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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
  DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – DCH
CAMPUS IV – JACOBINA / COLEGIADO DE GEOGRAFIA
    CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA



           ALVARO RICARDO de tal…



      TÍTULO DA PESQUISA
SUMÁRIO

Capitulo 02
Tópicos para confecção                                               Extensão


SETOR SISALEIRO NO BRASIL
O que é o sisal
Breve histórico do Desenvolvimento da cultura sisaleira no Brasil    (Max 2 laudas)

Panorama do o setor sisaleiro no Brasil atualmente                   (Max 1 lauda)

Perspectivas sobre atividade sisaleira: avanços, pesquisas e
projetos para atividade
Contextualização com Gráficos de produção, ranking de países
produtores, principais compradores do sisal brasileiro

Mapas dos principais estados brasileiros produtores do sisal
(estados da Região Nordeste)

SETOR SISALEIRO NO NORDESTE
Importância do sisal para o Nordeste

Sisal: Alternativa para semiárido e desenvolvimento regional

Municípios produtores de sisal na Bahia.

REGIÃO SISALEIRA DA BAHIA
Região sisaleira e o novo recorte do Território do Sisal (Valente,
São Domingos, Conceição do Coité, Santa Luz, dentre outros)
O papel da APAEB nas transformações da atividade sisaleira no
Território do Sisal da Bahia

A região sisaleira da Bahia e Várzea Nova: Recorte local e
aspectos gerais do município e da produção.
1. SETOR SISALEIRO NO BRASIL




1.1 Breve histórico do Desenvolvimento da cultura sisaleira no Brasil

O sisal é uma planta perene, semi-xerofita de consistência herbácea e escapo floral
saliente que podem atingir 12 ou mais metros de altura; a espécie mais cultivada no
Brasil é Avage sisalana perrine, originário da península do Yucatán no México, seu
principal aproveitamento é extração da fibra têxtil, que é uma das mais duras e
resistentes do mundo que oferece inúmeras aplicações.



                           As fibras de sisal são utilizadas na produção de barbantes, cordas,
                           cordões, cabos marítimos e de elevadores, nas indústrias
                           alimentícias, automotivas e farmacêuticas, para fins geo-têxteis,
                           artesanais, no endurecimento e na colocação de placas de gesso nas
                           construções, na confecção de tapetes, carpetes, tecidos, papéis,
                           estofamentos, adubos orgânicos e químicos, cosméticos, cera, álcool
                           industrial, forragem animal e fios agrícolas (baler twines), utilizados
                           pra amarrar feno e cereais para consumo animal, em países de
                           inverno rigoroso (SILVA,1999, p.??)




                            (Foto do sisal e seus produtos )
 Poderá ser sua mesmo ou obtida da web, preferencialmente que VOCÊ mesmo faça essas fotos.




Até a Primeira Guerra Mundial, o México era o único produtor e monopolizava o
mercado dessas fibras, porém em meados do século XIX esse cenário começa a
mudar com Hery Perrine que leva a primeiras mudas para o estado da Flórida (EUA)
e a partir daí dissemina-se para a África Oriental e posteriormente chega ao Brasil,
1903 por Horacio Urpia Junior.
A cultura sisaleira se desenvolveu na região Nordeste devido às características da
planta, que requer clima quente e grande luminosidade e é adaptada a regiões
semiáridas, por ser altamente resistente a estiagens prolongadas, pois apresenta
estruturas peculiares de defesa contra as condições de aridez: folhas carnosas,
número reduzido de estômatos e epiderme fortemente cutinizada. (SILVA, 1999;
CNA, 2004).

Entretanto expansão como cultura de importância econômica ocorre em virtude da
Segunda Guerra Mundial que provocou o incremento da demanda da fibra do sisal,
principalmente para abastecimento da indústria naval.

Surgem, algumas políticas públicas com objetivo de estimular a integração da
economia nacional através da exploração da matéria prima regional nascente
indústria de fiação instalada no centro-sul do país e para o mercado externo,
Estados Unidos e países da Europa, havendo assim rápida expansão cultura do
sisal, consolidou-se como um dos principais produtos de exportação no Nordeste
brasileiro, assumindo uma importância econômica significativa.

Até a década de 1960 o setor sisaleiro mostrava-se promissor, os estados da região
nordeste Paraíba, Bahia e Rio Grande do Norte tornam-se grandes produtores. O
sisal transforma-se em alternativa que assegurava a subsistência dos trabalhadores
envolvidos

Porém a indústria da fibra do sisal com baixo índice de modernização e capitalização
em relação ao paradigma industrial vigente no pós-guerra depara com o avanço da
indústria química e a inserção de fibras de sintéticas derivados do petróleo, com
preços bem mais competitivos.

Neste período o mecardo produtor de fibras sobre grande abalo devido à queda
brusca da demanda do produto e declino de preços; limitando o potencial da
indústria do sisal e ocasionando mudanças no quadro interno da atividade no
Nordeste.

Todavia na década de 1970 houve uma valorização, e crescente demanda das fibras
naturais no mercado externo, em relação às concorrentes fibras sintéticas, por conta
da crise do petróleo que acarretou acedente nos preços de seus produtos derivados.
Essa situação perdurou durante toda a década, fortalecida, ainda, pela implantação
no país de várias indústrias de manufaturados de sisal, detentoras de tecnologias
mais modernas e competitivas.

A partir da década de 1980, a situação começou a se inverter, provocando um
quadro de incertezas e de insegurança no setor de produção do sisal e dos seus
manufaturados.

Novamente em decorrência da intensa concorrência das fibras sintéticas, as fibras
duras naturais perdem espaço no mercado e o preço e a demanda teve uma queda
acentuada, ocasionado uma crise na economia sisaleira no Nordeste.

Essa crise produtiva do sisal ganhou proporções gigantescas, marcando o
aprofundamento das condições de pobreza e miserabilidade e afetando os ganhos
das elites locais, exigindo soluções originais e agressivas de órgãos e setores
responsáveis pela atividade. Os trabalhadores investiram em ações de mobilização
de opinião pública, articulando de maneira inédita varias entidades da sociedade civil
prefeitos, vereadores, deputados e meios de comunicação.

Entretanto, a partir de 2001 ocorrem melhoras nos preços no mercado internacional,
repercutindo na demanda pela fibra natural, principalmente por parte dos países
desenvolvidos. Esse movimento decorreu das preocupações com a preservação
ambiental, das leis ambientais e do aumento do preço do petróleo, e do crescimento
da preferência por produtos naturais,

A pressão dos movimentos ecológicos que incentivam a substituição da fibra
sintética pela vegetal, especialmente na confecção de tapetes; o fato de tratar-se de
uma cultura ecológica que gera um produto “limpo” (sisal orgânico), livre de resíduos
químicos. Ademais, a entrada da China no mercado comprador e redução da área
plantada em todos os países tradicionalmente produtores; tem efeitos diretos no
aumento do preço da fibra no mercado.

Com base em formas alternativas de exploração desse potencial sisaleiro
remanescente, começa a fazer parte de experiências de organização popular, que
apontam possibilidades de articulação dinâmica entre a pequena produção rural
familiar e a geração de ocupação/renda.
Apesar de todos os percalços o Brasil, segundo Lessa (2007) continua sendo o
maior produtor e exportador mundial de fibras e manufaturados de sisal. Responde
por aproximadamente 70% da exportação mundial de sisal, sendo também outros
produtores importantes no cenário internacional, dentre eles a China, Tanzânia e
Quênia.

Inserir aqui um esquema com os países produtores de sisal Fonte: FAO ou Promo )




Em SEGUIDA....

Perspectivas sobre atividade sisaleira: avanços, pesquisas e projetos para atividade


Contextualização com Gráficos de produção, ranking de países produtores,
principais compradores do sisal brasileiro

Mapas dos principais estados brasileiros produtores do sisal (estados da Região
Nordeste)

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  • 1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – DCH CAMPUS IV – JACOBINA / COLEGIADO DE GEOGRAFIA CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA ALVARO RICARDO de tal… TÍTULO DA PESQUISA
  • 2. SUMÁRIO Capitulo 02 Tópicos para confecção Extensão SETOR SISALEIRO NO BRASIL O que é o sisal Breve histórico do Desenvolvimento da cultura sisaleira no Brasil (Max 2 laudas) Panorama do o setor sisaleiro no Brasil atualmente (Max 1 lauda) Perspectivas sobre atividade sisaleira: avanços, pesquisas e projetos para atividade Contextualização com Gráficos de produção, ranking de países produtores, principais compradores do sisal brasileiro Mapas dos principais estados brasileiros produtores do sisal (estados da Região Nordeste) SETOR SISALEIRO NO NORDESTE Importância do sisal para o Nordeste Sisal: Alternativa para semiárido e desenvolvimento regional Municípios produtores de sisal na Bahia. REGIÃO SISALEIRA DA BAHIA Região sisaleira e o novo recorte do Território do Sisal (Valente, São Domingos, Conceição do Coité, Santa Luz, dentre outros) O papel da APAEB nas transformações da atividade sisaleira no Território do Sisal da Bahia A região sisaleira da Bahia e Várzea Nova: Recorte local e aspectos gerais do município e da produção.
  • 3. 1. SETOR SISALEIRO NO BRASIL 1.1 Breve histórico do Desenvolvimento da cultura sisaleira no Brasil O sisal é uma planta perene, semi-xerofita de consistência herbácea e escapo floral saliente que podem atingir 12 ou mais metros de altura; a espécie mais cultivada no Brasil é Avage sisalana perrine, originário da península do Yucatán no México, seu principal aproveitamento é extração da fibra têxtil, que é uma das mais duras e resistentes do mundo que oferece inúmeras aplicações. As fibras de sisal são utilizadas na produção de barbantes, cordas, cordões, cabos marítimos e de elevadores, nas indústrias alimentícias, automotivas e farmacêuticas, para fins geo-têxteis, artesanais, no endurecimento e na colocação de placas de gesso nas construções, na confecção de tapetes, carpetes, tecidos, papéis, estofamentos, adubos orgânicos e químicos, cosméticos, cera, álcool industrial, forragem animal e fios agrícolas (baler twines), utilizados pra amarrar feno e cereais para consumo animal, em países de inverno rigoroso (SILVA,1999, p.??) (Foto do sisal e seus produtos ) Poderá ser sua mesmo ou obtida da web, preferencialmente que VOCÊ mesmo faça essas fotos. Até a Primeira Guerra Mundial, o México era o único produtor e monopolizava o mercado dessas fibras, porém em meados do século XIX esse cenário começa a mudar com Hery Perrine que leva a primeiras mudas para o estado da Flórida (EUA) e a partir daí dissemina-se para a África Oriental e posteriormente chega ao Brasil, 1903 por Horacio Urpia Junior.
  • 4. A cultura sisaleira se desenvolveu na região Nordeste devido às características da planta, que requer clima quente e grande luminosidade e é adaptada a regiões semiáridas, por ser altamente resistente a estiagens prolongadas, pois apresenta estruturas peculiares de defesa contra as condições de aridez: folhas carnosas, número reduzido de estômatos e epiderme fortemente cutinizada. (SILVA, 1999; CNA, 2004). Entretanto expansão como cultura de importância econômica ocorre em virtude da Segunda Guerra Mundial que provocou o incremento da demanda da fibra do sisal, principalmente para abastecimento da indústria naval. Surgem, algumas políticas públicas com objetivo de estimular a integração da economia nacional através da exploração da matéria prima regional nascente indústria de fiação instalada no centro-sul do país e para o mercado externo, Estados Unidos e países da Europa, havendo assim rápida expansão cultura do sisal, consolidou-se como um dos principais produtos de exportação no Nordeste brasileiro, assumindo uma importância econômica significativa. Até a década de 1960 o setor sisaleiro mostrava-se promissor, os estados da região nordeste Paraíba, Bahia e Rio Grande do Norte tornam-se grandes produtores. O sisal transforma-se em alternativa que assegurava a subsistência dos trabalhadores envolvidos Porém a indústria da fibra do sisal com baixo índice de modernização e capitalização em relação ao paradigma industrial vigente no pós-guerra depara com o avanço da indústria química e a inserção de fibras de sintéticas derivados do petróleo, com preços bem mais competitivos. Neste período o mecardo produtor de fibras sobre grande abalo devido à queda brusca da demanda do produto e declino de preços; limitando o potencial da indústria do sisal e ocasionando mudanças no quadro interno da atividade no Nordeste. Todavia na década de 1970 houve uma valorização, e crescente demanda das fibras naturais no mercado externo, em relação às concorrentes fibras sintéticas, por conta da crise do petróleo que acarretou acedente nos preços de seus produtos derivados. Essa situação perdurou durante toda a década, fortalecida, ainda, pela implantação
  • 5. no país de várias indústrias de manufaturados de sisal, detentoras de tecnologias mais modernas e competitivas. A partir da década de 1980, a situação começou a se inverter, provocando um quadro de incertezas e de insegurança no setor de produção do sisal e dos seus manufaturados. Novamente em decorrência da intensa concorrência das fibras sintéticas, as fibras duras naturais perdem espaço no mercado e o preço e a demanda teve uma queda acentuada, ocasionado uma crise na economia sisaleira no Nordeste. Essa crise produtiva do sisal ganhou proporções gigantescas, marcando o aprofundamento das condições de pobreza e miserabilidade e afetando os ganhos das elites locais, exigindo soluções originais e agressivas de órgãos e setores responsáveis pela atividade. Os trabalhadores investiram em ações de mobilização de opinião pública, articulando de maneira inédita varias entidades da sociedade civil prefeitos, vereadores, deputados e meios de comunicação. Entretanto, a partir de 2001 ocorrem melhoras nos preços no mercado internacional, repercutindo na demanda pela fibra natural, principalmente por parte dos países desenvolvidos. Esse movimento decorreu das preocupações com a preservação ambiental, das leis ambientais e do aumento do preço do petróleo, e do crescimento da preferência por produtos naturais, A pressão dos movimentos ecológicos que incentivam a substituição da fibra sintética pela vegetal, especialmente na confecção de tapetes; o fato de tratar-se de uma cultura ecológica que gera um produto “limpo” (sisal orgânico), livre de resíduos químicos. Ademais, a entrada da China no mercado comprador e redução da área plantada em todos os países tradicionalmente produtores; tem efeitos diretos no aumento do preço da fibra no mercado. Com base em formas alternativas de exploração desse potencial sisaleiro remanescente, começa a fazer parte de experiências de organização popular, que apontam possibilidades de articulação dinâmica entre a pequena produção rural familiar e a geração de ocupação/renda.
  • 6. Apesar de todos os percalços o Brasil, segundo Lessa (2007) continua sendo o maior produtor e exportador mundial de fibras e manufaturados de sisal. Responde por aproximadamente 70% da exportação mundial de sisal, sendo também outros produtores importantes no cenário internacional, dentre eles a China, Tanzânia e Quênia. Inserir aqui um esquema com os países produtores de sisal Fonte: FAO ou Promo ) Em SEGUIDA.... Perspectivas sobre atividade sisaleira: avanços, pesquisas e projetos para atividade Contextualização com Gráficos de produção, ranking de países produtores, principais compradores do sisal brasileiro Mapas dos principais estados brasileiros produtores do sisal (estados da Região Nordeste)