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A ERA VARGAS
Professor: Wirlan Pajeú
Getúlio Vargas é, talvez, a figura mais
polêmica da história do Brasil. Para uns,
ele foi um ditador cruel a serviço das
elites; para outros, era o pai dos
trabalhadores e o maior estadista
brasileiro.
O Contexto antes da Era Vargas
O Tenentismo antes de 1930
• Durante os anos 1920 o fascismo ganhava cada vez mais
espaço na Itália, e no Brasil as oligarquias continuavam
utilizando da violência e da corrupção para permanecerem no
poder.
• Essa situação gerou várias revoltas nos campos e nas
cidades, como já vimos em Canudos, Contestado, a revolta
da vacina e da chibata.
• Neste mesmo contexto, um grupo de militares se revoltaram
com o tratamento que as oligarquias davam as Forças
Armadas.
• Esse movimento ficou conhecido como Tenentismo (esse
nome é dado porque seus lideres eram jovens capitães e
tenentes).
O primeiro 5 de julho
• O início dessa revolta veio de uma publicação feita por um
jornal carioca, de umas cartas falsas atribuídas ao candidato a
presidência de 1922 Arthur Bernardes.
• Essas cartas ofendiam os militares, dizendo que eles eram
corruptos, e chamavam o chefe militar, marechal Hermes da
Fonseca (ex-presidente do Brasil), de “sargentão sem
compostura”.
• Mesmo sendo cartas falsas, isso provocou uma indignação
dos militares e da opinião pública. O clima ficou ainda mais
agitado, quando o governo mandou prender o Hermes da
Fonseca, acusando ele de agitador.
• Isso foi a gota d’água. Em 5 de julho os tenentes do forte de
Copacabana pegaram as suas armas contra o governo
dizendo que estavam dispostos a “salvar a honra do Exército”
e acabar com a corrupção.
• O governo repressivo interviu e obrigou os rebeldes a se renderem.
• Muitos eram covardes e centenas se renderam. Porém, Dezessete
militares e um civil, saíram pela Avenida Atlântica dispostos a tudo.
• Houve uma série de troca de tiros, e somente dois tenentes escaparam
com vida: Siqueira Campos e Eduardo Gomes.
Monumento aos 18 do
Forte. Palmas (TO).
Os dezessete militares
e o único civil.
O segundo 5 de julho
• Dois anos depois (1924) explode outro movimento rebelde
dos tenentes. Só que agora em São Paulo, e muito mais
organizado.
• Seus objetivos eram:
a) A renuncia do Presidente da República Arthur Bernardes;
b) O voto secreto, visando acabar com a corrupção;
c) Obrigação do ensino fundamental;
d) A melhoria no ensino público;
• Esse movimento foi comandado pelo general Isidoro Dias Lopes e pelo
Major Miguel Costa, e os rebeldes tentaram conquistar a cidade de São
Paulo.
• E quase ao mesmo tempo houveram outros movimentos rebeldes
tenentistas em Mato Grosso, Sergipe, Amazonas, Pará e Rio Grande do
Sul.
• Com maior número de soldados e o apoio da aeronáutica, o governo
venceu os tenentes rebeldes.
• Mas eles não desistiram: cerca de mil soldados formaram a coluna
paulista e deixaram São Paulo em direção a Foz do Iguaçu, no Paraná.
• Os tenentes gaúchos também continuaram na luta; comandados pelo
capitão Luís Carlos Prestes formaram a coluna gaúcha, e marcharam
até Foz do Iguaçu a fim de unir-se aos paulistas.
• Juntando as duas colunas de rebeldes (paulista e gaúcha) nasceu a
Coluna Prestes.
A Coluna Prestes
• Com mais de 1800 homens, a Coluna Prestes partiu para a guerra de
movimento: saiu pelo interior do Brasil buscando apoio popular para luta
contra o governo.
• Onde eram bem recebidos, os rebeldes queimavam as cobranças de
impostos dizendo que, assim, livraria o povo dos abusos do governo.
• Movimentando-se com rapidez, conseguindo munição e armamento do
próprio inimigo e evitando as grandes cidades, a Coluna Prestes percorreu
25 mil km através de doze estados brasileiros.
• No início de 1927, os 600 homens que ainda faziam parte da Coluna
Prestes decidiram se refugiarem na Bolívia.
Luís Carlos Prestes
1930: Um ano fundamental
na história do Brasil
• Em 1930, o presidente Washington Luís, que tinha sido eleito
o presidente do Brasil representante de São Paulo, decidiu
indicar outro paulista para ser o seu sucessor na presidência,
Júlio Prestes.
• O governador de Minas Gerais que estava esperando ser
escolhido, se sentiu traído e firmou uma aliança com as
oligarquias do Rio Grande do Sul e da Paraíba, formando a
Aliança Liberal.
• Para disputar as eleições de 1930, a Aliança Liberal lançou
como candidatos a presidência o gaúcho Getúlio Vargas e
para a vice presidência o paraibano João Pessoa.
• Nos discursos de Getúlio ele mostrava suas propostas: voto
secreto, incentivo a industrialização, leis trabalhistas. Com
isso sua popularidade ia crescendo.
• Não esquecendo que neste período a maior crise do capitalismo (A Grande
Depressão de 1929) atingiu fortemente a economia brasileira.
• Naquele ano foi produzido mais de 29 milhões de sacas de café, e menos
da metade foi vendido e a preço de banana.
• A crise arruinou muitos cafeicultores, empresários, e muitos trabalhadores
ficarem desempregados.
• Tudo isso aumentou o descontentamento com o governo de Washington
Luís, e o aumento da popularidade de Vargas.
• As eleições daquele ano, como tantas outras, foram utilizados os meios de
violência de fraude.
• No Rio Grande do Sul, Vargas obteve 100% dos votos; mas a vitória ficou
com o candidato da situação, Júlio Prestes.
• As oligarquias da situação foram mais “eficientes” que as oligarquias da
oposição.
• A oposição não admitiu a derrota, e com apoio de uma parte dos militares,
começaram a conspirar contra o governo.
• Os tenentes vendo esta situação bolaram um plano de tomada de poder,
por meio das armas, Vargas então procurou unir-se aos tenentes, e se
encontrou com Carlos Prestes duas vezes – em novembro de 1929 e em
janeiro de 1930 –, e lhe entregou 800 mil dólares para comprar
armamentos.
• Em maio de 1930, Preste rompe com os tenentes e ficou com a maior parte
do dinheiro para fazer a “verdadeira Revolução”: a comunista. Rompeu
sozinho. Todos os tenentes ficaram do lado de Vargas
• E nesse clima tenso, o governador de Minas Gerais, pra colocar mais lenha
na fogueira, disse: “Façamos a Revolução, antes que o povo a faça”.
• Essa frase ficava clara que a insatisfação não era somente da elite política,
e que o momento era favorável à um golpe de estado.
• Uma desgraça tinha acelerado o movimento: em julho de 1930, João
Pessoa, candidato a vice-presidente na chapa de Getúlio Vargas, foi
assassinado, por motivos passionais, mas foi usado para por lenha na
fogueira mostrar que era necessário a revolução armada.
• Aproveitando da situação, em 3 de outubro de 1930, rebeldes liderados por
Getúlio Vargas marcharam do Rio Grande do Sul em direção ao Rio de
Janeiro, com o objetivo de derrubar o governo.
• Mas antes de chegarem a capital, uma junta militar conquistou o poder e
entregou a Getúlio Vargas na madrugada de 31 de outubro.
• Três dias depois, o ex-candidato derrotado tomou posse como Chefe do
Governo Provisório.
• Era o fim da “velha” República e o começo da “Era Vargas”.
O Governo Provisório
• Getúlio Vargas no início do governo provisório, procurou
atender aqueles lhe ajudaram a chegar ao poder.
• Havia uma forte divergência entre os grupos que subiram ao
poder:
• Os civis (classe média urbana, banqueiros, empresários e
fazendeiros) que queriam um país democrático, com eleições
livres, uma nova constituição e plena liberdade civil.
• Os tenentes que buscavam um governo forte e centralizado,
capaz de fazer crescer a economia e modernizar as estruturas
do Estado.
A Oposição Paulista
• Vargas começou seu governo substituindo os antigos
presidentes e estado pelos interventores federais, indicados
por ele, e a maioria eram militares.
• Acabou com legislativo nas instâncias federais, estaduais e
municipais até que houvesse uma Assembleia Constituinte.
• Isso desagradou muitos estados, por exemplo, São Paulo,
onde a elite cafeeira reagiu à nomeação do tenente veterano
da Coluna Prestes João Alberto.
• O Partido Democrático de São Paulo, que havia apoia Vargas
no movimento de 1930, esperava alcançar o governo do
Estado.
• O Partido Democrático se uniu mais o velho Partido Republicano Paulista e
fundaram a Frente Única Paulista (FUP) que exigia uma nova constituição o
mais rápido possível e um interventor civil e paulista para o governo de São
Paulo.
• Recebendo essa pressão, Vargas nomeou o paulista Pedro de Toledo para
o cargo, mas as oposições a Vargas não diminuíram.
• Vargas colocou um prazo de um ano para a nova constituição (1933), mas
esse anúncio não deteve uma marcha de grupos conspiracionistas
paulistas.
• Nos dias 22 e 23 de maio de 1932, confrontos na sede de um jornal pró-
Vargas resultaram na morte de quatro estudantes de Direito (Martins,
Miragaia, Dráusio e Camargo).
• As iniciais do nome dos estudantes mortos (MMDC) serviram para preparar
uma forte rebelião contra Vargas.
A Revolução Constitucionalista de
1932
• Em 9 de Julho de 1932, os paulistas liderados pelo general Isidoro Dias
Lopes e o civil Pedro de Toledo, declaram guerra ao governo federal.
• Muitos jovens da classe média se alistaram para lutar no exército
constitucionalista.
• Os industriais paulistas, sob a liderança de Roberto Simonsen, também
entraram na guerra produzindo armas e munições.
• Os paulistas esperavam receber o apoio de mineiros e gaúchos, porém só
receberam apoio do Mato Grosso.
• O governo federal tinha navios, mais soldados e o maior poder de fogo.
• E em poucos meses venceu os paulistas, embora derrotados, os paulistas
se diziam “moralmente” vitoriosos.
• Pois o governo convocou a Assembleia Constituinte, votou e aprovou a
terceira Constituição do Brasil.
• A nova constituição previa também que o próximo presidente seria eleito de
forma indireta.
• E o próximo foi o mesmo Getúlio Vargas. Essa eleição foi bastante criticada
pela imprensa.
• O momento no qual Vargas assumiu o poder, era de grande
instabilidade, justamente pelas consequências da Grande
Depressão de 1929.
• Desemprego, empresas falindo, a inflação alta elevava a
tensão social.
• Neste contexto conturbado surgiu a radicalização política e o
nascimento de dois partidos políticos rivais: os integralistas e
os aliancistas.
Governo Constitucional
• Constituição de 1934
• voto secreto
• direito de voto feminino
• separação dos poderes, com independência entre executivo,
legislativo e judiciário.
• Tribunal do Trabalho e direito de organização sindical
• possibilidade de nacionalização de empresas estrangeiras
• estabelecimento do monopólio estatal sobre determinadas
indústrias (soberania nacional)
Os Integralistas
Os integralistas, liderados pelo escritor Plínio Salgado, seguiam
os mesmos princípios do Fascismo de Benito Mussolini.
Em 1932 os integralistas fundaram um partido político a Ação
Integralistas Brasileira (AIB) e eles defendiam:
a) Um governo autoritário dirigido por um chefe e um único
partido;
b) O predomínio dos interesses da Nação sobre os do
indivíduos;
c) A censura aos meios de comunicação. Assim como os
fascistas, os integralistas utilizavam da violência contra
seus opositores, especialmente os comunistas.
• Apelava para um discurso nacionalista agressivo e tinha como lema: Deus,
Pátria e Família.
• A AIB conseguiu apoio de vários membros da sociedade das classes
médias, da igreja católica, dos empresários e das Forças Armadas.
• A AIB chegou a possuir mais de 100 mil filiados e mais de mil núcleos
espalhados pelo Brasil.
• Muito eficientes em propaganda, rituais e símbolos, a AIB organizava
desfiles com adeptos vestidos com camisas verdes e braçadeiras contendo
a letra grega sigma (S).
• Como saudação, gritavam, com o braço estendido, a palavra indígena
anauê, uma versão tropical do Heil Hitler nazista.
Plínio Salgado
Miguel Reale, líder integralista junto a Plinio Salgado
Gustavo Barroso, outro líder integralista.
Desfile
Integralista
Propaganda Integralista
Ainda existe as sombras dos
fantasmas do passado...
Os Aliancistas
• Como oposição aos integralistas, fundou-se no Brasil, em
1935, a Aliança Nacional Libertadora (ANL), uma frente
popular liderada pelos comunistas, chefiados por Luís Carlos
Prestes.
• Os principais pontos do ANL eram:
a) Não pagar a dívida externa do Brasil;
b) Nacionalizar as empresas estrangeiras;
c) Reforma Agrária;
d) Formulação de um governo popular;
A Intentona Comunista: a
revolta vermelha
• A ANL estimularam os militares ligados ao PCB, a planejar um
ataque armado em novembro de 1935 investido pela
Internacional Comunista de Moscou (URSS).
• Antes Carlos Prestes lança uma carta de manifestação que
propunha a derrubada do governo de Vargas e a formação de
um governo popular revolucionário.
• Vargas reagiu ao manifesta fechando todas as sedes da ANL,
bem como a maioria dos núcleos que ela possuía pelo país.
• O levante armado foi só questão de tempo, um grupo de
soldados, cabos comunistas de Natal (RN) deu início a
Intentona Comunista.
• Conseguiram assumir o controle de Natal por poucos dias, derrotando as
forças policiais.
• Outros levantes aconteceram em Recife e no Rio de Janeiro. Mas o
governo federal reprimiu violentamente o movimento.
• Os aliancistas e simpatizantes (comunista ou não) foram presos,
torturados e outros deportados, e a perseguição estendeu-se por todos os
setores da esquerda.
• As cadeias do Brasil se encheram de presos políticos, entre os quais
estavam o escritor alagoano Graciliano Ramos e ativista alemã Olga
Benário, mulher de Prestes.
• Esse levante de 1935 abriu o caminho para o autoritarismo que tomaria
conta do Brasil em 1937 até 1945.
Levante em Natal RN
Carlos Prestes preso por causa do
levante.
Olga Benário, mulher de Carlos Prestes
O Estado Novo: a ditadura
varguista (1937-1945)
• As próximas eleições para presidente estavam marcadas para
o início de 1938. Vargas não estava nem pouco disposto a
deixar o poder.
• Havia um temor de que novos levantes comunistas
ameaçassem o Brasil.
• Nesta eleição foram lançados três candidatos: Armando
Sales, representante das oligarquias cafeeiras de São Paulo;
Plínio Salgado, líder da AIB; José Américo, candidato apoiado
pela maioria dos governadores.
• Durante a campanha política Vargas não se manifestou, não
promoveu candidato, e nem apoiou ninguém.
• Na verdade, ele preparava um outro golpe de Estado que
assegurava sua permanência no poder.
• O pretexto veio por uma invenção de um suposto plano de uma nova
revolução comunista, em setembro de 1937.
• Era um documento forjado que se tornou conhecido como o Plano Cohen,
pois trazia a assinatura de um Cohen (comunista judeu) que queria tomar
o poder, com apoio soviético, às vésperas das eleições de 1938.
• O plano foi divulgado em todos os principais jornais do país. Como
consequência, o Congresso aprovou o decreto de estado de Guerra.
• Apoiado pelas Forças Armadas, por intelectuais e pelos integralistas,
Vargas deu um golpe de Estado em 10 de novembro de 1937, o Estado
Novo.
• Vargas no Estado Novo, suspendeu a Constituição e aboliu os partidos
políticos, iniciando uma ditadura que duraria até 1945.
Vargas lendo, em cadeia nacional, as razões que o levaram a dar o golpe,
definindo ele ser uma revolução que mudaria o Brasil.
• Os integralistas, que haviam apoiado o golpe, tiveram a desagradável
notícia de ver a AIB colocada na ilegalidade.
• Alguns integralistas atacaram o Palácio Guanabara, Casa do Presidente,
mas logo foram derrotados.
• Aproveitou esses incidentes para mandar prender seus adversários.
• Mas Vargas não permaneceu no poder somente pela violência;
• Adotou uma série de políticas públicas nas áreas do trabalho, educação,
saúde e uma propaganda bem rígida.
Características do Estado
Novo
• O golpe instaura no Brasil um regime ditatorial e personalista, que
contou com o apoio da burocracia civil e militar e da burguesia
industrial;
• Getúlio investe no desenvolvimento da indústria, reforçando a
importância de se preparar uma mão-de-obra qualificada, o que fica
claro com a criação do SENAI ( Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial);
• Criação do Conselho Nacional do Petróleo
• Investimentos no setor militar com a compra de armas.
• Criação do DASP (Departamento de Administração do Serviço
Público)
Política econômico-financeira
• Política de incentivo a substituição de importações
• Nacionalização de bancos e empresas de seguros
• Criação da CSN ( Companhia Siderúrgica Nacional)
• Código de Minas(1940)- proibia a participação de estrangeiros
na mineração e siderurgia.
• Descoberta de petróleo na Bahia em 1939.
O Estado Novo e os
Trabalhadores
• Durante o Estado Novo, Vargas adotou uma política chamada
de trabalhismo. Seu objetivo era formar trabalhadores
produtivos e ordeiros.
• Vargas garantiu direitos as trabalhadores, e usava isso como
propaganda para despertar no trabalhador um sentimento de
gratidão.
• Em 1943 ele reuniu as leis trabalhistas (salário mínimo, férias
remuneradas, limitação nas horas de trabalho, segurança,
carteira de trabalho, justiça o trabalho) na CLT (Consolidação
das Leis do Trabalho) e divulgou amplamente esse
benefício.
• A propaganda do governo era feito pelo DIP (Departamento
de Imprensa e Propaganda) e buscava identificar Vargas ao
povo e ao Brasil.
• O DIP era inspirado pelas propagandas fascistas produzindo
programas de rádio, documentários cinematográficos,
cartazes, folhetos e cartilhas que mostravam o presidente
cumprimentando criancinhas, dando esmolas ou exaltando o
trabalho e a pátria.
• Porém, ele também exercia uma severa censura sobre
jornais, rádio, cinema e as manifestações culturais. Cassava o
registro dos jornais que criticavam o governo Vargas.
• O rádio era o mais usado por Vargas, por ele fazia sua voz
chegar a casa de cada trabalhador que, com sua família,
esperava a Hora do Brasil para ouvi-lo.
Wilson Batista
Lenço no Pescoço
Meu chapéu do lado
Tamanco arrastando
Lenço no pescoço
Navalha no bolso
Eu passo gingando
Provoco e desafio
Eu tenho orgulho
Em ser tão vadio
Sei que eles falam
Deste meu proceder
Eu vejo quem trabalha
Andar no miserê
Eu sou vadio
Porque tive inclinação
Eu me lembro, era criança
Tirava samba-canção
Comigo não
Eu quero ver quem tem razão
O Bonde São Januário
Wilson Batista
Quem trabalha é que tem razão
Eu digo e não tenho medo de errar
Quem trabalha é que tem razão
Eu digo e não tenho medo de errar
O bonde São Januário
Leva mais um operário
Sou eu que vou trabalhar
O bonde São Januário
Leva mais um operário
Sou eu que vou trabalhar
Antigamente eu não tinha juízo
Mas resolvi garantir meu futuro
Vejam vocês
Sou feliz vivo muito bem
A boemia não dá camisa ninguém, é
Vivo bem
Propaganda no Estado Novo (DIP).
Homenagens dos trabalhadores ao Presidente Vargas, geralmente feita no
1º de Maio.
Brasil na Segunda Grande
Guerra
Manifestação contra os países
do Eixo, Rio de Janeiro, 1942
• Estados Unidos pressionou
Brasil para que entrasse junto
aos Aliados, devido ao
empréstimo para a construção da
Usina de Volta Redonda (CSN)
• afundamento de navegações
brasileiras por submarinos
alemães gerou vários protestos
contra as forças nazistas
O “queremismo” e o fim do
Estado Novo
• Com a participação do Brasil na Segunda Guerra,
combatendo as ditaduras fascistas, houve um aumento das
criticas ao governo de Vargas.
• Muitos políticos e estudantes universitários passaram a dizer
que era necessário combater a “ditadura interna”.
• Em outubro de 1943, os políticos de Minas Gerais lançaram o
Manifesto dos Mineiros, exigindo a democratização do país.
• A União Nacional dos Estudantes (UNE) também saíram em
passeaste contra o governo.
• Percebendo que a oposição ao seu governo estava
aumentando, ele mesmo decidiu liderar o processo de
democratização do país.
• Em 1945 anistiou presos políticos, liberou a atividade de partidos políticos
e marcou eleições presidenciais para dezembro de 1945.
• Mas Getúlio Vargas fazia um jogo duplo, ao mesmo tempo que ele
apoiava a candidatura do general Eurico Gaspar Dutra, incentivava um
movimento popular do queremismo, que aos gritos de “Queremos
Getúlio”, pedia que ele continuasse no poder.
• “Meu candidato é Eurico; mas se houver oportunidade, eu mudo uma
letra: Eufico”.
• Assustados com o tamanho de sua popularidade, as oposições militares e
civis se uniram para derrubá-lo.
• Em 29 de outubro de 1945, tropas lideradas pelo general Góis Monteiro
forçaram Vargas a renunciar. Era o fim do Estado Novo.

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  • 1. A ERA VARGAS Professor: Wirlan Pajeú
  • 2. Getúlio Vargas é, talvez, a figura mais polêmica da história do Brasil. Para uns, ele foi um ditador cruel a serviço das elites; para outros, era o pai dos trabalhadores e o maior estadista brasileiro.
  • 3.
  • 4.
  • 5. O Contexto antes da Era Vargas O Tenentismo antes de 1930 • Durante os anos 1920 o fascismo ganhava cada vez mais espaço na Itália, e no Brasil as oligarquias continuavam utilizando da violência e da corrupção para permanecerem no poder. • Essa situação gerou várias revoltas nos campos e nas cidades, como já vimos em Canudos, Contestado, a revolta da vacina e da chibata. • Neste mesmo contexto, um grupo de militares se revoltaram com o tratamento que as oligarquias davam as Forças Armadas. • Esse movimento ficou conhecido como Tenentismo (esse nome é dado porque seus lideres eram jovens capitães e tenentes).
  • 6. O primeiro 5 de julho • O início dessa revolta veio de uma publicação feita por um jornal carioca, de umas cartas falsas atribuídas ao candidato a presidência de 1922 Arthur Bernardes. • Essas cartas ofendiam os militares, dizendo que eles eram corruptos, e chamavam o chefe militar, marechal Hermes da Fonseca (ex-presidente do Brasil), de “sargentão sem compostura”. • Mesmo sendo cartas falsas, isso provocou uma indignação dos militares e da opinião pública. O clima ficou ainda mais agitado, quando o governo mandou prender o Hermes da Fonseca, acusando ele de agitador. • Isso foi a gota d’água. Em 5 de julho os tenentes do forte de Copacabana pegaram as suas armas contra o governo dizendo que estavam dispostos a “salvar a honra do Exército” e acabar com a corrupção.
  • 7. • O governo repressivo interviu e obrigou os rebeldes a se renderem. • Muitos eram covardes e centenas se renderam. Porém, Dezessete militares e um civil, saíram pela Avenida Atlântica dispostos a tudo. • Houve uma série de troca de tiros, e somente dois tenentes escaparam com vida: Siqueira Campos e Eduardo Gomes.
  • 8. Monumento aos 18 do Forte. Palmas (TO).
  • 9. Os dezessete militares e o único civil.
  • 10. O segundo 5 de julho • Dois anos depois (1924) explode outro movimento rebelde dos tenentes. Só que agora em São Paulo, e muito mais organizado. • Seus objetivos eram: a) A renuncia do Presidente da República Arthur Bernardes; b) O voto secreto, visando acabar com a corrupção; c) Obrigação do ensino fundamental; d) A melhoria no ensino público;
  • 11. • Esse movimento foi comandado pelo general Isidoro Dias Lopes e pelo Major Miguel Costa, e os rebeldes tentaram conquistar a cidade de São Paulo. • E quase ao mesmo tempo houveram outros movimentos rebeldes tenentistas em Mato Grosso, Sergipe, Amazonas, Pará e Rio Grande do Sul. • Com maior número de soldados e o apoio da aeronáutica, o governo venceu os tenentes rebeldes. • Mas eles não desistiram: cerca de mil soldados formaram a coluna paulista e deixaram São Paulo em direção a Foz do Iguaçu, no Paraná.
  • 12. • Os tenentes gaúchos também continuaram na luta; comandados pelo capitão Luís Carlos Prestes formaram a coluna gaúcha, e marcharam até Foz do Iguaçu a fim de unir-se aos paulistas. • Juntando as duas colunas de rebeldes (paulista e gaúcha) nasceu a Coluna Prestes.
  • 13. A Coluna Prestes • Com mais de 1800 homens, a Coluna Prestes partiu para a guerra de movimento: saiu pelo interior do Brasil buscando apoio popular para luta contra o governo. • Onde eram bem recebidos, os rebeldes queimavam as cobranças de impostos dizendo que, assim, livraria o povo dos abusos do governo. • Movimentando-se com rapidez, conseguindo munição e armamento do próprio inimigo e evitando as grandes cidades, a Coluna Prestes percorreu 25 mil km através de doze estados brasileiros. • No início de 1927, os 600 homens que ainda faziam parte da Coluna Prestes decidiram se refugiarem na Bolívia.
  • 14.
  • 15.
  • 17. 1930: Um ano fundamental na história do Brasil • Em 1930, o presidente Washington Luís, que tinha sido eleito o presidente do Brasil representante de São Paulo, decidiu indicar outro paulista para ser o seu sucessor na presidência, Júlio Prestes. • O governador de Minas Gerais que estava esperando ser escolhido, se sentiu traído e firmou uma aliança com as oligarquias do Rio Grande do Sul e da Paraíba, formando a Aliança Liberal. • Para disputar as eleições de 1930, a Aliança Liberal lançou como candidatos a presidência o gaúcho Getúlio Vargas e para a vice presidência o paraibano João Pessoa. • Nos discursos de Getúlio ele mostrava suas propostas: voto secreto, incentivo a industrialização, leis trabalhistas. Com isso sua popularidade ia crescendo.
  • 18. • Não esquecendo que neste período a maior crise do capitalismo (A Grande Depressão de 1929) atingiu fortemente a economia brasileira. • Naquele ano foi produzido mais de 29 milhões de sacas de café, e menos da metade foi vendido e a preço de banana. • A crise arruinou muitos cafeicultores, empresários, e muitos trabalhadores ficarem desempregados. • Tudo isso aumentou o descontentamento com o governo de Washington Luís, e o aumento da popularidade de Vargas. • As eleições daquele ano, como tantas outras, foram utilizados os meios de violência de fraude.
  • 19. • No Rio Grande do Sul, Vargas obteve 100% dos votos; mas a vitória ficou com o candidato da situação, Júlio Prestes. • As oligarquias da situação foram mais “eficientes” que as oligarquias da oposição. • A oposição não admitiu a derrota, e com apoio de uma parte dos militares, começaram a conspirar contra o governo. • Os tenentes vendo esta situação bolaram um plano de tomada de poder, por meio das armas, Vargas então procurou unir-se aos tenentes, e se encontrou com Carlos Prestes duas vezes – em novembro de 1929 e em janeiro de 1930 –, e lhe entregou 800 mil dólares para comprar armamentos.
  • 20. • Em maio de 1930, Preste rompe com os tenentes e ficou com a maior parte do dinheiro para fazer a “verdadeira Revolução”: a comunista. Rompeu sozinho. Todos os tenentes ficaram do lado de Vargas • E nesse clima tenso, o governador de Minas Gerais, pra colocar mais lenha na fogueira, disse: “Façamos a Revolução, antes que o povo a faça”. • Essa frase ficava clara que a insatisfação não era somente da elite política, e que o momento era favorável à um golpe de estado.
  • 21. • Uma desgraça tinha acelerado o movimento: em julho de 1930, João Pessoa, candidato a vice-presidente na chapa de Getúlio Vargas, foi assassinado, por motivos passionais, mas foi usado para por lenha na fogueira mostrar que era necessário a revolução armada. • Aproveitando da situação, em 3 de outubro de 1930, rebeldes liderados por Getúlio Vargas marcharam do Rio Grande do Sul em direção ao Rio de Janeiro, com o objetivo de derrubar o governo. • Mas antes de chegarem a capital, uma junta militar conquistou o poder e entregou a Getúlio Vargas na madrugada de 31 de outubro. • Três dias depois, o ex-candidato derrotado tomou posse como Chefe do Governo Provisório. • Era o fim da “velha” República e o começo da “Era Vargas”.
  • 22.
  • 23. O Governo Provisório • Getúlio Vargas no início do governo provisório, procurou atender aqueles lhe ajudaram a chegar ao poder. • Havia uma forte divergência entre os grupos que subiram ao poder: • Os civis (classe média urbana, banqueiros, empresários e fazendeiros) que queriam um país democrático, com eleições livres, uma nova constituição e plena liberdade civil. • Os tenentes que buscavam um governo forte e centralizado, capaz de fazer crescer a economia e modernizar as estruturas do Estado.
  • 24. A Oposição Paulista • Vargas começou seu governo substituindo os antigos presidentes e estado pelos interventores federais, indicados por ele, e a maioria eram militares. • Acabou com legislativo nas instâncias federais, estaduais e municipais até que houvesse uma Assembleia Constituinte. • Isso desagradou muitos estados, por exemplo, São Paulo, onde a elite cafeeira reagiu à nomeação do tenente veterano da Coluna Prestes João Alberto. • O Partido Democrático de São Paulo, que havia apoia Vargas no movimento de 1930, esperava alcançar o governo do Estado.
  • 25. • O Partido Democrático se uniu mais o velho Partido Republicano Paulista e fundaram a Frente Única Paulista (FUP) que exigia uma nova constituição o mais rápido possível e um interventor civil e paulista para o governo de São Paulo. • Recebendo essa pressão, Vargas nomeou o paulista Pedro de Toledo para o cargo, mas as oposições a Vargas não diminuíram. • Vargas colocou um prazo de um ano para a nova constituição (1933), mas esse anúncio não deteve uma marcha de grupos conspiracionistas paulistas. • Nos dias 22 e 23 de maio de 1932, confrontos na sede de um jornal pró- Vargas resultaram na morte de quatro estudantes de Direito (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo). • As iniciais do nome dos estudantes mortos (MMDC) serviram para preparar uma forte rebelião contra Vargas.
  • 26.
  • 27. A Revolução Constitucionalista de 1932 • Em 9 de Julho de 1932, os paulistas liderados pelo general Isidoro Dias Lopes e o civil Pedro de Toledo, declaram guerra ao governo federal. • Muitos jovens da classe média se alistaram para lutar no exército constitucionalista. • Os industriais paulistas, sob a liderança de Roberto Simonsen, também entraram na guerra produzindo armas e munições. • Os paulistas esperavam receber o apoio de mineiros e gaúchos, porém só receberam apoio do Mato Grosso. • O governo federal tinha navios, mais soldados e o maior poder de fogo. • E em poucos meses venceu os paulistas, embora derrotados, os paulistas se diziam “moralmente” vitoriosos. • Pois o governo convocou a Assembleia Constituinte, votou e aprovou a terceira Constituição do Brasil.
  • 28. • A nova constituição previa também que o próximo presidente seria eleito de forma indireta. • E o próximo foi o mesmo Getúlio Vargas. Essa eleição foi bastante criticada pela imprensa.
  • 29. • O momento no qual Vargas assumiu o poder, era de grande instabilidade, justamente pelas consequências da Grande Depressão de 1929. • Desemprego, empresas falindo, a inflação alta elevava a tensão social. • Neste contexto conturbado surgiu a radicalização política e o nascimento de dois partidos políticos rivais: os integralistas e os aliancistas.
  • 30. Governo Constitucional • Constituição de 1934 • voto secreto • direito de voto feminino • separação dos poderes, com independência entre executivo, legislativo e judiciário. • Tribunal do Trabalho e direito de organização sindical • possibilidade de nacionalização de empresas estrangeiras • estabelecimento do monopólio estatal sobre determinadas indústrias (soberania nacional)
  • 31. Os Integralistas Os integralistas, liderados pelo escritor Plínio Salgado, seguiam os mesmos princípios do Fascismo de Benito Mussolini. Em 1932 os integralistas fundaram um partido político a Ação Integralistas Brasileira (AIB) e eles defendiam: a) Um governo autoritário dirigido por um chefe e um único partido; b) O predomínio dos interesses da Nação sobre os do indivíduos; c) A censura aos meios de comunicação. Assim como os fascistas, os integralistas utilizavam da violência contra seus opositores, especialmente os comunistas.
  • 32. • Apelava para um discurso nacionalista agressivo e tinha como lema: Deus, Pátria e Família. • A AIB conseguiu apoio de vários membros da sociedade das classes médias, da igreja católica, dos empresários e das Forças Armadas. • A AIB chegou a possuir mais de 100 mil filiados e mais de mil núcleos espalhados pelo Brasil. • Muito eficientes em propaganda, rituais e símbolos, a AIB organizava desfiles com adeptos vestidos com camisas verdes e braçadeiras contendo a letra grega sigma (S). • Como saudação, gritavam, com o braço estendido, a palavra indígena anauê, uma versão tropical do Heil Hitler nazista.
  • 34. Miguel Reale, líder integralista junto a Plinio Salgado
  • 35. Gustavo Barroso, outro líder integralista.
  • 37.
  • 39. Ainda existe as sombras dos fantasmas do passado...
  • 40.
  • 41. Os Aliancistas • Como oposição aos integralistas, fundou-se no Brasil, em 1935, a Aliança Nacional Libertadora (ANL), uma frente popular liderada pelos comunistas, chefiados por Luís Carlos Prestes. • Os principais pontos do ANL eram: a) Não pagar a dívida externa do Brasil; b) Nacionalizar as empresas estrangeiras; c) Reforma Agrária; d) Formulação de um governo popular;
  • 42. A Intentona Comunista: a revolta vermelha • A ANL estimularam os militares ligados ao PCB, a planejar um ataque armado em novembro de 1935 investido pela Internacional Comunista de Moscou (URSS). • Antes Carlos Prestes lança uma carta de manifestação que propunha a derrubada do governo de Vargas e a formação de um governo popular revolucionário. • Vargas reagiu ao manifesta fechando todas as sedes da ANL, bem como a maioria dos núcleos que ela possuía pelo país. • O levante armado foi só questão de tempo, um grupo de soldados, cabos comunistas de Natal (RN) deu início a Intentona Comunista.
  • 43. • Conseguiram assumir o controle de Natal por poucos dias, derrotando as forças policiais. • Outros levantes aconteceram em Recife e no Rio de Janeiro. Mas o governo federal reprimiu violentamente o movimento. • Os aliancistas e simpatizantes (comunista ou não) foram presos, torturados e outros deportados, e a perseguição estendeu-se por todos os setores da esquerda. • As cadeias do Brasil se encheram de presos políticos, entre os quais estavam o escritor alagoano Graciliano Ramos e ativista alemã Olga Benário, mulher de Prestes. • Esse levante de 1935 abriu o caminho para o autoritarismo que tomaria conta do Brasil em 1937 até 1945.
  • 45. Carlos Prestes preso por causa do levante.
  • 46. Olga Benário, mulher de Carlos Prestes
  • 47. O Estado Novo: a ditadura varguista (1937-1945) • As próximas eleições para presidente estavam marcadas para o início de 1938. Vargas não estava nem pouco disposto a deixar o poder. • Havia um temor de que novos levantes comunistas ameaçassem o Brasil. • Nesta eleição foram lançados três candidatos: Armando Sales, representante das oligarquias cafeeiras de São Paulo; Plínio Salgado, líder da AIB; José Américo, candidato apoiado pela maioria dos governadores. • Durante a campanha política Vargas não se manifestou, não promoveu candidato, e nem apoiou ninguém. • Na verdade, ele preparava um outro golpe de Estado que assegurava sua permanência no poder.
  • 48. • O pretexto veio por uma invenção de um suposto plano de uma nova revolução comunista, em setembro de 1937. • Era um documento forjado que se tornou conhecido como o Plano Cohen, pois trazia a assinatura de um Cohen (comunista judeu) que queria tomar o poder, com apoio soviético, às vésperas das eleições de 1938. • O plano foi divulgado em todos os principais jornais do país. Como consequência, o Congresso aprovou o decreto de estado de Guerra. • Apoiado pelas Forças Armadas, por intelectuais e pelos integralistas, Vargas deu um golpe de Estado em 10 de novembro de 1937, o Estado Novo. • Vargas no Estado Novo, suspendeu a Constituição e aboliu os partidos políticos, iniciando uma ditadura que duraria até 1945.
  • 49. Vargas lendo, em cadeia nacional, as razões que o levaram a dar o golpe, definindo ele ser uma revolução que mudaria o Brasil.
  • 50.
  • 51. • Os integralistas, que haviam apoiado o golpe, tiveram a desagradável notícia de ver a AIB colocada na ilegalidade. • Alguns integralistas atacaram o Palácio Guanabara, Casa do Presidente, mas logo foram derrotados. • Aproveitou esses incidentes para mandar prender seus adversários. • Mas Vargas não permaneceu no poder somente pela violência; • Adotou uma série de políticas públicas nas áreas do trabalho, educação, saúde e uma propaganda bem rígida.
  • 52. Características do Estado Novo • O golpe instaura no Brasil um regime ditatorial e personalista, que contou com o apoio da burocracia civil e militar e da burguesia industrial; • Getúlio investe no desenvolvimento da indústria, reforçando a importância de se preparar uma mão-de-obra qualificada, o que fica claro com a criação do SENAI ( Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial); • Criação do Conselho Nacional do Petróleo • Investimentos no setor militar com a compra de armas. • Criação do DASP (Departamento de Administração do Serviço Público)
  • 53. Política econômico-financeira • Política de incentivo a substituição de importações • Nacionalização de bancos e empresas de seguros • Criação da CSN ( Companhia Siderúrgica Nacional) • Código de Minas(1940)- proibia a participação de estrangeiros na mineração e siderurgia. • Descoberta de petróleo na Bahia em 1939.
  • 54. O Estado Novo e os Trabalhadores • Durante o Estado Novo, Vargas adotou uma política chamada de trabalhismo. Seu objetivo era formar trabalhadores produtivos e ordeiros. • Vargas garantiu direitos as trabalhadores, e usava isso como propaganda para despertar no trabalhador um sentimento de gratidão. • Em 1943 ele reuniu as leis trabalhistas (salário mínimo, férias remuneradas, limitação nas horas de trabalho, segurança, carteira de trabalho, justiça o trabalho) na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e divulgou amplamente esse benefício. • A propaganda do governo era feito pelo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) e buscava identificar Vargas ao povo e ao Brasil.
  • 55. • O DIP era inspirado pelas propagandas fascistas produzindo programas de rádio, documentários cinematográficos, cartazes, folhetos e cartilhas que mostravam o presidente cumprimentando criancinhas, dando esmolas ou exaltando o trabalho e a pátria. • Porém, ele também exercia uma severa censura sobre jornais, rádio, cinema e as manifestações culturais. Cassava o registro dos jornais que criticavam o governo Vargas. • O rádio era o mais usado por Vargas, por ele fazia sua voz chegar a casa de cada trabalhador que, com sua família, esperava a Hora do Brasil para ouvi-lo.
  • 57. Lenço no Pescoço Meu chapéu do lado Tamanco arrastando Lenço no pescoço Navalha no bolso Eu passo gingando Provoco e desafio Eu tenho orgulho Em ser tão vadio Sei que eles falam Deste meu proceder Eu vejo quem trabalha Andar no miserê Eu sou vadio Porque tive inclinação Eu me lembro, era criança Tirava samba-canção Comigo não Eu quero ver quem tem razão
  • 58. O Bonde São Januário Wilson Batista Quem trabalha é que tem razão Eu digo e não tenho medo de errar Quem trabalha é que tem razão Eu digo e não tenho medo de errar O bonde São Januário Leva mais um operário Sou eu que vou trabalhar O bonde São Januário Leva mais um operário Sou eu que vou trabalhar Antigamente eu não tinha juízo Mas resolvi garantir meu futuro Vejam vocês Sou feliz vivo muito bem A boemia não dá camisa ninguém, é Vivo bem
  • 59. Propaganda no Estado Novo (DIP).
  • 60.
  • 61. Homenagens dos trabalhadores ao Presidente Vargas, geralmente feita no 1º de Maio.
  • 62. Brasil na Segunda Grande Guerra Manifestação contra os países do Eixo, Rio de Janeiro, 1942 • Estados Unidos pressionou Brasil para que entrasse junto aos Aliados, devido ao empréstimo para a construção da Usina de Volta Redonda (CSN) • afundamento de navegações brasileiras por submarinos alemães gerou vários protestos contra as forças nazistas
  • 63.
  • 64. O “queremismo” e o fim do Estado Novo • Com a participação do Brasil na Segunda Guerra, combatendo as ditaduras fascistas, houve um aumento das criticas ao governo de Vargas. • Muitos políticos e estudantes universitários passaram a dizer que era necessário combater a “ditadura interna”. • Em outubro de 1943, os políticos de Minas Gerais lançaram o Manifesto dos Mineiros, exigindo a democratização do país. • A União Nacional dos Estudantes (UNE) também saíram em passeaste contra o governo. • Percebendo que a oposição ao seu governo estava aumentando, ele mesmo decidiu liderar o processo de democratização do país.
  • 65. • Em 1945 anistiou presos políticos, liberou a atividade de partidos políticos e marcou eleições presidenciais para dezembro de 1945. • Mas Getúlio Vargas fazia um jogo duplo, ao mesmo tempo que ele apoiava a candidatura do general Eurico Gaspar Dutra, incentivava um movimento popular do queremismo, que aos gritos de “Queremos Getúlio”, pedia que ele continuasse no poder. • “Meu candidato é Eurico; mas se houver oportunidade, eu mudo uma letra: Eufico”. • Assustados com o tamanho de sua popularidade, as oposições militares e civis se uniram para derrubá-lo. • Em 29 de outubro de 1945, tropas lideradas pelo general Góis Monteiro forçaram Vargas a renunciar. Era o fim do Estado Novo.