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E E M E17o
ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE MEDICINA ESPIRITUAL
“O corpo reflete o que há no Espírito, sendo assim, o Espírito precisa ser curado primeiro.
A Medicina Espiritual há de ser associada à Medicina Humana, em função de que uma vai
cuidar do corpo e a outra do Espírito. A Medicina socorre o perispírito, mas também socorre o corpo,
ela não se sobrepõe ao remédio, porque cada um age no seu campo; cada um tem a sua esfera de
ação; cada um tem o seu momento.”
Ignácio Bittencourt
(Patrono do Encontro: 19/04/1862 – 18/02/1943)
Reuniões de Estudo para o Encontro
Seção Técnica de Passes
(Estudos realizados em 2006)
2 17º
Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006
Índice
Fluidos............................................................................................................................ 3
Princípios Científicos Básicos ao Entendimento da Medicina Espiritual – A Matéria Invisível ............................... 3
Magnetismo Humano – Conceitos Básicos, Diferenças entre Magnetizador e Médium de Cura ............................. 8
Propriedades dos Fluidos – Ciência e Medicina Espiritual, Características Gerais dos Fluidos, Fluido Espiritual... 19
Perispírito ..................................................................................................................... 25
O Homem Encarnado – Espírito, Perispírito e Corpo. Funções e Propriedades.................................................. 25
Perispírito e a Etiologia das Doenças............................................................................................................... 33
Os Efeitos do Remorso no Perispírito – Fenômenos Fisiológicos e Patológicos .................................................. 39
A Ação do Passe no Perispírito....................................................................................................................... 47
Passes............................................................................................................................ 56
Anatomia Aplicada ao Passes ......................................................................................................................... 56
Centro de Força ............................................................................................................................................ 71
O Passe – Instrumento do Médium ................................................................................................................ 84
Condições Básicas para o Trabalho de Passes................................................................................................... 89
Técnicas de Passes – Classificação e Definição................................................................................................. 94
Passes Longitudinais e Perpendiculares ......................................................................................................... 100
Passes por Imposição de Mãos e Insuflação.................................................................................................... 109
Passes Transversais e Rotatórios ................................................................................................................... 115
Passes no Serviço da Cura............................................................................................................................ 120
Passes no Serviço da Desobsessão ................................................................................................................. 125
Experiências no Trabalho de Passes .............................................................................................................. 132
17º
Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 3
Fluidos
Princípios Científicos Básicos ao Entendimento da Medicina Espiritual – A Matéria Invisível
Aula dada por Alexandre Lobato em 16/03/2006
Nós temos dois objetivos para atingir hoje. Um é o tema mesmo, que fala da matéria
invisível, que é como nós, na Seção Científica, chamamos o fluido. O outro objetivo é aproveitar
esse intercâmbio e apresentar uma seção para a outra. No caso, vou falar da Seção Científica 1,
onde estudamos o fluido, o magnetismo e um pouco de perispírito, preparando o pessoal que no ano
seguinte vai estudar a Seção Científica 2.
Na Seção Científica vivenciamos dois problemas: um com as pessoas que dizem não saber
nada e outro com as que, porque são de alguma área profissional técnica, acham que sabem alguma
coisa. O que pensa que não sabe nada diz: “Eu até que gostaria de estudar lá, mas não vou não,
porque a científica é um negócio técnico, não vou entender nada. Meu negócio é só Doutrina
Espírita”. E acaba não indo. E o que vem, porque vê no nome “Científica” um ponto atrativo, é um
problema porque temos dificuldade em fazer com que ele fale de Doutrina Espírita. Formamos o
grupo para estudar e a tendência é o pessoal dar uma viagem sem fim. Repetem incansavelmente
alguns termos técnicos que nós não usamos no Encontro, porque o Encontro é um encontro espírita
sobre Medicina Espiritual. Falamos de Medicina Espiritual na visão de Kardec.
A Seção Científica, obrigatoriamente, traz conceitos da ciência atual para o Encontro. Por
exemplo: semanas atrás passou na TV um programa sobre as teorias da criação do Universo. Tem a
do Big-Bang que teve uma explosão e começou tudo e tem uma que se chama Teoria das Cordas,
que afirma que a criação do mundo começou de vibrações nascidas de pequenas estruturas. Aí o
pessoal diz: “Isso aí não é novidade nenhuma, sou espírita e sei disso há muito tempo. Léon Denis
no livro No Invisível já falava isso: no Universo tudo é vibração, tudo vibra. O espírita já sabe.” Não
é para falar assim, é para ficar com aquela firmeza que os codificadores como Kardec, Léon Denis,
Gabriel Dellane sempre sinalizaram: toda religião tem que crescer, tem que acompanhar o avanço
da ciência, do raciocínio do homem, das necessidades do homem da Terra. Quando a gente estuda o
Espiritismo e vê que na ciência encontramos respaldo para aquilo que os espíritos trouxeram para
Kardec, a sensação tem que ser sempre assim: minha religião é moderna, ela está crescendo. Daqui
a cem anos o Espiritismo vai estar mais forte do que hoje.
Nos Estados Unidos há uma verdadeira discussão sobre a evolução da espécie humana.
Estão querendo colocar na escola, de novo, que nós viemos de Adão e Eva, que teve a Arca de Noé.
Isso é uma discussão institucional, envolvendo Governo dos Estados, as instituições de educação. E
tem outra corrente, a evolucionista, que fala de Darwin, que viemos do macaco, é o que a ciência
mostra. Não tem diminuição nisso não, porque tudo faz parte da criação de Deus. O fato de eu vir
do macaco, da ameba ou de uma costela, não quer dizer absolutamente nada, porque eu sou criatura
de Deus.
A nossa religião não está parada no tempo, não briga por conceitos ultrapassados, pelo
contrário, ela está sempre acompanhando aquilo que a ciência, que a evolução do pensamento
humano vai descobrindo para nós. Esse é um dos principais aspectos que a Seção Científica procura
passar para o encontrista.
Vamos pensar como Kardec pensava há 160 anos. Na época dele não tinha televisão, celular,
fax, calculadora, nada do que temos das facilidades da vida do homem moderno. O que ele estudava
na escola de ciências, os nossos filhos, hoje, na 4a
série, sabem muito mais.
No tempo de Kardec, o raciocínio em relação à matéria nas suas representações mais
pequeninas era pouco diferente do que havia 450 anos antes de Jesus. Kardec viveu em 1850 e o
que ele estudava de Física, de Ciência não era muito diferente do que os gregos sabiam 2300 anos
antes, não tinha diferença quase nenhuma, em se tratando de matéria. Eles pensavam assim: qual o
menor pedaço dessa câmera? Vou pegar a câmera e, quebrando, quebrando, quebrando, vou
encontrar o menor pedaço dela e depois não tem nada, acabou. Kardec já conhecia as moléculas, os
átomos, mas não as partículas menores da matéria.
O que os espíritos escreveram tem um valor excepcional, porque era uma revelação.
Ninguém tinha conhecimento daquilo naquela época. Kardec morreu sem conhecer sobre elétron,
4 17º
Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006
átomo. Alguma coisa de carga elétrica ele conheceu. No Livro dos Espíritos ele pergunta: “fluido é
fluido elétrico?” (Porque estava na moda na época.)
Kardec pergunta em O Livro dos Espíritos sobre molécula e não sobre átomo, porque ele
não conhecia.
33 – A mesma matéria elementar é suscetível de experimentar todas as modificações e de adquirir
todas as propriedades?
“Sim e é isso o que se deve entender, quando dizemos que tudo está em tudo!”
O oxigênio, o hidrogênio, o azoto, o carbono e todos os corpos que consideramos simples
são meras modificações de uma substância primitiva. Na impossibilidade em que ainda nos
achamos de remontar, a não ser pelo pensamento, a esta matéria primária, esses corpos são para nós
verdadeiros elementos e podemos, sem maiores conseqüências, tê-los como tais, até nova ordem.
a) Não parece que esta teoria dá razão aos que não admitem na matéria senão duas propriedades
essenciais: a força e o movimento, entendendo que todas as demais propriedades não passam de efeitos
secundários, que variam conforme a intensidade da força e a direção do movimento?
“É acertada essa opinião. Falta somente acrescentar: e conforme a disposição das moléculas, como o mostra,
por exemplo, um corpo opaco, que pode tornar-se transparente e vice-versa.”
34 – As moléculas têm forma determinada?
“Certamente, as moléculas têm uma forma, porém não sois capazes de apreciá-la.”
a) Essa forma é constante ou variável?
“Constante a das moléculas elementares primitivas; variável a das moléculas secundárias, que mais não são
do que aglomerações das primeiras. Porque, o que chamais molécula longe ainda está da molécula
elementar.”
(O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Editora F.E.B.)
Quando Kardec estuda sobre perispírito, os espíritos dizem que o corpo espiritual, para ele, é
vaporoso, pois não consegue ver, porque é feito da matéria muito pequenina que ele não conhecia.
Mas, para os espíritos, é grosseiro, porque eles conheciam. Essas substâncias que para Kardec eram
menores, não eram menores, a menor coisa chama-se Fluido Cósmico Universal. Que na Gênese,
cap. XIV Kardec estuda melhor.
Para quem se propõe ser médium espírita, que dá passe, isto não é possível sem conhecer de
fluido. Claro que é possível ser médium, claro que é possível dar passe. Magnetizador dá passe sem
estudar a doutrina. Mas a nossa proposta é ser médium espírita, o médium que Kardec mostrou que
temos que ser. Esse médium tem que conhecer o material que usa para dar passe, que é o fluido. É
um material muito sutil, tão sutil que eu não consigo ver, a maioria de nós não vê mesmo, mas é um
material. É invisível, pequenino, mas existe e é material.
Na ciência a gente comprova a existência de coisas invisíveis, o que os instrumentos não
conseguem ver, pelos efeitos que elas causam. Por exemplo: nós descobrimos planetas Júpiter,
Urano muito antes do telescópio Hubble. Uns deu para ver mesmo (no caso de Júpiter deu), mas
outros não. Como se viu? Porque fizeram cálculos e os cálculos diziam que neste local do espaço
não deveria ter nada, mas tem algo lá. É exatamente o raciocínio que usamos na doutrina espírita,
nós não conseguimos ver o fluido, mas percebemos os efeitos dele.
Quando damos passe as pessoas dão um retorno: “Quando o médium chega perto de mim
sinto um calor.” O próprio médium fala: “Quando ponho a mão sobre a mão doente, minha mão fica
gelada, ou dormente, formiga. Parece que tem um peso quando se coloca a mão num copo com
água.” São efeitos de uma matéria que não vejo, é invisível, mas que eu sei que está ali, pelos efeitos
dela passando pela minha mão e chegando na pessoa. É o mesmo raciocínio que a ciência usa.
As afirmativas que estão nos livros da codificação, para a Seção Científica tem um valor de
vibração: “Olha só que coisa legal!”
Isso que na época de Kardec foi uma revelação, e ele foi corajoso porque publicou, não ficou
só na cabeça dele não. Porque o elétron foi descoberto em 1898 e vamos à Internet e vemos que
Fulano de tal em 1870 e pouco já estudava, mas não contou para ninguém. Kardec não tinha
embasamento científico na época, nada que apontasse nessa direção e colocou em livro, jornal, fazia
estudo na Sociedade de Estudos Parisiense. Para nós da Seção Científica é motivo de vibração: “O
codificador teve essa coragem, nós vamos ter que ter uma semelhante, porque vamos vir a público
17º
Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 5
falar de conceitos científicos, mas dentro do meio filosófico, cristão, religioso.” Sem levar para o
lado extremamente técnico, porque não convém. Mas não ficar falando só do que está escrito no
livro, porque para falar o que está no livro, vende-se o livro, as pessoas lêem e está tudo certo.
Temos que aprofundar o que está ali.
Na Gênese diz que o fluido cósmico elementar é a matéria elementar do Universo.
Elementar é o que está na origem, é o mais simples. Tudo o que existe no universo material, tirando
Deus e o espírito, tudo o que sobra tem origem no que Kardec batizou de Fluido Cósmico
Universal. Hoje a ciência fala a mesma coisa, até a expressão é a mesma, matéria elementar. O
próprio Kardec já alertava para isso: “Se quiser chamar de fluido elementar chama, se quiser
chamar de fluido universal chama, se quiser chamar de fluido cósmico universal chama, só nos
entendamos quanto a uma coisa, é a manifestação mais simples que existe na matéria.”
Os homens da ciência dizem, ao pegarem do momento em que houve a explosão até hoje, e
dividirem em dias: “Nós sabemos como é a matéria 15 milionésimos de segundos depois dela ter
sido criada.” Eles sabem como é a matéria bem perto do ponto zero, do Fluido Cósmico Universal.
Eles não sabem como é o momento zero da criação, mas sabem que tem uma matéria muito
simples, e chamam de matéria elementar, matéria escura.
Um cientista suíço fazendo uma pesquisa sobre outras galáxias, chegou à conclusão que,
pelo que se conhece de matéria, aquilo deveria estar andando muito mais rápido, no entanto, está
muito devagar, deve ter mais matéria do que se conhece. Ele provou por cálculos que existe algo
que não conseguimos mensurar, mas existe.
No texto da Gênese Kardec diz que, além do ponto zero, ocorrem infinitas transformações e
ponderações, gerando tudo aquilo que conhecemos no Universo. Aqui é a matéria no estado mais
simples, ela vai combinando, recombinando até chegar no mundo material que nós conhecemos. No
Encontro fazemos experiências bem simples, pegamos a água, esquentamos, ou seja, colocamos
energia, ela vira vapor. Mudou uma propriedade, mas continua sendo água. Uma está no copo, eu
vejo; a outra eu esquento e não vejo mais, criamos uma propriedade nova para a água a
invisibilidade. Igual à matéria que num estágio eu vejo, posso pôr a mão e no outro, o fluídico, não
tem peso, não consigo ver, mas é matéria também.
Isso somos nós, o homem, imagine os Espíritos superiores, que são os ministros de Deus na
criação, combinando as coisas para montar o Universo.
O físico Marcelo Gleiser faz um cálculo para mostrar a mesma coisa que está na Gênese. No
livro Retalhos Cósmicos ele diz assim:
“Quantas moléculas podem existir? Usando apenas 103 átomos (outros forma sintetizados
recentemente) e descontando os oito gases nobres, pois estes não se combinam com outros átomos, temos 95
átomos para formar moléculas. Se uma molécula tem dois átomos, existem 95 possibilidades para o primeiro
e 95 para o segundo, ou seja, 95 x 95 = 952
= 9025 moléculas diferentes. Para moléculas com n átomos,
temos 95n
possibilidades.
Na realidade, o número é bem menor, porque nem todos os átomos forjam ligações entre si. Levando
em conta essa limitação (conhecida como “valência”), o número de moléculas com n átomos é, numa
aproximação grosseira, 95n/2
.
Esse número é extremamente grande, mesmo para moléculas com um número relativamente pequeno
de átomos. Por exemplo, se n = 112, o número de moléculas é 9556
, que é aproximadamente igual a 10110
(1
seguido de 110 zeros)! O físico Walter Elsasser cunhou o termo imenso para descrever números maiores do
que 10110
. Portanto, o número de moléculas possíveis é certamente “imenso”.
O número 10110
não é arbitrário. Imagine que você tenha que compilar uma lista contendo 10110
moléculas. Elsasser mostrou que, para armazenarmos a informação contida nessa lista, precisaríamos de um
computador cuja memória utilizaria todos os átomos de hidrogênio do Universo. Mais ainda, para
examinarmos o conteúdo da lista precisaríamos de um tempo maior do que a idade atual do Universo, em
torno de 15 bilhões de anos!”
(Retalhos Cósmicos – Marcelo Gleiser – Ed. Companhia das Letras)
Olha quanta coisa tem no Universo que a gente não conhece ainda. O fluido é um desses
bilhões de matéria que existe por aí. Tem a madeira, o papel, o plástico, o couro, o tecido, todas são
substâncias, tão reais quanto o fluido.
Na Gênese Kardec diz que os homens manipulam os gases no laboratório da mesma forma
que os espíritos manipulam os fluidos. Só que os homens usam as mãos e os espíritos o pensamento
6 17º
Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006
para manipular essa matéria, que é tão tênue, tão simples, que com a simples força do pensamento
pode-se agir sobre ela. Vai nascendo a idéia de responsabilidade. Imagine que eu seja um químico
responsável por criar um produto de limpeza. Eu posso criar qualquer negócio e colocar na
prateleira e vender? Poder posso, mas pela ética não se deve fazer isso. Com o médium é a mesma
coisa, pensar qualquer coisa na hora do passe eu posso, mas não devo, porque tenho um
compromisso com a responsabilidade.
Além das múltiplas transformações, nós temos um outro ponto que os espíritos trouxeram e que nós
encontramos respaldo na ciência. Os espíritos falaram para Kardec que se a matéria se transforma,
ela ganha propriedades diferentes.
Tangibilidade – Nós podemos colocar a mão no fluido? Na hora do passe não, mas no
espírito materializado sim. Depende do fenômeno que estou analisando. Para a técnica de passes
quase sempre será não. Na materialização é sempre sim, porque o espírito está materializado, coloca
a mão na parafina para fazer o molde, para comprovar a imortalidade.
Ponderabilidade – O fluido tem peso? O perispírito tem peso? Sim. Nas experiências de
materialização pesava a médium e durante a materialização pesava novamente e verificava que
perdia peso pela doação de fluido. Em determinadas circunstâncias posso medir. Na hora do passe
não dá para medir, mas dá para perceber o efeito que é a fome, cansaço, fraqueza.
Temperatura, gosto, odor, cor, brilho – Propriedades organolépticas, que são aquelas que
sentimos com o corpo. Na Terra, o fluido está sempre modificado ele vai ter sempre alguma
coloração, brilho, mas nem sempre vamos perceber. Tem médiuns que percebem isso. Tem pessoas
que falam que não sentem nada na hora de dar o passe, porque a mão não esquenta como a do
Fulano, não fica gelada como Cicrano, é médium de pedra. Mas se a pessoa se concentrar bem vai
ter um outro canal de percepção. É que ela está se comparando aos outros, mas cada um tem o seu
canal de percepção. Vai perceber isso observando o seu próprio comportamento dando o passe.
Como eu fico quando uma pessoa chega perto de mim? Como fico dando passe em tal ou tal
ambiente? Tem que estar sempre ligado nisso para perceber a própria condição sensitiva,
magnética.
Elasticidade – Fluido estica? Pense no elástico que a gente usa para prender o dinheiro e o
cabelo. Estica o elástico, prende o cabelo e quando solta, o elástico volta a seu tamanho normal. O
fluido estica e volta? Sim. Na médium Florence Cook o fluido esticava para fazer a materialização e
depois voltava para ela ao final da materialização. Na hora do passe o fluido estica e volta?
Estatisticamente não. Por que Fulano veio tomar passe? Porque ele está doente. Do ponto de vista
do magnetizador a doença é desequilíbrio de fluido. Por que estou doente? Ou porque tenho muito
fluido ou pouco fluido. Se tenho muito, um desequilíbrio ou excesso, como vou fazer para curar
Fulano? Tiro o excesso, boto para doar fluido. Se tem pouco, para equilibrar coloco fluido. Por
exemplo, ele tem pouco fluido. Doei fluido meu, dos espíritos, dos guias que trabalham na casa, dos
espíritos interessados na cura da pessoa, que gostam dela, que a acompanharam até a casa espírita,
interessados na sua saúde. Eu doei para Fulano e ele vai me devolver o fluido? Não. Senão ele vai
ficar doente de novo, porque veio para pegar fluido. Foi e não voltou, por isso ficamos com fome
quando acabamos de doar fluido. Se fosse e voltasse não ficava desgastado.
As propriedades existem, mas têm que ser estudadas caso a caso. Cada passe é um passe.
Expansibilidade – É o aumento de volume. Quando paro na frente da pessoa para dar o
passe expande ou não o fluido? Sim.
Ignácio Bittencourt diz que há situações em que eu estou emanando, emitindo ou irradiando
fluidos. A gente gasta energia, como se fosse evaporando. Estamos irradiando fluido o tempo todo.
Há um espaço imediatamente ao nosso redor, que é esta expansão de fluido, que ainda somos nós.
Por isso que, só de chegar perto de uma pessoa, se temos sensibilidade para isso, dizemos que ela é
muito nervosa, porque percebemos isso nos fluidos que se expandem ao redor.
Emitir é acompanhado da nossa vontade, é o passe mesmo. Estou em prece, o fluido cresce.
Não é uma coisa solta, estou direcionando.
No trabalho da irradiação, o endereço é lido, mentaliza-se o socorro, coloca-se o fluido para
fora. Se você conhece o endereço, a mente vai lá e ajuda na condução do fluido. Se não conhece, só
17º
Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 7
vai colocando para fora, desejando socorrer aquela pessoa e os espíritos é que vão pegar e levar até
lá essa energia. Vemos os dois casos, pondo para fora, expandindo, emanado e emitindo. O passe
sem vontade não é passe, deixou de ser passe.
Penetrabilidade – Capacidade do fluido de penetrar todos os outros materiais que existem
no nosso mundo. O fluido faz parte desse domínio da matéria muito pequenino, muito sutil. A
matéria está numa fase em que nós não percebemos, é muito fina e atravessa os espaços que existem
entre as outras substâncias. O fluido, por ser muito fino, ultrapassa qualquer matéria que existe na
Terra. Na hora do passe não precisa tirar a bolsa do colo, porque o fluido passa por ali.
Kardec na Revista Espírita de 1858 diz que o médium que não acredita nisso (que o fluido
pode passar em qualquer lugar), é o médium de fluido “mole”. É o médium que duvida que seu
fluido possa atravessar obstáculos. Quando a gente duvida enfraquece a vontade e fica sem força
para fazer o fluido atravessar. Tenho que ter convicção e então o fluido vai chegar lá.
No nosso mundo não há obstáculos para o fluido que usamos no passe, fluido magnético
animal, fluido dos espíritos, porque ele vai passar pelos obstáculos que colocarem na nossa frente.
As pessoas estão vestidas na hora de tomar passe, tem a pele cobrindo os órgãos. Eu posso dar passe
na pele? Posso, uma queimadura, por exemplo. Mas se for uma lesão abaixo da pele, eu tenho que
mentalizar o fluido passando ali. O Nagae dá uma sugestão: imagine que é uma pomada, mentalize
que está colocando a pomada fluídica no ferimento, o fluido vai chegar no ponto que tem que
atingir.
Nós temos a garrafa para fluidificar e as pessoas perguntam se devemos ou não destampar as
garrafas para fluidificar. É melhor não destampar, porque entram outras coisas. O fluido ultrapassa
qualquer obstáculo, vai passar em tudo. Uma pessoa vem à casa espírita pela primeira vez, traz a
sua garrafa e aí vem um fulano que ela não sabe de onde veio, utilizando a mão que ela não sabe se
está higienizada. Já repararam que acaba a reunião pública e ficam várias garrafas lá? Imagine
alguém que olhou, viu o médium sair do banheiro e abrir a garrafa para fluidificar. “Será que ele
lavou as mãos?” Pelo sim pelo não, a pessoa larga a garrafa lá. Questão de higiene, não coloque a
mão numa coisa que não é sua. No passe, temos orientação para não colocar a mão nas pessoas,
para manter o respeito pela integridade delas. A água é da pessoa e, sabendo que meu fluido
ultrapassa obstáculos, mentalizo-o entrando na garrafa e faço meu trabalho.
É obrigatório o conhecimento de tudo isso? Obrigatório não é. O Mário Coelho falava, no
curso de magnetismo, que, do ponto vista espírita, para dar passe é bom saber de anatomia, mas não
é obrigatório. Que Pedro e João conheciam anatomia de peixe e curavam as pessoas. Não é
obrigatório, mas, sabendo dá mais segurança para nós que não temos a condição espiritual deles.
Cada coisa que conseguimos acrescentar ao nosso conhecimento nos dá segurança dentro do
trabalho.
Estamos chegando à nossa conclusão do papel da Seção Científica, que é mostrar o
embasamento atual das revelações, das informações que Kardec trouxe, mostrar que o fluido é
matéria mesmo, que trabalhamos, manipulamos, temos resultados objetivos, diretamente ligados à
nossa atuação como trabalhador. E conforme vamos acrescentando essas informações é como se
fossemos um trabalhador de uma indústria. Quando se tem ferramentas que conhecemos melhor, o
rendimento vai ser muito maior, vai-se gastar menos para fazer um trabalho de melhor qualidade.
Porque nós prestamos um serviço às pessoas, quando elas vem tomar passe com a gente. Nosso
serviço tem que ser cada vez melhor. Cada passe que se dá tem que ser melhor que o último que se
acabou de dar. Tem que se buscar a excelência como médium. Não aprender só o que está no livro
não, nem em estudos como este. No Livro dos Médiuns, no capítulo que fala do método de se fazer
seguidores, Kardec diz que ensina todo aquele que conversa, que troca experiências. Cada vez que
sento para conversar com alguém que já deu 700 passes mais que eu, estou absorvendo
conhecimento, porque ele já experimentou 700 vezes mais situações que eu nunca vi na minha vida.
Tem coisas que não estão no livro, se aprendem com a troca de experiências.
8 17º
Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006
Magnetismo Humano – Conceitos Básicos, Diferenças entre Magnetizador e Médium de Cura
Aula dada por Carlos Cunha – 30/03/06
O que vocês entendem por Magnetismo Humano?
Resposta: “— Uma força de atração. Alguns chamam de carisma.”
Temos então força de atração, energia e carisma. Vamos pensar nas atividades, no trabalho
mediúnico e no passe. Existe a força de atração, energia, o carisma. Como vocês acham que isso
funciona? E o magnetismo onde entra?
Segundo a história, a palavra magnetismo vem de uma região chamada Magnésia. Os homens,
andando por lá, descobriram que tinha uma pedrinha e que uma grudava na outra. Deu-se o nome de
magnetita por causa da região que se chama Magnésia. O nome dessa força de atração passou a ser
magnetismo. A descoberta do magnetismo vem mais ou menos por aí.
Quando falamos de magnetismo lembramos do imã. O imã é o material em que nós
conseguimos visualizar, de forma patente, os efeitos do magnetismo.
Tem uma experiência que fazemos na seção científica: nós temos duas argolas imantadas.
Circula uma energia por aqui, existe um magnetismo, e esse componente magnético que atrai e
repele está presente na natureza. Porque o magnetismo é uma força atuante e muito presente na
natureza. Nós conseguimos perceber o efeito dessa energia com o imã. Mas o que isso tem a ver
com os seres humanos? O que essa energia que circula aqui tem a ver com a energia do passe que
estamos aplicando? Qual a relação que conseguimos encontrar nesse componente material com o
componente espiritual e perispiritual que somos nós? Será que tem uma coisa a ver com a outra?
A exemplo do imã, eu tanto posso combinar, ou seja, atrair, juntar, unir, como posso
dispersar, repelir.
Vamos partir de um princípio natural das forças que atuam na natureza. Para falarmos de
magnetismo, dessa força que circula, que interage conosco, estamos falando de um efeito natural da
vida, porque o magnetismo é uma lei de Deus. A diferença do imã para nós é muito grande. A base,
o princípio material é o mesmo, mas o desenvolvimento, a capacidade de atração e repulsão, o
poder de irradiação, o campo de ação dessa energia é limitado. Temos dois imãs: quando aproximo
um do outro sinto uma força puxando muito forte, mas se afasto um do outro, já não percebo isso,
embora essa energia exista. Qual o princípio desse magnetismo?
O imã é composto por dois pólos: norte e sul. A energia que circula, que flui, sai do pólo
norte no sentido do pólo sul. E o que faz essa força de atração? O pólo norte de um está em contato
com o pólo sul do outro. Existem linhas de forças que saem do pólo norte e dirigem-se ao pólo sul.
Elas vão procurar o melhor caminho para poder atrair um outro componente. Como sabemos, pólos
opostos se atraem. Mas se inverto a polaridade, estarei repelindo. Porque os pólos estariam iguais:
sul com sul e norte com norte se repelem.
Tenho o fator distância. Quanto mais próximo, maior o poder de atuação. E em nós, será que
a coisa funciona da mesma forma? Vamos nos comparar ao imã. Nós, seres humanos, espíritos
encarnados no corpo físico somos seres dotados de magnetismo.
17º
Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 9
O que vem a ser magnetismo humano? O magnetismo humano é a energia que flui, é essa
capacidade que temos de interagir com o outro, de ser agradável ou desagradável com alguém, esse
chamado carisma, esse poder de atração. Existem pessoas que quando chegam num determinado
ambiente, os outros não sabem nem explicar porque, ficam impactados. O que é isso? É o
magnetismo que a pessoa exala, é o poder de atração, é a capacidade de imponência que a própria
figura humana tem e, naquele instante, todas as atenções se voltam para ela. Existe uma certa
energia que circula, que flui pela criatura e que isso consegue atrair. Em contrapartida há pessoas
que chegam a ser desagradáveis, chegam ao ambiente e a presença delas repele as atenções. É o
magnetismo humano.
Então, nós somos como verdadeiros imãs, temos pólo norte, pólo sul? O meu pólo norte foi
com o teu sul, é isso que acontece? Não, não é por aí. Mas o princípio está nessas forças que vão e
vem, que se conjugam, que se atraem ou repelem. Temos que levar em consideração que estamos
encarnados. Todo material é formado por átomos. Os átomos formam as moléculas e a junção
dessas moléculas formarão os corpos, em geral. Todo átomo é formado por partículas. Tem as
partículas de prótons, elétrons e neutrons. Prótons e neutrons estão no centro do núcleo e os elétrons
na periferia, são as bolinhas que ficam circulando.
P+
N
O que faz o imã ser imã? Existem materiais em que os elétrons circulam na última camada,
chamada de valência. Tudo está girando, nada está parado. Nós estamos rodeados de átomos,
prótons, neutrons, elétrons, enfim, esta matéria que não enxergamos compõe o nosso organismo e
compõe tudo aquilo que a gente vê e aquilo que não conseguimos visualizar.
Os elétrons giram em torno de si mesmos e em torno desse núcleo. Vamos lembrar do sistema solar.
O planeta Terra gira em torno de si mesmo e em torno do sol. Movimento de rotação e movimento
de translação. Os elétrons giram em torno do núcleo, o que é comparado ao movimento de
translação, e em torno de si mesmos, o que é comparado ao movimento de rotação da Terra. E esse
movimento de rotação em torno de si mesmo é chamado SPIN. Spin é a rotação que o elétron dá em
torno de si mesmo. O que faz o material ser um material magnético? Os elétrons da última camada
giram no mesmo sentido. Temos dois elétrons chamados spins paralelos, estão girando no mesmo
sentido. A tendência é a força se unir, é como se a energia se somasse e aquilo provoca um campo.
Nos materiais que não são magnéticos os spins giram em sentido contrário, a tendência é um anular
o outro. Então, nem todos os materiais são magnéticos ou magnetizáveis? Existem materiais que
basicamente são magnetizáveis, porque os spins estão girando no mesmo sentido. Em outros, os
spins estão girando em sentido oposto, o campo magnético está nulo. Mas, na verdade o nulo não é
zero, é quase zero. Todo o material que conhecemos tem uma capacidade magnética. O ferro, o
níquel e o cobalto são elementos em que conseguimos constatar o efeito do magnetismo, outros
materiais não. Existem materiais que isolam isso daí.
Somos espíritos, temos um perispírito e estamos presos num corpo físico. Nessa junção de
espírito e matéria. Quando a gente fala de matéria, fala do elemento, que de uma certa forma, sendo
visível ou invisível, é composto por átomos. Existem partículas atômicas, que estão ali se
movimentando. A própria movimentação da matéria cria em si um campo magnético. Nós temos o
nosso campo magnético. Claro, não somos um imã. Mas pelo simples fato de sermos compostos por
matéria e a matéria ter átomos e os átomos tem prótons, elétrons e nêutrons, isso se movimenta.
Lembrem do dínamo, que é um componente material, há uma bobina que começa a rodar e na
10 17º
Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006
movimentação daquele material se forma um campo. O campo é o raio de ação que o material tem.
Por exemplo: o imã tem um campo de ação. Nós, seres humanos, espíritos, seres dotados de razão,
de inteligência, temos um campo de ação, não só fisicamente falando, porque vamos lembrar que
estamos unidos a um corpo físico e nessa própria união à matéria, pelo simples fato de estarmos
encarnados, este corpo tem um campo de ação. A própria vibração da matéria física, orgânica, tem
uma vibração e a vibração vai ser ampliada com aquilo que somos, com o que trazemos, com nosso
pensamento, sentimento e emoção, que é o que nos diferencia do imã. Nós temos o nosso
magnetismo, humano, a nossa capacidade, o nosso poder de influenciação, o nosso poder de
atração, de persuasão, isso é do magnetismo humano, mas podemos ampliar o nosso campo. O imã
é imã e acabou, ponto final. Nós, mesmo tendo a característica físico-orgânica, podemos ampliar
isso em nós.
O que pensamos, sentimos, fazemos interfere nesse nosso campo. E o que isso tem a ver
com o trabalho do passe? Qual seria a diferença com a nossa atuação? Através do nosso
pensamento, do nosso magnetismo, do nosso poder de influenciação, nossa energia sendo levada a
outras criaturas, porque querendo ou não, isso é uma coisa tão natural que, ao longo dos milênios,
começando no princípio inteligente, passando pelos três reinos: mineral, vegetal, animal, até a
condição hominal. Ao longo dessas eras todas, nós começamos a trabalhar em nós e a aprimorar
esse nosso campo de ação, esse nosso campo de atuação. Então, se hoje nós chegamos numa
condição tal que conseguimos influenciar alguém, seja com a nossa palavra, com a nossa presença,
com o passe que aplicamos, isso tudo é uma construção do espírito ao longo dos milênios, das eras,
dos tempos. Agora, independente de estar conscientemente pensando em atuar sobre alguém, eu
estou atuando, isso é o meu campo. Cheguei num local, eu não só como a minha matéria física,
orgânica, perispirítica, mas tudo aquilo que eu trago nas minhas experiências, chego aqui com o
meu campo de ação. Independente de eu estar conscientemente direcionando minha energia, meu
magnetismo para alguém, ele está saindo naturalmente. E isso pode ser ampliado.
No momento do trabalho do passe, eu posso não estar pensando, mas de uma certa forma a
energia está fluindo, está saindo. Mas a partir do momento que eu amplio, abro minha mente,
sintonizo com o mais alto, abro meus sentimentos, amplio meus canais de sensibilidade, eu amplio
esse meu campo também.
Qual seria a diferença entre magnetizador e médium curador? Existem pessoas que têm a
consciência, que sabem e até estudaram o magnetismo humano, que já conseguem comprovar essa
energia humana que flui através de nós. Isso não foi a doutrina espírita que descobriu. A ciência já
comprovou desde muito tempo. A doutrina espírita vem explicar, ampliar e dar uma visão espiritual
desse estudo. O magnetismo humano existe desde que o mundo é mundo e os homens vêm
estudando e conseguem comprovar. Mesmer foi um dos grandes divulgadores do magnetismo.
Existem pessoas que não acreditam no Espiritismo, não aceitam a Doutrina Espírita, não
querem saber de espíritos, mas atestam e comprovam a existência do magnetismo humano, e usam
essa energia para curar alguém, são os chamados magnetizadores. Aqui, no Brasil, não é muito
comum, mas lá fora é difundido, você encontra pessoas que desenvolvem a técnica de manipulação
energética e doam essa energia para outro. O magnetismo requer a capacidade de influenciação, eu
interfiro no campo do outro.
A base do passe está no estudo e aplicação do magnetismo. Claro que nós, conscientes da
existência dessa força, dessa energia, unimos isso à ajuda espiritual, coisa que os magnetizadores
não fazem. Para eles, estão doando aquilo que é deles.
Exemplo: a pessoa caiu, machucou e teve uma contusão. Eu vou fazer uma massagem nela.
Estou magnetizando. Posso não estar conscientemente pensando, mas estou magnetizando,
transferindo energia minha para o outro. É um efeito natural. A própria energia, aquilo que em
eletrônica a gente chama de diferença de potencial, onde esses elétrons fluem naturalmente, de onde
tem mais para onde tem menos.
Exemplo: eu tenho um imã e um prego. Essa energia do imã flui naturalmente e consegue atrair o
preguinho. À medida que vou distanciando não consigo fazer com que essa energia atue. Veja
exemplo retirado da apostila da Seção Científica.
17º
Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 11
INDUÇÃO MAGNÉTICA
“Se colocarmos sobre um monte de limalha de ferro, um pedaço de ferro que não possua nenhum
magnetismo, a limalha não será atraída pelo ferro. Não obstante, se aproximarmos do pedaço de
ferro um imã de considerável poder magnético, observaremos que, imediatamente, a limalha é
atraída pelo pedaço, ou seja, o pedaço de ferro se transforma temporariamente num imã, conforme
ilustrado abaixo.”
“Isto se deve ao fato das linhas de força de um ímã que aproximamos formarem um campo
magnético neste por indução, conforme mostram as linhas tracejadas da figura. Observaremos que o pedaço
de ferro atrai a limalha durante todo o tempo que o ímã permanecer nas proximidades.
Assim que afastarmos o ímã das proximidades do pedaço de ferro, observaremos que a maior parte
da limalha de ferro que havia aderido ao pedaço de ferro, se desprende deste. Algumas limalhas permanecem
aderidas ao pedaço de ferro, em virtude do ímã ter magnetizado parcialmente por indução o pedaço de ferro.
Desta forma, após ter submetido ao pedaço de ferro a ação magnetizadora das linhas de força do ímã em
forma de ferradura, a barra de ferro conserva certo magnetismo que é conhecido pelo nome de magnetismo
remanescente.”
(Anexo retirado da apostila do Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Seção Científica)
****
Nós queremos falar da diferença de potencial, que sempre flui daquele que tem mais para
aquele que tem menos. As linhas de força do imã procuram o melhor meio, o melhor campo para
poder atuar. Por exemplo, neste ambiente aqui: existem raios, ondas magnéticas perpassando por
todo este ambiente, energias e mais energias cruzam aqui. As pessoas usam o celular, um disca para
o outro e não interfere nos outros. Existe uma interferência sim, mas as linhas passam umas pelas
outras e não interfere no sentido de ouvir nada, porque existe um campo de ação no meio disso
tudo.
Para falar dessa diferença de potencial, todo e qualquer material que está com uma certa
capacidade energética vai sair daquele que tem mais para o que tem menos, essa energia vai fluir
naturalmente. Quando eu tenho consciência disso, quando eu aplico a minha vontade, quando
direciono essa energia, é como se eu conduzisse melhor essas linhas.
Quando falamos da diferença do magnetizador para o médium de cura, dissemos que o
magnetizador dá aquilo que é dele. Kardec diz no Livro dos Médiuns, sobre os médiuns curadores:
176 – Eis aqui as respostas que nos deram os Espíritos às perguntas que lhes dirigimos sobre este
assunto:
1a
) Podem considerar-se as pessoas dotadas de força magnética como formando uma variedade de
médiuns? “Não há que duvidar.”
(O Livro dos Médiuns – cap. XIV – item 176 – Allan Kardec – ED. F.E.B.)
Todos nós somos médiuns, sabemos disso. Abrimos o campo de sintonia com o mundo espiritual.
Independente de abrirmos ou não o campo de sintonia com o mundo espiritual, temos a capacidade
de influenciação uns sobre os outros. Não só sobre os corpos dos outros, mas sobre a mente, sobre o
psiquismo, isso é magnetismo.
12 17º
Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006
Intervenção: “Conceitualmente existe a diferença entre magnetizador e médium, mas na prática
não. Porque o espírito vai trabalhar independente da vontade do magnetizador.”
Porque o magnetizador, na cabeça dele está doando aquilo que é dele. Existem pessoas que
estudam a prática, a técnica, até cobram para isso e doam aquela energia e no final se sentem
desgastadas.
O princípio, na magnetização e no passe de cura, é o mesmo, a base é a mesma. A diferença
está no componente externo, ou seja, no auxílio espiritual. Vamos lembrar da bobina, o imã tem a
capacidade natural, mas enrola-se um fio de cobre, coloca-se uma corrente elétrica para girar em
torno daquilo ali e ele amplia o campo de ação, de atuação. Seria mais ou menos, comparando o
papel do médium nesse sentido. A capacidade magnética reside ali, mas a partir do momento que é
feito o apelo ao mundo espiritual, em que o pensamento é conduzido de forma consciente,
equilibrada, direcionada e é colocado o melhor sentimento, não há tanto desperdício, tanto desgaste.
O magnetizador cobra, porque está doando o que é dele, o médium não cobra e nem deve cobrar.
Diz Kardec no item 176 do Livro dos Médiuns:
2a
) Entretanto, o médium é um intermediário entre os Espíritos e o homem; ora, o magnetizador,
haurindo em si mesmo a força de que se utiliza, não parece que seja intermediário de nenhuma potência
estranha.
“É um erro; a força magnética reside, sem dúvida, no homem, mas é aumentada pela ação dos
Espíritos que ele chama em seu auxilio. Se magnetizas com o propósito de curar, por exemplo, e invocas um
bom Espírito que se interessa por ti e pelo teu doente, ele aumenta a tua força e a tua vontade, dirige o teu
fluido e lhe dá as qualidades necessárias.”
3a
) Há, entretanto, bons magnetizadores que não crêem nos Espíritos?
“Pensas então que os Espíritos só atuam nos que crêem neles? Os que magnetizam para o bem são
auxiliados por bons Espíritos. Todo homem que nutre o desejo do bem os chama, sem dar por isso, do
mesmo modo que, pelo desejo do mal e pelas más intenções, chama os maus.”
(O Livro dos Médiuns – cap. XIV – item 176 – Allan Kardec – ED. F.E.B.)
A diferença entre o magnetizador, propriamente dito, e o médium é que o magnetizador,
aquele que trabalha nesse campo de atuação e até é remunerado por isso, não invoca nenhum
auxílio espiritual para junto dele. Na cabeça dele, está doando aquilo que é dele, e está doando
aquilo que é dele sim. Mas se está fazendo aquilo com a melhor das intenções, no propósito de
socorrer alguém e sua intenção é ajudar ao cliente, e o cliente quer ser ajudado, está fazendo esforço
pela ajuda e está com a melhor intenção, com certeza vai haver um auxílio espiritual.
Independente ou não da crença na ação do mundo espiritual, ele estão aqui atuando. A
Doutrina Espírita nos chama à responsabilidade para que comecemos a estudar, entender esse
processo e nos colocar como instrumentos úteis do auxílio junto aos irmãos que precisam de
socorro.
Pode chegar alguém e dizer: “Antes de eu ser espírita, qualquer pessoa que estava doente eu
chegava lá, botava a mão e a pessoa melhorava. Eu descobri que tenho essa capacidade, esse dom
natural. Nunca pensei em espírito, nunca fui de religião nenhuma, mas aquilo acontecia
naturalmente comigo.” É a capacidade da criatura, é o poder magnético ele tem. Mas, a partir do
momento em que tomamos conhecimento da Doutrina Espírita e sabemos que somos influenciados
e influenciamos, nossa responsabilidade aumenta. Principalmente nesse auxílio que temos, às vezes
até sem a evocação, a nossa responsabilidade aumenta, porque sabemos que a energia que flui, que
é uma lei divina, tem um propósito, que é a troca, a interação, que é aquele que tem mais vai
transmitir para o que tem menos. Essa troca é para que haja o equilíbrio das coisas.
Quando falamos de magnetismo, lembramos de fluido. Kardec na Gênese, capítulo XIV, diz
que a energia que flui, sai e interage com a vida, com o mundo, leva o cunho da característica
daquele que está emanando. Este nosso magnetismo tem especialidades físicas de atuação, mas
também tem especialidades espirituais. Kardec diz que existem fluidos, energias calmantes. Existem
pessoas que chegam num ambiente todo mundo fica calmo. O que é isso? É o magnetismo da
criatura. No seu jeito de falar, no modo de se expressar, de se dirigir a alguém ela vibra, ela
magnetiza naquele ambiente o seu jeito de ser. É uma característica que pode acalmar.
17º
Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 13
Mas tem gente que quando chega no ambiente agitado, a própria agitação da criatura deixa
todo mundo do mesmo jeito. É o magnetismo da criatura, que de uma certa forma imprime uma
característica física de deixar todo mundo agitado, ligado.
Mas também esse magnetismo tem o componente espiritual de pacificação. Nós temos o
magnetismo humano que atua não só no físico, mas também no ser psíquico, no ser emocional, no
ser espiritual. O médium quando aplica o passe de cura, quando aprende as técnicas do passe no
COMP, faz o curso do magnetismo para aprender as técnicas aplicadas ao passe curador, o plano
espiritual orienta: “Você tem a característica para trabalhar no passe de cura junto às gestantes,
junto aos cardíacos. Você tem uma certa característica de atuação física”. Naquele componente
magnético, humano, naquele fluido que sai, naquela energia que é direcionada e vai atuar no físico.
Mas não podemos esquecer que existe um componente psíquico, espiritual que atua. Por mais que
eu tenha uma característica de ação magnética neste ou naquele campo físico no trabalho do passe,
não posso esquecer que eu, espírito, com o meu magnetismo humano, carrego junto comigo todo
esse componente físico, perispirítico e espiritual que é meu. Eu posso ter uma especialidade para
aplicar o passe, por exemplo, nas gestantes, mas a minha parte emocional, eu, espírito, não estou
muito equilibrado nos meus sentimentos, por mais que, fisicamente, eu consiga atuar ali, aquele
componente magnético, do ponto de vista espiritual, vai ser misturado, vai haver interferência. Não
posso esquecer que sou um espírito e de uma certa forma interfiro nesse processo.
Existe o magnetismo puramente humano, embora a gente saiba que é puramente humano no
sentido de físico, material, ou seja, eu estou doando aquilo que é meu.
André Luiz diz no livro, Mecanismos da Mediunidade, capítulo 8, Mediunidade e
Eletromagnetismo, que o médium tem em si um campo de atuação ampliado, devido aos seus
“spins” perispiríticos estarem girando no mesmo sentido.
Kardec coloca no item 159 do Livro dos Médiuns, que a mediunidade é orgânica, no sentido
físico, perispirítico. Ela está instalada no organismo físico-perispiritual e esses elétrons que estão na
última camada do organismo do médium giram no mesmo sentido. É aquilo que André Luiz chama
de descompensação vibratória.
Descompensação Vibratória – Sem obstáculo, reconhecemos que a mediunidade ou capacidade de
sintonia está em todas as criaturas, porque todas as criaturas são dotadas de campo magnético particular,
campo esse, porém, que é sempre mais pronunciado naquelas que estejam temporariamente em regime de
“descompensação vibratória”, seja de teor purgativo ou de elevada situação, a transparecer no trabalho
expiatório da alma que se rendeu à delinqüência ou na ação missionária dos espíritos de eleição que se
entregam à bem-aventurança do sacrifício por amor, em estágios curtos ou longos na reencarnação terrestre,
com o objetivo de trazerem das esferas superiores mais alta contribuição de progresso ao pensamento da
Humanidade.
(Mecanismos da Mediunidade – cap. VIII – Descompensação Vibratória –
Espírito André Luiz – psicografia de Chico Xavier – Ed. F.E.B.)
Como se dá essa chamada descompensação vibratória? O que amplia esse campo magnético
daquele que é chamado médium? As experiências reencarnatórias ao longo dos séculos. Nós
influenciamos e somos influenciados. Temos a capacidade de influenciar as pessoas no falar, no
agir, no impingir (eu obrigo você a fazer isso, coloco a espada no seu peito e obrigo a fazer isso),
estou influenciando de uma forma impositiva, à força, mas estou usando do meu poder de
influenciação. Estou usando, não só o meu magnetismo, mas também a minha vontade, de uma
forma coercitiva, impondo minha vontade sobre a sua.
Nas nossas ações, nossas expressões, durante a nossa vida, ao longo dos milênios, estamos
interferindo na vida de outrem. Essa interferência gera um campo. Nós temos o nosso campo
natural, mas a forma de ser, de agir, de expressar, de atuar de forma direta ou indireta na nossa
relação uns com os outros, isso amplia ou retrai o nosso campo. Essa mediunidade mais ostensiva
está ligada às experiências que o espírito traz, nas suas expressões na vida, atuando junto às outras
criaturas. É como André Luiz explica essa descompensação vibratória, ou seja, porque nós somos
seres que temos um magnetismo, que é natural nosso, mas que pode ser ampliado e a nossa força de
expressão na vida, aquilo que eu faço, que repercute no Universo, porque estamos banhados nesse
hálito divino. Essas leis que nos regem, em que há uma troca energética, troca magnética entre as
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Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006
criaturas e todos os seres e há a capacidade de influenciação, isso pode gerar para nós
conseqüências futuras. Há criaturas que têm a mediunidade mais ostensiva, André Luiz diz que a
descompensação vibratória foi feita pelas experiências no campo do afastamento das leis de Deus,
agindo no mal.
Minha ação na vida gerou um campo e esse campo é que vai interferir no componente
perispirítico, que gera a descompensação vibratória. A minha atuação no desequilíbrio, no mal,
junto a outras criaturas, na ação, no psiquismo, na mente, na capacidade de influenciação, de
argumentação. Destruí muitas vidas, falando mal de todo mundo, escrevi coisas em que induzi
criaturas a cometer esse ou aquele tipo de atitude. Por esse campo que foi gerado, que foi ampliado,
eu vou ter que responder. Chega o momento em que reencarno como médium, porque atuei de
forma negativa na vida e isso gerou um campo e esse campo em mim, pode ter ampliado a minha
capacidade magnética. Nós vemos a misericórdia divina atuando sobre nós, para que eu possa
resgatar, me ressarcir junto à lei, trabalhando com essa experiência que adquiri, porém, tentando
mudar essa polaridade.
André Luiz diz que espíritos, que ao longo do tempo, atuaram negativamente ou
positivamente, ampliam esse campo e em encarnações futuras tem esse tipo de mediunidade.
Nós, como imãs humanos, comparado ao imã, muitas das vezes falamos: “No passe de cura,
eu dou passe e curo todo mundo, porque eu tenho fluido para curar.” Às vezes não tem nem aquele
fluido para poder curar, mas em nome da misericórdia divina, em nome do amor de Deus junto às
criaturas, e do merecimento daquele que veio em busca do auxílio, a espiritualidade aproveita esse
campo que tenho, amplia e age. Eu crente que o mérito é meu, mas o mérito é todo da
espiritualidade. Isso desmerece a atuação magnética? Não, mas que a gente comece a aproveitar
essa interferência do mundo espiritual na nossa vida, para conseguir aprender a abrir o nosso campo
de influenciação de forma mais positiva.
Quando falamos de magnetismo humano, de capacidade de influenciação é para que
aprendamos a expandir o nosso campo da forma mais positiva. A proposta espírita é essa, quando
faz com que a gente estude magnetismo, que conheça as técnicas do passe, saber como atua, onde é
o órgão. Se eu fizer errado posso prejudicar o organismo e até o psiquismo do outro, porque estou
atuando, estou influenciando. Eu posso ser um caminhão de fluido, mas se eu não dirigir o fluido,
vou espalhar fluido para tudo quanto é lado, vou estar me desgastando, porque não apliquei a
técnica correta, não soube me posicionar de forma adequada no ambiente, em termos mentais e
espirituais. A energia foi levada, a criatura foi ajudada, mas houve muito dispêndio de energia e eu
dei muito trabalho para a espiritualidade.
Para falarmos de magnetismo humano na Doutrina Espírita, temos que associar a educação,
o conhecimento. Mas não é o conhecimento da técnica, pura e simplesmente. A técnica é
extremamente importante, mas essa educação está ligada à educação dos sentimentos. Porque o
sentimento é o que qualifica aquela energia. Eu posso ter o fluido direcionado, a energia, o
magnetismo, o poder de influenciação para x, y ou z, mas o meu sentimento é que vai qualificar
aquilo ali.
Ignácio Bittencourt fala da capacidade de curar, da capacidade magnética, de influenciação:
“A faculdade de curar é inerente ao homem. Todos os que sinceramente dispostos a ajudar ao próximo
colocarem suas foças psíquicas a serviço da cura espiritual se tornarão intérpretes dos curadores do
espaço. No momento em que deseja operar as curas os médiuns movimentam em si forças espirituais
imensas e as canalizam através de suas mãos para os doentes, fracos, desalentados, especificamente os
descontrolados, restabelecendo o equilíbrio das forças em desalinho, reconduzindo mentes e corações para
os estágios mais harmonizados e mais elevados.
Mas se ao doente basta o desejo de ser curado e quando alheado a fé, maior quota de energia
absorve, ao doador cabe alguns cuidados, que é sempre bom enumerarmos. O primeiro de todos os cuidados
é a crença poderosa em Deus. O trabalhador do bem disposto a servir sobre a égide do amor divino, recebe
influxos generosos, capazes mesmo de transformar as maiores energias em fonte valiosa de forças
formidáveis. Amparado por essa segurança o médium precisa desenvolver os valores do equilíbrio orgânico
e da estabilidade emocional.”
É preciso ter a crença fervorosa em Deus, a confiança nas leis divinas. Independente do que
acontecer, o Universo é regido por leis, independente da minha vontade, a vontade de Deus é
17º
Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 15
soberana e tenho que acreditar nisso. Tenho que me preparar orgânica e emocionalmente, tenho que
me educar para poder estar bem, para que essas energias fluam da melhor forma possível, para que
no momento do passe, daquele processo terapêutico, o meu emocional não interfira no outro.
Porque por mais que eu tenha o fluido dirigido para aquele tipo de tratamento o fator emocional
interfere no processo.
Ignácio continua:
“O fator emocional do médium também deve ser cuidadosa e escrupulosamente atendido. O médium
deve e precisa desenvolver as forças de equilíbrio, para tanto não só vigilância e oração, mas também a
observação sincera dos seus atos, seus sentimentos, suas palavras, sua emoção. O médium cuidadoso de
suas forças psíquicas assemelha-se a operário que vistoria constantemente suas ferramentas de trabalho,
para que renda melhor no serviço a que foi chamado.”
Nós temos a capacidade de influenciação, isso é natural no ser encarnado ou desencarnado,
não importa a condição. Eu tenho fluido para dar passe em um, em cem, não importa. O importante
que eu dê o melhor de mim, que acredite em Deus, confie que o Universo é regido por leis, que,
independente da minha vontade, aquilo que tem que acontecer, vai acontecer. A minha vontade
auxilia, mas também, às vezes, perturba o ambiente. Para isso tenho que ter cuidado com o físico,
porque estou doando minha energia, porque as práticas de magnetização feitas na casa espírita, têm
um componente orgânico, físico. O médium doa o fluido que é dele e doa, em conjunto, o fluido dos
espíritos. Temos o componente humano, o espiritual e o misto, no processo terapêutico do passe.
O mais importante de tudo é a questão da fé, que tem que ser trabalhada em nós. Por isso,
ele coloca primeiro que a fé movimenta, mobiliza esses recursos interiores, potencializa em nós
aquilo que dizemos: “Meu Deus eu não sabia que era capaz disso. Mas descobri que sou também.”
“A fé é humana ou divina, conforme o homem aplicar suas faculdades às necessidades terrestres ou
às suas aspirações celestes e futuras. O homem de talento, que persegue a realização de um grande
empreendimento, triunfa se tem fé, porque sente em si que pode e deve alcançar seu objetivo, e esta certeza
lhe dá uma força imensa. O homem de bem que, crendo no seu futuro celeste, quer preencher sua vida com
nobres e belas ações, retira da sua fé, da certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda aí se
realizam os milagres de caridade, de devotamento e de abnegação. Enfim, com a fé, não há más tendências
que não possam ser vencidas.
O magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação é pela fé que se cura e se
produz esses fenômenos estranhos que outrora eram qualificados de milagres.
Eu o repito: a fé é humana e divina; se todos os encarnados estivessem bem convencidos da força
que têm em si, se quisessem colocar sua vontade a serviço dessa força, eles seriam capazes de realizar o que,
até o presente, chama-se de prodígios, e que é simplesmente o desenvolvimento das faculdades humanas.
(Um Espírito Protetor. Paris, 1863.)
(O Evangelho Segundo O Espiritismo – Cap. XIX , item 12 – Allan Kardec – Ed. CELD)
Por isso o nosso irmão Ignácio Bittencourt orienta para que desenvolvamos essa fé fervorosa
em Deus, porque é a fé humana e a fé divina. Quando vemos irmãos saindo felizes daqui porque
foram curados por esse ou aquele tipo de dificuldade, dor, sofrimento, ficamos felizes, é motivo de
engrandecimento da nossa fé, para que cada vez mais confiemos no Pai e aprimoremos o nosso
instrumento de trabalho. A peça que recebemos para atuar na vida. O médium precisa se preparar.
Se eu vou dar o passe de cura tenho que ter fé, mas tenho que cuidar do corpo, do equilíbrio físico,
mental, espiritual, emocional. E não posso esquecer que é na vida humana que faço a manutenção
desse ferramental. Eu não estou aqui só para dar o passe, estou para dar bom dia, dizer “com vai?”
Estou exercitando o meu magnetismo. A minha forma de ser, de agir cordial, de agir
abnegadamente é a forma de ampliarmos os nossos “spins” magnéticos, para que no momento do
passe sejamos instrumentos melhores de atuação da espiritualidade.
16 17º
Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006
Bibliografia:
7 – Médiuns curadores
175 – Unicamente para não deixar de mencioná-la, falaremos aqui desta espécie de médiuns,
porquanto o assunto exigiria desenvolvimento excessivo para os limites em que precisamos ater-nos.
Sabemos, ao demais, que um de nossos amigos, médico, se propõe a tratá-lo em obra especial sobre a
medicina intuitiva. Diremos apenas que este gênero de mediunidade consiste, principalmente, no dom que
possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de
qualquer medicação. Dir-se-á, sem dúvida, que isso mais não é do que magnetismo.
Evidentemente, o fluido magnético desempenha aí importante papel; porém, quem examina cuidadosamente
o fenômeno sem dificuldade reconhece que há mais alguma coisa. A magnetização ordinária é um verdadeiro
tratamento seguido, regular e metódico; no caso que apreciamos, as coisas se passam de modo inteiramente
diverso.
Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, desde que saibam conduzir-se
convenientemente, ao passo que nos médiuns curadores a faculdade é espontânea e alguns até a possuem sem
jamais terem ouvido falar de magnetismo. A intervenção de uma potência oculta, que é o que constitui a
mediunidade, se faz manifesta, em certas circunstâncias, sobretudo se considerarmos que a maioria das
pessoas que podem, com razão, ser qualificadas de médiuns curadores recorre à prece, que é uma verdadeira
evocação. (Veja-se o no
131.)
176 – Eis aqui as respostas que nos deram os Espíritos às perguntas que lhes dirigimos sobre este
assunto:
1a
) Podem considerar-se as pessoas dotadas de força magnética como formando uma variedade de
médiuns? “Não há que duvidar.”
2a
) Entretanto, o médium é um intermediário entre os Espíritos e o homem; ora, o magnetizador,
haurindo em si mesmo a força de que se utiliza, não parece que seja intermediário de nenhuma potência
estranha.
“É um erro; a força magnética reside, sem dúvida, no homem, mas é aumentada pela ação dos
Espíritos que ele chama em seu auxilio. Se magnetizas com o propósito de curar, por exemplo, e invocas um
bom Espírito que se interessa por ti e pelo teu doente, ele aumenta a tua força e a tua vontade, dirige o teu
fluido e lhe dá as qualidades necessárias.”
3a
) Há, entretanto, bons magnetizadores que não crêem nos Espíritos?
“Pensas então que os Espíritos só atuam nos que crêem neles? Os que magnetizam para o bem são
auxiliados por bons Espíritos. Todo homem que nutre o desejo do bem os chama, sem dar por isso, do
mesmo modo que, pelo desejo do mal e pelas más intenções, chama os maus.”
4a
) Agiria com maior eficácia aquele que, tendo a força magnética, acreditasse na intervenção dos
Espíritos? “Faria coisas que consideraríeis milagre.”
5a
) Há pessoas que verdadeiramente possuem o dom de curar pelo simples contacto, sem o emprego
dos passes magnéticos? “Certamente; não tens disso múltiplos exemplos?”
6a
) Nesse caso, há também ação magnética, ou apenas influência dos Espíritos? “Uma e outra coisa.
Essas pessoas são verdadeiros médiuns, pois que atuam sob a influência dos Espíritos; isso, porém, não quer
dizer que sejam quais médiuns curadores, conforme o entendes.”
7a
) Pode transmitir-se esse poder? “O poder, não; mas o conhecimento de que necessita, para exercê-
lo, quem o possua. Não falta quem não suspeite sequer de que tem esse poder, se não acreditar que lhe foi
transmitido.”
8a
) Podem obter-se curas unicamente por meio da prece? “Sim, desde que Deus o permita; pode dar-
se, no entanto, que o bem do doente esteja em sofrer por mais tempo e então julgais que a vossa prece não foi
ouvida.”
9a
) Haverá para isso algumas fórmulas de prece mais eficazes do que outras? “Somente a superstição
pode emprestar virtudes quaisquer a certas palavras e somente Espíritos ignorantes, ou mentirosos podem
alimentar semelhantes idéias, prescrevendo fórmulas. Pode, entretanto, acontecer que, em se tratando de
pessoas pouco esclarecidas e incapazes de compreender as coisas puramente espirituais, o uso de
determinada fórmula contribua para lhes infundir confiança. Neste caso, porém, não é na fórmula que está a
eficácia, mas na fé, que aumenta por efeito da idéia ligada ao uso da fórmula.”
(O Livro dos Médiuns – Cap. XIV – item 175 e 176 –Allan Kardec – ED. F.E.B.)
****
17º
Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 17
A DIFERENÇA ENTRE O MAGNETIZADOR E O MÉDIUM CURADOR
“Quem diz médium diz intermediário. A diferença entre o magnetizador, propriamente dito, e o
médium curador, é que o primeiro magnetiza com o seu fluido pessoal, e o segundo com o fluido dos
Espíritos, ao qual serve de condutor. O magnetismo produzido pelo fluido do homem é magnetismo humano,
o que provem do fluido dos Espíritos é o magnetismo espiritual.
O fluido magnético tem, pois, duas fontes distintas: os Espíritos encarnados e os Espíritos
desencarnados. essa diferença de origem produz uma grande diferença na qualidade do fluido e nos seus
efeitos.
O fluido humano está sempre mais ou menos impregnado de impurezas físicas e morais do
encarnado, o dos bons Espíritos é necessariamente mais puro e, por isto mesmo, tem propriedades mais
ativas, que acarretam uma cura mais pronta. Mas, passando através do encarnado, pode alterar-se como um
pouco de água límpida passando por um vaso impuro, como todo remédio se altera se demorou bastante num
vaso sujo e perde, em parte, suas propriedades benéficas. Daí, para todo verdadeiro médium curador, a
necessidade absoluta de trabalhar a sua depuração, isto é, o seu melhoramento moral, segundo o princípio
vulgar: limpai o vaso antes de dele vos servirdes, se quiserdes ter algo de bom. Só isto basta para mostrar que
o primeiro que aparecer não poderá ser um médium curador, na verdadeira acepção da palavra.
O fluido espiritual será tanto mais depurado e benfazejo quanto mais o Espírito que o fornece for
puro e desprendido da matéria. Compreende-se que o dos Espíritos inferiores deva aproximar-se do homem e
possa ter propriedades maléficas, se o Espírito for impuro e animado de más intenções.
Pela mesma razão, as qualidades do fluido humano apresentam nuanças infinitas, conforme as
qualidades físicas e morais do indivíduo. É evidente que o fluido emanado de um corpo malsão pode
inocular princípios mórbidos no magnetizado. As qualidades morais do magnetizador, isto é, a pureza de
intenção e de sentimento, o desejo ardente e desinteressado de aliviar o seu semelhante, aliados à saúde do
corpo, dão ao fluido um poder reparador que pode, em certos indivíduos, aproximar-se das qualidades do
fluido espiritual.
Assim, seria um erro considerar o magnetizador como simples máquina de transmitir fluidos. Nisto,
como em todas as coisas, o produto está na razão do instrumento e do agente produtor. Por estes motivos,
seria imprudência submeter-se à ação magnética do primeiro desconhecido. Abstração feita dos
conhecimentos práticos indispensáveis, o fluido do magnetizador é como o leite de uma nutriz: salutar ou
insalubre.
Sendo o fluido humano menos ativo, exige uma magnetização continuada e um verdadeiro
tratamento, por vezes muito longo. Gastando o seu próprio fluido, o magnetizador se esgota e se fatiga, pois
dá de seu próprio elemento vital. Por isso deve, de vez em quando, recuperar suas forças. O fluido espiritual,
mais poderoso, em razão de sua pureza, produz efeitos mais rápidos e, por vezes, quase instantâneos. Não
sendo esse fluido do magnetizador, resulta que a fadiga é quase nula.
O Espírito pode agir diretamente, sem intermediário, sobre um indivíduo, como foi constatado em
muitas ocasiões, quer para o aliviar e o curar, se possível, quer para produzir o sono sonambúlico.
Caso haja por um intermediário, trata-se de mediunidade curadora.
O médium curador recebe o influxo fluídico do Espírito, ao passo que o magnetizador tudo tira de si
mesmo. Mas os médiuns curadores na estrita acepção da palavra, isto é, aqueles cuja personalidade se apaga
completamente ante a ação espiritual, são extremamente raras, porque essa faculdade, elevada ao mais alto
grau, requer um conjunto de qualidades morais, raramente encontradas na Terra: só esses podem obter, pela
imposição das mãos, essas curas instantâneas que nos parecem prodigiosas. Muito poucas pessoas podem
pretender este favor. Sendo o orgulho e o egoísmo as principais fontes das imperfeições humanas daí resulta
que os que se gabam de possuir esse dom, que vão a toda parte contando curas maravilhosas que fizeram, ou
dizem ter feito, que buscam a glória, a reputação ou o proveito, estão nas piores condições para o obter,
porque essa faculdade é o privilégio exclusivo da modéstia, da humildade, do devotamento e do desinteresse.
Jesus dizia àqueles a quem havia curado: Ide dar graças a Deus e não o digais a ninguém.
Sendo, pois, a mediunidade curadora uma exceção aqui na Terra resulta que há quase sempre ação
simultânea do fluido espiritual e do fluido humano, quer dizer que os médiuns curadores são todos mais ou
menos magnetizados, razão por que agem conforme os processos magnéticos. A diferença está na
predominância de um ou do outro fluido e na cura mais ou menos rápida. Todo magnetizador pode tornar-se
médium curador, se souber fazer-se assistir por bons Espíritos. Neste caso os Espíritos lhe vêm em ajuda,
derramando sobre ele seu próprio fluido, que pode decuplicar ou centuplicar a ação do fluido puramente
humano.
Os Espíritos vêm aos que querem: nenhuma vontade pode constrangê-los; eles se rendem à prece, se
esta for fervorosa, sincera, mas nunca por injunção. Disto resulta que a vontade não pode dar a mediunidade
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Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006
curadora e ninguém pode ser médium curador com desígnio premeditado. Reconhece-se o médium curador
pelos resultados que obtém e não por sua pretensão de o ser.
Mas se a vontade for ineficaz quanto ao concurso dos Espíritos, é onipotente para imprimir ao fluido,
espiritual ou humano, uma boa direção e uma energia maior. No homem mole e distraído, a corrente é mole,
a emissão é fraca; o fluido espiritual pára nele, mas sem que o aproveite; no homem de vontade enérgica, a
corrente produz o efeito de uma ducha. Não se deve confundir vontade enérgica com a teimosia, porque esta
é sempre resultado do orgulho ou do egoísmo, ao passo que o mais humilde pode ter a vontade do
devotamento.
A vontade é ainda onipotente para dar aos fluidos as qualidades especiais apropriadas à qualidade do mal.”
(REVISTA ESPIRITA – ANO 1865 – pág. 251)
****
12 – A fé é o sentimento inato, no homem, dos seus destinos futuros; é a consciência que ele tem das
faculdades imensas cujo germe foi depositado em si, a princípio em estado latente, e que ele deve fazer
desabrochar e crescer pela sua vontade atuante.
Até o momento a fé só foi compreendida pelo seu lado religioso, porque Cristo a preconizou como
uma alavanca possante, e porque só se viu nele o chefe de uma religião. Mas o Cristo, que realizou milagres
materiais, mostrou, por esses mesmos milagres, o que o homem pode quando tem fé, isto é, a vontade de
querer, e a certeza de que essa vontade pode se realizar. Os apóstolos, a exemplo de Jesus, também não
fizeram milagres? Ora, o que eram esses milagres senão efeitos naturais cuja causa era desconhecida aos
homens de então, mas que se explica em grande parte atualmente, e que se compreenderá completamente
pelo estudo do Espiritismo e do magnetismo?
A fé é humana ou divina, conforme o homem aplicar suas faculdades às necessidades terrestres ou às
suas aspirações celestes e futuras. O homem de talento, que persegue a realização de um grande
empreendimento, triunfa se tem fé, porque sente em si que pode e deve alcançar seu objetivo, e esta certeza
lhe dá uma força imensa. O homem de bem que, crendo no seu futuro celeste, quer preencher sua vida com
nobres e belas ações, retira da sua fé, da certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda aí se
realizam os milagres de caridade, de devotamento e de abnegação. Enfim, com a fé, não há más tendências
que não possam ser vencidas.
O magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação é pela fé que se cura e se
produz esses fenômenos estranhos que outrora eram qualificados de milagres.
Eu o repito: a fé é humana e divina; se todos os encarnados estivessem bem convencidos da força
que têm em si, se quisessem colocar sua vontade a serviço dessa força, eles seriam capazes de realizar o que,
até o presente, chama-se de prodígios, e que é simplesmente o desenvolvimento das faculdades humanas.
(Um Espírito Protetor. Paris, 1863.)
(O Evangelho Segundo O Espiritismo – Cap. XIX , item 12 – Allan Kardec – Ed. CELD)
****
A Gênese – Cap. XIV – Allan Kardec – Ed. CELD.
O Livro dos Médiuns – itens 175 e 176. – Allan Kardec – Ed. F.E.B.
Magnetismo Espiritual – cap. III – Michaelus – Ed. F.E.B.
Mecanismos da Mediunidade – Cap. VI e VII – Espírito André Luiz, psicografia de Chico Xavier.
17º
Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 19
Propriedades dos Fluidos – Ciência e Medicina Espiritual, Características Gerais dos Fluidos,
Fluido Espiritual
Aula dada por Maria Emília Tourinho em 20/04/2006
Nós hoje vamos finalizar a visão científica que queremos trazer para entender a técnica de
passes. Até hoje nós falamos da parte científica, que é para darmos um entendimento do fluido, que
é muito importante, porque é o instrumento que utilizamos para dar o passe nas pessoas.
Eu trouxe uma síntese de uma definição que André Luiz dá ao médium, para complementar
a definição do Livro dos Médiuns, item 159, de que todos somos médiuns.
“A mediunidade ou capacidade de sintonia está em todas as criaturas, porque todas têm um campo
magnético particular. Porém, os chamados médiuns, que funcionam como verdadeiras antenas essa
capacidade é mais acentuada. Nos médiuns esse campo magnético particular apresenta-se ativo e tem como
causa a constância no trabalho do bem, ou ainda, a persistência no caminho do mal.”
Quando ele diz: “...a constância no trabalho do bem, ou ainda, a persistência no caminho
do mal.” vai lembrar a questão da neutralidade do magnetismo, do fluido. Ele pode ser usado para
um lado ou para o outro.
Resumo das características gerais dos fluidos:
♦ Tanto os espíritos desencarnados quanto os encarnados podem modificar as propriedades
dos fluidos, através do pensamento e da vontade;
♦ Os espíritos imprimem aos fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou
dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma,
uma coloração determinadas;
♦ Os fluidos ficam impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos daqueles
que os fazem vibrar;
♦ Os fluidos adquirem as propriedades do meio onde se elaboram;
♦ O fluido vital pode ser transmitido de um indivíduo a outro;
♦ Um dos mais importantes produtos do fluido cósmico universal é o perispírito;
♦ Os fluidos atuam sobre o perispírito e este reage sobre o organismo material com que se
acha em contato molecular.
Vocês acham que a ciência atual detém o conhecimento, que está contido nesses 7 itens?
Não, a ciência ainda não compreende.
A ciência oficial nega a palavra fluido. Porque para todas as ciências que estudam as
qualidades orgânicas da vida, esta palavra não tem mais sentido de existir, está ultrapassada, não se
usa mais. E nós usamos essa palavra a toda hora, a todo momento. Para nós, ela define uma
qualidade de matéria que nós sentimos, percebemos. Se sentimos e percebemos, qualificamos, mas
não quantificamos. Estamos na tentativa de pesar fluido. Já há experiências de cientistas pesando o
médium antes do passe e depois do passe. E dá uma diferença de peso. Estamos engatinhando nesse
campo.
♦ O fluido vital pode ser transmitido de um indivíduo a outro – é o que o médium e o
magnetizador fazem.
O médium transmite seu fluido vital, mas também manipula o fluido do ambiente e veicula
uma forma dos espíritos trazerem o fluido. Esse fluido chama-se espiritual, porque os espíritos
pegam o fluido e manipulam para tratar questões perispirituais, espirituais, não é para tratar
questões materiais. Para tratar de questões materiais eles pegam o fluido vital.
♦ Um dos mais importantes produtos do fluido cósmico universal é o perispírito –
teorizamos isso dentro da nossa cabeça. Mas nós temos noção do valor dessa frase, na
íntegra? Sabemos medir o quanto o perispírito é importante no Universo? Ainda não.
♦ Tanto os espíritos desencarnados quanto os encarnados podem modificar as
propriedades dos fluidos, através do pensamento e da vontade – O cientista fica
“doidinho” com essa afirmação. Eles acham que é coisa de religião.
Saiu uma entrevista com o Dalai Lama onde ele diz que a ciência tem que se unir à religião e
a religião tem que se unir à ciência, porque é a forma do homem progredir. Ele tem um trânsito bom
20 17º
Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006
com os cientistas. Nos anos 80 os cientistas pediram ao Dalai Lama e monges tibetanos para
fazerem tomografia do cérebro, para ver como era a diferença de uma pessoa meditando e uma não
meditando.
Fluido é o nosso instrumento. O Arigó pegava o bisturi e cortava, mas é o fluido que
anestesia a região, para que ele possa cortar e a pessoa não sentir dor.
A pessoa vem tomar passe de cura para um cisto no ovário. As ultra-sonografias feitas
gradativamente pelo ginecologista mostram o cisto diminuindo, diminuindo, diminuindo. O que foi
que aconteceu? Os fluidos vitais, os que manipulamos, e os espirituais vão fazer uma intervenção.
Algumas pessoas descobrem que sofreram uma cirurgia espiritual depois de um exame. O
médico diz que tem uma cicatriz. Sem que a pessoa tenha feito uma cirurgia, ela toma passe de cura
no centro.
“33 – A ação magnética pode produzir-se de muitas maneiras:
1o
– pelo próprio fluido do magnetizador; é o magnetismo propriamente dito, ou magnetismo
humano, cuja ação se acha adstrita à força e, sobretudo, à qualidade do fluido;”
Fluido adstringente, é o fluido do veja multiuso. É um fluido capaz de agir sobre o campo
magnético e produzir o efeito de dissolução.
“2o
– pelo fluido dos Espíritos, atuando diretamente e sem intermediário sobre um encarnado, seja
para o curar ou acalmar um sofrimento, seja para provocar o sono sonambúlico espontâneo, seja para exercer
sobre o indivíduo uma influência física ou moral qualquer. É o magnetismo espiritual, cuja qualidade está na
razão direta das qualidades do Espírito;”
Quando nós damos o passe vivemos essa experiência.
“3o
– pelos fluidos que os Espíritos derramam sobre o magnetizador, que serve de veículo para esse
derramamento. É o magnetismo misto, semiespiritual, ou, se o preferirem, humano-espiritual. Combinado
com o fluido humano, o fluido espiritual lhe imprime qualidades de que ele carece. Em tais circunstâncias, o
concurso dos Espíritos é amiúde espontâneo, porém, as mais das vezes, provocado por um apelo do
magnetizador.”
(A Gênese – Cap. XIV– item 33 – Allan Kardec – Ed. F.E.B.)
Vejam se isso não é a nossa prática. Quando estamos dando passe de cura, quando
mentalizamos e pedimos ajuda ao plano espiritual, sabemos que tipo de problema tem o órgão e o
nosso fluido se mistura ao do plano espiritual.
Eu vivi uma experiência interessante na sala de cura. Entrei na sala para iniciar o passe, e
vejo uma máquina em outra dimensão: ela soltava um fluido, às vezes, azul, outras lilás, e o fluido
inundava o ambiente. Mentalmente, perguntei ao amigo espiritual o que era aquilo e ele respondeu
que estavam preparando a sala, que é usada para muitas atividades. Eles estavam derramando o
fluido para higienizar o ambiente, propiciando o passe de cura. Não tínhamos feito ainda a oração, a
sala ainda não estava cheia. É um preparo anterior ao que nós fazemos.
“A faculdade de curar é inerente ao homem. Todos os que, sinceramente dispostos a auxiliar o
próximo, colocarem suas forças psíquicas a serviço da cura espiritual se tornarão intérpretes dos curadores
do Espaço.
Nos momentos em que desejam operar as curas, os médiuns movimentam em si mesmos forças
espirituais imensas e as canalizam através, principalmente, de suas mãos para os doentes, para os fracos, os
desalentados e os psiquicamente descontrolados, restabelecendo o equilíbrio das forças então em desalinho,
reconduzindo mentes e corações para os estágios mais harmonizados e mais elevados. Mas, se ao doente
basta o desejo de ser curado – e quando aliado à fé, maior cota de energia absorve – ao doador cabem alguns
cuidados, que é sempre bom enumerarmos.
O primeiro de todos os cuidados é a crença poderosa em Deus. O trabalhador do bem disposto a
servir sob a égide do amor divino recebe influxos generosos, capazes mesmo de transformar as maiores
energias em fonte valiosa de forças formidáveis.
Amparado pela segurança dada pela conscientização do fato de ser um trabalhador divino, o homem
da cura deve procurar desenvolver outros valores, como o do equilíbrio orgânico e o da estabilidade
emocional, de sorte que fluam de si as correntes maravilhosas do bem. Cabe ainda ressaltar que, tão mais
envolvido esteja pelas forças supremas do bem, mais o servidor da verdade desenvolve potenciais
magnético-fluídicos infindáveis, e realmente será capaz de curar ou operar maravilhas.
O fator emocional do médium também deve ser cuidadosa e escrupulosamente atendido. O médium
deve e precisa desenvolver as forças do equilíbrio. Para tanto, não só a vigilância e a oração, mas também a
17º
Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 21
observação sincera e objetiva de seus atos, seus sentimentos, suas palavras, sua emoção; em uma palavra, o
médium cuidadoso de suas forças psíquicas assemelha-se ao operário que vistoria constantemente suas
ferramentas de trabalho, para que renda o melhor no serviço a que foi chamado.
O campo de estudo é grande; os trabalhos, necessários; a vontade corretamente conduzida, uma
virtude. Trabalhador esmerado é aquele que, conscientizado, se melhora, com determinação, a cada dia, hoje
e sempre.”
Ignácio Bittencourt
(Mensagem psicofônica, recebida pelo médium Altivo C. Pamphiro, no CELD, em 11/09/2003)
Sentiram como Ignácio estava empolgado, falando de uma coisa que ele gosta muito de
fazer, que é trabalhar na cura. Ele carrega de emoção as palavras. Vamos imaginar nós tomando
passe com Ignácio Bittencourt, com toda essa energia, essa paixão, carinho, vontade. Ele está
mostrando que o médium tem que ser uma pessoa vibrátil, convicta, determinada.
Estabilidade emocional. Quantas vezes ouvi Dr. Hermann falando da importância de nós
termos estabilidade emocional. Ter estabilidade emocional para eles, pelo que eu entendo, não é ser
uma pessoa calminha. Às vezes você é aparentemente calminho, mas muito instável
emocionalmente, se é muito inseguro. A estabilidade emocional aí é conseguir fazer um elefante
entrar numa cristaleira e não quebrar nenhum frasquinho. É um dinamismo constante. É um
trabalho constante de equilíbrio. É você vir para o trabalho não estando muito bem. Pedir desculpas
para o plano espiritual e dizer: “Hoje não estou muito bem, mas estou aqui.” Os amigos espirituais
somam forças e mostram que, muitas vezes, nunca se está sozinho e que, a maioria das vezes, o
trabalho quem faz são eles mesmos. Você fica tranqüilo porque está se esforçando.
Isso também é em termos fluídicos. Nós pensamos que nossas ações estão só ligadas às
nossas decisões, àquilo que decidimos fazer. Quando decidimos fazer algo, expandimos fluido,
manipulamos fluido todo o tempo, porque somos pessoas com o campo magnético particular.
É quando tornamos nossa mente potencializada pelas capacitações mentais. No livro
Mecanismos da Mediunidade, André Luiz fala de corpúsculos mentais. Ele diz que nosso
pensamento assume formato, cor, porque o fluido veste aquilo.
Numa entrevista com Ignácio, ele fala sobre fluido:
Pergunta: O fluido do médium de cura é gerado de um modo diferente do médium que não é específico da
cura?
Ignácio: É.
Pergunta: Ele é localizado numa parte especial do perispírito?
Ignácio: Quando você se propõe a ser um médium de cura, normalmente, dentro do teu coração já existe o
desejo de ajudar ao próximo.
Viram que ele faz uma aliança, a todo momento, do que é ciência, em termos de entender
Espiritismo, e do que é emoção, sentimento. Ele não dissocia. A emissão do fluido tem a ver com o
sentimento, com o coração, com o psiquismo, a vontade, com a higiene mental que a pessoa
produziu, com alimentação que fez.
“O médium de cura sem isto, é muito raro, mas acontece. O fulano que não tem nada a ver com a
bondade e corra para ser médium de cura, não existe. É candidatar o fulano a não fazer bem o serviço. E a
espiritualidade não faz isso. Quando ela pega você é porque você traz dentro de si já aquela condição. Não
significa que você seja um médico, significa que você tem o desejo de curar. Então, esta aqui pode nunca ter
entrado numa escola de medicina, mas sempre desejou curar os outros.”
Médium de cura é fácil de ver quem é. Numa circunstância, alguém se machuca no Centro, vê quem
corre para esfregar. Pode contar que quem correu é o médium de cura. Ele não se contenta em
providenciar ambulância, água, gelo, não, ele tem que tocar. O Ignácio explica que é como se fosse
uma bomba de energia funcionando dentro da gente, que é acionada automaticamente na medida da
necessidade do outro.
“Este pode ser um dentista, aquele pode ser um homem de boa vontade, este pode ser médico há
vários séculos. Então, essas forças representam um sinal de auxílio ao próximo.”
O que seriam essas forças? O fluido. O que acontece com o fluido? Está qualificado. Ele
está impregnado pelos nossos sentimentos. Essas pessoas trazem no seu corpo mental, que é uma
das faixas do perispírito onde estão registradas todas as experiências do indivíduo, as vivências.
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Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006
Seu trouxer um lindo arranjo de flores cada um vai reagir de uma maneira. Vai ter um grupo
que vai achar lindo, outro vai querer tocar, cada um de uma maneira.
“Quando reencarnas, vem lá aqueles guias que te dirigem a reencarnação e dizem assim: Olhe aqui,
não queres aproveitar a reencarnação e ser espírita? — Sim. E dentro do Espiritismo não queres ser médium
de cura? — Por quê? — Mas, tens o desejo de auxiliar, por que não aproveitas isso para andares mais
depressa, ganhares mais um tempo na tua reencarnação, apurar teu passo? Faze isso. Aí, tu aceitas porque
queres andar mais depressa. Então, tens a vontade de curar, além disso és programado para isso. Como?
Como se programa uma possibilidade de trabalho de cura? Além da grande capacidade de absorver fluidos
materiais, este médium terá no seu sistema nervoso, uma grande capacidade de servir, distribuir energias e de
imediato, lançar para o cérebro o apelo que vê no doente.”
Por isso que, caiu ali na frente do Centro, ele não consegue pensar, ele vai logo esfregar. Ele tem
um condicionamento fisiológico-fluídico.
“O sistema nervoso só não existe, senão para passar a informação para o cérebro, para ele voltar
aquela informação. É isto que o sistema nervoso faz. Então, quando ele olha, ele de imediato passa e de
imediato reage e de imediato ele cria o automatismo do fluido.”
Pergunta: Ele é que passa primeiro?
Ignácio: É ele que passa primeiro.
Pergunta: A velocidade de reação é mais alta do que a dos outros médiuns?
Ignácio: É.
Pergunta: Isto é, inserção no corpo mental dele?
Ignácio: No corpo perispiritual.”
(Trecho da reunião com o espírito Ignácio Bittencourt, médium Altivo C. Pamphiro, em 17/04/1998)
Pergunta: Você falou da criatura que já nasce com o perispírito programado para esse tipo de
trabalho. Pode acontecer que, em dado momento, a criatura desenvolva isso numa encarnação. Ela
não vem programada para isso, mas desenvolve um sentimento de servir, dentro de uma casa séria.
Isso pode, no futuro, se desenvolver e ela vir a trabalhar na sala de cura?
Emília: Pode. Aqui na nossa casa temos vários médiuns nessa condição. Os espíritos investem
nesses médiuns, porque eles deram para os espíritos a prova de que são sérios, de que desejam
colaborar. E ajudam o médium a saber lidar com os fluidos nessa encarnação.
O Altivo fala que muitos médiuns aprendem isso no plano espiritual, no período de
erraticidade, que é o período entre uma encarnação e outra, ou na própria encarnação, durante o
sono físico.
Características do médium de cura:
♦ Grande desejo de ajudar o próximo e desejo de curar;
Esta é a principal característica, que se desdobra em outras, como:
♦ Diferença no mecanismo de geração de fluidos;
♦ Grande capacidade de absorver fluidos materiais;
♦ Maior rapidez no mecanismo de impulsão de fluidos para o doente.
O professor tem desejo de ajudar o próximo, o engenheiro também. Mas, aqui, o desejo de
ajudar ao próximo é focado no desejo de intervir, de curar. A pessoa não sossega enquanto não vê
que deu uma ajudinha.
É muito importante conhecer estas características quando se vai usar técnica no passe: quando se
vai dar um passe para inocular fluidos profundamente no órgão, quando se vai dar um passe para
atuar no perispírito do indivíduo, quando se vai dar um passe para trabalhar os centros de força, um
passe rotatório ou um passe de sopro.
Diferença no mecanismo de geração de fluidos – Nós podemos gerar fluidos de formas
diferentes. Isso é tão múltiplo que podemos ter um verdadeiro mecanismo.
Grande capacidade de absorver fluidos materiais – Aquela história do médium de cura
passar mal. Entra num ambiente de um jeito e sai de outro. Mas esse automatismo não foi criado
para ele passar mal. Foi criado para ele absorver o fluido, colocar em sua fábrica particular, através
dos mecanismos que ele tem, e que estão inseridos no seu campo magnético particular, que é feito
17º
Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 23
dos elétrons do seu corpo físico e perispíritico, e acionado pela sua mente. Por isso ele tem uma
túnica eletro-magnética. Porque ele é um indivíduo que vibra, se emociona e sente as coisas
particularmente.
Por que isso passa com o tempo quando o médium está no trabalho? Ele educa a sua
percepção. Ele não deixa de absorver. No seu corpo físico isso vai ser canalizado para o sistema
nervoso autônomo.
Sabe aquela coisa do “peti”, a pessoa entra num mal estar grande, porque seu sistema
nervoso vagal, que é um sistema nervoso relacionado ao plexo solar, absorve aquele fluido. Ele
começa a ter taquicardia, falta de ar, sensação de desmaio, de ausência, sensação de que vai escorrer
pelos pés, arrepia na nuca, tudo isso físico, orgânico, produzido por uma situação fluídica, que é
igual à de um espírito obsessor, que chega perto do médium, o médium absorve, Tem como educar
de forma segura e eficientíssima, dirigida pela constância no trabalho do bem.
Intervenção: Eu estou no mercado fazendo compras, estou pensando nas compras, daqui a pouco
eu me sinto desgastada.
Emília: É porque nós somos cabeça muito solta. Não sabemos usar a indução magnética a nosso
favor e nem educar nossa mente. Nós podemos perceber e não assimilar. Isso é um aprendizado que
se faz pela vontade. Mecanismos ainda intuitivos em nós, porque não temos a plena consciência de
como conseguimos isso. É o exercício da mediunidade que nos dá isso.
Maior rapidez no mecanismo de impulsão de fluidos para o doente – Aqui, no Léon
Denis, o plano espiritual instituiu no trabalho da cura (como nós não somos médiuns cinco estrelas)
o seguinte: eles colocam os pacientes para tomar passe várias vezes, até com médiuns diferentes,
para que eles possam ir recebendo os fluidos. Porque nós ainda não sabemos dar grande impulsão
aos fluidos. Mas temos médiuns aqui que sabem, intuitivamente, usar o mecanismo de impulsão
muito bem.
Se nós, no nosso trabalho, seguirmos aquele conselho de Ignácio, além da prece e vigilância,
observação criteriosa, nós vamos ver qual a nossa capacidade de impulsão e vamos tornar o nosso
ato de cura um trabalho diretivo, assinado e o plano espiritual vai utilizar esse recurso para nos
ajudar.
***
Continuação da Reunião com Ignácio:
Pergunta: Dentro dos fluidos no passe, como é que o senhor vê a distribuição dos fluidos e sua
penetrabilidade, sua penetração?
Ignácio: Olha, vocês têm que entender assim. O fluido é uma matéria, uma energia que vamos doar aos
outros. Estique tuas mãos para dar o passe, você aí tem o primeiro momento. Vocês têm que prestar atenção
em passes de doação de fluidos, não é passe de limpeza, vocês fazem uma grandíssima confusão e vejo o
médium vira e mexe falar com vocês e vocês não entendem bem isso. Quando se fala em passe de limpeza
não é doação de fluidos, é ao contrário, é para se retirar os excessos que estão nas pessoas, tuas mãos ficam
secas, elas funcionam como ímã, este é o primeiro movimento do passe, vocês vão dar um passe no salão,
vocês vão fazer o quê? Vão fazer limpeza nas criaturas, no segundo momento quando vou dar-lhe passe para
lhes curar as mãos, então eu começo a tirar de dentro de mim ou de dentro do médium, energias para aplicar
nele, então aí, eu já inverti a posição do meu pensamento. No lugar de eu estar limpando, eu estou a fazer
isso (colocar energia) eu estou começando a dar forças para ele, para ele jogar energias aqui dentro(peito),
então eu já começo a tirar de dentro do médium aquela cota de força que fica quase ectoplásmica, quase
líquida, fica pastosa, leitosa e que então começa a ser aplicada nele.
Então, no primeiro momento eu tirei do médium a energia que ele a tem e, aí então, quando eu faço
assim, eu estico as forças, eu espalho aqui, mas quando eu pego um tipo de doença ou quando o médium não
conhece, ele espalha aquela energia ali e deixa, quando o médium conhece, ele coloca a energia e em seguida
ele mentaliza aquela energia sendo absorvida, penetrando no órgão assinalado, por isso que ele deve
conhecer o órgão doente.
Pergunta: Isso vai fazer com que o pensamento direcione o fluido.
Ignácio: Claro, ele vai fazer com que esse fluido entre, penetre no órgão. Se ele tiver um bom conhecimento
de organismo, de corpo humano, no caso vocês, ou qualquer outro, porque também não se precisa conhecer a
fundo, claro que se quiseres sentir um alvéolo do lado esquerdo, terás que mentalizar muito bem aquilo, não
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Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006
vais apenas esticar tuas mãos, tu vais dirigir o fluido; quando o Hermann te diz – põe a mão lá – dirija teus
fluidos para aqui ou para cá, ele já está te ensinando para onde você deverá dirigir a energia, isso é diferente
de apenas estender as mãos no geral, no peitinho da criança, mas como se diz põe aqui a mão, põe lá, põe cá,
põe no pulmão...
Pergunta: Aí se localiza logo e ...
Ignácio: Aí nesse caso é um aprofundamento. Então quando eu ponho a mão aqui, sei que é matéria, que tem
uma camada fibrosa, tem uma camada de nervos, sangue, tem tudo aqui, eu aí já vou mentalizando o fluido
passando pela pele, pela carne, atingindo os nervos, chegando na corrente sangüínea e eu vou mentalizando
tudo isso.
Pergunta: Nesse caso em que o senhor diz mecânico, seria como que a própria absorção do remédio
material pelo organismo.
Ignácio: Exatamente isso.
Pergunta: Mas, não seria o próprio Espírito que está coordenando o trabalho que iria direcionar...
Ignácio: Quando o Espírito vê necessidade... No caso de vocês aqui, nós temos um grupamento muito
grande de médiuns de cura, não há aqui médium que não tenha um acompanhamento de um médico
espiritual, então aqui é fácil de se fazer isso para a gente. Mas, existem centros que nem têm médicos
espirituais e aí os médiuns não vão deixar de trabalhar, e aí funciona o que estou lhes dizendo. Funciona isso
que lhes falei. Então, quando você diz eu estou dando passe, você diz assim, já passou pela fase da limpeza,
tua mão é como se fosse um ímã e agora começa a etapa seguinte que tua mão vai trazer a energia ou vai
trazer o plasma aí neste caso, tu vais mentalizar o órgão afetado, adoentado, tu dizes, não sei nem onde fica,
como é o formato nem como funciona o estômago e aí dizemos, então faz o seguinte meu filho: põe a mão
no lugar, reza e faz penetrar o fluido, o resto o guia faz, ele absorve.
(Trechos da reunião com o espírito Ignácio Bittencourt, médium Altivo C. Pamphiro, em 17/04/1998)
***
O projeto da científica é fazer com que nós entendamos que, quando fazemos a técnica não
estamos mexendo a panelinha. Os espíritos querem que nos adestremos para perceber o fluido, se é
para botar assim, se é para colocar, inocular, se é para espalhar como um emplastro, se é para deixar
absorver, se é para atingir perispírito ou órgão. Primeiro, eles dizem que fluido é matéria, existe
uma ciência que rege isso. Agora vai lá aprender os movimentos. Na técnica de passes vai se
aprender os movimentos.
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Medicina Espiritual - Fluidos e Matéria Invisível

  • 1. c E E M E17o ENCONTRO ESPÍRITA SOBRE MEDICINA ESPIRITUAL “O corpo reflete o que há no Espírito, sendo assim, o Espírito precisa ser curado primeiro. A Medicina Espiritual há de ser associada à Medicina Humana, em função de que uma vai cuidar do corpo e a outra do Espírito. A Medicina socorre o perispírito, mas também socorre o corpo, ela não se sobrepõe ao remédio, porque cada um age no seu campo; cada um tem a sua esfera de ação; cada um tem o seu momento.” Ignácio Bittencourt (Patrono do Encontro: 19/04/1862 – 18/02/1943) Reuniões de Estudo para o Encontro Seção Técnica de Passes (Estudos realizados em 2006)
  • 2. 2 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 Índice Fluidos............................................................................................................................ 3 Princípios Científicos Básicos ao Entendimento da Medicina Espiritual – A Matéria Invisível ............................... 3 Magnetismo Humano – Conceitos Básicos, Diferenças entre Magnetizador e Médium de Cura ............................. 8 Propriedades dos Fluidos – Ciência e Medicina Espiritual, Características Gerais dos Fluidos, Fluido Espiritual... 19 Perispírito ..................................................................................................................... 25 O Homem Encarnado – Espírito, Perispírito e Corpo. Funções e Propriedades.................................................. 25 Perispírito e a Etiologia das Doenças............................................................................................................... 33 Os Efeitos do Remorso no Perispírito – Fenômenos Fisiológicos e Patológicos .................................................. 39 A Ação do Passe no Perispírito....................................................................................................................... 47 Passes............................................................................................................................ 56 Anatomia Aplicada ao Passes ......................................................................................................................... 56 Centro de Força ............................................................................................................................................ 71 O Passe – Instrumento do Médium ................................................................................................................ 84 Condições Básicas para o Trabalho de Passes................................................................................................... 89 Técnicas de Passes – Classificação e Definição................................................................................................. 94 Passes Longitudinais e Perpendiculares ......................................................................................................... 100 Passes por Imposição de Mãos e Insuflação.................................................................................................... 109 Passes Transversais e Rotatórios ................................................................................................................... 115 Passes no Serviço da Cura............................................................................................................................ 120 Passes no Serviço da Desobsessão ................................................................................................................. 125 Experiências no Trabalho de Passes .............................................................................................................. 132
  • 3. 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 3 Fluidos Princípios Científicos Básicos ao Entendimento da Medicina Espiritual – A Matéria Invisível Aula dada por Alexandre Lobato em 16/03/2006 Nós temos dois objetivos para atingir hoje. Um é o tema mesmo, que fala da matéria invisível, que é como nós, na Seção Científica, chamamos o fluido. O outro objetivo é aproveitar esse intercâmbio e apresentar uma seção para a outra. No caso, vou falar da Seção Científica 1, onde estudamos o fluido, o magnetismo e um pouco de perispírito, preparando o pessoal que no ano seguinte vai estudar a Seção Científica 2. Na Seção Científica vivenciamos dois problemas: um com as pessoas que dizem não saber nada e outro com as que, porque são de alguma área profissional técnica, acham que sabem alguma coisa. O que pensa que não sabe nada diz: “Eu até que gostaria de estudar lá, mas não vou não, porque a científica é um negócio técnico, não vou entender nada. Meu negócio é só Doutrina Espírita”. E acaba não indo. E o que vem, porque vê no nome “Científica” um ponto atrativo, é um problema porque temos dificuldade em fazer com que ele fale de Doutrina Espírita. Formamos o grupo para estudar e a tendência é o pessoal dar uma viagem sem fim. Repetem incansavelmente alguns termos técnicos que nós não usamos no Encontro, porque o Encontro é um encontro espírita sobre Medicina Espiritual. Falamos de Medicina Espiritual na visão de Kardec. A Seção Científica, obrigatoriamente, traz conceitos da ciência atual para o Encontro. Por exemplo: semanas atrás passou na TV um programa sobre as teorias da criação do Universo. Tem a do Big-Bang que teve uma explosão e começou tudo e tem uma que se chama Teoria das Cordas, que afirma que a criação do mundo começou de vibrações nascidas de pequenas estruturas. Aí o pessoal diz: “Isso aí não é novidade nenhuma, sou espírita e sei disso há muito tempo. Léon Denis no livro No Invisível já falava isso: no Universo tudo é vibração, tudo vibra. O espírita já sabe.” Não é para falar assim, é para ficar com aquela firmeza que os codificadores como Kardec, Léon Denis, Gabriel Dellane sempre sinalizaram: toda religião tem que crescer, tem que acompanhar o avanço da ciência, do raciocínio do homem, das necessidades do homem da Terra. Quando a gente estuda o Espiritismo e vê que na ciência encontramos respaldo para aquilo que os espíritos trouxeram para Kardec, a sensação tem que ser sempre assim: minha religião é moderna, ela está crescendo. Daqui a cem anos o Espiritismo vai estar mais forte do que hoje. Nos Estados Unidos há uma verdadeira discussão sobre a evolução da espécie humana. Estão querendo colocar na escola, de novo, que nós viemos de Adão e Eva, que teve a Arca de Noé. Isso é uma discussão institucional, envolvendo Governo dos Estados, as instituições de educação. E tem outra corrente, a evolucionista, que fala de Darwin, que viemos do macaco, é o que a ciência mostra. Não tem diminuição nisso não, porque tudo faz parte da criação de Deus. O fato de eu vir do macaco, da ameba ou de uma costela, não quer dizer absolutamente nada, porque eu sou criatura de Deus. A nossa religião não está parada no tempo, não briga por conceitos ultrapassados, pelo contrário, ela está sempre acompanhando aquilo que a ciência, que a evolução do pensamento humano vai descobrindo para nós. Esse é um dos principais aspectos que a Seção Científica procura passar para o encontrista. Vamos pensar como Kardec pensava há 160 anos. Na época dele não tinha televisão, celular, fax, calculadora, nada do que temos das facilidades da vida do homem moderno. O que ele estudava na escola de ciências, os nossos filhos, hoje, na 4a série, sabem muito mais. No tempo de Kardec, o raciocínio em relação à matéria nas suas representações mais pequeninas era pouco diferente do que havia 450 anos antes de Jesus. Kardec viveu em 1850 e o que ele estudava de Física, de Ciência não era muito diferente do que os gregos sabiam 2300 anos antes, não tinha diferença quase nenhuma, em se tratando de matéria. Eles pensavam assim: qual o menor pedaço dessa câmera? Vou pegar a câmera e, quebrando, quebrando, quebrando, vou encontrar o menor pedaço dela e depois não tem nada, acabou. Kardec já conhecia as moléculas, os átomos, mas não as partículas menores da matéria. O que os espíritos escreveram tem um valor excepcional, porque era uma revelação. Ninguém tinha conhecimento daquilo naquela época. Kardec morreu sem conhecer sobre elétron,
  • 4. 4 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 átomo. Alguma coisa de carga elétrica ele conheceu. No Livro dos Espíritos ele pergunta: “fluido é fluido elétrico?” (Porque estava na moda na época.) Kardec pergunta em O Livro dos Espíritos sobre molécula e não sobre átomo, porque ele não conhecia. 33 – A mesma matéria elementar é suscetível de experimentar todas as modificações e de adquirir todas as propriedades? “Sim e é isso o que se deve entender, quando dizemos que tudo está em tudo!” O oxigênio, o hidrogênio, o azoto, o carbono e todos os corpos que consideramos simples são meras modificações de uma substância primitiva. Na impossibilidade em que ainda nos achamos de remontar, a não ser pelo pensamento, a esta matéria primária, esses corpos são para nós verdadeiros elementos e podemos, sem maiores conseqüências, tê-los como tais, até nova ordem. a) Não parece que esta teoria dá razão aos que não admitem na matéria senão duas propriedades essenciais: a força e o movimento, entendendo que todas as demais propriedades não passam de efeitos secundários, que variam conforme a intensidade da força e a direção do movimento? “É acertada essa opinião. Falta somente acrescentar: e conforme a disposição das moléculas, como o mostra, por exemplo, um corpo opaco, que pode tornar-se transparente e vice-versa.” 34 – As moléculas têm forma determinada? “Certamente, as moléculas têm uma forma, porém não sois capazes de apreciá-la.” a) Essa forma é constante ou variável? “Constante a das moléculas elementares primitivas; variável a das moléculas secundárias, que mais não são do que aglomerações das primeiras. Porque, o que chamais molécula longe ainda está da molécula elementar.” (O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Editora F.E.B.) Quando Kardec estuda sobre perispírito, os espíritos dizem que o corpo espiritual, para ele, é vaporoso, pois não consegue ver, porque é feito da matéria muito pequenina que ele não conhecia. Mas, para os espíritos, é grosseiro, porque eles conheciam. Essas substâncias que para Kardec eram menores, não eram menores, a menor coisa chama-se Fluido Cósmico Universal. Que na Gênese, cap. XIV Kardec estuda melhor. Para quem se propõe ser médium espírita, que dá passe, isto não é possível sem conhecer de fluido. Claro que é possível ser médium, claro que é possível dar passe. Magnetizador dá passe sem estudar a doutrina. Mas a nossa proposta é ser médium espírita, o médium que Kardec mostrou que temos que ser. Esse médium tem que conhecer o material que usa para dar passe, que é o fluido. É um material muito sutil, tão sutil que eu não consigo ver, a maioria de nós não vê mesmo, mas é um material. É invisível, pequenino, mas existe e é material. Na ciência a gente comprova a existência de coisas invisíveis, o que os instrumentos não conseguem ver, pelos efeitos que elas causam. Por exemplo: nós descobrimos planetas Júpiter, Urano muito antes do telescópio Hubble. Uns deu para ver mesmo (no caso de Júpiter deu), mas outros não. Como se viu? Porque fizeram cálculos e os cálculos diziam que neste local do espaço não deveria ter nada, mas tem algo lá. É exatamente o raciocínio que usamos na doutrina espírita, nós não conseguimos ver o fluido, mas percebemos os efeitos dele. Quando damos passe as pessoas dão um retorno: “Quando o médium chega perto de mim sinto um calor.” O próprio médium fala: “Quando ponho a mão sobre a mão doente, minha mão fica gelada, ou dormente, formiga. Parece que tem um peso quando se coloca a mão num copo com água.” São efeitos de uma matéria que não vejo, é invisível, mas que eu sei que está ali, pelos efeitos dela passando pela minha mão e chegando na pessoa. É o mesmo raciocínio que a ciência usa. As afirmativas que estão nos livros da codificação, para a Seção Científica tem um valor de vibração: “Olha só que coisa legal!” Isso que na época de Kardec foi uma revelação, e ele foi corajoso porque publicou, não ficou só na cabeça dele não. Porque o elétron foi descoberto em 1898 e vamos à Internet e vemos que Fulano de tal em 1870 e pouco já estudava, mas não contou para ninguém. Kardec não tinha embasamento científico na época, nada que apontasse nessa direção e colocou em livro, jornal, fazia estudo na Sociedade de Estudos Parisiense. Para nós da Seção Científica é motivo de vibração: “O codificador teve essa coragem, nós vamos ter que ter uma semelhante, porque vamos vir a público
  • 5. 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 5 falar de conceitos científicos, mas dentro do meio filosófico, cristão, religioso.” Sem levar para o lado extremamente técnico, porque não convém. Mas não ficar falando só do que está escrito no livro, porque para falar o que está no livro, vende-se o livro, as pessoas lêem e está tudo certo. Temos que aprofundar o que está ali. Na Gênese diz que o fluido cósmico elementar é a matéria elementar do Universo. Elementar é o que está na origem, é o mais simples. Tudo o que existe no universo material, tirando Deus e o espírito, tudo o que sobra tem origem no que Kardec batizou de Fluido Cósmico Universal. Hoje a ciência fala a mesma coisa, até a expressão é a mesma, matéria elementar. O próprio Kardec já alertava para isso: “Se quiser chamar de fluido elementar chama, se quiser chamar de fluido universal chama, se quiser chamar de fluido cósmico universal chama, só nos entendamos quanto a uma coisa, é a manifestação mais simples que existe na matéria.” Os homens da ciência dizem, ao pegarem do momento em que houve a explosão até hoje, e dividirem em dias: “Nós sabemos como é a matéria 15 milionésimos de segundos depois dela ter sido criada.” Eles sabem como é a matéria bem perto do ponto zero, do Fluido Cósmico Universal. Eles não sabem como é o momento zero da criação, mas sabem que tem uma matéria muito simples, e chamam de matéria elementar, matéria escura. Um cientista suíço fazendo uma pesquisa sobre outras galáxias, chegou à conclusão que, pelo que se conhece de matéria, aquilo deveria estar andando muito mais rápido, no entanto, está muito devagar, deve ter mais matéria do que se conhece. Ele provou por cálculos que existe algo que não conseguimos mensurar, mas existe. No texto da Gênese Kardec diz que, além do ponto zero, ocorrem infinitas transformações e ponderações, gerando tudo aquilo que conhecemos no Universo. Aqui é a matéria no estado mais simples, ela vai combinando, recombinando até chegar no mundo material que nós conhecemos. No Encontro fazemos experiências bem simples, pegamos a água, esquentamos, ou seja, colocamos energia, ela vira vapor. Mudou uma propriedade, mas continua sendo água. Uma está no copo, eu vejo; a outra eu esquento e não vejo mais, criamos uma propriedade nova para a água a invisibilidade. Igual à matéria que num estágio eu vejo, posso pôr a mão e no outro, o fluídico, não tem peso, não consigo ver, mas é matéria também. Isso somos nós, o homem, imagine os Espíritos superiores, que são os ministros de Deus na criação, combinando as coisas para montar o Universo. O físico Marcelo Gleiser faz um cálculo para mostrar a mesma coisa que está na Gênese. No livro Retalhos Cósmicos ele diz assim: “Quantas moléculas podem existir? Usando apenas 103 átomos (outros forma sintetizados recentemente) e descontando os oito gases nobres, pois estes não se combinam com outros átomos, temos 95 átomos para formar moléculas. Se uma molécula tem dois átomos, existem 95 possibilidades para o primeiro e 95 para o segundo, ou seja, 95 x 95 = 952 = 9025 moléculas diferentes. Para moléculas com n átomos, temos 95n possibilidades. Na realidade, o número é bem menor, porque nem todos os átomos forjam ligações entre si. Levando em conta essa limitação (conhecida como “valência”), o número de moléculas com n átomos é, numa aproximação grosseira, 95n/2 . Esse número é extremamente grande, mesmo para moléculas com um número relativamente pequeno de átomos. Por exemplo, se n = 112, o número de moléculas é 9556 , que é aproximadamente igual a 10110 (1 seguido de 110 zeros)! O físico Walter Elsasser cunhou o termo imenso para descrever números maiores do que 10110 . Portanto, o número de moléculas possíveis é certamente “imenso”. O número 10110 não é arbitrário. Imagine que você tenha que compilar uma lista contendo 10110 moléculas. Elsasser mostrou que, para armazenarmos a informação contida nessa lista, precisaríamos de um computador cuja memória utilizaria todos os átomos de hidrogênio do Universo. Mais ainda, para examinarmos o conteúdo da lista precisaríamos de um tempo maior do que a idade atual do Universo, em torno de 15 bilhões de anos!” (Retalhos Cósmicos – Marcelo Gleiser – Ed. Companhia das Letras) Olha quanta coisa tem no Universo que a gente não conhece ainda. O fluido é um desses bilhões de matéria que existe por aí. Tem a madeira, o papel, o plástico, o couro, o tecido, todas são substâncias, tão reais quanto o fluido. Na Gênese Kardec diz que os homens manipulam os gases no laboratório da mesma forma que os espíritos manipulam os fluidos. Só que os homens usam as mãos e os espíritos o pensamento
  • 6. 6 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 para manipular essa matéria, que é tão tênue, tão simples, que com a simples força do pensamento pode-se agir sobre ela. Vai nascendo a idéia de responsabilidade. Imagine que eu seja um químico responsável por criar um produto de limpeza. Eu posso criar qualquer negócio e colocar na prateleira e vender? Poder posso, mas pela ética não se deve fazer isso. Com o médium é a mesma coisa, pensar qualquer coisa na hora do passe eu posso, mas não devo, porque tenho um compromisso com a responsabilidade. Além das múltiplas transformações, nós temos um outro ponto que os espíritos trouxeram e que nós encontramos respaldo na ciência. Os espíritos falaram para Kardec que se a matéria se transforma, ela ganha propriedades diferentes. Tangibilidade – Nós podemos colocar a mão no fluido? Na hora do passe não, mas no espírito materializado sim. Depende do fenômeno que estou analisando. Para a técnica de passes quase sempre será não. Na materialização é sempre sim, porque o espírito está materializado, coloca a mão na parafina para fazer o molde, para comprovar a imortalidade. Ponderabilidade – O fluido tem peso? O perispírito tem peso? Sim. Nas experiências de materialização pesava a médium e durante a materialização pesava novamente e verificava que perdia peso pela doação de fluido. Em determinadas circunstâncias posso medir. Na hora do passe não dá para medir, mas dá para perceber o efeito que é a fome, cansaço, fraqueza. Temperatura, gosto, odor, cor, brilho – Propriedades organolépticas, que são aquelas que sentimos com o corpo. Na Terra, o fluido está sempre modificado ele vai ter sempre alguma coloração, brilho, mas nem sempre vamos perceber. Tem médiuns que percebem isso. Tem pessoas que falam que não sentem nada na hora de dar o passe, porque a mão não esquenta como a do Fulano, não fica gelada como Cicrano, é médium de pedra. Mas se a pessoa se concentrar bem vai ter um outro canal de percepção. É que ela está se comparando aos outros, mas cada um tem o seu canal de percepção. Vai perceber isso observando o seu próprio comportamento dando o passe. Como eu fico quando uma pessoa chega perto de mim? Como fico dando passe em tal ou tal ambiente? Tem que estar sempre ligado nisso para perceber a própria condição sensitiva, magnética. Elasticidade – Fluido estica? Pense no elástico que a gente usa para prender o dinheiro e o cabelo. Estica o elástico, prende o cabelo e quando solta, o elástico volta a seu tamanho normal. O fluido estica e volta? Sim. Na médium Florence Cook o fluido esticava para fazer a materialização e depois voltava para ela ao final da materialização. Na hora do passe o fluido estica e volta? Estatisticamente não. Por que Fulano veio tomar passe? Porque ele está doente. Do ponto de vista do magnetizador a doença é desequilíbrio de fluido. Por que estou doente? Ou porque tenho muito fluido ou pouco fluido. Se tenho muito, um desequilíbrio ou excesso, como vou fazer para curar Fulano? Tiro o excesso, boto para doar fluido. Se tem pouco, para equilibrar coloco fluido. Por exemplo, ele tem pouco fluido. Doei fluido meu, dos espíritos, dos guias que trabalham na casa, dos espíritos interessados na cura da pessoa, que gostam dela, que a acompanharam até a casa espírita, interessados na sua saúde. Eu doei para Fulano e ele vai me devolver o fluido? Não. Senão ele vai ficar doente de novo, porque veio para pegar fluido. Foi e não voltou, por isso ficamos com fome quando acabamos de doar fluido. Se fosse e voltasse não ficava desgastado. As propriedades existem, mas têm que ser estudadas caso a caso. Cada passe é um passe. Expansibilidade – É o aumento de volume. Quando paro na frente da pessoa para dar o passe expande ou não o fluido? Sim. Ignácio Bittencourt diz que há situações em que eu estou emanando, emitindo ou irradiando fluidos. A gente gasta energia, como se fosse evaporando. Estamos irradiando fluido o tempo todo. Há um espaço imediatamente ao nosso redor, que é esta expansão de fluido, que ainda somos nós. Por isso que, só de chegar perto de uma pessoa, se temos sensibilidade para isso, dizemos que ela é muito nervosa, porque percebemos isso nos fluidos que se expandem ao redor. Emitir é acompanhado da nossa vontade, é o passe mesmo. Estou em prece, o fluido cresce. Não é uma coisa solta, estou direcionando. No trabalho da irradiação, o endereço é lido, mentaliza-se o socorro, coloca-se o fluido para fora. Se você conhece o endereço, a mente vai lá e ajuda na condução do fluido. Se não conhece, só
  • 7. 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 7 vai colocando para fora, desejando socorrer aquela pessoa e os espíritos é que vão pegar e levar até lá essa energia. Vemos os dois casos, pondo para fora, expandindo, emanado e emitindo. O passe sem vontade não é passe, deixou de ser passe. Penetrabilidade – Capacidade do fluido de penetrar todos os outros materiais que existem no nosso mundo. O fluido faz parte desse domínio da matéria muito pequenino, muito sutil. A matéria está numa fase em que nós não percebemos, é muito fina e atravessa os espaços que existem entre as outras substâncias. O fluido, por ser muito fino, ultrapassa qualquer matéria que existe na Terra. Na hora do passe não precisa tirar a bolsa do colo, porque o fluido passa por ali. Kardec na Revista Espírita de 1858 diz que o médium que não acredita nisso (que o fluido pode passar em qualquer lugar), é o médium de fluido “mole”. É o médium que duvida que seu fluido possa atravessar obstáculos. Quando a gente duvida enfraquece a vontade e fica sem força para fazer o fluido atravessar. Tenho que ter convicção e então o fluido vai chegar lá. No nosso mundo não há obstáculos para o fluido que usamos no passe, fluido magnético animal, fluido dos espíritos, porque ele vai passar pelos obstáculos que colocarem na nossa frente. As pessoas estão vestidas na hora de tomar passe, tem a pele cobrindo os órgãos. Eu posso dar passe na pele? Posso, uma queimadura, por exemplo. Mas se for uma lesão abaixo da pele, eu tenho que mentalizar o fluido passando ali. O Nagae dá uma sugestão: imagine que é uma pomada, mentalize que está colocando a pomada fluídica no ferimento, o fluido vai chegar no ponto que tem que atingir. Nós temos a garrafa para fluidificar e as pessoas perguntam se devemos ou não destampar as garrafas para fluidificar. É melhor não destampar, porque entram outras coisas. O fluido ultrapassa qualquer obstáculo, vai passar em tudo. Uma pessoa vem à casa espírita pela primeira vez, traz a sua garrafa e aí vem um fulano que ela não sabe de onde veio, utilizando a mão que ela não sabe se está higienizada. Já repararam que acaba a reunião pública e ficam várias garrafas lá? Imagine alguém que olhou, viu o médium sair do banheiro e abrir a garrafa para fluidificar. “Será que ele lavou as mãos?” Pelo sim pelo não, a pessoa larga a garrafa lá. Questão de higiene, não coloque a mão numa coisa que não é sua. No passe, temos orientação para não colocar a mão nas pessoas, para manter o respeito pela integridade delas. A água é da pessoa e, sabendo que meu fluido ultrapassa obstáculos, mentalizo-o entrando na garrafa e faço meu trabalho. É obrigatório o conhecimento de tudo isso? Obrigatório não é. O Mário Coelho falava, no curso de magnetismo, que, do ponto vista espírita, para dar passe é bom saber de anatomia, mas não é obrigatório. Que Pedro e João conheciam anatomia de peixe e curavam as pessoas. Não é obrigatório, mas, sabendo dá mais segurança para nós que não temos a condição espiritual deles. Cada coisa que conseguimos acrescentar ao nosso conhecimento nos dá segurança dentro do trabalho. Estamos chegando à nossa conclusão do papel da Seção Científica, que é mostrar o embasamento atual das revelações, das informações que Kardec trouxe, mostrar que o fluido é matéria mesmo, que trabalhamos, manipulamos, temos resultados objetivos, diretamente ligados à nossa atuação como trabalhador. E conforme vamos acrescentando essas informações é como se fossemos um trabalhador de uma indústria. Quando se tem ferramentas que conhecemos melhor, o rendimento vai ser muito maior, vai-se gastar menos para fazer um trabalho de melhor qualidade. Porque nós prestamos um serviço às pessoas, quando elas vem tomar passe com a gente. Nosso serviço tem que ser cada vez melhor. Cada passe que se dá tem que ser melhor que o último que se acabou de dar. Tem que se buscar a excelência como médium. Não aprender só o que está no livro não, nem em estudos como este. No Livro dos Médiuns, no capítulo que fala do método de se fazer seguidores, Kardec diz que ensina todo aquele que conversa, que troca experiências. Cada vez que sento para conversar com alguém que já deu 700 passes mais que eu, estou absorvendo conhecimento, porque ele já experimentou 700 vezes mais situações que eu nunca vi na minha vida. Tem coisas que não estão no livro, se aprendem com a troca de experiências.
  • 8. 8 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 Magnetismo Humano – Conceitos Básicos, Diferenças entre Magnetizador e Médium de Cura Aula dada por Carlos Cunha – 30/03/06 O que vocês entendem por Magnetismo Humano? Resposta: “— Uma força de atração. Alguns chamam de carisma.” Temos então força de atração, energia e carisma. Vamos pensar nas atividades, no trabalho mediúnico e no passe. Existe a força de atração, energia, o carisma. Como vocês acham que isso funciona? E o magnetismo onde entra? Segundo a história, a palavra magnetismo vem de uma região chamada Magnésia. Os homens, andando por lá, descobriram que tinha uma pedrinha e que uma grudava na outra. Deu-se o nome de magnetita por causa da região que se chama Magnésia. O nome dessa força de atração passou a ser magnetismo. A descoberta do magnetismo vem mais ou menos por aí. Quando falamos de magnetismo lembramos do imã. O imã é o material em que nós conseguimos visualizar, de forma patente, os efeitos do magnetismo. Tem uma experiência que fazemos na seção científica: nós temos duas argolas imantadas. Circula uma energia por aqui, existe um magnetismo, e esse componente magnético que atrai e repele está presente na natureza. Porque o magnetismo é uma força atuante e muito presente na natureza. Nós conseguimos perceber o efeito dessa energia com o imã. Mas o que isso tem a ver com os seres humanos? O que essa energia que circula aqui tem a ver com a energia do passe que estamos aplicando? Qual a relação que conseguimos encontrar nesse componente material com o componente espiritual e perispiritual que somos nós? Será que tem uma coisa a ver com a outra? A exemplo do imã, eu tanto posso combinar, ou seja, atrair, juntar, unir, como posso dispersar, repelir. Vamos partir de um princípio natural das forças que atuam na natureza. Para falarmos de magnetismo, dessa força que circula, que interage conosco, estamos falando de um efeito natural da vida, porque o magnetismo é uma lei de Deus. A diferença do imã para nós é muito grande. A base, o princípio material é o mesmo, mas o desenvolvimento, a capacidade de atração e repulsão, o poder de irradiação, o campo de ação dessa energia é limitado. Temos dois imãs: quando aproximo um do outro sinto uma força puxando muito forte, mas se afasto um do outro, já não percebo isso, embora essa energia exista. Qual o princípio desse magnetismo? O imã é composto por dois pólos: norte e sul. A energia que circula, que flui, sai do pólo norte no sentido do pólo sul. E o que faz essa força de atração? O pólo norte de um está em contato com o pólo sul do outro. Existem linhas de forças que saem do pólo norte e dirigem-se ao pólo sul. Elas vão procurar o melhor caminho para poder atrair um outro componente. Como sabemos, pólos opostos se atraem. Mas se inverto a polaridade, estarei repelindo. Porque os pólos estariam iguais: sul com sul e norte com norte se repelem. Tenho o fator distância. Quanto mais próximo, maior o poder de atuação. E em nós, será que a coisa funciona da mesma forma? Vamos nos comparar ao imã. Nós, seres humanos, espíritos encarnados no corpo físico somos seres dotados de magnetismo.
  • 9. 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 9 O que vem a ser magnetismo humano? O magnetismo humano é a energia que flui, é essa capacidade que temos de interagir com o outro, de ser agradável ou desagradável com alguém, esse chamado carisma, esse poder de atração. Existem pessoas que quando chegam num determinado ambiente, os outros não sabem nem explicar porque, ficam impactados. O que é isso? É o magnetismo que a pessoa exala, é o poder de atração, é a capacidade de imponência que a própria figura humana tem e, naquele instante, todas as atenções se voltam para ela. Existe uma certa energia que circula, que flui pela criatura e que isso consegue atrair. Em contrapartida há pessoas que chegam a ser desagradáveis, chegam ao ambiente e a presença delas repele as atenções. É o magnetismo humano. Então, nós somos como verdadeiros imãs, temos pólo norte, pólo sul? O meu pólo norte foi com o teu sul, é isso que acontece? Não, não é por aí. Mas o princípio está nessas forças que vão e vem, que se conjugam, que se atraem ou repelem. Temos que levar em consideração que estamos encarnados. Todo material é formado por átomos. Os átomos formam as moléculas e a junção dessas moléculas formarão os corpos, em geral. Todo átomo é formado por partículas. Tem as partículas de prótons, elétrons e neutrons. Prótons e neutrons estão no centro do núcleo e os elétrons na periferia, são as bolinhas que ficam circulando. P+ N O que faz o imã ser imã? Existem materiais em que os elétrons circulam na última camada, chamada de valência. Tudo está girando, nada está parado. Nós estamos rodeados de átomos, prótons, neutrons, elétrons, enfim, esta matéria que não enxergamos compõe o nosso organismo e compõe tudo aquilo que a gente vê e aquilo que não conseguimos visualizar. Os elétrons giram em torno de si mesmos e em torno desse núcleo. Vamos lembrar do sistema solar. O planeta Terra gira em torno de si mesmo e em torno do sol. Movimento de rotação e movimento de translação. Os elétrons giram em torno do núcleo, o que é comparado ao movimento de translação, e em torno de si mesmos, o que é comparado ao movimento de rotação da Terra. E esse movimento de rotação em torno de si mesmo é chamado SPIN. Spin é a rotação que o elétron dá em torno de si mesmo. O que faz o material ser um material magnético? Os elétrons da última camada giram no mesmo sentido. Temos dois elétrons chamados spins paralelos, estão girando no mesmo sentido. A tendência é a força se unir, é como se a energia se somasse e aquilo provoca um campo. Nos materiais que não são magnéticos os spins giram em sentido contrário, a tendência é um anular o outro. Então, nem todos os materiais são magnéticos ou magnetizáveis? Existem materiais que basicamente são magnetizáveis, porque os spins estão girando no mesmo sentido. Em outros, os spins estão girando em sentido oposto, o campo magnético está nulo. Mas, na verdade o nulo não é zero, é quase zero. Todo o material que conhecemos tem uma capacidade magnética. O ferro, o níquel e o cobalto são elementos em que conseguimos constatar o efeito do magnetismo, outros materiais não. Existem materiais que isolam isso daí. Somos espíritos, temos um perispírito e estamos presos num corpo físico. Nessa junção de espírito e matéria. Quando a gente fala de matéria, fala do elemento, que de uma certa forma, sendo visível ou invisível, é composto por átomos. Existem partículas atômicas, que estão ali se movimentando. A própria movimentação da matéria cria em si um campo magnético. Nós temos o nosso campo magnético. Claro, não somos um imã. Mas pelo simples fato de sermos compostos por matéria e a matéria ter átomos e os átomos tem prótons, elétrons e nêutrons, isso se movimenta. Lembrem do dínamo, que é um componente material, há uma bobina que começa a rodar e na
  • 10. 10 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 movimentação daquele material se forma um campo. O campo é o raio de ação que o material tem. Por exemplo: o imã tem um campo de ação. Nós, seres humanos, espíritos, seres dotados de razão, de inteligência, temos um campo de ação, não só fisicamente falando, porque vamos lembrar que estamos unidos a um corpo físico e nessa própria união à matéria, pelo simples fato de estarmos encarnados, este corpo tem um campo de ação. A própria vibração da matéria física, orgânica, tem uma vibração e a vibração vai ser ampliada com aquilo que somos, com o que trazemos, com nosso pensamento, sentimento e emoção, que é o que nos diferencia do imã. Nós temos o nosso magnetismo, humano, a nossa capacidade, o nosso poder de influenciação, o nosso poder de atração, de persuasão, isso é do magnetismo humano, mas podemos ampliar o nosso campo. O imã é imã e acabou, ponto final. Nós, mesmo tendo a característica físico-orgânica, podemos ampliar isso em nós. O que pensamos, sentimos, fazemos interfere nesse nosso campo. E o que isso tem a ver com o trabalho do passe? Qual seria a diferença com a nossa atuação? Através do nosso pensamento, do nosso magnetismo, do nosso poder de influenciação, nossa energia sendo levada a outras criaturas, porque querendo ou não, isso é uma coisa tão natural que, ao longo dos milênios, começando no princípio inteligente, passando pelos três reinos: mineral, vegetal, animal, até a condição hominal. Ao longo dessas eras todas, nós começamos a trabalhar em nós e a aprimorar esse nosso campo de ação, esse nosso campo de atuação. Então, se hoje nós chegamos numa condição tal que conseguimos influenciar alguém, seja com a nossa palavra, com a nossa presença, com o passe que aplicamos, isso tudo é uma construção do espírito ao longo dos milênios, das eras, dos tempos. Agora, independente de estar conscientemente pensando em atuar sobre alguém, eu estou atuando, isso é o meu campo. Cheguei num local, eu não só como a minha matéria física, orgânica, perispirítica, mas tudo aquilo que eu trago nas minhas experiências, chego aqui com o meu campo de ação. Independente de eu estar conscientemente direcionando minha energia, meu magnetismo para alguém, ele está saindo naturalmente. E isso pode ser ampliado. No momento do trabalho do passe, eu posso não estar pensando, mas de uma certa forma a energia está fluindo, está saindo. Mas a partir do momento que eu amplio, abro minha mente, sintonizo com o mais alto, abro meus sentimentos, amplio meus canais de sensibilidade, eu amplio esse meu campo também. Qual seria a diferença entre magnetizador e médium curador? Existem pessoas que têm a consciência, que sabem e até estudaram o magnetismo humano, que já conseguem comprovar essa energia humana que flui através de nós. Isso não foi a doutrina espírita que descobriu. A ciência já comprovou desde muito tempo. A doutrina espírita vem explicar, ampliar e dar uma visão espiritual desse estudo. O magnetismo humano existe desde que o mundo é mundo e os homens vêm estudando e conseguem comprovar. Mesmer foi um dos grandes divulgadores do magnetismo. Existem pessoas que não acreditam no Espiritismo, não aceitam a Doutrina Espírita, não querem saber de espíritos, mas atestam e comprovam a existência do magnetismo humano, e usam essa energia para curar alguém, são os chamados magnetizadores. Aqui, no Brasil, não é muito comum, mas lá fora é difundido, você encontra pessoas que desenvolvem a técnica de manipulação energética e doam essa energia para outro. O magnetismo requer a capacidade de influenciação, eu interfiro no campo do outro. A base do passe está no estudo e aplicação do magnetismo. Claro que nós, conscientes da existência dessa força, dessa energia, unimos isso à ajuda espiritual, coisa que os magnetizadores não fazem. Para eles, estão doando aquilo que é deles. Exemplo: a pessoa caiu, machucou e teve uma contusão. Eu vou fazer uma massagem nela. Estou magnetizando. Posso não estar conscientemente pensando, mas estou magnetizando, transferindo energia minha para o outro. É um efeito natural. A própria energia, aquilo que em eletrônica a gente chama de diferença de potencial, onde esses elétrons fluem naturalmente, de onde tem mais para onde tem menos. Exemplo: eu tenho um imã e um prego. Essa energia do imã flui naturalmente e consegue atrair o preguinho. À medida que vou distanciando não consigo fazer com que essa energia atue. Veja exemplo retirado da apostila da Seção Científica.
  • 11. 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 11 INDUÇÃO MAGNÉTICA “Se colocarmos sobre um monte de limalha de ferro, um pedaço de ferro que não possua nenhum magnetismo, a limalha não será atraída pelo ferro. Não obstante, se aproximarmos do pedaço de ferro um imã de considerável poder magnético, observaremos que, imediatamente, a limalha é atraída pelo pedaço, ou seja, o pedaço de ferro se transforma temporariamente num imã, conforme ilustrado abaixo.” “Isto se deve ao fato das linhas de força de um ímã que aproximamos formarem um campo magnético neste por indução, conforme mostram as linhas tracejadas da figura. Observaremos que o pedaço de ferro atrai a limalha durante todo o tempo que o ímã permanecer nas proximidades. Assim que afastarmos o ímã das proximidades do pedaço de ferro, observaremos que a maior parte da limalha de ferro que havia aderido ao pedaço de ferro, se desprende deste. Algumas limalhas permanecem aderidas ao pedaço de ferro, em virtude do ímã ter magnetizado parcialmente por indução o pedaço de ferro. Desta forma, após ter submetido ao pedaço de ferro a ação magnetizadora das linhas de força do ímã em forma de ferradura, a barra de ferro conserva certo magnetismo que é conhecido pelo nome de magnetismo remanescente.” (Anexo retirado da apostila do Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Seção Científica) **** Nós queremos falar da diferença de potencial, que sempre flui daquele que tem mais para aquele que tem menos. As linhas de força do imã procuram o melhor meio, o melhor campo para poder atuar. Por exemplo, neste ambiente aqui: existem raios, ondas magnéticas perpassando por todo este ambiente, energias e mais energias cruzam aqui. As pessoas usam o celular, um disca para o outro e não interfere nos outros. Existe uma interferência sim, mas as linhas passam umas pelas outras e não interfere no sentido de ouvir nada, porque existe um campo de ação no meio disso tudo. Para falar dessa diferença de potencial, todo e qualquer material que está com uma certa capacidade energética vai sair daquele que tem mais para o que tem menos, essa energia vai fluir naturalmente. Quando eu tenho consciência disso, quando eu aplico a minha vontade, quando direciono essa energia, é como se eu conduzisse melhor essas linhas. Quando falamos da diferença do magnetizador para o médium de cura, dissemos que o magnetizador dá aquilo que é dele. Kardec diz no Livro dos Médiuns, sobre os médiuns curadores: 176 – Eis aqui as respostas que nos deram os Espíritos às perguntas que lhes dirigimos sobre este assunto: 1a ) Podem considerar-se as pessoas dotadas de força magnética como formando uma variedade de médiuns? “Não há que duvidar.” (O Livro dos Médiuns – cap. XIV – item 176 – Allan Kardec – ED. F.E.B.) Todos nós somos médiuns, sabemos disso. Abrimos o campo de sintonia com o mundo espiritual. Independente de abrirmos ou não o campo de sintonia com o mundo espiritual, temos a capacidade de influenciação uns sobre os outros. Não só sobre os corpos dos outros, mas sobre a mente, sobre o psiquismo, isso é magnetismo.
  • 12. 12 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 Intervenção: “Conceitualmente existe a diferença entre magnetizador e médium, mas na prática não. Porque o espírito vai trabalhar independente da vontade do magnetizador.” Porque o magnetizador, na cabeça dele está doando aquilo que é dele. Existem pessoas que estudam a prática, a técnica, até cobram para isso e doam aquela energia e no final se sentem desgastadas. O princípio, na magnetização e no passe de cura, é o mesmo, a base é a mesma. A diferença está no componente externo, ou seja, no auxílio espiritual. Vamos lembrar da bobina, o imã tem a capacidade natural, mas enrola-se um fio de cobre, coloca-se uma corrente elétrica para girar em torno daquilo ali e ele amplia o campo de ação, de atuação. Seria mais ou menos, comparando o papel do médium nesse sentido. A capacidade magnética reside ali, mas a partir do momento que é feito o apelo ao mundo espiritual, em que o pensamento é conduzido de forma consciente, equilibrada, direcionada e é colocado o melhor sentimento, não há tanto desperdício, tanto desgaste. O magnetizador cobra, porque está doando o que é dele, o médium não cobra e nem deve cobrar. Diz Kardec no item 176 do Livro dos Médiuns: 2a ) Entretanto, o médium é um intermediário entre os Espíritos e o homem; ora, o magnetizador, haurindo em si mesmo a força de que se utiliza, não parece que seja intermediário de nenhuma potência estranha. “É um erro; a força magnética reside, sem dúvida, no homem, mas é aumentada pela ação dos Espíritos que ele chama em seu auxilio. Se magnetizas com o propósito de curar, por exemplo, e invocas um bom Espírito que se interessa por ti e pelo teu doente, ele aumenta a tua força e a tua vontade, dirige o teu fluido e lhe dá as qualidades necessárias.” 3a ) Há, entretanto, bons magnetizadores que não crêem nos Espíritos? “Pensas então que os Espíritos só atuam nos que crêem neles? Os que magnetizam para o bem são auxiliados por bons Espíritos. Todo homem que nutre o desejo do bem os chama, sem dar por isso, do mesmo modo que, pelo desejo do mal e pelas más intenções, chama os maus.” (O Livro dos Médiuns – cap. XIV – item 176 – Allan Kardec – ED. F.E.B.) A diferença entre o magnetizador, propriamente dito, e o médium é que o magnetizador, aquele que trabalha nesse campo de atuação e até é remunerado por isso, não invoca nenhum auxílio espiritual para junto dele. Na cabeça dele, está doando aquilo que é dele, e está doando aquilo que é dele sim. Mas se está fazendo aquilo com a melhor das intenções, no propósito de socorrer alguém e sua intenção é ajudar ao cliente, e o cliente quer ser ajudado, está fazendo esforço pela ajuda e está com a melhor intenção, com certeza vai haver um auxílio espiritual. Independente ou não da crença na ação do mundo espiritual, ele estão aqui atuando. A Doutrina Espírita nos chama à responsabilidade para que comecemos a estudar, entender esse processo e nos colocar como instrumentos úteis do auxílio junto aos irmãos que precisam de socorro. Pode chegar alguém e dizer: “Antes de eu ser espírita, qualquer pessoa que estava doente eu chegava lá, botava a mão e a pessoa melhorava. Eu descobri que tenho essa capacidade, esse dom natural. Nunca pensei em espírito, nunca fui de religião nenhuma, mas aquilo acontecia naturalmente comigo.” É a capacidade da criatura, é o poder magnético ele tem. Mas, a partir do momento em que tomamos conhecimento da Doutrina Espírita e sabemos que somos influenciados e influenciamos, nossa responsabilidade aumenta. Principalmente nesse auxílio que temos, às vezes até sem a evocação, a nossa responsabilidade aumenta, porque sabemos que a energia que flui, que é uma lei divina, tem um propósito, que é a troca, a interação, que é aquele que tem mais vai transmitir para o que tem menos. Essa troca é para que haja o equilíbrio das coisas. Quando falamos de magnetismo, lembramos de fluido. Kardec na Gênese, capítulo XIV, diz que a energia que flui, sai e interage com a vida, com o mundo, leva o cunho da característica daquele que está emanando. Este nosso magnetismo tem especialidades físicas de atuação, mas também tem especialidades espirituais. Kardec diz que existem fluidos, energias calmantes. Existem pessoas que chegam num ambiente todo mundo fica calmo. O que é isso? É o magnetismo da criatura. No seu jeito de falar, no modo de se expressar, de se dirigir a alguém ela vibra, ela magnetiza naquele ambiente o seu jeito de ser. É uma característica que pode acalmar.
  • 13. 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 13 Mas tem gente que quando chega no ambiente agitado, a própria agitação da criatura deixa todo mundo do mesmo jeito. É o magnetismo da criatura, que de uma certa forma imprime uma característica física de deixar todo mundo agitado, ligado. Mas também esse magnetismo tem o componente espiritual de pacificação. Nós temos o magnetismo humano que atua não só no físico, mas também no ser psíquico, no ser emocional, no ser espiritual. O médium quando aplica o passe de cura, quando aprende as técnicas do passe no COMP, faz o curso do magnetismo para aprender as técnicas aplicadas ao passe curador, o plano espiritual orienta: “Você tem a característica para trabalhar no passe de cura junto às gestantes, junto aos cardíacos. Você tem uma certa característica de atuação física”. Naquele componente magnético, humano, naquele fluido que sai, naquela energia que é direcionada e vai atuar no físico. Mas não podemos esquecer que existe um componente psíquico, espiritual que atua. Por mais que eu tenha uma característica de ação magnética neste ou naquele campo físico no trabalho do passe, não posso esquecer que eu, espírito, com o meu magnetismo humano, carrego junto comigo todo esse componente físico, perispirítico e espiritual que é meu. Eu posso ter uma especialidade para aplicar o passe, por exemplo, nas gestantes, mas a minha parte emocional, eu, espírito, não estou muito equilibrado nos meus sentimentos, por mais que, fisicamente, eu consiga atuar ali, aquele componente magnético, do ponto de vista espiritual, vai ser misturado, vai haver interferência. Não posso esquecer que sou um espírito e de uma certa forma interfiro nesse processo. Existe o magnetismo puramente humano, embora a gente saiba que é puramente humano no sentido de físico, material, ou seja, eu estou doando aquilo que é meu. André Luiz diz no livro, Mecanismos da Mediunidade, capítulo 8, Mediunidade e Eletromagnetismo, que o médium tem em si um campo de atuação ampliado, devido aos seus “spins” perispiríticos estarem girando no mesmo sentido. Kardec coloca no item 159 do Livro dos Médiuns, que a mediunidade é orgânica, no sentido físico, perispirítico. Ela está instalada no organismo físico-perispiritual e esses elétrons que estão na última camada do organismo do médium giram no mesmo sentido. É aquilo que André Luiz chama de descompensação vibratória. Descompensação Vibratória – Sem obstáculo, reconhecemos que a mediunidade ou capacidade de sintonia está em todas as criaturas, porque todas as criaturas são dotadas de campo magnético particular, campo esse, porém, que é sempre mais pronunciado naquelas que estejam temporariamente em regime de “descompensação vibratória”, seja de teor purgativo ou de elevada situação, a transparecer no trabalho expiatório da alma que se rendeu à delinqüência ou na ação missionária dos espíritos de eleição que se entregam à bem-aventurança do sacrifício por amor, em estágios curtos ou longos na reencarnação terrestre, com o objetivo de trazerem das esferas superiores mais alta contribuição de progresso ao pensamento da Humanidade. (Mecanismos da Mediunidade – cap. VIII – Descompensação Vibratória – Espírito André Luiz – psicografia de Chico Xavier – Ed. F.E.B.) Como se dá essa chamada descompensação vibratória? O que amplia esse campo magnético daquele que é chamado médium? As experiências reencarnatórias ao longo dos séculos. Nós influenciamos e somos influenciados. Temos a capacidade de influenciar as pessoas no falar, no agir, no impingir (eu obrigo você a fazer isso, coloco a espada no seu peito e obrigo a fazer isso), estou influenciando de uma forma impositiva, à força, mas estou usando do meu poder de influenciação. Estou usando, não só o meu magnetismo, mas também a minha vontade, de uma forma coercitiva, impondo minha vontade sobre a sua. Nas nossas ações, nossas expressões, durante a nossa vida, ao longo dos milênios, estamos interferindo na vida de outrem. Essa interferência gera um campo. Nós temos o nosso campo natural, mas a forma de ser, de agir, de expressar, de atuar de forma direta ou indireta na nossa relação uns com os outros, isso amplia ou retrai o nosso campo. Essa mediunidade mais ostensiva está ligada às experiências que o espírito traz, nas suas expressões na vida, atuando junto às outras criaturas. É como André Luiz explica essa descompensação vibratória, ou seja, porque nós somos seres que temos um magnetismo, que é natural nosso, mas que pode ser ampliado e a nossa força de expressão na vida, aquilo que eu faço, que repercute no Universo, porque estamos banhados nesse hálito divino. Essas leis que nos regem, em que há uma troca energética, troca magnética entre as
  • 14. 14 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 criaturas e todos os seres e há a capacidade de influenciação, isso pode gerar para nós conseqüências futuras. Há criaturas que têm a mediunidade mais ostensiva, André Luiz diz que a descompensação vibratória foi feita pelas experiências no campo do afastamento das leis de Deus, agindo no mal. Minha ação na vida gerou um campo e esse campo é que vai interferir no componente perispirítico, que gera a descompensação vibratória. A minha atuação no desequilíbrio, no mal, junto a outras criaturas, na ação, no psiquismo, na mente, na capacidade de influenciação, de argumentação. Destruí muitas vidas, falando mal de todo mundo, escrevi coisas em que induzi criaturas a cometer esse ou aquele tipo de atitude. Por esse campo que foi gerado, que foi ampliado, eu vou ter que responder. Chega o momento em que reencarno como médium, porque atuei de forma negativa na vida e isso gerou um campo e esse campo em mim, pode ter ampliado a minha capacidade magnética. Nós vemos a misericórdia divina atuando sobre nós, para que eu possa resgatar, me ressarcir junto à lei, trabalhando com essa experiência que adquiri, porém, tentando mudar essa polaridade. André Luiz diz que espíritos, que ao longo do tempo, atuaram negativamente ou positivamente, ampliam esse campo e em encarnações futuras tem esse tipo de mediunidade. Nós, como imãs humanos, comparado ao imã, muitas das vezes falamos: “No passe de cura, eu dou passe e curo todo mundo, porque eu tenho fluido para curar.” Às vezes não tem nem aquele fluido para poder curar, mas em nome da misericórdia divina, em nome do amor de Deus junto às criaturas, e do merecimento daquele que veio em busca do auxílio, a espiritualidade aproveita esse campo que tenho, amplia e age. Eu crente que o mérito é meu, mas o mérito é todo da espiritualidade. Isso desmerece a atuação magnética? Não, mas que a gente comece a aproveitar essa interferência do mundo espiritual na nossa vida, para conseguir aprender a abrir o nosso campo de influenciação de forma mais positiva. Quando falamos de magnetismo humano, de capacidade de influenciação é para que aprendamos a expandir o nosso campo da forma mais positiva. A proposta espírita é essa, quando faz com que a gente estude magnetismo, que conheça as técnicas do passe, saber como atua, onde é o órgão. Se eu fizer errado posso prejudicar o organismo e até o psiquismo do outro, porque estou atuando, estou influenciando. Eu posso ser um caminhão de fluido, mas se eu não dirigir o fluido, vou espalhar fluido para tudo quanto é lado, vou estar me desgastando, porque não apliquei a técnica correta, não soube me posicionar de forma adequada no ambiente, em termos mentais e espirituais. A energia foi levada, a criatura foi ajudada, mas houve muito dispêndio de energia e eu dei muito trabalho para a espiritualidade. Para falarmos de magnetismo humano na Doutrina Espírita, temos que associar a educação, o conhecimento. Mas não é o conhecimento da técnica, pura e simplesmente. A técnica é extremamente importante, mas essa educação está ligada à educação dos sentimentos. Porque o sentimento é o que qualifica aquela energia. Eu posso ter o fluido direcionado, a energia, o magnetismo, o poder de influenciação para x, y ou z, mas o meu sentimento é que vai qualificar aquilo ali. Ignácio Bittencourt fala da capacidade de curar, da capacidade magnética, de influenciação: “A faculdade de curar é inerente ao homem. Todos os que sinceramente dispostos a ajudar ao próximo colocarem suas foças psíquicas a serviço da cura espiritual se tornarão intérpretes dos curadores do espaço. No momento em que deseja operar as curas os médiuns movimentam em si forças espirituais imensas e as canalizam através de suas mãos para os doentes, fracos, desalentados, especificamente os descontrolados, restabelecendo o equilíbrio das forças em desalinho, reconduzindo mentes e corações para os estágios mais harmonizados e mais elevados. Mas se ao doente basta o desejo de ser curado e quando alheado a fé, maior quota de energia absorve, ao doador cabe alguns cuidados, que é sempre bom enumerarmos. O primeiro de todos os cuidados é a crença poderosa em Deus. O trabalhador do bem disposto a servir sobre a égide do amor divino, recebe influxos generosos, capazes mesmo de transformar as maiores energias em fonte valiosa de forças formidáveis. Amparado por essa segurança o médium precisa desenvolver os valores do equilíbrio orgânico e da estabilidade emocional.” É preciso ter a crença fervorosa em Deus, a confiança nas leis divinas. Independente do que acontecer, o Universo é regido por leis, independente da minha vontade, a vontade de Deus é
  • 15. 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 15 soberana e tenho que acreditar nisso. Tenho que me preparar orgânica e emocionalmente, tenho que me educar para poder estar bem, para que essas energias fluam da melhor forma possível, para que no momento do passe, daquele processo terapêutico, o meu emocional não interfira no outro. Porque por mais que eu tenha o fluido dirigido para aquele tipo de tratamento o fator emocional interfere no processo. Ignácio continua: “O fator emocional do médium também deve ser cuidadosa e escrupulosamente atendido. O médium deve e precisa desenvolver as forças de equilíbrio, para tanto não só vigilância e oração, mas também a observação sincera dos seus atos, seus sentimentos, suas palavras, sua emoção. O médium cuidadoso de suas forças psíquicas assemelha-se a operário que vistoria constantemente suas ferramentas de trabalho, para que renda melhor no serviço a que foi chamado.” Nós temos a capacidade de influenciação, isso é natural no ser encarnado ou desencarnado, não importa a condição. Eu tenho fluido para dar passe em um, em cem, não importa. O importante que eu dê o melhor de mim, que acredite em Deus, confie que o Universo é regido por leis, que, independente da minha vontade, aquilo que tem que acontecer, vai acontecer. A minha vontade auxilia, mas também, às vezes, perturba o ambiente. Para isso tenho que ter cuidado com o físico, porque estou doando minha energia, porque as práticas de magnetização feitas na casa espírita, têm um componente orgânico, físico. O médium doa o fluido que é dele e doa, em conjunto, o fluido dos espíritos. Temos o componente humano, o espiritual e o misto, no processo terapêutico do passe. O mais importante de tudo é a questão da fé, que tem que ser trabalhada em nós. Por isso, ele coloca primeiro que a fé movimenta, mobiliza esses recursos interiores, potencializa em nós aquilo que dizemos: “Meu Deus eu não sabia que era capaz disso. Mas descobri que sou também.” “A fé é humana ou divina, conforme o homem aplicar suas faculdades às necessidades terrestres ou às suas aspirações celestes e futuras. O homem de talento, que persegue a realização de um grande empreendimento, triunfa se tem fé, porque sente em si que pode e deve alcançar seu objetivo, e esta certeza lhe dá uma força imensa. O homem de bem que, crendo no seu futuro celeste, quer preencher sua vida com nobres e belas ações, retira da sua fé, da certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda aí se realizam os milagres de caridade, de devotamento e de abnegação. Enfim, com a fé, não há más tendências que não possam ser vencidas. O magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação é pela fé que se cura e se produz esses fenômenos estranhos que outrora eram qualificados de milagres. Eu o repito: a fé é humana e divina; se todos os encarnados estivessem bem convencidos da força que têm em si, se quisessem colocar sua vontade a serviço dessa força, eles seriam capazes de realizar o que, até o presente, chama-se de prodígios, e que é simplesmente o desenvolvimento das faculdades humanas. (Um Espírito Protetor. Paris, 1863.) (O Evangelho Segundo O Espiritismo – Cap. XIX , item 12 – Allan Kardec – Ed. CELD) Por isso o nosso irmão Ignácio Bittencourt orienta para que desenvolvamos essa fé fervorosa em Deus, porque é a fé humana e a fé divina. Quando vemos irmãos saindo felizes daqui porque foram curados por esse ou aquele tipo de dificuldade, dor, sofrimento, ficamos felizes, é motivo de engrandecimento da nossa fé, para que cada vez mais confiemos no Pai e aprimoremos o nosso instrumento de trabalho. A peça que recebemos para atuar na vida. O médium precisa se preparar. Se eu vou dar o passe de cura tenho que ter fé, mas tenho que cuidar do corpo, do equilíbrio físico, mental, espiritual, emocional. E não posso esquecer que é na vida humana que faço a manutenção desse ferramental. Eu não estou aqui só para dar o passe, estou para dar bom dia, dizer “com vai?” Estou exercitando o meu magnetismo. A minha forma de ser, de agir cordial, de agir abnegadamente é a forma de ampliarmos os nossos “spins” magnéticos, para que no momento do passe sejamos instrumentos melhores de atuação da espiritualidade.
  • 16. 16 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 Bibliografia: 7 – Médiuns curadores 175 – Unicamente para não deixar de mencioná-la, falaremos aqui desta espécie de médiuns, porquanto o assunto exigiria desenvolvimento excessivo para os limites em que precisamos ater-nos. Sabemos, ao demais, que um de nossos amigos, médico, se propõe a tratá-lo em obra especial sobre a medicina intuitiva. Diremos apenas que este gênero de mediunidade consiste, principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação. Dir-se-á, sem dúvida, que isso mais não é do que magnetismo. Evidentemente, o fluido magnético desempenha aí importante papel; porém, quem examina cuidadosamente o fenômeno sem dificuldade reconhece que há mais alguma coisa. A magnetização ordinária é um verdadeiro tratamento seguido, regular e metódico; no caso que apreciamos, as coisas se passam de modo inteiramente diverso. Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, desde que saibam conduzir-se convenientemente, ao passo que nos médiuns curadores a faculdade é espontânea e alguns até a possuem sem jamais terem ouvido falar de magnetismo. A intervenção de uma potência oculta, que é o que constitui a mediunidade, se faz manifesta, em certas circunstâncias, sobretudo se considerarmos que a maioria das pessoas que podem, com razão, ser qualificadas de médiuns curadores recorre à prece, que é uma verdadeira evocação. (Veja-se o no 131.) 176 – Eis aqui as respostas que nos deram os Espíritos às perguntas que lhes dirigimos sobre este assunto: 1a ) Podem considerar-se as pessoas dotadas de força magnética como formando uma variedade de médiuns? “Não há que duvidar.” 2a ) Entretanto, o médium é um intermediário entre os Espíritos e o homem; ora, o magnetizador, haurindo em si mesmo a força de que se utiliza, não parece que seja intermediário de nenhuma potência estranha. “É um erro; a força magnética reside, sem dúvida, no homem, mas é aumentada pela ação dos Espíritos que ele chama em seu auxilio. Se magnetizas com o propósito de curar, por exemplo, e invocas um bom Espírito que se interessa por ti e pelo teu doente, ele aumenta a tua força e a tua vontade, dirige o teu fluido e lhe dá as qualidades necessárias.” 3a ) Há, entretanto, bons magnetizadores que não crêem nos Espíritos? “Pensas então que os Espíritos só atuam nos que crêem neles? Os que magnetizam para o bem são auxiliados por bons Espíritos. Todo homem que nutre o desejo do bem os chama, sem dar por isso, do mesmo modo que, pelo desejo do mal e pelas más intenções, chama os maus.” 4a ) Agiria com maior eficácia aquele que, tendo a força magnética, acreditasse na intervenção dos Espíritos? “Faria coisas que consideraríeis milagre.” 5a ) Há pessoas que verdadeiramente possuem o dom de curar pelo simples contacto, sem o emprego dos passes magnéticos? “Certamente; não tens disso múltiplos exemplos?” 6a ) Nesse caso, há também ação magnética, ou apenas influência dos Espíritos? “Uma e outra coisa. Essas pessoas são verdadeiros médiuns, pois que atuam sob a influência dos Espíritos; isso, porém, não quer dizer que sejam quais médiuns curadores, conforme o entendes.” 7a ) Pode transmitir-se esse poder? “O poder, não; mas o conhecimento de que necessita, para exercê- lo, quem o possua. Não falta quem não suspeite sequer de que tem esse poder, se não acreditar que lhe foi transmitido.” 8a ) Podem obter-se curas unicamente por meio da prece? “Sim, desde que Deus o permita; pode dar- se, no entanto, que o bem do doente esteja em sofrer por mais tempo e então julgais que a vossa prece não foi ouvida.” 9a ) Haverá para isso algumas fórmulas de prece mais eficazes do que outras? “Somente a superstição pode emprestar virtudes quaisquer a certas palavras e somente Espíritos ignorantes, ou mentirosos podem alimentar semelhantes idéias, prescrevendo fórmulas. Pode, entretanto, acontecer que, em se tratando de pessoas pouco esclarecidas e incapazes de compreender as coisas puramente espirituais, o uso de determinada fórmula contribua para lhes infundir confiança. Neste caso, porém, não é na fórmula que está a eficácia, mas na fé, que aumenta por efeito da idéia ligada ao uso da fórmula.” (O Livro dos Médiuns – Cap. XIV – item 175 e 176 –Allan Kardec – ED. F.E.B.) ****
  • 17. 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 17 A DIFERENÇA ENTRE O MAGNETIZADOR E O MÉDIUM CURADOR “Quem diz médium diz intermediário. A diferença entre o magnetizador, propriamente dito, e o médium curador, é que o primeiro magnetiza com o seu fluido pessoal, e o segundo com o fluido dos Espíritos, ao qual serve de condutor. O magnetismo produzido pelo fluido do homem é magnetismo humano, o que provem do fluido dos Espíritos é o magnetismo espiritual. O fluido magnético tem, pois, duas fontes distintas: os Espíritos encarnados e os Espíritos desencarnados. essa diferença de origem produz uma grande diferença na qualidade do fluido e nos seus efeitos. O fluido humano está sempre mais ou menos impregnado de impurezas físicas e morais do encarnado, o dos bons Espíritos é necessariamente mais puro e, por isto mesmo, tem propriedades mais ativas, que acarretam uma cura mais pronta. Mas, passando através do encarnado, pode alterar-se como um pouco de água límpida passando por um vaso impuro, como todo remédio se altera se demorou bastante num vaso sujo e perde, em parte, suas propriedades benéficas. Daí, para todo verdadeiro médium curador, a necessidade absoluta de trabalhar a sua depuração, isto é, o seu melhoramento moral, segundo o princípio vulgar: limpai o vaso antes de dele vos servirdes, se quiserdes ter algo de bom. Só isto basta para mostrar que o primeiro que aparecer não poderá ser um médium curador, na verdadeira acepção da palavra. O fluido espiritual será tanto mais depurado e benfazejo quanto mais o Espírito que o fornece for puro e desprendido da matéria. Compreende-se que o dos Espíritos inferiores deva aproximar-se do homem e possa ter propriedades maléficas, se o Espírito for impuro e animado de más intenções. Pela mesma razão, as qualidades do fluido humano apresentam nuanças infinitas, conforme as qualidades físicas e morais do indivíduo. É evidente que o fluido emanado de um corpo malsão pode inocular princípios mórbidos no magnetizado. As qualidades morais do magnetizador, isto é, a pureza de intenção e de sentimento, o desejo ardente e desinteressado de aliviar o seu semelhante, aliados à saúde do corpo, dão ao fluido um poder reparador que pode, em certos indivíduos, aproximar-se das qualidades do fluido espiritual. Assim, seria um erro considerar o magnetizador como simples máquina de transmitir fluidos. Nisto, como em todas as coisas, o produto está na razão do instrumento e do agente produtor. Por estes motivos, seria imprudência submeter-se à ação magnética do primeiro desconhecido. Abstração feita dos conhecimentos práticos indispensáveis, o fluido do magnetizador é como o leite de uma nutriz: salutar ou insalubre. Sendo o fluido humano menos ativo, exige uma magnetização continuada e um verdadeiro tratamento, por vezes muito longo. Gastando o seu próprio fluido, o magnetizador se esgota e se fatiga, pois dá de seu próprio elemento vital. Por isso deve, de vez em quando, recuperar suas forças. O fluido espiritual, mais poderoso, em razão de sua pureza, produz efeitos mais rápidos e, por vezes, quase instantâneos. Não sendo esse fluido do magnetizador, resulta que a fadiga é quase nula. O Espírito pode agir diretamente, sem intermediário, sobre um indivíduo, como foi constatado em muitas ocasiões, quer para o aliviar e o curar, se possível, quer para produzir o sono sonambúlico. Caso haja por um intermediário, trata-se de mediunidade curadora. O médium curador recebe o influxo fluídico do Espírito, ao passo que o magnetizador tudo tira de si mesmo. Mas os médiuns curadores na estrita acepção da palavra, isto é, aqueles cuja personalidade se apaga completamente ante a ação espiritual, são extremamente raras, porque essa faculdade, elevada ao mais alto grau, requer um conjunto de qualidades morais, raramente encontradas na Terra: só esses podem obter, pela imposição das mãos, essas curas instantâneas que nos parecem prodigiosas. Muito poucas pessoas podem pretender este favor. Sendo o orgulho e o egoísmo as principais fontes das imperfeições humanas daí resulta que os que se gabam de possuir esse dom, que vão a toda parte contando curas maravilhosas que fizeram, ou dizem ter feito, que buscam a glória, a reputação ou o proveito, estão nas piores condições para o obter, porque essa faculdade é o privilégio exclusivo da modéstia, da humildade, do devotamento e do desinteresse. Jesus dizia àqueles a quem havia curado: Ide dar graças a Deus e não o digais a ninguém. Sendo, pois, a mediunidade curadora uma exceção aqui na Terra resulta que há quase sempre ação simultânea do fluido espiritual e do fluido humano, quer dizer que os médiuns curadores são todos mais ou menos magnetizados, razão por que agem conforme os processos magnéticos. A diferença está na predominância de um ou do outro fluido e na cura mais ou menos rápida. Todo magnetizador pode tornar-se médium curador, se souber fazer-se assistir por bons Espíritos. Neste caso os Espíritos lhe vêm em ajuda, derramando sobre ele seu próprio fluido, que pode decuplicar ou centuplicar a ação do fluido puramente humano. Os Espíritos vêm aos que querem: nenhuma vontade pode constrangê-los; eles se rendem à prece, se esta for fervorosa, sincera, mas nunca por injunção. Disto resulta que a vontade não pode dar a mediunidade
  • 18. 18 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 curadora e ninguém pode ser médium curador com desígnio premeditado. Reconhece-se o médium curador pelos resultados que obtém e não por sua pretensão de o ser. Mas se a vontade for ineficaz quanto ao concurso dos Espíritos, é onipotente para imprimir ao fluido, espiritual ou humano, uma boa direção e uma energia maior. No homem mole e distraído, a corrente é mole, a emissão é fraca; o fluido espiritual pára nele, mas sem que o aproveite; no homem de vontade enérgica, a corrente produz o efeito de uma ducha. Não se deve confundir vontade enérgica com a teimosia, porque esta é sempre resultado do orgulho ou do egoísmo, ao passo que o mais humilde pode ter a vontade do devotamento. A vontade é ainda onipotente para dar aos fluidos as qualidades especiais apropriadas à qualidade do mal.” (REVISTA ESPIRITA – ANO 1865 – pág. 251) **** 12 – A fé é o sentimento inato, no homem, dos seus destinos futuros; é a consciência que ele tem das faculdades imensas cujo germe foi depositado em si, a princípio em estado latente, e que ele deve fazer desabrochar e crescer pela sua vontade atuante. Até o momento a fé só foi compreendida pelo seu lado religioso, porque Cristo a preconizou como uma alavanca possante, e porque só se viu nele o chefe de uma religião. Mas o Cristo, que realizou milagres materiais, mostrou, por esses mesmos milagres, o que o homem pode quando tem fé, isto é, a vontade de querer, e a certeza de que essa vontade pode se realizar. Os apóstolos, a exemplo de Jesus, também não fizeram milagres? Ora, o que eram esses milagres senão efeitos naturais cuja causa era desconhecida aos homens de então, mas que se explica em grande parte atualmente, e que se compreenderá completamente pelo estudo do Espiritismo e do magnetismo? A fé é humana ou divina, conforme o homem aplicar suas faculdades às necessidades terrestres ou às suas aspirações celestes e futuras. O homem de talento, que persegue a realização de um grande empreendimento, triunfa se tem fé, porque sente em si que pode e deve alcançar seu objetivo, e esta certeza lhe dá uma força imensa. O homem de bem que, crendo no seu futuro celeste, quer preencher sua vida com nobres e belas ações, retira da sua fé, da certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda aí se realizam os milagres de caridade, de devotamento e de abnegação. Enfim, com a fé, não há más tendências que não possam ser vencidas. O magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação é pela fé que se cura e se produz esses fenômenos estranhos que outrora eram qualificados de milagres. Eu o repito: a fé é humana e divina; se todos os encarnados estivessem bem convencidos da força que têm em si, se quisessem colocar sua vontade a serviço dessa força, eles seriam capazes de realizar o que, até o presente, chama-se de prodígios, e que é simplesmente o desenvolvimento das faculdades humanas. (Um Espírito Protetor. Paris, 1863.) (O Evangelho Segundo O Espiritismo – Cap. XIX , item 12 – Allan Kardec – Ed. CELD) **** A Gênese – Cap. XIV – Allan Kardec – Ed. CELD. O Livro dos Médiuns – itens 175 e 176. – Allan Kardec – Ed. F.E.B. Magnetismo Espiritual – cap. III – Michaelus – Ed. F.E.B. Mecanismos da Mediunidade – Cap. VI e VII – Espírito André Luiz, psicografia de Chico Xavier.
  • 19. 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 19 Propriedades dos Fluidos – Ciência e Medicina Espiritual, Características Gerais dos Fluidos, Fluido Espiritual Aula dada por Maria Emília Tourinho em 20/04/2006 Nós hoje vamos finalizar a visão científica que queremos trazer para entender a técnica de passes. Até hoje nós falamos da parte científica, que é para darmos um entendimento do fluido, que é muito importante, porque é o instrumento que utilizamos para dar o passe nas pessoas. Eu trouxe uma síntese de uma definição que André Luiz dá ao médium, para complementar a definição do Livro dos Médiuns, item 159, de que todos somos médiuns. “A mediunidade ou capacidade de sintonia está em todas as criaturas, porque todas têm um campo magnético particular. Porém, os chamados médiuns, que funcionam como verdadeiras antenas essa capacidade é mais acentuada. Nos médiuns esse campo magnético particular apresenta-se ativo e tem como causa a constância no trabalho do bem, ou ainda, a persistência no caminho do mal.” Quando ele diz: “...a constância no trabalho do bem, ou ainda, a persistência no caminho do mal.” vai lembrar a questão da neutralidade do magnetismo, do fluido. Ele pode ser usado para um lado ou para o outro. Resumo das características gerais dos fluidos: ♦ Tanto os espíritos desencarnados quanto os encarnados podem modificar as propriedades dos fluidos, através do pensamento e da vontade; ♦ Os espíritos imprimem aos fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas; ♦ Os fluidos ficam impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos daqueles que os fazem vibrar; ♦ Os fluidos adquirem as propriedades do meio onde se elaboram; ♦ O fluido vital pode ser transmitido de um indivíduo a outro; ♦ Um dos mais importantes produtos do fluido cósmico universal é o perispírito; ♦ Os fluidos atuam sobre o perispírito e este reage sobre o organismo material com que se acha em contato molecular. Vocês acham que a ciência atual detém o conhecimento, que está contido nesses 7 itens? Não, a ciência ainda não compreende. A ciência oficial nega a palavra fluido. Porque para todas as ciências que estudam as qualidades orgânicas da vida, esta palavra não tem mais sentido de existir, está ultrapassada, não se usa mais. E nós usamos essa palavra a toda hora, a todo momento. Para nós, ela define uma qualidade de matéria que nós sentimos, percebemos. Se sentimos e percebemos, qualificamos, mas não quantificamos. Estamos na tentativa de pesar fluido. Já há experiências de cientistas pesando o médium antes do passe e depois do passe. E dá uma diferença de peso. Estamos engatinhando nesse campo. ♦ O fluido vital pode ser transmitido de um indivíduo a outro – é o que o médium e o magnetizador fazem. O médium transmite seu fluido vital, mas também manipula o fluido do ambiente e veicula uma forma dos espíritos trazerem o fluido. Esse fluido chama-se espiritual, porque os espíritos pegam o fluido e manipulam para tratar questões perispirituais, espirituais, não é para tratar questões materiais. Para tratar de questões materiais eles pegam o fluido vital. ♦ Um dos mais importantes produtos do fluido cósmico universal é o perispírito – teorizamos isso dentro da nossa cabeça. Mas nós temos noção do valor dessa frase, na íntegra? Sabemos medir o quanto o perispírito é importante no Universo? Ainda não. ♦ Tanto os espíritos desencarnados quanto os encarnados podem modificar as propriedades dos fluidos, através do pensamento e da vontade – O cientista fica “doidinho” com essa afirmação. Eles acham que é coisa de religião. Saiu uma entrevista com o Dalai Lama onde ele diz que a ciência tem que se unir à religião e a religião tem que se unir à ciência, porque é a forma do homem progredir. Ele tem um trânsito bom
  • 20. 20 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 com os cientistas. Nos anos 80 os cientistas pediram ao Dalai Lama e monges tibetanos para fazerem tomografia do cérebro, para ver como era a diferença de uma pessoa meditando e uma não meditando. Fluido é o nosso instrumento. O Arigó pegava o bisturi e cortava, mas é o fluido que anestesia a região, para que ele possa cortar e a pessoa não sentir dor. A pessoa vem tomar passe de cura para um cisto no ovário. As ultra-sonografias feitas gradativamente pelo ginecologista mostram o cisto diminuindo, diminuindo, diminuindo. O que foi que aconteceu? Os fluidos vitais, os que manipulamos, e os espirituais vão fazer uma intervenção. Algumas pessoas descobrem que sofreram uma cirurgia espiritual depois de um exame. O médico diz que tem uma cicatriz. Sem que a pessoa tenha feito uma cirurgia, ela toma passe de cura no centro. “33 – A ação magnética pode produzir-se de muitas maneiras: 1o – pelo próprio fluido do magnetizador; é o magnetismo propriamente dito, ou magnetismo humano, cuja ação se acha adstrita à força e, sobretudo, à qualidade do fluido;” Fluido adstringente, é o fluido do veja multiuso. É um fluido capaz de agir sobre o campo magnético e produzir o efeito de dissolução. “2o – pelo fluido dos Espíritos, atuando diretamente e sem intermediário sobre um encarnado, seja para o curar ou acalmar um sofrimento, seja para provocar o sono sonambúlico espontâneo, seja para exercer sobre o indivíduo uma influência física ou moral qualquer. É o magnetismo espiritual, cuja qualidade está na razão direta das qualidades do Espírito;” Quando nós damos o passe vivemos essa experiência. “3o – pelos fluidos que os Espíritos derramam sobre o magnetizador, que serve de veículo para esse derramamento. É o magnetismo misto, semiespiritual, ou, se o preferirem, humano-espiritual. Combinado com o fluido humano, o fluido espiritual lhe imprime qualidades de que ele carece. Em tais circunstâncias, o concurso dos Espíritos é amiúde espontâneo, porém, as mais das vezes, provocado por um apelo do magnetizador.” (A Gênese – Cap. XIV– item 33 – Allan Kardec – Ed. F.E.B.) Vejam se isso não é a nossa prática. Quando estamos dando passe de cura, quando mentalizamos e pedimos ajuda ao plano espiritual, sabemos que tipo de problema tem o órgão e o nosso fluido se mistura ao do plano espiritual. Eu vivi uma experiência interessante na sala de cura. Entrei na sala para iniciar o passe, e vejo uma máquina em outra dimensão: ela soltava um fluido, às vezes, azul, outras lilás, e o fluido inundava o ambiente. Mentalmente, perguntei ao amigo espiritual o que era aquilo e ele respondeu que estavam preparando a sala, que é usada para muitas atividades. Eles estavam derramando o fluido para higienizar o ambiente, propiciando o passe de cura. Não tínhamos feito ainda a oração, a sala ainda não estava cheia. É um preparo anterior ao que nós fazemos. “A faculdade de curar é inerente ao homem. Todos os que, sinceramente dispostos a auxiliar o próximo, colocarem suas forças psíquicas a serviço da cura espiritual se tornarão intérpretes dos curadores do Espaço. Nos momentos em que desejam operar as curas, os médiuns movimentam em si mesmos forças espirituais imensas e as canalizam através, principalmente, de suas mãos para os doentes, para os fracos, os desalentados e os psiquicamente descontrolados, restabelecendo o equilíbrio das forças então em desalinho, reconduzindo mentes e corações para os estágios mais harmonizados e mais elevados. Mas, se ao doente basta o desejo de ser curado – e quando aliado à fé, maior cota de energia absorve – ao doador cabem alguns cuidados, que é sempre bom enumerarmos. O primeiro de todos os cuidados é a crença poderosa em Deus. O trabalhador do bem disposto a servir sob a égide do amor divino recebe influxos generosos, capazes mesmo de transformar as maiores energias em fonte valiosa de forças formidáveis. Amparado pela segurança dada pela conscientização do fato de ser um trabalhador divino, o homem da cura deve procurar desenvolver outros valores, como o do equilíbrio orgânico e o da estabilidade emocional, de sorte que fluam de si as correntes maravilhosas do bem. Cabe ainda ressaltar que, tão mais envolvido esteja pelas forças supremas do bem, mais o servidor da verdade desenvolve potenciais magnético-fluídicos infindáveis, e realmente será capaz de curar ou operar maravilhas. O fator emocional do médium também deve ser cuidadosa e escrupulosamente atendido. O médium deve e precisa desenvolver as forças do equilíbrio. Para tanto, não só a vigilância e a oração, mas também a
  • 21. 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 21 observação sincera e objetiva de seus atos, seus sentimentos, suas palavras, sua emoção; em uma palavra, o médium cuidadoso de suas forças psíquicas assemelha-se ao operário que vistoria constantemente suas ferramentas de trabalho, para que renda o melhor no serviço a que foi chamado. O campo de estudo é grande; os trabalhos, necessários; a vontade corretamente conduzida, uma virtude. Trabalhador esmerado é aquele que, conscientizado, se melhora, com determinação, a cada dia, hoje e sempre.” Ignácio Bittencourt (Mensagem psicofônica, recebida pelo médium Altivo C. Pamphiro, no CELD, em 11/09/2003) Sentiram como Ignácio estava empolgado, falando de uma coisa que ele gosta muito de fazer, que é trabalhar na cura. Ele carrega de emoção as palavras. Vamos imaginar nós tomando passe com Ignácio Bittencourt, com toda essa energia, essa paixão, carinho, vontade. Ele está mostrando que o médium tem que ser uma pessoa vibrátil, convicta, determinada. Estabilidade emocional. Quantas vezes ouvi Dr. Hermann falando da importância de nós termos estabilidade emocional. Ter estabilidade emocional para eles, pelo que eu entendo, não é ser uma pessoa calminha. Às vezes você é aparentemente calminho, mas muito instável emocionalmente, se é muito inseguro. A estabilidade emocional aí é conseguir fazer um elefante entrar numa cristaleira e não quebrar nenhum frasquinho. É um dinamismo constante. É um trabalho constante de equilíbrio. É você vir para o trabalho não estando muito bem. Pedir desculpas para o plano espiritual e dizer: “Hoje não estou muito bem, mas estou aqui.” Os amigos espirituais somam forças e mostram que, muitas vezes, nunca se está sozinho e que, a maioria das vezes, o trabalho quem faz são eles mesmos. Você fica tranqüilo porque está se esforçando. Isso também é em termos fluídicos. Nós pensamos que nossas ações estão só ligadas às nossas decisões, àquilo que decidimos fazer. Quando decidimos fazer algo, expandimos fluido, manipulamos fluido todo o tempo, porque somos pessoas com o campo magnético particular. É quando tornamos nossa mente potencializada pelas capacitações mentais. No livro Mecanismos da Mediunidade, André Luiz fala de corpúsculos mentais. Ele diz que nosso pensamento assume formato, cor, porque o fluido veste aquilo. Numa entrevista com Ignácio, ele fala sobre fluido: Pergunta: O fluido do médium de cura é gerado de um modo diferente do médium que não é específico da cura? Ignácio: É. Pergunta: Ele é localizado numa parte especial do perispírito? Ignácio: Quando você se propõe a ser um médium de cura, normalmente, dentro do teu coração já existe o desejo de ajudar ao próximo. Viram que ele faz uma aliança, a todo momento, do que é ciência, em termos de entender Espiritismo, e do que é emoção, sentimento. Ele não dissocia. A emissão do fluido tem a ver com o sentimento, com o coração, com o psiquismo, a vontade, com a higiene mental que a pessoa produziu, com alimentação que fez. “O médium de cura sem isto, é muito raro, mas acontece. O fulano que não tem nada a ver com a bondade e corra para ser médium de cura, não existe. É candidatar o fulano a não fazer bem o serviço. E a espiritualidade não faz isso. Quando ela pega você é porque você traz dentro de si já aquela condição. Não significa que você seja um médico, significa que você tem o desejo de curar. Então, esta aqui pode nunca ter entrado numa escola de medicina, mas sempre desejou curar os outros.” Médium de cura é fácil de ver quem é. Numa circunstância, alguém se machuca no Centro, vê quem corre para esfregar. Pode contar que quem correu é o médium de cura. Ele não se contenta em providenciar ambulância, água, gelo, não, ele tem que tocar. O Ignácio explica que é como se fosse uma bomba de energia funcionando dentro da gente, que é acionada automaticamente na medida da necessidade do outro. “Este pode ser um dentista, aquele pode ser um homem de boa vontade, este pode ser médico há vários séculos. Então, essas forças representam um sinal de auxílio ao próximo.” O que seriam essas forças? O fluido. O que acontece com o fluido? Está qualificado. Ele está impregnado pelos nossos sentimentos. Essas pessoas trazem no seu corpo mental, que é uma das faixas do perispírito onde estão registradas todas as experiências do indivíduo, as vivências.
  • 22. 22 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 Seu trouxer um lindo arranjo de flores cada um vai reagir de uma maneira. Vai ter um grupo que vai achar lindo, outro vai querer tocar, cada um de uma maneira. “Quando reencarnas, vem lá aqueles guias que te dirigem a reencarnação e dizem assim: Olhe aqui, não queres aproveitar a reencarnação e ser espírita? — Sim. E dentro do Espiritismo não queres ser médium de cura? — Por quê? — Mas, tens o desejo de auxiliar, por que não aproveitas isso para andares mais depressa, ganhares mais um tempo na tua reencarnação, apurar teu passo? Faze isso. Aí, tu aceitas porque queres andar mais depressa. Então, tens a vontade de curar, além disso és programado para isso. Como? Como se programa uma possibilidade de trabalho de cura? Além da grande capacidade de absorver fluidos materiais, este médium terá no seu sistema nervoso, uma grande capacidade de servir, distribuir energias e de imediato, lançar para o cérebro o apelo que vê no doente.” Por isso que, caiu ali na frente do Centro, ele não consegue pensar, ele vai logo esfregar. Ele tem um condicionamento fisiológico-fluídico. “O sistema nervoso só não existe, senão para passar a informação para o cérebro, para ele voltar aquela informação. É isto que o sistema nervoso faz. Então, quando ele olha, ele de imediato passa e de imediato reage e de imediato ele cria o automatismo do fluido.” Pergunta: Ele é que passa primeiro? Ignácio: É ele que passa primeiro. Pergunta: A velocidade de reação é mais alta do que a dos outros médiuns? Ignácio: É. Pergunta: Isto é, inserção no corpo mental dele? Ignácio: No corpo perispiritual.” (Trecho da reunião com o espírito Ignácio Bittencourt, médium Altivo C. Pamphiro, em 17/04/1998) Pergunta: Você falou da criatura que já nasce com o perispírito programado para esse tipo de trabalho. Pode acontecer que, em dado momento, a criatura desenvolva isso numa encarnação. Ela não vem programada para isso, mas desenvolve um sentimento de servir, dentro de uma casa séria. Isso pode, no futuro, se desenvolver e ela vir a trabalhar na sala de cura? Emília: Pode. Aqui na nossa casa temos vários médiuns nessa condição. Os espíritos investem nesses médiuns, porque eles deram para os espíritos a prova de que são sérios, de que desejam colaborar. E ajudam o médium a saber lidar com os fluidos nessa encarnação. O Altivo fala que muitos médiuns aprendem isso no plano espiritual, no período de erraticidade, que é o período entre uma encarnação e outra, ou na própria encarnação, durante o sono físico. Características do médium de cura: ♦ Grande desejo de ajudar o próximo e desejo de curar; Esta é a principal característica, que se desdobra em outras, como: ♦ Diferença no mecanismo de geração de fluidos; ♦ Grande capacidade de absorver fluidos materiais; ♦ Maior rapidez no mecanismo de impulsão de fluidos para o doente. O professor tem desejo de ajudar o próximo, o engenheiro também. Mas, aqui, o desejo de ajudar ao próximo é focado no desejo de intervir, de curar. A pessoa não sossega enquanto não vê que deu uma ajudinha. É muito importante conhecer estas características quando se vai usar técnica no passe: quando se vai dar um passe para inocular fluidos profundamente no órgão, quando se vai dar um passe para atuar no perispírito do indivíduo, quando se vai dar um passe para trabalhar os centros de força, um passe rotatório ou um passe de sopro. Diferença no mecanismo de geração de fluidos – Nós podemos gerar fluidos de formas diferentes. Isso é tão múltiplo que podemos ter um verdadeiro mecanismo. Grande capacidade de absorver fluidos materiais – Aquela história do médium de cura passar mal. Entra num ambiente de um jeito e sai de outro. Mas esse automatismo não foi criado para ele passar mal. Foi criado para ele absorver o fluido, colocar em sua fábrica particular, através dos mecanismos que ele tem, e que estão inseridos no seu campo magnético particular, que é feito
  • 23. 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 23 dos elétrons do seu corpo físico e perispíritico, e acionado pela sua mente. Por isso ele tem uma túnica eletro-magnética. Porque ele é um indivíduo que vibra, se emociona e sente as coisas particularmente. Por que isso passa com o tempo quando o médium está no trabalho? Ele educa a sua percepção. Ele não deixa de absorver. No seu corpo físico isso vai ser canalizado para o sistema nervoso autônomo. Sabe aquela coisa do “peti”, a pessoa entra num mal estar grande, porque seu sistema nervoso vagal, que é um sistema nervoso relacionado ao plexo solar, absorve aquele fluido. Ele começa a ter taquicardia, falta de ar, sensação de desmaio, de ausência, sensação de que vai escorrer pelos pés, arrepia na nuca, tudo isso físico, orgânico, produzido por uma situação fluídica, que é igual à de um espírito obsessor, que chega perto do médium, o médium absorve, Tem como educar de forma segura e eficientíssima, dirigida pela constância no trabalho do bem. Intervenção: Eu estou no mercado fazendo compras, estou pensando nas compras, daqui a pouco eu me sinto desgastada. Emília: É porque nós somos cabeça muito solta. Não sabemos usar a indução magnética a nosso favor e nem educar nossa mente. Nós podemos perceber e não assimilar. Isso é um aprendizado que se faz pela vontade. Mecanismos ainda intuitivos em nós, porque não temos a plena consciência de como conseguimos isso. É o exercício da mediunidade que nos dá isso. Maior rapidez no mecanismo de impulsão de fluidos para o doente – Aqui, no Léon Denis, o plano espiritual instituiu no trabalho da cura (como nós não somos médiuns cinco estrelas) o seguinte: eles colocam os pacientes para tomar passe várias vezes, até com médiuns diferentes, para que eles possam ir recebendo os fluidos. Porque nós ainda não sabemos dar grande impulsão aos fluidos. Mas temos médiuns aqui que sabem, intuitivamente, usar o mecanismo de impulsão muito bem. Se nós, no nosso trabalho, seguirmos aquele conselho de Ignácio, além da prece e vigilância, observação criteriosa, nós vamos ver qual a nossa capacidade de impulsão e vamos tornar o nosso ato de cura um trabalho diretivo, assinado e o plano espiritual vai utilizar esse recurso para nos ajudar. *** Continuação da Reunião com Ignácio: Pergunta: Dentro dos fluidos no passe, como é que o senhor vê a distribuição dos fluidos e sua penetrabilidade, sua penetração? Ignácio: Olha, vocês têm que entender assim. O fluido é uma matéria, uma energia que vamos doar aos outros. Estique tuas mãos para dar o passe, você aí tem o primeiro momento. Vocês têm que prestar atenção em passes de doação de fluidos, não é passe de limpeza, vocês fazem uma grandíssima confusão e vejo o médium vira e mexe falar com vocês e vocês não entendem bem isso. Quando se fala em passe de limpeza não é doação de fluidos, é ao contrário, é para se retirar os excessos que estão nas pessoas, tuas mãos ficam secas, elas funcionam como ímã, este é o primeiro movimento do passe, vocês vão dar um passe no salão, vocês vão fazer o quê? Vão fazer limpeza nas criaturas, no segundo momento quando vou dar-lhe passe para lhes curar as mãos, então eu começo a tirar de dentro de mim ou de dentro do médium, energias para aplicar nele, então aí, eu já inverti a posição do meu pensamento. No lugar de eu estar limpando, eu estou a fazer isso (colocar energia) eu estou começando a dar forças para ele, para ele jogar energias aqui dentro(peito), então eu já começo a tirar de dentro do médium aquela cota de força que fica quase ectoplásmica, quase líquida, fica pastosa, leitosa e que então começa a ser aplicada nele. Então, no primeiro momento eu tirei do médium a energia que ele a tem e, aí então, quando eu faço assim, eu estico as forças, eu espalho aqui, mas quando eu pego um tipo de doença ou quando o médium não conhece, ele espalha aquela energia ali e deixa, quando o médium conhece, ele coloca a energia e em seguida ele mentaliza aquela energia sendo absorvida, penetrando no órgão assinalado, por isso que ele deve conhecer o órgão doente. Pergunta: Isso vai fazer com que o pensamento direcione o fluido. Ignácio: Claro, ele vai fazer com que esse fluido entre, penetre no órgão. Se ele tiver um bom conhecimento de organismo, de corpo humano, no caso vocês, ou qualquer outro, porque também não se precisa conhecer a fundo, claro que se quiseres sentir um alvéolo do lado esquerdo, terás que mentalizar muito bem aquilo, não
  • 24. 24 17º Encontro Espírita Sobre Medicina Espiritual – Técnica de Passes – 2006 vais apenas esticar tuas mãos, tu vais dirigir o fluido; quando o Hermann te diz – põe a mão lá – dirija teus fluidos para aqui ou para cá, ele já está te ensinando para onde você deverá dirigir a energia, isso é diferente de apenas estender as mãos no geral, no peitinho da criança, mas como se diz põe aqui a mão, põe lá, põe cá, põe no pulmão... Pergunta: Aí se localiza logo e ... Ignácio: Aí nesse caso é um aprofundamento. Então quando eu ponho a mão aqui, sei que é matéria, que tem uma camada fibrosa, tem uma camada de nervos, sangue, tem tudo aqui, eu aí já vou mentalizando o fluido passando pela pele, pela carne, atingindo os nervos, chegando na corrente sangüínea e eu vou mentalizando tudo isso. Pergunta: Nesse caso em que o senhor diz mecânico, seria como que a própria absorção do remédio material pelo organismo. Ignácio: Exatamente isso. Pergunta: Mas, não seria o próprio Espírito que está coordenando o trabalho que iria direcionar... Ignácio: Quando o Espírito vê necessidade... No caso de vocês aqui, nós temos um grupamento muito grande de médiuns de cura, não há aqui médium que não tenha um acompanhamento de um médico espiritual, então aqui é fácil de se fazer isso para a gente. Mas, existem centros que nem têm médicos espirituais e aí os médiuns não vão deixar de trabalhar, e aí funciona o que estou lhes dizendo. Funciona isso que lhes falei. Então, quando você diz eu estou dando passe, você diz assim, já passou pela fase da limpeza, tua mão é como se fosse um ímã e agora começa a etapa seguinte que tua mão vai trazer a energia ou vai trazer o plasma aí neste caso, tu vais mentalizar o órgão afetado, adoentado, tu dizes, não sei nem onde fica, como é o formato nem como funciona o estômago e aí dizemos, então faz o seguinte meu filho: põe a mão no lugar, reza e faz penetrar o fluido, o resto o guia faz, ele absorve. (Trechos da reunião com o espírito Ignácio Bittencourt, médium Altivo C. Pamphiro, em 17/04/1998) *** O projeto da científica é fazer com que nós entendamos que, quando fazemos a técnica não estamos mexendo a panelinha. Os espíritos querem que nos adestremos para perceber o fluido, se é para botar assim, se é para colocar, inocular, se é para espalhar como um emplastro, se é para deixar absorver, se é para atingir perispírito ou órgão. Primeiro, eles dizem que fluido é matéria, existe uma ciência que rege isso. Agora vai lá aprender os movimentos. Na técnica de passes vai se aprender os movimentos.