A lista A propõe três estratégias para combater o alheamento dos estudantes da AEISA: 1) atualizar a AEISA para acompanhar as necessidades dos estudantes, 2) aproximar a AEISA dos estudantes através de uma atuação mais próxima e novas plataformas, 3) acompanhar de perto cada estudante. A lista também pretende ajudar estudantes com dificuldades financeiras reduzindo custos, negociando refeições, e procurando parceiros para bolsas.
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Debate
1. Vantagens que a vitória da lista poderá trazer para a AEISA, discriminando as
mais valias pessoais e programáticas que desta vitória advirão.
Como é referido no manifesto eleitoral da lista A, este é um grupo de pessoas que, de uma
forma ou de outra, sempre participaram activamente na AEISA, quer através de equipas
desportivas, núcleos, órgãos sociais ou comissões, assim como nos órgãos com
representatividade estudantil do ISA – Conselho Pedagógico e Conselho de Escola.
A lista A é assim formada por pessoas que desde sempre se interessaram pela AEISA e que
desde cedo começaram a ter uma ideia e uma visão geral da mesma.
Outra mais valia relacionada com os membros constituintes desta lista, é o conhecimento que
muitos já adquiriram e que poderão passar aos demais, abrindo sempre espaço à iniciativa
própria e à proactividade.
Em termos programáticos, a lista A definiu uma estratégia integrada inter-departamental
para que as actividades sejam desenvolvidas da melhor forma. No que diz respeito às
preocupações de âmbito académico, investiremos bastante no acompanhamento próximo dos
estudantes. Queremos acima de tudo que os estudantes nos reconheçam como seus
representantes e que tenham o à vontade de recorrer à AEISA sempre que necessitem. Para
isso é imperioso que seja a AEISA a dar o primeiro passo e que conheça de forma estreita os
estudantes que representa.
A nível administrativo a estratégia passa pela reorganização dos espaços da Associação,
possibilitado pela mudança das instalações da sede da AEISA e pela reabertura do espaço
Lagar. Esta reorganização vem em consonância com o enunciado anteriormente de tomar o
primeiro passo no sentido de acolher os estudantes e estabelecer relações de proximidade e
confiança com os mesmos. Ainda dentro deste âmbito, propomos várias estratégias de
operacionalização da AEISA, de forma a que as todas as actividades sejam documentadas,
aumentando assim a organização e tornando todo o trabalho associativo mais eficiente.
A lista A tem também presente a preocupação com a imagem e a comunicação da AEISA.
Propomos novas formas de informar, comunicar e publicitar a Associação, enquadrando esses
meios na mesma estratégia global de chegar mais eficientemente aos estudantes.
Com este primeiro passo dado, consideramos que muitas vertentes da Associação beneficiarão
com ele. Desde o maior conhecimento das equipas desportivas, à melhor divulgação das
actividades científicas, à maior adesão nas actividades sociais até à meta final que será ter
cada vez mais estudantes interessados pela AEISA, participando nos seus fóruns e sedes de
discussão e tornando a AEISA uma associação verdadeiramente abrangente.
2. Estratégias para combater o alheamento dos estudantes do ISA e da AEISA
Pretendemos efectivamente que os alunos do ISA se identifiquem e se revejam na sua
Associação, idealizamos uma Associação que preste verdadeiramente serviço a todos os alunos
e queremos uma Associação que se abra o mais possível, no sentido de divulgar, comunicar e
promover toda a sua actividade.
O nosso plano eleitoral contempla três vectores de combate a este problema:
1. Actualizar: A visão da lista A para a AEISA é que esta seja uma Associação modernizada
e que acompanhe a constante evolução das necessidades e interesses dos estudantes do
ISA. O papel das Associações de Estudantes no século XXI já não é o mesmo de há 20 anos
atrás! Nos dias que correm é absolutamente premente a preocupação na aproximação do
Ensino Superior ao mercado de trabalho e em transmitir o espírito empreendedor que este
exige. Consideramos por isso, que é urgente que a AEISA acompanhe o ritmo dos
estudantes para que assim estes reconheçam que a sua Associação efectivamente tem as
mesmas preocupações.
A imagem é também um aspecto importantíssimo a ter em conta. É necessário que a
AEISA tenha uma imagem mais profissionalizada, que se transmite também na forma de
comunicar com os estudantes. Uma imagem cuidada e moderna impõe-se nos dias que
correm!
2. Aproximar: A lista A entende que a questão do afastamento dos estudantes à sua
Associação e à Escola deve ser enfrentada de forma incisiva e obedecer a uma estratégia
integrada transversal a todos os departamentos da DAEISA. Assim, propomos uma forma
de actuação mais próxima dos estudantes, incitando-os a colaborar nas actividades, desde
o seu planeamento até à sua execução. Propomos ainda novas plataformas informativas,
imprescindíveis na era da tecnologia que atravessamos.
Pretendemos ainda saber a opinião dos alunos à priori (ex: consultar os alunos sobre
assuntos que gostariam de ver debatidos em Assembleia ou qualquer outro fórum)
3. Acompanhar: Consideramos que é urgente a AEISA conhecer de perto a realidade de
cada estudante. É necessário desenvolver um plano de acompanhamento a vários níveis –
social, pedagógico, cultural, lúdico, etc. – Para que a acção por parte da AEISA não seja
estéril, atendendo às reais necessidades dos seus representados. No seguimento deste
propósito, consideramos os grupos de estudantes como núcleos ou equipas desportivas,
uma parte fundamental desta estratégia.
São estes os três vectores que nortearam a candidatura da lista A à AEISA. São estes três
vectores que consideramos que impulsionarão a AEISA para junto dos estudantes. São estes
três vectores porque de facto este é um problema prioritário que pretendemos abordar.
Porque achamos que a AEISA só faz sentido se trabalhar para todos os alunos do ISA e não
para uma minoria circunstancial!
3. A situação económico-financeira do país tem prejudicado o funcionamento do
Ensino Superior, inviabilizando frequentemente o seu acesso. Como poderá a
AEISA auxiliar os Estudantes por fim a suprirem estas carências?
A situação económico-financeira do país tende, a curto prazo, a alterar drasticamente a
noção de Ensino Público em Portugal. Se até à data o Ensino Superior destina-se aos
estudantes que têm capacidade intelectual para o frequentar, independentemente da sua
proveniência social e económica, nos dias que correm começamos a assistir que o Ensino
Superior é, cada vez mais, para quem o pode pagar, alterando-se a um ritmo drástico este
equilíbrio.
Isto deve-se essencialmente aos custos associados à frequência do Ensino Superior – para um
estudante deslocado, a estudar no litoral, estima-se que se situe entre os 6000 e os 7000€
anuais -, ao apoio social e à relação entre os dois factores.
Aqui entra uma questão importantíssima que a lista A pretende abordar. Com o aumento do
custo de vida em Portugal e a manutenção, ou em muitos casos, descida do valor do apoio
social médio, a Bolsa de Estudo para estudantes do Ensino Superior não satisfaz o limiar de
carência. Essa é uma conclusão lógica que, ainda assim, pretendemos comprovar através de
um inquérito aos alunos do ISA sobre os custos associados à frequência no Ensino Superior.
Pretendemos ainda combater activamente esta questão social, tentando reduzir alguns custos
aos estudantes, através da colocação de micro-ondas em vários pontos do campus da
Tapada, negociar com os Serviços da Acção Social a cedência de senhas de refeição e
aumentar as ofertas de alojamento da AEISA. Pretendemos ainda procurar parceiros que
possibilitem a intervenção social directa – como exemplo as Bolsas AEISA/CGD.
No que diz respeito à questão de fundo da Acção Social directa, consideramos urgente a
contratualização da bolsa de estudo por mais de um ano para garantir ao aluno maior
estabilidade, consideramos que os complementos sociais (nomeadamente o de transporte)
devem voltar a ser contemplados e, dado que a situação actual tem aumentado bastante o
número de trabalhadores-estudantes, consideramos que 60% de critério de elegibilidade para
acesso a bolsa de estudo, no caso específico destes alunos pode revelar-se excessivo. Propomos
assim uma medida de excepção para estes casos.
Este é um assunto muito sensível a todos os estudantes do Ensino Superior, pelo que exige
movimentos consertados e cirúrgicos para que qualquer tipo de acção não caia no vazio.
Transversalmente a todas as questões, consideramos que é necessário fazer mas consideramos
que só se deve fazer se se fizer bem!