SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
Baixar para ler offline
Texto: Eng. Agrôn., Dr. Ivo de Sá Motta
Foto: João Carlos Taffarel
Dourados, MS
2008
Calda Bordalesa:
utilidades e
preparoEsta calda é pouco tóxica. Ainda assim, recomenda-se a
utilização de equipamentos de proteção individual,
evitando o contato com a pele. O trabalhador deverá lavar-
se em água corrente após a aplicação da calda. Não se
deve comer o que foi pulverizado sem antes lavar bem.
Para plantas novas, ou em brotação ou floração, diluir a
calda bordalesa, acrescentando mais 10 litros de água
(concentração de 0,5%). Evite aplicar em horários de sol
quente. Recomenda-se aplicar a calda bordalesa em
pequenas áreas teste nas condições locais (espécie,
cultivar, estádio de desenvolvimento, condições
climáticas) da cultura que será tratada, para verificar se
ocorre fitotoxidade.
Para evitar o excesso de cobre no solo (toxidez), algumas
certificadoras limitam a utilização do elemento em
3 kg/ha/ano, ou 12 kg de sulfato de cobre com 25% de
cobre.
Na cultura da goiabeira, evitar a aplicação da calda
bordalesa após o fruto ter atingido o tamanho de 2 cm de
diâmetro, pois causará fitotoxidade, apresentando
manchas no fruto.
Para evitar corrosão, os equipamentos e metais podem ser
lavados com solução aquosa de 25% de ácido acético
(vinagre) mais duas colheres de chá de óleo mineral.
Noutro balde, com capacidade para 10 litros, “apagar” as
100 gramas de cal virgem, adicionando-lhe
vagarosamente a água, até obter uma pasta pouco
consistente. Obtida esta pasta, continua-se colocando
água, até completar 5 litros do chamado “leite de cal”. Em
seguida, despejar os 5 litros da solução de sulfato de cobre
no balde com “leite de cal”, agitando a mistura com auxilio
de uma pá de madeira.
Neste momento, antes de aplicar o produto na planta, é
necessário fazer o teste da acidez. A calda bordalesa
deverá ser aplicada com pH na faixa de 8 a 9. Quando a
quantidade de cal é insuficiente para saturar o sulfato de
cobre, devido a um baixo teor de óxido de cálcio, a calda
permanecerá ácida e poderá queimar as folhas
pulverizadas.
Para o teste da acidez, pode-se utilizar aparelho
peagâmetro ou papel indicador, porém o teste da faca não
inoxidável é mais prático. Consiste em pingar três gotas
sobre a lâmina da faca (bem limpa), e aguardar três
minutos. Se no local da gota formar uma mancha
avermelhada, é sinal que a calda está ácida. Neste caso
será necessário acrescentar em torno de mais 20 gramas
de cal, para os 10 litros de calda, a fim de corrigir esta
acidez.
Estando a calda com o pH adequado, coar os 10 litros
preparados, em peneira fina e/ou pano ralo, para evitar
entupimento, e abastecer o pulverizador.
Depois de pronta, a calda tem validade por até três dias.
Para melhor aderência da calda na planta pode-se utilizar
espalhantes adesivos naturais, tais como 1 colher de
sopa rasa de açúcar (10 a 15 gramas) ou 1 copo de leite
desnatado (200 ml), para os 10 litros de calda.
É importante que o equipamento pulverizador seja capaz
de propiciar uma distribuição uniforme das gotas sobre a
planta, inclusive na parte inferior das folhas, promovendo
uma boa cobertura da calda bordalesa; desta forma,
sendo mais eficiente na prevenção de doenças.
(Para 10 litros de calda bordalesa a 1%)
A calda bordalesa foi utilizada, pela primeira vez, por volta
de 1882, em Bourdeaux, na França, para controlar o míldio
em videira.
É um insumo utilizado em hortas e pomares orgânicos,
devido a sua eficiência, principalmente em controlar várias
doenças causadas por fungos (míldio, ferrugem, requeima,
pinta preta, cercosporiose, antracnose, manchas foliares,
podridões, entre outras) em diversas culturas, tendo efeito
secundário contra bacterioses. Tem também efeito
repelente contra alguns insetos, tais como: cigarrinha
verde, cochonilhas, trips e pulgões.
O seu uso é permitido na agricultura orgânica porque os
seus componentes, sulfato de cobre e cal, são pouco
tóxicos, além de contribuir para o equilíbrio nutricional das
plantas, fornecendo cálcio e cobre.
Existem formulações prontas do produto no comércio,
porém, pela facilidade de preparo, eficiência e economia,
compensa a sua preparação caseira.
Em um balde de plástico, com 5 litros de água, dissolver
100 gramas de sulfato de cobre. A dissolução pode ser
facilitada num pouco de água quente ou se o sulfato for
colocado no dia anterior, num saquinho de pano ralo,
suspenso, bem próximo à superfície da água.*Observação: se for cal hidratada, utilizar 180 gramas.
1 balança com capacidade para 125 gramas
1 balde plástico com capacidade de 5 litros
1 pá de madeira
1 peneira fina
1 coador de pano (organza ou voal)
1 faca de aço (não inox) ou peagâmetro ou
papel indicador.
1 balde plástico com capacidade de 10 litros
Sulfato de cobre
Cal virgem
Água
100 gramas
100 gramas*
10 litros

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Nutrição e adubação do feijoeiro
Nutrição e adubação do feijoeiro Nutrição e adubação do feijoeiro
Nutrição e adubação do feijoeiro Geagra UFG
 
Aula 1 - Milho - Origem e importância.pdf
Aula 1 - Milho - Origem e importância.pdfAula 1 - Milho - Origem e importância.pdf
Aula 1 - Milho - Origem e importância.pdfAdilsonAmorimBrando
 
MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NO MILHO.pptx
MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NO MILHO.pptxMANEJO DE PLANTAS DANINHAS NO MILHO.pptx
MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NO MILHO.pptxGeagra UFG
 
Simulado manejo de plantas daninhas
Simulado manejo de plantas daninhasSimulado manejo de plantas daninhas
Simulado manejo de plantas daninhasAndré Fontana Weber
 
Estratégias de Manejo da Resistência de Insetos – IRAC-BR
Estratégias de Manejo da Resistência de Insetos – IRAC-BREstratégias de Manejo da Resistência de Insetos – IRAC-BR
Estratégias de Manejo da Resistência de Insetos – IRAC-BRIRAC-BR
 
Manejo de Doenças no Sorgo e Milheto
Manejo de Doenças no Sorgo e Milheto  Manejo de Doenças no Sorgo e Milheto
Manejo de Doenças no Sorgo e Milheto Geagra UFG
 
Caracterização de Produtos Químicos - Fungicidas
Caracterização de Produtos Químicos - Fungicidas Caracterização de Produtos Químicos - Fungicidas
Caracterização de Produtos Químicos - Fungicidas Geagra UFG
 
Manejo de pragas no algodoeiro
Manejo de pragas no algodoeiroManejo de pragas no algodoeiro
Manejo de pragas no algodoeiroGeagra UFG
 
Manejo de Doenças: posicionamento de fungicidas
Manejo de Doenças: posicionamento de fungicidasManejo de Doenças: posicionamento de fungicidas
Manejo de Doenças: posicionamento de fungicidasGeagra UFG
 
FENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIRO
FENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIROFENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIRO
FENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIROGeagra UFG
 
Cultura do Feijão Caupi e Cultura do Milho
Cultura do Feijão Caupi e Cultura do MilhoCultura do Feijão Caupi e Cultura do Milho
Cultura do Feijão Caupi e Cultura do MilhoÍtalo Arrais
 
Inoculantes e Bioestimulantes
Inoculantes e BioestimulantesInoculantes e Bioestimulantes
Inoculantes e BioestimulantesGeagra UFG
 
MECANISMOS DE AÇÃO DE INSETICIDAS.pptx
MECANISMOS DE AÇÃO DE INSETICIDAS.pptxMECANISMOS DE AÇÃO DE INSETICIDAS.pptx
MECANISMOS DE AÇÃO DE INSETICIDAS.pptxGeagra UFG
 
Mecanismo de Ação dos Fungicidas .pptx
Mecanismo de Ação dos Fungicidas .pptxMecanismo de Ação dos Fungicidas .pptx
Mecanismo de Ação dos Fungicidas .pptxGeagra UFG
 
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do Solo
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do SoloMicrobiologia do Solo - Introdução; A Biota do Solo
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do SoloMICROBIOLOGIA-CSL-UFSJ
 
INTRODUÇÃO À CULTURA DO FEIJÃO
INTRODUÇÃO À CULTURA DO FEIJÃOINTRODUÇÃO À CULTURA DO FEIJÃO
INTRODUÇÃO À CULTURA DO FEIJÃOGeagra UFG
 

Mais procurados (20)

Nutrição e adubação do feijoeiro
Nutrição e adubação do feijoeiro Nutrição e adubação do feijoeiro
Nutrição e adubação do feijoeiro
 
Aula 1 - Milho - Origem e importância.pdf
Aula 1 - Milho - Origem e importância.pdfAula 1 - Milho - Origem e importância.pdf
Aula 1 - Milho - Origem e importância.pdf
 
MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NO MILHO.pptx
MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NO MILHO.pptxMANEJO DE PLANTAS DANINHAS NO MILHO.pptx
MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NO MILHO.pptx
 
Simulado manejo de plantas daninhas
Simulado manejo de plantas daninhasSimulado manejo de plantas daninhas
Simulado manejo de plantas daninhas
 
Estratégias de Manejo da Resistência de Insetos – IRAC-BR
Estratégias de Manejo da Resistência de Insetos – IRAC-BREstratégias de Manejo da Resistência de Insetos – IRAC-BR
Estratégias de Manejo da Resistência de Insetos – IRAC-BR
 
Pessegueiro
PessegueiroPessegueiro
Pessegueiro
 
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 007
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 007Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 007
Microbiologia Agrícola UFMT - Aula 007
 
Manejo de Doenças no Sorgo e Milheto
Manejo de Doenças no Sorgo e Milheto  Manejo de Doenças no Sorgo e Milheto
Manejo de Doenças no Sorgo e Milheto
 
Mip do milho
Mip do milhoMip do milho
Mip do milho
 
Caracterização de Produtos Químicos - Fungicidas
Caracterização de Produtos Químicos - Fungicidas Caracterização de Produtos Químicos - Fungicidas
Caracterização de Produtos Químicos - Fungicidas
 
Manejo de pragas no algodoeiro
Manejo de pragas no algodoeiroManejo de pragas no algodoeiro
Manejo de pragas no algodoeiro
 
Manejo de Doenças: posicionamento de fungicidas
Manejo de Doenças: posicionamento de fungicidasManejo de Doenças: posicionamento de fungicidas
Manejo de Doenças: posicionamento de fungicidas
 
FENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIRO
FENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIROFENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIRO
FENOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJOEIRO
 
Cultura do Feijão Caupi e Cultura do Milho
Cultura do Feijão Caupi e Cultura do MilhoCultura do Feijão Caupi e Cultura do Milho
Cultura do Feijão Caupi e Cultura do Milho
 
Inoculantes e Bioestimulantes
Inoculantes e BioestimulantesInoculantes e Bioestimulantes
Inoculantes e Bioestimulantes
 
MECANISMOS DE AÇÃO DE INSETICIDAS.pptx
MECANISMOS DE AÇÃO DE INSETICIDAS.pptxMECANISMOS DE AÇÃO DE INSETICIDAS.pptx
MECANISMOS DE AÇÃO DE INSETICIDAS.pptx
 
Sistema reprodutor
Sistema reprodutorSistema reprodutor
Sistema reprodutor
 
Mecanismo de Ação dos Fungicidas .pptx
Mecanismo de Ação dos Fungicidas .pptxMecanismo de Ação dos Fungicidas .pptx
Mecanismo de Ação dos Fungicidas .pptx
 
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do Solo
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do SoloMicrobiologia do Solo - Introdução; A Biota do Solo
Microbiologia do Solo - Introdução; A Biota do Solo
 
INTRODUÇÃO À CULTURA DO FEIJÃO
INTRODUÇÃO À CULTURA DO FEIJÃOINTRODUÇÃO À CULTURA DO FEIJÃO
INTRODUÇÃO À CULTURA DO FEIJÃO
 

Semelhante a Calda bordalesa

272681180 cartillha-agroecologia
272681180 cartillha-agroecologia272681180 cartillha-agroecologia
272681180 cartillha-agroecologiaPaulo Do Amaral
 
Métodos caseiros de controle pragas e doenças
Métodos caseiros de controle pragas e doençasMétodos caseiros de controle pragas e doenças
Métodos caseiros de controle pragas e doençasmvezzone
 
Receituario Caseiro Hortas
Receituario Caseiro HortasReceituario Caseiro Hortas
Receituario Caseiro HortasTomateVerdeFrito
 
Controle natural
Controle naturalControle natural
Controle naturalarboreo.net
 
Receitas de produtos de limpeza ecológicos
Receitas de produtos de limpeza ecológicosReceitas de produtos de limpeza ecológicos
Receitas de produtos de limpeza ecológicosSerginho Fernando
 
Apostila Embrapa Como plantar hortaliça
Apostila Embrapa Como plantar hortaliçaApostila Embrapa Como plantar hortaliça
Apostila Embrapa Como plantar hortaliçaEvelyn Golin
 
Controle de pragas de hortas e de ambiente doméstico
Controle de pragas de hortas e de ambiente domésticoControle de pragas de hortas e de ambiente doméstico
Controle de pragas de hortas e de ambiente domésticoJoão Siqueira da Mata
 
Calda bordalesa
Calda bordalesaCalda bordalesa
Calda bordalesamvezzone
 
Calda bordalesa
Calda bordalesaCalda bordalesa
Calda bordalesamvezzone
 
ABC Como plantar hortaliças
ABC Como plantar hortaliçasABC Como plantar hortaliças
ABC Como plantar hortaliçasLenildo Araujo
 
21438184 como-plantar-hortalicas-131211194443-phpapp02
21438184 como-plantar-hortalicas-131211194443-phpapp0221438184 como-plantar-hortalicas-131211194443-phpapp02
21438184 como-plantar-hortalicas-131211194443-phpapp02Ronildo Barros Pereira
 
Desinfetante e detergente
Desinfetante e detergenteDesinfetante e detergente
Desinfetante e detergenteMarcos Elias
 
descarte de ÓLEO DE COZINHA.pptx
descarte de ÓLEO DE COZINHA.pptxdescarte de ÓLEO DE COZINHA.pptx
descarte de ÓLEO DE COZINHA.pptxJanderFMartins
 
Receitas de produtos de limpeza ecológicos
Receitas de produtos de limpeza ecológicosReceitas de produtos de limpeza ecológicos
Receitas de produtos de limpeza ecológicosJoyce Muzy
 

Semelhante a Calda bordalesa (20)

Caldas e extratos vegetais
Caldas e extratos vegetaisCaldas e extratos vegetais
Caldas e extratos vegetais
 
Ce cartilha agroecologia_3edicao
Ce cartilha agroecologia_3edicaoCe cartilha agroecologia_3edicao
Ce cartilha agroecologia_3edicao
 
Ce cartilha agroecologia_3edicao
Ce cartilha agroecologia_3edicaoCe cartilha agroecologia_3edicao
Ce cartilha agroecologia_3edicao
 
272681180 cartillha-agroecologia
272681180 cartillha-agroecologia272681180 cartillha-agroecologia
272681180 cartillha-agroecologia
 
Métodos caseiros de controle pragas e doenças
Métodos caseiros de controle pragas e doençasMétodos caseiros de controle pragas e doenças
Métodos caseiros de controle pragas e doenças
 
Receituario Caseiro Hortas
Receituario Caseiro HortasReceituario Caseiro Hortas
Receituario Caseiro Hortas
 
Controle natural
Controle naturalControle natural
Controle natural
 
Receitas de produtos de limpeza ecológicos
Receitas de produtos de limpeza ecológicosReceitas de produtos de limpeza ecológicos
Receitas de produtos de limpeza ecológicos
 
Abc hortaliças
Abc hortaliçasAbc hortaliças
Abc hortaliças
 
Apostila Embrapa Como plantar hortaliça
Apostila Embrapa Como plantar hortaliçaApostila Embrapa Como plantar hortaliça
Apostila Embrapa Como plantar hortaliça
 
Controle de pragas de hortas e de ambiente doméstico
Controle de pragas de hortas e de ambiente domésticoControle de pragas de hortas e de ambiente doméstico
Controle de pragas de hortas e de ambiente doméstico
 
Calda bordalesa
Calda bordalesaCalda bordalesa
Calda bordalesa
 
Calda bordalesa
Calda bordalesaCalda bordalesa
Calda bordalesa
 
ABC Como plantar hortaliças
ABC Como plantar hortaliçasABC Como plantar hortaliças
ABC Como plantar hortaliças
 
21438184 como-plantar-hortalicas-131211194443-phpapp02
21438184 como-plantar-hortalicas-131211194443-phpapp0221438184 como-plantar-hortalicas-131211194443-phpapp02
21438184 como-plantar-hortalicas-131211194443-phpapp02
 
Desinfetante e detergente
Desinfetante e detergenteDesinfetante e detergente
Desinfetante e detergente
 
descarte de ÓLEO DE COZINHA.pptx
descarte de ÓLEO DE COZINHA.pptxdescarte de ÓLEO DE COZINHA.pptx
descarte de ÓLEO DE COZINHA.pptx
 
Defensivos alternativos
Defensivos alternativosDefensivos alternativos
Defensivos alternativos
 
Aula 7 olericultura
Aula 7 olericulturaAula 7 olericultura
Aula 7 olericultura
 
Receitas de produtos de limpeza ecológicos
Receitas de produtos de limpeza ecológicosReceitas de produtos de limpeza ecológicos
Receitas de produtos de limpeza ecológicos
 

Último

Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Vitor Mineiro
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfÁcidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfJonathasAureliano1
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 

Último (20)

Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdfÁcidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
Ácidos Nucleicos - DNA e RNA (Material Genético).pdf
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 

Calda bordalesa

  • 1. Texto: Eng. Agrôn., Dr. Ivo de Sá Motta Foto: João Carlos Taffarel Dourados, MS 2008 Calda Bordalesa: utilidades e preparoEsta calda é pouco tóxica. Ainda assim, recomenda-se a utilização de equipamentos de proteção individual, evitando o contato com a pele. O trabalhador deverá lavar- se em água corrente após a aplicação da calda. Não se deve comer o que foi pulverizado sem antes lavar bem. Para plantas novas, ou em brotação ou floração, diluir a calda bordalesa, acrescentando mais 10 litros de água (concentração de 0,5%). Evite aplicar em horários de sol quente. Recomenda-se aplicar a calda bordalesa em pequenas áreas teste nas condições locais (espécie, cultivar, estádio de desenvolvimento, condições climáticas) da cultura que será tratada, para verificar se ocorre fitotoxidade. Para evitar o excesso de cobre no solo (toxidez), algumas certificadoras limitam a utilização do elemento em 3 kg/ha/ano, ou 12 kg de sulfato de cobre com 25% de cobre. Na cultura da goiabeira, evitar a aplicação da calda bordalesa após o fruto ter atingido o tamanho de 2 cm de diâmetro, pois causará fitotoxidade, apresentando manchas no fruto. Para evitar corrosão, os equipamentos e metais podem ser lavados com solução aquosa de 25% de ácido acético (vinagre) mais duas colheres de chá de óleo mineral.
  • 2. Noutro balde, com capacidade para 10 litros, “apagar” as 100 gramas de cal virgem, adicionando-lhe vagarosamente a água, até obter uma pasta pouco consistente. Obtida esta pasta, continua-se colocando água, até completar 5 litros do chamado “leite de cal”. Em seguida, despejar os 5 litros da solução de sulfato de cobre no balde com “leite de cal”, agitando a mistura com auxilio de uma pá de madeira. Neste momento, antes de aplicar o produto na planta, é necessário fazer o teste da acidez. A calda bordalesa deverá ser aplicada com pH na faixa de 8 a 9. Quando a quantidade de cal é insuficiente para saturar o sulfato de cobre, devido a um baixo teor de óxido de cálcio, a calda permanecerá ácida e poderá queimar as folhas pulverizadas. Para o teste da acidez, pode-se utilizar aparelho peagâmetro ou papel indicador, porém o teste da faca não inoxidável é mais prático. Consiste em pingar três gotas sobre a lâmina da faca (bem limpa), e aguardar três minutos. Se no local da gota formar uma mancha avermelhada, é sinal que a calda está ácida. Neste caso será necessário acrescentar em torno de mais 20 gramas de cal, para os 10 litros de calda, a fim de corrigir esta acidez. Estando a calda com o pH adequado, coar os 10 litros preparados, em peneira fina e/ou pano ralo, para evitar entupimento, e abastecer o pulverizador. Depois de pronta, a calda tem validade por até três dias. Para melhor aderência da calda na planta pode-se utilizar espalhantes adesivos naturais, tais como 1 colher de sopa rasa de açúcar (10 a 15 gramas) ou 1 copo de leite desnatado (200 ml), para os 10 litros de calda. É importante que o equipamento pulverizador seja capaz de propiciar uma distribuição uniforme das gotas sobre a planta, inclusive na parte inferior das folhas, promovendo uma boa cobertura da calda bordalesa; desta forma, sendo mais eficiente na prevenção de doenças. (Para 10 litros de calda bordalesa a 1%) A calda bordalesa foi utilizada, pela primeira vez, por volta de 1882, em Bourdeaux, na França, para controlar o míldio em videira. É um insumo utilizado em hortas e pomares orgânicos, devido a sua eficiência, principalmente em controlar várias doenças causadas por fungos (míldio, ferrugem, requeima, pinta preta, cercosporiose, antracnose, manchas foliares, podridões, entre outras) em diversas culturas, tendo efeito secundário contra bacterioses. Tem também efeito repelente contra alguns insetos, tais como: cigarrinha verde, cochonilhas, trips e pulgões. O seu uso é permitido na agricultura orgânica porque os seus componentes, sulfato de cobre e cal, são pouco tóxicos, além de contribuir para o equilíbrio nutricional das plantas, fornecendo cálcio e cobre. Existem formulações prontas do produto no comércio, porém, pela facilidade de preparo, eficiência e economia, compensa a sua preparação caseira. Em um balde de plástico, com 5 litros de água, dissolver 100 gramas de sulfato de cobre. A dissolução pode ser facilitada num pouco de água quente ou se o sulfato for colocado no dia anterior, num saquinho de pano ralo, suspenso, bem próximo à superfície da água.*Observação: se for cal hidratada, utilizar 180 gramas. 1 balança com capacidade para 125 gramas 1 balde plástico com capacidade de 5 litros 1 pá de madeira 1 peneira fina 1 coador de pano (organza ou voal) 1 faca de aço (não inox) ou peagâmetro ou papel indicador. 1 balde plástico com capacidade de 10 litros Sulfato de cobre Cal virgem Água 100 gramas 100 gramas* 10 litros