SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 28
Toxina Botulínica Tipo A 500 U
(DYSPORT)
Toxina Botulínica Tipo A 100 U
(BOTOX)
O que é uma toxina?
Toxinas são substâncias biológicas,
produzidas por animais, vegetais ou
microrganismos
Toxinas têm natureza proteica
Quando injetadas no organismo (e.g.,
por picada de aranha ou cobra) são
chamadas
“peçonhas”
Substâncias não biológicas, mesmo que
naturais (e.g., arsênico) ou sintéticas
(e.g., gás Sarin) podem ser
venenosas ou tóxicas, mas não são
toxinas
O que é LD50 (dose letal média)?
DL50 = Dose que levaráao óbito 50% dos indivíduos testados (ratos,camundongosetc).
Outros 50% permanecerão vivos…
A susceptibilidade/respostaindividual é fator importante,para eficáciae segurança!
DL50 de Diferentes Toxinas / Venenos
BoNT-A 0,001 micrograma/kg
(1 nanograma/kg)
Arsênico 15 mg/ kg
Cólera 250 micrograma/kg Gás Sarin 100 mg / m3
Difteria
0,1 micrograma/
kg
Pertussis
15 micrograma/kg
Tétano
0,001 micrograma/kg
Tetrodotoxina
8 micrograma/kg
Yersinia pestis
15 micrograma/kg
1 nanograma = 1 milionésimo de miligrama (i.e., 1 mg/ 1.000.000)
A BoNT-A é o mais poderoso veneno-toxina conhecido!
1 mg de BoNT-A seria suficiente para matar mais de 14.000 pessoas!
Dose letal de BoNT-A para um ser humano adulto: cerca de 70 ng, ou 15 frascos
http://www.ehs.ufl.edu/Bio/toxin.htm
O que é a BoNT-A?
Originalmente, uma toxina produzida por uma
bactéria, que ajudava a manter a bactéria mais tempo
no intestino (mas matava o hospedeiro) É um
veneno: a mais potente toxina conhecida!
Complexo de neurotoxina PROTEICO:
Neurotoxina + 2 ou 3 tipos de Proteínas,
associadas à neurotoxina (NAPS)
NAPs:
Podem ser de diferentes tipos:
1. Proteínas que hemaglutinam (HA)
2. Proteínas NÃO-TOXINA, não aglutinantes.
3. Outros tipos, sem efeito clínico conhecido
Clostridium botulinum
1 dentre 3 espécies de Clostridium
Bactéria Gram positiva, muito resistente
Vive em condições de baixa oxigenação (anaeróbicas)
Produz 7 tipos (sorotipos) de toxinas (BoNTs), todos
neurotóxicos
A BoNT tem grande semelhança estrutural com a toxina
tetânica (~40%)
A BoNT é formada por 2 cadeias, ligadas por uma “ponte” de
enxofre
A ponte pode ser quebrada pelo calor ou certas enzimas
(proteases)
O complexo central da BoNT (protoxina) pesa cerca de 150
kDa
Proteínas auxiliares podem envolver e ajudar a proteger o
complexo central
Somente as BoNTs A e B cruzam células
Nenhuma BoNT cruza a barreira hemato-encefálica
Sinapse (Junção Neuro-Muscular)
Como funcionam as BoNTs?
Basicamente, bloqueiam o estímulo elétrico que, em condições normais, passaria de um
neurônio para um músculo (bloqueio neuromuscular), mediante a interferência na
liberação de neurotransmissores
Bloqueia a exocitose de vesículas contendo
neurotransmissores (principalmente Acetilcolina; em
doses mais altas, também Serotonina e Noradrenalina)
4 etapas:
1) Ligação irreversível a receptores gangliosídeos
présinápticos
2) Captação (endocitose)/ translocação ao longo dos
terminais nervosos pré-sinápticos
3) Translocação citoplasmática e formação de fendas
4) Inibição da formação de vesículas de exocitose por quebra de proteínas envolvidas
Processo pode ser comprometido por pH elevado, Captopril, Cloroquina
e Inibidores da MMP
Mecanismo de Ação da BoNT-A
Umcomplexo de proteínas situadas sobre a membrana pré-
sináptica:-SNARE (SNAP-Receptor).
(1) SNAP-25 (SyNaptosomalAssociatedProtein25 kDa),
(2) Sintaxina,
(3) 1 proteína situada sobre a parededa vesícula:(sinaptobrevina,
ouVAMP -Vesicular AssociatedMembraneProtein).
Mecanismo de Ação da BoNT-A
Quais as diferentes BoNTs existentes no
mercado Brasil?
As diferentes BoNTs têm diferentes estruturas moleculares e envoltórios proteicos, por
isso NÃO são diretamente comparáveis. Além disso, por serem produtos biológicos,
estão sujeitos à diferentes respostas INDIVIDUAIS, por parte do paciente.
?
150 kDa
kDa ?
500-900
kDa
900
500-900kDa
BoNT-A
BoNT-A
BoNT-A
BoNT-A
BoNT-A
Contem
Albumina ++
,5 mg/ frasco
0
(Neuronox)
Contem
Albumina +++
1 mg/ frasco
(Xeomeen)
Contem
Albumina ou
Dextranaou
Gelatina bovina
+++
Contem
Albumina
Humana ++
,5 mg/ frasco
0
Contem
Albumina
Humana +
0,125 mg/ frasco
U
100
4,8 ng BoNT/fco
U
100
,6 ng BoNT/fco
0
100 U
,8 ng BoNT/fco
4
50 ou 100 U
,4 ou 4,8 ng
2
BoNT/fco
U
500
4,4 ngBoNT/fco
Bergamo
CJ/ MedyTox
)
Coréia
(
2006
Merz-Biolab
Merz(Alemanha)
2005
Cepa Hall
Cristalia
Lanzhou(China)
2001
Cepa Hall
Allergan
Allergan(EUA)
1989
Cepa Hall
Ipsen
Slough(UK)
1991
Cepa 2912
BOTULIFT
XEOMIN
PROSIGNE
BOTOX
DYSPORT
MAI/ 2010
Comparação entre BoNTs
DYSPORT BOTOX PROSIGNE XEOMIN BOTULIFT
Ipsen
Slough
(UK)
Allergan
Allergan
(Irlanda)
Cristalia
Lanzhou
(China)
Merz-Biolab
Merz
(Alemanha)
Bergamo
MedyTox
(Coréia)
24 meses 36 meses 24 meses 24 meses 24 meses
8 horas após
reconstituído
(até 15 dias?)
72 horas após
reconstituído
(até 15 dias?)
4 horas após
reconstituído
4 horas após
reconstituído?
4 horas após
reconstituído ?
Ativ Biológica
Específica (SBA)
100
Ativ Biológica
Específica (SBA)
20-60
? Ativ Biológica
Específica (SBA)
167
?
+2 a +8o
C
(não congelar)
-20 a +8o
C +2 a +8o
C
(em outros países,
CONGELAR!!!)
-20 a +8o
C +2 a +8o
C
1,5 a 3 : 1 1 1 + 30% : 1 1 + 10% : 1 1 : 1 ?
Wohlfarth K, Sycha T, Ranoux D, Naver H, Caird D. “Dose equivalence of two commercial preparations of botulinum neurotoxin type A: time
for a reassessment?” Current Med Res Opinions 2009; 25 (7): 1573-1584.
Sampaio C, Costa J, Ferreira JJ (2004) Clinical comparability of marketed formulations of botulinum toxin. Mov Disord 19(Suppl 8):S129–
S136
Comparação entre BoNTs:
Difusão
Pickett A, et al. Confusion about diffusion and the art of misinterpreting data when
comparing different botulinum toxins used in aesthetic applications. Journal of Cosmetic &
Laser Thereraphy, 2008
Dressler D, Hallet M.
Immunological aspects of
Botox,Dysport and myobloc.
Eur J Neurol 2006; 13(S1):
11-15.
Até o momento de publicação (Pickett,2008)não existiam
estudos em humanosque comparem o tamanho
MOLECULARde ambas BoNTs-A,utilizando Dysport
e Botox.
NÃO EXISTEM MODELOSANIMAIS perfeitos que provem
diferenças quanto à difusão.A resposta dependeda
espécie do modelo animal.
NENHUMA AUTORIDADE REGULATÓRIA reconheceu
estas diferenças,pautando-se apenas em resultados
de experimentos pré-clínicos (animais de laboratório)
Comparação entre BoNTs:
Fatores físicos como Volume e Concentração influenciam a Difusão
14
Formação de Anticorpos
Dressler D, Hallet M. Immunological aspects of Botox,Dysport and Myobloc. European Journal of Neurology, 2006
Kessler K, et al. Long term of cervical dystonia with botulinum
toxin A: efficacy, safety, and antibody frequency. Journal of
Neurology, 1999.
Formação de ANTICORPOS:
Pode comprometer eficácia e aumentar eventos adversos
Pode ocorrer logo após a 1a aplicação.
Comparação entre BoNTs:
Injeções frequentes (intervalos
menores que 12 semanas) aumentam
a formação
de anticorpos (como num processo
“vacinal”)
Características individuais do paciente
norteiam esse processo
Pode ser proporcional à quantidade
de proteínas no complexo?
Pacientes com Anticorpos podem 15
continuar respondendo!
Comparação entre BoNTs:
Taxa de
Comparação entre BoNTs:
Conversão
Bentivoglio AR, et al. Fifteen-Year experience in treating blefpharospasm with botox or Dyspory: Same toxin, two drugs. Neurotox Res 2009;15:224-231.
Wohlfarth K, et al. Biological activity of two botulinum toxin type A complexes (Dysport® and
Botox®) in volunteers: a double-blind, randomized, dose-ranging study. J Neurol, 2008
Taxa de conversão:
Não há dados suficientes para uma taxa de conversão fixa e definitiva
O uso de maior número de unidades nada tem a ver com potência, nem com segurança!
A maioria dos trabalhos atuais sugere uma taxa de conversão de Botox 1 : 1,5 a 2,5 de
Dysport
Como usar Dysport?
Injeção
• subcutânea ou
• intradérmica ou
• Intramuscular
Nunca IV, nem VO !
Dose letal para seres humanos:
• Cerca de 70 ng, ou > 15 frascos !
Ambiente estéril
• Diluir com soro fisiológico (NaCl 0,95)
• NUNCA usar água ou NaCl a 20%!
Agulha
• 30 (ou 32) em Dermatologia Estética
• 25 (ou 23), Longa em Neurologia
Dysport em Estética
1. Linhas glabelares/ frontais
2. Linhas látero-cantais
(“pés de galinha”)
1. Blefaroespasmo (eficácia >90%)
2. Espasmo Hemifacial (eficácia >90%)
3. Outras formasde espasticidade e/ou distonia
4. Paralisia Cerebral
(> 2 anos de idade)
BoNT-A: novas indicações em uso
1. Bruxismo
2. Disfunção têmporo-mandibular (ATM)
3. Dor orofacial
4. Vaginismo e Anismo
5. Fissuras anais
6. Bexiga hiperativa/ Hiperplasia do detrusor da bexiga
É necessáriaa aprovaçãoregulatória oficialantes de se indicarou promoveruma indicação!
BoNT-A: novas indicações EM ESTUDO
1. Hiperplasia de próstata
Em pacientes sem condições cirúrgicas
2. Enxaqueca
3. Nistagmo
4. Acalásia
5. Espasmo do esfincter de Oddi
6. Obesidademórbida
Injeção por endoscopia, em pctes sem condições cirúrgicas
7. Pós-artroplastia
Para evitar deslocamento de próteses
8. Úlceras diabéticas e/ou de pressão Escaras refratárias
9. Insuficiência vascular periférica
Grave e refratária
É necessária a aprovação regulatória oficial antes de se indicar ou promover uma indicação!
BoNT-A: Precauções
1. Gravidez
2. Doenças mio/ neurodegenerativas(ELA, miastenia grave etc)
3. Pacientes com perda significativa de massa muscular
4. Problemasrespiratórios prévios
5. Idosos e Criançasacimade 2 anos
Via de regra, precauções = cuidadoso ajuste da dose individual
CONTRA-INDICAÇÕES:
1. Lactação
2. Alergia à BoNT-A e/ou aos componentes da fórmula
3. Crianças com idade <2 anos
Segurança: Eventos Adversos
Evento Adverso Incidência
Cefaléia 9%
Dor ou reação inflamatória/ eritema local 6%
Náuseas 2%
Fraqueza muscular < 1%
Disfagia < 1%
Suspensão do tratamento por EAs < 3%
Para injeção na região fronto-ocular
Ptose e/ou edema palpebral 4 a 10%
Lacrimação/ Irritação conjuntival 5%
Olho seco <1%
Além disso,é prevista a ocorrência de “falha terapêutica”(parcialou total)
em cerca de 5% dos pacientes injetados com BoNT-A.
BoNT-A: Definição de Falha Terapêutica
1. Técnica de injeção inadequada
2. Reconstituição inadequada (diluente adequado é NaCl 0,9%)
3. Armazenamento inadequado da BoNT-A (+2 a +8o
C)
4. Diluição excessiva e/ou dose insuficiente
5. Debilidade ou atrofia ao exame inicial, sem nenhuma perspectiva
de benefício funcional
6. Modificação no padrão de comprometimento muscular durante o
tratamento
7. Presença de anticorpos
29
OBRIGADO
30

Mais conteúdo relacionado

Último

Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdfAula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdfGiza Carla Nitz
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadojosianeavila3
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARBelinha Donatti
 
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfAula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdfAula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdfAula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdfGiza Carla Nitz
 
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdfSC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdfTHIALYMARIASILVADACU
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfAula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfGiza Carla Nitz
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfAula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfGiza Carla Nitz
 
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptxpatrcialibreloto
 
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdfAula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdfGiza Carla Nitz
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxWilliamPratesMoreira
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfGiza Carla Nitz
 
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfNutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfThiagoAlmeida458596
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfAula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfAula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfGiza Carla Nitz
 

Último (20)

Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdfAula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
 
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfAula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
 
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdfAula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
Aula 6 - Primeiros Socorros - Choque Elétrico .pdf
 
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdfAula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
 
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdfSC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfAula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
 
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfAula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
 
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
 
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdfAula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
 
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfNutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfAula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
 
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfAula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
 

Destaque

2024 State of Marketing Report – by Hubspot
2024 State of Marketing Report – by Hubspot2024 State of Marketing Report – by Hubspot
2024 State of Marketing Report – by HubspotMarius Sescu
 
Everything You Need To Know About ChatGPT
Everything You Need To Know About ChatGPTEverything You Need To Know About ChatGPT
Everything You Need To Know About ChatGPTExpeed Software
 
Product Design Trends in 2024 | Teenage Engineerings
Product Design Trends in 2024 | Teenage EngineeringsProduct Design Trends in 2024 | Teenage Engineerings
Product Design Trends in 2024 | Teenage EngineeringsPixeldarts
 
How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental Health
How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental HealthHow Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental Health
How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental HealthThinkNow
 
AI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdf
AI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdfAI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdf
AI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdfmarketingartwork
 
PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024
PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024
PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024Neil Kimberley
 
Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)
Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)
Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)contently
 
How to Prepare For a Successful Job Search for 2024
How to Prepare For a Successful Job Search for 2024How to Prepare For a Successful Job Search for 2024
How to Prepare For a Successful Job Search for 2024Albert Qian
 
Social Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie Insights
Social Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie InsightsSocial Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie Insights
Social Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie InsightsKurio // The Social Media Age(ncy)
 
Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024
Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024
Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024Search Engine Journal
 
5 Public speaking tips from TED - Visualized summary
5 Public speaking tips from TED - Visualized summary5 Public speaking tips from TED - Visualized summary
5 Public speaking tips from TED - Visualized summarySpeakerHub
 
ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd
ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd
ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd Clark Boyd
 
Getting into the tech field. what next
Getting into the tech field. what next Getting into the tech field. what next
Getting into the tech field. what next Tessa Mero
 
Google's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search Intent
Google's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search IntentGoogle's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search Intent
Google's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search IntentLily Ray
 
Time Management & Productivity - Best Practices
Time Management & Productivity -  Best PracticesTime Management & Productivity -  Best Practices
Time Management & Productivity - Best PracticesVit Horky
 
The six step guide to practical project management
The six step guide to practical project managementThe six step guide to practical project management
The six step guide to practical project managementMindGenius
 
Beginners Guide to TikTok for Search - Rachel Pearson - We are Tilt __ Bright...
Beginners Guide to TikTok for Search - Rachel Pearson - We are Tilt __ Bright...Beginners Guide to TikTok for Search - Rachel Pearson - We are Tilt __ Bright...
Beginners Guide to TikTok for Search - Rachel Pearson - We are Tilt __ Bright...RachelPearson36
 

Destaque (20)

2024 State of Marketing Report – by Hubspot
2024 State of Marketing Report – by Hubspot2024 State of Marketing Report – by Hubspot
2024 State of Marketing Report – by Hubspot
 
Everything You Need To Know About ChatGPT
Everything You Need To Know About ChatGPTEverything You Need To Know About ChatGPT
Everything You Need To Know About ChatGPT
 
Product Design Trends in 2024 | Teenage Engineerings
Product Design Trends in 2024 | Teenage EngineeringsProduct Design Trends in 2024 | Teenage Engineerings
Product Design Trends in 2024 | Teenage Engineerings
 
How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental Health
How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental HealthHow Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental Health
How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental Health
 
AI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdf
AI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdfAI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdf
AI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdf
 
Skeleton Culture Code
Skeleton Culture CodeSkeleton Culture Code
Skeleton Culture Code
 
PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024
PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024
PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024
 
Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)
Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)
Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)
 
How to Prepare For a Successful Job Search for 2024
How to Prepare For a Successful Job Search for 2024How to Prepare For a Successful Job Search for 2024
How to Prepare For a Successful Job Search for 2024
 
Social Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie Insights
Social Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie InsightsSocial Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie Insights
Social Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie Insights
 
Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024
Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024
Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024
 
5 Public speaking tips from TED - Visualized summary
5 Public speaking tips from TED - Visualized summary5 Public speaking tips from TED - Visualized summary
5 Public speaking tips from TED - Visualized summary
 
ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd
ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd
ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd
 
Getting into the tech field. what next
Getting into the tech field. what next Getting into the tech field. what next
Getting into the tech field. what next
 
Google's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search Intent
Google's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search IntentGoogle's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search Intent
Google's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search Intent
 
How to have difficult conversations
How to have difficult conversations How to have difficult conversations
How to have difficult conversations
 
Introduction to Data Science
Introduction to Data ScienceIntroduction to Data Science
Introduction to Data Science
 
Time Management & Productivity - Best Practices
Time Management & Productivity -  Best PracticesTime Management & Productivity -  Best Practices
Time Management & Productivity - Best Practices
 
The six step guide to practical project management
The six step guide to practical project managementThe six step guide to practical project management
The six step guide to practical project management
 
Beginners Guide to TikTok for Search - Rachel Pearson - We are Tilt __ Bright...
Beginners Guide to TikTok for Search - Rachel Pearson - We are Tilt __ Bright...Beginners Guide to TikTok for Search - Rachel Pearson - We are Tilt __ Bright...
Beginners Guide to TikTok for Search - Rachel Pearson - We are Tilt __ Bright...
 

Toxina Botulínica Tipos A e Diferenças

  • 1. Toxina Botulínica Tipo A 500 U (DYSPORT) Toxina Botulínica Tipo A 100 U (BOTOX)
  • 2. O que é uma toxina? Toxinas são substâncias biológicas, produzidas por animais, vegetais ou microrganismos Toxinas têm natureza proteica Quando injetadas no organismo (e.g., por picada de aranha ou cobra) são chamadas “peçonhas” Substâncias não biológicas, mesmo que naturais (e.g., arsênico) ou sintéticas (e.g., gás Sarin) podem ser venenosas ou tóxicas, mas não são toxinas
  • 3. O que é LD50 (dose letal média)? DL50 = Dose que levaráao óbito 50% dos indivíduos testados (ratos,camundongosetc). Outros 50% permanecerão vivos… A susceptibilidade/respostaindividual é fator importante,para eficáciae segurança!
  • 4. DL50 de Diferentes Toxinas / Venenos BoNT-A 0,001 micrograma/kg (1 nanograma/kg) Arsênico 15 mg/ kg Cólera 250 micrograma/kg Gás Sarin 100 mg / m3 Difteria 0,1 micrograma/ kg Pertussis 15 micrograma/kg Tétano 0,001 micrograma/kg Tetrodotoxina 8 micrograma/kg Yersinia pestis 15 micrograma/kg 1 nanograma = 1 milionésimo de miligrama (i.e., 1 mg/ 1.000.000) A BoNT-A é o mais poderoso veneno-toxina conhecido! 1 mg de BoNT-A seria suficiente para matar mais de 14.000 pessoas! Dose letal de BoNT-A para um ser humano adulto: cerca de 70 ng, ou 15 frascos http://www.ehs.ufl.edu/Bio/toxin.htm
  • 5. O que é a BoNT-A? Originalmente, uma toxina produzida por uma bactéria, que ajudava a manter a bactéria mais tempo no intestino (mas matava o hospedeiro) É um veneno: a mais potente toxina conhecida! Complexo de neurotoxina PROTEICO: Neurotoxina + 2 ou 3 tipos de Proteínas, associadas à neurotoxina (NAPS) NAPs: Podem ser de diferentes tipos: 1. Proteínas que hemaglutinam (HA) 2. Proteínas NÃO-TOXINA, não aglutinantes. 3. Outros tipos, sem efeito clínico conhecido
  • 6. Clostridium botulinum 1 dentre 3 espécies de Clostridium Bactéria Gram positiva, muito resistente Vive em condições de baixa oxigenação (anaeróbicas) Produz 7 tipos (sorotipos) de toxinas (BoNTs), todos neurotóxicos A BoNT tem grande semelhança estrutural com a toxina tetânica (~40%) A BoNT é formada por 2 cadeias, ligadas por uma “ponte” de enxofre A ponte pode ser quebrada pelo calor ou certas enzimas (proteases) O complexo central da BoNT (protoxina) pesa cerca de 150 kDa Proteínas auxiliares podem envolver e ajudar a proteger o complexo central Somente as BoNTs A e B cruzam células Nenhuma BoNT cruza a barreira hemato-encefálica
  • 8. Basicamente, bloqueiam o estímulo elétrico que, em condições normais, passaria de um neurônio para um músculo (bloqueio neuromuscular), mediante a interferência na liberação de neurotransmissores Bloqueia a exocitose de vesículas contendo neurotransmissores (principalmente Acetilcolina; em doses mais altas, também Serotonina e Noradrenalina) 4 etapas: 1) Ligação irreversível a receptores gangliosídeos présinápticos 2) Captação (endocitose)/ translocação ao longo dos terminais nervosos pré-sinápticos 3) Translocação citoplasmática e formação de fendas 4) Inibição da formação de vesículas de exocitose por quebra de proteínas envolvidas Processo pode ser comprometido por pH elevado, Captopril, Cloroquina e Inibidores da MMP
  • 9. Mecanismo de Ação da BoNT-A Umcomplexo de proteínas situadas sobre a membrana pré- sináptica:-SNARE (SNAP-Receptor). (1) SNAP-25 (SyNaptosomalAssociatedProtein25 kDa), (2) Sintaxina, (3) 1 proteína situada sobre a parededa vesícula:(sinaptobrevina, ouVAMP -Vesicular AssociatedMembraneProtein).
  • 10. Mecanismo de Ação da BoNT-A
  • 11. Quais as diferentes BoNTs existentes no mercado Brasil? As diferentes BoNTs têm diferentes estruturas moleculares e envoltórios proteicos, por isso NÃO são diretamente comparáveis. Além disso, por serem produtos biológicos, estão sujeitos à diferentes respostas INDIVIDUAIS, por parte do paciente. ? 150 kDa kDa ? 500-900 kDa 900 500-900kDa BoNT-A BoNT-A BoNT-A BoNT-A BoNT-A Contem Albumina ++ ,5 mg/ frasco 0 (Neuronox) Contem Albumina +++ 1 mg/ frasco (Xeomeen) Contem Albumina ou Dextranaou Gelatina bovina +++ Contem Albumina Humana ++ ,5 mg/ frasco 0 Contem Albumina Humana + 0,125 mg/ frasco U 100 4,8 ng BoNT/fco U 100 ,6 ng BoNT/fco 0 100 U ,8 ng BoNT/fco 4 50 ou 100 U ,4 ou 4,8 ng 2 BoNT/fco U 500 4,4 ngBoNT/fco Bergamo CJ/ MedyTox ) Coréia ( 2006 Merz-Biolab Merz(Alemanha) 2005 Cepa Hall Cristalia Lanzhou(China) 2001 Cepa Hall Allergan Allergan(EUA) 1989 Cepa Hall Ipsen Slough(UK) 1991 Cepa 2912 BOTULIFT XEOMIN PROSIGNE BOTOX DYSPORT MAI/ 2010
  • 12. Comparação entre BoNTs DYSPORT BOTOX PROSIGNE XEOMIN BOTULIFT Ipsen Slough (UK) Allergan Allergan (Irlanda) Cristalia Lanzhou (China) Merz-Biolab Merz (Alemanha) Bergamo MedyTox (Coréia) 24 meses 36 meses 24 meses 24 meses 24 meses 8 horas após reconstituído (até 15 dias?) 72 horas após reconstituído (até 15 dias?) 4 horas após reconstituído 4 horas após reconstituído? 4 horas após reconstituído ? Ativ Biológica Específica (SBA) 100 Ativ Biológica Específica (SBA) 20-60 ? Ativ Biológica Específica (SBA) 167 ? +2 a +8o C (não congelar) -20 a +8o C +2 a +8o C (em outros países, CONGELAR!!!) -20 a +8o C +2 a +8o C 1,5 a 3 : 1 1 1 + 30% : 1 1 + 10% : 1 1 : 1 ?
  • 13. Wohlfarth K, Sycha T, Ranoux D, Naver H, Caird D. “Dose equivalence of two commercial preparations of botulinum neurotoxin type A: time for a reassessment?” Current Med Res Opinions 2009; 25 (7): 1573-1584. Sampaio C, Costa J, Ferreira JJ (2004) Clinical comparability of marketed formulations of botulinum toxin. Mov Disord 19(Suppl 8):S129– S136
  • 14. Comparação entre BoNTs: Difusão Pickett A, et al. Confusion about diffusion and the art of misinterpreting data when comparing different botulinum toxins used in aesthetic applications. Journal of Cosmetic & Laser Thereraphy, 2008 Dressler D, Hallet M. Immunological aspects of Botox,Dysport and myobloc. Eur J Neurol 2006; 13(S1): 11-15. Até o momento de publicação (Pickett,2008)não existiam estudos em humanosque comparem o tamanho MOLECULARde ambas BoNTs-A,utilizando Dysport e Botox. NÃO EXISTEM MODELOSANIMAIS perfeitos que provem diferenças quanto à difusão.A resposta dependeda espécie do modelo animal. NENHUMA AUTORIDADE REGULATÓRIA reconheceu estas diferenças,pautando-se apenas em resultados de experimentos pré-clínicos (animais de laboratório)
  • 15. Comparação entre BoNTs: Fatores físicos como Volume e Concentração influenciam a Difusão 14 Formação de Anticorpos Dressler D, Hallet M. Immunological aspects of Botox,Dysport and Myobloc. European Journal of Neurology, 2006 Kessler K, et al. Long term of cervical dystonia with botulinum toxin A: efficacy, safety, and antibody frequency. Journal of Neurology, 1999. Formação de ANTICORPOS: Pode comprometer eficácia e aumentar eventos adversos Pode ocorrer logo após a 1a aplicação.
  • 16. Comparação entre BoNTs: Injeções frequentes (intervalos menores que 12 semanas) aumentam a formação de anticorpos (como num processo “vacinal”) Características individuais do paciente norteiam esse processo Pode ser proporcional à quantidade de proteínas no complexo? Pacientes com Anticorpos podem 15 continuar respondendo!
  • 18. Comparação entre BoNTs: Conversão Bentivoglio AR, et al. Fifteen-Year experience in treating blefpharospasm with botox or Dyspory: Same toxin, two drugs. Neurotox Res 2009;15:224-231. Wohlfarth K, et al. Biological activity of two botulinum toxin type A complexes (Dysport® and Botox®) in volunteers: a double-blind, randomized, dose-ranging study. J Neurol, 2008 Taxa de conversão: Não há dados suficientes para uma taxa de conversão fixa e definitiva O uso de maior número de unidades nada tem a ver com potência, nem com segurança! A maioria dos trabalhos atuais sugere uma taxa de conversão de Botox 1 : 1,5 a 2,5 de Dysport
  • 19. Como usar Dysport? Injeção • subcutânea ou • intradérmica ou • Intramuscular Nunca IV, nem VO !
  • 20. Dose letal para seres humanos: • Cerca de 70 ng, ou > 15 frascos ! Ambiente estéril • Diluir com soro fisiológico (NaCl 0,95) • NUNCA usar água ou NaCl a 20%! Agulha • 30 (ou 32) em Dermatologia Estética • 25 (ou 23), Longa em Neurologia Dysport em Estética 1. Linhas glabelares/ frontais 2. Linhas látero-cantais
  • 21. (“pés de galinha”) 1. Blefaroespasmo (eficácia >90%) 2. Espasmo Hemifacial (eficácia >90%) 3. Outras formasde espasticidade e/ou distonia 4. Paralisia Cerebral (> 2 anos de idade)
  • 22. BoNT-A: novas indicações em uso 1. Bruxismo 2. Disfunção têmporo-mandibular (ATM) 3. Dor orofacial 4. Vaginismo e Anismo 5. Fissuras anais 6. Bexiga hiperativa/ Hiperplasia do detrusor da bexiga É necessáriaa aprovaçãoregulatória oficialantes de se indicarou promoveruma indicação!
  • 23. BoNT-A: novas indicações EM ESTUDO 1. Hiperplasia de próstata Em pacientes sem condições cirúrgicas 2. Enxaqueca 3. Nistagmo 4. Acalásia 5. Espasmo do esfincter de Oddi 6. Obesidademórbida Injeção por endoscopia, em pctes sem condições cirúrgicas 7. Pós-artroplastia Para evitar deslocamento de próteses 8. Úlceras diabéticas e/ou de pressão Escaras refratárias
  • 24. 9. Insuficiência vascular periférica Grave e refratária É necessária a aprovação regulatória oficial antes de se indicar ou promover uma indicação! BoNT-A: Precauções 1. Gravidez 2. Doenças mio/ neurodegenerativas(ELA, miastenia grave etc) 3. Pacientes com perda significativa de massa muscular 4. Problemasrespiratórios prévios 5. Idosos e Criançasacimade 2 anos Via de regra, precauções = cuidadoso ajuste da dose individual
  • 25. CONTRA-INDICAÇÕES: 1. Lactação 2. Alergia à BoNT-A e/ou aos componentes da fórmula 3. Crianças com idade <2 anos Segurança: Eventos Adversos Evento Adverso Incidência Cefaléia 9% Dor ou reação inflamatória/ eritema local 6% Náuseas 2%
  • 26. Fraqueza muscular < 1% Disfagia < 1% Suspensão do tratamento por EAs < 3% Para injeção na região fronto-ocular Ptose e/ou edema palpebral 4 a 10% Lacrimação/ Irritação conjuntival 5% Olho seco <1% Além disso,é prevista a ocorrência de “falha terapêutica”(parcialou total) em cerca de 5% dos pacientes injetados com BoNT-A.
  • 27. BoNT-A: Definição de Falha Terapêutica 1. Técnica de injeção inadequada 2. Reconstituição inadequada (diluente adequado é NaCl 0,9%) 3. Armazenamento inadequado da BoNT-A (+2 a +8o C) 4. Diluição excessiva e/ou dose insuficiente 5. Debilidade ou atrofia ao exame inicial, sem nenhuma perspectiva de benefício funcional 6. Modificação no padrão de comprometimento muscular durante o tratamento 7. Presença de anticorpos 29