O documento discute a importância da educação dos sentidos e da visão na educação. O autor defende que o papel central da educação é ensinar crianças a ver o mundo com olhos encantados, observando detalhes e belezas que muitos adultos deixam de notar. Ele critica a ênfase excessiva da escola na memorização de palavras em detrimento da observação da realidade por trás delas.
2. “Educar é mostrar a vida
a quem ainda não a viu.
O educador diz: “Veja!”
- e, ao falar, aponta. O aluno olha na
direção apontada e
vê o que nunca viu.
Seu mundo
se expande.
Ele fica mais
rico interiormente...”
3. “E, ficando mais rico
interiormente, ele
pode sentir mais alegria
e dar mais alegria -
que é a razão pela
qual vivemos.”
Rubem Alves
4. “Já li muitos livros sobre
psicologia da educação, sociologia da
educação, filosofia da educação –
mas, por mais que me esforce,
não consigo me lembrar de qualquer
referência à educação do olhar ou à
importância do olhar na educação,
em qualquer deles.”
Rubem Alves
12. “Quero ensinar as crianças.
Elas ainda têm
olhos encantados.
Seus olhos são
dotados daquela
qualidade que,
para os gregos,
era o início do
pensamento:...”
14. “Para as crianças,
tudo é espantoso:
um ovo, uma minhoca,
uma concha de caramujo,
o vôo dos urubus,
os pulos dos gafanhotos,
uma pipa no céu,
um pião na terra.
Coisas que os
eruditos não vêem.”
Rubem Alves
18. “Parece que, naquele
tempo, as escolas
estavam mais
preocupadas em fazer
com que os alunos
decorassem palavras
que com a realidade
para a qual
elas apontam.”
19. “As palavras só têm sentido se nos
ajudam a ver o mundo melhor.
Aprendemos palavras
para melhorar os olhos.”
Rubem Alves
20. “As palavras só têm sentido se nos
ajudam a ver o mundo melhor.
Aprendemos palavras
para melhorar os olhos.”
Rubem Alves
“Aprendemos palavras para melhorar os olhos.”
32. Rubem Alves – Nasceu em 15 de
setembro de 1933, em Boa Esperança,
Minas Gerais.
Mestre em Teologia, Doutor em Filosofia,
psicanalista e professor emérito da
Unicamp. Tem três filhos e cinco netas.
Poeta, cronista do cotidiano, contador
de histórias, um dos mais admirados e
respeitados intelectuais do Brasil.
33. Ama a simplicidade
Ama a ociosidade criativa
Ama a vida, a beleza e a poesia
Ama as coisas que dão alegria
Ama a natureza e a reverência
pela vida
Ama os mistérios
34. Ama a educação como fonte de
esperança e transformação
Ama todas as pessoas, mas
tem um carinho muito especial
pelos alunos e professores
Ama Deus, mas tem sérios
problemas com o que as pessoas
pensam e/ou dizem a Seu respeito
35. Ama as crianças e os filósofos –
ambos têm algo em comum:
Ama, ama, ama, ama...
fazer perguntas
36. Ama, ama, ama, ama...
Ama as crianças e os filósofos –
ambos têm algo em comum:
fazer perguntas
37. “As crianças não têm
idéias religiosas, mas têm
experiências místicas.
Experiência mística
não é ver seres de
um outro mundo.
É ver este mundo
iluminado pela beleza.”
Rubem Alves