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Aula de Bioquímica Avançada
Tema:
Sinalização Celular
Prof. Dr. Júlio César Borges
Depto. de Química e Física Molecular – DQFM
Instituto de Química de São Carlos – IQSC
Universidade de São Paulo – USP
E-mail: borgesjc@iqsc.usp.br
Princípios da Sinalização Celular
ORGANISMOS UNICELULARES
Células respondem a estímulos do meio: disponibilidade de oxigênio, nutrientes, etc
ORGANISMOS MULTICELULARES
Células enviam sinais umas às outras células mediante centenas de tipos de moléculas
extracelulares.
Célula ???
Morrer
Viver
Dividir
Proliferar
Diversos
sinais
simultâneos
Especialização
celular
Interação
celular
Movimento
celular
Proliferação
celular
A partir da
integração dos
sinais, as células
devem decidir o
que fazer
As células-alvo possuem proteínas receptoras.
As proteínas-receptoras reconhecem o 1º Mensageiro e respondem de forma específica.
Alta especificidade e sensibilidade
Célula
sinalizadora
Princípios da Sinalização Celular
TRANSDUÇÃO DE SINAL
CÉLULAS
SINALIZADORAS
MOLÉCULA
SINAL: 1º
MENSAGEIRO
PROTEÍNAS
RECEPTORAS
(CÉLULAS ALVO)
EMITE
SINAL
ALTERAÇÃO DO
COMPORTAMENTO
CELULAR
Princípios da sinalização celular
Transdução de sinal
Maneira pela qual a célula
recebe um determinado
tipo de sinalização e o
transmite para diversas
vias, que poderão ser
novamente transformadas,
até chegar a função
efetora – Dividir,
proliferar, morrer ....
1º mensageiro
- Proteínas
- Peptídeos
- Aminoácidos
- Nucleotídeos
- Ácidos graxos
- Esteroides
- Gases
Transdução de sinal
Uma dada célula responde a um conjunto limitado de sinais
- Depende de seu próprio conjunto de moléculas efetoras
Diferentes moléculas-sinais extracelulares
alteram o comportamento da célula-alvo.
Células diferentes respondem de modo
diferente ao mesmo tipo de sinal.
A informação
transmitida pelo sinal
depende de como a
célula-alvo recebe e
interpreta o sinal.
Integração da sinalização Intracelular
TRANSDUÇÃO INICIAL
TRANSMISSÃO
AMPLIFICAÇÃO
INTEGRAÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
RESPOSTA CELULAR
Receptores
celulares específicos
responsáveis em
disparar processos
celulares conforme
a disponibilidade de
moléculas
executoras
- RESPOSTA
DIFERENCIADA
DEPENDENTE DO
TIPO CELULAR
Sinalização Celular
Moléculas-sinal extracelulares: 1º Mensageiro Receptores específicos
Leveduras – unicelulares – sinalização feita por poucos tipos de moléculas
Células de animais superiores – Centenas de diferentes tipos de moléculas
Maioria das moléculas é secretada por exocitose. Outras são liberadas por difusão através
da membrana plasmática e outras ficam expostas ao meio extracelular, mas permanecem
ligadas a superfície da célula sinalizadora (proteínas de membrana)
Emissão do sinal
Independente da natureza do sinal, a célula-alvo responde por meio de uma proteína
específica: RECEPTOR.
Local onde a molécula sinalizadora se liga de forma específica iniciando uma resposta
nas células- alvo.
Alta especificidade
Proteínas modulares
Múltiplas isoformas tecido-específicas
Pontos de convergência/divergência de sinais
Sinalização Celular
Moléculas-sinal extracelulares 1º Mensageiro Características químicas
Influencia as características estruturais do RECEPTOR
Grandes e hidrofílicas Pequenas e hidrofóbicas
Ligante tem que penetrar na célula-
alvo para ativação
Ativa receptores citoplasmáticos
e/ou nucleares
Maior parte dos receptores
Proteínas transmembrana que ao se
ligarem a molécula sinalizadora são ativados
e geram uma cascata de sinais intracelulares
alterando o comportamento da célula.
Tipos de Sinalização Extracelular
Endócrinos: liberados no plasma ação a “longa distância”
Neuronais ação mediada por neurotransmissor
Autócrinos:
liberados no
espaço
extracelular
ação na
mesma célula
que os libera
Parácrinos:
liberados no
espaço
extracelular
ação local
em outras
células
Hormônios: 1º mensageiro
Conjunto de moléculas responsáveis pela manutenção e coordenação das funções em um
organismo complexo.
Mensageiros químicos secretados no plasma ou interstício celular para regular a atividade
de outras células ou tecidos do organismo.
Função Tecido/célula/sistema alvo
Pressão arterial sistema vascular
Volume sanguíneo sistema vascular e rins
Balanço eletrolítico sistema vascular e rins
Embriogênese embriões
Diferenciação sexual órgãos sexuais e organismo
Desenvolvimento e reprodução órgãos sexuais e organismo
Fome cérebro
Comportamento alimentar cérebro e sistema digestivo
Digestão cérebro e sistema digestivo
Distribuição de combustíveis fígado
Sinalização de longa distância
Liberação do 1º mensageiro: Tipos de sinalização a longa distância
Sinalização neuronal Sinalização Endócrina
Distribuição muito rápida – 100 m/seg
Concentração alta do neurotransmissor
Efeito localizado
Maior precisão e rapidez
Distribuição lenta
depende da difusão
no fluxo sanguíneo
Concentração baixa
de hormônios
Efeito disperso
Vias de Sinalização Intracelular
Hormônios
Sistema neuroendócrino
Tipos de Sinalização Extracelular
A transmissão dos sinais em relação a distância
Distâncias
Secreção de sinais
(Ex: Hormônios)
Sinalização
endócrina
Mediadores locais
(Ex: Inflamação)
Sinalização
parácrina
Secreção de neurotransmissores
(Ex: Acetilcolina)
Sinalização
neuronal
Contato direto, sem
liberação de sinais
(Ex: desenvolvimento
embrionário)
Sinalização
dependente de
contato
Curtas
Longas
Transdução de sinais
A resposta celular a um sinal pode ser rápida ou lenta
A Especificidade da ação depende
da interação do 1º mensageiro com
receptores celulares
1) Liberação de 2º mensageiro no
citoplasma modificações
covalente reversíveis de proteínas
alvo
- Ativação/inativação de enzimas
efetoras
2) Abertura de canais
- Efeito direto
3) Modulação da expressão gênica
- Pode ser ação decorrente da
integração conjunta com 2º
mensageiro ou receptores nucleares
Sistemas de amplificação de sinal
As vantagens do uso de 2º mensageiros
Efeito “Cascata de sinalização”
1) Amplificação de sinal
- Um pequeno sinal pode produzir amplas respostas
celulares
2) Difusão do sinal por todos os compartimentos
celulares
- Modulação de toda célula para a nova situação
celular
3) Comunicação cruzada
- Integração com outros sinais
Transdução de sinais: características gerais
Alta conservação dos mecanismos de
transdução de sinais biológicos
Tipos de sinais biológicos milhares
Maquinaria de transdução conta com alguns
tipos básicos de componentes proteínas
Resumindo
Modulação da
Célula-alvo
Célula
sinalizadora
Sinal
(1º mensageiro)
Ex: hormônio
Proteína
receptora
Distância
1. Parácrina
2. Dependente de
contato
3. Endócrina
4. Neuronal
1. Intracelular
1. Canais iônicos
2. Receptores enzimáticos
3. GPCR Proteínas G
4. Guanilil-ciclase
2º mensageiros
cAMP
IP3
DAG
Ca2+
cGMP
Tiroquinases
- Óxido nítrico
- Hormônios esteroides
- Hormônios tireoidianos
2. Superfície
Transdução do sinal
Hormônios
1os Mensageiros
Tipos de hormônios
Hormônios
Tipos de hormônios
Hormônios
Tipos de hormônios: continuação
Hormônios
Hormônios peptídicos
Ação dependente de receptores de membranas e segundos mensageiros
Ex: Insulina e glucagon: metabolismo de carboidratos
Angiotensina II e bradicinina: pressão e volume sanguíneo
Hormônios
Hormônios catecolamínicos
Ação dependente de receptores de membranas e segundos mensageiros
Produzidos na medula adrenal
Papel importante na neurotransmissão e metabolismo energético
Noradrenalina/norepinefrina
Adrenalina/epinefrina
Hormônios
Os efeitos da Epinefrina e Glucagon no metabolismo do Glicogênio
- Cascatas de sinalização
- Amplificação de sinal
Hormônios
Hormônios eicosanoides
Ação dependente de receptores de membranas e segundos mensageiros
- mediadores celulares locais inflamação, febre, dor e agregação plaquetária
Hormônios
Hormônios esteróides
Ação dependente de receptores nucleares modulação da expressão gênica
cortisol Testosterona
Aldosterona Estradiol
Hormônios
Hormônios vitamina D
Ação dependente de receptores nucleares modulação da expressão gênica
Hormônios
Hormônios Retinoides
Ação dependente de receptores nucleares modulação da expressão gênica
Hormônios
Hormônios Retinoides
Ação dependente de receptores nucleares modulação da expressão gênica
Hormônios
Hormônios Tireoides
Ação dependente de receptores nucleares modulação da expressão gênica
Produzido na tireoide
Estimulam o metabolismo energético
Hormônios
Óxido nítrico
Radical livre estável
Síntese dependente da NO-sintase
Ação local por intermédio da guanilato-ciclase
segundo mensageiro GMPc
Hormônios
Hormônios
Hormônios
Transdução de sinais
Os 6 mecanismos básicos
A redundância mecanística permite fazer generalizações
1) Receptores acoplados a Proteínas G
GPCR: G protein-coupled recpetors
~1/2 dos fármacos atuam sobre GPCR
Sistema de transdução de sinal formado por 3 componentes:
1) Receptor de membrana plasmática com 7 segmentos transmembrana
- Receptor hepta-helicoidais
2) Proteína G que alterna entre forma ativa (GTP) e inativa (GDP)
3) Proteína G-GTP ativa uma enzima que libera 2º mensageiros
Protótipo de
funcionamento GPCR
Receptor β-adrenérgico
Receptor adrenalina
4 tipos básicos:
α1, α2, β1, β2
Adrenalina = epinefrina
Dispara sinais de alarme
- Mobiliza energia metabólica
- Aumenta capacidade
cardiovascular
“lutar ou fugir”
Agonista: simula ligante natural
Antagonista: bloqueia efeito do
ligante natural = Fármaco
1) Receptores acoplados a Proteínas G
GPCR: G protein-coupled receptors
~1/2 dos fármacos atuam sobre GPCR
~1000 genes em humanos ~150 órfãos (sem ligantes descritos)
~350 para hormônios e outras moléculas endógenas
~ 500 para receptores olfativos e gustativos moléculas exógenas
Alta conservação estrutural e funcional
- Aminas de baixa massa molecular adrenalina
- Peptídeos opióides
- Proteínas
- Peptídeos
- Eicosanoides
- Receptores de luz
1) Receptores acoplados a Proteínas G
Proteína G Ancorada a
membrana via palmitoil
Gs- estimulatória Forma
inativa
Heterotrímero αβγ
Gsαβγ(GDP) Ativação do
receptor
- dissociação da Gsα(GDP)
- Dissociação do GDP
- Ligação do GTP
Ativação da Adenilil-
ciclase
Receptor β-adrenérgico
Protótipo do grupo
Presente no músculo
esquelético, fígado e
adipócitos
- Degradação de glicogênio e
triacilgliceróis
Adenilil-ciclase proteína
de membrana forma
cAMP na face citoplasmática
1) Receptores acoplados a Proteínas G
1) cAMP ativa a PKA induzindo a dissociação da
cadeia catalítica ativa da cadeia regulatória
inibitória
2) Fosforilação indiscriminada de proteínas
diversas como Glicogênio Fosforilase Kinase
(degradação de glicogênio) e Glicogênio Sintase
kinase (inibição da síntese de glicogênio)
Susceptível a cascata de amplificação de sinal
1) Receptores acoplados a Proteínas G
Todo sistema de transdução de sinal tem um mecanismo de término de resposta
Mecanismos de desligamento da ativação dos receptores β-adrenérgicos
1) Depende da dissociação do Gsα–GTP da adenilil ciclase
2) Atividade GTPase intrínseca da Gsα sobre o próprio GTP
- Existem proteínas ativadores da atividade GTPase (GAP) intrínseca da Gsα
Comutador binário autolimitante
Estímulo da Gsα(GTP) sobre a
Adenilil-ciclase é autolimitada
pela sua atividade GTPase
intrínseca
A Gsα(GDP) se reassocia ao Gsβγ e
ao receptor de membrana
3) Hidrólise do cAMP fosfodiesterase de
nucleotídeo cíclico
4) Fosfoproteínas-fosfatases atuam sobre as
proteínas fosforiladas pela PKA
1) Receptores acoplados a Proteínas G
Dessensibilizarão de receptores β-adrenérgicos
Processo que sequestra os receptores em
vesículas no citoplasma.
Depende da fosforilação da face
citoplasmática do receptor pela β-ARK (β-
adrenergic receptor kinase)
- Família GRK (G-protein coupled kinases)
Bloqueio da interação com a Proteína G
Recrutamento da β-arrestina e Clatrina
Sequestro em vesículas citoplasmáticas
cAMP é um 2º mensageiro multifuncional
Vários sistemas de transdução usam o cAMP
cAMP ativa a CREB (cAMP response element binding protein) ativa transcrição gênica
Reúnem Balsas lipídicas
- Receptor-proteína Gsαβγ
- Adenilil ciclase
- PKA
- cAMP fosfodiesterase
- Fosfoproteína fosfatase
- Outras
Proteína G-inibitória inibição da adenilil ciclase
- Estruturalmente similar a Gsαβγ
- GIαβγ(GDP) interage com receptores específicos
[cAMP] reflete a integração de ambos os sistemas
Resposta ao cAMP pode
ser breve e localizada
- Efeito dos complexos
envolvendo proteínas de
ancoragem da PKA
(AKAP5)
1) Receptores acoplados a Proteínas G
GPCR podem estar acoplados a Fosfolipase C (PLC)
Respondem a ativação de hormônios diversos
Ação conjunta de 2º mensageiros
Diacilglicerol (DAG) Ativa isoenzima da PKC
Inositol-1,4,5-trifosfato (IP3) libera Ca2+
Ca2+ Ativa isoenzima PKC
1) Receptores acoplados a Proteínas G
Acoplados resposta via Fosfolipase C (PLC)
Efeito do Ca2+ dependente da Calmodulina (CaM) sensor ubíquo de Ca2+
Ativa a CaM-kinase
Efeito do Ca2+ interconexão com cAMP
- Estimula a adenilil ciclase
- Estimula a cAMP-fosfodiesterase
Efeitos locais/temporais
2) Receptores Tirosina-kinases (RTK)
Domínio extracelular de interação com o ligante
Domínio citoplasmático com atividade kinase
- Conectados por um único segmento transmembrana
- Atividade Tyr-kinase intrínseca fosforilação cruzada
Receptor da Insulina: INSR Protótipo da classe
- Dímero
- Regulação de metabolismo e expressão gênica
- Interação com a Insulina fosforilação cruzada
- Saída da sequência auto-inibitória do sítio ativo
- Sítio ativo livre para interagir com proteínas
citoplasmáticas
O INSR ativo fosforila e ativa o IRS-1 (Insulin
receptor substrate-1)
O IRS-1 (Pi-Tyr) funciona como ponto de
nucleação para complexo de proteínas
2) Receptores Tirosina-kinases (RTK)
Possuem atividade kinase intrínseca: Receptor da Insulina: INSR
Montagem do complexo envolve proteínas contendo o
domínio SH2 liga Pi-Tyr
Gbr2
- Reconhece Pi-Tyr da IRS-1
- Proteína conectora
- Contém domínio SH3
- Liga proteínas ricas em Pro
Sos
- É fator de troca de nucleotídeos (GEF)
- Induz troca de GDP/GTP na Ras
Ras
- Protótipo das pequenas proteína G
- Ligada a GTP ativa a proteína kinase Raf1 uma MAPK
(mitogen-activated protein kinase)
- Raf1 fosforila e ativa a MEK (uma MAPK kinase - MAPKK)
- MEK fosforila e ativa a ERK (uma MAPKK kinase -
MAPKKK)
Cascatas das MAPK
2) Receptores Tirosina-kinases (RTK)
Possuem atividade kinase intrínseca: Receptor da Insulina: INSR
Ativação de enzimas contendo o
domínio SH2
Fosfoinositídeo-3-kinase – PI3K
- Reconhece Pi-Tyr da IRS-1
- Atua sobre fosfatidilinositol-4,5-
fosfato (PIP2)
- Formação do fosfatidilinositol-
3,4,5-fosfato (PIP3)
- O PIP3 ativa a PDK1 fosforila a
Akt (PKB)
Insulina inibe a enzima que inibe a Glicogênio Sintase
- Síntese de glicogênio
PKB
- Disponibiliza o Glut4
- Fosforila Ser e Thr de proteínas
alvo inativa GSK3
Glicogênio sintase kinase 3
- GSK3 não fosforilada Fosforila
a Glicogênio Sintase
- Redução da síntese de glicogênio
2) Receptores Tirosina-kinases (RTK)
Possuem atividade kinase intrínseca: Outros exemplos
Envolvem dimerização dependente do
1º mensageiro
- Usam proteínas que interagem com Pi-
Tyr via domínios SH2
- Permite ampla integração de sinal
Envolvem dimerização dependente do
1º mensageiro
- Citocina Eritropoitina
- Modulação da expressão gênica direta e
indireta via cascata das MAPK
Integração de vias
Insulina versus Adrenalina
Metabolismo é entrelaçado e estratificado
Integração do sinal da insulina
Insulina induz sequestro de
receptores β-adrenérgicos
devido a fosforilação do C-
terminal do receptor via IRS-1 e
PKB
Fosforilação receptores α2-
adrenérgicos permite nucleação
do complexo via SH2 e ativação
da cascata das MAPK
modulação da expressão gênica
3) Receptores Guanilil-ciclases
Ação via cGMP e Proteínas Kinases G (PKG)
cGMP transmite diferentes
mensagens para diferentes tecidos
- Rins e intestino retenção de água
- Relaxamento do músculo cardíaco
Fator natriurético atrial (ANF)
- Secretado pelos átrios cardíacos
- Excreção renal de sódio
- Excreção de água
- Vasodilatação
Efeito do cGMP é revertido pela cGMP-
fosfodiesterase (cGMP-PDE)
- O Sildenafil (Viagra) inibe a isoforma peniana
vasodilatação ereção prolongada
Guanilil ciclase citosólica ativada
por óxido nítrico (NO)
- cGMP reduz tônus cardíaco
- Via da ação da nitroglicerina
- Tratamento da angina pectoris
Proteínas adaptadoras Tema recorrente
Fosforilação criam sítios de ancoragem em proteínas multivalentes
Proteínas multi-domínios que participam de circuitos proteicos
Interação específica de Pi-Tyr
- Interação específica mediada pela
sequencia adjacente da Pi-Tyr
Exemplos:
- domínio SH2
- PTB (Phosphotyrosin-Binding protein)
Auto-inibição via fosforilação interna
Proteínas adaptadoras Tema recorrente
Proteínas multi-domínios que participam de circuitos proteicos
Módulos de interação
recorrentes
- Múltiplos domínios de
interação comuns em
diferentes proteínas
Em humanos
- 87 proteínas contendo o
domínio SH2
- 24 proteínas contém o
domínio PTB
Muitas contém o domínio
SH3
- liga PIP3 na face interna da
membrana formado em
resposta a PIK3 e IRS-1
- Proteínas multivalentes
Proteínas adaptadoras Tema recorrente
Circuitos proteicos, proteínas de ancoragem e balsas lipídicas
EX: A cascata das Raf (MAPK), MEK (MAPKK) e Erk (MAPKKK) depende da proteína de
ancoragem KSR
Possibilita resposta
combinatória
Regulação da intensidade de
resposta via fosforilação no
sítio de ancoragem
Ex: Raf
Proteínas Tyr-fosfatases
também contém domínios de
interação comuns aos
envolvidos nos circuitos de
ativação
- Ex: domínio SH2
4) Receptores acoplados a canais iônicos
Convertem sinais QUÍMICOS em sinais ELÉTRICOS
- Funcionam de maneira simples e direta
- Responsáveis pela transmissão rápida de sinais (sinapses do sistema nervoso)
- Contração muscular, secreção hormonal, processos sensoriais, memória, etc.
Potencial de membrana
Polarização da membrana decorrente a
diferente concentração de íons
Gradiente de concentração de íons e
potencial elétrico são mantidos a custas de
ATP
- Na+K+-ATPase
Gradiente/potencial elétrico rompido pela
abertura de Canais iônicos passivos
específicos induzida por ligantes ou variação
de potencial elétrico transmembrana
Fluxo de íons continua até consumir a força
propulsora provida pelo gradiente de íons e
potencial de membrana.
- É especifico para cada íon
- É influenciado pelo tempo de abertura e
fechamento de um dado canal iônico
4) Receptores acoplados a canais iônicos
Canal de membrana controlados por voltagem
Sinalização no sistema nervoso central
- Potencial de ação em extremidades do neurônio
- Liberação de neurotransmissores na fenda sináptica
- Potencial elétrico passado adiante
Ação conjunta de 3 canais iônicos controlados por
voltagem
1) Onda de despolarização abre canais de Na+ entrada de
Na+
2) Despolarização atrasada de canais de K+ saída de K+
- Participa da repolarização
3) Despolarização final abre canais de Ca+ entrada de Ca+
- Ca+ age como 2º mensageiro
4) Exocitose de vesículas de acetilcolina neurotransmissor
na fenda sináptica
- Ativação de receptores na membrana pós-sináptica
- Abertura de canais iônicos
4) Receptores acoplados a canais iônicos
Funcionamento do canal iônico de Na+ sensível a voltagem
1840 resíduos
4 domínios contendo 6 α-
hélices transmembrana
formando um canal central
em funil específico para Na+
- Filtro de seletividade loop
entre hélice 5 e 6
α-hélice 4 é carregada +++
e funciona como sensor de
abertura
Inativação depende de
mecanismo de “bola de
corrente” que bloqueia o
canal
- Comprimento da
“corrente” determina o
tempo de abertura do canal
4) Receptores acoplados a canais iônicos
Funcionamento do canal iônico de Na+, K+ e Ca+ ativado por acetilcolina
Receptor nicotínico de acetilcolina
- Sensível a nicotina
- Sinapses e junções neuromuscular
Receptor formado por 5 subunidades
α2βγδ
- Cada subunidade tem 4 segmentos α-
hélices transmembrana (M1-M4)
- A hélice M2 é anfipáticas com Leu voltadas
para o centro do poro
A isoformas α contém o sítio de
interação para acetilcolina
Acetilcolina induz uma rotação
no segmento M2 de cada
subunidade levando as Leu
para o lado, abrindo o poro.
Outros neurotransmissores com receptores similares:
Serotonina, glutamato e glicina
A despolarização da membrana neuronal depende da integração dos diversos sinais que o
neurônio recebe
Transdução sensorial na visão, olfato e paladar
Envolvem integração de GPCR e canais de membranas
2º mensageiros intracelulares regulam canais iônicos acoplados a receptores específicos
Disparam despolarização/polarização da membrana de neurônios acoplados
Guardam semelhanças estruturais e funcionais com GPCR hormonais
- Ativação dependente da percepção de luz ou composto exógeno
- Modulação da concentração de um 2º mensageiro
- Supressão do sinal devido a ação autolimitante da Proteína Gα
5) Integrinas: Receptores Bidirecionais
Dímeros αβ Genoma indica 8 genes e 18 genes β
24 integrinas identificadas
Interações macromoleculares seletivas
- Desenvolvimento embrionário, coagulação, angiogênese, sistema imune, diferenciação
celular, crescimento e metástase tumoral
Sinalização “de fora para dentro” e “de dentro para fora”
liga citoesqueleto a matriz extracelular integra intra- e extracelular
- Influencia diretamente a adesividade celular
Ligantes extracelulares
- Colágeno
- Fibrinogênio
- Fibronectina
- Outras
Ligantes intracelulares
- Proteínas do citoesqueleto
- Talina
- α-actinina
- Vinculina
- Paxilina
- outras
6) Receptores nucleares
Ação hormônios esteroides, tireoidianos e retinóide
- Livre trânsito pela membrana plasmática pequenos e hidrofóbicos
- Ativação da transcrição de genes específicos
Presença de sequências HRE: elementos de resposta hormonal específicos

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Sinalização Celular.pdf

  • 1. Aula de Bioquímica Avançada Tema: Sinalização Celular Prof. Dr. Júlio César Borges Depto. de Química e Física Molecular – DQFM Instituto de Química de São Carlos – IQSC Universidade de São Paulo – USP E-mail: borgesjc@iqsc.usp.br
  • 2. Princípios da Sinalização Celular ORGANISMOS UNICELULARES Células respondem a estímulos do meio: disponibilidade de oxigênio, nutrientes, etc ORGANISMOS MULTICELULARES Células enviam sinais umas às outras células mediante centenas de tipos de moléculas extracelulares. Célula ??? Morrer Viver Dividir Proliferar Diversos sinais simultâneos Especialização celular Interação celular Movimento celular Proliferação celular A partir da integração dos sinais, as células devem decidir o que fazer
  • 3. As células-alvo possuem proteínas receptoras. As proteínas-receptoras reconhecem o 1º Mensageiro e respondem de forma específica. Alta especificidade e sensibilidade Célula sinalizadora Princípios da Sinalização Celular TRANSDUÇÃO DE SINAL CÉLULAS SINALIZADORAS MOLÉCULA SINAL: 1º MENSAGEIRO PROTEÍNAS RECEPTORAS (CÉLULAS ALVO) EMITE SINAL ALTERAÇÃO DO COMPORTAMENTO CELULAR
  • 4. Princípios da sinalização celular Transdução de sinal Maneira pela qual a célula recebe um determinado tipo de sinalização e o transmite para diversas vias, que poderão ser novamente transformadas, até chegar a função efetora – Dividir, proliferar, morrer .... 1º mensageiro - Proteínas - Peptídeos - Aminoácidos - Nucleotídeos - Ácidos graxos - Esteroides - Gases
  • 5. Transdução de sinal Uma dada célula responde a um conjunto limitado de sinais - Depende de seu próprio conjunto de moléculas efetoras Diferentes moléculas-sinais extracelulares alteram o comportamento da célula-alvo. Células diferentes respondem de modo diferente ao mesmo tipo de sinal. A informação transmitida pelo sinal depende de como a célula-alvo recebe e interpreta o sinal.
  • 6. Integração da sinalização Intracelular TRANSDUÇÃO INICIAL TRANSMISSÃO AMPLIFICAÇÃO INTEGRAÇÃO DISTRIBUIÇÃO RESPOSTA CELULAR Receptores celulares específicos responsáveis em disparar processos celulares conforme a disponibilidade de moléculas executoras - RESPOSTA DIFERENCIADA DEPENDENTE DO TIPO CELULAR
  • 7. Sinalização Celular Moléculas-sinal extracelulares: 1º Mensageiro Receptores específicos Leveduras – unicelulares – sinalização feita por poucos tipos de moléculas Células de animais superiores – Centenas de diferentes tipos de moléculas Maioria das moléculas é secretada por exocitose. Outras são liberadas por difusão através da membrana plasmática e outras ficam expostas ao meio extracelular, mas permanecem ligadas a superfície da célula sinalizadora (proteínas de membrana) Emissão do sinal Independente da natureza do sinal, a célula-alvo responde por meio de uma proteína específica: RECEPTOR. Local onde a molécula sinalizadora se liga de forma específica iniciando uma resposta nas células- alvo. Alta especificidade Proteínas modulares Múltiplas isoformas tecido-específicas Pontos de convergência/divergência de sinais
  • 8. Sinalização Celular Moléculas-sinal extracelulares 1º Mensageiro Características químicas Influencia as características estruturais do RECEPTOR Grandes e hidrofílicas Pequenas e hidrofóbicas Ligante tem que penetrar na célula- alvo para ativação Ativa receptores citoplasmáticos e/ou nucleares Maior parte dos receptores Proteínas transmembrana que ao se ligarem a molécula sinalizadora são ativados e geram uma cascata de sinais intracelulares alterando o comportamento da célula.
  • 9. Tipos de Sinalização Extracelular Endócrinos: liberados no plasma ação a “longa distância” Neuronais ação mediada por neurotransmissor Autócrinos: liberados no espaço extracelular ação na mesma célula que os libera Parácrinos: liberados no espaço extracelular ação local em outras células
  • 10. Hormônios: 1º mensageiro Conjunto de moléculas responsáveis pela manutenção e coordenação das funções em um organismo complexo. Mensageiros químicos secretados no plasma ou interstício celular para regular a atividade de outras células ou tecidos do organismo. Função Tecido/célula/sistema alvo Pressão arterial sistema vascular Volume sanguíneo sistema vascular e rins Balanço eletrolítico sistema vascular e rins Embriogênese embriões Diferenciação sexual órgãos sexuais e organismo Desenvolvimento e reprodução órgãos sexuais e organismo Fome cérebro Comportamento alimentar cérebro e sistema digestivo Digestão cérebro e sistema digestivo Distribuição de combustíveis fígado
  • 11. Sinalização de longa distância Liberação do 1º mensageiro: Tipos de sinalização a longa distância Sinalização neuronal Sinalização Endócrina Distribuição muito rápida – 100 m/seg Concentração alta do neurotransmissor Efeito localizado Maior precisão e rapidez Distribuição lenta depende da difusão no fluxo sanguíneo Concentração baixa de hormônios Efeito disperso
  • 12. Vias de Sinalização Intracelular Hormônios Sistema neuroendócrino
  • 13. Tipos de Sinalização Extracelular A transmissão dos sinais em relação a distância Distâncias Secreção de sinais (Ex: Hormônios) Sinalização endócrina Mediadores locais (Ex: Inflamação) Sinalização parácrina Secreção de neurotransmissores (Ex: Acetilcolina) Sinalização neuronal Contato direto, sem liberação de sinais (Ex: desenvolvimento embrionário) Sinalização dependente de contato Curtas Longas
  • 14. Transdução de sinais A resposta celular a um sinal pode ser rápida ou lenta A Especificidade da ação depende da interação do 1º mensageiro com receptores celulares 1) Liberação de 2º mensageiro no citoplasma modificações covalente reversíveis de proteínas alvo - Ativação/inativação de enzimas efetoras 2) Abertura de canais - Efeito direto 3) Modulação da expressão gênica - Pode ser ação decorrente da integração conjunta com 2º mensageiro ou receptores nucleares
  • 15. Sistemas de amplificação de sinal As vantagens do uso de 2º mensageiros Efeito “Cascata de sinalização” 1) Amplificação de sinal - Um pequeno sinal pode produzir amplas respostas celulares 2) Difusão do sinal por todos os compartimentos celulares - Modulação de toda célula para a nova situação celular 3) Comunicação cruzada - Integração com outros sinais
  • 16. Transdução de sinais: características gerais Alta conservação dos mecanismos de transdução de sinais biológicos Tipos de sinais biológicos milhares Maquinaria de transdução conta com alguns tipos básicos de componentes proteínas
  • 17. Resumindo Modulação da Célula-alvo Célula sinalizadora Sinal (1º mensageiro) Ex: hormônio Proteína receptora Distância 1. Parácrina 2. Dependente de contato 3. Endócrina 4. Neuronal 1. Intracelular 1. Canais iônicos 2. Receptores enzimáticos 3. GPCR Proteínas G 4. Guanilil-ciclase 2º mensageiros cAMP IP3 DAG Ca2+ cGMP Tiroquinases - Óxido nítrico - Hormônios esteroides - Hormônios tireoidianos 2. Superfície Transdução do sinal
  • 21. Hormônios Hormônios peptídicos Ação dependente de receptores de membranas e segundos mensageiros Ex: Insulina e glucagon: metabolismo de carboidratos Angiotensina II e bradicinina: pressão e volume sanguíneo
  • 22. Hormônios Hormônios catecolamínicos Ação dependente de receptores de membranas e segundos mensageiros Produzidos na medula adrenal Papel importante na neurotransmissão e metabolismo energético Noradrenalina/norepinefrina Adrenalina/epinefrina
  • 23. Hormônios Os efeitos da Epinefrina e Glucagon no metabolismo do Glicogênio - Cascatas de sinalização - Amplificação de sinal
  • 24. Hormônios Hormônios eicosanoides Ação dependente de receptores de membranas e segundos mensageiros - mediadores celulares locais inflamação, febre, dor e agregação plaquetária
  • 25. Hormônios Hormônios esteróides Ação dependente de receptores nucleares modulação da expressão gênica cortisol Testosterona Aldosterona Estradiol
  • 26. Hormônios Hormônios vitamina D Ação dependente de receptores nucleares modulação da expressão gênica
  • 27. Hormônios Hormônios Retinoides Ação dependente de receptores nucleares modulação da expressão gênica
  • 28. Hormônios Hormônios Retinoides Ação dependente de receptores nucleares modulação da expressão gênica
  • 29. Hormônios Hormônios Tireoides Ação dependente de receptores nucleares modulação da expressão gênica Produzido na tireoide Estimulam o metabolismo energético
  • 30. Hormônios Óxido nítrico Radical livre estável Síntese dependente da NO-sintase Ação local por intermédio da guanilato-ciclase segundo mensageiro GMPc
  • 34. Transdução de sinais Os 6 mecanismos básicos A redundância mecanística permite fazer generalizações
  • 35. 1) Receptores acoplados a Proteínas G GPCR: G protein-coupled recpetors ~1/2 dos fármacos atuam sobre GPCR Sistema de transdução de sinal formado por 3 componentes: 1) Receptor de membrana plasmática com 7 segmentos transmembrana - Receptor hepta-helicoidais 2) Proteína G que alterna entre forma ativa (GTP) e inativa (GDP) 3) Proteína G-GTP ativa uma enzima que libera 2º mensageiros Protótipo de funcionamento GPCR Receptor β-adrenérgico Receptor adrenalina 4 tipos básicos: α1, α2, β1, β2 Adrenalina = epinefrina Dispara sinais de alarme - Mobiliza energia metabólica - Aumenta capacidade cardiovascular “lutar ou fugir” Agonista: simula ligante natural Antagonista: bloqueia efeito do ligante natural = Fármaco
  • 36. 1) Receptores acoplados a Proteínas G GPCR: G protein-coupled receptors ~1/2 dos fármacos atuam sobre GPCR ~1000 genes em humanos ~150 órfãos (sem ligantes descritos) ~350 para hormônios e outras moléculas endógenas ~ 500 para receptores olfativos e gustativos moléculas exógenas Alta conservação estrutural e funcional - Aminas de baixa massa molecular adrenalina - Peptídeos opióides - Proteínas - Peptídeos - Eicosanoides - Receptores de luz
  • 37. 1) Receptores acoplados a Proteínas G Proteína G Ancorada a membrana via palmitoil Gs- estimulatória Forma inativa Heterotrímero αβγ Gsαβγ(GDP) Ativação do receptor - dissociação da Gsα(GDP) - Dissociação do GDP - Ligação do GTP Ativação da Adenilil- ciclase Receptor β-adrenérgico Protótipo do grupo Presente no músculo esquelético, fígado e adipócitos - Degradação de glicogênio e triacilgliceróis Adenilil-ciclase proteína de membrana forma cAMP na face citoplasmática
  • 38. 1) Receptores acoplados a Proteínas G 1) cAMP ativa a PKA induzindo a dissociação da cadeia catalítica ativa da cadeia regulatória inibitória 2) Fosforilação indiscriminada de proteínas diversas como Glicogênio Fosforilase Kinase (degradação de glicogênio) e Glicogênio Sintase kinase (inibição da síntese de glicogênio) Susceptível a cascata de amplificação de sinal
  • 39. 1) Receptores acoplados a Proteínas G Todo sistema de transdução de sinal tem um mecanismo de término de resposta Mecanismos de desligamento da ativação dos receptores β-adrenérgicos 1) Depende da dissociação do Gsα–GTP da adenilil ciclase 2) Atividade GTPase intrínseca da Gsα sobre o próprio GTP - Existem proteínas ativadores da atividade GTPase (GAP) intrínseca da Gsα Comutador binário autolimitante Estímulo da Gsα(GTP) sobre a Adenilil-ciclase é autolimitada pela sua atividade GTPase intrínseca A Gsα(GDP) se reassocia ao Gsβγ e ao receptor de membrana 3) Hidrólise do cAMP fosfodiesterase de nucleotídeo cíclico 4) Fosfoproteínas-fosfatases atuam sobre as proteínas fosforiladas pela PKA
  • 40. 1) Receptores acoplados a Proteínas G Dessensibilizarão de receptores β-adrenérgicos Processo que sequestra os receptores em vesículas no citoplasma. Depende da fosforilação da face citoplasmática do receptor pela β-ARK (β- adrenergic receptor kinase) - Família GRK (G-protein coupled kinases) Bloqueio da interação com a Proteína G Recrutamento da β-arrestina e Clatrina Sequestro em vesículas citoplasmáticas
  • 41. cAMP é um 2º mensageiro multifuncional Vários sistemas de transdução usam o cAMP cAMP ativa a CREB (cAMP response element binding protein) ativa transcrição gênica Reúnem Balsas lipídicas - Receptor-proteína Gsαβγ - Adenilil ciclase - PKA - cAMP fosfodiesterase - Fosfoproteína fosfatase - Outras Proteína G-inibitória inibição da adenilil ciclase - Estruturalmente similar a Gsαβγ - GIαβγ(GDP) interage com receptores específicos [cAMP] reflete a integração de ambos os sistemas Resposta ao cAMP pode ser breve e localizada - Efeito dos complexos envolvendo proteínas de ancoragem da PKA (AKAP5)
  • 42. 1) Receptores acoplados a Proteínas G GPCR podem estar acoplados a Fosfolipase C (PLC) Respondem a ativação de hormônios diversos Ação conjunta de 2º mensageiros Diacilglicerol (DAG) Ativa isoenzima da PKC Inositol-1,4,5-trifosfato (IP3) libera Ca2+ Ca2+ Ativa isoenzima PKC
  • 43. 1) Receptores acoplados a Proteínas G Acoplados resposta via Fosfolipase C (PLC) Efeito do Ca2+ dependente da Calmodulina (CaM) sensor ubíquo de Ca2+ Ativa a CaM-kinase Efeito do Ca2+ interconexão com cAMP - Estimula a adenilil ciclase - Estimula a cAMP-fosfodiesterase Efeitos locais/temporais
  • 44. 2) Receptores Tirosina-kinases (RTK) Domínio extracelular de interação com o ligante Domínio citoplasmático com atividade kinase - Conectados por um único segmento transmembrana - Atividade Tyr-kinase intrínseca fosforilação cruzada Receptor da Insulina: INSR Protótipo da classe - Dímero - Regulação de metabolismo e expressão gênica - Interação com a Insulina fosforilação cruzada - Saída da sequência auto-inibitória do sítio ativo - Sítio ativo livre para interagir com proteínas citoplasmáticas O INSR ativo fosforila e ativa o IRS-1 (Insulin receptor substrate-1) O IRS-1 (Pi-Tyr) funciona como ponto de nucleação para complexo de proteínas
  • 45. 2) Receptores Tirosina-kinases (RTK) Possuem atividade kinase intrínseca: Receptor da Insulina: INSR Montagem do complexo envolve proteínas contendo o domínio SH2 liga Pi-Tyr Gbr2 - Reconhece Pi-Tyr da IRS-1 - Proteína conectora - Contém domínio SH3 - Liga proteínas ricas em Pro Sos - É fator de troca de nucleotídeos (GEF) - Induz troca de GDP/GTP na Ras Ras - Protótipo das pequenas proteína G - Ligada a GTP ativa a proteína kinase Raf1 uma MAPK (mitogen-activated protein kinase) - Raf1 fosforila e ativa a MEK (uma MAPK kinase - MAPKK) - MEK fosforila e ativa a ERK (uma MAPKK kinase - MAPKKK) Cascatas das MAPK
  • 46. 2) Receptores Tirosina-kinases (RTK) Possuem atividade kinase intrínseca: Receptor da Insulina: INSR Ativação de enzimas contendo o domínio SH2 Fosfoinositídeo-3-kinase – PI3K - Reconhece Pi-Tyr da IRS-1 - Atua sobre fosfatidilinositol-4,5- fosfato (PIP2) - Formação do fosfatidilinositol- 3,4,5-fosfato (PIP3) - O PIP3 ativa a PDK1 fosforila a Akt (PKB) Insulina inibe a enzima que inibe a Glicogênio Sintase - Síntese de glicogênio PKB - Disponibiliza o Glut4 - Fosforila Ser e Thr de proteínas alvo inativa GSK3 Glicogênio sintase kinase 3 - GSK3 não fosforilada Fosforila a Glicogênio Sintase - Redução da síntese de glicogênio
  • 47. 2) Receptores Tirosina-kinases (RTK) Possuem atividade kinase intrínseca: Outros exemplos Envolvem dimerização dependente do 1º mensageiro - Usam proteínas que interagem com Pi- Tyr via domínios SH2 - Permite ampla integração de sinal Envolvem dimerização dependente do 1º mensageiro - Citocina Eritropoitina - Modulação da expressão gênica direta e indireta via cascata das MAPK
  • 48. Integração de vias Insulina versus Adrenalina Metabolismo é entrelaçado e estratificado Integração do sinal da insulina Insulina induz sequestro de receptores β-adrenérgicos devido a fosforilação do C- terminal do receptor via IRS-1 e PKB Fosforilação receptores α2- adrenérgicos permite nucleação do complexo via SH2 e ativação da cascata das MAPK modulação da expressão gênica
  • 49. 3) Receptores Guanilil-ciclases Ação via cGMP e Proteínas Kinases G (PKG) cGMP transmite diferentes mensagens para diferentes tecidos - Rins e intestino retenção de água - Relaxamento do músculo cardíaco Fator natriurético atrial (ANF) - Secretado pelos átrios cardíacos - Excreção renal de sódio - Excreção de água - Vasodilatação Efeito do cGMP é revertido pela cGMP- fosfodiesterase (cGMP-PDE) - O Sildenafil (Viagra) inibe a isoforma peniana vasodilatação ereção prolongada Guanilil ciclase citosólica ativada por óxido nítrico (NO) - cGMP reduz tônus cardíaco - Via da ação da nitroglicerina - Tratamento da angina pectoris
  • 50. Proteínas adaptadoras Tema recorrente Fosforilação criam sítios de ancoragem em proteínas multivalentes Proteínas multi-domínios que participam de circuitos proteicos Interação específica de Pi-Tyr - Interação específica mediada pela sequencia adjacente da Pi-Tyr Exemplos: - domínio SH2 - PTB (Phosphotyrosin-Binding protein) Auto-inibição via fosforilação interna
  • 51. Proteínas adaptadoras Tema recorrente Proteínas multi-domínios que participam de circuitos proteicos Módulos de interação recorrentes - Múltiplos domínios de interação comuns em diferentes proteínas Em humanos - 87 proteínas contendo o domínio SH2 - 24 proteínas contém o domínio PTB Muitas contém o domínio SH3 - liga PIP3 na face interna da membrana formado em resposta a PIK3 e IRS-1 - Proteínas multivalentes
  • 52. Proteínas adaptadoras Tema recorrente Circuitos proteicos, proteínas de ancoragem e balsas lipídicas EX: A cascata das Raf (MAPK), MEK (MAPKK) e Erk (MAPKKK) depende da proteína de ancoragem KSR Possibilita resposta combinatória Regulação da intensidade de resposta via fosforilação no sítio de ancoragem Ex: Raf Proteínas Tyr-fosfatases também contém domínios de interação comuns aos envolvidos nos circuitos de ativação - Ex: domínio SH2
  • 53. 4) Receptores acoplados a canais iônicos Convertem sinais QUÍMICOS em sinais ELÉTRICOS - Funcionam de maneira simples e direta - Responsáveis pela transmissão rápida de sinais (sinapses do sistema nervoso) - Contração muscular, secreção hormonal, processos sensoriais, memória, etc. Potencial de membrana Polarização da membrana decorrente a diferente concentração de íons Gradiente de concentração de íons e potencial elétrico são mantidos a custas de ATP - Na+K+-ATPase Gradiente/potencial elétrico rompido pela abertura de Canais iônicos passivos específicos induzida por ligantes ou variação de potencial elétrico transmembrana Fluxo de íons continua até consumir a força propulsora provida pelo gradiente de íons e potencial de membrana. - É especifico para cada íon - É influenciado pelo tempo de abertura e fechamento de um dado canal iônico
  • 54. 4) Receptores acoplados a canais iônicos Canal de membrana controlados por voltagem Sinalização no sistema nervoso central - Potencial de ação em extremidades do neurônio - Liberação de neurotransmissores na fenda sináptica - Potencial elétrico passado adiante Ação conjunta de 3 canais iônicos controlados por voltagem 1) Onda de despolarização abre canais de Na+ entrada de Na+ 2) Despolarização atrasada de canais de K+ saída de K+ - Participa da repolarização 3) Despolarização final abre canais de Ca+ entrada de Ca+ - Ca+ age como 2º mensageiro 4) Exocitose de vesículas de acetilcolina neurotransmissor na fenda sináptica - Ativação de receptores na membrana pós-sináptica - Abertura de canais iônicos
  • 55. 4) Receptores acoplados a canais iônicos Funcionamento do canal iônico de Na+ sensível a voltagem 1840 resíduos 4 domínios contendo 6 α- hélices transmembrana formando um canal central em funil específico para Na+ - Filtro de seletividade loop entre hélice 5 e 6 α-hélice 4 é carregada +++ e funciona como sensor de abertura Inativação depende de mecanismo de “bola de corrente” que bloqueia o canal - Comprimento da “corrente” determina o tempo de abertura do canal
  • 56. 4) Receptores acoplados a canais iônicos Funcionamento do canal iônico de Na+, K+ e Ca+ ativado por acetilcolina Receptor nicotínico de acetilcolina - Sensível a nicotina - Sinapses e junções neuromuscular Receptor formado por 5 subunidades α2βγδ - Cada subunidade tem 4 segmentos α- hélices transmembrana (M1-M4) - A hélice M2 é anfipáticas com Leu voltadas para o centro do poro A isoformas α contém o sítio de interação para acetilcolina Acetilcolina induz uma rotação no segmento M2 de cada subunidade levando as Leu para o lado, abrindo o poro. Outros neurotransmissores com receptores similares: Serotonina, glutamato e glicina A despolarização da membrana neuronal depende da integração dos diversos sinais que o neurônio recebe
  • 57. Transdução sensorial na visão, olfato e paladar Envolvem integração de GPCR e canais de membranas 2º mensageiros intracelulares regulam canais iônicos acoplados a receptores específicos Disparam despolarização/polarização da membrana de neurônios acoplados Guardam semelhanças estruturais e funcionais com GPCR hormonais - Ativação dependente da percepção de luz ou composto exógeno - Modulação da concentração de um 2º mensageiro - Supressão do sinal devido a ação autolimitante da Proteína Gα
  • 58. 5) Integrinas: Receptores Bidirecionais Dímeros αβ Genoma indica 8 genes e 18 genes β 24 integrinas identificadas Interações macromoleculares seletivas - Desenvolvimento embrionário, coagulação, angiogênese, sistema imune, diferenciação celular, crescimento e metástase tumoral Sinalização “de fora para dentro” e “de dentro para fora” liga citoesqueleto a matriz extracelular integra intra- e extracelular - Influencia diretamente a adesividade celular Ligantes extracelulares - Colágeno - Fibrinogênio - Fibronectina - Outras Ligantes intracelulares - Proteínas do citoesqueleto - Talina - α-actinina - Vinculina - Paxilina - outras
  • 59. 6) Receptores nucleares Ação hormônios esteroides, tireoidianos e retinóide - Livre trânsito pela membrana plasmática pequenos e hidrofóbicos - Ativação da transcrição de genes específicos Presença de sequências HRE: elementos de resposta hormonal específicos