3. CICLO DE VIDA - I
“O tempo
concebido como
progressão
cronológica
rumo à finitude”.
(Simões, 2004)
Fonte :SIMÕES, Júlio Assis. Homossexualidade masculina e curso da vida: pensando idades e identidades sexuais. In:
PISCITELLI, A.; GREGORI, M. F.; CARRARA, S. (orgs.) Sexualidade e saberes: convenções e fronteiras. Rio de Janeiro,
Garamond, 2004.
Conceito
4. Ciclo de vida compreende o processo de
transformação do ser humano desde seu início até o
fim da vida que pode ser subdividido em ciclos
específicos.
Esses ciclos são as expressões das interações do
biológico com o sócio-ambiental, interações essas
que condicionam o processo saúde e doença.
Conceito
5. M o r t e
(inexistência)
Ciclo de vida
Ciclos específicos ou fases
c
r i
an
ça
i
d
o
s
o
adoles
cente
jovem adulto
Meia idade
con-
cepto
recém-
nas-
cido
É preciso relativizar estes ciclos, podem variar muito (jovens dependentes, velhos
independentes, sexualidade e reprodução até tarde etc.)
7. Quando Começa a Vida?
FECUNDAÇÃO
Espermatozóides tentam penetrar no óvulo. Quando um deles vence a disputa, ainda são necessárias 24 horas até que as
duas estruturas sefundam num único zigoto.
40 HORAS
Depois da fecundação, onúmero de células do zigoto dobra a cada 20 horas.
14 DIAS
Oembrião chega à parededo útero. Amenstruação para ea mãe começaa suspeitar que está grávida.
4ª SEMANA
Uma versão rudimentar do que um dia será o coração começa a bater. O embrião mede cerca de 4 mm, o tamanho de um
feijão.
6ª SEMANA
A aparência humana se define com o aparecimento dos primeiros órgãos. Já é possível reconhecer onde estão coração,
cérebro,braços e pernas. Otamanho chegaa 1centímetro.
8. • 10ªSEMANA
• O feto apresenta ondas cerebrais, podendo responder a estímulos, e ganha unhas. O fígado
começaa liberar abílis.Para muitoscientistas,nesteestágioelejá écapaz desentir dor.
• 17ªSEMANA
• A mãe começa a sentir movimentos do feto, que já tem músculos e ossos. Nas próximas 3
semanaselepassaráde 8,5para 15centímetrosdetamanho.
• 5 MESES
• O pulmão está pronto – é a última estrutura vital a se desenvolver. A partir daqui, o feto tem
chances desobreviver foradoútero.
9. 5 respostas da ciência
• 1. Visão genética
A vida humana começa na fertilização, quando espematozóide e óvulo se encontram e combinam
seus genes para formar um indivíduo com um conjunto genético único. Assim é criado um novo
indivíduo, um ser humano com direitos iguais aos de qualquer outro. É também a opinião oficial da
Igreja Católica.
• 2. Visão embriológica
A vida começa na 3ª semana de gravidez, quando é estabelecida a individualidade humana. Isso
porque até 12 dias após a fecundação o embrião ainda é capaz de se dividir e dar origem a duas ou
mais pessoas. É essa ideia que justifica o uso da pílula do dia seguinte e contraceptivos administrados
nas duas primeiras semanas de gravidez.
• 3. Visão neurológica
O mesmo princípio da morte vale para a vida. Ou seja, se a vida termina quando cessa a atividade
elétrica no cérebro, ela começa quando o feto apresenta atividade cerebral igual à de uma pessoa. O
problema é que essa data não é consensual . Alguns cientistas dizem haver esses sinais cerebrais já na
8ª semana. Outros, na 20ª .
10. • 4. Visão ecológica
A capacidade de sobreviver fora do útero é que faz do feto um ser
independente e determina o início da vida. Médicos consideram que um bebê
prematuro só se mantém vivo se tiver pulmões prontos, o que acontece entre a
20ª e a 24ª semana de gravidez. Foi o critério adotado pela Suprema Corte dos
EUA na decisão que autorizou o direito do aborto.
• 5. Visão metabólica
Afirma que a discussão sobre o começo da vida humana é irrelevante, uma vez
que não existe um momento único no qual a vida tem início. Para essa
corrente, espermatozoides e óvulos são tão vivos quanto qualquer pessoa.
Além disso, o desenvolvimento de uma criança é um processo contínuo e não
deve ter um marco inaugural.
11. 5 respostas da religião
• 1. Catolicismo
A vida começa na concepção, quando o óvulo é fertilizado formando um ser humano pleno e não
é um ser humano em potencial. Por mais de uma vez, o papa Bento 16 reafirmou a posição da
Igreja contra o aborto e a manipulação de embriões. Segundo o papa, o ato de “negar o dom da
vida, de suprimir ou manipular a vida que nasce é contrário ao amor humano.”
• 2. Judaísmo
“A vida começa apenas no 40º dia, quando acreditamos que o feto começa a adquirir forma
humana”, diz o rabino Shamai, de São Paulo. “Antes disso, a interrupção da gravidez não é
considerada homicídio.” Dessa forma, o judaísmo permite a pesquisa com células-tronco e o
aborto quando a gravidez envolve risco de vida para a mãe ou resulta de estupro.
• 3. Islamismo
O início da vida acontece quando a alma é soprada por Alá no feto, cerca de 120 dias após a
fecundação. Mas há estudiosos que acreditam que a vida tem início na concepção. Os
muçulmanos condenam o aborto, mas muitos aceitam a prática principalmente quando há risco
para a vida da mãe. E tendem a apoiar o estudo com células-tronco embrionárias.
12. • 4. Budismo
A vida é um processo contínuo e ininterrupto. Não começa na união de óvulo e
espermatozoide, mas está presente em tudo o que existe – nossos pais e avós,
as plantas, os animais e até a água. No budismo, os seres humanos são apenas
uma forma de vida que depende de várias outras. Entre as correntes buditas,
não há consenso sobre aborto e pesquisas com embriões.
• 5. Hinduísmo
Alma e matéria se encontram na fecundação e é aí que começa a vida. E como
o embrião possui uma alma, deve ser tratado como humano. Na questão do
aborto, hindus escolhem a ação menos prejudicial a todos os envolvidos: a
mãe, o pai, o feto e a sociedade. Assim, em geral se opõem à interrupção da
gravidez, menos em casos que colocam em risco a vida da mãe.
13. 5 respostas da lei
• 1. Brasil
Aqui, só há três situações em que o aborto é permitido: em casos de estupro, quando a gravidez implica risco
para a gestante, ou em caso de fetos anencéfalos.
• 2. Eua
O aborto é permitido nos EUA desde 1973, quando a Suprema Corte reconheceu que o aborto é um direito
garantido pela Constituição americana. Pode-se interromper a gravidez até a 24ª semana de gestação – na
época em que a lei foi promulgada, era esse o estágio mínimo de desenvolvimento que um feto precisava para
sobreviver fora do útero.
• 3. Japão
Foi um dos primeiros países a legalizar o aborto, em 1948. A prática se tornou o método anticoncepcional
favorito das japonesas – em 1955 foram realizados 1 170 000 abortos contra 1 731 000 nascimentos. Hoje, o
aborto é legal em caso de estupro, risco físico ou econômico à mulher, mas apenas até a 21ª semana – atual
limite mínimo para o feto sobreviver fora do útero.
14. • 4. França
Desde 1975 as francesas podem fazer abortos até a 12ª semana de gravidez. Após
esse período, a gestação só pode ser interrompida se dois médicos certificarem que
a saúde da mulher está em perigo ou que o feto tem problema grave de saúde . Em
1988, a França foi o primeiro país a legalizar o uso da pílula do aborto RU-486, que
pode ser utilizada até a 7ª semana de gestação.
• 5. Chile
Proíbe o aborto em qualquer circunstância. A prática é considerada ilegal mesmo
nos casos que colocam em risco a vida da mulher. Em casos de gravidez ectópica –
quando o embrião se aloja fora do útero, geralmente nas trompas – a lei exige que a
gravidez se desenvolva até a ruptura da trompa, colocando em risco a saúde da
mulher.
15. Planejamento familiar
Assegurado pela Constituição Federal e também pela Lei n°
9.263, de 1996, o planejamento familiar é um conjunto de
ações que auxiliam as pessoas que pretendem ter filhos e
também quem prefere adiar o crescimento da família.
No Brasil, a Política Nacional de Planejamento Familiar foi
criada em 2007. Ela inclui oferta de oito métodos
contraceptivos gratuitos e também a venda de
anticoncepcionais a preços reduzidos na rede Farmácia
Popular.
16. Aproximadamente
1 bilhão de
contraceptivos
distribuídos
Pílula Combinada
(Etinilestradiol +
Levonorgestrel) Pílula de Emergência
(Levonorgestrel)
Minipílula
(Noretisterona)
Injetável Mensal
(Valerato de
Estradiol+Enantato de
Noretisterona)
Injetável Trimestral
(Medroxiprogesterona)
DIU
Diafragma
Preservativo
masculino
Preservativo
feminino
100% da população sexualmente ativa (10 a 49 anos)
Levonogestrel
(Pílula de Emergência)
•Distribuição para todos
os municípios brasileiros
•Desnecessária
apresentação da receita
médica nas UBS
Oferta de Métodos Contraceptivos e Preservativos
Fonte: Ministério da Saúde , Brasil
17. Infertilidade
Estima-se que, no Brasil, mais de 278 mil casais em idade fértil tenham
dificuldade para conceber um filho.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e sociedades científicas,
entre 8% e 15% dos casais têm algum problema de infertilidade. Esta
deficiência é definida como a incapacidade de um casal alcançar a
concepção após 12 meses de relações sexuais regulares sem uso de
contracepção.
• A Política Nacional de Atenção Integral em Reprodução Humana Assistida
prevê o apoio do Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento da
infertilidade.
18. Tabelinha
• A tabelinha é conhecida também como método do calendário, pois a
mulher, de acordo com o histórico de suas menstruações, identifica o seu
período fértil através do mesmo.
Dias Férteis: Período em que há probabilidade de a mulher engravidar.
Esses dias são: Do 10º ao 18º dia, contados do 1º dia em que iniciou um
novo ciclo menstrual.
Dias não férteis: É o período em que há uma baixa probabilidade de ocorrer
a fecundação.
São eles: Do 1º ao 9º dia, e do 19º ao 28º dia.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Ensino Fundamental, 8º ano.
19. Tabelinha
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Ensino Fundamental, 8º ano.
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30 Dias não-férteis
Dias férteis
20. Importante!
• Os ovócitos são produzidos na fase intrauterina;
• O amadurecimento dos ovócitos ocorre na
puberdade e sua liberação é, geralmente, um a cada
mês.
21. • Por volta da 16ª a 20ª semana de gestação, o feto feminino possui o número
máximo de óvulos que terá durante a sua vida. Neste período, há ao redor de
6 a 7 milhões de óvulos. Depois, esse número começa a cair
progressivamente. De acordo com o médico Daniel Zylbersztejn, especialista
em reprodução humana da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ao
nascer a mulher já perdeu 80% da totalidade dos seus óvulos.
• "Ao iniciar a puberdade, restam de 300.000 a 500.000 óvulos", afirma o
médico. Durante os próximos 30 a 40 anos de vida reprodutiva,
aproximadamente 400 a 500 deles serão selecionados para serem ovulados.
Nos últimos 10 a 15 anos da vida reprodutiva feminina, antes de entrar na
menopausa, acelera-se a perda do número de óvulos e a qualidade deles
também diminui.
• Ao se aproximar da menopausa, os ciclos menstruais tendem, inicialmente, a
ficar mais curtos e, posteriormente, mais longos. Inicia-se o período onde
ocorrem as falhas de ovulação, chegando o tempo em que a mulher deixará
definitivamente de menstruar e de ovular.
22.
23.
24. • O IBGE estimou que a
população crescerá pelos
próximos 29 anos, até
2047, quando deverá
atingir 233,2 milhões. Nos
anos seguintes, estima
que a população cairá
gradualmente, até chegar
a 228,3 milhões em 2060.
25. • Segundo o demógrafo
do IBGE Tadeu Oliveira,
à redução da
fecundidade está
associada ao aumento
da participação da
mulher no mercado de
trabalho.
• Elas têm dado cada vez
mais prioridade aos
estudos e carreira e
têm postergado a
maternidade.
26.
27. Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
A transição demográfica, de modo
geral, começa com a queda das
taxas de mortalidade e, depois de
um certo tempo, prossegue com a
queda das taxas de natalidade, que
é resultado da queda da taxa de
fecundidade, o que provoca uma
forte mudança na estrutura etária
da pirâmide populacional. (José
Eustáquio Diniz Alves)
28. 28
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
As tendências atuais, caracterizadas pela
diminuição da mortalidade infantil, deslocam o
óbito para as idades mais avançadas, aumentando
as causas de óbito relacionadas às doenças crônico-
degenerativas (aparelho circulatório e neoplasias)
[GOLDANI, 1999:28].
Doenças infecciosa ainda importantes no século 21
Malária - 800.000 mortes anuais no mundo
Febre amarela – surto Brasil 2007-2009
Tuberculose – 1,3 milhões de mortes anuais no mundo
Infecção puerperal- 3 causa de óbito materno no país
HIV/AIDS- epidemia a partir dos anos 1980
29.
30. Os 10 países com mais
pessoas obesas no mundo:
1. Estados Unidos
2. China
3. Rússia
4. Brasil
5. México
6. Egito
7. Alemanha
8. Paquistão
9. Indonésia
• Novo estudo global financiado
por Bill Gates e Melinda Gates
traçou mapa da obesidade e
do sobrepeso em 188 países
nas últimas três décadas. 13 set
2016
31. 31
Quanto aos hábitos de vida, a principal mudança é no sentido de um maior
sedentarismo por redução de atividade física tanto no trabalho quanto nas
atividades de lazer.
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional
32. CICLOS DA VIDA
Por que trabalhar com ciclos da vida?
• Atenção básica trabalha com base populacional, o enfoque não é a
doença;
• Ciclos da Vida propõe um recorte que lide com sujeitos
contextualizados, a doença é uma intercorrência;
• Ambos são centrados na gestão do cuidado de uma determinada
população;
• Ciclos da Vida permite ações integrais durante todas as etapas da
vida dos sujeitos.
Transição demográfica, epidemiológica e nutricional:
Relação com os ciclos de vida
33. AÇÕES INTEGRAIS
• Conceito
É uma das diretrizes básicas do SUS;
Constituição de 1988, art. 198 – “atendimento integral,
com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo
dos serviços assistenciais”
34. CICLOS DA VIDA
Todos:
• Vida intrauterina, parto (perinatal)
• Infância
• Adolescência
• Adultez - Maturidade
• Terceira Idade
• Mulheres: ciclos menstruais, ciclo gravídico-puerperal, ciclo/idade
reprodutiva.
35. PERÍODO PERINTAL E INFÂNCIA
• Inicia-se antes do nascimento, ou seja no período gestacional, a
importância do acompanhamento pré-natal;
• Importância fundamental do modo de nascer no prognóstico de
saúde do indivíduo
• Desenvolvimento dinâmico e interativo, “o que lhes falta em
experiência elas têm em receptividade” Levinger;
• Dependência do adulto na alimentação, estímulo e interação;
36. TEORIA DOS SISTEMAS DE FAMÍLIAS
• “ Em uma casa com os pais e um filho, não existem
apenas três indivíduos, mas também quatro unidades
interativas que caracterizam o sistema da família.
Estas incluem três duetos ( a relação marital, a relação
mãe-filho e a relação pai-filho ) e um triângulo ( a
relação mãe-pai-filho ).
( Wong, 1999, p.54 ).
37. INFÂNCIA
• Inicia-se antes do nascimento, ou seja no período gestacional, a importância
do acompanhamento pré-natal;
• Desenvolvimento dinâmico e interativo, “o que lhes falta em experiência
elas têm em receptividade” Levinger;
• Dependência do adulto na alimentação, estímulo e interação;
• Segundo Saxe, “As crianças entre 3 e 5 anos são muito sensíveis às atitudes
e comportamento dos adultos”.
38. INFÂNCIA
• O estado nutricional é outro fator de importância no desenvolvimento
infantil intelectual e psicomotor;
• A saúde psicológica e a competência cognitiva estão relacionadas com
sua capacidade de interação social;
• Na idade escolar a avaliação da acuidade visual e auditiva auxiliam no
melhor desempenho escolar;
• Avaliar a saúde bucal é fundamental nesta fase de troca da dentição;
39. INFÂNCIA
• Acompanhar o calendário vacinal para proteger de
agravos evitáveis;
• “Screening” – clínico e laboratorial – para a detecção de
parasitoses intestinais e anemia; problemas que
interferem diretamente no desenvolvimento da criança;
• Envolver a escola e a família no acompanhamento de
crescimento e desenvolvimento da criança.
40.
41. Modos de Nascer e Epidemias de obesidade e doenças
crônicas/não transmissíveis
• Epidemias complexas e multifatoriais
• Associados ao consumo excessivo de
calorias, alimentos nutricionalmente
pobres, sedentarismo, outros fatores
• Cesárea/ via de parto.
42.
43. ADOLESCÊNCIA
• Adolescente, nem criança grande nem adulto pequeno;
• A adolescência não é só a fase intermediária do desenvolvimento entre a
infância e a vida adulta é um momento especial do desenvolvimento de uma
pessoa, no qual se estabelece caráter, comportamento, personalidade e estilo
de vida;
• Se a infância é a idade das alegrias e surpresas, caracterizada pelo movimento,
a adolescência é a idade das dúvidas e das contradições, que caracterizam
uma verdadeira revolução;
44. ADOLESCÊNCIA
• 80% dos indivíduos que têm o hábito de fumar começaram
antes dos 20 anos;
• A alimentação nutricionalmente desbalanceada, expõe a
diversas alterações orgânicas e metabólicas;
• A ingestão de bebidas alcoólicas e de outras drogas é um
hábito crescente e preocupante;
• A sexualidade do jovem é fator fundamental em ser
abordado, nesta fase frequentemente se dá o início da
atividade sexual;
•Prevenção da gravidez não planejada e DST;
45. ADOLESCÊNCIA
• A atividade física dos adolescentes de hoje é menor do que em décadas
anteriores;
• A falta de perspectiva e esperança de melhorar a vida, com engajamento
precoce no mercado de trabalho com baixa qualificação;
• Os problemas relacionados com a saúde mental aumentam na adolescência,
com quadros de alterações do comportamento e depressão tão graves que
podem evoluir para o suicídio.
46. O Processo Adolescente:
• Há consenso entre diversos autores de que o processo adolescente
visa , fundamentalmente a conquista de si mesmo, isto é afirmar-se
numa identidade própria, resultado de revisão de vivências infantis
e das identificações estabelecidas anteriormente.
47. Adolescência e os Serviços de Saúde
• Os modelos tradicionais de atenção médica e da saúde pública,
visto de forma isolada e independente, não respondem às
necessidades do adolescente.
• Conhecer os conteúdos da atenção integral à saúde do adolescente
é tarefa importante para as equipes de saúde;
48. Adolescência e Transformações
• Aceleração e desaceleração do crescimento na maior
parte das dimensões ósseas e uma grande parte dos
órgãos internos (ESTIRÃO);
•Modificação na composição corporal que compreende o
crescimento do esqueleto e dos músculos, e mudanças na
quantidade e distribuição de gordura;
49. Adolescência e Transformações
•Desenvolvimento do sistema cardiovascular e
respiratório, com incremento da força e
resistência, principalmente no sexo masculino;
•Desenvolvimento das gônadas, os órgãos
reprodutores e os caracteres sexuais
secundários (amadurecimento sexual ou
estádios de Tanner);
50. Adolescência e Transformações
• A Adolescência é um dos principais períodos de aceleração
do crescimento, junto com o período pré-natal e os 3
primeiros meses de vida pós-natal;
• É essencial conhecer os padrões de crescimento do
adolescente, assim como as variações individuais dentro da
normalidade e considerar a história biopsicossocial do
jovem.
51.
52. CICLO DE VIDA DAS FAMÍLIAS
(as famílias em mudança)
• Estágios descritos por Wright & Leahey (2002):
Adultos jovens (saída de casa);
Casamento;
Famílias com filhos pequenos;
Famílias com adolescentes;
Saída dos filhos de casa (ninho vazio);
Famílias no final da vida;
Crises acidentais e internas (doenças graves, separações, catástrofes,
desemprego, drogadicção, gravidez indesejada, etc.).
53.
54. MATURIDADE
• Os pilares da capacidade humana de se desenvolver são as oportunidades, o
potencial e as interações com que o indivíduo se defronta durante sua vida e que o
permite contribuir para o desenvolvimento de sua nação, comunidade e sua
família;
• O desenvolvimento é o produto de interações entre o indivíduo e a sociedade;
• O indivíduo pode aproveitar as oportunidades de utilizar os recursos naturais com
responsabilidade, de ganhar a vida, ajudar a sua comunidade a assegurar as
condições necessárias para que os potenciais sejam maximizados;
• A sociedade deve estar atenta para disponibilizar estas oportunidades para seus
cidadãos.
55. MATURIDADE
• A chave para o desenvolvimento humano é permitir que os
indivíduos adquiram:
Conteúdo específico em relação as oportunidades-chave durante
o ciclo de vida;
Especificidade baseadas na flexibilidade, adaptabilidade,
colaboração e na resolução de problemas;
Conhecimentos para a resolução de problemas e sabedoria em
relação às oportunidades de participação.
56. MATURIDADE
• Existe claramente uma frequência mais elevada de problemas
sociais e de saúde entre os grupos populacionais menos
favorecidos;
• Esta desvantagem socioeconômica é um aspecto particularmente
estressante e o desempenho sozinho já é, por si só, um fator de
isolamento e marginalização que aumenta a demanda pelos
serviços sociais e de saúde;
• Além disso, a saúde mental do indivíduo pode ser abalada por
diversos fatores interdependentes, que incluem problemas
econômicos, sociais, culturais e ambientais;
57. MATURIDADE
• É reconhecido que durante o ciclo da vida as mulheres vivenciam
mais problemas de saúde física e psicológica do que os homens;
• Ocorrências naturais na vida da mulher, como gravidez, parto,
puerpério e menopausa as fazem utilizar com maior frequência os
serviços de saúde;
• Outros problemas, como planejamento familiar e saúde
reprodutiva também são questões cuja responsabilidade em
diversas sociedades recaem exclusivamente sobre as mulheres;
58. MATURIDADE
• As unidades e os profissionais de saúde desempenham um papel
importante no diagnóstico e tratamento de doenças, embora o sistema
de saúde atual ainda não apresente componentes preventivos e de
promoção da saúde adequados e expressivos;
• A abordagem sobre questões como hábitos alimentares saudáveis,
atividade física, prevenção de doenças cardiovasculares, prevenção da
osteoporose, câncer de mama e colo de útero, diagnóstico precoce do
câncer de próstata, prevenção do alcoolismo e do tabagismo, entre
outros, deveriam ser prioridade dos serviços de saúde na abordagem da
maturidade;
59. MATURIDADE
• A Saúde do Trabalhador é um outro aspecto importante a ser abordado na
maturidade, questões ligados ao mercado de trabalho e de geração de renda
têm um grande impacto na saúde do adulto e de seu grupo familiar;
• A prevenção de acidentes de trabalho e a articulação com os aparelhos
empregadores da área, é uma ação inter-setorial importante a ser
acompanhado durante este ciclo da vida;
• Outro campo a ser abordado é o da preservação do meio-ambiente
enquanto espaço promotor de saúde.
60. ADULTEZ E MATURIDADE
e Programas de Saúde Pública
• É reconhecido que durante o ciclo da vida as mulheres relatam mais problemas de saúde física
e psicológica do que os homens; embora vivam muitos anos a mais
• Ocorrências naturais na vida da mulher, como gravidez, parto, puerpério e menopausa as
fazem utilizar com maior frequência os serviços de saúde; demandas nutricionais específicas
desses grupos;
• A abordagem sobre hábitos alimentares saudáveis, atividade física, prevenção de doenças
cardiovasculares, prevenção da osteoporose e dos cânceres, do alcoolismo e do tabagismo,
entre outros, deveriam ser prioridade dos serviços de saúde na abordagem da maturidade;
61.
62. TERCEIRA IDADE
• A última etapa do ciclo da vida ou terceira idade, sempre foi pouco
considerada, mas assume um papel de grande relevância para o serviço de
saúde devido ao grande aumento desta população em curto espaço de
tempo;
• É um grupo populacional que já viveu as outras etapas da vida e passam a
ser encarados como um transtorno para a sociedade;
• A progressiva perda de suas habilidades visuais, auditivas e locomotoras e,
muitas vezes, de suas faculdades mentais são os principais fatores que os
colocam numa posição de desvantagem perante os outros indivíduos.
63. TERCEIRA IDADE
• O grande número de pessoas idosas que moram sozinhas e a relativa
dependência física de familiares;
• A reduzida oferta de oportunidades de ganhar a vida e de se sentirem úteis,
os afetam tanto emocionalmente que já são considerados como o segundo
maior grupo em número de suicídios, depressão e do consumo de bebidas
alcoólicas;
• A falta de adequação dos ambientes doméstico e urbano aliada às
deficiências sensoriais da idade geram um grande número de quedas e outros
acidentes.
64. TERCEIRA IDADE
• O preconceito contra os idosos, especialmente nos países em
desenvolvimento, nos quais a população é composta na sua maioria por
jovens e adultos jovens que enfrentam uma luta diária para ganhar a vida e
promover o seu desenvolvimento;
• Ações como vacinação contra o tétano e a influenza, aconselhamento
nutricional, prevenção do alcoolismo e fumo, estímulo ao exercício físico,
criação de grupos que possam identificar tarefas a serem realizadas pelos
idosos de acordo com sua capacidade, avaliação psicológica e emocional
para evitar depressão e identificar a demência para poder combatê-la são
somente alguns itens que devam ser abordados pelos serviços de saúde
neste ciclo da vida.
65. IDOSOS
• Assume um papel de grande relevância para o serviço de saúde devido ao grande aumento desta
população em curto espaço de tempo; papel da alimentação no manejo das doenças crônicas
• O grande número de pessoas idosas que moram sozinhas e a relativa dependência física de
familiares; dependência no prepara de refeições e compras;
• A progressiva perda de suas habilidades visuais, auditivas e locomotoras e, muitas vezes, de suas
faculdades mentais são os principais fatores que os colocam numa posição de desvantagem perante
os outros indivíduos. Efeito da redução dos sentidos sobre o apetite
66.
67. • VÍDEO:Trailer Envelhescência (documentário sobre
a terceira idade)
• disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XRdRP7yKsHE
67
68. 68
Modos de nascer, viver e adoecer
Risco e vulnerabilidade
- Magnitude
Brasil década de 1970 - 75% da população Materno-Infantil
década de 2010- 56,7% da população materno infantil
- 7,4% da população tem 60 anos ou mais
- Risco e Vulnerabilidade
Risco perigo, emergência
Probabilidade de ocorrência de eventos
- Vulnerabilidade é a susceptibilidades de indivíduos ou populações
envolve pessoais, institucionais , aspectos sociais.
69. Risco
• Um poderoso instrumento para a
epidemiologia – especulação causal e
avaliação de efeitos
• Teoria e prática: dos grupos de risco
aos comportamentos de risco
• Comportamento de risco: suficiente
para a prevenção?
70. Ampliando horizontes:
do risco à vulnerabilidade
• Origens: anos 90 - Coalizão Global de
Políticas contra a aids.
• Definição: conjunto de aspectos
individuais e coletivos, relacionado a
maior exposição de indivíduos e
populações à infecção e ao adoecimento,
de modo inseparável, a maior ou menor
disponibilidade de recursos de todas as
ordens para se protegerem de ambos.
71. Componentes de vulnerabilidade
• Individual: informação, valores, crenças,
afetos, pulsões, etc.
• Social: condições de vida e trabalho,
cultura, situação econômica, ambiente,
relações de gênero, relações de classe,
relações geracionais, etc.
• Programático: acesso a serviços,
existência e sustentação de programas,
qualidade da atenção, etc.
72. Em todo o mundo já é consenso que os Sistemas Nacionais de Saúde devem
ser baseados na Atenção Básica (OMS, 2008).
A Atenção Básica é, ao mesmo tempo, um nível de atenção e uma proposta
estruturante para organização do sistema de saúde que, comprovadamente,
quando o sistema está centrado na AB, apresenta os melhores resultados em
saúde para a população.
A AB deve garantir o acesso universal e em tempo oportuno ao usuário,
deve ofertar o mais amplo possível escopo de ações visando a atenção
integral e ser responsável por coordenar o cuidado dos usuários no caminhar
pelos diversos serviços da rede.
Por que a Atenção Básica?
73. Importância da Atenção Básica
(Fonte: HEALTH EVIDENCE NETWORK/1994; OPAS/2005; STARFIELD/2007; OMS/2008;MACINKO/2006; FACCHINI/2008; CONILL/2008; VILAÇA/2012;
GERVAS/2011; GASTÃO/2016; CECILIO/2014)
Menor :
Mortalidade infantil
Mortalidade precoce (exceto causas externas)
Mortalidade por doenças cardiovasculares
Diminuição das internações sensíveis à atenção ambulatorial
Maior :
Expectativa de vida
Precisão nos diagnósticos
Adesão aos tratamentos indicados
Satisfação dos usuários do sistema
Mais chances de reduzir as desigualdades sociais
Melhor reconhecimento dos problemas e necessidades de saúde
74. Evidências de Resultados na Atenção Básica
• 34% menos crianças com baixo peso e cobertura vacinal 2 vezes
melhor em municípios com mais de 70% de cobertura.
• Desnutrição infantil crônica foi reduzida em 50% de 1996 a 2007,
sendo esta maior e mais rápida em municípios com maior
cobertura (Monteiro, 2009).
• 69% menos gestantes sem pré-natal nos municípios com grandes
coberturas.
75. Investimento Crescente na Atenção Básica
(R$ EM BILHÕES)
9.86
12.51
13.77
13.07
18.36 18.78
17.33
20,3
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: Departamento de Atenção Básica
76. R$ 311,3 milhões
incorporados a mais no Piso Fixo
da Atenção Básica em 2018
R$ 4,8
bilhões
R$ 5,1
bilhões
2013 2018
2013 - 2017 2018
Desde 2013 não havia
Reajuste do PAB
Investimentos
*média
O valor corresponde à
atualização da população dos
municípios segundo cálculos
do IBGE 2016
77. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Não há dúvidas de que existem alguns pré-requisitos importantes
para que o indivíduo desfrute de uma vida saudável.
• São eles, entre outros, paz, abrigo, educação, alimentação, renda,
recursos sustentável, justiça social e equidade (OMS, 1986).
• Portanto para uma vida saudável é necessário uma atitude à favor
da promoção da saúde, políticas saudáveis, estreitamento das
relações entre as comunidades e a reforma do sistema de saúde.
78.
79. Necropsia
A necropsia de um cadáver, normalmente, é feita pela
abertura de três cavidades no corpo: crânio, tórax e
abdômen. Ela é exigida quando alguém morre por causas
naturais ou falta de assistência médica, doença sem
explicação, rara ou morte violenta ou suspeita. Os médicos
legistas analisam o estado dos órgãos internos do cadáver
através desses três cortes, buscando identificar ou confirmar
a causa da morte.
80.
81.
82.
83.
84.
85. • Os funcionários, identificados como Marco Antônio Ramos, 41 anos, e Márcia Valéria dos
Santos, 39, serão indiciados pela Polícia Civil de Goiás. Eles já prestaram depoimento sobre o
caso e foram liberados. Os técnicos em tanatopraxia (procedimento de retirada dos fluidos do
corpo para o enterro) vão responder por vilipêndio a cadáver, um crime que consiste em
"profanar, desrespeitar e ultrajar o cadáver". Eles também serão demitidos por justa causa.
• Se condenados, eles podem pegar de um a três anos de detenção e multa. De acordo com o
titular do 4ª Distrito Policial de Goiânia, Eli José de Oliveira, a funcionária que aparece nas
imagens admitiu ter errado ao gravar o vídeo, e considerou sua própria atitude um "vacilo".
• Segundo o jornal Extra, Márcia relatou que mandou às imagens para um colega de faculdade
de enfermagem, e que foi ele que compartilhou o vídeo com outras pessoas. O rapaz,
identificado apenas como Leandro, ainda será ouvido pela polícia e poderá ser indiciado pelo
mesmo crime.
24/06/2015
Resultado
necrópsia
Os funcionários que
gravaram um vídeo
mostrando a preparação
do corpo do cantor
Cristiano Araújo
86.
87. Perguntas norteadoras
• Após o estudado na sua opinião, quando Começa a Vida Humana?
• Defina ciclos de vida, e descreva o que mudou na distribuição da população
brasileira quanto a estes ciclos?
• Que desafios deve encarar o profissional da Enfermagem frente a estas
transições?
• Defina “risco” e “vulnerabilidade”.
• Faça um resumo sobre o que aprendeu dos ciclos: Vida intrauterina, parto,
Infância, Adolescência, Adultez - Maturidade e Terceira Idade.
• O que é Necropsia?
• Fale sobre o que aprendeu com o caso do Cantor Cristiano Araújo, os
Cuidados da enfermagem no paciente terminal-morte, a ética que se deve
ter.