Timão de Atenas é uma peça de Shakespeare que será encenada no Teatro Municipal de Almada. A peça conta a história de Timão, um nobre ateniense que desperdiça sua fortuna e é abandonado por seus falsos amigos quando fica pobre. Timão exila-se na floresta onde encontra ouro, o que o leva a refletir sobre os males da riqueza e do poder. A peça questiona a falsidade da sociedade e anuncia um "tempo novo" trazido por Alcibíades.
1. INFORMAÇÃO CULTURAL DO SINAPSA – EDIÇÃO DA DELEGAÇÃO REGIONAL SUL
SINAPSA
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JANEIRO 2013
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TIMÃO DE ATENAS
De William Shakespeare | Encenação de Joaquim Benite c/ Rodrigo Francisco
Após o sucesso de «O mercador
de Veneza», o Teatro Municipal
de Almada volta a apresentar um
clássico de Shakespeare, desta
vez em estreia absoluta no nosso País: «Timão de Atenas», com encenação de Joaquim Benite,
que constitui o regresso do director do TMA à encenação.
Com um elenco em que se destacam nomes como Luís Vicente (no papel de Timão), Paulo
Matos, Ivo Alexandre ou Marques D’Arede, entre outros, «Timão de Atenas» centra-se na
metáfora do ouro enquanto matéria sem qualquer valor em si mesma, para representar a
alienação e a falsa bajulação no seio de uma sociedade subjugada à usura e ao materialismo.
Servindo-se de fontes da Antiguidade Clássica, como Plutarco, Shakespeare projectou em
personagens históricas, como Timão, Alcibíades ou Apemanto, alguns comportamentos que
tinham directamente que ver com o seu tempo — e com o nosso. Timão, um nobre ateniense,
leva uma vida de esbanjamento e altruísmo, malgrado os avisos do seu fiel criado Flávio para que não seja tão despesista, e as
invectivas do cínico filósofo Apemanto, que denuncia a falsidade dos nobres bajuladores que o rodeiam. Enquanto dura a sua fúria
gastadora, não falta quem venha visitá-lo, adulá-lo, e elogiar-lhe o comportamento magnânimo. No entanto, uma vez caído em
desgraça, vendo a sua fortuna delapidada, rapidamente aqueles que o incensavam se revelam indisponíveis para vir em seu
socorro: Timão decide então fugir de Atenas e refugiar-se na floresta, onde já só espera morrer “onde as
ondas do mar venham para sempre visitá-lo”.
Ironicamente, no seu exílio
Timão acaba por encontrar
uma mina de ouro, o que
só servirá para que reflicta sobre os males que a riqueza e o poder trazem à sociedade, e para que
aumente a sua misantropia. A todos os que o vêm visitar — uns porque gostam dele (como o seu criado
Flávio, e o seu antigo companheiro de armas Alcibíades), outros porque ouviram dizer que estava de
novo rico — Timão dá ouro, recomendando- lhes que o usem para benefício da humanidade, isto é, que
a destruam sem misericórdia. Só assim se poderá construir um mundo novo – um mundo que Timão já
não conhecerá, porque decide aniquilar- -se logo em seguida. Um mundo que, de certa forma, o capitão
Alcibíades anuncia na cena final da peça, quando entra em Atenas para conquistar a cidade, acabar com
a corrupção, e anunciar um “tempo novo”, no qual “os criminosos, cheios de medo, serão julgados nas
mesmas cadeiras do poder, e a sua enorme insolência esfumar-se-á no pavor de uma fuga horrorosa”.
SÓCIO E ACOMPANHANTE: 6,00€ CADA | JANTAR + ESPECTÁCULO € 12,00 CADA
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