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A VONTADE DE DEUS
A vontade de Deus aqui se usa para abarcar o seguinte: (1) A faculdade de Deus auto -determinar-se e escolher. (2) A
preferência inerente de Deus. (3) O propósito e plano de Deus.
I. QUALIDADES DA VONTADE DE DEUS
1. LIBERDA DE.
Liberdade da vontade, quer de Deus, anjos ou homens, significa que a vontade não está constrangida por qualquer
coisa fora da natureza do ser que a possui. M as não quer dizer que a vontade pode agir independente do ou contrário
ao caráter desse ser. Na operação da vontade temos simplesmente um ser moral preferindo, escolhendo e
determinando cursos de ação em vista de motivos. O s motivos influenciam, mas não constrangem a vontade. A energia
relativa dos motivos é determinada pelo caráter. A vontade jamais está sujeita ao capricho ou à arbitrariedade.
2. FO RÇ A .
Falamos de alguns homens a quem falta força de vontade. P or isto queremos significar que lhes falta a força de
vontade para quererem o que deveriam querer. Isto resulta da perversidade do caráter ou da natureza d o homem
através do pecado. M as não há falta de força em Deus para querer o que Ele deveria querer. O Seu caráter é
perfeitamente santo. C onseqüentemente, Deus sempre quer aquilo que é perfeitamente santo, justo e bom.
II. FASES DA VONTADE DE DEUS
1. V O NT A DE O U P RO P Ó SIT O DE Deus.
Deus propôs ou decretou tudo que se tem passado e tudo que ainda terá de passar. Salmos 135:6; Isaías 46:10;
Daniel. 4:35; A tos 2:23; 4:27,28; 13:48; Romanos 8:29,30; 9:15-18; Efésios 1:11. Estas passagens mostram que
Deus é um soberano absoluto ao dirigir todos os negócios deste mundo e ao distribuir a graça salvadora. Sua vontade
de propósito inclui tanto o mal como o bem, tanto o pecado como a justiça e é sempre executada perfeitamente. M as
são necessárias as seguintes subdivisões da vontade e do propósito de Deus.
(1). O Propósito Positivo de Deus.
Deus é a causa ativa e positiva de todo o bem. T udo que é bom é o resultado da operação eficiente do poder de Deus,
quer diretamente ou por meio de Suas criaturas. É a esta subdivisão da vontade e do propósito de Deus que se aplica
Filipenses 2:13, que nos diz: "É Deus que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade".
(2). O Propósito Permissivo de Deus.
Deus não é a causa do mal; mas, por razões justas, santas e sábias, só por Ele inteiramente conhecidas, Ele decretou
permitir aquele mal que vem a acontecer, dominando-o para Sua própria glória. É à vontade permissiva de Deus que se
refere a Escritura, quando diz: "seguramente a ira do homem T e louvará e o remanescente da ira T u o restringirás"
(Salmos 76:10). Esta passagem frisa que Deus restringe os homens de fazerem mais pecados do que Ele se apraz
dominar para Sua glória; portanto, Ele lhes permite cometerem tal pecado como o que cometem. Ele podia guardar os
homens de todo o pecado tão facilmente como Ele os detém no lugar apontado. Não podemos dar razão porque Deus
permite o pecado que satisfará a mente carnal, mas o fato que Ele o faz é abundantemente claro; e, desde que Deus
sempre faz o bem, sabemos que é direito para Ele permitir semelhante pecado como o que se vem a passar.
Em A tos 2:23 e 4:27,28 temos uma clara afirmação que a crucificação de C risto foi parte da vontade propositante ou
decretante de Deus. M as sabemos que Deus não fez os crucificadores fazerem eficientemente o que eles fizeram, que
tal tornaria Deus responsável pela morte de C risto: Deus meramente retirou o Seu poder restritivo e permitiu aos
crucificadores proceder segundo os seus próprios desejos maus. Isso é tudo que Deus tem a fazer para alcançar o
perpetramento de qualquer pecado que lhe apraz dominar pa ra Sua glória. O homem cometerá qualquer pecado que
Deus lhe permitir cometer.
O endurecimento do coração de Faraó, segundo Êxodo pormenoriza, e fazer vasos para desonra (Romanos 9:31) são
para ser entendidos como vindos sob o propósito permissivo de Deus.
A s seguintes citações podem ajudar a exemplificar a relação de Deus com o pecado. "Q ue o pecado procede dos
homens mesmos; que, pecando, eles realizam esta ou aquela ação, é de Deus, que divide as trevas segundo o Seu
prazer" (A gostinho). "Deus não é a força causadora, mas a força dirigente nos pecados do homem. O s homens estão
em rebelião contra Deus, mas não estão fora de sob o Seu controle. O s decretos de Deus não são a causa necessitante
dos pecados do homem, mas os limites e as diretrizes predeterminados e prescritos aos atos pecaminosos dos homens"
(C . D. C ole, Baptist Examiner, M arch. 1, 1932). "O s desejos do pecado são os desejos do homem; o homem é culpado;
o homem é para ser acusado, mas o Deus onisciente impede esses desejos de produzirem ações i ndiscriminadamente,
Ele compele esses desejos a tomarem um certo curso divinamente estreitado. A s enchentes da iniqüidade são do
coração dos homens, mas não lhes é concedido cobrirem a terra: são trancadas pelo apontamento soberano de Deus
no Seu canal e assim são os homens desapercebidamente contidos em represas, de modo que nem um jota do
propósito de Deus cairá. Ele traz as torrentes dos ímpios ao canal de Sua providência a moverem o moinho do Seu
propósito" (P . W. Hedward).
2. A V O NT A DE DE P REC EIT O DE D EU S.
Faz-se clara distinção em Deuteronômio 29:29 entre a vontade de propósito de Deus e Sua vontade de preceito. Diz
esta passagem: "As coisas secretas pertencem a Jeová nosso Deus, mas as que estão reveladas pertencem -nos e aos
nossos filhos, para que façamos todas as palavras desta Lei". "As coisas secretas" têm referência à vontade decretante
de Deus ou Sua vontade de propósito". "As coisas que estão reveladas" têm referência à vontade preceptiva de Deus
ou Sua vontade de mando.
A vontade preceptiva de Deus difere da Sua vontade de propósito em esta abarcar tanto o mal como o bem, ao passo
que a vontade preceptiva abarca só aquilo que é bom em si mesmo. U ma outra diferença entre estas duas fases da
vontade de Deus está no fato que a vontade propositiva de Deus é executada sempre, enquanto que a sua vontade
preceptiva se cumpre muito imperfeitamente na terra. A vontade preceptiva de Deus fixa a responsabilidade do
homem; a propositiva nada tem a ver com essa responsabilidade.
3. V O NT A DE P RA ZENT EIRA DE DEU S.
A referência aqui é ao prazer e desprazer nas coisas em si mesmas consideradas em contraste com coisas consideradas
como um todo. C onsiderado em si mesmo, Deus nunca se agradou do pecado. C onsiderada em si mesma, Deus está
sempre agradado com a verdadeira justiça; mas, em vista de coisas como um todo, Ele não decretou que todos os
homens virão à justiça.
Não suponha ninguém que aqui se quis dizer que Deus teria algumas coisas a acontecer que Ele não pode fazer que
aconteçam; ou que Ele impediria que acontecessem algumas coisas que Ele não pode impedir. Deus sempre executa o
que Ele quer executar, mas, ao fazê-lo, Ele usa aquilo que em Si mesmo não é uma coisa agradável a Ele. T al como um
pai, tomando gosto no devido treino de um filho, muitas vezes castiga o filho, não obstante o fato que o castigo em si
mesmo não proporciona prazer ao pai.
O prazer de Deus em coisas como um todo sempre se realiza. "O nosso Deus está nos céus; Ele fez tudo o que Lhe
aprouve" (Salmos 115:3). "O que quer que a Jeová agradou, isso Ele fez, no céu e na terra, nos mares e em todos os
abismos" (Salmos 135:6). "Declarando o fim desde o princípio e desde os velhos tempos as coisas ainda não feitas;
dizendo: O meu conselho ficará firme e farei toda a minha vontade" (Isaías 46:10).
É na base da fase da vontade de Deus agora sob consideração que Ezequiel 33:11 se explica e se entende (T alvez
devamos entender 2 P edro 3:9 da mesma maneira, mas não 1 T imóteo 2:4. V ide a V ersão Revista de 2 P edro 3:9 e
exposição em "A n A mericam C ommentary on the New T estament". Em 1 T imóteo 2:4 "todos" alude a todas as classes.
V ide exposição do v. 6 no capítulo sobre expiação). C ontudo, a morte aqui mencionada não é a morte espiritual, mas a
morte física no assédio babilônico; mas a relação da declaração com a vontade de Deus é a mesma. Em si mesmo
considerada, a ruína dos israelitas no sitio babilônico não foi coisa agradável a Deus; mas, considerada em conexão
com as coisas como um todo, Deus decretará permitir a morte de muitos deles.
A salvação dos homens é em si mesma coisa agradável a Deus como se evidencia pelo Seu mandamento que todos os
homens se arrependam (A tos 17:30); mas Deus não decretou ou propôs que todos se salvassem.

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Isto resulta da perversidade do caráter ou da natureza d o homem através do pecado. M as não há falta de força em Deus para querer o que Ele deveria querer. O Seu caráter é perfeitamente santo. C onseqüentemente, Deus sempre quer aquilo que é perfeitamente santo, justo e bom. II. FASES DA VONTADE DE DEUS 1. V O NT A DE O U P RO P Ó SIT O DE Deus. Deus propôs ou decretou tudo que se tem passado e tudo que ainda terá de passar. Salmos 135:6; Isaías 46:10; Daniel. 4:35; A tos 2:23; 4:27,28; 13:48; Romanos 8:29,30; 9:15-18; Efésios 1:11. Estas passagens mostram que Deus é um soberano absoluto ao dirigir todos os negócios deste mundo e ao distribuir a graça salvadora. Sua vontade de propósito inclui tanto o mal como o bem, tanto o pecado como a justiça e é sempre executada perfeitamente. M as são necessárias as seguintes subdivisões da vontade e do propósito de Deus. (1). O Propósito Positivo de Deus. Deus é a causa ativa e positiva de todo o bem. T udo que é bom é o resultado da operação eficiente do poder de Deus, quer diretamente ou por meio de Suas criaturas. É a esta subdivisão da vontade e do propósito de Deus que se aplica Filipenses 2:13, que nos diz: "É Deus que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade". (2). O Propósito Permissivo de Deus. Deus não é a causa do mal; mas, por razões justas, santas e sábias, só por Ele inteiramente conhecidas, Ele decretou permitir aquele mal que vem a acontecer, dominando-o para Sua própria glória. É à vontade permissiva de Deus que se refere a Escritura, quando diz: "seguramente a ira do homem T e louvará e o remanescente da ira T u o restringirás" (Salmos 76:10). Esta passagem frisa que Deus restringe os homens de fazerem mais pecados do que Ele se apraz dominar para Sua glória; portanto, Ele lhes permite cometerem tal pecado como o que cometem. Ele podia guardar os homens de todo o pecado tão facilmente como Ele os detém no lugar apontado. Não podemos dar razão porque Deus permite o pecado que satisfará a mente carnal, mas o fato que Ele o faz é abundantemente claro; e, desde que Deus sempre faz o bem, sabemos que é direito para Ele permitir semelhante pecado como o que se vem a passar. Em A tos 2:23 e 4:27,28 temos uma clara afirmação que a crucificação de C risto foi parte da vontade propositante ou decretante de Deus. M as sabemos que Deus não fez os crucificadores fazerem eficientemente o que eles fizeram, que tal tornaria Deus responsável pela morte de C risto: Deus meramente retirou o Seu poder restritivo e permitiu aos crucificadores proceder segundo os seus próprios desejos maus. Isso é tudo que Deus tem a fazer para alcançar o perpetramento de qualquer pecado que lhe apraz dominar pa ra Sua glória. O homem cometerá qualquer pecado que Deus lhe permitir cometer. O endurecimento do coração de Faraó, segundo Êxodo pormenoriza, e fazer vasos para desonra (Romanos 9:31) são para ser entendidos como vindos sob o propósito permissivo de Deus. A s seguintes citações podem ajudar a exemplificar a relação de Deus com o pecado. "Q ue o pecado procede dos homens mesmos; que, pecando, eles realizam esta ou aquela ação, é de Deus, que divide as trevas segundo o Seu prazer" (A gostinho). "Deus não é a força causadora, mas a força dirigente nos pecados do homem. O s homens estão em rebelião contra Deus, mas não estão fora de sob o Seu controle. O s decretos de Deus não são a causa necessitante dos pecados do homem, mas os limites e as diretrizes predeterminados e prescritos aos atos pecaminosos dos homens" (C . D. C ole, Baptist Examiner, M arch. 1, 1932). "O s desejos do pecado são os desejos do homem; o homem é culpado; o homem é para ser acusado, mas o Deus onisciente impede esses desejos de produzirem ações i ndiscriminadamente, Ele compele esses desejos a tomarem um certo curso divinamente estreitado. A s enchentes da iniqüidade são do coração dos homens, mas não lhes é concedido cobrirem a terra: são trancadas pelo apontamento soberano de Deus no Seu canal e assim são os homens desapercebidamente contidos em represas, de modo que nem um jota do propósito de Deus cairá. Ele traz as torrentes dos ímpios ao canal de Sua providência a moverem o moinho do Seu propósito" (P . W. Hedward).
  • 2. 2. A V O NT A DE DE P REC EIT O DE D EU S. Faz-se clara distinção em Deuteronômio 29:29 entre a vontade de propósito de Deus e Sua vontade de preceito. Diz esta passagem: "As coisas secretas pertencem a Jeová nosso Deus, mas as que estão reveladas pertencem -nos e aos nossos filhos, para que façamos todas as palavras desta Lei". "As coisas secretas" têm referência à vontade decretante de Deus ou Sua vontade de propósito". "As coisas que estão reveladas" têm referência à vontade preceptiva de Deus ou Sua vontade de mando. A vontade preceptiva de Deus difere da Sua vontade de propósito em esta abarcar tanto o mal como o bem, ao passo que a vontade preceptiva abarca só aquilo que é bom em si mesmo. U ma outra diferença entre estas duas fases da vontade de Deus está no fato que a vontade propositiva de Deus é executada sempre, enquanto que a sua vontade preceptiva se cumpre muito imperfeitamente na terra. A vontade preceptiva de Deus fixa a responsabilidade do homem; a propositiva nada tem a ver com essa responsabilidade. 3. V O NT A DE P RA ZENT EIRA DE DEU S. A referência aqui é ao prazer e desprazer nas coisas em si mesmas consideradas em contraste com coisas consideradas como um todo. C onsiderado em si mesmo, Deus nunca se agradou do pecado. C onsiderada em si mesma, Deus está sempre agradado com a verdadeira justiça; mas, em vista de coisas como um todo, Ele não decretou que todos os homens virão à justiça. Não suponha ninguém que aqui se quis dizer que Deus teria algumas coisas a acontecer que Ele não pode fazer que aconteçam; ou que Ele impediria que acontecessem algumas coisas que Ele não pode impedir. Deus sempre executa o que Ele quer executar, mas, ao fazê-lo, Ele usa aquilo que em Si mesmo não é uma coisa agradável a Ele. T al como um pai, tomando gosto no devido treino de um filho, muitas vezes castiga o filho, não obstante o fato que o castigo em si mesmo não proporciona prazer ao pai. O prazer de Deus em coisas como um todo sempre se realiza. "O nosso Deus está nos céus; Ele fez tudo o que Lhe aprouve" (Salmos 115:3). "O que quer que a Jeová agradou, isso Ele fez, no céu e na terra, nos mares e em todos os abismos" (Salmos 135:6). "Declarando o fim desde o princípio e desde os velhos tempos as coisas ainda não feitas; dizendo: O meu conselho ficará firme e farei toda a minha vontade" (Isaías 46:10). É na base da fase da vontade de Deus agora sob consideração que Ezequiel 33:11 se explica e se entende (T alvez devamos entender 2 P edro 3:9 da mesma maneira, mas não 1 T imóteo 2:4. V ide a V ersão Revista de 2 P edro 3:9 e exposição em "A n A mericam C ommentary on the New T estament". Em 1 T imóteo 2:4 "todos" alude a todas as classes. V ide exposição do v. 6 no capítulo sobre expiação). C ontudo, a morte aqui mencionada não é a morte espiritual, mas a morte física no assédio babilônico; mas a relação da declaração com a vontade de Deus é a mesma. Em si mesmo considerada, a ruína dos israelitas no sitio babilônico não foi coisa agradável a Deus; mas, considerada em conexão com as coisas como um todo, Deus decretará permitir a morte de muitos deles. A salvação dos homens é em si mesma coisa agradável a Deus como se evidencia pelo Seu mandamento que todos os homens se arrependam (A tos 17:30); mas Deus não decretou ou propôs que todos se salvassem.