SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 88
Instituto IPF Educacional
Ciclos de Vida
CURSO: TÉC. ENFERMAGEM
Docente: Tamires T. da Silva de Oliveira
São Simão - GO, Dezembro de 2019
Ciclos da vida
CICLO DE VIDA - I
“O tempo
concebido como
progressão
cronológica
rumo à finitude”.
(Simões, 2004)
Fonte :SIMÕES, Júlio Assis. Homossexualidade masculina e curso da vida: pensando idades e identidades sexuais. In:
PISCITELLI, A.; GREGORI, M. F.; CARRARA, S. (orgs.) Sexualidade e saberes: convenções e fronteiras. Rio de Janeiro,
Garamond, 2004.
Conceito
Ciclo de vida compreende o processo de
transformação do ser humano desde seu início até o
fim da vida que pode ser subdividido em ciclos
específicos.
Esses ciclos são as expressões das interações do
biológico com o sócio-ambiental, interações essas
que condicionam o processo saúde e doença.
Conceito
M o r t e
(inexistência)
Ciclo de vida
Ciclos específicos ou fases
c
r i
an
ça
i
d
o
s
o
adoles
cente
jovem adulto 
Meia idade
con-
cepto
recém-
nas-
cido
É preciso relativizar estes ciclos, podem variar muito (jovens dependentes, velhos
independentes, sexualidade e reprodução até tarde etc.)
Quando Começa a Vida?
Quando Começa a Vida?
FECUNDAÇÃO
Espermatozóides tentam penetrar no óvulo. Quando um deles vence a disputa, ainda são necessárias 24 horas até que as
duas estruturas sefundam num único zigoto.
40 HORAS
Depois da fecundação, onúmero de células do zigoto dobra a cada 20 horas.
14 DIAS
Oembrião chega à parededo útero. Amenstruação para ea mãe começaa suspeitar que está grávida.
4ª SEMANA
Uma versão rudimentar do que um dia será o coração começa a bater. O embrião mede cerca de 4 mm, o tamanho de um
feijão.
6ª SEMANA
A aparência humana se define com o aparecimento dos primeiros órgãos. Já é possível reconhecer onde estão coração,
cérebro,braços e pernas. Otamanho chegaa 1centímetro.
• 10ªSEMANA
• O feto apresenta ondas cerebrais, podendo responder a estímulos, e ganha unhas. O fígado
começaa liberar abílis.Para muitoscientistas,nesteestágioelejá écapaz desentir dor.
• 17ªSEMANA
• A mãe começa a sentir movimentos do feto, que já tem músculos e ossos. Nas próximas 3
semanaselepassaráde 8,5para 15centímetrosdetamanho.
• 5 MESES
• O pulmão está pronto – é a última estrutura vital a se desenvolver. A partir daqui, o feto tem
chances desobreviver foradoútero.
5 respostas da ciência
• 1. Visão genética
A vida humana começa na fertilização, quando espematozóide e óvulo se encontram e combinam
seus genes para formar um indivíduo com um conjunto genético único. Assim é criado um novo
indivíduo, um ser humano com direitos iguais aos de qualquer outro. É também a opinião oficial da
Igreja Católica.
• 2. Visão embriológica
A vida começa na 3ª semana de gravidez, quando é estabelecida a individualidade humana. Isso
porque até 12 dias após a fecundação o embrião ainda é capaz de se dividir e dar origem a duas ou
mais pessoas. É essa ideia que justifica o uso da pílula do dia seguinte e contraceptivos administrados
nas duas primeiras semanas de gravidez.
• 3. Visão neurológica
O mesmo princípio da morte vale para a vida. Ou seja, se a vida termina quando cessa a atividade
elétrica no cérebro, ela começa quando o feto apresenta atividade cerebral igual à de uma pessoa. O
problema é que essa data não é consensual . Alguns cientistas dizem haver esses sinais cerebrais já na
8ª semana. Outros, na 20ª .
• 4. Visão ecológica
A capacidade de sobreviver fora do útero é que faz do feto um ser
independente e determina o início da vida. Médicos consideram que um bebê
prematuro só se mantém vivo se tiver pulmões prontos, o que acontece entre a
20ª e a 24ª semana de gravidez. Foi o critério adotado pela Suprema Corte dos
EUA na decisão que autorizou o direito do aborto.
• 5. Visão metabólica
Afirma que a discussão sobre o começo da vida humana é irrelevante, uma vez
que não existe um momento único no qual a vida tem início. Para essa
corrente, espermatozoides e óvulos são tão vivos quanto qualquer pessoa.
Além disso, o desenvolvimento de uma criança é um processo contínuo e não
deve ter um marco inaugural.
5 respostas da religião
• 1. Catolicismo
A vida começa na concepção, quando o óvulo é fertilizado formando um ser humano pleno e não
é um ser humano em potencial. Por mais de uma vez, o papa Bento 16 reafirmou a posição da
Igreja contra o aborto e a manipulação de embriões. Segundo o papa, o ato de “negar o dom da
vida, de suprimir ou manipular a vida que nasce é contrário ao amor humano.”
• 2. Judaísmo
“A vida começa apenas no 40º dia, quando acreditamos que o feto começa a adquirir forma
humana”, diz o rabino Shamai, de São Paulo. “Antes disso, a interrupção da gravidez não é
considerada homicídio.” Dessa forma, o judaísmo permite a pesquisa com células-tronco e o
aborto quando a gravidez envolve risco de vida para a mãe ou resulta de estupro.
• 3. Islamismo
O início da vida acontece quando a alma é soprada por Alá no feto, cerca de 120 dias após a
fecundação. Mas há estudiosos que acreditam que a vida tem início na concepção. Os
muçulmanos condenam o aborto, mas muitos aceitam a prática principalmente quando há risco
para a vida da mãe. E tendem a apoiar o estudo com células-tronco embrionárias.
• 4. Budismo
A vida é um processo contínuo e ininterrupto. Não começa na união de óvulo e
espermatozoide, mas está presente em tudo o que existe – nossos pais e avós,
as plantas, os animais e até a água. No budismo, os seres humanos são apenas
uma forma de vida que depende de várias outras. Entre as correntes buditas,
não há consenso sobre aborto e pesquisas com embriões.
• 5. Hinduísmo
Alma e matéria se encontram na fecundação e é aí que começa a vida. E como
o embrião possui uma alma, deve ser tratado como humano. Na questão do
aborto, hindus escolhem a ação menos prejudicial a todos os envolvidos: a
mãe, o pai, o feto e a sociedade. Assim, em geral se opõem à interrupção da
gravidez, menos em casos que colocam em risco a vida da mãe.
5 respostas da lei
• 1. Brasil
Aqui, só há três situações em que o aborto é permitido: em casos de estupro, quando a gravidez implica risco
para a gestante, ou em caso de fetos anencéfalos.
• 2. Eua
O aborto é permitido nos EUA desde 1973, quando a Suprema Corte reconheceu que o aborto é um direito
garantido pela Constituição americana. Pode-se interromper a gravidez até a 24ª semana de gestação – na
época em que a lei foi promulgada, era esse o estágio mínimo de desenvolvimento que um feto precisava para
sobreviver fora do útero.
• 3. Japão
Foi um dos primeiros países a legalizar o aborto, em 1948. A prática se tornou o método anticoncepcional
favorito das japonesas – em 1955 foram realizados 1 170 000 abortos contra 1 731 000 nascimentos. Hoje, o
aborto é legal em caso de estupro, risco físico ou econômico à mulher, mas apenas até a 21ª semana – atual
limite mínimo para o feto sobreviver fora do útero.
• 4. França
Desde 1975 as francesas podem fazer abortos até a 12ª semana de gravidez. Após
esse período, a gestação só pode ser interrompida se dois médicos certificarem que
a saúde da mulher está em perigo ou que o feto tem problema grave de saúde . Em
1988, a França foi o primeiro país a legalizar o uso da pílula do aborto RU-486, que
pode ser utilizada até a 7ª semana de gestação.
• 5. Chile
Proíbe o aborto em qualquer circunstância. A prática é considerada ilegal mesmo
nos casos que colocam em risco a vida da mulher. Em casos de gravidez ectópica –
quando o embrião se aloja fora do útero, geralmente nas trompas – a lei exige que a
gravidez se desenvolva até a ruptura da trompa, colocando em risco a saúde da
mulher.
Planejamento familiar
Assegurado pela Constituição Federal e também pela Lei n°
9.263, de 1996, o planejamento familiar é um conjunto de
ações que auxiliam as pessoas que pretendem ter filhos e
também quem prefere adiar o crescimento da família.
No Brasil, a Política Nacional de Planejamento Familiar foi
criada em 2007. Ela inclui oferta de oito métodos
contraceptivos gratuitos e também a venda de
anticoncepcionais a preços reduzidos na rede Farmácia
Popular.
Aproximadamente
1 bilhão de
contraceptivos
distribuídos
Pílula Combinada
(Etinilestradiol +
Levonorgestrel) Pílula de Emergência
(Levonorgestrel)
Minipílula
(Noretisterona)
Injetável Mensal
(Valerato de
Estradiol+Enantato de
Noretisterona)
Injetável Trimestral
(Medroxiprogesterona)
DIU
Diafragma
Preservativo
masculino
Preservativo
feminino
100% da população sexualmente ativa (10 a 49 anos)
Levonogestrel
(Pílula de Emergência)
•Distribuição para todos
os municípios brasileiros
•Desnecessária
apresentação da receita
médica nas UBS
Oferta de Métodos Contraceptivos e Preservativos
Fonte: Ministério da Saúde , Brasil
Infertilidade
Estima-se que, no Brasil, mais de 278 mil casais em idade fértil tenham
dificuldade para conceber um filho.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e sociedades científicas,
entre 8% e 15% dos casais têm algum problema de infertilidade. Esta
deficiência é definida como a incapacidade de um casal alcançar a
concepção após 12 meses de relações sexuais regulares sem uso de
contracepção.
• A Política Nacional de Atenção Integral em Reprodução Humana Assistida
prevê o apoio do Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento da
infertilidade.
Tabelinha
• A tabelinha é conhecida também como método do calendário, pois a
mulher, de acordo com o histórico de suas menstruações, identifica o seu
período fértil através do mesmo.
Dias Férteis: Período em que há probabilidade de a mulher engravidar.
Esses dias são: Do 10º ao 18º dia, contados do 1º dia em que iniciou um
novo ciclo menstrual.
Dias não férteis: É o período em que há uma baixa probabilidade de ocorrer
a fecundação.
São eles: Do 1º ao 9º dia, e do 19º ao 28º dia.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Ensino Fundamental, 8º ano.
Tabelinha
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Ensino Fundamental, 8º ano.
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30 Dias não-férteis
Dias férteis
Importante!
• Os ovócitos são produzidos na fase intrauterina;
• O amadurecimento dos ovócitos ocorre na
puberdade e sua liberação é, geralmente, um a cada
mês.
• Por volta da 16ª a 20ª semana de gestação, o feto feminino possui o número
máximo de óvulos que terá durante a sua vida. Neste período, há ao redor de
6 a 7 milhões de óvulos. Depois, esse número começa a cair
progressivamente. De acordo com o médico Daniel Zylbersztejn, especialista
em reprodução humana da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ao
nascer a mulher já perdeu 80% da totalidade dos seus óvulos.
• "Ao iniciar a puberdade, restam de 300.000 a 500.000 óvulos", afirma o
médico. Durante os próximos 30 a 40 anos de vida reprodutiva,
aproximadamente 400 a 500 deles serão selecionados para serem ovulados.
Nos últimos 10 a 15 anos da vida reprodutiva feminina, antes de entrar na
menopausa, acelera-se a perda do número de óvulos e a qualidade deles
também diminui.
• Ao se aproximar da menopausa, os ciclos menstruais tendem, inicialmente, a
ficar mais curtos e, posteriormente, mais longos. Inicia-se o período onde
ocorrem as falhas de ovulação, chegando o tempo em que a mulher deixará
definitivamente de menstruar e de ovular.
• O IBGE estimou que a
população crescerá pelos
próximos 29 anos, até
2047, quando deverá
atingir 233,2 milhões. Nos
anos seguintes, estima
que a população cairá
gradualmente, até chegar
a 228,3 milhões em 2060.
• Segundo o demógrafo
do IBGE Tadeu Oliveira,
à redução da
fecundidade está
associada ao aumento
da participação da
mulher no mercado de
trabalho.
• Elas têm dado cada vez
mais prioridade aos
estudos e carreira e
têm postergado a
maternidade.
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
A transição demográfica, de modo
geral, começa com a queda das
taxas de mortalidade e, depois de
um certo tempo, prossegue com a
queda das taxas de natalidade, que
é resultado da queda da taxa de
fecundidade, o que provoca uma
forte mudança na estrutura etária
da pirâmide populacional. (José
Eustáquio Diniz Alves)
28
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
As tendências atuais, caracterizadas pela
diminuição da mortalidade infantil, deslocam o
óbito para as idades mais avançadas, aumentando
as causas de óbito relacionadas às doenças crônico-
degenerativas (aparelho circulatório e neoplasias)
[GOLDANI, 1999:28].
Doenças infecciosa ainda importantes no século 21
Malária - 800.000 mortes anuais no mundo
Febre amarela – surto Brasil 2007-2009
Tuberculose – 1,3 milhões de mortes anuais no mundo
Infecção puerperal- 3 causa de óbito materno no país
HIV/AIDS- epidemia a partir dos anos 1980
Os 10 países com mais
pessoas obesas no mundo:
1. Estados Unidos
2. China
3. Rússia
4. Brasil
5. México
6. Egito
7. Alemanha
8. Paquistão
9. Indonésia
• Novo estudo global financiado
por Bill Gates e Melinda Gates
traçou mapa da obesidade e
do sobrepeso em 188 países
nas últimas três décadas. 13 set
2016
31
Quanto aos hábitos de vida, a principal mudança é no sentido de um maior
sedentarismo por redução de atividade física tanto no trabalho quanto nas
atividades de lazer.
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
CICLOS DA VIDA
Por que trabalhar com ciclos da vida?
• Atenção básica trabalha com base populacional, o enfoque não é a
doença;
• Ciclos da Vida propõe um recorte que lide com sujeitos
contextualizados, a doença é uma intercorrência;
• Ambos são centrados na gestão do cuidado de uma determinada
população;
• Ciclos da Vida permite ações integrais durante todas as etapas da
vida dos sujeitos.
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional:
Relação com os ciclos de vida
AÇÕES INTEGRAIS
• Conceito
 É uma das diretrizes básicas do SUS;
 Constituição de 1988, art. 198 – “atendimento integral,
com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo
dos serviços assistenciais”
CICLOS DA VIDA
Todos:
• Vida intrauterina, parto (perinatal)
• Infância
• Adolescência
• Adultez - Maturidade
• Terceira Idade
• Mulheres: ciclos menstruais, ciclo gravídico-puerperal, ciclo/idade
reprodutiva.
PERÍODO PERINTAL E INFÂNCIA
• Inicia-se antes do nascimento, ou seja no período gestacional, a
importância do acompanhamento pré-natal;
• Importância fundamental do modo de nascer no prognóstico de
saúde do indivíduo
• Desenvolvimento dinâmico e interativo, “o que lhes falta em
experiência elas têm em receptividade” Levinger;
• Dependência do adulto na alimentação, estímulo e interação;
TEORIA DOS SISTEMAS DE FAMÍLIAS
• “ Em uma casa com os pais e um filho, não existem
apenas três indivíduos, mas também quatro unidades
interativas que caracterizam o sistema da família.
Estas incluem três duetos ( a relação marital, a relação
mãe-filho e a relação pai-filho ) e um triângulo ( a
relação mãe-pai-filho ).
( Wong, 1999, p.54 ).
INFÂNCIA
• Inicia-se antes do nascimento, ou seja no período gestacional, a importância
do acompanhamento pré-natal;
• Desenvolvimento dinâmico e interativo, “o que lhes falta em experiência
elas têm em receptividade” Levinger;
• Dependência do adulto na alimentação, estímulo e interação;
• Segundo Saxe, “As crianças entre 3 e 5 anos são muito sensíveis às atitudes
e comportamento dos adultos”.
INFÂNCIA
• O estado nutricional é outro fator de importância no desenvolvimento
infantil intelectual e psicomotor;
• A saúde psicológica e a competência cognitiva estão relacionadas com
sua capacidade de interação social;
• Na idade escolar a avaliação da acuidade visual e auditiva auxiliam no
melhor desempenho escolar;
• Avaliar a saúde bucal é fundamental nesta fase de troca da dentição;
INFÂNCIA
• Acompanhar o calendário vacinal para proteger de
agravos evitáveis;
• “Screening” – clínico e laboratorial – para a detecção de
parasitoses intestinais e anemia; problemas que
interferem diretamente no desenvolvimento da criança;
• Envolver a escola e a família no acompanhamento de
crescimento e desenvolvimento da criança.
Modos de Nascer e Epidemias de obesidade e doenças
crônicas/não transmissíveis
• Epidemias complexas e multifatoriais
• Associados ao consumo excessivo de
calorias, alimentos nutricionalmente
pobres, sedentarismo, outros fatores
• Cesárea/ via de parto.
ADOLESCÊNCIA
• Adolescente, nem criança grande nem adulto pequeno;
• A adolescência não é só a fase intermediária do desenvolvimento entre a
infância e a vida adulta é um momento especial do desenvolvimento de uma
pessoa, no qual se estabelece caráter, comportamento, personalidade e estilo
de vida;
• Se a infância é a idade das alegrias e surpresas, caracterizada pelo movimento,
a adolescência é a idade das dúvidas e das contradições, que caracterizam
uma verdadeira revolução;
ADOLESCÊNCIA
• 80% dos indivíduos que têm o hábito de fumar começaram
antes dos 20 anos;
• A alimentação nutricionalmente desbalanceada, expõe a
diversas alterações orgânicas e metabólicas;
• A ingestão de bebidas alcoólicas e de outras drogas é um
hábito crescente e preocupante;
• A sexualidade do jovem é fator fundamental em ser
abordado, nesta fase frequentemente se dá o início da
atividade sexual;
•Prevenção da gravidez não planejada e DST;
ADOLESCÊNCIA
• A atividade física dos adolescentes de hoje é menor do que em décadas
anteriores;
• A falta de perspectiva e esperança de melhorar a vida, com engajamento
precoce no mercado de trabalho com baixa qualificação;
• Os problemas relacionados com a saúde mental aumentam na adolescência,
com quadros de alterações do comportamento e depressão tão graves que
podem evoluir para o suicídio.
O Processo Adolescente:
• Há consenso entre diversos autores de que o processo adolescente
visa , fundamentalmente a conquista de si mesmo, isto é afirmar-se
numa identidade própria, resultado de revisão de vivências infantis
e das identificações estabelecidas anteriormente.
Adolescência e os Serviços de Saúde
• Os modelos tradicionais de atenção médica e da saúde pública,
visto de forma isolada e independente, não respondem às
necessidades do adolescente.
• Conhecer os conteúdos da atenção integral à saúde do adolescente
é tarefa importante para as equipes de saúde;
Adolescência e Transformações
• Aceleração e desaceleração do crescimento na maior
parte das dimensões ósseas e uma grande parte dos
órgãos internos (ESTIRÃO);
•Modificação na composição corporal que compreende o
crescimento do esqueleto e dos músculos, e mudanças na
quantidade e distribuição de gordura;
Adolescência e Transformações
•Desenvolvimento do sistema cardiovascular e
respiratório, com incremento da força e
resistência, principalmente no sexo masculino;
•Desenvolvimento das gônadas, os órgãos
reprodutores e os caracteres sexuais
secundários (amadurecimento sexual ou
estádios de Tanner);
Adolescência e Transformações
• A Adolescência é um dos principais períodos de aceleração
do crescimento, junto com o período pré-natal e os 3
primeiros meses de vida pós-natal;
• É essencial conhecer os padrões de crescimento do
adolescente, assim como as variações individuais dentro da
normalidade e considerar a história biopsicossocial do
jovem.
CICLO DE VIDA DAS FAMÍLIAS
(as famílias em mudança)
• Estágios descritos por Wright & Leahey (2002):
 Adultos jovens (saída de casa);
 Casamento;
 Famílias com filhos pequenos;
 Famílias com adolescentes;
 Saída dos filhos de casa (ninho vazio);
 Famílias no final da vida;
 Crises acidentais e internas (doenças graves, separações, catástrofes,
desemprego, drogadicção, gravidez indesejada, etc.).
MATURIDADE
• Os pilares da capacidade humana de se desenvolver são as oportunidades, o
potencial e as interações com que o indivíduo se defronta durante sua vida e que o
permite contribuir para o desenvolvimento de sua nação, comunidade e sua
família;
• O desenvolvimento é o produto de interações entre o indivíduo e a sociedade;
• O indivíduo pode aproveitar as oportunidades de utilizar os recursos naturais com
responsabilidade, de ganhar a vida, ajudar a sua comunidade a assegurar as
condições necessárias para que os potenciais sejam maximizados;
• A sociedade deve estar atenta para disponibilizar estas oportunidades para seus
cidadãos.
MATURIDADE
• A chave para o desenvolvimento humano é permitir que os
indivíduos adquiram:
 Conteúdo específico em relação as oportunidades-chave durante
o ciclo de vida;
 Especificidade baseadas na flexibilidade, adaptabilidade,
colaboração e na resolução de problemas;
 Conhecimentos para a resolução de problemas e sabedoria em
relação às oportunidades de participação.
MATURIDADE
• Existe claramente uma frequência mais elevada de problemas
sociais e de saúde entre os grupos populacionais menos
favorecidos;
• Esta desvantagem socioeconômica é um aspecto particularmente
estressante e o desempenho sozinho já é, por si só, um fator de
isolamento e marginalização que aumenta a demanda pelos
serviços sociais e de saúde;
• Além disso, a saúde mental do indivíduo pode ser abalada por
diversos fatores interdependentes, que incluem problemas
econômicos, sociais, culturais e ambientais;
MATURIDADE
• É reconhecido que durante o ciclo da vida as mulheres vivenciam
mais problemas de saúde física e psicológica do que os homens;
• Ocorrências naturais na vida da mulher, como gravidez, parto,
puerpério e menopausa as fazem utilizar com maior frequência os
serviços de saúde;
• Outros problemas, como planejamento familiar e saúde
reprodutiva também são questões cuja responsabilidade em
diversas sociedades recaem exclusivamente sobre as mulheres;
MATURIDADE
• As unidades e os profissionais de saúde desempenham um papel
importante no diagnóstico e tratamento de doenças, embora o sistema
de saúde atual ainda não apresente componentes preventivos e de
promoção da saúde adequados e expressivos;
• A abordagem sobre questões como hábitos alimentares saudáveis,
atividade física, prevenção de doenças cardiovasculares, prevenção da
osteoporose, câncer de mama e colo de útero, diagnóstico precoce do
câncer de próstata, prevenção do alcoolismo e do tabagismo, entre
outros, deveriam ser prioridade dos serviços de saúde na abordagem da
maturidade;
MATURIDADE
• A Saúde do Trabalhador é um outro aspecto importante a ser abordado na
maturidade, questões ligados ao mercado de trabalho e de geração de renda
têm um grande impacto na saúde do adulto e de seu grupo familiar;
• A prevenção de acidentes de trabalho e a articulação com os aparelhos
empregadores da área, é uma ação inter-setorial importante a ser
acompanhado durante este ciclo da vida;
• Outro campo a ser abordado é o da preservação do meio-ambiente
enquanto espaço promotor de saúde.
ADULTEZ E MATURIDADE
e Programas de Saúde Pública
• É reconhecido que durante o ciclo da vida as mulheres relatam mais problemas de saúde física
e psicológica do que os homens; embora vivam muitos anos a mais
• Ocorrências naturais na vida da mulher, como gravidez, parto, puerpério e menopausa as
fazem utilizar com maior frequência os serviços de saúde; demandas nutricionais específicas
desses grupos;
• A abordagem sobre hábitos alimentares saudáveis, atividade física, prevenção de doenças
cardiovasculares, prevenção da osteoporose e dos cânceres, do alcoolismo e do tabagismo,
entre outros, deveriam ser prioridade dos serviços de saúde na abordagem da maturidade;
TERCEIRA IDADE
• A última etapa do ciclo da vida ou terceira idade, sempre foi pouco
considerada, mas assume um papel de grande relevância para o serviço de
saúde devido ao grande aumento desta população em curto espaço de
tempo;
• É um grupo populacional que já viveu as outras etapas da vida e passam a
ser encarados como um transtorno para a sociedade;
• A progressiva perda de suas habilidades visuais, auditivas e locomotoras e,
muitas vezes, de suas faculdades mentais são os principais fatores que os
colocam numa posição de desvantagem perante os outros indivíduos.
TERCEIRA IDADE
• O grande número de pessoas idosas que moram sozinhas e a relativa
dependência física de familiares;
• A reduzida oferta de oportunidades de ganhar a vida e de se sentirem úteis,
os afetam tanto emocionalmente que já são considerados como o segundo
maior grupo em número de suicídios, depressão e do consumo de bebidas
alcoólicas;
• A falta de adequação dos ambientes doméstico e urbano aliada às
deficiências sensoriais da idade geram um grande número de quedas e outros
acidentes.
TERCEIRA IDADE
• O preconceito contra os idosos, especialmente nos países em
desenvolvimento, nos quais a população é composta na sua maioria por
jovens e adultos jovens que enfrentam uma luta diária para ganhar a vida e
promover o seu desenvolvimento;
• Ações como vacinação contra o tétano e a influenza, aconselhamento
nutricional, prevenção do alcoolismo e fumo, estímulo ao exercício físico,
criação de grupos que possam identificar tarefas a serem realizadas pelos
idosos de acordo com sua capacidade, avaliação psicológica e emocional
para evitar depressão e identificar a demência para poder combatê-la são
somente alguns itens que devam ser abordados pelos serviços de saúde
neste ciclo da vida.
IDOSOS
• Assume um papel de grande relevância para o serviço de saúde devido ao grande aumento desta
população em curto espaço de tempo; papel da alimentação no manejo das doenças crônicas
• O grande número de pessoas idosas que moram sozinhas e a relativa dependência física de
familiares; dependência no prepara de refeições e compras;
• A progressiva perda de suas habilidades visuais, auditivas e locomotoras e, muitas vezes, de suas
faculdades mentais são os principais fatores que os colocam numa posição de desvantagem perante
os outros indivíduos. Efeito da redução dos sentidos sobre o apetite
• VÍDEO:Trailer Envelhescência (documentário sobre
a terceira idade)
• disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XRdRP7yKsHE
67
68
Modos de nascer, viver e adoecer
Risco e vulnerabilidade
- Magnitude
Brasil década de 1970 - 75% da população Materno-Infantil
década de 2010- 56,7% da população materno infantil
- 7,4% da população tem 60 anos ou mais
- Risco e Vulnerabilidade
Risco perigo, emergência
Probabilidade de ocorrência de eventos
- Vulnerabilidade é a susceptibilidades de indivíduos ou populações
envolve pessoais, institucionais , aspectos sociais.
Risco
• Um poderoso instrumento para a
epidemiologia – especulação causal e
avaliação de efeitos
• Teoria e prática: dos grupos de risco
aos comportamentos de risco
• Comportamento de risco: suficiente
para a prevenção?
Ampliando horizontes:
do risco à vulnerabilidade
• Origens: anos 90 - Coalizão Global de
Políticas contra a aids.
• Definição: conjunto de aspectos
individuais e coletivos, relacionado a
maior exposição de indivíduos e
populações à infecção e ao adoecimento,
de modo inseparável, a maior ou menor
disponibilidade de recursos de todas as
ordens para se protegerem de ambos.
Componentes de vulnerabilidade
• Individual: informação, valores, crenças,
afetos, pulsões, etc.
• Social: condições de vida e trabalho,
cultura, situação econômica, ambiente,
relações de gênero, relações de classe,
relações geracionais, etc.
• Programático: acesso a serviços,
existência e sustentação de programas,
qualidade da atenção, etc.
 Em todo o mundo já é consenso que os Sistemas Nacionais de Saúde devem
ser baseados na Atenção Básica (OMS, 2008).
 A Atenção Básica é, ao mesmo tempo, um nível de atenção e uma proposta
estruturante para organização do sistema de saúde que, comprovadamente,
quando o sistema está centrado na AB, apresenta os melhores resultados em
saúde para a população.
 A AB deve garantir o acesso universal e em tempo oportuno ao usuário,
deve ofertar o mais amplo possível escopo de ações visando a atenção
integral e ser responsável por coordenar o cuidado dos usuários no caminhar
pelos diversos serviços da rede.
Por que a Atenção Básica?
Importância da Atenção Básica
(Fonte: HEALTH EVIDENCE NETWORK/1994; OPAS/2005; STARFIELD/2007; OMS/2008;MACINKO/2006; FACCHINI/2008; CONILL/2008; VILAÇA/2012;
GERVAS/2011; GASTÃO/2016; CECILIO/2014)
Menor :
Mortalidade infantil
Mortalidade precoce (exceto causas externas)
Mortalidade por doenças cardiovasculares
Diminuição das internações sensíveis à atenção ambulatorial
Maior :
Expectativa de vida
Precisão nos diagnósticos
Adesão aos tratamentos indicados
Satisfação dos usuários do sistema
Mais chances de reduzir as desigualdades sociais
Melhor reconhecimento dos problemas e necessidades de saúde
Evidências de Resultados na Atenção Básica
• 34% menos crianças com baixo peso e cobertura vacinal 2 vezes
melhor em municípios com mais de 70% de cobertura.
• Desnutrição infantil crônica foi reduzida em 50% de 1996 a 2007,
sendo esta maior e mais rápida em municípios com maior
cobertura (Monteiro, 2009).
• 69% menos gestantes sem pré-natal nos municípios com grandes
coberturas.
Investimento Crescente na Atenção Básica
(R$ EM BILHÕES)
9.86
12.51
13.77
13.07
18.36 18.78
17.33
20,3
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: Departamento de Atenção Básica
R$ 311,3 milhões
incorporados a mais no Piso Fixo
da Atenção Básica em 2018
R$ 4,8
bilhões
R$ 5,1
bilhões
2013 2018
2013 - 2017 2018
Desde 2013 não havia
Reajuste do PAB
Investimentos
*média
O valor corresponde à
atualização da população dos
municípios segundo cálculos
do IBGE 2016
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Não há dúvidas de que existem alguns pré-requisitos importantes
para que o indivíduo desfrute de uma vida saudável.
• São eles, entre outros, paz, abrigo, educação, alimentação, renda,
recursos sustentável, justiça social e equidade (OMS, 1986).
• Portanto para uma vida saudável é necessário uma atitude à favor
da promoção da saúde, políticas saudáveis, estreitamento das
relações entre as comunidades e a reforma do sistema de saúde.
Necropsia
A necropsia de um cadáver, normalmente, é feita pela
abertura de três cavidades no corpo: crânio, tórax e
abdômen. Ela é exigida quando alguém morre por causas
naturais ou falta de assistência médica, doença sem
explicação, rara ou morte violenta ou suspeita. Os médicos
legistas analisam o estado dos órgãos internos do cadáver
através desses três cortes, buscando identificar ou confirmar
a causa da morte.
• Os funcionários, identificados como Marco Antônio Ramos, 41 anos, e Márcia Valéria dos
Santos, 39, serão indiciados pela Polícia Civil de Goiás. Eles já prestaram depoimento sobre o
caso e foram liberados. Os técnicos em tanatopraxia (procedimento de retirada dos fluidos do
corpo para o enterro) vão responder por vilipêndio a cadáver, um crime que consiste em
"profanar, desrespeitar e ultrajar o cadáver". Eles também serão demitidos por justa causa.
• Se condenados, eles podem pegar de um a três anos de detenção e multa. De acordo com o
titular do 4ª Distrito Policial de Goiânia, Eli José de Oliveira, a funcionária que aparece nas
imagens admitiu ter errado ao gravar o vídeo, e considerou sua própria atitude um "vacilo".
• Segundo o jornal Extra, Márcia relatou que mandou às imagens para um colega de faculdade
de enfermagem, e que foi ele que compartilhou o vídeo com outras pessoas. O rapaz,
identificado apenas como Leandro, ainda será ouvido pela polícia e poderá ser indiciado pelo
mesmo crime.
24/06/2015
Resultado
necrópsia
Os funcionários que
gravaram um vídeo
mostrando a preparação
do corpo do cantor
Cristiano Araújo
Perguntas norteadoras
• Após o estudado na sua opinião, quando Começa a Vida Humana?
• Defina ciclos de vida, e descreva o que mudou na distribuição da população
brasileira quanto a estes ciclos?
• Que desafios deve encarar o profissional da Enfermagem frente a estas
transições?
• Defina “risco” e “vulnerabilidade”.
• Faça um resumo sobre o que aprendeu dos ciclos: Vida intrauterina, parto,
Infância, Adolescência, Adultez - Maturidade e Terceira Idade.
• O que é Necropsia?
• Fale sobre o que aprendeu com o caso do Cantor Cristiano Araújo, os
Cuidados da enfermagem no paciente terminal-morte, a ética que se deve
ter.
Ciclos de vida, planejamento familiar e métodos contraceptivos

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Ciclos de vida, planejamento familiar e métodos contraceptivos

Semelhante a Ciclos de vida, planejamento familiar e métodos contraceptivos (20)

Anna trab aborto
Anna trab abortoAnna trab aborto
Anna trab aborto
 
Bioética
BioéticaBioética
Bioética
 
Vida historia do direito
Vida   historia do direitoVida   historia do direito
Vida historia do direito
 
Aborto
AbortoAborto
Aborto
 
Aborto 2010 - Abordagem jurídica
Aborto 2010 - Abordagem jurídicaAborto 2010 - Abordagem jurídica
Aborto 2010 - Abordagem jurídica
 
Manual de-bioetica-para-jovens-jmj-2013
Manual de-bioetica-para-jovens-jmj-2013Manual de-bioetica-para-jovens-jmj-2013
Manual de-bioetica-para-jovens-jmj-2013
 
Aborto
AbortoAborto
Aborto
 
Aborto: questões éticas
Aborto: questões éticasAborto: questões éticas
Aborto: questões éticas
 
Aborto
AbortoAborto
Aborto
 
58884964 uc7-ra3-aborto
58884964 uc7-ra3-aborto58884964 uc7-ra3-aborto
58884964 uc7-ra3-aborto
 
Reprodução humana artigo
Reprodução humana   artigoReprodução humana   artigo
Reprodução humana artigo
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
Sem título 1
Sem título 1Sem título 1
Sem título 1
 
Aborto
AbortoAborto
Aborto
 
Evitando a gravidez indesejada imprimir
Evitando a gravidez indesejada imprimirEvitando a gravidez indesejada imprimir
Evitando a gravidez indesejada imprimir
 
Aborto
AbortoAborto
Aborto
 
Aborto - História, religião, politica e ética.
Aborto - História, religião, politica e ética.Aborto - História, religião, politica e ética.
Aborto - História, religião, politica e ética.
 
Slides biologia gv
Slides biologia gvSlides biologia gv
Slides biologia gv
 
Aborto
AbortoAborto
Aborto
 
Aborto 2012
Aborto 2012Aborto 2012
Aborto 2012
 

Último

Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombro
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombroDistócias em Obstetrícia, distócias de ombro
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombroJoyceDamasio2
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfDaianaBittencourt
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 

Último (7)

Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombro
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombroDistócias em Obstetrícia, distócias de ombro
Distócias em Obstetrícia, distócias de ombro
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãosAplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
Aplicativo aleitamento: apoio na palma das mãos
 
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdfPlantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
Plantas-medicinais-nativas-do-Bioma-Pampa.pdf
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 

Ciclos de vida, planejamento familiar e métodos contraceptivos

  • 1. Instituto IPF Educacional Ciclos de Vida CURSO: TÉC. ENFERMAGEM Docente: Tamires T. da Silva de Oliveira São Simão - GO, Dezembro de 2019
  • 3. CICLO DE VIDA - I “O tempo concebido como progressão cronológica rumo à finitude”. (Simões, 2004) Fonte :SIMÕES, Júlio Assis. Homossexualidade masculina e curso da vida: pensando idades e identidades sexuais. In: PISCITELLI, A.; GREGORI, M. F.; CARRARA, S. (orgs.) Sexualidade e saberes: convenções e fronteiras. Rio de Janeiro, Garamond, 2004. Conceito
  • 4. Ciclo de vida compreende o processo de transformação do ser humano desde seu início até o fim da vida que pode ser subdividido em ciclos específicos. Esses ciclos são as expressões das interações do biológico com o sócio-ambiental, interações essas que condicionam o processo saúde e doença. Conceito
  • 5. M o r t e (inexistência) Ciclo de vida Ciclos específicos ou fases c r i an ça i d o s o adoles cente jovem adulto  Meia idade con- cepto recém- nas- cido É preciso relativizar estes ciclos, podem variar muito (jovens dependentes, velhos independentes, sexualidade e reprodução até tarde etc.)
  • 7. Quando Começa a Vida? FECUNDAÇÃO Espermatozóides tentam penetrar no óvulo. Quando um deles vence a disputa, ainda são necessárias 24 horas até que as duas estruturas sefundam num único zigoto. 40 HORAS Depois da fecundação, onúmero de células do zigoto dobra a cada 20 horas. 14 DIAS Oembrião chega à parededo útero. Amenstruação para ea mãe começaa suspeitar que está grávida. 4ª SEMANA Uma versão rudimentar do que um dia será o coração começa a bater. O embrião mede cerca de 4 mm, o tamanho de um feijão. 6ª SEMANA A aparência humana se define com o aparecimento dos primeiros órgãos. Já é possível reconhecer onde estão coração, cérebro,braços e pernas. Otamanho chegaa 1centímetro.
  • 8. • 10ªSEMANA • O feto apresenta ondas cerebrais, podendo responder a estímulos, e ganha unhas. O fígado começaa liberar abílis.Para muitoscientistas,nesteestágioelejá écapaz desentir dor. • 17ªSEMANA • A mãe começa a sentir movimentos do feto, que já tem músculos e ossos. Nas próximas 3 semanaselepassaráde 8,5para 15centímetrosdetamanho. • 5 MESES • O pulmão está pronto – é a última estrutura vital a se desenvolver. A partir daqui, o feto tem chances desobreviver foradoútero.
  • 9. 5 respostas da ciência • 1. Visão genética A vida humana começa na fertilização, quando espematozóide e óvulo se encontram e combinam seus genes para formar um indivíduo com um conjunto genético único. Assim é criado um novo indivíduo, um ser humano com direitos iguais aos de qualquer outro. É também a opinião oficial da Igreja Católica. • 2. Visão embriológica A vida começa na 3ª semana de gravidez, quando é estabelecida a individualidade humana. Isso porque até 12 dias após a fecundação o embrião ainda é capaz de se dividir e dar origem a duas ou mais pessoas. É essa ideia que justifica o uso da pílula do dia seguinte e contraceptivos administrados nas duas primeiras semanas de gravidez. • 3. Visão neurológica O mesmo princípio da morte vale para a vida. Ou seja, se a vida termina quando cessa a atividade elétrica no cérebro, ela começa quando o feto apresenta atividade cerebral igual à de uma pessoa. O problema é que essa data não é consensual . Alguns cientistas dizem haver esses sinais cerebrais já na 8ª semana. Outros, na 20ª .
  • 10. • 4. Visão ecológica A capacidade de sobreviver fora do útero é que faz do feto um ser independente e determina o início da vida. Médicos consideram que um bebê prematuro só se mantém vivo se tiver pulmões prontos, o que acontece entre a 20ª e a 24ª semana de gravidez. Foi o critério adotado pela Suprema Corte dos EUA na decisão que autorizou o direito do aborto. • 5. Visão metabólica Afirma que a discussão sobre o começo da vida humana é irrelevante, uma vez que não existe um momento único no qual a vida tem início. Para essa corrente, espermatozoides e óvulos são tão vivos quanto qualquer pessoa. Além disso, o desenvolvimento de uma criança é um processo contínuo e não deve ter um marco inaugural.
  • 11. 5 respostas da religião • 1. Catolicismo A vida começa na concepção, quando o óvulo é fertilizado formando um ser humano pleno e não é um ser humano em potencial. Por mais de uma vez, o papa Bento 16 reafirmou a posição da Igreja contra o aborto e a manipulação de embriões. Segundo o papa, o ato de “negar o dom da vida, de suprimir ou manipular a vida que nasce é contrário ao amor humano.” • 2. Judaísmo “A vida começa apenas no 40º dia, quando acreditamos que o feto começa a adquirir forma humana”, diz o rabino Shamai, de São Paulo. “Antes disso, a interrupção da gravidez não é considerada homicídio.” Dessa forma, o judaísmo permite a pesquisa com células-tronco e o aborto quando a gravidez envolve risco de vida para a mãe ou resulta de estupro. • 3. Islamismo O início da vida acontece quando a alma é soprada por Alá no feto, cerca de 120 dias após a fecundação. Mas há estudiosos que acreditam que a vida tem início na concepção. Os muçulmanos condenam o aborto, mas muitos aceitam a prática principalmente quando há risco para a vida da mãe. E tendem a apoiar o estudo com células-tronco embrionárias.
  • 12. • 4. Budismo A vida é um processo contínuo e ininterrupto. Não começa na união de óvulo e espermatozoide, mas está presente em tudo o que existe – nossos pais e avós, as plantas, os animais e até a água. No budismo, os seres humanos são apenas uma forma de vida que depende de várias outras. Entre as correntes buditas, não há consenso sobre aborto e pesquisas com embriões. • 5. Hinduísmo Alma e matéria se encontram na fecundação e é aí que começa a vida. E como o embrião possui uma alma, deve ser tratado como humano. Na questão do aborto, hindus escolhem a ação menos prejudicial a todos os envolvidos: a mãe, o pai, o feto e a sociedade. Assim, em geral se opõem à interrupção da gravidez, menos em casos que colocam em risco a vida da mãe.
  • 13. 5 respostas da lei • 1. Brasil Aqui, só há três situações em que o aborto é permitido: em casos de estupro, quando a gravidez implica risco para a gestante, ou em caso de fetos anencéfalos. • 2. Eua O aborto é permitido nos EUA desde 1973, quando a Suprema Corte reconheceu que o aborto é um direito garantido pela Constituição americana. Pode-se interromper a gravidez até a 24ª semana de gestação – na época em que a lei foi promulgada, era esse o estágio mínimo de desenvolvimento que um feto precisava para sobreviver fora do útero. • 3. Japão Foi um dos primeiros países a legalizar o aborto, em 1948. A prática se tornou o método anticoncepcional favorito das japonesas – em 1955 foram realizados 1 170 000 abortos contra 1 731 000 nascimentos. Hoje, o aborto é legal em caso de estupro, risco físico ou econômico à mulher, mas apenas até a 21ª semana – atual limite mínimo para o feto sobreviver fora do útero.
  • 14. • 4. França Desde 1975 as francesas podem fazer abortos até a 12ª semana de gravidez. Após esse período, a gestação só pode ser interrompida se dois médicos certificarem que a saúde da mulher está em perigo ou que o feto tem problema grave de saúde . Em 1988, a França foi o primeiro país a legalizar o uso da pílula do aborto RU-486, que pode ser utilizada até a 7ª semana de gestação. • 5. Chile Proíbe o aborto em qualquer circunstância. A prática é considerada ilegal mesmo nos casos que colocam em risco a vida da mulher. Em casos de gravidez ectópica – quando o embrião se aloja fora do útero, geralmente nas trompas – a lei exige que a gravidez se desenvolva até a ruptura da trompa, colocando em risco a saúde da mulher.
  • 15. Planejamento familiar Assegurado pela Constituição Federal e também pela Lei n° 9.263, de 1996, o planejamento familiar é um conjunto de ações que auxiliam as pessoas que pretendem ter filhos e também quem prefere adiar o crescimento da família. No Brasil, a Política Nacional de Planejamento Familiar foi criada em 2007. Ela inclui oferta de oito métodos contraceptivos gratuitos e também a venda de anticoncepcionais a preços reduzidos na rede Farmácia Popular.
  • 16. Aproximadamente 1 bilhão de contraceptivos distribuídos Pílula Combinada (Etinilestradiol + Levonorgestrel) Pílula de Emergência (Levonorgestrel) Minipílula (Noretisterona) Injetável Mensal (Valerato de Estradiol+Enantato de Noretisterona) Injetável Trimestral (Medroxiprogesterona) DIU Diafragma Preservativo masculino Preservativo feminino 100% da população sexualmente ativa (10 a 49 anos) Levonogestrel (Pílula de Emergência) •Distribuição para todos os municípios brasileiros •Desnecessária apresentação da receita médica nas UBS Oferta de Métodos Contraceptivos e Preservativos Fonte: Ministério da Saúde , Brasil
  • 17. Infertilidade Estima-se que, no Brasil, mais de 278 mil casais em idade fértil tenham dificuldade para conceber um filho. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e sociedades científicas, entre 8% e 15% dos casais têm algum problema de infertilidade. Esta deficiência é definida como a incapacidade de um casal alcançar a concepção após 12 meses de relações sexuais regulares sem uso de contracepção. • A Política Nacional de Atenção Integral em Reprodução Humana Assistida prevê o apoio do Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento da infertilidade.
  • 18. Tabelinha • A tabelinha é conhecida também como método do calendário, pois a mulher, de acordo com o histórico de suas menstruações, identifica o seu período fértil através do mesmo. Dias Férteis: Período em que há probabilidade de a mulher engravidar. Esses dias são: Do 10º ao 18º dia, contados do 1º dia em que iniciou um novo ciclo menstrual. Dias não férteis: É o período em que há uma baixa probabilidade de ocorrer a fecundação. São eles: Do 1º ao 9º dia, e do 19º ao 28º dia. Ciências da Natureza e suas Tecnologias Ensino Fundamental, 8º ano.
  • 19. Tabelinha Ciências da Natureza e suas Tecnologias Ensino Fundamental, 8º ano. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 Dias não-férteis Dias férteis
  • 20. Importante! • Os ovócitos são produzidos na fase intrauterina; • O amadurecimento dos ovócitos ocorre na puberdade e sua liberação é, geralmente, um a cada mês.
  • 21. • Por volta da 16ª a 20ª semana de gestação, o feto feminino possui o número máximo de óvulos que terá durante a sua vida. Neste período, há ao redor de 6 a 7 milhões de óvulos. Depois, esse número começa a cair progressivamente. De acordo com o médico Daniel Zylbersztejn, especialista em reprodução humana da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ao nascer a mulher já perdeu 80% da totalidade dos seus óvulos. • "Ao iniciar a puberdade, restam de 300.000 a 500.000 óvulos", afirma o médico. Durante os próximos 30 a 40 anos de vida reprodutiva, aproximadamente 400 a 500 deles serão selecionados para serem ovulados. Nos últimos 10 a 15 anos da vida reprodutiva feminina, antes de entrar na menopausa, acelera-se a perda do número de óvulos e a qualidade deles também diminui. • Ao se aproximar da menopausa, os ciclos menstruais tendem, inicialmente, a ficar mais curtos e, posteriormente, mais longos. Inicia-se o período onde ocorrem as falhas de ovulação, chegando o tempo em que a mulher deixará definitivamente de menstruar e de ovular.
  • 22.
  • 23.
  • 24. • O IBGE estimou que a população crescerá pelos próximos 29 anos, até 2047, quando deverá atingir 233,2 milhões. Nos anos seguintes, estima que a população cairá gradualmente, até chegar a 228,3 milhões em 2060.
  • 25. • Segundo o demógrafo do IBGE Tadeu Oliveira, à redução da fecundidade está associada ao aumento da participação da mulher no mercado de trabalho. • Elas têm dado cada vez mais prioridade aos estudos e carreira e têm postergado a maternidade.
  • 26.
  • 27. Transição demográfica, epidemiológica e nutricional A transição demográfica, de modo geral, começa com a queda das taxas de mortalidade e, depois de um certo tempo, prossegue com a queda das taxas de natalidade, que é resultado da queda da taxa de fecundidade, o que provoca uma forte mudança na estrutura etária da pirâmide populacional. (José Eustáquio Diniz Alves)
  • 28. 28 Transição demográfica, epidemiológica e nutricional As tendências atuais, caracterizadas pela diminuição da mortalidade infantil, deslocam o óbito para as idades mais avançadas, aumentando as causas de óbito relacionadas às doenças crônico- degenerativas (aparelho circulatório e neoplasias) [GOLDANI, 1999:28]. Doenças infecciosa ainda importantes no século 21 Malária - 800.000 mortes anuais no mundo Febre amarela – surto Brasil 2007-2009 Tuberculose – 1,3 milhões de mortes anuais no mundo Infecção puerperal- 3 causa de óbito materno no país HIV/AIDS- epidemia a partir dos anos 1980
  • 29.
  • 30. Os 10 países com mais pessoas obesas no mundo: 1. Estados Unidos 2. China 3. Rússia 4. Brasil 5. México 6. Egito 7. Alemanha 8. Paquistão 9. Indonésia • Novo estudo global financiado por Bill Gates e Melinda Gates traçou mapa da obesidade e do sobrepeso em 188 países nas últimas três décadas. 13 set 2016
  • 31. 31 Quanto aos hábitos de vida, a principal mudança é no sentido de um maior sedentarismo por redução de atividade física tanto no trabalho quanto nas atividades de lazer. Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
  • 32. CICLOS DA VIDA Por que trabalhar com ciclos da vida? • Atenção básica trabalha com base populacional, o enfoque não é a doença; • Ciclos da Vida propõe um recorte que lide com sujeitos contextualizados, a doença é uma intercorrência; • Ambos são centrados na gestão do cuidado de uma determinada população; • Ciclos da Vida permite ações integrais durante todas as etapas da vida dos sujeitos. Transição demográfica, epidemiológica e nutricional: Relação com os ciclos de vida
  • 33. AÇÕES INTEGRAIS • Conceito  É uma das diretrizes básicas do SUS;  Constituição de 1988, art. 198 – “atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais”
  • 34. CICLOS DA VIDA Todos: • Vida intrauterina, parto (perinatal) • Infância • Adolescência • Adultez - Maturidade • Terceira Idade • Mulheres: ciclos menstruais, ciclo gravídico-puerperal, ciclo/idade reprodutiva.
  • 35. PERÍODO PERINTAL E INFÂNCIA • Inicia-se antes do nascimento, ou seja no período gestacional, a importância do acompanhamento pré-natal; • Importância fundamental do modo de nascer no prognóstico de saúde do indivíduo • Desenvolvimento dinâmico e interativo, “o que lhes falta em experiência elas têm em receptividade” Levinger; • Dependência do adulto na alimentação, estímulo e interação;
  • 36. TEORIA DOS SISTEMAS DE FAMÍLIAS • “ Em uma casa com os pais e um filho, não existem apenas três indivíduos, mas também quatro unidades interativas que caracterizam o sistema da família. Estas incluem três duetos ( a relação marital, a relação mãe-filho e a relação pai-filho ) e um triângulo ( a relação mãe-pai-filho ). ( Wong, 1999, p.54 ).
  • 37. INFÂNCIA • Inicia-se antes do nascimento, ou seja no período gestacional, a importância do acompanhamento pré-natal; • Desenvolvimento dinâmico e interativo, “o que lhes falta em experiência elas têm em receptividade” Levinger; • Dependência do adulto na alimentação, estímulo e interação; • Segundo Saxe, “As crianças entre 3 e 5 anos são muito sensíveis às atitudes e comportamento dos adultos”.
  • 38. INFÂNCIA • O estado nutricional é outro fator de importância no desenvolvimento infantil intelectual e psicomotor; • A saúde psicológica e a competência cognitiva estão relacionadas com sua capacidade de interação social; • Na idade escolar a avaliação da acuidade visual e auditiva auxiliam no melhor desempenho escolar; • Avaliar a saúde bucal é fundamental nesta fase de troca da dentição;
  • 39. INFÂNCIA • Acompanhar o calendário vacinal para proteger de agravos evitáveis; • “Screening” – clínico e laboratorial – para a detecção de parasitoses intestinais e anemia; problemas que interferem diretamente no desenvolvimento da criança; • Envolver a escola e a família no acompanhamento de crescimento e desenvolvimento da criança.
  • 40.
  • 41. Modos de Nascer e Epidemias de obesidade e doenças crônicas/não transmissíveis • Epidemias complexas e multifatoriais • Associados ao consumo excessivo de calorias, alimentos nutricionalmente pobres, sedentarismo, outros fatores • Cesárea/ via de parto.
  • 42.
  • 43. ADOLESCÊNCIA • Adolescente, nem criança grande nem adulto pequeno; • A adolescência não é só a fase intermediária do desenvolvimento entre a infância e a vida adulta é um momento especial do desenvolvimento de uma pessoa, no qual se estabelece caráter, comportamento, personalidade e estilo de vida; • Se a infância é a idade das alegrias e surpresas, caracterizada pelo movimento, a adolescência é a idade das dúvidas e das contradições, que caracterizam uma verdadeira revolução;
  • 44. ADOLESCÊNCIA • 80% dos indivíduos que têm o hábito de fumar começaram antes dos 20 anos; • A alimentação nutricionalmente desbalanceada, expõe a diversas alterações orgânicas e metabólicas; • A ingestão de bebidas alcoólicas e de outras drogas é um hábito crescente e preocupante; • A sexualidade do jovem é fator fundamental em ser abordado, nesta fase frequentemente se dá o início da atividade sexual; •Prevenção da gravidez não planejada e DST;
  • 45. ADOLESCÊNCIA • A atividade física dos adolescentes de hoje é menor do que em décadas anteriores; • A falta de perspectiva e esperança de melhorar a vida, com engajamento precoce no mercado de trabalho com baixa qualificação; • Os problemas relacionados com a saúde mental aumentam na adolescência, com quadros de alterações do comportamento e depressão tão graves que podem evoluir para o suicídio.
  • 46. O Processo Adolescente: • Há consenso entre diversos autores de que o processo adolescente visa , fundamentalmente a conquista de si mesmo, isto é afirmar-se numa identidade própria, resultado de revisão de vivências infantis e das identificações estabelecidas anteriormente.
  • 47. Adolescência e os Serviços de Saúde • Os modelos tradicionais de atenção médica e da saúde pública, visto de forma isolada e independente, não respondem às necessidades do adolescente. • Conhecer os conteúdos da atenção integral à saúde do adolescente é tarefa importante para as equipes de saúde;
  • 48. Adolescência e Transformações • Aceleração e desaceleração do crescimento na maior parte das dimensões ósseas e uma grande parte dos órgãos internos (ESTIRÃO); •Modificação na composição corporal que compreende o crescimento do esqueleto e dos músculos, e mudanças na quantidade e distribuição de gordura;
  • 49. Adolescência e Transformações •Desenvolvimento do sistema cardiovascular e respiratório, com incremento da força e resistência, principalmente no sexo masculino; •Desenvolvimento das gônadas, os órgãos reprodutores e os caracteres sexuais secundários (amadurecimento sexual ou estádios de Tanner);
  • 50. Adolescência e Transformações • A Adolescência é um dos principais períodos de aceleração do crescimento, junto com o período pré-natal e os 3 primeiros meses de vida pós-natal; • É essencial conhecer os padrões de crescimento do adolescente, assim como as variações individuais dentro da normalidade e considerar a história biopsicossocial do jovem.
  • 51.
  • 52. CICLO DE VIDA DAS FAMÍLIAS (as famílias em mudança) • Estágios descritos por Wright & Leahey (2002):  Adultos jovens (saída de casa);  Casamento;  Famílias com filhos pequenos;  Famílias com adolescentes;  Saída dos filhos de casa (ninho vazio);  Famílias no final da vida;  Crises acidentais e internas (doenças graves, separações, catástrofes, desemprego, drogadicção, gravidez indesejada, etc.).
  • 53.
  • 54. MATURIDADE • Os pilares da capacidade humana de se desenvolver são as oportunidades, o potencial e as interações com que o indivíduo se defronta durante sua vida e que o permite contribuir para o desenvolvimento de sua nação, comunidade e sua família; • O desenvolvimento é o produto de interações entre o indivíduo e a sociedade; • O indivíduo pode aproveitar as oportunidades de utilizar os recursos naturais com responsabilidade, de ganhar a vida, ajudar a sua comunidade a assegurar as condições necessárias para que os potenciais sejam maximizados; • A sociedade deve estar atenta para disponibilizar estas oportunidades para seus cidadãos.
  • 55. MATURIDADE • A chave para o desenvolvimento humano é permitir que os indivíduos adquiram:  Conteúdo específico em relação as oportunidades-chave durante o ciclo de vida;  Especificidade baseadas na flexibilidade, adaptabilidade, colaboração e na resolução de problemas;  Conhecimentos para a resolução de problemas e sabedoria em relação às oportunidades de participação.
  • 56. MATURIDADE • Existe claramente uma frequência mais elevada de problemas sociais e de saúde entre os grupos populacionais menos favorecidos; • Esta desvantagem socioeconômica é um aspecto particularmente estressante e o desempenho sozinho já é, por si só, um fator de isolamento e marginalização que aumenta a demanda pelos serviços sociais e de saúde; • Além disso, a saúde mental do indivíduo pode ser abalada por diversos fatores interdependentes, que incluem problemas econômicos, sociais, culturais e ambientais;
  • 57. MATURIDADE • É reconhecido que durante o ciclo da vida as mulheres vivenciam mais problemas de saúde física e psicológica do que os homens; • Ocorrências naturais na vida da mulher, como gravidez, parto, puerpério e menopausa as fazem utilizar com maior frequência os serviços de saúde; • Outros problemas, como planejamento familiar e saúde reprodutiva também são questões cuja responsabilidade em diversas sociedades recaem exclusivamente sobre as mulheres;
  • 58. MATURIDADE • As unidades e os profissionais de saúde desempenham um papel importante no diagnóstico e tratamento de doenças, embora o sistema de saúde atual ainda não apresente componentes preventivos e de promoção da saúde adequados e expressivos; • A abordagem sobre questões como hábitos alimentares saudáveis, atividade física, prevenção de doenças cardiovasculares, prevenção da osteoporose, câncer de mama e colo de útero, diagnóstico precoce do câncer de próstata, prevenção do alcoolismo e do tabagismo, entre outros, deveriam ser prioridade dos serviços de saúde na abordagem da maturidade;
  • 59. MATURIDADE • A Saúde do Trabalhador é um outro aspecto importante a ser abordado na maturidade, questões ligados ao mercado de trabalho e de geração de renda têm um grande impacto na saúde do adulto e de seu grupo familiar; • A prevenção de acidentes de trabalho e a articulação com os aparelhos empregadores da área, é uma ação inter-setorial importante a ser acompanhado durante este ciclo da vida; • Outro campo a ser abordado é o da preservação do meio-ambiente enquanto espaço promotor de saúde.
  • 60. ADULTEZ E MATURIDADE e Programas de Saúde Pública • É reconhecido que durante o ciclo da vida as mulheres relatam mais problemas de saúde física e psicológica do que os homens; embora vivam muitos anos a mais • Ocorrências naturais na vida da mulher, como gravidez, parto, puerpério e menopausa as fazem utilizar com maior frequência os serviços de saúde; demandas nutricionais específicas desses grupos; • A abordagem sobre hábitos alimentares saudáveis, atividade física, prevenção de doenças cardiovasculares, prevenção da osteoporose e dos cânceres, do alcoolismo e do tabagismo, entre outros, deveriam ser prioridade dos serviços de saúde na abordagem da maturidade;
  • 61.
  • 62. TERCEIRA IDADE • A última etapa do ciclo da vida ou terceira idade, sempre foi pouco considerada, mas assume um papel de grande relevância para o serviço de saúde devido ao grande aumento desta população em curto espaço de tempo; • É um grupo populacional que já viveu as outras etapas da vida e passam a ser encarados como um transtorno para a sociedade; • A progressiva perda de suas habilidades visuais, auditivas e locomotoras e, muitas vezes, de suas faculdades mentais são os principais fatores que os colocam numa posição de desvantagem perante os outros indivíduos.
  • 63. TERCEIRA IDADE • O grande número de pessoas idosas que moram sozinhas e a relativa dependência física de familiares; • A reduzida oferta de oportunidades de ganhar a vida e de se sentirem úteis, os afetam tanto emocionalmente que já são considerados como o segundo maior grupo em número de suicídios, depressão e do consumo de bebidas alcoólicas; • A falta de adequação dos ambientes doméstico e urbano aliada às deficiências sensoriais da idade geram um grande número de quedas e outros acidentes.
  • 64. TERCEIRA IDADE • O preconceito contra os idosos, especialmente nos países em desenvolvimento, nos quais a população é composta na sua maioria por jovens e adultos jovens que enfrentam uma luta diária para ganhar a vida e promover o seu desenvolvimento; • Ações como vacinação contra o tétano e a influenza, aconselhamento nutricional, prevenção do alcoolismo e fumo, estímulo ao exercício físico, criação de grupos que possam identificar tarefas a serem realizadas pelos idosos de acordo com sua capacidade, avaliação psicológica e emocional para evitar depressão e identificar a demência para poder combatê-la são somente alguns itens que devam ser abordados pelos serviços de saúde neste ciclo da vida.
  • 65. IDOSOS • Assume um papel de grande relevância para o serviço de saúde devido ao grande aumento desta população em curto espaço de tempo; papel da alimentação no manejo das doenças crônicas • O grande número de pessoas idosas que moram sozinhas e a relativa dependência física de familiares; dependência no prepara de refeições e compras; • A progressiva perda de suas habilidades visuais, auditivas e locomotoras e, muitas vezes, de suas faculdades mentais são os principais fatores que os colocam numa posição de desvantagem perante os outros indivíduos. Efeito da redução dos sentidos sobre o apetite
  • 66.
  • 67. • VÍDEO:Trailer Envelhescência (documentário sobre a terceira idade) • disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XRdRP7yKsHE 67
  • 68. 68 Modos de nascer, viver e adoecer Risco e vulnerabilidade - Magnitude Brasil década de 1970 - 75% da população Materno-Infantil década de 2010- 56,7% da população materno infantil - 7,4% da população tem 60 anos ou mais - Risco e Vulnerabilidade Risco perigo, emergência Probabilidade de ocorrência de eventos - Vulnerabilidade é a susceptibilidades de indivíduos ou populações envolve pessoais, institucionais , aspectos sociais.
  • 69. Risco • Um poderoso instrumento para a epidemiologia – especulação causal e avaliação de efeitos • Teoria e prática: dos grupos de risco aos comportamentos de risco • Comportamento de risco: suficiente para a prevenção?
  • 70. Ampliando horizontes: do risco à vulnerabilidade • Origens: anos 90 - Coalizão Global de Políticas contra a aids. • Definição: conjunto de aspectos individuais e coletivos, relacionado a maior exposição de indivíduos e populações à infecção e ao adoecimento, de modo inseparável, a maior ou menor disponibilidade de recursos de todas as ordens para se protegerem de ambos.
  • 71. Componentes de vulnerabilidade • Individual: informação, valores, crenças, afetos, pulsões, etc. • Social: condições de vida e trabalho, cultura, situação econômica, ambiente, relações de gênero, relações de classe, relações geracionais, etc. • Programático: acesso a serviços, existência e sustentação de programas, qualidade da atenção, etc.
  • 72.  Em todo o mundo já é consenso que os Sistemas Nacionais de Saúde devem ser baseados na Atenção Básica (OMS, 2008).  A Atenção Básica é, ao mesmo tempo, um nível de atenção e uma proposta estruturante para organização do sistema de saúde que, comprovadamente, quando o sistema está centrado na AB, apresenta os melhores resultados em saúde para a população.  A AB deve garantir o acesso universal e em tempo oportuno ao usuário, deve ofertar o mais amplo possível escopo de ações visando a atenção integral e ser responsável por coordenar o cuidado dos usuários no caminhar pelos diversos serviços da rede. Por que a Atenção Básica?
  • 73. Importância da Atenção Básica (Fonte: HEALTH EVIDENCE NETWORK/1994; OPAS/2005; STARFIELD/2007; OMS/2008;MACINKO/2006; FACCHINI/2008; CONILL/2008; VILAÇA/2012; GERVAS/2011; GASTÃO/2016; CECILIO/2014) Menor : Mortalidade infantil Mortalidade precoce (exceto causas externas) Mortalidade por doenças cardiovasculares Diminuição das internações sensíveis à atenção ambulatorial Maior : Expectativa de vida Precisão nos diagnósticos Adesão aos tratamentos indicados Satisfação dos usuários do sistema Mais chances de reduzir as desigualdades sociais Melhor reconhecimento dos problemas e necessidades de saúde
  • 74. Evidências de Resultados na Atenção Básica • 34% menos crianças com baixo peso e cobertura vacinal 2 vezes melhor em municípios com mais de 70% de cobertura. • Desnutrição infantil crônica foi reduzida em 50% de 1996 a 2007, sendo esta maior e mais rápida em municípios com maior cobertura (Monteiro, 2009). • 69% menos gestantes sem pré-natal nos municípios com grandes coberturas.
  • 75. Investimento Crescente na Atenção Básica (R$ EM BILHÕES) 9.86 12.51 13.77 13.07 18.36 18.78 17.33 20,3 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte: Departamento de Atenção Básica
  • 76. R$ 311,3 milhões incorporados a mais no Piso Fixo da Atenção Básica em 2018 R$ 4,8 bilhões R$ 5,1 bilhões 2013 2018 2013 - 2017 2018 Desde 2013 não havia Reajuste do PAB Investimentos *média O valor corresponde à atualização da população dos municípios segundo cálculos do IBGE 2016
  • 77. CONSIDERAÇÕES FINAIS • Não há dúvidas de que existem alguns pré-requisitos importantes para que o indivíduo desfrute de uma vida saudável. • São eles, entre outros, paz, abrigo, educação, alimentação, renda, recursos sustentável, justiça social e equidade (OMS, 1986). • Portanto para uma vida saudável é necessário uma atitude à favor da promoção da saúde, políticas saudáveis, estreitamento das relações entre as comunidades e a reforma do sistema de saúde.
  • 78.
  • 79. Necropsia A necropsia de um cadáver, normalmente, é feita pela abertura de três cavidades no corpo: crânio, tórax e abdômen. Ela é exigida quando alguém morre por causas naturais ou falta de assistência médica, doença sem explicação, rara ou morte violenta ou suspeita. Os médicos legistas analisam o estado dos órgãos internos do cadáver através desses três cortes, buscando identificar ou confirmar a causa da morte.
  • 80.
  • 81.
  • 82.
  • 83.
  • 84.
  • 85. • Os funcionários, identificados como Marco Antônio Ramos, 41 anos, e Márcia Valéria dos Santos, 39, serão indiciados pela Polícia Civil de Goiás. Eles já prestaram depoimento sobre o caso e foram liberados. Os técnicos em tanatopraxia (procedimento de retirada dos fluidos do corpo para o enterro) vão responder por vilipêndio a cadáver, um crime que consiste em "profanar, desrespeitar e ultrajar o cadáver". Eles também serão demitidos por justa causa. • Se condenados, eles podem pegar de um a três anos de detenção e multa. De acordo com o titular do 4ª Distrito Policial de Goiânia, Eli José de Oliveira, a funcionária que aparece nas imagens admitiu ter errado ao gravar o vídeo, e considerou sua própria atitude um "vacilo". • Segundo o jornal Extra, Márcia relatou que mandou às imagens para um colega de faculdade de enfermagem, e que foi ele que compartilhou o vídeo com outras pessoas. O rapaz, identificado apenas como Leandro, ainda será ouvido pela polícia e poderá ser indiciado pelo mesmo crime. 24/06/2015 Resultado necrópsia Os funcionários que gravaram um vídeo mostrando a preparação do corpo do cantor Cristiano Araújo
  • 86.
  • 87. Perguntas norteadoras • Após o estudado na sua opinião, quando Começa a Vida Humana? • Defina ciclos de vida, e descreva o que mudou na distribuição da população brasileira quanto a estes ciclos? • Que desafios deve encarar o profissional da Enfermagem frente a estas transições? • Defina “risco” e “vulnerabilidade”. • Faça um resumo sobre o que aprendeu dos ciclos: Vida intrauterina, parto, Infância, Adolescência, Adultez - Maturidade e Terceira Idade. • O que é Necropsia? • Fale sobre o que aprendeu com o caso do Cantor Cristiano Araújo, os Cuidados da enfermagem no paciente terminal-morte, a ética que se deve ter.