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ICCILA – INDÚSTRIA, COMÉRCIO E CONSTRUÇÕES IBAGÉ LTDA.
LAUDO GEOLÓGICO E GEOTÉCNICO
(ESTABILIDADE DE TALUDES DE ESCAVAÇÃO PARA
FUNDAÇÕES DOS AEROGERADORES)
BR-293 km 342
SANTANA DO LIVRAMENTO – RS
SETEMBRO/2012
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ÍNDICE
1. DADOS GERAIS ........................................................................................ 2
1.1. Contratante................................................................................................ 2
1.2. Objetivos.................................................................................................... 2
1.3. Metodologia ............................................................................................... 2
2. GEOMORFOLOGIA E GEOLOGIA DA ÁREA............................................ 2
2.1. GEOMORFOLOGIA................................................................................ 2
2.2. GEOLOGIA............................................................................................. 6
3. DADOS DAS SONDAGENS REALIZADAS PARA FUNDAÇÕES DOS
AEROGERADORES DOS PARQUES EÓLICOS CERRO CHATO V E CERRO
CHATO VI ............................................................................................................ 12
3.1. HISTÓRICO DE OCORRÊNCIA DE INSTABILIDADE NA ÁREA E NA
REGIÃO 3
4. CONCLUSÕES........................................................................................... 8
ANEXO I............................................................................................................... 10
ANEXO II.............................................................................................................. 11
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RELATÓRIO DE SERVIÇOS
1. DADOS GERAIS
1.1. Contratante
Os trabalhos foram contratados pela empresa ICCILA INDÚSTRIA,
COMÉRCIO E CONSTRUÇÕES IBAGÉ LTDA., com sede Rua Julio de Castilho nº.
448 sala 201, Município de Estrela.
1.2. Objetivos
O presente laudo tem por objetivo apresentar a verificação da
estabilidade dos taludes conformados a partir das escavações realizadas para as
obras das fundações dos aerogeradores, em execução, nas áreas dos parques
eólicos de Cerro Chato V e VI, no município de Santana do Livramento, RS.
1.3. Metodologia
Para alcance dos objetivos propostos foram realizadas as seguintes
atividade:
1 – levantamento de dados históricos;
2 - levantamento, compilação e análise de dados geológicos e
geomorfológicos da área e entorno;
3 – levantamento e análise de dados geológicos-geotécnicos obtidos a partir
de sondagens diversas (rotativa, SPT e trado), realizadas junto aos pontos de
locação das fundações de cada um dos aerogeradores, assim como de áreas do
entorno (campanha de sondagens anterior);.
4 – verificação de dados de campo obtidos durante as escavações das
fundações dos aerogeradores;
5 – interpretação e conclusões;
2. GEOMORFOLOGIA E GEOLOGIA DA ÁREA
2.1. GEOMORFOLOGIA
Geomorfologicamente, o local de estudo situa-se na região conhecida
como região da Campanha, unidade geomorfológica do Planalto de Uruguaiana. O
relevo desta unidade apresenta formas de relevo predominantemente planas, sub-
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horizontalizada, com suave caimento para oeste, em direção ao Rio Uruguai. A ação
fluvial é a variável mais importante da região no processo de dissecação do relevo.
A rede de drenagem é comandada pelo Rio Uruguai, além de contribuição de rios
menores, tais como Ibicuí; Quarai; Ibirapuitã; Butuí; Icamaquã; entre outros.
O local de estudo é homogêneo em termos geomorfológicos,
destacando-se apenas feições localizadas e relacionadas diretamente ao contexto
geológico local. A exemplo do Cerro dos Trindades, localizado na porção sudoeste
(SW) da área de estudo.
Foto 01. Vista geral da área de estudo. Pode-se notar um terreno homogêneo no quesito
geomorfológico. Apresenta pequenas variações suaves, salvo algumas feições localizadas
relacionadas ao contexto geológico local, com Cerro dos Trindade, ao fundo da foto.
O trecho onde se insere a área de estudo é constituído por um relevo
modelado por coxilhas amplas de amplitude média à pequena, típico de um relevo
predominando sobre litologias basálticas (figura 01).
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Figura 01. Modelo tridimensional da área de estudo (fonte Google Earth com exagero vertical.)
A partir do mapa hipsométrico da área de estudo (figura 02), pode-se
notar que a porção sudeste (SE) caracteriza-se por um relevo de altitudes mais
elevadas e a porção sudoeste (SW) caracteriza-se por altitudes mais baixas, sendo
as de menores cotas coincidindo com áreas de drenagens. Também observa-se
pequenas feições localizadas, caracterizadas por morros testemunhos (Cerro dos
Trindades).
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Figura 02. Modelo tridimensional associado ao mapa hipsométrico da área de estudo (Fonte SRTM
com exagero vertical).
As classes de declividades, de modo geral, não ultrapassam mais que
15% na presente unidade geomorfológica, sendo que no local de estudo, na sua
grande parte, ocorrem classes inferiores a 10%. Caracterizam-se assim o terreno
como um relevo suave ondulado a plano. Áreas de maior declividade coincidem com
as zonas de maior altimetria, e em áreas de cursos de drenagens, caracterizando as
margens desses corpos hídricos.
A figura 03 ilustra a legenda do mapa de declividade apresentando,
onde as cores mais quentes (amarelo e vermelho) e cores mais frias (tons de verde)
indicam zonas de maior e de menor declividade, respectivamente.
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Figura 03. Modelo tridimensional do terreno associado ao mapa de declividade da área.
2.2. GEOLOGIA
A área do Parque Eólico do Cerro Chato (Etapa I e Etapa II) insere-se
no contexto geológico da Formação Serra Geral pertencente ao Grupo São Bento -
Fácies Alegrete (Figura 04). Esta fácies caracteriza-se por derrames de composição
intermediária a ácida variando entre andesito e riolito microgranulares,
melonocráticos, aspecto sacaróide, frequentes texturas de fluxo e autobrechas no
topo e na base dos derrames.
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Figura 04 Mapa geológico simplificado da área de estudo. A litologia predominante no local é
pertencente à Formação Serra Geral – Fácies Alegrete (Mapa modificado CPRM, 2006).
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A formação Serra Geral apresenta idades desde o final do período
Jurássico até Cretáceo (cerca de 130 – 150 milhões de anos). Trata-se de uma
sucessão de derrames de lava de composição predominantemente básica
(basaltos), associados a termos mais ácidos (riolitos, riodacitos e dacitos),
geralmente observados nas cotas mais altas. São extremamente comuns nas rochas
desta formação os fraturamentos com orientação NE-SW, bem como disjunções
horizontais e verticais, decorrente de alívio de pressão e de rápido resfriamento,
respectivamente.
Devido às características da rocha verificada no local, que apresentam
zonas de disjunção tanto vertical como horizontal (esta ultima sendo a
predominante), podemos classificá-la como de meio a topo de derrame, de acordo
com a figura 05 ilustrada abaixo.
Figura 05: Seção geológica esquemática de um derrame. Modificado CPRM
(http://www.cprm.gov.br/Aparados/ap_geol_pag05.htm). O círculo em vermelho indica a
provável disposição da rocha em questão dentro do derrame principal.
A formação Serra Geral situa-se estratigraficamente entre as formações
Botucatu e Tupanciretã, de acordo com a coluna estratigráfica apresentada na Figura 06.
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Figura 06. Coluna Estratigráfica da área de inserção do projeto.
Os materiais de alteração típicos dessas litologias são argilominerais
do tipo caulinita e ilita. Os processos de oxidação são também evidenciados por
minerais como hematita e limonita. Os materiais de alteração e os óxidos podem
estar preenchendo as feições estruturais menores nessas rochas, como fraturas e
juntas, por exemplo.
Localmente, predomina afloramentos tipo lajeado, sendo raros os
afloramentos tipo corte de estrada devido ao tipo de geomorfologia local, salvo em
afloramentos artificiais como em aberturas de estradas e/ou cavas de
aerogeradores. A rocha aflorante é de cor predominante marrom na porção
superficial, passando a cinza com o aumento da profundidade. O grau de
fraturamento é alto, e tende a manter-se o mesmo com o aumento de profundidade.
A direção de fraturamento é variada com mergulhos verticais à subverticais.
As fraturas são preenchidas por materiais de alteração como argilas e
óxidos de ferro como limonitas e/ou hematitas, muitas vezes podendo ser
preenchidas por quartzo leitoso e por calcedônia. Os feldspatos calco-sódicos
alteram-se para argilas como caulinitas, que acabam sendo lixiviadas nas fraturas
por percolação de água.
Geralmente a rocha apresenta uma capa de alteração de cor
avermelhada de espessura variável. O padrão de alteração segue segundo a
direção preferencial das disjunções horizontal, essa feição pode ser observada na
forma em que a rocha se destaca, formando pequenas lascas com espessuras
variáveis.
De forma geral a rocha menos alterada apresenta cor cinza a cinza
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escura (Fotos 02 e 03), textura fanerítica muito fina a fina, equigranular, porções
vesiculares e amidalóides, por vezes brechadas, e fraturas e veios com
preenchimento total ou parcial de sílica, carbonatos e zeolitas.
Foto 02. Basalto microcristalino de
cor cinza claro (SMST06).
Foto 03. Fragmentos de basalto
microcristalino de cor cinza
claro (SMST02).
As rochas verificadas nos pontos de sondagem classificam-se como
basalto e por vezes brecha vulcânica (Fácies Alegrete), apresentando fraturas sub-
horizontais e sub-verticais, ocorrendo em algumas porções um padrão mais caótico.
As brechas vulcânicas (Fotos 04 e 05), verificadas na porção superficial
de algumas sondagens, caracterizam por um material contendo fragmentos
angulosos em matriz argilosa, de cor vermelha alaranjada, por vezes muito
fraturada. Frequente presença de amígdalas e vesículas preenchidas por sílica
amorfa e sílica cristalina, e veios e fraturas preenchidas por sílica e/ou carbonato.
12. Av. Farrapos 146, Conj. 62 Fone/Fax: (0xx51) 3226 4456 Porto Alegre/RS
Foto 04. Brecha vulcânica (SM01),
fragmentos angulosos em
matriz fina.
Foto 05. Brecha vulcânica (SM02).
Em detalhe, vesículas e
amígdalas preenchidas.
Associada a esta rocha foi verificada a ocorrência de intertrapes de
rocha arenítica da Formação Botucatu, de cor rosada a avermelhada, comumente
recristalizada no contato com o basalto, em especial na entrada do Parque Eólico
Cerro Chato, visto em perfil corte de estrada.
Devido à textura fina da rocha tonou-se difícil apresentar uma
descrição mineralógica mais apurada. De acordo com a literatura disponível sobre a
região espera-se uma mineralogia composta por plagioclásio, quartzo, piroxênio
(augita e/ou pigeonita), raras olivinas e óxidos de Fe. Para aprimorar esta descrição
é necessário realizar uma descrição petrográfica da rocha a partir de lâmina
delgada.
Como produto da alteração do corpo mineral do basalto existente na
área, verifica-se a ocorrência de uma rocha basáltica intensamente alterada (basalto
decomposto), relacionado à alteração físico-química do maciço rochoso. Este tem
sua geometria controlada pelos processos intempéricos ligados à condicionantes
geomorfológicos existentes na área de investigação.
As sondagens a trado, assim como os poços de inspeção evidenciam
um perfil de solo escasso, apresentando em média menos de 0,50 metros de
espessura.
A partir da caracterização do solo realizada através de análises
laboratoriais, pode-se classificá-lo como um solo composto predominantemente de
pedregulhos, variando de 35 % até 65%, e siltes entre 20% a até 42%.
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3. DADOS DAS SONDAGENS REALIZADAS PARA FUNDAÇÕES DOS
AEROGERADORES DOS PARQUES EÓLICOS CERRO CHATO V E CERRO
CHATO VI
Recentemente, trabalhos de sondagem realizados para a obtenção das
informações geológico-geotécnicas para subsidiarem a execução das fundações dos
aerogeradores, dos Parques Eólicos de Cerro Chato V e Cerro Chato VI (Figura 07)
evidenciam que o maciço caracteriza-se por rocha coerente a muito coerente, muito
fraturada por vezes fragmentada, com grau de condutividade hidráulica muito alto e
alteração variável, composto por brecha vulcânica e rocha basáltica.
A brecha vulcânica apresenta fragmentos angulosos em matriz fina,
fraturada, medianamente alterada, por vezes pouco alterada, frequentemente
verificada em profundidades rasas iniciais (de 0,20 a 1,40 metros) em alguns furos
de sondagens. O basalto apresenta coloração cinza claro, geralmente muito
fraturado a fragmentado, com diferentes graus de alteração; caracteriza-se por uma
rocha de textura maciça e microgranular, sua composição mineralógica provável é
constituída por quartzo, plagioclásio e piroxênio. Salienta-se que devido à textura
fina da rocha ocorrente, tonou-se difícil apresentar uma descrição mineralógica mais
apurada, para aprimorar esta descrição é necessário realizar uma descrição
petrográfica da rocha a partir de lâmina delgada. Em ambas as rochas verificaram-
se frequentemente presença de amígdalas e vesículas preenchidas por sílica amorfa
e sílica cristalina, e veios e fraturas preenchidas por sílica e/ou carbonato.
Como produto de alteração do corpo de basalto existente na área,
verifica-se a ocorrência de um solo argiloso, coeso a muito coeso, com fragmento de
rocha basáltica composto por argilominerais do tipo caulinita e ilita. Os processos de
oxidação são também evidenciados por ocorrência de minerais como hematita e
limonita. Cabe ressaltar que este solo, produto de alteração de rocha
basáltica/vulcânica, devido a sua origem, preserva parcialmente a tensão residual da
rocha mãe, o que influência fortemente em sua alta coesão e ângulo de atrito
interno.
14. Av. Farrapos 146, Conj. 62 Fone/Fax: (0xx51) 3226 4456 Porto Alegre/RS
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Figura 07. Localização dos pontos de sondagem rotativa: Cerro Chato V e Cerro Chato VI.
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Na tabela abaixo pode-se verificar o perfil de alteração da área, de
acordo com os dados das sondagens executadas.
Local Furo Profundidade (m) Perfil Alteração/Litológico
Cerro Chato V
V-01
- 0,00 - 0,40
- 0,40 – 15,15
- Solo orgânico
- Brecha vulcânica
V-02
- 0,00 - 0,15
- 0,15 – 0,40
- 0,40 – 15,10
- Solo orgânico
- Argila com pedregulhos
- Basalto
V-03
- 0,00 – 0,20
- 0,20 – 5,00
- 5,00 – 12,00
- Solo orgânico
- Brecha vulcânica
- Basalto
V-04
- 0,00 – 0,25
- 0,25 – 0,70
- 0,70 – 15,15
- Solo orgânico
- Argila com pedregulho
- Basalto
V-05
- 0,00 – 0,25
- 0,25 – 0,90
- 0,90 – 15,10
- Solo orgânico
- Argila com pedregulho
- Basalto
V-06
- 0,00 – 0,45
- 0,45 – 11,00
- Solo orgânico
- Basalto
Cerro Chato VI
VI-01
- 0,00 – 0,10
- 0,10 – 0,60
- 0,60 – 12,90
-12,90 – 15,05
- Solo orgânico
- Argila com pedregulho
- Brecha vulcânica
- Basalto
VI-02
- 0,00 – 0,15
- 0,15 – 0,70
- 0,70 – 15,20
- Solo orgânico
- Argila com pedregulho
- Basalto
VI-03
- 0,00 – 0,20
- 0,20 – 0,35
- 0,35 – 15,10
- Solo orgânico
- Argila com pedregulho
- Brecha vulcânica
VI-04
- 0,00 – 0,25
- 0,25 – 1,30
- 1,30 – 13,20
- Solo orgânico
- Argila com pedregulho
- Brecha vulcânica
16. Av. Farrapos 146, Conj. 62 Fone/Fax: (0xx51) 3226 4456 Porto Alegre/RS
VI-05
- 0,00 – 0,20
- 0,20 – 1,30
- 1,30 – 15,05
- Solo orgânico
- Argila com pedregulho
- Basalto
VI-06
- 0,00 – 0,25
- 0,25 – 1,00
- 1,00 – 11,00
- Solo orgânico
- Argila com pedregulho
- Basalto
VI-07
- 0,00 – 0,25
- 0,25 – 1,40
- 1,40 – 3,30
- 3,30 – 10,00
- Solo orgânico
- Argila com pedregulho
- Brecha vulcânica
- Basalto
VI-08
- 0,00 – 0,20
- 0,20 – 1,30
- 1,30 – 15,05
- Solo orgânico
- Argila com pedregulho
- Basalto
VI-09
- 0,00 – 0,20
- 0,20 – 0,30
- 0,30 – 15,05
- Solo orgânico
- Argila com pedregulho
- Brecha vulcânica
VI-10
- 0,00 – 0,20
- 0,20 – 1,40
- 1,40 – 15,10
- Solo orgânico
- Argila com pedregulho
- Basalto
VI-11
- 0,00 – 0,20
- 0,20 – 1,55
- 0,30 – 15,10
- Solo orgânico
- Argila com pedregulho
- Basalto
VI-12
- 0,00 – 0,30
- 0,30 – 1,20
- 1,20 – 15,10
- Solo orgânico
- Argila com pedregulho
- Basalto
De acordo com o que foi verificado na análise dos testemunhos, em
geral o perfil de alteração (0,20 a 1,40 metros de profundidade) encontrado na
área caracteriza-se por apresentar, quanto ao grau de alteração, classificação de
muito alterado a medianamente alterado. Quanto ao grau de coerência este
classifica-se como muito coerente a coerente e quanto ao grau de faturamento:
rocha fragmentada ou extremamente fraturada (Anexo – Log’s de Sondagem).
Sotoposto ao produto de alteração, considerando o pacote de rocha
até 2 metros de profundidade, observa-se a ocorrência de brecha vulcânica ou
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basalto, cujas características geotécnicas são: grau de alteração variável de rocha
muito alterada a medianamente alterada, grau de coerência de muito coerente a
friável e grau de faturamento rocha extremamente fraturada a fragmentada
(Anexo – Log’s de Sondagem).
Não foi verifica a ocorrência de nível da água do lençol freático em
nenhum dos pontos de sondagem executados, até a profundidade de pelo menos
15 metros.
3.1. HISTÓRICO DE OCORRÊNCIA DE INSTABILIDADE NA ÁREA
E NA REGIÃO
No local da obra (Cerro Chato) não houve relato de registro ou
histórico de instabilidade de taludes, em nenhuma das escavações das fundações
dos aerogeradores, seja nas etapas anteriores de construção dos Parques
Eólicos de Cerro Chato I-IV, assim como nas obras de fundação executadas até o
momento.
Dados hipsométricos obtidos para a área evidenciam um relevo
levemente ondulado a plano com altitudes baixas (item 3.1). Esse relevo quando
exposto ou recortado, devido à presença da rocha basáltica próxima a superfície
não apresenta histórico de deslizamento ou queda de talude. Mesmo em áreas
reconhecidas de pedreiras utilizadas para extração de basalto, com taludes de até
15 metros de altura, não há relatos de ocorrência de eventos de instabilidade
significativos.
3.2. MÉTODO DE ESCAVAÇÃO DAS FUNDAÇÕES DOS
AEROGERADORES
A seguir é apresentado um registro fotográfico de etapas
consecutivas de escavação e execução das fundações de alguns aerogeradores
dos Parques Eólicos de Cerro Chato V e VI, com a apresentação de informações
pertinentes à verificação dos taludes.
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Foto 05: Vista panorâmica do local de escavação para execução da fundação do aerogerador 11,
Parque Eólico Cerro Chato VI (PECC VI). Verifica-se camada de solo residual removido e taludes
laterais com inclinação suavizada em algumas porções.
Foto 06: Vista panorâmica do local de escavação para execução da fundação do aerogerador 6,
Parque Eólico Cerro Chato V (PECC V). Verifica-se camada de solo residual removido, até a
superfície da rocha alterada e taludes laterais com inclinação suavizada em algumas porções e
sem inclinação negativa.
19. Av. Farrapos 146, Conj. 62 Fone/Fax: (0xx51) 3226 4456 Porto Alegre/RS
Foto 07: Vista panorâmica do local de escavação para execução da fundação do aerogerador 5,
Parque Eólico Cerro Chato VI (PECC VI). Verifica-se camada de solo residual removido, sendo
realizada a remoção da camada de rocha alterada com rompedor hidráulico, taludes laterais com
inclinação suavizada em algumas porções e sem inclinação negativa.
Foto 08: Vista panorâmica do local de escavação para execução da fundação do aerogerador 6,
Parque Eólico Cerro Chato VI (PECC VI). Verifica-se camada de solo residual sendo removida,
inclusive manualmente, para a regularização do leito da área escavada, taludes laterais com
inclinação suavizada em algumas porções e sem inclinação negativa.
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Foto 09: Vista panorâmica do local de escavação para execução da fundação do aerogerador 7,
Parque Eólico Cerro Chato VI (PECC VI). Verifica-se camada de solo residual completamente
removida, com detalhe para o equipamento utilizado para remoção manual da rocha alterada,
taludes laterais com inclinação suavizada, sem inclinação negativa, distantes da área com a
armação para concretagem de nivelamento do leito para fundação.
Foto 10: Vista panorâmica do local de escavação e execução da fundação do aerogerador 2,
Parque Eólico Cerro Chato VI (PECC VI), com concretagem de nivelamento do leito para fundação
e taludes laterais.
21. Av. Farrapos 146, Conj. 62 Fone/Fax: (0xx51) 3226 4456 Porto Alegre/RS
Foto 10: Vista panorâmica do local de escavação e execução da fundação do aerogerador 1,
Parque Eólico Cerro Chato V (PECC V), com fundação sendo finalizada e taludes laterais com
inclinação suavizada.
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4. CONCLUSÕES
O perfil de alteração geral observado nas escavações junto às fundações,
dos Parques Eólicos Cerro Chato V e Cerro Chato VI, caracteriza-se por
uma camada estreita de solo orgânico com até 0,50 m de profundidade,
seguido de um solo de alteração de rocha basáltica com espessura de 0,20
m até no máximo 1,40 m, sobreposto ora sobre brecha vulcânica
(“basáltica”) ora sobre basalto fraturado, ambos, pouco alterados a sãos;
O solo de alteração de rocha apresenta-se muito coeso a coeso, devido à
preservação parcial da tensão residual do maciço rochoso (rocha mãe), o
que determina um elevado ângulo de atrito interno, conforme pode ser
observado nas fotografias das escavações ilustradas acima;
Em nenhum dos pontos de sondagem executados e analisados, foi
observada a ocorrência de nível do lençol freático acima da cota de base
das escavações das fundações dos aerogeradores, não havendo a
influência significativa de poro-pressão junto a face dos taludes;
Os parâmetros geotécnicos analisados nos testemunhos de sondagem,
evidenciam que as rochas que compõem os taludes das escavações das
fundações apresentam, entre 0,0 e 2 metros de profundidade: coerência
variando de muito coerente a coerente, grau de alteração variável (de solo
residual a rocha sã) e grau de faturamento de fraturado a extremamente
fraturado;
Não há no local ou na região, relatos e dados significativos de eventos
relacionados à instabilidade de taludes, seja nas escavações das
fundações de diversos aerogeradores implantados em etapas anteriores do
Parque Eólico de Cerro Chato, assim como em outras áreas, inclusive de
mineração de rocha basáltica, com taludes cortados com alturas muito
mais significativas que as das fundações dos aerogeradores;
23. Av. Farrapos 146, Conj. 62 Fone/Fax: (0xx51) 3226 4456 Porto Alegre/RS
Não foram verificadas escavações conformando taludes, com ângulos de
inclinação, significativamente negativos, sendo evidenciado em grande
parte das escavações, taludes com uma inclinação levemente suavizada,
compatível com a coesão e consequente ângulo de atrito interno do solo de
alteração de rocha basáltica descrito, que preserva parcialmente a tensão
residual da rocha mãe;
Conforme o descrito e analisado acima fica evidenciado o risco
insignificante a praticamente nulo, de ocorrência de evento de instabilidade
junto aos taludes das escavações das fundações dos aerogeradores dos
Parques Eólicos de Cerro Chato V e VI (taludes com até 2,00 metros de
altura),
Assina este Relatório
Eduardo Centeno Broll Carvalho
Geol. CREA-RS n. 128.474 – D
Porto Alegre, 13 de setembro de 2012.
24. Av. Farrapos 146, Conj. 62 Fone/Fax: (0xx51) 3226 4456 Porto Alegre/RS
ANEXO I
ART
25. Av. Farrapos 146, Conj. 62 Fone/Fax: (0xx51) 3226 4456 Porto Alegre/RS
ANEXO II
BOLETINS DE SONDAGEM