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Colégio Brasileiro Pedro Silvestre
Professora:Izabelle
2° ANO ‘’3’’
São belas - bem o sei, essas estrelas,       Formosos - são os pomos saborosos,
Mil cores - divinais têm essas flores;       É um mimo - de néctar o racimo:
Mas eu não tenho, amor, olhos para elas:     E eu tenho fome e sede... sequiosos,
Em toda a natureza                           Famintos meus desejos
Não vejo outra beleza                        Estão... mas é de beijos
Senão a ti - a ti!                           É só de ti - de ti!

Divina - ai! sim, será a voz que afina       Macia - deve a relva luzidia
Saudosa - na ramagem densa, umbrosa.         Do leito - ser por certo em que me deito
Será: mas eu do rouxinol que trina           Mas quem, ao pé de ti, quem poderia
Não oiço a melodia,                          Sentir outras carícias,
Nem sinto outra harmonia                     Tocar noutras delícias
Senão a ti - a ti!                           Senão em ti - em ti!

Respira - n'aura que entre as flores gira,   A ti! ai, a ti só os meus sentidos,
Celeste - incenso de perfume agreste.        Todos num confundidos,
Sei... não sinto: a minha alma não aspira,   Sentem, ouvem, respiram;
Não percebe, não toma                        Em ti, por ti deliram.
Senão o doce aroma                           Em ti a minha sorte,
Que vem de ti - de ti!                       A minha vida em ti;
                                             E, quando venha a morte,
                                             Será morrer por ti.
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Que é a vida - e que a vida destrói -
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               Eu não sei, não me lembro: o passado,
               A outra vida que dantes vivi
               Era um sonho talvez... - foi um sonho -
               Em que paz tão serena a dormi!
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                                 Eu passei... dava o sol tanta luz!
                                 E os meus olhos, que vagos giravam,
                                 Em seus olhos ardentes os pus.
                                 Que fez ela? eu que fiz? - não no sei;
                                 Mas nessa hora a viver comecei...
São belas - bem o sei, essas estrelas,
Mil cores - divinais têm essas flores;
Mas eu não tenho, amor, olhos para elas:
Em toda a natureza
Não vejo outra beleza
Senão a ti - a ti!
Divina - ai! sim, será a voz que afina
Saudosa - na ramagem densa, umbrosa.
Será: mas eu do rouxinol que trina
Não oiço a melodia,
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Senão a ti - a ti!
Respira - n'aura que entre as flores gira,
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Sei... não sinto: a minha alma não aspira,
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E eu tenho fome e sede... sequiosos,
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Macia - deve a relva luzidia
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  • 4. São belas - bem o sei, essas estrelas, Formosos - são os pomos saborosos, Mil cores - divinais têm essas flores; É um mimo - de néctar o racimo: Mas eu não tenho, amor, olhos para elas: E eu tenho fome e sede... sequiosos, Em toda a natureza Famintos meus desejos Não vejo outra beleza Estão... mas é de beijos Senão a ti - a ti! É só de ti - de ti! Divina - ai! sim, será a voz que afina Macia - deve a relva luzidia Saudosa - na ramagem densa, umbrosa. Do leito - ser por certo em que me deito Será: mas eu do rouxinol que trina Mas quem, ao pé de ti, quem poderia Não oiço a melodia, Sentir outras carícias, Nem sinto outra harmonia Tocar noutras delícias Senão a ti - a ti! Senão em ti - em ti! Respira - n'aura que entre as flores gira, A ti! ai, a ti só os meus sentidos, Celeste - incenso de perfume agreste. Todos num confundidos, Sei... não sinto: a minha alma não aspira, Sentem, ouvem, respiram; Não percebe, não toma Em ti, por ti deliram. Senão o doce aroma Em ti a minha sorte, Que vem de ti - de ti! A minha vida em ti; E, quando venha a morte, Será morrer por ti.
  • 5. Este inferno de amar - como eu amo! Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi? Esta chama que alenta e consome, Que é a vida - e que a vida destrói - Como é que se veio a atear, Quando - ai quando se há-de ela apagar? Eu não sei, não me lembro: o passado, A outra vida que dantes vivi Era um sonho talvez... - foi um sonho - Em que paz tão serena a dormi! Oh! que doce era aquele sonhar... Quem me veio, ai de mim! despertar? Só me lembra que um dia formoso Eu passei... dava o sol tanta luz! E os meus olhos, que vagos giravam, Em seus olhos ardentes os pus. Que fez ela? eu que fiz? - não no sei; Mas nessa hora a viver comecei...
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  • 7.
  • 8. São belas - bem o sei, essas estrelas, Mil cores - divinais têm essas flores; Mas eu não tenho, amor, olhos para elas: Em toda a natureza Não vejo outra beleza Senão a ti - a ti!
  • 9. Divina - ai! sim, será a voz que afina Saudosa - na ramagem densa, umbrosa. Será: mas eu do rouxinol que trina Não oiço a melodia, Nem sinto outra harmonia Senão a ti - a ti!
  • 10. Respira - n'aura que entre as flores gira, Celeste - incenso de perfume agreste. Sei... não sinto: a minha alma não aspira, Não percebe, não toma Senão o doce aroma Que vem de ti - de ti!
  • 11. Formosos - são os pomos saborosos, É um mimo - de néctar o racimo: E eu tenho fome e sede... sequiosos, Famintos meus desejos Estão... mas é de beijos É só de ti - de ti!
  • 12. Macia - deve a relva luzidia Do leito - ser por certo em que me deito Mas quem, ao pé de ti, quem poderia Sentir outras carícias, Tocar noutras delícias Senão em ti - em ti!
  • 13. São belas - bem o sei, essas estrelas, Mil cores - divinais têm essas flores; Mas eu não tenho, amor, olhos para elas: Em toda a natureza Não vejo outra beleza Senão a ti - a ti!
  • 14. Divina - ai! sim, será a voz que afina Saudosa - na ramagem densa, umbrosa. Será: mas eu do rouxinol que trina Não oiço a melodia, Nem sinto outra harmonia Senão a ti - a ti!
  • 15. Respira - n'aura que entre as flores gira, Celeste - incenso de perfume agreste. Sei... não sinto: a minha alma não aspira, Não percebe, não toma Senão o doce aroma Que vem de ti - de ti!
  • 16. Formosos - são os pomos saborosos, É um mimo - de néctar o racimo: E eu tenho fome e sede... sequiosos, Famintos meus desejos Estão... mas é de beijos É só de ti - de ti!
  • 17. Macia - deve a relva luzidia Do leito - ser por certo em que me deito Mas quem, ao pé de ti, quem poderia Sentir outras carícias, Tocar noutras delícias Senão em ti - em ti!
  • 18. A ti! ai, a ti só os meus sentidos, Todos num confundidos, Sentem, ouvem, respiram; Em ti, por ti deliram. Em ti a minha sorte, A minha vida em ti; E, quando venha a morte, Será morrer por ti.
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  • 20. "Esta chama que alenta e consome, Que é a vida - e que a vida destrói -"
  • 21. "Como é que se veio a atear, Quando - ai quando se há de apagar?"
  • 22. "A outra vida que dantes vivi Era um sonho talvez... - foi um sonho -"
  • 23. "Em seus olhos ardentes os pus"
  • 24. "Mas nessa hora a viver comecei..."