2. Qual a importância dos recursos minerais para a
sociedade?
a exploração dos recursos minerais
requer a utilização maciça do
conhecimento científico que se tem do
subsolo e da gênese dos depósitos
minerais
GEÓLOGO
3. Liste 3 coisas que usa no seu cotidiano:
Qual delas não usa um recurso mineral?
4.
5. MAIS DE VINTE TIPOS DE RECURSOS MINERAIS
PARA CONSTRUIR CASAS
10. MAIS DE OITO MINAS PARA FABRICAR UMA
LÂMPADA
Ampola de vidro: quartzo e feldspato
Filamento: scheelita (tungstênio)
Haste: hematita (minério de ferro) e de níquel
Soquete: bauxita (alumínio)
Bulbo: cobre
Base: zinco
11. SEIS MINAS PARA PRODUZIR PILHAS
Tampa e revestimento: minas de ferro, manganês, níquel
e cromo
Recipiente: zinco
Bastão: grafita
12. Recursos Minerais
1 – Energéticos- Petróleo – Gás natural Carvão,
Urânio (energia nuclear).
2 – Metais Ferrosos
Matéria prima da indústria metalúrgica (ferro e aço,
manganês, nióbio e tungstênio). Apresentam
propriedades especiais de maleabilidade, ductibilidade,
fusibilidade, condutividade térmica que os fazem
adequados a uma gama de aplicações técnicas.
3 – Metais não-ferrosos
Alumínio, chumbo, cobre, estanho, níquel e zinco,
13. 4 – Metais e Pedras Preciosas
Ouro, platina e diamante
5 – Minerais Industriais
consumidos sem alteração de suas propriedades
originais, com aplicação direta na indústria: matéria
prima das indústrias química - cerâmica - vidro - papel
- cimento - materiais de construção, etc.
Diversidade de aplicações
Demanda e dependência crescentes
Perspectivas de novos usos
Recursos Minerais
14. 7 – Agregados para Construção civil - materiais
utilizados para misturas com cimento para
fabricação de concreto, asfalto para pavimentação,
cal para assentamento e argamassa, etc. Brita,
areia e cascalho.
Agregados minerais, calcário, gipsita, cimento,
crisotila-amianto, rochas ornamentais
8 – Agronegócio
Calcário agrícola, fosfato, potássio, enxofre
9 – Indústria da água mineral – água mineral
Recursos Minerais
15. Aplicações industriais
Fertilizantes fosfatados (fosforita e apatita)
Construção civil (brita, areia, cascalho, calcário,
quartzito)
Materiais cerâmicos e refratários
(argilas, magnesita)
Papel (caulim)
Rocha ornamental (granito, mármore)
Perfuração de poços (argila e barita)
Cimento (calcário, argila, gipsita)
Indústria de vidros, tintas, borrachas
16. Usos na Construção Civil
Para cada km de uma linha do metrô são
consumidos 50.000 toneladas (t) de agregados;
A construção de cada km de estrada pavimentada
consome cerca de 9.800 toneladas;
Em casas populares de 50 m2 são consumidas 68 t;
Em edifícios são consumidos 1.360 t para cada
1.000 m2 .
19. BENS MINERAIS METÁLICOS E NÃO METÁLICOS
Fonte: Teixeira et al. (2009)
A concentração/ocorrência dos depósitos
minerais embora heterogênea (tempo e
espaço), não é aleatória.
É uma consequência da evolução geológica
da área onde ele ocorre.
20. Os depósitos podem ser considerados como
objetos rochosos especiais, pois na
composição química da crosta, apenas 8
elementos (O, Si, Al, Fe, Ca, Mg, NA, K)
apresentam abundância acima de 1% e
correspondem a 98% em peso da sua
composição total.
26. Recursos Minerais
Reserva mineral: volumes rochosos com
determinadas características inidicativas de
seu aproveitamento econômico.
3 classes:
Inferida
Indicada
Medida
Refletem o nível crescente de pesquisa e
conhecimento do depósito mineral
27. Resultado da exploração mineral
Nível
crescente
de
dados
geológicos,conhecimento
e
confiança Recursos minerais
identificados
In situ
Inferidos
Reservas minerais
Lavráveis
Indicados Prováveis
Medidos Provadas
Fatores modificadores:
econômicos, de mineração,
mercadológicos, legais, ambientais,
sociais e políticos
Fonte: Teixeira et al. (2009)
28. Depósito Mineral
Massa ou volume rochoso no qual substâncias minerais ou
químicas estão concentradas de modo anômalo, quando
comparadas com sua distribuição média na crosta terrestre, e
em quantidade suficiente para inidicar um potencial
econômico.
Minério: rocha da qual pode ser obtida uma ou mais
substâncias úteis. Presença de minerais de forma concentrada.
Mineral de minério: aquele que confere ao minério o valor
econômico.
Ganga: aquele que não apresenta valor econômico.
33. Minerais de ganga Minerais de
minério
Exemplo
Granito Feldspato
Quartzo
Mica
Cassiteita (SnO2) Minério de estanho
Pegmatito Feldspato
Quartzo
Mica
Espodumenio
(LiAlSi2O3)
Minério de lítio
Serpentinito Serpentina
Clorita
talco
Amianto
(Mg2Si4O10 (OH)8)
Minério de amianto
Aluvião Areia
Cascalho
argila
Ouro (Au) Minério de ouro
Fonte: Teixeira et al. (2009)
34. Como se forma um depósito mineral?
Como oorre o enriquecimento de uma substância
mineral num dado local da crosta terrestre gerando
um depósito mineral ?
Processos de
mineralização
Fonte - Trasnporte - Fixação da substância útil - Deposição
35. Como se forma um depósito mineral?
Origem relacionada aos processos geológicos:
Processos sedimentares
Magmáticos
Vulcanogênicos
Metamórficos
Hidrotermais
Supérgenos
36. Como se forma um depósito mineral?
Para ocorrer a mineralização é preciso:
TRANSPORTE
ÁGUA (superficial ou profunda)
ENERGIA TÉRMICA (corpo intrusivo)
FORÇA GRAVITACIONAL
(carreamento de detritos po fluxo d eágua)
TRANSPORTE MECÂNICO ou
SOLUTO (numa solução natural)
MANTO DE INTEMPERISMO
SISTEMAS DE FRATURA
PLATAFORMA CONTINENTAL
SISTEMA GEOLÓGICO - MAGMA
ROCHA PRÉ-EXISTENTE
MANTO SUPERIOR
ÁGUAS RETIDAS EM SEDIMENTOS
FONTES POSSÍVEIS
AMBIENTE DE
DEPOSIÇÃO
37. Como se forma um depósito mineral?
FIXAÇÃO DA
SUBSTÂNCIA
NO AMBIENTE DE
DEPOSÇÃO
Porção do Ambiente de Deposição
Fatores armadilhas que favorecem sua acumulação
Controles de Mineralização
Geoquímico, mineralógico, estrutural, paleogeográfico
Formação dos jazimentos em parte
do ambiente de deposição
concentrações de elementos
38. Classificação dos Depósitos Minerais
Dependem dos processos de mineralização
no decorrer de todo um processo geológico
Supérgenos/Intempéricos – ação do clima
(bauxita, caulim, manganês, níquel, fosfatos, urânio, areia
quartzosa)
Sedimentares – transporte e deposição de substâncias
(químicos e detríticos) Fe, Mg, ouro, gipsita, fosfato, cassiterita
Magmáticos – cristalização do magma, segregação
magmática
Rochas básica e ultrabásicas: cromo, cobalto, platina, níquel
Rochas alcalinas: terras raras, zircônio, urânio
Carbonatitos: fosfato, nióbio
39. Classificação dos Depósitos Minerais
Hidrotermais – sulfetos de Fe, Zn, Cu, Pb, Ag
Vulcano-sedimentares – Au, Zi, Cu, Fe
Metamórficos – Au, Fe, W, Cu
48. Concentração em líquidos residuais
Exemplos:
– Pegmatitos: Fundidos ricos em água com
concentrações de elementos raros:
gemas, Li (baterias), Be, ETR
(semicondutores)
– Hidrotermal Cu, Au, Ag, Hg, Pb, Zn....
• Cobre Porfirítico em zonas de
subducção (fluidos tardios veios
e cracks)
• Sulfeto de Cobre Maciço: em cadeias
meso-oceânicas (hoje encontrado
onde subductou, soergueu e erodiu)
Magmáticos
Mecanismos de concentração ígnea
49. Magmáticos
Exemplos:
Rochas básicas e ultrabásicas: cromita, metais do grupo
da platina, níquel e cobalto
Rochas alcalinas: terras raras, zircônio, urânio
Carbonatitos: fosfato, nióbio, barita, ETR
Rochas graníticas: estanho, wolfrâmio
50. Hidrotermais
Soluções aquosas aquecidas (acima de 50oC)
com composição química complexa
Gerados em diversos sistemas geológicos:
fase aquosa tem fontes diversas:
magmáticos, metamórficos, circulação
crustal
Veios ou filões que preenchem as fraturas ou
falhas formando os corpos de minério
51. 8 cm cristal de turmalina de pegmatito
5 mm ouro de depósito hidrotermal
Contact
metamorphic
deposits
Winter, 2001
52. Metamórficos
Os depósitos metamórficos mais conhecidos são
oriundos da recristalização de rochas pré-
existentes por meio da variação da pressão e
temperatura, configurando um processo
de metamorfização.
Ex: mármore (correpondente metamórifico do
calcário) e a grafita (correspondente metamórfico
de sedimentos carbonosos).
53. Metamorfismo Hidrotermal
Teixeira et al., 2000
Ocorre quando os fluidos metamórficos que são gerados pelo aumento de
pressão e temperatura podem conter determinadas substâncias passíveis
de se precipitarem durante a percolação do fluido nas rochas encaixantes,
devido às alterações físicas, químicas, geomecânicas ou a reações com a
própria rocha encaixante
deposição de tais
depósitos "ocorre
durante a
percolação dos
fluidos através das
rochas mais
permeáveis ou de
estruturas
tectônicas
favoráveis, como
foliações, planos de
falha ou zonas de
cisalhamento,
Mineralização de ouro
na forma de filoes
54. 54
Placas tectônicas: os processos tectônicos, magmáticos,
termais e sedimentares que se instalam ao longo dos limites
de placas podem gerar depósitos minerais
• Zonas de subducção localiza: cobre porfirítico
• Sulfetos maciços podem ser encontrados nos
continentes com lascas de crosta oceânica
55.
56. HISTÓRIA GEOLÓGICA E DEPÓSITOS
MINERAIS NO BRASIL
QUASE METADE DO PAÍS É COBERTO POR
ROCHAS PRÉ-CAMBRIANAS COM IDADES DE 540
MILHÕES DE ANOS ATE 3,4 BILHÕES DE ANOS
ROCHAS FANEROZÓICAS, MAIS JOVENS QUE
540 MILHÕES DE ANOS, COMPÕEM O RESTANTE
DAS ROCHAS
O QUE ISSO SIGNIFICA?
57. Substância Município UF
Estanho, Tantalo Pitinga AM
Fe, Ni, Mn, CU, Au Carajas PA
Magnesita, Talco Brumado BA
Ouro F. Brasileiro BA
Uranio Lagoa Real BA
Crisotila Minaçu GO
Niquel Niquelandia GO
Ferro, Manganes Urucum MS
Chumbo e zinco Paracatu MG
Ouro Paracatu MG
Grafita Pedra Azul MG
Fe, Mn, Au Quadrilatero Ferrifero MG
Rochas ornamentais Itapemirim ES
Carvão Criciuma SC
Carvão Candiota RS
Depósitos Pré-Cambrianos
58. Substância Municipio UF
Caulim Laranjal do Jari AP
Bauxita Trombeta PA
Bauxita Almeirim PA
Bauxita Paragominas PA
Caulim Rio Capim PA
Estanho Rondônia RD
Gipsita Araripina PE
Potassio Rosario do Catete SE
Barita Caramuru BA
Bauxita Poços de Caldas MG
Niobio Araxa MG
Fosfato Tapira MG
Fosfato Catalão GO
Depósitos do Fanerózoico
Depósitos que mostram estreita relação espacial e genética com a tectônica global.
60. Províncias e Distritos Minerais Idade
1 - Greenstone belts e sequências vulcano-sedimentares arqueanos e paleoproterozoicos/arqueanas
2 - Formações ferríferas bandadas (BIF) proterozoicas e neoarqueanas
3 - Maciços básico- -ultrabásicos arqueanos e proterozoicos
4 - Complexos vulcano-plutônicos félsicos proterozoicos
5 - Plataformas clásticas diamantíferas e auríferas proterozoicas
6 - Faixas orogenéticas e coberturas neoproterozoicas neoproterozoicas
7 – Bacias Sedimentares paleomesozoicas
8 - Chaminés alcalinas carbonatíticas cretácicas
9 - Mantos de intemperismo e aluviões pós-cretácicos
10 - Outros ambientes metalogenéticos e distritos mineiros
de menor significado.
61. Ambientes metalogenéticos do Brasil
Greenstone belts arqueanos e paleoproterozoicos e sequências vulcano-sedimentares
arqueanas
mais antigos ambientes
metalogenéticos do Brasil
mostram limitado
vulcanismo cálcio-alcalino
Komatiitos
ricos em Au e Mn
ausência de depósitos de
Cu e Zn
raros depósitos de Ni
o mais fértil em Au é o Rio das Velhas
Ex: Província Mineral dos Tapajós
Quadrilátero Ferrífero (Rio das Velhas), em
Conselheiro Lafayete, em Serro e em Fortaleza
de Minas-Piumhi (MG),
Província Rio Maria no sudeste do Pará (PA)
(Inajá, Gradaus, Seringa, Andorinhas,
Identidade, Sapucaia, Maria Preta e Rio Novo)
no norte (Mundo Novo, Rio Salitre), no centro-
sul (Paramirin, Contenda-Mirante) e no centro- -
leste (Rio Itapecuru) da Bahia,
na região central de Goiás (Goiás Velho,
Crixás, Guarinos, Pilar de Goiás e Hidrolina),
na região de Gurupi no norte do Maranhão
(Distrito de Aurizona),
em Carajás (PA)
na Serra do Navio (AP/AM)
62. 4 são os responsáveis pela maior parte das minas e depósitos minerais:
responsáveis pela produção de 80% das commodities minerais brasileiras
Província Mineral Ferro-Aurífera do Quadrilátero
Ferrífero (MG)
Província Mineral Polimetálica de Carajás (PA)
Distritos de greenstones belts auríferos de Goiás,
Bahia e Minas Gerais
Distritos de maciços básico-ultrabásicos de Goiás,
Bahia e Pará
63. depósitos de
cromita (Pium-hí)
e de níquel
(O’Toole e Morro
do Níquel) em 3,1
e 3,0 Ga.
CPRM (Bizzi et
al. 2001)
Cráton do São
Francisco
64. O GB Morro do Ferro contém os depósitos de
níquel mais importantes, os quais são denominados
de Morro do Níquel, de origem laterítica
O depósito O’Toole é hospedado na unidade
komatiítica basal que é constituída por uma
sucessão de derrames. A mineralização consiste em
pirrotita, pentlandita, calcopirita, cobaltita
65. Depósitos Minerais Associados aos Greenstone Belts
do Maciço de Goiás.
Nos terrenos arqueanos do Maciço Goiás,
destacam-se as seqüências vulcanossedimentares do
tipo greenstone belt: Crixás, Guarinos, Pilar de
Goiás e Goiás Velho
69. Grenstone Belt Morro do Ferro: a) Fortaleza de
Minas. b) Pratápolis. (Fonte: Google Earth )
70. Província Mineral de Carajás
Províncias polimetálicas de Carajás (PA) e de Vila
Nova (PA-AP).
Carajás constitui-se na maior província mineral do
Brasil (uma das maiores do planeta), sendo
portadora, além das minas gigantes de Fe, depósitos
de Mn e de minas do tipo Cobre/Ouro/Óxido de
Ferro. Maior depósito de Mn (Serra do Navio)
Na Serra Pelada, no topo da sequência Carajás,
formou-se o mais fantástico depósito de Ouro
(Paládio-Pd e Platina-Pt) garimpado no Brasil no
último século.
71.
72. Mapa geológico simplificado da Província Carajás. Fontes: DOCEGEO (1988), Souza (1994) e Lindenmayer et al. (1998)
73.
74.
75. BIF
As Formações Ferríferas Bandadas de Carajás e do
Quadrilátero Ferrífero, originalmente com teores de
pouco mais de 30% de Fe, sofreram importantes
enriquecimentos em ambiente laterítico pós-
cretácico elevando seus teores a até 68% de Fe (os
mais altos existentes no planeta).
76.
77. Maciços Básicos e Ultrabásicos
Os maciços plutônicos, na maior parte do meso e
neoproterozoico (alguns arqueanos), foram
responsáveis pelo aporte de Ni em silicatos em seus
níveis ultrabásicos.
Na região centro-norte de Goiás, Cana Brava (Amianto), Niquelândia (Ni),
Barro Alto (Ni e Bauxita)
no sul de Goiás, depósitos de Americano do Brasil (Cu) e Mangabal (Ni);
no sudeste do Pará, Morro do Quatipuru (Ni);
no leste do Tocantins, Conceição do Araguaia e Araguaína (Ni);
no distrito cuprífero de Tucuruvi/Curaçá e Caraíbas (Cu),
no distrito cromífero de Jacurici/Serra Itaúba (Cr)
78. Complexos Vulcano-Plutônicos
Província Tapajós e Alta Floresta
Na porção central do Cráton Amazônico ocorreu, no
paleoproterozoico, o vulcano-plutonismo ácido Uatumã/Iriri, o
maior conhecido na Terra, distribuindo-se ao sul da Bacia do
Amazonas por toda a região sul do Pará, extremo norte do
Mato Grosso e extremo sudeste do Amazonas
duas importantes províncias metalogenéticas auríferas de
grande dimensão: Províncias do Tapajós (expressiva produção de
ouro, dominantemente aluvionar) e Província Alta Floresta.
garimpagem de aluviões e coluviões – extração de 200
toneladas (t) de ouro (extra-oficial, mais de 900t) - exauridas
em quase sua totalidade.
Província Estanífera de Rondônia - cassiterita
Província Estanífera do Norte de Goiás - depósitos de Sn e Terras Raras
79. Faixas Orogenéticas e Coberturas
Neoproterozoicas
Faixa Vazante, situada na borda oeste do Cráton
do São Francisco, que abriga as maiores minas de
Au (Paracatu) e de Zn (Vazante) nacionais, além de
outros depósitos de Zn (Morro Agudo) e de Fosfato
(Lagamar)
A Faixa Araçuaí, a leste do Cráton do São
Francisco, contém depósitos de Fe e Au
A Faixa Araguaia, à borda do Cráton Amazônico,
apresenta jazidas de Níquel laterítico
Faixa Paraguai, contém jazidas de Au em Cuiabá
(MT) e minas de Fe e Mn em Urucum (MS).
80. Faixas Orogenéticas e Coberturas
Neoproterozoicas
Faixa Ribeira já produziu Pb, Zn e Ag (Perau e
Panelas);
Faixa Dom Feliciano, formou depósitos de Cu, Zn e
Pb na região de Camaquã (RS).
As coberturas neoproterozoicas do Cráton do São
Francisco (grupos Bambuí, Bebedouros e Uma),
revelaram até o momento pequenos depósitos de
Pb, Zn, Ag (Fluorita e Fosfato)
81. Bacias Sedimentares Paleomesozoicas
Bacia do Amazonas, na Província Potássica do
Médio Amazonas, ocorre o segundo maior depósito
mundial de Potássio em camadas profundas (650 a
1300 m), até o momento inexploradas.
Na Bacia do Maranhão, a mais pobre em bens
minerais, foram identificadas como de valor
econômico apenas pequenas camadas de Gipsita
A Bacia do Paraná apresenta quatro bens de
significativa importância econômica: carvão, pedras
coradas, “xisto” betuminoso (folhelhos da Formação
Irati) e água subterrânea.
82. No nordeste do Rio Grande do Sul, na região de
Ametista do Sul e Iraí (Alto Uruguai), nas camadas
“basálticas” cretáceas da Formação Serra Geral,
ocorre o maior distrito mineiro de Ametista
conhecido no planeta.
Aquífero Guarani
83. Chaminés Alcalinas Carbonatíticas
Cretácicas
O magmatismo alcalino cretácico geraram
importantes depósitos minerais de P2O5 , Nb, U, Al,
Fe, TR, Flogopita/ Vermiculita, Barita, Bauxita e
Fluorita, principalmente nos Estados de Minas
Gerais (Tapira, Araxá, Patrocínio, Serra Verde,
Salitre, Poços de Caldas), Goiás (Catalão I e II),
São Paulo (Jacupiranga), Santa Catarina
(Anitápolis/Lages), Paraná (Mato de Dentro), e no
sul do Mato Grosso do Sul.
84. O maior deles, a Chaminé Alcalina de Poços de
Caldas, apresenta depósitos de Bauxita, Urânio
(mina já exaurida) e Terras Raras
províncias alcalinas do noroeste do Pará, do
sudeste do Amazonas (Tapajós) e do extremo sul do
Tocantins (Peixes); depósitos minerais de P2O5
85. Mantos de Intemperismo e Aluviões Pós-
Cretácicos
Origem dos principais depósitos minerais do país
formaram-se espessos mantos de intemperismo
enriquecidos em Fe (lateríticos), em Al (bauxíticos) e
em outros elementos presentes nas rochas originais,
tais como Ni, Mn, Au, Nb, P e TR, que originaram os
mais importantes depósitos minerais do país.
86. Outros ambientes metalogenéticos
Arco de Ilhas Neoproterozoico de Goiás, com seus depósitos
de Cu e Au (Chapada- -GO);
a Bacia Cretácea do Araripe (CE), portadora de Gipsita;
o Distrito Potássico de Sergipe (SE), portador de
Silvinita/Carnalita (Taquari-Vassouras);
o Distrito Diamantífero de Roosevelt (RO);
o Distrito Polimetálico (Zn, Pb, Cu-Au) de Aripuanã (MT);
o prospecto (Ni, Cu, EGP) de Limoeiro (PE);
e o grande potencial nacional para Urânio.
87. Mineração – importância social
Uso dos bens minerais desempenha uma função
socialmente ampla e necessária.
A evolução das civilizações evidencia a forte
dependência do homem, na proporção em que
usufrui dos recursos ambientais, utilizando-se de
seus serviços e das propriedades dos bens minerais
para o atendimento de suas necessidades
primárias.
88. Mineração – bens estratégicos de um país
São estratégicos os grandes depósitos de bens
minerais, que além de suprir a indústria doméstica,
são exportados para o mundo, como o caso do ferro,
nióbio e estanho.
São estrátegicos os bens minerais importantes para
indústria e agricultura, potássio, fosfato, e carvão
metalúrgico
São estratégicos os bens minerais com valor social,
brita, argila, areia
89. IMPORTÂNCIA DA MINERAÇÃO NO
MOMENTO ATUAL
Devido ao aumento da população humana mundial, seus
efeitos associados e/ou eventuais conseqüências:
a) Forte demanda por água potável e para
abastecimento industrial;
b) Forte pressão por energia para as mais diversas
finalidades, sociais, industriais e até mesmo militares;
c) Risco de esgotamento de alguns recursos naturais;
90. ECONOMIA MINERAL
A importância da EM, enquanto instrumento de
análise setorial, advém do fato dos estudos dos
bens minerais estarem associados ao contexto de
sua utilização.
91.
92.
93. 4,06% do PIB = R$ 6.828 bilhões em 2019
o faturamento do setor de mineração no Brasil em
2019 foi de R$ 153, 4 bilhões
43,5% de participação na balança comercial
10ª. Economia mundial
Oficialmente registrada a lavra de 83 substâncias
auto-suficiência na maioria dos produtos minerais e
gera significativos excedentes
maior exportador de minério de ferro e ligas de
nióbio
Economia Mineral Brasileira
94. • Principais Reservas:
• Principais minérios exportados:
• NIÓBIO, FERRO, BAUXITA, MANGANÊS,
NÍQUEL, MAGNÉSIO, CAULIM, CRISOTILA,
ROCHAS ORNAMENTAIS
• Principais minérios imporados:
• FOSFATO, POSTÁSSIO, ZINCO, COBRE,
CARVÃO, ENXOFRE
95.
96. • Das 8.400 empresas mineradoras no país
• 2.815 minas com produção maior que 10 mil
toneladas
• 72,8% das minas estão localizadas na região
sudeste e sul
• na região Sudeste, este número alcança 40% do
total (cerca de 3.609 empresas)
• 12,7% das minas no nordeste
• 10,1% das minas no centro-oeste
• 4,5% das minas no norte
97.
98. No Sudeste:
sobressaem os minérios de ferro, ouro, manganês e
bauxita, no Quadrilátero Ferrífero; nióbio e fosfato
em Araxá; gemas, em Governador Valadares;
grafita, em Salto da Divisa, todos no estado de
Minas Gerais;
além de agregados, em São Paulo e Rio de
Janeiro, e rochas ornamentais, no Espírito Santo
(IBRAM, 2012).
99.
100. Ferro
As maiores empresas produtoras no Brasil são:
Vale com 84,52%
CSN com 5,45%,
Samarco com 6,29
Usiminas com 1,71%
As reservas brasileiras, com um teor médio de 46,2% de
ferro, representam 19,8% das reservas mundiais. O Brasil
foi o segundo maior produtor mundial (18,9%).
101.
102.
103. Nióbio
O Brasil é o maior produtor mundial de Nióbio
(columbita – mistura de óxidos de nióbio e tântalo), com
aproximadamente 80 mil toneladas de Ferro-
Nióbio (FeNb) em 2018, ou 90,9% do total
mundial.
A produção nacional vem crescendo devido ao
aquecimento no mercado de ferroligas, provocado
pela elevada expansão do PIB dos países asiáticos
e pelo aumento da produção mundial de aço bruto.
104. Nióbio
As reservas lavrável de Nióbio (Nb2O5)
contabilizadas totalizaram 1.616 x 103 toneladas
(ANM, 2018), com teor médio de 0,73% de Nb2O5.
Principais Estados produtores : MG (69%); GO
(30%).
A demanda pelo Nióbio é maior em países mais
desenvolvidos tecnologicamente, onde são usadas
de 80 gramas a 100 gramas desse minério para
cada tonelada de aço.
105. Usos
O Ferro-Nióbio pode, por exemplo, ajudar a
produzir carros mais leves, que consomem menos
combustível. Um carro médio tem entre 800 e
1.000 quilos de aço. Se forem retirados 100 a 150
quilos do automóvel, ele economizará um litro de
gasolina para cada 200 km rodados. Em obras
grandes de infraestrutura, é possível usar um aço
mais resistente e construir a mesma estrutura 60%
mais leve.
106. O tântalo (Ta) é um elemento metálico encontrado em baixíssima
concentração na crosta terrestre, predominantemente no minério
tantalita, (Fe,Mn)O.Ta2O4, ou, em menor concentração, no minério
columbita (Fe,Mn)O.(Nb,Ta)2O4 (Friend, 1951). Sua história
encontra-se vinculada à do nióbio, uma vez que esses elementos
tendem a ser encontrados juntos na natureza, sendo, portanto, suas
descobertas realizadas na mesma época, mas curiosamente por
pesquisadores de diferentes países (Sousa, 2012).
Tântalo
109. Características peculiares da mineração
Recursos minerais não renováveis;
Exaustão das jazidas;
Rigidez locacional das ocorrências minerais;
Distribuição geográfica irregular dos depósitos minerais em relação às
necessidades regionais;
Características únicas de quantidade e qualidade de jazida para jazida;
Incerteza na fase de exploração mineral;
Alto risco de investimento em decorrência da variabilidade dos atributos
de interesse econômico;
Longo prazo de maturação dos projetos;
Escalas de produção pouco flexíveis;
Indústria de mercados transnacionais;
Necessidades de equipes multidisciplinares para avaliação dos recursos
minerais;
110. Desafios da extração de recursos minerais no
Brasil
Tem elevado o potencial para descobertas de
novos depósitos minerais
baixo conhecimento geológico do território nacional
e mesmo de nossas províncias minerais,
pequenos investimentos realizados em pesquisa
mineral no país,
projetos de exploração mineral realizados apenas
em superfície ou a pequena profundidade,
carência de infraestrutura viária, legislação mineral
pouco amigável e alto custo Brasil.
111. Referencias
Agencia Nacional de Mineração – Anuário Mineral Brasileiro. 2019.
Bittencourt, J.S.; Moreschi, J.B.; Toledo, M.C.M. Recursos Minerais da Terra.
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