Este documento descreve um estudo sobre a qualidade da água de duas zonas (ribeirinha e subafluente do Tejo) em relação à presença da bactéria Escherichia coli. A amostra do subafluente do Tejo continha E. coli, indicando contaminação, enquanto a amostra da zona ribeirinha não continha E. coli.
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Detecção E. coli água
1. A Escherichia coli é um dos microrganismos habitantes naturais da
flora microbiana do trato intestinal dos humanos e da maioria dos
animais de sangue quente, sendo portanto, normalmente
encontrada nas fezes destes animais. Muitas estirpes de Escherichia
coli não são patogénicas
A qualidade da água verifica-se através da presença de coliformes
fecais também denominados por indicadores de qualidade sanitária.
A bactéria E. coli. é um dos indicadores de qualidade sanitária.
Apesar de ser não patogénica, está associada a outras bactérias
patogénicas de origem fecal.
A existência ou não de matéria fecal na água é que determina a sua
qualidade. A existência de E.coli. numa determinada amostra de
água indica-nos que a água contém matéria fecal prejudicial à nossa
saúde.
Não é uma zona
onde exista criação
de gado nem
esgotos. É um local
muito utilizado
para pesca
amadora.
Fig. 2 Subafluente do Tejo (Montijo).
Meio de cultura TBX?
É um meio de cultura para bactérias que contém os
nutrientes e as condições necessárias para o desenvolvimento de
colónias, sendo específico o meio TBX para as E. coli, que, quando
presentes, adquirem uma cor verde, distinguindo-se das outras
bactérias existentes.
Esterilidade
A esterilização dos materiais foi muito importante. Se os materiais não
estivessem esterilizados poderia haver um crescimento de outras
bactérias no nosso meio de cultura e os resultados que obteríamos
não teriam sido os mesmos. Como método de esterilização
aquecemos os materiais a 180 graus célsius durante duas horas e
durante a actividade laboratorial mantivemos a proximidade a uma
chama acesa para manter a esterilização do ambiente em redor
As amostras de agua foram recolhidas no dia da actividade laboratorial
e o processo de recolha consistiu em:
•Esterilizar o frasco fervendo-o numa panela com água durante aprox.
30min.
•Embrulhá-lo em prata para reduzir o contacto com as bactérias
existentes no ar.
•Abrir o frasco, deixar entrar a água e fecha-lo sempre dentro de água.
•(Já na aula) Abrir o frasco perto de uma fonte de calor.
A amostra foi diluída seriadamente para diminuir a concentração e foi
utilizado soro fisiológico esterilizado por ser um meio isotónico em
relação ao interior das bactérias.
Após terminada a preparação dos meios de cultura diluídos, estes
deveriam ser introduzidos numa estufa a 37 graus, mas devido a
complicações técnicas não foi possível manter as placas a essa
temperatura.
Fig. 1 Zona Ribeirinha (Montijo).
É um local utilizado para
pesca e existem muitos
cães a defectar neste
local. Observa-se lixo
doméstico na água e é
habitado por algumas aves
(ex: Flamingos).
-1
-2
-3 -4
Este trabalho teve como objectivo estudar a qualidade da água da
zona ribeirinha e de um subafluente do rio Tejo, relativamente à
matéria fecal presente, tendo como referência a E. coli. como
coliforme fecal.
Fig.3 Placas de Petri da amostra Tejo.
-1
-2
-2
-3
Fig.4 Placas de Petri com amostra da Zona Ribeirinha
Cálculos da CFU (colony-forming
unit):
-1) 10 × 1/10 -1 × 10 = 1000 CFU/ml
-2) 300 × 1/10 -2 × 10 = 300 000
CFU/ml
-3) 132 × 1/10 -3 × 10 = 132 0000
CFU/ml
-4) 42 × 1/10 -4 × 10 = 42 00000
CFU/ml
Cálculos da CFU (colony-forming unit):
-1*) +300× 1/10-1 × 10 = +30 000 CFU/ml
(*sem contar com as colónias de E.coli.)
-1ß) 130× 1/10-1 × 10 = 13 000 CFU/ml
(ß só as colónias de E.coli.).
-2) + 300 × 1/10 -2 × 10 = +300 000
CFU/ml
-3) 100 × 1/10 -3 × 10 = 100 0000 CFU/ml
CFU/ml: n° de colónias × 1/diluição × 10
Comprovámos que a água da Zona Ribeirinha está livre de E.coli. logo
não há presença de matéria fecal, ou seja, não é prejudicial à saúde.
Contudo a amostra do subafluente do Tejo revelava colónias de E.coli. o
que nos leva a crer que a água está contaminada talvez por haver algum
despejo de esgotos na sua proximidade e pelo facto dos cães e das aves
defecarem naquele local.
Fig.5 Placa de Petri contendo colónias E.coli.
(Tejo, diluição -1)
Na amostra da Riberinha com diluição
-4 foi adicionada água do rio em
excesso (aproximadamente 0,4 ml)
podendo ter alterado os dados.
Podemos concluir que as duas zonas, mesmo que próximas uma da
outra, têm uma contaminação bacteriana diferente. A Ribeirinha não
apresenta qualquer tipo de contaminação por E.coli. enquanto que o
subafluente do Tejo está contaminado e as pessoas deviam ser alertadas
para não entrarem em contacto com aquela água até às devidas
precauções estarem tomadas.
31/05/2010
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escherichia_coli (Maio 2010)
SILVA, A. D. Da (2008): Terra, Universo de Vida - Biologia 12°ano. Porto Editora.
Porto
Apontamentos cedidos pela professora.
Locais de recolha