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AVALIAÇÃO ZOOTÉCNICA E
FUNCIONAL EM GADO DE CORTE
Redenção – PA
2017.1
Faculdade de Ensino Superior
da Amazônia Reunida
Profº - Roberto Gebe Abreu
Dissentes - Débora Mendes, Djalma Oliveira, Erikson Bernardo, Jean Soares,
Marco Aurélio e Mikeli Fabiane.
INTRODUÇÃO
Processos produtivos em gado de corte interação.
G + A
Produção ligada harmonia;
Seleção de gado organismos vivos produto final;
Gestores otimizar a relação de troca do animal vs ambiente;
Flexibilidade genética raças bovinas de corte interage de
diferentes maneiras com o meio;
Desafio para o selecionador tomada de decisão modelo
adequado para o seu sistema de produção.
BRAVONNELORE
Ferramentas de alta precisão matemática- estatística precisão
do valor genético do indivíduo determinadas características;
 Nem todas as características podem ser medidas nos animais.
 Relação custo × benefício desfavorável;
Impossibilidade de medi-las não tem um instrumento a
harmonia do conjunto do corpo do animal;
Avaliação visual indispensável na seleção;
Inicio da domesticação - F.A. atende características desejadas;
PRECOCES TARDIOS
Um selecionador com a capacidade de integrar informações chega
à conclusão de que na seleção de machos a circunferência escrotal
PREPARANDO-SE PARA SER UM
AVALIADOR
é realmente importante ela está
relacionada a uma melhor
espermatogênese e a geração de
filhos com melhor performance
reprodutiva, tanto os machos
quanto as fêmeas;
O conhecimento é formado por
inúmeras relações de causa e efeito
não lineares;
Conjunção muito peculiar de análises críticas fundamentadas em
bases científicas (parte objetiva) e a capacidade preditiva bem como
de inferência do selecionador para prever situações futuras ou
imaginadas (parte subjetiva).
O selecionador encontrar o equilíbrio perfeito entre o rigor científico
e sua percepção pessoal da situação talentoso, diferenciado e
capaz.
William Koury Filho,
Zootecnista formado pela
UNIMAR (1994), com
mestrado pela USP (2000),
especialista em Julgamento
de Zebuínos pela FAZU
(2001), e doutorado pela
UNESP (2005). Jurado
efetivo de zebuínos e
taurinos, ministrou aulas,
treinamentos, cursos e
palestras em instituições de
ensino superior, órgãos de
pesquisa e fazendas no
Brasil e exterior.
UTILIZANDO AS AVALIAÇÕES VISUAIS
Com o que estamos trabalhando na seleção?
Como estamos frente a um ser vivo, é necessário ainda que os
animais apresentem sinais claros de vigor e mobilidade, indicando-
nos claramente seu valor adaptativo;
• Conhecer o comportamento genético de cada uma das
características que está considerando dando a cada uma
delas a devida importância no contexto de melhoramento
genético;
• Remover o desconhecido e aproximar sua decisão, tanto quanto
possível, de resultados que conduzam a uma estabilidade e
segurança científicas.
NOÇÕES DE EXTERIOR APLICADAS
AOS BOVINOS
Para selecionar um animal e classificá-lo de acordo com a definição
de raça ou com a sua finalidade zootécnica:
conhecimento das características da
raça
conceito amplo do exterior desse
animal
APRUMOS
ASPECTOS TIDOS COMO DEFINIDORES
DE RAÇA
INDICADORES FENOTÍPICOS DE
FERTILIDADE
Aspectos que merecem uma discussão mais específica para as
avaliações visuais
• Refere-se à condição normal dos quatro membros que sustentam
os animais;
APRUMOS
Importância: condições brasileiras de criação extensiva,
notadamente no caso dos zebuínos.
Percorrer grandes distâncias à procura de alimentos e água;
Aspecto de impulsão e sustentação durante o coito (monta).
• Aprumos defeituosos / fracos: desempenho produtivo
e reprodutivo
• Do ponto de vista da SELEÇÃO eliminados do
rebanho
• Mesmo sendo defeitos adquiridos por manejo nutricional
inadequado, geralmente excessivo, ou por traumatismos,
defeitos de aprumos devem ser penalizados pelo prejuízo
que eles causam ao animal.
Avaliação dos membros dianteiros com o animal em
movimento:
 É importante que as pernas se movam em
direção reta para frente e que os cascos sejam
do mesmo tamanho, escuros e fortes.
 As pernas devem ser bem afastadas, o que
determina boa amplitude torácica.
Têm um grande valor de mercado e um considerável impacto
econômico
ASPECTOS
RACIAIS
- Espera-se que indivíduos que apresentem as mesmas
características (fenótipo) venham a apresentar comportamento
produtivo semelhante.
Indivíduos de uma mesma raça apresentam
probabilidade de ter um número de genes em comum
do que a média da população geral daquela espécie.
Raça passa a ser um componente
importante no processo de escolha.
• A reprodução envolve uma série de eventos na vida do animal, nem
sempre fáceis de serem identificados e qualificados
adequadamente.
• Por outro lado, é indiscutível o impacto econômico que a
reprodução tem sobre um rebanho, sendo considerada pelos
melhoristas a característica mais importante do ponto de vista
econômico da seleção.
• Rebanhos com alto desempenho reprodutivo (sendo aí
consideradas a precocidade sexual e longevidade produtiva de
machos e fêmeas) têm muito mais capacidade de troca com o
mercado e apresentam respostas à seleção muito superiores à de
rebanhos medíocres em reprodução.
CARACTERÍSTICAS
REPRODUTIVAS
Nas avaliações visuais de machos, o volume e a forma dos
testículos são indicadores bastante utilizados. E, de fato, o
perímetro escrotal tem sido eleito também, com justificada razão,
uma característica muito importante em programas de seleção: é
de fácil mensuração, apresenta respostas diretas e correlacionadas
favoráveis e herdabilidade moderadamente alta.
TAMANHO DOS TESTÍCULOS:
idade à puberdade das futuras
filhas do touro
CRESCIMENTO DOS
TESTÍCULOS:
está associado ao peso corporal
NA FASE DE INÍCIO DA
PUBERDADE SEU
CRESCIMENTO = funções
hormonais ( TESTOSTERONA)
12 aos 18
meses
Existem também aspectos de exterior dos bovinos relacionados à
fertilidade, muito embora a maioria dos estudos científicos trabalhe
os aspectos de fertilidade usando características mensuráveis
como:
A idade a puberdade;
Idade ao primeiro parto;
Índice de prenhez;
Perímetro escrotal;
Avaliação do ejaculado, entre outras.
FÊMEAS
ESQUELETO:
O crescimento dos ossos persiste por mais tempo nos animais
subférteis quando comparados com animais sexualmente mais
precoces;
A ossificação das epífises está ligada à ocorrência de hormônios
na circulação sanguínea, o que coincide com a puberdade;
 Vacas de estatura elevada, em relação à média da raça,
traduzem-se em vacas menos férteis ou mais tardias;
Paletas pesadas, pouco articuladas ao tórax, recobertas por
massas musculares possantes, dão à fêmea um aspecto leonino,
totalmente indesejável;
Quando visto de lado, o perfil do corpo de uma fêmea deve
apresentar quartos traseiros profundos na altura do flanco, e
quartos dianteiros leves, sem proeminência da maçã do peito
PELO E COURO:
 Os pelos nas fêmeas devem ser sedosos e cheios de vida
em contraposição a pelos opacos, secos e grosseiros.
FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DOS MÚSCULOS:
Novilhas ou vacas subférteis apresentam pescoço bem
musculado, paleta com musculatura evidente que impede
a visualização de seu encaixe ao tórax e coxas com muita
definição muscular;
COMPORTAMENTO E TEMPERATURA:
O temperamento mais ativo e, às vezes, bravio dos animais merece
bastante atenção na seleção;
Em geral, são vacas de baixa habilidade maternal e que produzem
pouco leite;
MACHOS
ESQUELETO:
O touro subfértil tem perfil do corpo muito semelhante ao do animal
castrado.
PELO E COURO:
O escurecimento dos pelos, especialmente no pescoço, no alto da
canela, parte inferior da paleta e na parte baixa da coxa, acima do
jarrete, é condicionado por andró- genos secretados pelo córtex da
suprarrenal; são sinais da libido do reprodutor, podendo ser
associados a resultados de exames andrológicos, quando
disponíveis.
DEPOSIÇÃO DE GORDURA:
Touros com formação de maneios (gordura localizada) semelhantes
aos de boi velho e de vacas estéreis são, na maioria das vezes,
consequências de superalimentação;
DESENVOLVIMENTO MUSCULAR:
Ao contrário das fêmeas, os músculos nos touros devem ser bem
desenvolvidos, apresentando claras definições;
 Fortes massas musculares devem recobrir a paleta, o dorso-
lombo, a garupa e as coxas.
AVALIAÇÕES VISUAIS COMO
REGULADORAS DA SELEÇÃO
Sistema de avaliação visual :
critério auxiliar e complementar
Gado de corte :
Seleção para peso e tamanho
Crescimento
Produtividade nas Regiões tropicais tem consequência;
grupos de fatores
genéticos:
Potencial De Produção
Adaptação
O consenso da literatura afirma que animais de grande porte
podem ser mais eficientes em ambientes com fartura de
alimentos;
Com restrições ,principalmente nutricionais, devem ser preferidos
os de porte médio, ou até pequeno;
Qual a Estratégia ?
Indivíduos equilibrado
• A musculatura pode variar sem grandes modificações na estrutura
óssea ou no tamanho dos animais;
• Seleção para aumento das porções comestíveis da carcaça
aumento do tamanho adulto.
OBJETIVO Avaliação visual de diferentes tipos morfológicos
e identificar os animais que, nas condições viáveis de criação e em
consonância com o mercado consumidor , cumpram seu objetivo
eficientemente e em menos tempo;
METODOLOGIA PARA APLICAÇÃO
DO EPMURAS
 Programas de melhoramento desmama e sobreano 18
meses;
 Animais tenham idades próximas mesmas oportunidades de
manejo alimentar e sanitário;
 Contemporâneos
E, P, M, U, R, A, S
O olho humano ainda é uma ferramenta indispensável na avaliação
animal.
 critério de compra;
 descartes de animais;
acasalamentos dirigidos;
concessão de registro
genealógico;
 julgamentos nas pistas de
exposições.
PRECOCIDADE:
Nesta avaliação as maiores notas recaem sobre animais de maior
profundidade de costela em relação a altura de seus membros;
MUSCULATURA:
Avaliado através da evidencia das massas musculares;
UMBIGO:
Avaliada a partir de uma referencia do tamanho e do
posicionamento do umbigo, bainha e prepúcio;
RAÇA:
Todos os itens previstos nos padrões raciais;
APRUMOS:
São avaliados através das proporções, direções angulações e
articulações dos membros anteriores e posteriores;
SEXUALIDADE:
Busca masculinidade nos machos e feminilidade nas fêmeas;
COMO PROCEDER A AVALIAÇÃO
A avaliação visual de um determinado lote de animais que formem
grupos de contemporâneos deve seguir as recomendações
seguintes:
Subdividir os lotes em grupos com no máximo 30 dias de diferença
de idade do mais novo para o mais velho;
Ter claramente a definição para cada uma das características que
serão avaliadas;
Observar o lote e identificar os animais médios para cada uma das
características em questão, pois esse será o parâmetro comparativo
para se identificar a cabeceira e o fundo do grupo;
Ser realizada pelo(s) mesmo(s) avaliador(es) em um determinado
lote e momento;
Avaliar os animais sob um mesmo local ou campo de visão;
Não considerar dados de desempenho do animal;
 Não considerar dados de desempenho dos seus genitores;
Não considerar o pedigree do animal;
Ser rápida e precisa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A seleção funcional em gado de corte envolve diferentes
competências para atender a todos os requisitos que podem ter
impacto econômico na produção;
Para um grupo importante de características economicamente
relevantes, existem ferramentas que permitem sua mensuração de
forma objetiva:
Peso dos animais;
Perímetro escrotal;
Amplitude torácica;
Espessura de gordura;
Altura.
 Para outras características, igualmente importantes, não dispomos
de instrumentos objetivos;
Percepção visual humana é recomendada.
Para que essa seleção visual complemente e agregue, valor junto à
seleção objetiva, é necessário observar alguns critérios.
Capacidade do avaliador em captar e discernir as diferenças
visuais existentes entre os animais e a aplicação do método em
grupos de indivíduos que formem grupos de contemporâneos, o
que permite atribuir às diferenças observadas um razoável – ainda
que não totalmente preciso – correspondente valor genético.
Todo animal deixa vestígios do que ele foi.
Só o homem deixa vestígios do que ele criou [...]
O homem não é uma figura na paisagem.
Ele é um modelador da paisagem.
JACOB BRONOWSKI. The ascent of man (1973).
OBRIGADO (A) !

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  • 1. AVALIAÇÃO ZOOTÉCNICA E FUNCIONAL EM GADO DE CORTE Redenção – PA 2017.1 Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida Profº - Roberto Gebe Abreu Dissentes - Débora Mendes, Djalma Oliveira, Erikson Bernardo, Jean Soares, Marco Aurélio e Mikeli Fabiane.
  • 2. INTRODUÇÃO Processos produtivos em gado de corte interação. G + A Produção ligada harmonia; Seleção de gado organismos vivos produto final;
  • 3. Gestores otimizar a relação de troca do animal vs ambiente; Flexibilidade genética raças bovinas de corte interage de diferentes maneiras com o meio; Desafio para o selecionador tomada de decisão modelo adequado para o seu sistema de produção. BRAVONNELORE
  • 4. Ferramentas de alta precisão matemática- estatística precisão do valor genético do indivíduo determinadas características;  Nem todas as características podem ser medidas nos animais.  Relação custo × benefício desfavorável; Impossibilidade de medi-las não tem um instrumento a harmonia do conjunto do corpo do animal; Avaliação visual indispensável na seleção; Inicio da domesticação - F.A. atende características desejadas;
  • 6. Um selecionador com a capacidade de integrar informações chega à conclusão de que na seleção de machos a circunferência escrotal PREPARANDO-SE PARA SER UM AVALIADOR é realmente importante ela está relacionada a uma melhor espermatogênese e a geração de filhos com melhor performance reprodutiva, tanto os machos quanto as fêmeas; O conhecimento é formado por inúmeras relações de causa e efeito não lineares;
  • 7. Conjunção muito peculiar de análises críticas fundamentadas em bases científicas (parte objetiva) e a capacidade preditiva bem como de inferência do selecionador para prever situações futuras ou imaginadas (parte subjetiva). O selecionador encontrar o equilíbrio perfeito entre o rigor científico e sua percepção pessoal da situação talentoso, diferenciado e capaz.
  • 8. William Koury Filho, Zootecnista formado pela UNIMAR (1994), com mestrado pela USP (2000), especialista em Julgamento de Zebuínos pela FAZU (2001), e doutorado pela UNESP (2005). Jurado efetivo de zebuínos e taurinos, ministrou aulas, treinamentos, cursos e palestras em instituições de ensino superior, órgãos de pesquisa e fazendas no Brasil e exterior.
  • 9. UTILIZANDO AS AVALIAÇÕES VISUAIS Com o que estamos trabalhando na seleção?
  • 10. Como estamos frente a um ser vivo, é necessário ainda que os animais apresentem sinais claros de vigor e mobilidade, indicando- nos claramente seu valor adaptativo;
  • 11. • Conhecer o comportamento genético de cada uma das características que está considerando dando a cada uma delas a devida importância no contexto de melhoramento genético; • Remover o desconhecido e aproximar sua decisão, tanto quanto possível, de resultados que conduzam a uma estabilidade e segurança científicas.
  • 12. NOÇÕES DE EXTERIOR APLICADAS AOS BOVINOS
  • 13. Para selecionar um animal e classificá-lo de acordo com a definição de raça ou com a sua finalidade zootécnica: conhecimento das características da raça conceito amplo do exterior desse animal APRUMOS ASPECTOS TIDOS COMO DEFINIDORES DE RAÇA INDICADORES FENOTÍPICOS DE FERTILIDADE Aspectos que merecem uma discussão mais específica para as avaliações visuais
  • 14. • Refere-se à condição normal dos quatro membros que sustentam os animais; APRUMOS Importância: condições brasileiras de criação extensiva, notadamente no caso dos zebuínos. Percorrer grandes distâncias à procura de alimentos e água; Aspecto de impulsão e sustentação durante o coito (monta). • Aprumos defeituosos / fracos: desempenho produtivo e reprodutivo • Do ponto de vista da SELEÇÃO eliminados do rebanho
  • 15. • Mesmo sendo defeitos adquiridos por manejo nutricional inadequado, geralmente excessivo, ou por traumatismos, defeitos de aprumos devem ser penalizados pelo prejuízo que eles causam ao animal. Avaliação dos membros dianteiros com o animal em movimento:  É importante que as pernas se movam em direção reta para frente e que os cascos sejam do mesmo tamanho, escuros e fortes.  As pernas devem ser bem afastadas, o que determina boa amplitude torácica.
  • 16. Têm um grande valor de mercado e um considerável impacto econômico ASPECTOS RACIAIS - Espera-se que indivíduos que apresentem as mesmas características (fenótipo) venham a apresentar comportamento produtivo semelhante. Indivíduos de uma mesma raça apresentam probabilidade de ter um número de genes em comum do que a média da população geral daquela espécie. Raça passa a ser um componente importante no processo de escolha.
  • 17. • A reprodução envolve uma série de eventos na vida do animal, nem sempre fáceis de serem identificados e qualificados adequadamente. • Por outro lado, é indiscutível o impacto econômico que a reprodução tem sobre um rebanho, sendo considerada pelos melhoristas a característica mais importante do ponto de vista econômico da seleção. • Rebanhos com alto desempenho reprodutivo (sendo aí consideradas a precocidade sexual e longevidade produtiva de machos e fêmeas) têm muito mais capacidade de troca com o mercado e apresentam respostas à seleção muito superiores à de rebanhos medíocres em reprodução. CARACTERÍSTICAS REPRODUTIVAS
  • 18. Nas avaliações visuais de machos, o volume e a forma dos testículos são indicadores bastante utilizados. E, de fato, o perímetro escrotal tem sido eleito também, com justificada razão, uma característica muito importante em programas de seleção: é de fácil mensuração, apresenta respostas diretas e correlacionadas favoráveis e herdabilidade moderadamente alta. TAMANHO DOS TESTÍCULOS: idade à puberdade das futuras filhas do touro CRESCIMENTO DOS TESTÍCULOS: está associado ao peso corporal NA FASE DE INÍCIO DA PUBERDADE SEU CRESCIMENTO = funções hormonais ( TESTOSTERONA) 12 aos 18 meses
  • 19. Existem também aspectos de exterior dos bovinos relacionados à fertilidade, muito embora a maioria dos estudos científicos trabalhe os aspectos de fertilidade usando características mensuráveis como: A idade a puberdade; Idade ao primeiro parto; Índice de prenhez; Perímetro escrotal; Avaliação do ejaculado, entre outras.
  • 20. FÊMEAS ESQUELETO: O crescimento dos ossos persiste por mais tempo nos animais subférteis quando comparados com animais sexualmente mais precoces; A ossificação das epífises está ligada à ocorrência de hormônios na circulação sanguínea, o que coincide com a puberdade;  Vacas de estatura elevada, em relação à média da raça, traduzem-se em vacas menos férteis ou mais tardias;
  • 21. Paletas pesadas, pouco articuladas ao tórax, recobertas por massas musculares possantes, dão à fêmea um aspecto leonino, totalmente indesejável;
  • 22. Quando visto de lado, o perfil do corpo de uma fêmea deve apresentar quartos traseiros profundos na altura do flanco, e quartos dianteiros leves, sem proeminência da maçã do peito
  • 23. PELO E COURO:  Os pelos nas fêmeas devem ser sedosos e cheios de vida em contraposição a pelos opacos, secos e grosseiros.
  • 24. FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DOS MÚSCULOS: Novilhas ou vacas subférteis apresentam pescoço bem musculado, paleta com musculatura evidente que impede a visualização de seu encaixe ao tórax e coxas com muita definição muscular;
  • 25. COMPORTAMENTO E TEMPERATURA: O temperamento mais ativo e, às vezes, bravio dos animais merece bastante atenção na seleção; Em geral, são vacas de baixa habilidade maternal e que produzem pouco leite;
  • 26. MACHOS ESQUELETO: O touro subfértil tem perfil do corpo muito semelhante ao do animal castrado.
  • 27. PELO E COURO: O escurecimento dos pelos, especialmente no pescoço, no alto da canela, parte inferior da paleta e na parte baixa da coxa, acima do jarrete, é condicionado por andró- genos secretados pelo córtex da suprarrenal; são sinais da libido do reprodutor, podendo ser associados a resultados de exames andrológicos, quando disponíveis.
  • 28. DEPOSIÇÃO DE GORDURA: Touros com formação de maneios (gordura localizada) semelhantes aos de boi velho e de vacas estéreis são, na maioria das vezes, consequências de superalimentação;
  • 29. DESENVOLVIMENTO MUSCULAR: Ao contrário das fêmeas, os músculos nos touros devem ser bem desenvolvidos, apresentando claras definições;  Fortes massas musculares devem recobrir a paleta, o dorso- lombo, a garupa e as coxas.
  • 30. AVALIAÇÕES VISUAIS COMO REGULADORAS DA SELEÇÃO Sistema de avaliação visual : critério auxiliar e complementar Gado de corte : Seleção para peso e tamanho Crescimento
  • 31. Produtividade nas Regiões tropicais tem consequência; grupos de fatores genéticos: Potencial De Produção Adaptação
  • 32. O consenso da literatura afirma que animais de grande porte podem ser mais eficientes em ambientes com fartura de alimentos; Com restrições ,principalmente nutricionais, devem ser preferidos os de porte médio, ou até pequeno; Qual a Estratégia ? Indivíduos equilibrado
  • 33. • A musculatura pode variar sem grandes modificações na estrutura óssea ou no tamanho dos animais; • Seleção para aumento das porções comestíveis da carcaça aumento do tamanho adulto.
  • 34. OBJETIVO Avaliação visual de diferentes tipos morfológicos e identificar os animais que, nas condições viáveis de criação e em consonância com o mercado consumidor , cumpram seu objetivo eficientemente e em menos tempo;
  • 35. METODOLOGIA PARA APLICAÇÃO DO EPMURAS  Programas de melhoramento desmama e sobreano 18 meses;  Animais tenham idades próximas mesmas oportunidades de manejo alimentar e sanitário;  Contemporâneos E, P, M, U, R, A, S
  • 36. O olho humano ainda é uma ferramenta indispensável na avaliação animal.  critério de compra;  descartes de animais; acasalamentos dirigidos; concessão de registro genealógico;  julgamentos nas pistas de exposições.
  • 37.
  • 38. PRECOCIDADE: Nesta avaliação as maiores notas recaem sobre animais de maior profundidade de costela em relação a altura de seus membros;
  • 39. MUSCULATURA: Avaliado através da evidencia das massas musculares;
  • 40. UMBIGO: Avaliada a partir de uma referencia do tamanho e do posicionamento do umbigo, bainha e prepúcio;
  • 41. RAÇA: Todos os itens previstos nos padrões raciais;
  • 42. APRUMOS: São avaliados através das proporções, direções angulações e articulações dos membros anteriores e posteriores;
  • 43. SEXUALIDADE: Busca masculinidade nos machos e feminilidade nas fêmeas;
  • 44.
  • 45. COMO PROCEDER A AVALIAÇÃO A avaliação visual de um determinado lote de animais que formem grupos de contemporâneos deve seguir as recomendações seguintes: Subdividir os lotes em grupos com no máximo 30 dias de diferença de idade do mais novo para o mais velho;
  • 46. Ter claramente a definição para cada uma das características que serão avaliadas;
  • 47. Observar o lote e identificar os animais médios para cada uma das características em questão, pois esse será o parâmetro comparativo para se identificar a cabeceira e o fundo do grupo;
  • 48. Ser realizada pelo(s) mesmo(s) avaliador(es) em um determinado lote e momento;
  • 49. Avaliar os animais sob um mesmo local ou campo de visão;
  • 50. Não considerar dados de desempenho do animal;  Não considerar dados de desempenho dos seus genitores; Não considerar o pedigree do animal; Ser rápida e precisa.
  • 51. CONSIDERAÇÕES FINAIS A seleção funcional em gado de corte envolve diferentes competências para atender a todos os requisitos que podem ter impacto econômico na produção; Para um grupo importante de características economicamente relevantes, existem ferramentas que permitem sua mensuração de forma objetiva: Peso dos animais; Perímetro escrotal; Amplitude torácica; Espessura de gordura; Altura.
  • 52.  Para outras características, igualmente importantes, não dispomos de instrumentos objetivos; Percepção visual humana é recomendada.
  • 53. Para que essa seleção visual complemente e agregue, valor junto à seleção objetiva, é necessário observar alguns critérios. Capacidade do avaliador em captar e discernir as diferenças visuais existentes entre os animais e a aplicação do método em grupos de indivíduos que formem grupos de contemporâneos, o que permite atribuir às diferenças observadas um razoável – ainda que não totalmente preciso – correspondente valor genético.
  • 54. Todo animal deixa vestígios do que ele foi. Só o homem deixa vestígios do que ele criou [...] O homem não é uma figura na paisagem. Ele é um modelador da paisagem. JACOB BRONOWSKI. The ascent of man (1973).