1. Licenciatura em Ciências
Produção e destinos de resíduos urbanos –
problemas de contaminação ambiental
Módulo 6
Prof. Dr. Vagner Roberto Elis
IAG
Universidade de São Paulo
USO DO SOLO URBANO: SOLO E
PERFIL DE SOLO E ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS
3. As áreas de disposição de resíduos necessitam
ser instaladas em locais com determinadas
características que evitem a entrada de
substâncias contaminantes no solo natural e no
ambiente hidrogeólogico.
Para entender como devem ser as características
desses locais é necessário estudar os solos e as
rochas.
Neste capítulo será estudada a gênese e os tipos
mais comuns de solos e rochas, bem como suas
INTRODUÇÃO
4. As rochas constituídas por minerais, ou seja, os
minerais são os constituintes básicos das rochas. Dessa
forma, é necessário estudar os minerais para entender
as rochas, pois estas são identificadas pelos minerais
constituintes.
SUBSTRATO ROCHOSO
ROCHAMINERAIS
5. • Elementos ou compostos químicos com composição
definida dentro de certos limites, cristalizados e formados
naturalmente por meio de processos geológicos
inorgânicos na Terra ou em corpos extra-terrestres.
• Química e propriedades cristalográficas caracterizam suas
singularidades (SiO2)
Pirita Fe2S Calcita CaCO3 Quartzo SiO2
O que são Minerais?
6. Minerais essenciais - principais formadores das rochas
e suas proporções determinam o nome da rocha
Minerais acessórios - ocorrem em menor quantidade e
não mudam a classificação da rocha.
Os minerais essenciais são os minerais que formam as
rochas mais comuns da crosta, respondem a mais de
90% do volume de uma rocha.
Minerais Essenciais e Acessórios
7. Normalmente, são silicatos (exceto para tipos
particulares de rochas, como as carbonáticas).
São essenciais os minerais do grupo dos feldspatos
(feldspato potássico, plagioclásio), o quartzo, os
piroxênios e anfibólios e as micas.
Os minerais acessórios ocorrem em porcentagens
inferiores a 10% e não são considerados na
classificação de uma rocha.
Minerais Essenciais e Acessórios
8. Rochas
Materiais consolidados, resultantes da união natural de
Minerais.
Diferentemente de sedimentos (como areia e argila),
nas rochas os cristais ou grãos constituintes são muito
bem unidos.
Classificadas de acordo com a sua formação:
• Ígneas
• Sedimentares
• Metamórficas
9. Rochas Ígneas
Formadas pelo resfriamento de material rochoso
fundido,
o magma.
Intrusivas ou plutônicas
resfriamento e
cristalização no interior
da Terra. Resfriamento
lento,
Rochas
Vulcânicas
Rochas
Plutônicas
Rochas
Hipoabissai
s
Sill
MAGM
A
10. Rochas Ígneas
Minerais cristalizados lentamente grãos facilmente
visíveis, como é o caso do granito.
Extrusivas ou vulcânicas o magma chega à superfície
e o resfriamento ocorre mais rapidamente.
Rocha com uma textura fina, como é o caso do basalto.
11. Rochas Sedimentares
Resultantes dos processos de erosão, transporte e
sedimentação de fragmentos de outras rochas.
Classificadas em função do tamanho das partículas
constituintes e sequência de camadas horizontais que
apresentam.
12. Rochas Sedimentares
Resultantes dos processos de erosão, transporte e
sedimentação de fragmentos de outras rochas.
Classificadas em função do tamanho das partículas
constituintes e sequência de camadas horizontais que
apresentam.
Origem clástica arenito que é formado por grãos de
quartzo resultantes da desagregação de outras rochas.
Origem química calcários, precipitação de radicais
salinos.
13. Formadas a partir de outras
rochas no estado sólido por
processos caracterizados por
aumento de pressão e
temperatura.
Normalmente, são originadas em
áreas de formação de montanhas,
sendo caracterizadas por
estruturas foliadas e dobradas,
como os xistos, quartzitos e
Rochas Metamórficas
DOBRAS
Litosfera
Crosta
Oceânica
Metamorfismo
Regional
Metamorfismo
de Contato
14. Os solos se formam a partir de transformações nas
rochas quando elas são expostas à superfície.
As rochas sofrem processos de desintegração e
decomposição devido à ação dos intemperismos físico
e químico.
SOLO E PERFIL DE SOLO
15. Desintegração das rochas, formando sedimentos sem
alterar a composição mineralógica da rocha-mãe.
Arenitos solos arenosos
Argilitos solos argilosos.
Intemperismo Físico
16. Agentes do intemperismo físico:
• Expansão diferencial da rocha por alívio de tensões
fraturamento em blocos.
• Contração e expansão
da rocha por diferença
de temperatura
fendas e fissuras
• Ação das raízes de
espécies vegetais
Intemperismo Físico
Juntas de Alívio
FRATURAMENTO
Camadas
Erodidas
Antiga Superfície do Terreno
Expansão devido ao
Alívio de PressãoAtual Superfície
do Terreno
17. Transformação dos minerais por meio de reações
químicas entre minerais das rochas, ar e água.
Os tipos de intemperismo químico são:
• Caulinização, feldspato caulinita
• Formação de outros argilo-minerais.
• Oxidação. Solos ricos em óxidos e hidróxidos
cores avermelhadas e acastanhadas.
• Dissolução de carbonatos. Chuvas e águas
subterrâneas podem dissolver margas e calcários.
Intemperismo Químico
18. Solos residuais perfil característico a partir da rocha
original, sendo tanto mais evoluído quanto mais próximo
da superfície.
Subdivisão em estratos organizados da superfície para o
mais profundo.
Transição entre um horizonte e outro é gradativa.
Perfil do Solo
19. • Solo eluvial
• Solo de alteração
de rocha (saprolito)
• Rocha alterada
• Rocha sã
Perfil do Solo
Solo
Residual
Solo Eluvial
Saprolito Fino
Saprolito Grosso
Rocha Alterada
Rocha Sã
20. • Rocha original
• Clima
• Relevo
• Vegetais e animais
• Período de tempo para sua evolução
Fatores Envolvidos na Formação dos Solos
21. Mais importantes rocha original e seus minerais,
influência fundamental no tipo de solo formado.
Rochas compostas por minerais ricos em sílica deverão
formar solos arenosos.
Rochas constituídas por minerais compostos por ferro e
magnésio e feldspatos formarão solos argilosos.
Fatores Envolvidos na Formação dos Solos
22. Nesta aula foi apresentado o texto sobre as rochas e os
solos, mostrando como se formam e como se
relacionam
no ambiente geológico.
A próxima aula dará continuidade ao estudo dos solos,
suas características físicas e a interação dos solos com
o ar e a água.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
23. REFERÊNCIAS
DANA, James Dwight. Manual de Mineralogia. Rio de
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1984. 643p.
TEIXEIRA, Wilson; TOLEDO, Maria Cristina M. de;
FAIRCHILD, Thomas R.; TAIOLI, Fábio. (Orgs).
Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos,
2000. 568 p.
Para saber mais:
MUSEU DE MINERAIS E ROCHAS HEINZ EBERT
www.rc.unesp.br/museudpm/