
men to.                                                     da rede, i n clu i n do bases de dados espec í f i co s ,
128




      Fi g u ra 2
      Funções do SGC.



               E n trada

                     v
               Ob s erva r                                      Criar                                          Ap l i c a r


                     v                                               v                                             v
              Iden tificar                                   Ad a ptar                                       Con ectar


                     v                                               v                                             v
             Arm a zen a r                                   Cod i f i c a r                               Com p a rtilhar



              Vi gi l â n c i a                               Criação                                      Tra n s ferência

                                                                                                                                   v
                                                                                                                                Saídas


      Fon te : Ad a pt ado do estu do de Moore e Bolinches (2001).




      grupos de especialistas, construção de espaços                           das em rel a t ó rio s técnico s , e outras forn ec i d a s
      virtuais para interc â m bio e cooperação entre                          por prof i s s i onais vi n c u l ados a REDEBLH. De s-
      as unidades da rede;                                                     ta forma estabeleceu-se a articulação entre a
      • A cultu ra: con s i derado o fator que dec i de o                      base te ó rica con cei tual e a aplicação pr á tica.
      ê x i to ou fracasso dos processos de gestão do                               Na terceira etapa foram utilizados princí-
      conhecimen to. É o re sultado da combinação                              pios do modelo te ó ri co EO-SECI (Ep i stem olo-
      dos valores organizacionais com os pessoais.                             gical & On tological SECI) proposto por López
      Aqui é determ i n a n te a história pr é via da or ga-                   (2002) buscando integra ç ã o, entre as dimen-
      nização, as regras, escritas ou não, e toda a tra-                       sões ep i s temológica e ontológica. Obj etivo u - s e
      ma de relações que envo lvem o rel acion a m en to                       desta forma visualizar os movimen tos do co-
      humano em soc i ed ade s .                                               n h ec i m en to. Elegeu-se como campo de ob s er-
            Para a realização da segunda etapa partiu -                        vação os re sumos de trabalhos científicos pu-
      se da com preensão do processo de con s trução                           blicados nos Anais do III Co n gre s so Bra s i l ei ro de
      da REDEBLH e da iden tificação dos atores que                            Bancos de Lei te Hu m a n o (Fioc ru z , 2002). E s te
      nela desenvolvem atividades, descritos em Maia                           even to possibilitou a ex posição e o debate de
      (2001). Assumiu-se que os componen tes do                                várias mod a l i d ad de trabalhos (relatos de ex-
                                                                                                        es
      modelo teóri co esco l h i do, bem como as suas                          periências, estudos de caso, relatórios de pes-
      principais funções formariam o núcl eo estru-                            qu i s a , d i s s ertações, teses e outros) de s envo lvi-
      tu ra n te do Si s tema de Gestão do Con h ec i m en-                    do s . Nele, prof i s s i onais respon s á veis pelas mais
      to da Rede Nac i onal de Ba n cos de Lei te Huma-                        variadas atividades na Rede exercitaram, de
      no (SGCREDEBLH). Esta opção perm i tiu re a-                             forma interativa, o com p a rtilhamen to do co-
      lizar um diagnóstico situac i onal indicativo de                         nhecimento que vem sen do gerado tanto na
      prioridades para implantação do sistema e foi                            ro tina de sua prática diária como no exerc í c i o
      efetu ado com base em ob s ervações locais reali-                        da ativi d ade ac ad ê m i c a .
      z adas pelos autore s . Em com p l em en t a ç ã o, tra-                      A seguir foram utilizadas as funções de ob-
      balhou-se com informações ad i c i onais co l eta-                       s ervação e iden tificação, com ponentes do sub-
129




s i s te de vigilância, para classificação dos re-
        ma                                                                Re su l t a dos e discussão
sumos publ i c ados por área tem á tica e tipo de
a utori a . Esta análise proc u rou organizar inicial-                    No que se refere à definição do modelo teórico
men te o caminho necessário à com preensão do s                           de Si s tema de Gestão do Con h ec i m en tofoi ado-
quatro processos de conversão do con h ec i m en-                         tado o de s c ri topor Moore & Bo l i n ches (2001).
to de s c ri tos por Nonaka & Takeu chi (1995).                                 Os re su l t ados da etapa de diagn ó s ti cositua-
       Prel i m i n a rm en te , foram con s i deradas ape-               cional preliminar podem ser ob s ervados na ta-
nas as modalidades de socialização – conheci-                             bela 1. Foram considerados três dos compo-
men to tácito a tácito –, que com p a rtilha os co-                       nen tes de um SGC já descritos, bem como a
nhec i m en tos tácitos e ocorre através de semi-                         re a l i d ade atual da REDEBLH. Atribu iu-se a ca-
nários, j orn adas e outros ti pos de reuniões en-                        da um dos atores con cei tos que objetivam in-
tre os profissionais; e de ex ternalização – co-                          dicar pri ori d ades estra t é gicas no planejamento
n h ec i m en totácito a ex p l í c i to –, que dispon i bi-              da implantação do Sistema (Ma i a , 2004b).
liza o con h ecimen to tácito ao seu entorno atra-                              Leva n do-se em conta os principais subsis-
vés da análise e inve s ti gação de probl em a s .                        temas e as funções específicas de um SGC, já
       A classificação dos re sumos de trabalhos                          apre s en t adas na figura 2, bem como a iden ti f i-
por área tem á tica obj etivou con tri buir para um                       cação dos atores participantes da REDEBLH
e s tu do de base disciplinar, possibilitando asso-                       de s c ri tos em Maia (2004b), pode-se propor um
ciações entre as modalidades de conversão do                              e s qu ema preliminar de estrutura funcional pa-
con h ec i m en to, a m p l i a n dodesta form a , a com-                 ra um Sistema de Gestão do Con h ec i m en to da
preensão sobre a dimensão ep i s temológica. Ne s-                        Rede Nac i onal de Bancos de Lei te Humano co-
ta pers pectiva, as áreas tem á ticas foram iden ti-                      mo mostra a tabela 2.
f i c adas e definidas em função de uma conver-                                 Os espaços assinalados com X repre s en t a m
gência de tendências seg u n do even tos anterio-                         o que é desejável e, portanto, deve ser levado
res, da mesma natu re z a . Pa ra a análise também                        em conta, no planejamen to do SGC, ou seja,
foi uti l i z ada a classificação de áreas do con h ec i-                 que aquele integra n te da REDEBLH exerça a
men to ado t ada pelo Con s elho Nac i onal de Pe s-                      corre s pon den te função.
quisa e Desenvo lvi m en to Tecnológi co (CNPq)                                 É import a n te de s t acar que este desenho ini-
que é a principal agência de fomento a estas                              cial é indicativo e re sulta do en tendimen to qu e
a tivi d ades no Bra s i l .                                              os autores, baseados em suas experiências e
       A classificação por perfil de autoria, i n d ivi-                  prática profissional na REDEBLH, possuem
dual e coletiva, obj etivou iniciar o mapeamen to                         com relação ao tema. Desta forma ad m i te-se
dos distintos níveis on to l ó gi cos a serem con s i-                    que, em razão da dinâmica de implantação do
derados para aplicação do modelo EO – SECI                                SGC, ou mesmo após sua conclusão, outras f u n-
propo s to por López (2002). Faz-se oportuno                              ções sejam desempen h adas pelos diversos ato-
de s t acar que esta análise não preten deu esgo t a r                    res com pon en tes do Si s tema.
a investigação, tanto no que diz respeito aos ele-                              Na etapa de simulação foi aplicado o mode-
men to s , como no que tange aos movimen to s                             lo propo s to con forme de s c ri tona metodo l ogia,
i n eren tes à plena compreensão da geração do                            e os resultados são apresentados na tabela 3.
conhecimento na REDEBLH em suas diferentes                                      As informações consolidadas na tabela 3
dimensões.                                                                indicam que aprox i m ad a m en te 90% dos re su-




Tabela 1
E l em en tos para diagn ó s ti co situ ac i onal na REDEBLH.
Atores da Rede                                          Sede da Rede        Comissões de Al eitamen to         B a n cos de Lei te
Com pon en tes do SGC
Co l e ç ã o                                                     S                        A                            F
In f ra - e s trutu ra de comu n i c a ç ã o                     A                        F                            F
P l a t a forma de co l a boração                                A                        A                            F
S = Su f i c i en te ; A = Necessita ampliação; F = In su f i c i en te
Fon te : Maia (2004b)
130




      Ta bela 2
      Funções do sistema de gestão do con h ec i m en to.
      Fu n ç õ e s / In tegra n te s                        1                2                  3        4          5            6
      Vigilância
        Observa r                                           x                x                  x        x          x            x
        Identificar                                         x                x                           x          x            x
        Arm a zen a r                                       x                                            x          x
      G eração
        Criar                                               x                                                       x
        Ad a pt a r                                         x                                                       x
        Cod i f i c a r                                     x                                                       x
      Tra n s ferência
        Ap l i c a r                                        x                                   x        x          x            x
        Con ectar                                           x                                   x        x          x            x
        Com p a rtilhar                                     x                                   x        x          x            x
      1 – Sede da Rede , Ba n cos de Lei te Humano, Comissões de Al ei t a m en to ; 2 – Instituições Financei ra s ;
      3 – Gra n des Empre s a s ; 4 – As s ociações de Cl a s s e ; 5 – Gru pos de P&D; 6 – Organizações não-governamentais.
      Fon te : Maia (2004b)




      Ta bela 3
      Distri buição dos re sumos apre s en t ados no III Con gresso Brasileiro de Ba n cos de Lei te Humano
      por área tem á tica e ti po de autoria.
      Á rea Tem á ti c a                                                              Re sumos de autoria          Resumos de autoria
                                                                                           i n d ivi du a l            em grupo
      1. Am a m en t a ç ã o, Cu l tu ra , Ci d adania                                              18                      59
      2. Assistência à Amamentação                                                                   4                      51
      3. Tec n o l ogia de Al i m en tos em BLH                                                      0                      34
      4. Gestão da Qualidade em BLH                                                                  1                      32
      5. In formação/ Comunicação em BLH                                                             0                       5
      Total                                                                                         23                     181
      Fon te : Anais do III Co n gre s so Brasilei ro de Ba n cos de Lei te Hu m a n o, 2002.




      mos de trabalhos têm autoria co l etiva e prova-                                  A informação e comunicação também ed i-
      vel m en te mu l ti prof i s s i on a l . As áreas tem á ti c a s            ficam sua su s tentação teórica nas ciências so-
      1 e 2, que podem ser con s i deradas como ten do                             ciais aplicad a s . Contudo, nesta área, abord a-
      basicamente sua fundamentação nas ciências                                   gens que probl em a ti zem as questões em er gen-
      da saúde e hu m a n a s , repre s entam 64% do to-                           tes ainda são bastante recen tes no âmbito da
      tal, sign i f i c a n do portanto referencial teórico                        REDEBLH, o que pode explicar o pequ eno nú-
      privilegi ado. A área de tec n o l ogia de alimen tos,                       mero de trabalhos iden ti f i c ado s .
      com sua âncora te ó rica nas ciências bi o l ó gicas                              A distribuição dos resumos por área temáti-
      e agrárias, absorve 16% da produção, com uma                                 ca e região geográfica (tabela 4) evi dencia uma
      tendência predom i n a n temente qu a n titativa e                           gra n de con cen tração (83%) da produção cien-
      ex perimental, exigindo com isso maior tempo                                 tífica nas regiões Sul e Su de s te, reproduzindo o
      p a ra obtenção de re su l t ados e um parque tec-                           também desigual quad ro soc i oecon ô m i co qu e
      nológico mais sof i s ticado. A área de gestão da                            se verifica no país. Este fato corrobora a tendên-
      qu a l i d ade, que por sua ve z , en con tra nas ciên-                      cia ob s ervada no sistema de inovação em saúde
      cias sociais aplicadas sua principal fon te teóri-                           no Brasil (Quei roz , 2002). Esta constatação cer-
      ca, re s ponde por 15% da produ ç ã o, demons-                               t a m en te deve ser cuidado s a m en te con s i derad a
      tra n do uma rel a tiva tendência de con s o l i d a ç ã o.                  para o planejamento do SCG da REDEBLH, so-
131




Ta bela 4
Distri buição dos re sumos apre s en t ados no III Con gresso Brasilei ro de Ba n cos de Lei te Humano
por área tem á tica e região geográfica dos autores.
Área Tem á ti c a / Região                                                         Su l       Su deste       Cen tro-Oeste           Norde s te              Norte          Total
1. Am a m en t a ç ã o, Cu l tu ra, Ci d adania                                     11           52                    7                   6                    1            77
2. Assistência à Amamentação                                                         6           40                    0                   8                    1            55
3. Tec n o l ogia de Al i m en tos em BLH                                           11           20                    0                   3                    0            34
4. Gestão da Qualidade em BLH                                                        5           21                    2                   4                    1            33
5. In formação/Comunicação em BLH                                                    0            5                    0                   0                    0             5
Total                                                                               33          138                    9                  21                    3           204
Fon te : Anais do III Co n gre s so Bra s i l ei ro de Ba n cos de Lei te Hu m a n o, 2002.




                    bretu do em sua função de tra n s fer ê n c i a . Nota-                   matéria-prima que opera a articulação e inte-
                    se que 91% dos trabalhos da área de tec n o l ogia                        gração da REDEBLH é o conhecimento.
                    de alimen tos foram desenvolvi dos nestas re-                                    O panorama de s c ri tivo, que foi po s s í vel de-
                    giões. Apenas a região Su de s te vem produ z i n do                      limitar com a opção metodológica esco l h i d a ,
                    trabalhos em informação e comunicação.                                    indica que o estu do do con h ec i m en to com p a r-
                                                                                              tilhado na REDEBLH, além de sua import â n-
                                                                                              cia como elemen to de integração ao próprio
                    Con s i derações finais                                                   s i s tema de inovação em saúde do Brasil, é um
                                                                                              caminho inve s ti ga tivo import a n te para a com-
                    Os re su l t ados evidenciam que é possível e ne-                         preensão do seu processo de conversão e do
                    ce s s á rio implem entar um Si s tema de Gestão do                       movi m en to entre seus níveis. Abre também, a
                    Con h ec i m en to para a REDEBLH. A essência                             oportunidade para implem entação de análise
                    deste sistema é a produção e apropriação do co-                           sistemática, reforçando a importância de um
                    n h ec i m en to soc i a l m en te distri bu í do. E s te fun-            Si s te de Gestão do Con h ec i m en to, que fac i-
                                                                                                      ma
                    d a m en to deve ser garantido pelo trabalho em                           lite o acesso à inova ç ã o. É ainda sustentável
                    rede, de modo a articular indiv í du o s , grupos e                       afirmar que, em opera ç ã o, o SGCREDEBLH
                    i n s ti tuições que participam da REDEBLH. Fo-                           poderá auxiliar na superação da forte con cen-
                    ram apon t ados os el em entos que po s s i bilitam a                     tração regional da produção de con h ec i m en to
                    e s truturação do Sistema. de Gestão do Con h e-                          a qui con s t a t ada prel i m i n a rm en te .
                    c i m en to para REDEBLH, cuja implem entação                                    O modelo EO-SECI mostrou-se adequ ado
                    deverá con tri buir para a iden tificação e análise                       para aplicação na REDEBLH. Sua utilização,
                    da gera ç ã o, d i s tribuição e apropriação de s te co-                  com certeza irá contribuir, de forma efetiva,
                    nhecimen to. Esta op ç ã o, do pon to de vista es-                        para estu dos futuros sobre a natu reza e o com-
                    tratégico, sedimenta o reconhecimento de que a                            partilhamento do con h ec i m en to.



                    Co l a bora dore s                                                        Referências bibl i ográficas

                    A con cepção original do artigo bem como uma pri m ei ra                  Allix NM 2003. Epistemology and knowled ge manage-
                    versão foram el a boradas por PR S Maia. Todos os autore s                     ment concepts and practi ce s . Journal of Knowledge
                    p a rti c i p a ram nas revisões e na redação final do arti go.                Ma n a gem ent Pra ctice. Vo lume 4. Disponível em
                                                                                                   < h t tp : / / w w w. t l a i n c . com/arti cl 4 9 . h tm>. Acesso em
                                                                                                   1o de junho de 2003.
                                                                                              Almeida JAG , Maia PRS & Novak FR 2004. Os bancos de
                    Agra decimen to s                                                              l ei te humano como su porte para a redução da mor-
                                                                                                   talidade infantil – a ex periência brasileira. Anais do
                    Os autores agradecem ao Sr. Ju a rez Rei s , que cedeu espa-                   2o Congre s so Uruguayo de Lactancia Ma terna, 2004
                    ço e infra-estrutura propícios à realização de s te estu do.                   Set; Montevideo, Uruguay. Ed. Sociedad Uruguaya
                                                                                                   de Ped i a tria.
                                                                                              Almeida JAG 2001. B re a s tfe eding: a natu re – cultu re hy-
                                                                                                   b ri d. F i oc ru z , Rio de Janei ro.
132




      Al m eida JAG 1998. Am a m entação: repensando o pa ra d i g-                    do XXII Simpósio de Gestão da Inovação Tecn ol ó gi c a,
            m a. Tese de doutorado. In s ti tuto Fern a n des Figuei ra,               2002, 6 a 8 de novembro, Sa lvador. Ed. do Núcleo de Po-
            F i oc ru z , Rio de Ja n ei ro.                                           lítica e Gestão Tecnológica, Univers i d ade de São Paulo.
      Ca m pos IM 1997. Ci ê n cia e tecn ol o gia pa ra a constru ç ã o         Mi n ayo MCS 2002. Entre vôos de águia e passos de el e-
            da so ci edade da info rmação no Bra s i l. CNPq, Bra s í l i a .          f a n te : caminhos da investigação na atu a l i d ade, pp.
      Ca s tells M 2001. A so ci edade em red e. Ed. Paz e Terra , Ri o                17-27. In MCS Mi n ayo & SF De s l a n des (orgs.). C a-
            de Ja n ei ro.                                                             minhos do pen s a m en to: epistem ol o gia e métod o. Fio-
      Fiocruz 2002. Pe s quisa e de s envo lvimento tecnológi co                       c ru z , Rio de Ja n ei ro.
            em bancos de lei te hu m a n o. Anais do III Congre s so             Moore CES & Bolinches SB 2001. El desarrollo de un
            B ra s i l ei ro de Bancos de Lei te Hu m a n o. Fiocruz, Ri o             s i s tema de ge s tión del con oc i m i en to para los insti tu-
            de Ja n ei ro.                                                             tos tecnológi co s . [ C D - ROM] In Memoria do 9 o S e-
      G i d dens A 2000. Mundo em desco n trole – o que a globa l i-                   m i n a rio La ti n o - Iberoa m ericano de Ge s tión Tecnológi-
            zação está fazendo de nós. Ed. Record , Rio de Ja n ei ro.                 ca In n ovación en la Economia Del Conocimiento,
      Kane HCM 2003. Ref raming the knowl ed ge deba te , with a                       o utu bro. Ed. do In s ti tuto Tecnológico da Costa Rica,
            little help from the Gre e k s. Sch ool of In formati on &                 San Jose, Costa Ri c a .
            Com munication Tech n o l ogies, Un ivers i ty of Pa i s l ey,       Nahapiet J & Ghoshal S 1998. Social capital, i n tellectual
            Scotland. Vol. 1, Is sue 1 – Septem ber.                                   capital and the or ga n i z a ti onal adva n t a ge. Ac a d em of   y
      L a s tres HMM & Al b a gli S 1999. In fo rmação e gl obalização                 Managem ent Revi ew 23(2):242-266.
            na era do co n h e ci m en to. Ed. Ca m p u s , Rio de Ja n ei ro.   Nelson R & Winter SG 1982. An evolutionary theory of
      Lastres HMM 2000. Ciência e tecnologia na era do co-                             e conomic ch a n ge. Belknap Press Cambri d ge .
            n h ec i m en to : um óbvio papel estra t é gi co. Rev. Pa rce-       Nonaka I, Toyama R & Konno N 2001. SECI, Ba and
            rias Es tratégicas (9):14-21.                                              Le adership: A unified model of dynamic knowl ed ge
      L ó pez PV 2001. La soc i ed ad de la inform ación en Am é ri-                   c re a ti on , Pa rt one. In I Nonaka & DJ Teece (orgs.).
            ca Latina y el Ca ri be : TICs y un nu evo marco insti-                    Managing industrial knowl ed ge: cre a ti o n , transfer and
            tucional. [ C D - Rom]. In Memoria do 9 o Seminario                        utilization. Sa ge Publications, Lon don .
            Latino-Iberoa m ericano de Ge s tión Tecn ol ó gica In n o-          Nonaka I & Ta keu chi H 1995. The knowledge creating
            va ción en la Economia Del Co n o cimien to, 2001, outu-                   co m pany: how Japanese co m panies cre a te the dyn a m-
            bro ; Ed. do In s ti tuto Tec n o l ó gi co da Costa Ri c a , Sa n         i cs of i n n ova ti o n. Ox ford Un ivers i ty Pre s s , New York.
            Jose, Costa Ri c a .                                                 Nonaka I 1994. A dynamic theory of or ga n i z a ti on k n owl-  al
      López JEN, Ca s tro GM, Saez PL & Muiña FEG 2002. Un                             ed ge cre a ti on. Orga n i z a tion Sci ence 5(1):14-37.
            modelo integrado de creación y tra n s formación de                  Pell egrini A 2000. Ci en cia en pro de la salud. Op a s , Wa s h-
            conocimien to. [ C D - ROM] In Mem o ria do XXII Si m-                     ington.
            pósio de Gestão da In ovação Te cn ológica, 2002, 6 a 8              Po l a nyi M 1966. The tacit dimen s i o n.Do u bl eday, New York .
            de novem bro, Sa lvador. Ed. do Núcl eo de Política e                Q u ei roz SRR, Bon acelli MBM, Mello DL & Jolo FS 2002.
            Gestão Tecnológica, Un ivers i d ade de São Paulo.                         O CNPq e o sistema de inovação em saúde no Brasil:
      Maia PRS 2004a. Gera ç ã o, difusão e apropriação do conhe-                      uma análise a partir dos gru pos de pe s quisa do setor
            ci m en to na Rede Na cional de Bancos de Leite Hu m a-                    s a ú de [CD-RO M ] . In Mem o ria do XXII Simpósio de
            n o. Tese de do utorado. In s ti tuto Fern a n des Figueira,               Gestão da In ovação Tecnológi c a, 2002, 6 a 8 de no-
            F i oc ru z , Rio de Ja n ei ro.                                           vembro, Sa lvador. Ed. do Núcl eo de Po l í tica e Gestão
      Maia PRS, Novak FR & Al m eida JAG 2004b. Bases con cei-                         Tecnológica, Un ivers i d ade de São Paulo.
            tuais da gestão do con h ecimento na Rede Nac i onal de              Salazar AAP 2001. Modelo de implantación de ge s tión del
            Ba n cos de Lei te Humano. Rev Adm Pública 38(2):287-                      conocimiento y tecnologías de información para la
            306.                                                                       genera ción de ventajas competitivas. Dissertação de
      Maia PRS 2002. In ovação e gestão do con h ec i m en to na                       m e s trado. Dep a rtamento de In form á ti c a , Un iversi-
            Rede Nac i onal de Ba n cos de Lei te . [CD-ROM] In Me-                    d ad Técnica Federico Santa Ma ri a , Va l p a ra í s o.
            mória do XXII Simpósio de Gestão da Inovação Te c-                   Sa n chez R 2001. Knowledge management and orga n i z a-
            nológica, 2002, 6 a 8 de novembro, Sa lvador. Ed. do                       tional co m peten ce. Ox ford Un ivers i ty Pre s s , New York .
            Núcleo de Política e Gestão Tecnológica, Un ivers i-                 Spen der JC 1996. Making knowl ed ge : the basis of a dy-
            d ade de São Paulo.                                                        namic theory of the firm. Stra tegic Ma n a gement
      Maia PRS 2 001. Metodo l ogia para avaliação da aplic ação                       Jou rnal 17:45-62.
            do modelo de redes de inovação na saúde pública –                    Takahash T 2000. Soci edade da info rmação no Brasil : livro
            um estudo de caso. [CD-ROM] In Memoria do 9o                               verd e. M n i s t é rio da Ciência e Tec n o l ogi a , Bra s í l i a .
                                                                                                   i
            Seminário La tino-Iberoamericano de Ge s tión Tecn o-                Valentim MLP et al. 2003. O processo de inteligência
            lógica In n ovación en la Economia Del Conocimien to,                      com petitiva em organizações. Revista de Ciência da
            o utu bro ; Ed. do In s ti tuto Tecnológico da Costa Ri c a ,              In fo rmação 4(3), jun/03. Di s pon í vel em< h t tp://www.
            San Jose, Costa Ri c a .                                                   dgzero. or g / ju n 0 3 / Art_03.htm>. Acesso em 4 de abril
      Mansell R 1998. Kn owl ed ge so cieties: info rm a tion te ch n ol-              de 2005.
            ogy for su s t a i n a ble devel opment. Ed. Ox ford Un iver-        Vi rilio P 1996. A arte do motor. Ed. Estação Liberdade ,
            sity Press; New York. Disponível em <http : / / w w w.                     São Paulo.
            su s s ex.ac.uk/spru/ink/knowl ed ge .html>. Acesso em               Zorrilla H 1997. La gerencia del co n o ci m i en to y la ge s tión
            30 de março de 2005.                                                       te cn ol ó gi c a. Dissertação de mestrado. Un ivers i d ad de
      Ma rcon des D 2002. In i ciação à história da filosofia: dos                     los An de s , Bogo t á .
            pr é - socráticos a Wi t t gen s tei n. Jor ge Zahar Editor, Ri o
            de Ja n ei ro.
      Merino JCA, Macedo C 2002. Tra n s ferencia de conocimi-                   Arti go apre s en t ado em 23/07/2004
            en to y redes de innovación. [ C D - ROM] In Mem o ria               Aprovado em 3/03/2005
                                                                                 Versão final apre s en t ada em 19/04/2005

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Si Stema De GestãO Do Conhec Imen To

Rede Nacional De Bancos De Leite Humano
Rede Nacional De Bancos De Leite HumanoRede Nacional De Bancos De Leite Humano
Rede Nacional De Bancos De Leite HumanoBiblioteca Virtual
 
Uso de rea nas universidades corporativas do serpro caixa e correios oportu...
Uso de rea nas universidades corporativas do serpro caixa e correios   oportu...Uso de rea nas universidades corporativas do serpro caixa e correios   oportu...
Uso de rea nas universidades corporativas do serpro caixa e correios oportu...Denise Paulsen
 
3.4.oliveira centros tecnologicos
3.4.oliveira centros tecnologicos3.4.oliveira centros tecnologicos
3.4.oliveira centros tecnologicossmtpinov
 
Construção precrição enf na uti
Construção precrição enf na utiConstrução precrição enf na uti
Construção precrição enf na utiMARISA LOPES
 
Gestão estratégica e comunicativa em redes sociotécnicas 21 11-11
Gestão estratégica e comunicativa em redes sociotécnicas   21 11-11Gestão estratégica e comunicativa em redes sociotécnicas   21 11-11
Gestão estratégica e comunicativa em redes sociotécnicas 21 11-11Wagner Martins
 
Apresentacao robertamonteiro
Apresentacao robertamonteiroApresentacao robertamonteiro
Apresentacao robertamonteirorobertamont
 
15.03.26 gestão do conhecimento usando data mining
15.03.26   gestão do conhecimento usando data mining15.03.26   gestão do conhecimento usando data mining
15.03.26 gestão do conhecimento usando data miningTalita Lima
 
Gestão do conhecimento usando data mining
Gestão do conhecimento usando data miningGestão do conhecimento usando data mining
Gestão do conhecimento usando data miningTalita Lima
 
Artigo sobre APL: diagnóstico situação brasileira
Artigo sobre APL: diagnóstico situação brasileiraArtigo sobre APL: diagnóstico situação brasileira
Artigo sobre APL: diagnóstico situação brasileiraMarcel Gois
 
Boletim on line 13 sinte sc
Boletim on line 13 sinte scBoletim on line 13 sinte sc
Boletim on line 13 sinte scjanloterio
 
Monografia de Trabalho de Graduação apresentada ao Centro de Informátic...
Monografia  de  Trabalho  de  Graduação  apresentada ao Centro de  Informátic...Monografia  de  Trabalho  de  Graduação  apresentada ao Centro de  Informátic...
Monografia de Trabalho de Graduação apresentada ao Centro de Informátic...Andre Carvalho
 
Trabalho pronto de sistemas
Trabalho pronto de sistemasTrabalho pronto de sistemas
Trabalho pronto de sistemasGilson Pires
 

Semelhante a Si Stema De GestãO Do Conhec Imen To (20)

Rede Nacional De Bancos De Leite Humano
Rede Nacional De Bancos De Leite HumanoRede Nacional De Bancos De Leite Humano
Rede Nacional De Bancos De Leite Humano
 
E pnh141
E pnh141E pnh141
E pnh141
 
Uso de rea nas universidades corporativas do serpro caixa e correios oportu...
Uso de rea nas universidades corporativas do serpro caixa e correios   oportu...Uso de rea nas universidades corporativas do serpro caixa e correios   oportu...
Uso de rea nas universidades corporativas do serpro caixa e correios oportu...
 
3.4.oliveira centros tecnologicos
3.4.oliveira centros tecnologicos3.4.oliveira centros tecnologicos
3.4.oliveira centros tecnologicos
 
Boletim E PNH nº136
Boletim  E PNH nº136Boletim  E PNH nº136
Boletim E PNH nº136
 
Construção precrição enf na uti
Construção precrição enf na utiConstrução precrição enf na uti
Construção precrição enf na uti
 
Gestão estratégica e comunicativa em redes sociotécnicas 21 11-11
Gestão estratégica e comunicativa em redes sociotécnicas   21 11-11Gestão estratégica e comunicativa em redes sociotécnicas   21 11-11
Gestão estratégica e comunicativa em redes sociotécnicas 21 11-11
 
A atencao-primaria-e-as-redes-de-atencao-a-saude
A atencao-primaria-e-as-redes-de-atencao-a-saudeA atencao-primaria-e-as-redes-de-atencao-a-saude
A atencao-primaria-e-as-redes-de-atencao-a-saude
 
Apresentacao robertamonteiro
Apresentacao robertamonteiroApresentacao robertamonteiro
Apresentacao robertamonteiro
 
15.03.26 gestão do conhecimento usando data mining
15.03.26   gestão do conhecimento usando data mining15.03.26   gestão do conhecimento usando data mining
15.03.26 gestão do conhecimento usando data mining
 
Gestão do conhecimento usando data mining
Gestão do conhecimento usando data miningGestão do conhecimento usando data mining
Gestão do conhecimento usando data mining
 
GESITI Hospitalar Presentation - Map Updated
GESITI Hospitalar Presentation - Map UpdatedGESITI Hospitalar Presentation - Map Updated
GESITI Hospitalar Presentation - Map Updated
 
“An Evaluation of the Management Information System and Technology in Hospita...
“An Evaluation of the Management Information System and Technology in Hospita...“An Evaluation of the Management Information System and Technology in Hospita...
“An Evaluation of the Management Information System and Technology in Hospita...
 
Artigo sobre APL: diagnóstico situação brasileira
Artigo sobre APL: diagnóstico situação brasileiraArtigo sobre APL: diagnóstico situação brasileira
Artigo sobre APL: diagnóstico situação brasileira
 
Boletim on line 13 sinte sc
Boletim on line 13 sinte scBoletim on line 13 sinte sc
Boletim on line 13 sinte sc
 
Contribuições da rede brasileira de informação em ciências da saúde para a co...
Contribuições da rede brasileira de informação em ciências da saúde para a co...Contribuições da rede brasileira de informação em ciências da saúde para a co...
Contribuições da rede brasileira de informação em ciências da saúde para a co...
 
Monografia de Trabalho de Graduação apresentada ao Centro de Informátic...
Monografia  de  Trabalho  de  Graduação  apresentada ao Centro de  Informátic...Monografia  de  Trabalho  de  Graduação  apresentada ao Centro de  Informátic...
Monografia de Trabalho de Graduação apresentada ao Centro de Informátic...
 
8
88
8
 
P8-11_CH343_Entrevista
P8-11_CH343_EntrevistaP8-11_CH343_Entrevista
P8-11_CH343_Entrevista
 
Trabalho pronto de sistemas
Trabalho pronto de sistemasTrabalho pronto de sistemas
Trabalho pronto de sistemas
 

Mais de Biblioteca Virtual

Aleitamento Materno Manual De OrientaçãO
Aleitamento Materno   Manual De OrientaçãOAleitamento Materno   Manual De OrientaçãO
Aleitamento Materno Manual De OrientaçãOBiblioteca Virtual
 
Statistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce ExaminationStatistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce ExaminationBiblioteca Virtual
 
Lactation Management Self Study Modules Level I
Lactation Management Self Study Modules Level ILactation Management Self Study Modules Level I
Lactation Management Self Study Modules Level IBiblioteca Virtual
 
AvaliaçãO Do Impacto De Um Programa De Puericultura Na PromoçãO Da Amamentaçã...
AvaliaçãO Do Impacto De Um Programa De Puericultura Na PromoçãO Da Amamentaçã...AvaliaçãO Do Impacto De Um Programa De Puericultura Na PromoçãO Da Amamentaçã...
AvaliaçãO Do Impacto De Um Programa De Puericultura Na PromoçãO Da Amamentaçã...Biblioteca Virtual
 
AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...
AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...
AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...Biblioteca Virtual
 
Statistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce ExaminationStatistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce ExaminationBiblioteca Virtual
 
Uk Formula Marketing Practices
Uk Formula Marketing PracticesUk Formula Marketing Practices
Uk Formula Marketing PracticesBiblioteca Virtual
 
Statistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce ExaminationStatistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce ExaminationBiblioteca Virtual
 
PromoçãO, ProtecçãO E Apoio. Apoio RepresentaçõEs Sociais Em Aleitamento Materno
PromoçãO, ProtecçãO E Apoio. Apoio RepresentaçõEs Sociais Em Aleitamento MaternoPromoçãO, ProtecçãO E Apoio. Apoio RepresentaçõEs Sociais Em Aleitamento Materno
PromoçãO, ProtecçãO E Apoio. Apoio RepresentaçõEs Sociais Em Aleitamento MaternoBiblioteca Virtual
 
O Ensino De Aleitamento Materno Na GraduaçãO Em Medicina Um Estudo De Caso
O Ensino De Aleitamento Materno Na GraduaçãO Em Medicina   Um Estudo De CasoO Ensino De Aleitamento Materno Na GraduaçãO Em Medicina   Um Estudo De Caso
O Ensino De Aleitamento Materno Na GraduaçãO Em Medicina Um Estudo De CasoBiblioteca Virtual
 
No Seio Da FamíLia AmamentaçãO E PromoçãO Da SaúDe No Programa De SaúDe Da ...
No Seio Da FamíLia   AmamentaçãO E PromoçãO Da SaúDe No Programa De SaúDe Da ...No Seio Da FamíLia   AmamentaçãO E PromoçãO Da SaúDe No Programa De SaúDe Da ...
No Seio Da FamíLia AmamentaçãO E PromoçãO Da SaúDe No Programa De SaúDe Da ...Biblioteca Virtual
 
Lactation Management Self Study Modules Level I
Lactation Management Self Study Modules Level ILactation Management Self Study Modules Level I
Lactation Management Self Study Modules Level IBiblioteca Virtual
 
AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...
AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...
AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...Biblioteca Virtual
 
AvaliaçãO Do Impacto De Um Programa De Puericultura Na PromoçãO Da Amamentaçã...
AvaliaçãO Do Impacto De Um Programa De Puericultura Na PromoçãO Da Amamentaçã...AvaliaçãO Do Impacto De Um Programa De Puericultura Na PromoçãO Da Amamentaçã...
AvaliaçãO Do Impacto De Um Programa De Puericultura Na PromoçãO Da Amamentaçã...Biblioteca Virtual
 
Iblce Regional Office In Europe Candidate Information Guide
Iblce Regional Office In Europe   Candidate Information GuideIblce Regional Office In Europe   Candidate Information Guide
Iblce Regional Office In Europe Candidate Information GuideBiblioteca Virtual
 
A ImportâNcia Da AmamentaçãO Para A SaúDe Da Mulher Que Amamenta
A ImportâNcia Da AmamentaçãO Para A SaúDe Da Mulher Que AmamentaA ImportâNcia Da AmamentaçãO Para A SaúDe Da Mulher Que Amamenta
A ImportâNcia Da AmamentaçãO Para A SaúDe Da Mulher Que AmamentaBiblioteca Virtual
 
AmamentaçãO E Uso De AntiinflamatóRios NãO EsteróIdes Pela Nutriz InformaçõEs...
AmamentaçãO E Uso De AntiinflamatóRios NãO EsteróIdes Pela Nutriz InformaçõEs...AmamentaçãO E Uso De AntiinflamatóRios NãO EsteróIdes Pela Nutriz InformaçõEs...
AmamentaçãO E Uso De AntiinflamatóRios NãO EsteróIdes Pela Nutriz InformaçõEs...Biblioteca Virtual
 
Contribution Of Environmental Factors To The Risk Of Male Infertility
Contribution Of Environmental Factors To The Risk Of Male InfertilityContribution Of Environmental Factors To The Risk Of Male Infertility
Contribution Of Environmental Factors To The Risk Of Male InfertilityBiblioteca Virtual
 
Contraindications To Breastfeeding
Contraindications To BreastfeedingContraindications To Breastfeeding
Contraindications To BreastfeedingBiblioteca Virtual
 

Mais de Biblioteca Virtual (20)

Aleitamento Materno Manual De OrientaçãO
Aleitamento Materno   Manual De OrientaçãOAleitamento Materno   Manual De OrientaçãO
Aleitamento Materno Manual De OrientaçãO
 
Statistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce ExaminationStatistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce Examination
 
Lactation Management Self Study Modules Level I
Lactation Management Self Study Modules Level ILactation Management Self Study Modules Level I
Lactation Management Self Study Modules Level I
 
AvaliaçãO Do Impacto De Um Programa De Puericultura Na PromoçãO Da Amamentaçã...
AvaliaçãO Do Impacto De Um Programa De Puericultura Na PromoçãO Da Amamentaçã...AvaliaçãO Do Impacto De Um Programa De Puericultura Na PromoçãO Da Amamentaçã...
AvaliaçãO Do Impacto De Um Programa De Puericultura Na PromoçãO Da Amamentaçã...
 
AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...
AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...
AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...
 
Statistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce ExaminationStatistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce Examination
 
Uk Formula Marketing Practices
Uk Formula Marketing PracticesUk Formula Marketing Practices
Uk Formula Marketing Practices
 
Statistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce ExaminationStatistical Report Of The 2008 Iblce Examination
Statistical Report Of The 2008 Iblce Examination
 
PromoçãO, ProtecçãO E Apoio. Apoio RepresentaçõEs Sociais Em Aleitamento Materno
PromoçãO, ProtecçãO E Apoio. Apoio RepresentaçõEs Sociais Em Aleitamento MaternoPromoçãO, ProtecçãO E Apoio. Apoio RepresentaçõEs Sociais Em Aleitamento Materno
PromoçãO, ProtecçãO E Apoio. Apoio RepresentaçõEs Sociais Em Aleitamento Materno
 
O Ensino De Aleitamento Materno Na GraduaçãO Em Medicina Um Estudo De Caso
O Ensino De Aleitamento Materno Na GraduaçãO Em Medicina   Um Estudo De CasoO Ensino De Aleitamento Materno Na GraduaçãO Em Medicina   Um Estudo De Caso
O Ensino De Aleitamento Materno Na GraduaçãO Em Medicina Um Estudo De Caso
 
No Seio Da FamíLia AmamentaçãO E PromoçãO Da SaúDe No Programa De SaúDe Da ...
No Seio Da FamíLia   AmamentaçãO E PromoçãO Da SaúDe No Programa De SaúDe Da ...No Seio Da FamíLia   AmamentaçãO E PromoçãO Da SaúDe No Programa De SaúDe Da ...
No Seio Da FamíLia AmamentaçãO E PromoçãO Da SaúDe No Programa De SaúDe Da ...
 
Lactation Management Self Study Modules Level I
Lactation Management Self Study Modules Level ILactation Management Self Study Modules Level I
Lactation Management Self Study Modules Level I
 
AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...
AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...
AnáLise Da Efetividade De Um Programa De Incentivo Ao Aleitamento Materno Exc...
 
AvaliaçãO Do Impacto De Um Programa De Puericultura Na PromoçãO Da Amamentaçã...
AvaliaçãO Do Impacto De Um Programa De Puericultura Na PromoçãO Da Amamentaçã...AvaliaçãO Do Impacto De Um Programa De Puericultura Na PromoçãO Da Amamentaçã...
AvaliaçãO Do Impacto De Um Programa De Puericultura Na PromoçãO Da Amamentaçã...
 
Iblce Regional Office In Europe Candidate Information Guide
Iblce Regional Office In Europe   Candidate Information GuideIblce Regional Office In Europe   Candidate Information Guide
Iblce Regional Office In Europe Candidate Information Guide
 
A ImportâNcia Da AmamentaçãO Para A SaúDe Da Mulher Que Amamenta
A ImportâNcia Da AmamentaçãO Para A SaúDe Da Mulher Que AmamentaA ImportâNcia Da AmamentaçãO Para A SaúDe Da Mulher Que Amamenta
A ImportâNcia Da AmamentaçãO Para A SaúDe Da Mulher Que Amamenta
 
AmamentaçãO E Uso De AntiinflamatóRios NãO EsteróIdes Pela Nutriz InformaçõEs...
AmamentaçãO E Uso De AntiinflamatóRios NãO EsteróIdes Pela Nutriz InformaçõEs...AmamentaçãO E Uso De AntiinflamatóRios NãO EsteróIdes Pela Nutriz InformaçõEs...
AmamentaçãO E Uso De AntiinflamatóRios NãO EsteróIdes Pela Nutriz InformaçõEs...
 
Anatomofisiologia[1]
Anatomofisiologia[1]Anatomofisiologia[1]
Anatomofisiologia[1]
 
Contribution Of Environmental Factors To The Risk Of Male Infertility
Contribution Of Environmental Factors To The Risk Of Male InfertilityContribution Of Environmental Factors To The Risk Of Male Infertility
Contribution Of Environmental Factors To The Risk Of Male Infertility
 
Contraindications To Breastfeeding
Contraindications To BreastfeedingContraindications To Breastfeeding
Contraindications To Breastfeeding
 

Último

Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......suporte24hcamin
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 

Último (20)

Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 

Si Stema De GestãO Do Conhec Imen To

  • 1. 121 Sistema de gestão do conhecimento para Rede Na c i onal de Bancos de Lei te Humano Aknowledge management sys tem for the Brazilian Na tional Net work of Human Milk Banks Paulo Ricardo da Si lva Maia 1 Franz Reis Novak 1 João Apr í gio Gu erra de Almeida 1 D a n i elle Ap a recida da Silva 1 Abstract This arti cle has as obje ctive to dem a r- Re su m o Es te arti go teve como objetivos dem a r- c a te concepts that can co n tri bu te for en l a rgem ent car co n cei tos que possam contri buir pa ra ampl i a- of the theoretical ch a rt for management of the ção do quadro te ó ri co pa ra gestão do conhecimen- knowledge in the REDEBLH. The structural bases to na REDEBLH. São também apre sentadas as for drawing the Kn owled ge Ma n a gement Sys tem ba ses estru tu ra n tes pa ra o desenho de um Si s tema (KMS) a re also presen ted . It adopts a theoretical de Gestão do Co n h e cimen to (SGC). Através de approach to present the foundations that in the uma abord a gem te ó rica evi d en ci a m - se os funda- litera ture maintain reflections about KMS. It’s men tos que na litera tu ra su s tentam ref l exões so- incl u d edsti ll a short analysis of the setting of the b re SGC. O arti go inclui ainda uma breve análise knowl ed ge dem a rc a ted by the recent scientific do cen á rio do conheci m en to dem a rcado pela pro- output iden ti f i edin the units from the net and in dução ci entífica recen te iden tificada nas unidades thei rs headquarters. It expe cts that the questions da rede e em sua sed e . Espera-se que as questões discussed can make feasible the use of tools of d i sc u tidas possam vi a bilizar o uso de ferramentas s h a re of the knowl edge diminishing the deep so- de co m partilhamento do co n h e ci m en to diminu i n- cial, economic, and cultural differen ces in the do as profundas diferenças cultu rais, e conômicas e space of action from the REDEBLH. sociais no espaço de atuação da REDEBLH. Key word s Knowl ed ge managem ent, Net s , Hu- Pa l avra s - ch ave Gestão do co n h e ci m en to, Red e s , man banks of milk Bancos de Leite Humano 1 Ba n co de Lei te Hu m a n o, Instituto Fern a n des Figueira, Fiocruz. Av. Rui Ba rbosa 716, 22250-020, Rio de Janei roRJ. pm a i a @ f i oc ru z . br
  • 2. 122 In trodução Un i d ades de Tra t a m en to In ten s ivo Neonatal ( Ma i a , 2004a). Ben efícios econ ô m i cos também A política pública de saúde, voltada para o in- têm ocorrido na medida em que se estima di- cen tivo à amamentação, tem , ao lon go das últi- m i nuição na importação de lei te artificial para mas décadas, fortalecido a importância dos nutrir estes rec é m - n a s c i dos imped i do s , tem po- b a n cos de lei te humano (BLH). Estas unidades rariamente, de se alimentarem no seio materno. configuram-se assim como local privilegi ado A ampliação da REDEBLH foi acom p a n h a- para as ações de incentivo ao alei t a m en to ma- da de nova con cepção de sua forma de atuação. terno no terri t ó rio nac i onal (Ma i a , 2004a). De acordo com Al m eida (1998), há que se con- O primei ro BLH do Brasil foi implantado s i derar, ainda, que estas altern a tivas deverão em outubro de 1943 no então In s ti tuto Nac i o- possibilitar um fluxo ágil e eficien te da infor- nal de Puericultura, a tu a l m ente In s ti tuto Fer- mação, bem como possibilitar a universaliza- n a n des Figuei ra – IFF. O seu principal obj etivo ção do acesso a el a . era co l etar e distri buir leite humano com vistas a Almeida (2001) identi f i cou que o grande atender os casos considerados especiais a exem- desafio con tem por â n eo para o de s envo lvimen- plo da prematuridade, perturbações nutricio- to da REDEBLH é a formação de compet ê n c i a s nais e alergias a pro teínas heter ó l ogas. Com es- p a ra uma nova forma de pensar as questões re- ta mesma pers pectiva, en tre a década de 1940 e lacionadas à amamen t a ç ã o. Ne s tesen ti do, a pon- o inicio dos anos 80, foram implantadas mais ta três questões fundamen t a i s : u n ivers a l i z a ç ã o c i n co unidades no país. Con tu do, foi com o de- do acesso dos profissionais aos novos saberes; s envo lvimento do Programa Nacional de In- o de s envo lvi m en to cien t í f i co e tec n o l ó gico; e a centivo ao Aleitamen to Ma tern o, sobretudo a substituição do discurso ideológi co da ama- partir de 1985, que os BLH passaram a assu m i r m entação por posições solidamen te ancorad a s um novo papel no cenário da saúde pública nos diferen tes campos do saber. bra s i l ei ra, tra n s form a n do-se em el em en tos es- Tal indicativo dem a rco u , no campo da re- tra t é gi cos para as ações de prom o ç ã o, pro teção f l exão te ó ri c a , o início da sed i m entação de um e apoio à amamentação (Al m ei d a , 2004). qu adro con ceitual que objetiva, por um lado, Em 1998, foi criada, pelo Ministério da Sa ú- su s tentar novas po l í ticas de atuação gerencial e de , a Rede Nac i onal de Ba n cos de Lei te Hu m a- de planejamento e, por outro, incorporar, no no (REDEBLH). Com sede na Fundação Os- espaço ac ad ê m i co, n ovas po s s i bi l i d ad de teo- es w a l do Cruz (Fiocruz), a rede , de s de en t ã o, tem ri z a ç ã o, parti c u l a rm en te na sede da REDEBLH. a m p l i ado seu espaço de atuação tanto em fun- Foi identi f i c ado também baixo grau de in- ção da permanente modernização de seu mo- formatização e con ectividade eletrônica entre delo de ge s t ã o, qu a n to pela geração de conhe- as unidades com pon en te s . De acordo com Cas- cimen to. Sua estrutura organizacional possui tells (2001), o desenvo lvimento de redes só se uma referência nac i on a l , que está loc a l i z ada na tornou po s s í vel graças aos import a n tes avan- sede e é re s pon s á vel pela normatização e pro- ços tanto das tel ecomunicações qu a n to das tec- posição de po l í ticas de atuação bem como pe- nologias de integração de com p ut adores em re- las principais ações de de s envo lvimen to cien t í- de . As s i m , esta afirmação cria um paradoxo pa- f i co e tec n o l ó gi co. Com p l em entam esta estru- ra a existência da REDEBLH. turação as referências estaduais e as unidades Se o grau de con ectividade com p ut ac i onal l ocais (M i a , 2004a). Ex i s tecl a rorecon h ec im en- a é baixo, como é po s s í vel e em que bases se dá a to nac i onal dos avanços na saúde infantil pro- necessária integração para o funcionamen to porc i on ados pela REDEBLH. Com mais de 180 em Rede? A hipótese cen tral do estu do é que o Ba n cos de Leite Humano implemen t ados, a mecanismo de integração da REDEBLH tem tra j et ó ria de sua con s trução indica dois funda- como matéria-prima o conhecimento. Desta m en tos que su s tentam sua po l í tica de atuação. forma é nece s s á ri o, para a estruturação de um O primei ro é uma prática institucional com sistema de gestão do con h ec i m en to, com preen- com promisso e re s pon s a bi l i d ade soc i a l . O se- der as dinâmicas dos processos de gera ç ã o, dis- g u n do diz re s pei to ao exercício de solidari eda- tri buição e apropriação de s te con h ec i m en to. de social, que ocorre por meio das doações vo- A partir do reconhec i m en to da importân- luntárias de leite humano ordenhado (LHO) cia estratégica do processo de el a boração con- que é distribu í do, após proce s s a m en to e rigo- cei tual, referi do às atividades de gestão tecno- roso processo de controle de qualidade, para lógica, que até então se con s ti tuía de forma in- bebês prem a tu ros de baixo peso intern ados em c i p i en tee latera l , foi po s s í vel delimitar e el eger
  • 3. 123 o campo da gestão do conhecimen to na RE- cen te identificada nas Unidades da Rede e em DEBLH como um novo e fundamental espaço sua Sede . p a ra con s trução do obj eto de estu do. Vale ressaltar que o grande desafio desta Para a formulação de altern a tivas que uni- abord a gem é buscar um caminho que po s s i bi- vers a l i zem o acesso ao con h ec i m en to, on de qu er l i te , de forma inédita, aplicar con cepções te ó ri- que existam Bancos de Leite Humano em fun- cas uti l i z adas em outros campos do saber à re a- c i on a m ento e, da mesma forma, po tencializar l i d ade da REDEBLH. o ferra m ental tec n o l ó gi co já dispon í vel na áre a , já foram desenvo lvidos estudos que oferecem uma com preensão mais ampliada do funcion a- Referencial teóri co men to da REDEBLH (Maia, 2001; 2002). Por outro lado, sabe-se que a dimensão con- As evidências con tem porâneas revelam que es- tinental do Brasil exige soluções que, em ter- tá em curso um acel erado processo de transfor- mos de saúde co l etiva, possam com p a rtilhar o mação social. Ne s te con tex to, estrutu ra-se uma con h ec i m en to ac u mu l ado nos gra n des cen tro s n ova econ omia com pelo menos duas caracte- de formação e inve s ti gação com os locais mais rísticas bem fundad a s : i n form ac i on a l , porque a d i s t a n tes(Maia, 2004b). Con tudo, s eg u n doLó- ativi d ade dos agen tes econ ô m i cos guarda estri- pez (2001) é pre ciso en ten d er que as te cn ol o gias ta dependência com sua capacidade de gerar, da info rmação e da co municação não são iguali- processar e aplicar a informação baseada em tárias e se desenvolvem preferencialmente nos con h ec i m en tos; e gl ob a l , porque, t a n toas ativi- pa í ses mais desenvolvi d o s , dentro destes nas cl a s- dades como seus com pon en tes estão or ga n i z a- ses mais ricas e dentro destas, entre os pr ó prios dos em dimensão mundial com forte ten d ê n c i a cidadãos, reproduzindo os padrões de desigual- a arranjos or ganizacionais em rede. d a d e. Em síntese, a expressão destas desigual- O informacionalismo, na qualidade de novo dades ocorre pela exclusão de gra n des parcel a s m odo de de s envo lvi m en to, decorren te da ree s- populacionais da chamada sociedade do co- truturação do modo capitalista de produ ç ã o, nhecimen to. tem como um de seus propulsores o avanço tec- No Brasil, o Estado busca, por intermédio nológi co decorren te do ac ú mulo de con h ec i- da promoção de políticas de inclusão social, mento (Ca s tell s , 2001). Vale dizer que no infor- exercer papel estra t é gi co para que o de s envo l- macionalismo a função da produção tec n o l ó gi- vimen to tecnológi co ben ef i c i e , de forma eqüi- ca se caracteriza pela con s t a n te apropriação do t a tiva, as dimensões hu m a n a , é tica e econ ô m i- con h ec i m en to e da informação. A espec i f i c i d a- ca (López, 2002). de do modo inform ac i onal de de s envo lvi m en to O conhecimento deve torn a r-se um dos está na ação do con h ec i m en to sobre o pr ó prio principais fatores de superação de de s i g u a l d a- con h ec i m en to, tornando-a principal fon te de de s , de agregação de va l or, criação de em prego produtivi d ade . Decorre daí uma forte intera ç ã o qu a l i f i c adoe de prop a gação do bem - e s t a r. Neste en tre cultu ra e forças produtivas que pode con- qu ad ro, ganha rel evância o de s envo lvi m en to de tribuir para a propagação de novos arranjos or- n ovos arc a bouços con cei tuais, m etodo l ó gicos e ga n i z ac i onais como os cen trados no modelo de a n a l í ti co apropri ados ao en ten d i m en to de co- s redes (Ca s tells, 2001). As estruturas orga n i z a- mo os con h ec i m en tos produtivos são gerados, cionais centradas na integração e operação con- ad qu i ri dos e difundido s , con s i dera n do as parti- junta de vários atore s , de processos produtivos cularidades de países e regiões (Takahash, 2000). de bens ou serviços, a exemplo das redes de ino- Estas con s i dera ç õ e s , d i a n teda hipótese cen- vação, têm sido consideradas as mais adequadas tral do estudo, evidenciam a nece s s i d ade de para promover a geração, aquisição e difusão do ampliar a compreensão sobre as dinâmicas de con h ecimen to e inovações (Lastre s , 2000). Os geração e apropriação do conhecimento no â m- estu dos que privi l egiam estes novos padrões de bi to da REDEBLH. Tal opção se configura co- relacionamen to e gestão orga n i z ac i onal, com mo etapa preliminar para o de s enho de um Si s- ênfase no con h ecimen to e na inovação, apon- tema de Gestão do Con h ec i m en to (SGC). tam para o papel estratégico desempenhado pe- E s te arti go, através de uma abord a gem te ó- la ciência, pela tecnologia e pela inova ç ã o, na ri c a , apre s enta fundamen tos qu e , na litera tura, ch a m ada econ omia de rede ou econ omia asso- su s tentam ref l exões sobre o assu n to. In clui-se ciac i onal (Lastres, 1999; 2000). As redes, n e s te ainda análise inicial do cenário do conheci- senti do, ad qu i rem ex trema importância com o m en to dem a rc ado pela produção científica re- ferramentas viabi l i z adoras do com p a rtilha-
  • 4. 124 men to do conhec i m en to. Con tu do, apesar do a utores (Castells, 2001; Lastres, 2000; Ca m pos, avanço da tel ei n form á ti c a , que hoje poten c i a l i- 1997; Ma n s ell, 1998). É nela que se estabel ecem za as po s s i bi l i d ades de s te ace s s o, ainda não se as relações sociais e de de s envo lvi m en to tec n o- verifica sua equ a l i z a ç ã o. As profundas diferen- l ó gi co re su l t a n tes do avanço do con h ec i m en to ças culturais, econômicas e sociais delimitam a humano. capacidade de apropriação do con h ecimen to No pre s en te estu do, utilizou-se como refe- disponibilizado. rencial o con cei to de Soc i ed ade da Informação Por outro lado, nos tempos atuais, não se de s envo lvido por López (2001) ou seja , um de- pode negar que a inform a ç ã o, a inovação, a ra- terminado nível de desenvolvimen to social, eco- p i dez e a con f i a bi l i d ade são con cei tos que del i- n ô m i co e te cn ológico cara cterizado pela partici- mitam os caminhos da co l etivização do con h e- pação de diferentes agen tes (govern o, em presas, cimen to. O rom p i m en to de fron teiras até en- pe sq u i s a d o res, cen tros te cn ol ó gi cos, organizações tão intra n s pon í vei s , s ed i m en t adas pelo model o sociais e cidadãos) dispo s tos a gera r, difundir e de desenvolvimento excludente, tem trazido co- usar a info rmação pa ra produção do co n h e ci- mo con s eqüência maior acesso ao saber, mes- mento econômico e socialmente útil (inovação) mo que ainda limitado pelas condições soc i a i s , pa ra fins do desenvolvimen to. políticas e econômicas já indicadas anterior- Na nova ordem econômica, o incremen to men te (Maia, 2004b). de produtividade, tanto nos processos como É ineg á vel que as chamadas tec n o l ogias de nos produto s , não depen de do aumen to qu a n- mídia e a ampliação de seu alcance vêm cre s- ti t a tivo dos fatores de produção (capital, tra b a- cendo a uma vel oc i d ade que não en con tra pre- l h o, recursos naturais) e sim da aplicação de ceden tes na história recen te . O volume de in- con h ecimentos e informação à gestão, produ- formações que circula diari a m en te no mu n do ção e distri bu i ç ã o. vem aumentando vertiginosa e irreversivel- A soc i ed ade da informação repre s enta uma men te . A título de ilu s tra ç ã o, por volta de 1814, profunda mudança na or ganização da soc i ed a- John Wa l ter II, diretor do Times de Lon d re s , de e da econ omia. É um fen ô m eno global, com instalou a primeira impre s s ora a vapor capaz elevado potencial transformador das ativida- de imprimir mil jornais por hora. Apenas 10 des sociais e econômicas. Assim é de se supor anos mais tarde a imprensa da Grã-Bretanha que ben efícios ou preju í zos para or ganizações atingiria a marca dos trinta milhões de exem- e populações espalhadas nos diversos conti- p l a res (Virilio, 1996). Um per í odo de qu a renta n en tes podem re sultar do arranjo social decor- anos foi necessário para que uma população de ren te do novo parad i gma tec n o l ó gi co. c i n q ü enta milhões de norte-americanos tive s s e O acesso à inform a ç ã o, ao con h ec i m en to e, acesso ao rádio. No mesmo país, i d ê n ti co nú- sobretudo, sua capac i d ade de aprender e ino- m ero de pessoas já ace s s ava seu Personal Co m- var são os fatores da condição soc i oecon ô m i c a . pu ter (PC), após qu i n ze anos da introdução Não basta uma base tecnológica e de infra-es- desta máqu i n a . Mais recen tem en te, com o ad- trutura adequ adas, também é necessário um ven to da In ternet, em apenas qu a tro anos um con ju n to de inovações nas estruturas produti- n ú m ero de usuários superi or a cinqüenta mi- vas e or ganizacionais, no sistema edu c ac i onal e lhões de pe s s oas acessa a Web n a qu ele país (Gi- nas instâncias reg u l adora s , n orm a tivas e de go- den s , 2000). verno (Takahash, 2000). O desenvolvimen to da ch a m ada tel ecomu- O processo de geração do conhecimen to nicação planetária tem produzido avanços na também é afet ado por fatores ex ternos que in- a propriação do conhec i m en to, contu do ainda f lu enciam os rumos da evo lução cien t í f i c a . As são imensas as camadas sociais exclu í d a s . Ne s te mudanças veri f i c adas nos processos produtivo s sentido ganha relevância o desafio de incluir, e de tra b a l h o, s obretu do como decorrência da no processo de apropriação do con h ec i m en to ch a m ada revo lução da microel etrônica e de to- na REDEBLH, um número cada vez maior de do o com p l exo inform ac i onal com p ut acional, atores sociais. Tal fato reforça a nece s s i d ad de e con tri bu em e, por ve ze s , con d i c i onam as prio- se estabelecer mati zes conceituais, que ofere- ri d ades da inve s ti gação. çam opções teóricas para o de s envolvimento Por sua ve z , a soc i edade globalizada, i n ten- da gestão do conhecimen to no âmbi to da RE- s a m en te intern ac i on a l i z ada e interdepen den te , DEBLH. ex i ge re adequações nas formas de fazer ciência. A sociedade da informação (SI) tem sido São alterados tanto os processos metodológi- objeto de estudo de um cre s cen te número de co s , portanto internos à produção científica,
  • 5. 125 como as situações e condições de trabalho (Mi- incertezas daí re su l t a n tes o estimularam a as- nayo, 2002). sumir a missão de legitimar a ciência a partir É assim que os avanços no campo da ciên- do entendimen to de que o homem pode co- cia ocorrem cada vez mais por meio da solução nhecer o real de modo verd adei ro e definitivo. de probl emas com p l exos apropriando-se não O proj eto de Descartes pretendia fundamen t a r mais de uma, mas de várias disciplinas. Esta a po s s i bi l i d ade do con h ecimen to cien t í f i co da realidade con tri bu iu para o su r gimen to de sis- nova Ciência encon trando uma verdade in- temas de produção do conhecimento, social- qu e s ti on á vel e ref ut a n do o ceticismo (Ma rcon- men te distribuído, caracterizados pelo traba- des, 2002). Segundo Allix (2003), este pensa- lho em rede e cooperação divers i f i c ada, seja de men to exerceu forte influência nos conceitos i n d iv í du o s , grupos ou instituições (Pelegrini, acerca do con h ec i m ento adotados por impor- 2000). tantes te ó ri cos con tem por â n eos que trabalham A con f i g u ração de redes de conhecimento com gerência do con h ec i m en to (Non a k a , 1994; tem como pre s su po s to, por um lado, a iden ti f i- Nonaka & Takeu ch i , 1995; Nonaka et al., 2001). cação do con h ec i m en to acumu l ado e disponível Na década de 1960, o estudo de Mi ch ael e, por outro, uma demanda para sua aplicação. Po l a nyi (1966) repre s en to u , do pon to de vista Além de s tes condicionantes, é nece s s á rio um in- ep i s temológi co, uma das fundamentais con tri- teresse comum que possa proporc i onar va n t a- buições à discussão sobre natu reza do con h ec i- gens com peti tivas para os atores (Meri n o, 2002). mento. Mais recentem en te, o arti go de Moore Ex a m i n a n doa produção do con h ec i m en to, & Bolinches (2001) sistematiza alguns dos do pon to de vista intern o, podem ser verifica- principais esforços de con cei tuação. Os autore s dos novos padrões e tendências. A ampliação assinalam que não ex i s te uso ex a to para a pala- das possibilidades trazidas pelo modelo da big vra con h ec i m en to, port a n topode-se con s truir science dissolve , na prática, a antiga dico tom i a muitas formas para sua aplicação. Em seu estu- en tre ciência básica e aplicada (Mi n ayo, 2002). do apresentam um en foque que predomina no pensamento contemporâneo sobre o tema e su- gerem um esqu ema com preen s ivo para o con- Do con h ec i m en to à gestão ceito de conhecimen to centrado em duas di- do con h ec i m en to mensões: a tácita e aex p l í c i t a . A dimensão tácita do conhecimento diz res- O con h ecimen to tem sido preocupação histó- peito tanto ao que sabemos, porém não exterio- rica da ep i s temologia e ex i s te con s enso de qu e rizamos de maneira formal, como também é um termo de difícil definição. Ao mesmo tem- qu a n to àquilo que sabem o s , porém ainda não po é secular o esforço de filósofos para com- temos con s c i ê n c i a . Ou ainda pode ser en ten d i- preensão dos processos de geração e apropria- do como aqu ele conhec i m en to ineren te ao ser ção do conhecimento. Alguns dos principais humano, que não está estruturado de forma pen s adores como Sócrates, Platão e Ari s t ó teles percept í vel a exemplo das ex periências dos in- ofereceram con tri buições ao tema que até hoje d iv í duos, suas habi l i d ade s , s eu k n ow-how, su a s influenciam o pensamento moderno (Ka n e , práticas, s eus valores (Va l en tim et al., 2003). Já 2003; Ma rcon des, 2002). o conhecimento explícito é formal, estruturado, No sistema ari s to t é l i co, o con h ecimento ex presso em símbolos e em processos e proce- pode ser en ten d i do como saber teóri co que se d i m en tos que podem ser codificados e decod i- d ivide em ciência geral e ciência natu ra l ; com o ficados por aqueles que conhecem as leis, regras s a ber prático (pr áxi s), que inclui a ética e a po- e métodos de uma disciplina científica ou de lítica e o saber produtivo (po i esis), que seria a um campo prof i s s i onal. A tec n o l ogia é talvez o base do estudo de estética. Com estes funda- melhor exemplo deste conhecimento. men to s , o filósofo de s envo lveu uma con cep ç ã o Ne s te sen ti do pode-se afirmar que o con h e- s i s temática de saber com marc a n te influência cimen to existe em forma tácita na mente das na An ti g u i d ade (Ma rcon des, 2002). Con tu do, é pe s s oa s , da qual em er ge na forma explícita em o projeto filosófico de Descartes que exerce resposta a problemas e desafios de natureza mais forte influência nas formulações con cei- pr ó pria ou ex terna (Na h a p i et& Ghoshal, 1998). tuais acerca do con h ecimen to que identifica- A origem dos problemas pode ser uma mera mos em nossa époc a . O con f l i to en tre dois mo- curiosidade intelectual ou uma nece s s i d ade delos de ciência, o antigo e o modern o, viven- que su r ge como con s eqüência da relação de uma c i ado pelo filósofo no inicio do século 17, e as or ganização com seu en torno.
  • 6. 126 A gestão do conhecimen to atua essencial- pazes de produzir con h ec i m en to, e con s i deram men te nos flu xos informais de informação e no qu a tro níveis po s s í veis: o individual, ou seja con h ecimen to tácito (Valen tim et al. , 2003). Os aqu ele con h ec i m en to cri ado pelo pr ó prio indi- estudos sobre possíveis combinações de cria- v í du o ; o grupal, derivado das interações entre ção e transmissão do con h ec i m en to, conside- pessoas; os níveis organizacionais, que inte- rando as dimensões tácita e ex p l í c i t a , foram gram todos os conhecimen tos dos setores da re a l i z ados nos anos 90 principalmen te por No- or ganização e o interorganizativo, que resulta naka y Takeu chi (1995). O model o, por eles de- da interação da or ganização com os agen tes em s envo lvido, de base epistemológica, leva em seu en torno (Nahapiet & Ghoshal, 1998; Nel- con s i deração a existência de qu a tro proce s s o s son, 1982; S pen der, 1996). O con cei to de on to- b á s i cos geradores de con h ec i m en to: s oc i a l i z a- l ogia tem sido utilizado nos estu dos envo lven- ção; ex ternalização; com binação e internaliza- do inteligência artificial e repre s entação do co- ção (SECI) como de s c ri tona figura 1. nhecimen to. Ontologia neste caso é em pregad a O utras investigações privilegiam a dimen- no sen tido de formular um ex a u s tivo e rigoro- são definida como on to l ó gi c a . Estes estu dos le- so esquema conceitual de um domínio dado, vam em con s i deração as en ti d ades que são ca- com vistas a facilitar a comunicação e o com- Figura 1 Processos de conversão do con h ec i m en to. Soc i a l i z a ç ã o Compartilha os con h ec i m en tos tácitos entre o pe s s oal T á c i to T á c i to da or ganização. O corre através de seminários, jorn adas e apre s entações dos prof i s s i onais da insti tu i ç ã o. Facilita o processo de com preensão e aumenta a visão i n d ividual sobre as ex periências com p a rti l h adas. Ex teri orização Ex teri oriza o con h ec i m en to tácito dispon i bi l i z a n do ao -o T á c i to Ex p l í c i to a m bi en te insti tu c i onal e seu en torn o. Ocorre através de discussões técnicas de probl emas com p l exos em que participam prof i s s i onais do In s ti tuto e de outras em pre s a s . Propicia a bu s c a de soluções técnicas aos probl emas dos cl i en tes e a tra n s ferência de re su l t ados e tec n o l ogi a . In ternalização Proporc i ona a ref l exão a partir de ex periências re a l i z adas. Ex p l í c i to T á c i to O corre através do trabalho em redes on de os prof i s s i onais podem ex p l orar na pr á tica as soluções de s envolvidas para determ i n ados probl em a s . Consolida os processos de apren d i z a gem indivi dual e co l etiva da or ga n i z a ç ã o. Com bi n a ç ã o In tegra as soluções técnicas já de s envo lvidas e con h ecidas pel a Ex p l í c i to Ex p l í c i to or ganização para en f rentar probl emas de maior com p l ex i d ade. O corre através da con s trução de pro t ó ti pos, m odelos e outra s formas. Facilita a sistematização, registro e codificação das principais linhas de produtos e serviços da or ganização. E l a borado com base nos estu dos de Nonaka & Ta keu chi (1995); Moore & Bo l i n ches (2001).
  • 7. 127 parti l h a m en todo con h ec i m en to e da inform a- A outra linha de pensadores, que adota o ção entre diferen tes sistemas. A consideração enfoque econômico, centra esforços nos pro- da dimensão on to l ó gica permite determinar cessos de gestão do conhecimento po tencial- que entidades são capazes de criar conhecim en- men te geradores de exceden tes econ ô m i co s . to e aqu elas que são capazes de apren der. Por- Pa ra estes, o con h ec i m en to é vi s toem seu pro- tanto, o conceito de ontologia aqui adotado cesso de criação de valor patrimonial e va n t a- g u a rda diferenças com o sign i f i c ado filosófico gens com petitivas. Am bos os en foques são, na do term o. re a l i d ade , com p l em en t a res (Zorrilla, 1997; Sa- A proposta metodológica de López (2002) lazar, 2001). utiliza um modelo integrado para o entendi- A definição con ceitual do Sistema de Ges- m en to da criação e tra n s formação do con h ec i- tão do Con h ec i m en to para a Rede Nac i onal de men to. Traz novas e fundamentais con tri bu i- Bancos de Lei te Humano foi de s c rita com o : es- ções para o desenvo lvimen to concei tual do te- paço criado pela Rede a pa rtir de uma visão in- ma. A partir de uma análise crítica dos mode- tegral da probl emática da saúde pública em su a los ex p l i c a tivos de s envo lvi dos na última déca- á rea de co m petência, com a finalidade de poten- da, em especial o de Sa n chez (2001), são esta- cializar o capital intelectual da Rede pa ra im- belecidas as bases conceituais para o modelo plantar os pro ce s sos e procedimentos que faci l i- EO-SECI (Ep i stem ol ogical & On tol o gical SECI), tem o ace s so às diversas fo rmas de co n h e ci m en to integrador das diferen tes corren tes de pensa- necessárias ao melhor desem penho de suas Un i- m en to. Busca a articulação do modelo de base dades (Maia, 2004b). ep i s temológica com a proposição de su s ten t a- As principais funções de um SGC podem ção on to l ó gica. Traz para o mesmo campo de s er repre s en t adas como indicado na figura 2. análise a natu reza do conhecimento e os nívei s Cada su b s i s tema (vigilância, c riação e tra n s- on to l ó gi cos que compõem os distintos orga- ferência) po s sui funções específicas que se rel a- nismos que geram conhecimen to. De s c reve cionam num movimen to de perm a n en te inte- qu a tro níveis nos quais é po s s í vel iden tificar o ratividade no interior do SGC. Cada el em en to desenvolvimen to de processos de criação do do SGC, num ambiente de rede de inovação, con h ecimento: o indivi du a l , o grupal, o orga- pode desempenhar uma ou mais funções com o n i z ac i onal e o interor ga n i z a tivo. O modelo ob- s erá mostrado mais ad i a n te(Ma i a , 2004b). j etiva analisar os processos que se produzem no interi or de cada um dos níveis e suas relações. O nível mais baixo dos fatos con h ec i dos são Metodo l ogia os dados e estes não possuem um significado intrínseco. Quando os dados são proce s s ados Este estudo foi con du z i do em três etapas: 1a – a través de sua orden a ç ã o, gru p a m en to, análise definição do modelo teórico de Sistema de G e s- e interpretação se convertem em informação. tão do Conhecimen to ; 2a – diagnósti co situa- Por outro lado, qu a n do a informação é utiliza- cional e 3a – realização de uma simulação para da e co l oc ada num con texto ou marco de refe- avaliar a aplicabilidade do modelo propo s to. rência de uma pe s s oa tra n s forma-se em conhe- O modelo teóri co sel ec i on ado foi o de s en- cimento. O con h ecimento seria assim, a com- vo lvi do por Moore & Bo l i n ches (2001), qu e es- binação de inform a ç ã o, con tex to e ex periência tabel ece qu a tro com pon en tes estrutu ra n tes pa- ( Zorri ll a , 1997). ra um SGC assim de s c ri tos em Maia (2004b): Do ponto de vista conceitual é nece s s á rio • Aco l e ç ã o : deve con ter as bases de dados, as ainda de s t acar as diferenças en tre gestão do co- i m a gen s , os doc u m en tos, v í deo s , a presentações, nhecimen to e gestão da informação como a pon- experiências pr á ti c a s , as informações e os co- t adas em Salazar (2001). nhecimentos ex p l í c i tos requ eri dos pelo neg ó c i o ; Para con s ecução dos obj etivos de s te artigo • A infra-estrutura de comunicação: con s ti- é também import a n te en tender o concei to de tuída pela rede de inform á tica nece s s á ria para Si s tema de Gestão do Con h ecimen to (SGC). A estocar a coleção e dar suporte às comunicações literatu ra especializada destaca dois enfoqu e s e intercâmbios na rede; i n cluindo-se os com- que podem balizar as definições de SGC. No put adores e sof tware n ece s s á rios aos pro tocolos viés or ganizacional a ênfase está na com preen- de comu n i c a ç ã o ; são e sistem a tização dos processos med i a n teos • A plataforma de colaboração: suporta o tra- quais as pessoas ad qu i rem e geram conheci- balho distri buído en tre os vários com pon entes men to. da rede, i n clu i n do bases de dados espec í f i co s ,
  • 8. 128 Fi g u ra 2 Funções do SGC. E n trada v Ob s erva r Criar Ap l i c a r v v v Iden tificar Ad a ptar Con ectar v v v Arm a zen a r Cod i f i c a r Com p a rtilhar Vi gi l â n c i a Criação Tra n s ferência v Saídas Fon te : Ad a pt ado do estu do de Moore e Bolinches (2001). grupos de especialistas, construção de espaços das em rel a t ó rio s técnico s , e outras forn ec i d a s virtuais para interc â m bio e cooperação entre por prof i s s i onais vi n c u l ados a REDEBLH. De s- as unidades da rede; ta forma estabeleceu-se a articulação entre a • A cultu ra: con s i derado o fator que dec i de o base te ó rica con cei tual e a aplicação pr á tica. ê x i to ou fracasso dos processos de gestão do Na terceira etapa foram utilizados princí- conhecimen to. É o re sultado da combinação pios do modelo te ó ri co EO-SECI (Ep i stem olo- dos valores organizacionais com os pessoais. gical & On tological SECI) proposto por López Aqui é determ i n a n te a história pr é via da or ga- (2002) buscando integra ç ã o, entre as dimen- nização, as regras, escritas ou não, e toda a tra- sões ep i s temológica e ontológica. Obj etivo u - s e ma de relações que envo lvem o rel acion a m en to desta forma visualizar os movimen tos do co- humano em soc i ed ade s . n h ec i m en to. Elegeu-se como campo de ob s er- Para a realização da segunda etapa partiu - vação os re sumos de trabalhos científicos pu- se da com preensão do processo de con s trução blicados nos Anais do III Co n gre s so Bra s i l ei ro de da REDEBLH e da iden tificação dos atores que Bancos de Lei te Hu m a n o (Fioc ru z , 2002). E s te nela desenvolvem atividades, descritos em Maia even to possibilitou a ex posição e o debate de (2001). Assumiu-se que os componen tes do várias mod a l i d ad de trabalhos (relatos de ex- es modelo teóri co esco l h i do, bem como as suas periências, estudos de caso, relatórios de pes- principais funções formariam o núcl eo estru- qu i s a , d i s s ertações, teses e outros) de s envo lvi- tu ra n te do Si s tema de Gestão do Con h ec i m en- do s . Nele, prof i s s i onais respon s á veis pelas mais to da Rede Nac i onal de Ba n cos de Lei te Huma- variadas atividades na Rede exercitaram, de no (SGCREDEBLH). Esta opção perm i tiu re a- forma interativa, o com p a rtilhamen to do co- lizar um diagnóstico situac i onal indicativo de nhecimento que vem sen do gerado tanto na prioridades para implantação do sistema e foi ro tina de sua prática diária como no exerc í c i o efetu ado com base em ob s ervações locais reali- da ativi d ade ac ad ê m i c a . z adas pelos autore s . Em com p l em en t a ç ã o, tra- A seguir foram utilizadas as funções de ob- balhou-se com informações ad i c i onais co l eta- s ervação e iden tificação, com ponentes do sub-
  • 9. 129 s i s te de vigilância, para classificação dos re- ma Re su l t a dos e discussão sumos publ i c ados por área tem á tica e tipo de a utori a . Esta análise proc u rou organizar inicial- No que se refere à definição do modelo teórico men te o caminho necessário à com preensão do s de Si s tema de Gestão do Con h ec i m en tofoi ado- quatro processos de conversão do con h ec i m en- tado o de s c ri topor Moore & Bo l i n ches (2001). to de s c ri tos por Nonaka & Takeu chi (1995). Os re su l t ados da etapa de diagn ó s ti cositua- Prel i m i n a rm en te , foram con s i deradas ape- cional preliminar podem ser ob s ervados na ta- nas as modalidades de socialização – conheci- bela 1. Foram considerados três dos compo- men to tácito a tácito –, que com p a rtilha os co- nen tes de um SGC já descritos, bem como a nhec i m en tos tácitos e ocorre através de semi- re a l i d ade atual da REDEBLH. Atribu iu-se a ca- nários, j orn adas e outros ti pos de reuniões en- da um dos atores con cei tos que objetivam in- tre os profissionais; e de ex ternalização – co- dicar pri ori d ades estra t é gicas no planejamento n h ec i m en totácito a ex p l í c i to –, que dispon i bi- da implantação do Sistema (Ma i a , 2004b). liza o con h ecimen to tácito ao seu entorno atra- Leva n do-se em conta os principais subsis- vés da análise e inve s ti gação de probl em a s . temas e as funções específicas de um SGC, já A classificação dos re sumos de trabalhos apre s en t adas na figura 2, bem como a iden ti f i- por área tem á tica obj etivou con tri buir para um cação dos atores participantes da REDEBLH e s tu do de base disciplinar, possibilitando asso- de s c ri tos em Maia (2004b), pode-se propor um ciações entre as modalidades de conversão do e s qu ema preliminar de estrutura funcional pa- con h ec i m en to, a m p l i a n dodesta form a , a com- ra um Sistema de Gestão do Con h ec i m en to da preensão sobre a dimensão ep i s temológica. Ne s- Rede Nac i onal de Bancos de Lei te Humano co- ta pers pectiva, as áreas tem á ticas foram iden ti- mo mostra a tabela 2. f i c adas e definidas em função de uma conver- Os espaços assinalados com X repre s en t a m gência de tendências seg u n do even tos anterio- o que é desejável e, portanto, deve ser levado res, da mesma natu re z a . Pa ra a análise também em conta, no planejamen to do SGC, ou seja, foi uti l i z ada a classificação de áreas do con h ec i- que aquele integra n te da REDEBLH exerça a men to ado t ada pelo Con s elho Nac i onal de Pe s- corre s pon den te função. quisa e Desenvo lvi m en to Tecnológi co (CNPq) É import a n te de s t acar que este desenho ini- que é a principal agência de fomento a estas cial é indicativo e re sulta do en tendimen to qu e a tivi d ades no Bra s i l . os autores, baseados em suas experiências e A classificação por perfil de autoria, i n d ivi- prática profissional na REDEBLH, possuem dual e coletiva, obj etivou iniciar o mapeamen to com relação ao tema. Desta forma ad m i te-se dos distintos níveis on to l ó gi cos a serem con s i- que, em razão da dinâmica de implantação do derados para aplicação do modelo EO – SECI SGC, ou mesmo após sua conclusão, outras f u n- propo s to por López (2002). Faz-se oportuno ções sejam desempen h adas pelos diversos ato- de s t acar que esta análise não preten deu esgo t a r res com pon en tes do Si s tema. a investigação, tanto no que diz respeito aos ele- Na etapa de simulação foi aplicado o mode- men to s , como no que tange aos movimen to s lo propo s to con forme de s c ri tona metodo l ogia, i n eren tes à plena compreensão da geração do e os resultados são apresentados na tabela 3. conhecimento na REDEBLH em suas diferentes As informações consolidadas na tabela 3 dimensões. indicam que aprox i m ad a m en te 90% dos re su- Tabela 1 E l em en tos para diagn ó s ti co situ ac i onal na REDEBLH. Atores da Rede Sede da Rede Comissões de Al eitamen to B a n cos de Lei te Com pon en tes do SGC Co l e ç ã o S A F In f ra - e s trutu ra de comu n i c a ç ã o A F F P l a t a forma de co l a boração A A F S = Su f i c i en te ; A = Necessita ampliação; F = In su f i c i en te Fon te : Maia (2004b)
  • 10. 130 Ta bela 2 Funções do sistema de gestão do con h ec i m en to. Fu n ç õ e s / In tegra n te s 1 2 3 4 5 6 Vigilância Observa r x x x x x x Identificar x x x x x Arm a zen a r x x x G eração Criar x x Ad a pt a r x x Cod i f i c a r x x Tra n s ferência Ap l i c a r x x x x x Con ectar x x x x x Com p a rtilhar x x x x x 1 – Sede da Rede , Ba n cos de Lei te Humano, Comissões de Al ei t a m en to ; 2 – Instituições Financei ra s ; 3 – Gra n des Empre s a s ; 4 – As s ociações de Cl a s s e ; 5 – Gru pos de P&D; 6 – Organizações não-governamentais. Fon te : Maia (2004b) Ta bela 3 Distri buição dos re sumos apre s en t ados no III Con gresso Brasileiro de Ba n cos de Lei te Humano por área tem á tica e ti po de autoria. Á rea Tem á ti c a Re sumos de autoria Resumos de autoria i n d ivi du a l em grupo 1. Am a m en t a ç ã o, Cu l tu ra , Ci d adania 18 59 2. Assistência à Amamentação 4 51 3. Tec n o l ogia de Al i m en tos em BLH 0 34 4. Gestão da Qualidade em BLH 1 32 5. In formação/ Comunicação em BLH 0 5 Total 23 181 Fon te : Anais do III Co n gre s so Brasilei ro de Ba n cos de Lei te Hu m a n o, 2002. mos de trabalhos têm autoria co l etiva e prova- A informação e comunicação também ed i- vel m en te mu l ti prof i s s i on a l . As áreas tem á ti c a s ficam sua su s tentação teórica nas ciências so- 1 e 2, que podem ser con s i deradas como ten do ciais aplicad a s . Contudo, nesta área, abord a- basicamente sua fundamentação nas ciências gens que probl em a ti zem as questões em er gen- da saúde e hu m a n a s , repre s entam 64% do to- tes ainda são bastante recen tes no âmbito da tal, sign i f i c a n do portanto referencial teórico REDEBLH, o que pode explicar o pequ eno nú- privilegi ado. A área de tec n o l ogia de alimen tos, mero de trabalhos iden ti f i c ado s . com sua âncora te ó rica nas ciências bi o l ó gicas A distribuição dos resumos por área temáti- e agrárias, absorve 16% da produção, com uma ca e região geográfica (tabela 4) evi dencia uma tendência predom i n a n temente qu a n titativa e gra n de con cen tração (83%) da produção cien- ex perimental, exigindo com isso maior tempo tífica nas regiões Sul e Su de s te, reproduzindo o p a ra obtenção de re su l t ados e um parque tec- também desigual quad ro soc i oecon ô m i co qu e nológico mais sof i s ticado. A área de gestão da se verifica no país. Este fato corrobora a tendên- qu a l i d ade, que por sua ve z , en con tra nas ciên- cia ob s ervada no sistema de inovação em saúde cias sociais aplicadas sua principal fon te teóri- no Brasil (Quei roz , 2002). Esta constatação cer- ca, re s ponde por 15% da produ ç ã o, demons- t a m en te deve ser cuidado s a m en te con s i derad a tra n do uma rel a tiva tendência de con s o l i d a ç ã o. para o planejamento do SCG da REDEBLH, so-
  • 11. 131 Ta bela 4 Distri buição dos re sumos apre s en t ados no III Con gresso Brasilei ro de Ba n cos de Lei te Humano por área tem á tica e região geográfica dos autores. Área Tem á ti c a / Região Su l Su deste Cen tro-Oeste Norde s te Norte Total 1. Am a m en t a ç ã o, Cu l tu ra, Ci d adania 11 52 7 6 1 77 2. Assistência à Amamentação 6 40 0 8 1 55 3. Tec n o l ogia de Al i m en tos em BLH 11 20 0 3 0 34 4. Gestão da Qualidade em BLH 5 21 2 4 1 33 5. In formação/Comunicação em BLH 0 5 0 0 0 5 Total 33 138 9 21 3 204 Fon te : Anais do III Co n gre s so Bra s i l ei ro de Ba n cos de Lei te Hu m a n o, 2002. bretu do em sua função de tra n s fer ê n c i a . Nota- matéria-prima que opera a articulação e inte- se que 91% dos trabalhos da área de tec n o l ogia gração da REDEBLH é o conhecimento. de alimen tos foram desenvolvi dos nestas re- O panorama de s c ri tivo, que foi po s s í vel de- giões. Apenas a região Su de s te vem produ z i n do limitar com a opção metodológica esco l h i d a , trabalhos em informação e comunicação. indica que o estu do do con h ec i m en to com p a r- tilhado na REDEBLH, além de sua import â n- cia como elemen to de integração ao próprio Con s i derações finais s i s tema de inovação em saúde do Brasil, é um caminho inve s ti ga tivo import a n te para a com- Os re su l t ados evidenciam que é possível e ne- preensão do seu processo de conversão e do ce s s á rio implem entar um Si s tema de Gestão do movi m en to entre seus níveis. Abre também, a Con h ec i m en to para a REDEBLH. A essência oportunidade para implem entação de análise deste sistema é a produção e apropriação do co- sistemática, reforçando a importância de um n h ec i m en to soc i a l m en te distri bu í do. E s te fun- Si s te de Gestão do Con h ec i m en to, que fac i- ma d a m en to deve ser garantido pelo trabalho em lite o acesso à inova ç ã o. É ainda sustentável rede, de modo a articular indiv í du o s , grupos e afirmar que, em opera ç ã o, o SGCREDEBLH i n s ti tuições que participam da REDEBLH. Fo- poderá auxiliar na superação da forte con cen- ram apon t ados os el em entos que po s s i bilitam a tração regional da produção de con h ec i m en to e s truturação do Sistema. de Gestão do Con h e- a qui con s t a t ada prel i m i n a rm en te . c i m en to para REDEBLH, cuja implem entação O modelo EO-SECI mostrou-se adequ ado deverá con tri buir para a iden tificação e análise para aplicação na REDEBLH. Sua utilização, da gera ç ã o, d i s tribuição e apropriação de s te co- com certeza irá contribuir, de forma efetiva, nhecimen to. Esta op ç ã o, do pon to de vista es- para estu dos futuros sobre a natu reza e o com- tratégico, sedimenta o reconhecimento de que a partilhamento do con h ec i m en to. Co l a bora dore s Referências bibl i ográficas A con cepção original do artigo bem como uma pri m ei ra Allix NM 2003. Epistemology and knowled ge manage- versão foram el a boradas por PR S Maia. Todos os autore s ment concepts and practi ce s . Journal of Knowledge p a rti c i p a ram nas revisões e na redação final do arti go. Ma n a gem ent Pra ctice. Vo lume 4. Disponível em < h t tp : / / w w w. t l a i n c . com/arti cl 4 9 . h tm>. Acesso em 1o de junho de 2003. Almeida JAG , Maia PRS & Novak FR 2004. Os bancos de Agra decimen to s l ei te humano como su porte para a redução da mor- talidade infantil – a ex periência brasileira. Anais do Os autores agradecem ao Sr. Ju a rez Rei s , que cedeu espa- 2o Congre s so Uruguayo de Lactancia Ma terna, 2004 ço e infra-estrutura propícios à realização de s te estu do. Set; Montevideo, Uruguay. Ed. Sociedad Uruguaya de Ped i a tria. Almeida JAG 2001. B re a s tfe eding: a natu re – cultu re hy- b ri d. F i oc ru z , Rio de Janei ro.
  • 12. 132 Al m eida JAG 1998. Am a m entação: repensando o pa ra d i g- do XXII Simpósio de Gestão da Inovação Tecn ol ó gi c a, m a. Tese de doutorado. In s ti tuto Fern a n des Figuei ra, 2002, 6 a 8 de novembro, Sa lvador. Ed. do Núcleo de Po- F i oc ru z , Rio de Ja n ei ro. lítica e Gestão Tecnológica, Univers i d ade de São Paulo. Ca m pos IM 1997. Ci ê n cia e tecn ol o gia pa ra a constru ç ã o Mi n ayo MCS 2002. Entre vôos de águia e passos de el e- da so ci edade da info rmação no Bra s i l. CNPq, Bra s í l i a . f a n te : caminhos da investigação na atu a l i d ade, pp. Ca s tells M 2001. A so ci edade em red e. Ed. Paz e Terra , Ri o 17-27. In MCS Mi n ayo & SF De s l a n des (orgs.). C a- de Ja n ei ro. minhos do pen s a m en to: epistem ol o gia e métod o. Fio- Fiocruz 2002. Pe s quisa e de s envo lvimento tecnológi co c ru z , Rio de Ja n ei ro. em bancos de lei te hu m a n o. Anais do III Congre s so Moore CES & Bolinches SB 2001. El desarrollo de un B ra s i l ei ro de Bancos de Lei te Hu m a n o. Fiocruz, Ri o s i s tema de ge s tión del con oc i m i en to para los insti tu- de Ja n ei ro. tos tecnológi co s . [ C D - ROM] In Memoria do 9 o S e- G i d dens A 2000. Mundo em desco n trole – o que a globa l i- m i n a rio La ti n o - Iberoa m ericano de Ge s tión Tecnológi- zação está fazendo de nós. Ed. Record , Rio de Ja n ei ro. ca In n ovación en la Economia Del Conocimiento, Kane HCM 2003. Ref raming the knowl ed ge deba te , with a o utu bro. Ed. do In s ti tuto Tecnológico da Costa Rica, little help from the Gre e k s. Sch ool of In formati on & San Jose, Costa Ri c a . Com munication Tech n o l ogies, Un ivers i ty of Pa i s l ey, Nahapiet J & Ghoshal S 1998. Social capital, i n tellectual Scotland. Vol. 1, Is sue 1 – Septem ber. capital and the or ga n i z a ti onal adva n t a ge. Ac a d em of y L a s tres HMM & Al b a gli S 1999. In fo rmação e gl obalização Managem ent Revi ew 23(2):242-266. na era do co n h e ci m en to. Ed. Ca m p u s , Rio de Ja n ei ro. Nelson R & Winter SG 1982. An evolutionary theory of Lastres HMM 2000. Ciência e tecnologia na era do co- e conomic ch a n ge. Belknap Press Cambri d ge . n h ec i m en to : um óbvio papel estra t é gi co. Rev. Pa rce- Nonaka I, Toyama R & Konno N 2001. SECI, Ba and rias Es tratégicas (9):14-21. Le adership: A unified model of dynamic knowl ed ge L ó pez PV 2001. La soc i ed ad de la inform ación en Am é ri- c re a ti on , Pa rt one. In I Nonaka & DJ Teece (orgs.). ca Latina y el Ca ri be : TICs y un nu evo marco insti- Managing industrial knowl ed ge: cre a ti o n , transfer and tucional. [ C D - Rom]. In Memoria do 9 o Seminario utilization. Sa ge Publications, Lon don . Latino-Iberoa m ericano de Ge s tión Tecn ol ó gica In n o- Nonaka I & Ta keu chi H 1995. The knowledge creating va ción en la Economia Del Co n o cimien to, 2001, outu- co m pany: how Japanese co m panies cre a te the dyn a m- bro ; Ed. do In s ti tuto Tec n o l ó gi co da Costa Ri c a , Sa n i cs of i n n ova ti o n. Ox ford Un ivers i ty Pre s s , New York. Jose, Costa Ri c a . Nonaka I 1994. A dynamic theory of or ga n i z a ti on k n owl- al López JEN, Ca s tro GM, Saez PL & Muiña FEG 2002. Un ed ge cre a ti on. Orga n i z a tion Sci ence 5(1):14-37. modelo integrado de creación y tra n s formación de Pell egrini A 2000. Ci en cia en pro de la salud. Op a s , Wa s h- conocimien to. [ C D - ROM] In Mem o ria do XXII Si m- ington. pósio de Gestão da In ovação Te cn ológica, 2002, 6 a 8 Po l a nyi M 1966. The tacit dimen s i o n.Do u bl eday, New York . de novem bro, Sa lvador. Ed. do Núcl eo de Política e Q u ei roz SRR, Bon acelli MBM, Mello DL & Jolo FS 2002. Gestão Tecnológica, Un ivers i d ade de São Paulo. O CNPq e o sistema de inovação em saúde no Brasil: Maia PRS 2004a. Gera ç ã o, difusão e apropriação do conhe- uma análise a partir dos gru pos de pe s quisa do setor ci m en to na Rede Na cional de Bancos de Leite Hu m a- s a ú de [CD-RO M ] . In Mem o ria do XXII Simpósio de n o. Tese de do utorado. In s ti tuto Fern a n des Figueira, Gestão da In ovação Tecnológi c a, 2002, 6 a 8 de no- F i oc ru z , Rio de Ja n ei ro. vembro, Sa lvador. Ed. do Núcl eo de Po l í tica e Gestão Maia PRS, Novak FR & Al m eida JAG 2004b. Bases con cei- Tecnológica, Un ivers i d ade de São Paulo. tuais da gestão do con h ecimento na Rede Nac i onal de Salazar AAP 2001. Modelo de implantación de ge s tión del Ba n cos de Lei te Humano. Rev Adm Pública 38(2):287- conocimiento y tecnologías de información para la 306. genera ción de ventajas competitivas. Dissertação de Maia PRS 2002. In ovação e gestão do con h ec i m en to na m e s trado. Dep a rtamento de In form á ti c a , Un iversi- Rede Nac i onal de Ba n cos de Lei te . [CD-ROM] In Me- d ad Técnica Federico Santa Ma ri a , Va l p a ra í s o. mória do XXII Simpósio de Gestão da Inovação Te c- Sa n chez R 2001. Knowledge management and orga n i z a- nológica, 2002, 6 a 8 de novembro, Sa lvador. Ed. do tional co m peten ce. Ox ford Un ivers i ty Pre s s , New York . Núcleo de Política e Gestão Tecnológica, Un ivers i- Spen der JC 1996. Making knowl ed ge : the basis of a dy- d ade de São Paulo. namic theory of the firm. Stra tegic Ma n a gement Maia PRS 2 001. Metodo l ogia para avaliação da aplic ação Jou rnal 17:45-62. do modelo de redes de inovação na saúde pública – Takahash T 2000. Soci edade da info rmação no Brasil : livro um estudo de caso. [CD-ROM] In Memoria do 9o verd e. M n i s t é rio da Ciência e Tec n o l ogi a , Bra s í l i a . i Seminário La tino-Iberoamericano de Ge s tión Tecn o- Valentim MLP et al. 2003. O processo de inteligência lógica In n ovación en la Economia Del Conocimien to, com petitiva em organizações. Revista de Ciência da o utu bro ; Ed. do In s ti tuto Tecnológico da Costa Ri c a , In fo rmação 4(3), jun/03. Di s pon í vel em< h t tp://www. San Jose, Costa Ri c a . dgzero. or g / ju n 0 3 / Art_03.htm>. Acesso em 4 de abril Mansell R 1998. Kn owl ed ge so cieties: info rm a tion te ch n ol- de 2005. ogy for su s t a i n a ble devel opment. Ed. Ox ford Un iver- Vi rilio P 1996. A arte do motor. Ed. Estação Liberdade , sity Press; New York. Disponível em <http : / / w w w. São Paulo. su s s ex.ac.uk/spru/ink/knowl ed ge .html>. Acesso em Zorrilla H 1997. La gerencia del co n o ci m i en to y la ge s tión 30 de março de 2005. te cn ol ó gi c a. Dissertação de mestrado. Un ivers i d ad de Ma rcon des D 2002. In i ciação à história da filosofia: dos los An de s , Bogo t á . pr é - socráticos a Wi t t gen s tei n. Jor ge Zahar Editor, Ri o de Ja n ei ro. Merino JCA, Macedo C 2002. Tra n s ferencia de conocimi- Arti go apre s en t ado em 23/07/2004 en to y redes de innovación. [ C D - ROM] In Mem o ria Aprovado em 3/03/2005 Versão final apre s en t ada em 19/04/2005