A Prefeitura de Campinas está estudando ampliar o programa Bom Prato para servir refeições à noite e nos fins de semana. O secretário de Desenvolvimento Social informou que uma pesquisa identificou a necessidade de pelo menos 300 refeições à noite. A ampliação dependerá do custo, podendo ser feita por meio de aditamento nos contratos atuais ou um novo chamamento. O Bom Prato oferece refeições balanceadas a preços baixos para a população de baixa renda.
Nematoides são responsaveis por perdas de até 30% dos canaviais
Correio Popular
1. Secretário de Estado
de Desenvolvimento
Social
Prefeitura estuda ampliar Bom Prato
GILBERTO NASCIMENTO JÚNIOR
ALIMENTAÇÃO ||| ECONOMIA
“Nós podemos
aditar os atuais
contratos em
até 25%. Se
os custos
ultrapassarem,
teremos de
fazer novo
chamamento.”
Maria Teresa Costa
DA AGÊNCIA ANHANGUERA
teresa@rac.com.br
Prefeitura e governo do Esta-
do estudam a demanda para
definir a abertura do Bom
Prato à noite e também nos
finais de semana. O progra-
ma em Campinas serve dia-
riamente 2,1 mil almoços por
R$ 1,00 a refeição e 300 cafés
da manhã a R$ 0,50 e já iden-
tificou a necessidade de pelo
menos 300 refeições no jan-
tar. O secretário de Estado de
Desenvolvimento Social, Gil-
berto Nascimento Júnior, in-
formou ontem que o levanta-
mento da demanda vai esta-
belecer o custo e definir se
haverá necessidade de um
novo chamamento de entida-
de gestora ou se será possível
incluir no atual contrato.
A previsão é que o jantar
comece a ser servido no res-
taurante popular a partir do
próximo ano. Segundo Nasci-
mento, as 54 unidades de
Bom Prato existentes no Esta-
do estão sendo pesquisadas
para poder abrir nos finais
de semana e no jantar.
Atualmente, o único res-
taurante da rede que serve
jantar e funciona todos os
dias é o Bom Prato Campos
Elíseos, de São Paulo. O dire-
tor do Departamento de Se-
gurança Alimentar e Nutri-
cional da Prefeitura, Domis
Vieira Lopes, informou que
já foi identificada, até agora,
a necessidade de 300 refei-
ções no jantar, mas que po-
de chegar a 600 na pesquisa
em curso.
Nascimento disse que as
consultas jurídicas estão
ocorrendo, inclusive junto ao
Tribunal de Contas do Esta-
do (TCE), para poder ampliar
o atendimento da rede de res-
taurantes populares, que foi
criada há 17 anos para a po-
pulação de baixa renda, ido-
sos e pessoas em situação de
vulnerabilidade social.
“Nós podemos aditar os
atuais contratos em até 25%.
Se os custos ultrapassarem,
teremos de fazer novo cha-
mamento. Um novo chama-
mento de entidades seria
mais rápido. Mas temos uni-
dades onde podemos ter de-
manda de usuários só no sá-
bado, por exemplo, onde o
aditamento não ultrapassa-
ria os 25% e aí será possível
atualizar os contratos um
por um, mas seria mais moro-
so”, afirmou.
O restaurante Bom Prato é
parceria entre Governo do Es-
tado e entidades comunitá-
rias e assistenciais da socie-
dade civil, sem fins lucrati-
vos, que já atuem junto à po-
pulação na área da unidade.
Estas entidades ficam respon-
sáveis pela gestão do restau-
rante. As refeições são cons-
tantemente monitoradas por
nutricionistas da Codeagro,
órgão da Secretaria de Agri-
cultura e Abastecimento, res-
ponsável pelo programa, e
periodicamente são enviadas
amostras para análise no Ins-
tituto de Tecnologia de Ali-
mentos (Ital).
As refeições são compos-
tas de arroz, feijão, carne, fa-
rinha de mandioca, legumes,
salada, pão, suco e fruta. São
1.200 calorias por prato ao
custo de R$ 5,70. O do Esta-
do subsidia R$ 4,70 do custo
total e o usuário complemen-
ta com R$1,00. No café da
manhã são servidas 400 calo-
rias, com café com leite,
achocolatado ou iogurte, pão
com margarina, requeijão ou
frios e uma fruta da estação,
ao custo de R$ 1,96 – o Esta-
do subsidia R$ 1,46 e o usuá-
rio completa com R$ 0,50.
Segundo o secretário, o
restaurante popular, que co-
meçou para atender popula-
ção de rua, idosos e popula-
ção de baixa renda, acabou
se consolidando como estra-
tégia importante de apoio às
famílias em momento de cri-
se. Pesquisa do perfil do
usuário do programa mos-
trou que entre janeiro e de-
zembro do ano passado, a
proporção de usuários que
ganham dois e três salários
mínimos subiu de 28,6% pa-
ra 35,9% e de três a cinco sa-
lários saltou de 8,1% para
11,1%. Nesse período, o nú-
mero de frequentadores de-
sempregados aumentou de
15,73% para 22,58%.
São 1.200 calorias balanceadas por prato ao custo de R$ 5,70, sendo que o governo estadual subsidia R$ 4,70 e o usuário complementa com R$ 1,00 e paga R$ 0,50 pelo café da manhã
35,9
Dos frequentadores do
restaurante ganham entre
dois e três salários mínimos
Em pareceria com o Estado, Administração planeja abrir restaurante à noite e aos fins de semana
Matheus Pereira/Especial para a AAN
Medida pode atingir
outras 54 unidades
existentes em SP
POR CENTO
CORREIO POPULAR A9CIDADES
Campinas, sexta-feira, 19 de outubro de 2018
A9