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UMA ESCOLINHA MUITO LOUCA – Nova Versão
Pesquisa e Criação Coletiva – Alunos do 7º A
Organização e Revisão: André da Silva Barros
Realização: Rede Bandeirantes de Televisão
____________________________________
Professor: Bom dia! Eu já corrigi as redações! E descobri que meus alunos possuem uma criatividade
que dá gosto – ou desgosto. Vejam isso: “Os egípcios antigos desenvolveram a arte funerária para que os
mortos pudessem viver melhor.”
Dona Patricinha: Nada mais justo. Não dá para viver a eternidade sem conforto…
Professor: O petróleo apareceu há muitos séculos, numa época em que os peixes se afogavam dentro
d'água.
Dona Rosa: Sim, por isto o Petróleo é preto. Ele está de luto…
Professor: Agora é sobre a bandeira do Brasil. O azul representa o céu, o verde representa as matas, e o
amarelo o ouro. O ouro já foi roubado e as matas estão quase se indo. No dia em que roubarem nosso céu,
ficaremos sem bandeira.
Dona Amada: Ainda bem que sobra aquela faixinha que está escrito: Ordem e Progresso!
Professor: Já está muito de difícil de achar os pandas na Amazônia.
Ana Balanço: Que pena, amado! E além disso, os ursos e elefantes também sumiram de lá.
Professor: As aves têm na boca um dente chamado bico.
Dona Amada: Minha vó sempre dizia: Em bico fechado não entra mosca.
Professor: Essa aqui é do seu Júlio Fashion! Vamos deixar de sermos egoístas e pensarmos um pouco
mais em nós mesmos. Vamos ver! O coração é o único órgão que não deixa de funcionar 24 horas por
dia.
Dona Sandra: Ufa... que bom, não é, professor? Que alívio!
Professor: Já o cérebro…! E a última: o batismo é uma espécie de detergente do pecado original.
Diego Varejón: Já a confissão, professor, poderia ser o sabonete, para uso diário...
DONA FLOR, por favor
Dona Flor: (triste) Ecologicamente correta, 10 é a minha meta.
Professor: Porque a senhora está triste?
Dona Flor: É porque as meninas da escola me convidaram para jogar tênis com elas, mas eu não vou
poder ir.
Professor: E por que não?
Dona Flor: Porque eu só tenho sapato!
Professor: A culpa é minha. Fui eu quem perguntei. Dona Flor. Quem foi Fernão Dias?
Dona Flor: Foi um bandeirante que caçava os índios e vendia como escravos. Ele ficou conhecido
também como Caçador de Esmeraldas. E por sair em busca de índios e pedras preciosas, ele foi vítima da
Febre Amarela.
Professor: Estou impressionadíssimo. Onde a senhora leu e aprendeu sobre isso?
Dona Flor: Eu não li não. Sabe quem me ensinou, gente?
Professor: Quem? Quem?
Dona Flor: Foi o João! Ele entende tudo sobre pedras preciosas. Na semana passada, ele me levou no síto
dele para ver se eu era uma boa garimpeira. Me deu uma dor nas costas abaixada procurando.
Professor: E a senhora encontrou um diamante?
Dona Flor: Não, mas ele me deu esse anel aqui.
Professor: A senhora vai levar um 10.
Dona Flor: Dez, professor? Eu não mereço tudo isso! Fico com cinco!
Professor: Cinco? E os outros cinco?
Dona Flor: Eu faço questão de dar pro João!
Professor: Eita sujeitinho de sorte!
DONA ANA BALANÇO, por favor
Ana Balanço: Presente, querido professor. Comigo é na base do mexe mexe e do bole bole.
Professor: Vamos falar hoje sobre Teatro.
Ana Balanço: Pode mandar, professor. Porque hoje eu estou tendo assim uma sensação que eu vou tirar
dez, dez e dez, depois eu vou rebolar, amado.
Professor: Me diga quem é o autor de Hamlet?
Ana Balanço: Esse negócio de omelete. Eu não sou chegada, não. Mas eu estou comendo porque já estou
de dieta por causa do carnaval.
Professor: Eu não falei de omelete. Falei de Hamlet. Que por coincidência é o mesmo autor de Romeu e
Julieta.
Ana Balanço: Nem me fale de Romeu e Julieta. O senhor quer acabar com minha dieta? Imagine se eu
comer queijo com goiabada, romeu e julieta. A verdade é que eu não sei, queijo, goiabada, omelete, é
muito vuco-vuco, é muito peru com farofa pra minha cabeça. Preciso de uma chanchinha.
A Classe: Dá uma chance pra ela, professor.
Ana Balanço: Por favor, professor. Uma chanchinha, vai?
Professor: Eu já falei que toda vez que a senhora vier aqui e pedir uma chancinha, eu não vou aguentar.
Você só pensa em carnaval, em dieta. O que faz bem pra memória é a senhora experimementar um milk
shake. Porque o shake alimenta, o shake inspira. É… o shake inspira. Eu só quero saber quem é o autor de
Hamlet.
Ana Balanço: (se concentrando e aponta a lousa) O shake inspira!
Professor: Está certo! O shake inspira. Shakespeare! É Shakespeare! É o autor de Hamlet e de Romeu e
Julieta!
Ana Balanço: Acertei?
Professor: Acertou! Nota 10 pra senhora! (toca um samba e Ana Balanço dança)
Senhor MC CHOPÃO, por favor
Mc Chopão: Mc Chopão com muito orgulho. Eu vim pra fazer…
A Classe: Barulho!
Mc Chopão: Se liga no som! (Solta a dança do quadrado. A classe dança.)
Professor: Mc Chopão! Onde foi inventada a plástica?
Mc Chopão: Plástica, professor? Mentira!! Se liga no som, se liga no funkão do Mc Chopão! (Liga o
rádio.)
A plástica é uma moda
Que muita gente fez
A mulher que quis mais seio
A pele tanto estica
Que não aguenta o ataque
Eu já vi até mulher
Operou ficou com três Com bigode e cavanhaque
A Classe: Aque… aque…!
Professor: Isso não tem nada a ver com o que eu pedi. Sua nota é zero!
Mc Chopão: Posso falar uma coisa? Prefiro tirar zero do que falar sobre o que eu não quero.
DONA ELVIRA ALFACINHA
Dona Elvira: Quem sou eu? Quem sou eu? Quem sou eu?
A Classe: Elvira! (música)
Professor: Tudo bem, dona Elvira?
Dona Elvira: Tudo na manteiga!
Professor: Na manteiga? (música)
Professor: Dona Elvira! Gostaria que a senhora me dissesse o significado da palavra Adore.
Dona Elvira: Ah, professoire! Eu estou com ela. To meio esquisita. To com uma gripe. Eu to com uns
sintomas. É Adore de cabeça,professoire.
Professor: O que é isso, dona Elvira? O significado da palavra Adore é adorável, adorar, nada a ver com
adore de cabeça.
Dona Elvira: É carência isso, professoire! Eu te adoro, mas adore é uma palavra portuguesa. Eu vou
provar que o inglês veio do português. Vamos ao telão. Preste atenção.
Shut up Xarope.
Coal leer you Colírio.
Paw mad dean ah Pomadinha!
Dona Elvira: Está vendo? Todos sabem, menos o senhor.
Professor: Vai sentar. Sua nota é zero.
Dona Elvira: Zero. Sabes o que é isso? Isso é dor de cotovelo.
DONA PATRICINHA
Dona Patricinha: Presente, professor! Dinheiro não é problema é solução! Antes de qualquer
perguntinha, eu trouxe uma caixinha!
Professor: Lembrancinha, presentinho, não precisava nada disso. Oh! Uma câmera digital!
Dona Patricinha: Gostou? Bate uma foto da turminha!
Professor: Mas por que uma máquina digital?
Dona Patricinha: Eu não gosto de fofoca não. Mas ontem a dona Ana Balanço sambava e fofocava,
sambava e fofocava. E ela me disse que o senhor era o maior queima-filme.
Professor: Ah, então a senhora me deu uma máquina digital que não tem filme. (para Ana Balanço) A
senhora também? Só não digo pra gente conversar depois da aula, porque tenho medo de apanhar. Mas
vamos à pergunta. Quem escreveu “Um Grito Parado no Ar”?
Dona Patricinha: Minha mamys!
Professor: Sua mãe? Não entendi!
Dona Patricinha: Deixa eu explicar. Meus pais tinham saído fazer uma viagem. Preenchi um chequinho
básico de 5 mil e fui dar uma festinha com umas amigas. Fomos para a piscina. Um amigo meu que
estava pelado subiu no trampolim. Quando ele ia pular, meus pais chegaram. Meu pai já quis pular
pelado, feliz como todo mundo. Mas mamãe, desesperada, gritou: “Pa…!” Um grito parado no ar.
Professor: Eu lamento, mas sua nota é zero!
Dona Patricinha: Professor, pra que economizar? Se o bom mesmo é gastar!
Professor: “Um Grito Parado no Ar” é uma peça de Gianfranccesco Guarnieri!
SEU NÓIA
Seu Nóia: Fala, fala! Como é isso? Explica direito. Vai direto ao assunto, Sovaco! Quero saber o que está
acontecendo? Chegou agora o lance? Faz o seguinte pra por um final nessa história: manda o cara pro
cemitério, direto pro cemitério. Agora! Eu fico nervoso.
Professor: Eu estou vendo. E essa história de cemitério?
Seu Nóia: Eu vou explicar. É que morreu um chegado meu lá na comunidade. O cara foi enterrado hoje
de manhã. Eu encomendei uma coroa de flores pra fazer um agrado. Só que o cara me traz uma coroa de
flores agora. O cara já foi enterrado. Daí eu falei pro cara. Vai lá no cemitério. Se vira! Se precisar
desenterrar o meu amigo pra entregar a coroa pra ele, faz isso. Mas ele tem que receber a coroa. É meu
amigo, é meu chegado!
Professor: Está certo. É que eu pensei que era outra coisa.
Seu Nóia: Professor, todo mundo sabe que eu sou…
Classe: Do BEM!
Professor: Vamos para as perguntas. Me responda como morreu Che Guevara?
Seu Nóia: Ah, não professor. Mataram o Che. Isso não poderia acontecer. Dois amigos no mesmo dia.
Professor: Pera aí, seu Nóia. De que Che o senhor está falando?
Seu Nóia: Do Che lá da padoca. O dono da churrascaria lá da comunidade. Ele era o rei da Picanha. Já
estou até imaginando o Datena. “Me ajude aqui,pô! Cadê as autoridades desse país? Barbaridade!”
Professor: Eu estou falando do Che Guevara que andava junto com Fidel Castro. Ele foi preso na Bolívia
e foi executado em 1967 com 11 tiros.
Seu Nóia: Caramba, hein, professor! 11 tiros. O cara deve ter pirado uma peneira. Depois dizem que a
violência tá na periferia brasileira.
Professor: Seu Nóia! Infelizmente eu vou ter que te dar zero pela sua falta total de conhecimentos.
Seu Nóia: Eu posso falar uma coisa? Eu não aceito esse zero! Eu não aceito!
Professor: (se levantando) Mas eu vou te dar zero sim, senhor!
Seu Nóia: Sabe o que é, professor? O senhor me entendeu mal. Legal. Estou um pouco nervoso. É essa
violência, né, professor?
Professor: Afinou, a chapa esfriou.
SENHORITA CHEKIN NO MON, por favor.
Chekin no Mon: Com Chekin no Mon, negócio ser bom!
Professor: Bom, vamos falar sobre frutas.
Chekin no Mon: Frutas? Na loja de Chekyn no Mon tem tudo sobre fruta. Tem pra quem gosta de fruta.
Tem caixinha, tem faquinha, tem licorzinho. Sabe, Seu Nóia sempre passa por lá. Ele adora frutinha.
Seu Nóia: Ei, não força a amizade. Se o pessoal lá da comunidade fica sabendo vai pegar mal pro meu
lado.
Chekin no Mon: Isso tudo importado. Baratinho, legítimo. Vem todo mundo visitar. Professor também
vai visitar lojinha.
Professor: Sim. Sim. Qualquer dia eu vou na sua lojinha. Lojinha, não; aquilo deve ser enorme. Agora,
me diga qual é o sentido da expressão “descascar o abacaxi”.
Chekin no Mon: É simples: significa resolver problema difícil.
Professor: Muito bem. Parabéns! Desse abacaxi, pelo menos, o senhor se livrou.
Chekin no Mon: Ah, mas, professor, hoje em dia, muito fácil. É só usar cortador inox. É muito fácil.
Quer ver, professor? É só pegar um abacaxi – eu trouxe até abacaxi – tira essa parte verde. Coloca com
jeitinho. É só girando, girando. Aí sai a popa e fica só casca. Depois é só beber o suco. Muito gostoso. O
senhor sabe pra quem eu vendo isso muito?
Professor: Não sei, não.
Chekin no Mon: É pra muitos novos prefeitos. Eles têm muitos abacaxis pra descascar. Mas esse produto
é globalizado. Quem vai querer? Professor, não quer aproveitar? Tem muito abacaxi pra professor
descascar.
Professor: Tem. Com alunos como vocês tem muito. Mas eu não compro produto pirata.
Chekin no Mon: (bravo) Professor, eu também não compro produto pirata, eu só vende! Pirata é coisa do
Caribe! Produtos Chekin no Mon é genérico, alternativo, para facilitar o acesso do povo à tecnologia
avançada. Porque com Chekin no Mon negócio sempre bom!
SANDRA, ROSA, MADALENA, por favor
Professor: Atenção! Vamos falar sobre Idiomas! Um idioma para cada uma.
SENHORITA SANDRA.
Senhorita Sandra: Sim, professor.
Professor: O que significa em francês Tête a tête?
Senhorita Sandra: É um sutiã francês que vai de tête a tête!
Professor: Pode sentar! Pode sentar! Pode esquecer o francês. Vamos para o alemão!
SENHORITA ROSA.
Senhorita Rosa: Sim, professor.
Professor: Como que se diz em alemão Bola de Fogo!
Senhorita Rosa: Ah, deve ser algo parecido com Hemorróidasdóem.
Professor: Pode sentar! Pode sentar! Vamos agora para a língua japonesa.
SENHORITA MADALENA
Senhorita Madalena: Oi, professor.
Professor: Como que se diz água noturna em japonês!
Senhorita Madalena: Hum… já sei. É Mijaro Nakama.
Professor: Olha, eu vou ser obrigado a dar zero pra vocês. Três idiomas e não sabe nenhum deles.
Alemão, francês, japonês. É zero, zero, zero pra todas três!
Sandra, Rosa e Madalena: Zero, professor! A gente zera, mas não apela.
SEU JÚLIO FASHION, por favor
Júlio Fashion: Topo do top. Lindo por dentro e perfeito por fora.
Professor: Senhor Júlio Fashion. João é um trabalhador rural que trabalha de segunda a sexta-feira. Se
João carpe 8 horas por dia, quantas horas ele carpe por semana?
Júlio Fashion: Professeur! Eu que estou acostumado a tratar minhas mãos com as maiores manicures da
high society, só para ter uma performance melhor sobre o palco, vou me preocupar com as mãos de João
que devem ser cheias de calos?
Professor: Mas como que você pode falar assim dele, que traz a comida todos os dias para sua família.
Um trabalhador honesto, que vive do sustento do seu trabalho?
Júlio Fashion: É, professor! Me desculpe! Não quis ofender o João. Por falar nisso, eu até estava
pensando em chamar uma mulher aqui da escolinha para nos ajudar apenas uma hora por dia.
Rosa: Ai, pode ser eu?
Júlio Fashion: Sim, meu bem. Você serve. Me procure depois da aula.
Professor: E qual serviço o senhor vai dar para dona Rosa?
Júlio Fashion: Ela vai carpir o terreno do João durante a hora de almoço dele.
Professor: Olha aqui. 10 pela sua resposta e 0 pela sua prepotência.
Júlio Fashion: Zerrô? Pobre mortal! Ele não sabe que a inveja (se limpa) faz mal.
DONA SARITA SARADA, por favor
Sarita Sarada: Euzinha, professor!
Professor: Eu gostaria de saber o que significa convescote?
Sarita Sarada: É o mesmo que piquenique.
Professor: Muito bem. Sua nota é 10. (Ela começa a chorar) Por que a senhorita está chorando?
Sarita Sarada: Porque eu não posso comer. Umas amigas me chamaram para ir num piquenique. Mas
estou gorda, acima do peso.
Professor: Dona Sarita, essa sua mania de gordura está acabando com sua vida social.
Sarita Sarada: O que é, professor? O senhor está achando que eu sou neurótica? Eu não sou neurótica,
não. Tanto que eu vou provar. Provo ou não provo?
A Classe: Prova!
Sarita Sarada: Imagine eu, naquele piquenique. A comida toda esparramada no chão e eu de regime. Vai
chegar uma hora que eu vou me descontrolar e pego uma asinha do frango. E eu fico com complexo de
culpa. Como ou não como? Como ou não como? Imagine o que o povo vai ficar comentando. Vejam lá a
Sarita Sarada. Ela está fingindo que vai comer só uma asinha, porque em casa ela já comeu três frangos
inteiros.
Professor: Vai sentar, dona Sarita. Antes que eu tire o dez que eu te dei. A senhora está muito nervosa.
Sarita Sarada: Nervosa? E o senhor não vai me dar água com áçucar?
Professor: Bom… eu tenho aqui a água, mas não tenho áçucar.
Sarita Sarada: Professor, água com áçucar vai me deixar mais gorda. Eu sei que no fundo o senhor está
pensando. Pra Sarita Elefante, é melhor dar água com adoçante.
DONA KRIKA TELÉ
Krika Telé: Alô, alô! Krika Telé, operadora de telemarketing, ao seu dispor. Gostaria de dizer que nesse
momento o senhor estará sendo a melhor pessoa para o meu esclarecimento. Se for Geografia, tecle 1,
História, tecle 2 e Português, tecle 3. Agora se for para os assuntos do amor, pode apertar a tecla do meu
coração.
Professor: Eu gostaria de saber se a senhora continua sendo a maior vendedora de Telemarketing do
nosso país.
Krika Telé: Lógico que sim, né, professor? Eu acabei de vender uma geladeira de duas portas com um
ótimo precinho.
Professor: Dona Krika! Geladeira até minha mãe vende!
Krika Telé: Não para um esquimó que mora lá no Alaska.
Professor: E por que um esquimó precisa de uma geladeira?
Krika Telé: Pra que ele precisa eu não sei, o importante é vender o meu produto.
Professor: Muito bom! Parabéns! A senhora falou sobre o Alaska que é o país dos esquimós. Eles moram
em iglus que são casas feitas com gelo. Por falar em habitação, você poderia me dizer o que significa
BNH?
Krika Telé: BNH – Banco Nacional de Habitação. Um banco feito para que as pessoas de baixa renda
possam comprar sua casa própria. E falando em casa própria, estamos lançando no mercado, através da
construtora Vai com Deus, o Conjunto Habitacional Descanse em Paz. Finalmente, a última morada ao
seu alcance em uma vila com apenas 1200 edifícios subterrâneos para sua família viver em paz sem
precisar pagar aluguel até o Juízo Final. Localizada numa vizinhança que não te incomoda, não te visita,
não liga o som depois daz dez, e não reclama de nada. O Conjunto Descanse em Paz é simplesmente um
plano 100. 100 portas, 100 janelas, 100 móveis, 100 porteira, 100 porcaria nenhuma. E atenção. Os
primeiros cinco milhões que ligarem vão receber gratuitamente as chaves do apartamento e também uma
linda cama de madeira. Lé, Lelé, produtos da Krika Telé.
Professor: Olha aqui, dona Krika Telé! Pra que chave se não tem portas, não tem janelas, não tem
porcaria nenhuma.
Krika Telé: Tem sim, professor. Tem uma música. É assim… (a classe canta junto) Era uma casa muito
engraçada/ Não tinha teto, não tinha nada/ Ninguém podia dormir na rede/ Porque na casa não tinha
parede/ Ninguém podia fazer xixi/ Porque pinico não tinha ali/ Mas era feita com muito esmero/ Na rua
dos bobos/ Número zero.
Professor: Eu ia te dar dez, mas como a senhora está aqui para aprender e não para vender, eu vou te dar
cinco.
Krika: Cinco? Ainda estou no lucro, porque o importante é vender o meu produto. Chaves do Conjunto
Descanse em Paz, quem vai querer?
AURÉLIO JÚNIOR
Aurélio Júnior: Pode falar, caro magister.
Professor: Qual é o significado da palavra Enologista?
Aurélio Júnior: Enologia é todo aquele que se estuda a ciência que trata do vinho.
Professor: Muito bem. Eu te dou 10.
Aurélio Júnior: Dez? Eu fico com uma vontade de exclamar: Iupii!
Professor: Pra responder assim tão rápido significa que o senhor está inspirado.
Inspiração essa que veio da minha amiga Elvira Alfacinha. Como ela veio de Portugal, ela é chegada em
Periquita. (ela desmaia e alguém a segura.) Mas, calma, não é assim, não. É só de vez em quando que ela
tem uma queda por Periquita.
Aurélio Júnior: Calma, calma, dona Elvira. Está aqui no dicionário. Periquita é um tipo de uva européia
com grande implantação em Portugal do qual se faz um ótimo vinho.
Elvira Alfacinha: É que eu não me lembrava. Não me lembrava. E eu não bebo álcool.
Professor: Pela resposta merece dez, mas pela confusão, eu vou ter que te dar um cinco.
DONA MARIINHA
Dona Mariinha: Ó xente! Pode perguntar, professor!
Professor: Você fez a redação sobre o comportamento de vocês, alunos, na sala de aula?
Dona Mariinha: Sim! Está aqui!
Professor: Pode ler e explicar para os seus colegas? Quem sabe assim eles melhorem.
Dona Mariinha: Posso, professor. Vou começar:
O aluno não cola: compara resultados.
O aluno não fala: troca opiniões.
O aluno não dorme: se concentra.
O aluno não se distrai: examina as moscas.
O aluno não falta na escola: é chamado em outros lugares.
O aluno não diz besteiras: se expressa.
O aluno não masca chiclete: fortalece os dentes.
O aluno não lê figurinhas na sala: se informa.
O aluno não destrói o colégio: decora a escola segundo seu gosto.
Seguindo, Dona NEPOTÔNIO SOBRINHO
Nepotônio Sobrinho: Protesto. Quero dizer: presente!
Professor: Seu Nepotônio, essa é fácil. O que é uma carreata?
Nepotônio Sobrinho: Carreata é uma manifestação pública conduzida em automóveis. E que carregam
bandeiras, faixas, equipamentos de som. Isso é uma carreata.
Professor: Parabéns. Sua nota é 10. O senhor já deve ter feito muitas carreatas com seu tio político, o
famoso Maranhoso Vigarildo.
Nepotônio Sobrinho: Sim. Mas infelizmente eu perdi a melhor delas. Na semana passada, ele fez uma
carreata de 300 mil euros para resolver o problema do Brasil.
Professor: Com certeza, a carreata passou por lugares onde existe a fome, o desemprego e doentes aqui
no Brasil.
Nepotônio Sobrinho: Não foi bem assim. A carreata levou titio até o aeroporto para ele pegar um avião
até a Alemanha.
Professor: Alemanha? O senhor mesmo acabou de falar que ele foi discutir os problemas do Brasil.
Como Alemanha?
Nepotônio Sobrinho: Ele foi para uma mansão que ele comprou na Alemanha, reuniu os amigos perto da
lareira e lá ficaram discutindo os problemas do Brasil.
Professor: Infelizmente, sua nota é zero. E quando seu tio Maranhoso Vigarildo chegar da Alemanha,
peça para ele ver também o problema da sua nota aqui na escola.
Nepotônio Sobrinho: Protesto! E digo mais. Eu posso perder na nota, mas o importante é ganhar nas
urnas.
Dona AMADA SEVERA.
Amada Severa: Amada pelos amigos, severa com os inimigos.
Professor: Dona Amada! Me diga quantos dedos têm aqui?
Amada Severa: Cinco, professor!
Professor: E se eu tirar dois, o que acontece?
Amada Severa: Acontece que o senhor fica aleijado!
Professor: Sempre com suas gracinhas, não é, dona Amada. Mas a senhora parece feliz.
Amada Severa: É que o meu filho lá em São Luís de Macaxeira está estudando muito. Enfiou a cara nos
livros. Sabe que um dia, eu vi ele com o livro de Ciências e pedi a ele o nome de três partes no corpo que
começam com a letra Z.
Professor: E o que ele respondeu?
Amada Severa: Zóio, Zoreia e Zovido.
Professor: Espertinha a senhora. Antes de sentar, adivinhe a nota que eu vou te dar. Ela também começa
com Z.
Amada Severa: Ah, então deve ser uns Zoito. Né, professor! Eu mereço!
Professor: É Zero! Dona Amada! Zero!
DONA HOMERA PONTO
Professor: Vamos continuar a aula, por gentileza.
Dona Homera: Desculpa o atraso, professor. Demorei, mas cheguei.
Professor: Um clássico! O Corcunda de Notre Dame, naturalmente, uma peça de teatro.
Dona Homera: Não. Ação de despejo. Foram fazer uma mudança e desceram o sofá por uma corda. A
corda arrebentou e eu estava embaixo. Nããããão! O sofá caiu em cima de mim.
Professor: O senhor quer que eu chame um médico?
Dona Homera: Não! Estou aproveitando essa fase pra pegar coisinhas na rua. Quantas coisas valiosas
nós conseguimos pela rua.
Professor: Eu fazer logo a pergunta. Relacionado ao tema do corcunda, quem foi Victor Hugo?
Dona Homera: Um safado. Ele é dono daquela lojinha que eu comprei a corda assassina pra amarrar o
sofá.
Professor: O Victor Hugo que eu estou falando é um escritor francês. A sua nota é zero.
Dona Homera: Não! Não! Não! Ai de mim. Maldito zero no meu boletim.
Professor: Onde o senhor vai?
Dona Homera: Vou aproveitar a corcova pra fazer um teste que tem um camelo no comercial!
Professor: Impressionante! Impressionante!
SEU RANULFO, por favor
Seu Ranulfo: Ranulfo Pereira, sexólogo aposentado.
Professor: Seu Ranulfo. Vamos fazer um cálculo de divisão. Vamos supor que o senhor e dois amigos
tenham ido a uma pizzaria.
Seu Ranulfo: Ah, sim. Adoro pizza. Então, vou eu, o Pavão e o Passarinho. Dois grandes amigos.
Professor: Tá bom. Eu chegando, os senhores três… Pediram uma pizza de…
Seu Ranulfo: Que não seja de aliche, porque o Pavão tem problema de pressão.
Professor: Tá bom. Vocês pediram uma pizza de escarola. Então vocês três.
Seu Ranulfo: Tá bom, mas não bota azeitona porque também é salgada.
Professor: Tá certo. Vocês três.
Seu Ranulfo: E cuidado pra não queimar a borda porque eu odeia pizza queimada.
Professor: Seu Ranulfo. O senhor quer me deixar falar, por favor.
Seu Ranulfo: Nunca mais volto a essa pizzaria. O atendimento é péssimo.
Professor: O garçom dividiu a pizza em 8 pedaços. Vocês são 3. Quantos pedaços cada um comeu?
Seu Ranulfo: Três pedaços!
Professor: Espere aí! Vocês são três. Se cada um comeu três pedaços, deu 9. Ele dividiu em 8.
Seu Ranulfo: Eu comi 3, o Pavão comeu 3 e o Passarinho não comeu nada. Está de dieta.
Professor: O senhor comeu 3 e seu amigo comeu mais 3. É isso? E o resto?
Seu Ranulfo: O resto embrulha que a gente leva pra casa.
SENHOR DIEGO VAREJÓN, por favor
Diego Varejón: Auera! Vamos!
Professor: Seu Diego, vamos falar hoje sobre Hipnose, o senhor já deve ter praticado hipnose.
Diego Varejón: Perfectamente! Olha, a hipnose é uma coisa PE-TA-CU-LAR. Eu vou dizer uma coisa,
professor, a respeito da Hipnose. Outro dia eu tava conversando com a Renata Fan, a gente tava falando
sobre Hipnose, essas coisas e aí nós concluímos que quando fvdslnm dfdlj fjfh gaha ihjlgoa e quando fala
alguma coisa a nlg eue afdoja dfaojg, compreendeu, professor?
Professor: Não compreendi nada.
Diego Varejón: Não? Isso é porque o senhor anda muito hipnotizado, principalmente pelas mulheres,
sabia?
Professor: Olha aqui.Você tenha respeito comigo. Eu sou um homem casado.
Diego Varejón: Ui, ui, ui! Estou tendo um insight, professor, estou ouvindo vozes. Elas estão dizendo
que o senhor precisa relaxar, o senhor está trabalhando demais. E não está conseguindo dormir.
Professor: Isso é verdade. Eu tenho trabalhado demais mesmo.
Diego Varejón: Com licença! Eu vou fazer com o senhor uma técnica de Hipnose que eu aprendi. Fecha
essa porcaria. (fecha o diário dele) O senhor precisa olhar para o cristal e se concentrar. Olha para o
cristal. Agora diga comigo vou relaxar, vou relaxar, vou relaxar. (o professor repete, mas é Diego quem
pega no sono.)
Professor: Gente, ele dormiu! (chamando) Seu Diego!!!
Diego Varejón: (acordando) Oi, querido! Bom dia, amor!
Professor: Que, quê que é isso?
Diego Varejón: Que isso? (aponta os atores e o público) Quem fez isso aqui?
Professor: O senhor pegou no sono.
Diego Varejón: Não falei que funciona, professor? Olha, o senhor tem que fazer como eu. Eu, por
exemplo, estou 100% relaxado.
Professor: Pode sentar que eu vou lhe dar um zero.
Diego Varejón: Zero? Professor! Eu acho zero uma coisa PE-TA-CU-LAR! E quer saber mais de uma
coisa? Pero que viste no saber!
PERGUNTA COLETIVA
Professor: Eu tenho aquela proposta de sempre no final de cada aula. Dez coletivo. (a classe aplaude)
Vocês sabem perfeitamente como agir. Vocês não podem…
Classe: Errar!
Professor: Ninguém pode…
Classe: Errar!
Professor: Exatamente. Tema: ditados populares. Eu gostaria de perguntar primeiro pra dona Amada
Severa “quem ri por último…”
Dona Flor: “…ri melhor”!
Professor: Dona Patricinha! “Família que reza unida…”
Patricinha: “…permanece unida!”
Professor: Fantástico! Seu Eugênio, por favor! “Depois da tempestade…”
Seu Eugênio: “vem a gripe.” (cai em cima de Nóia Pinóia)

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Uma Escolinha Muito Louca

  • 1. UMA ESCOLINHA MUITO LOUCA – Nova Versão Pesquisa e Criação Coletiva – Alunos do 7º A Organização e Revisão: André da Silva Barros Realização: Rede Bandeirantes de Televisão ____________________________________ Professor: Bom dia! Eu já corrigi as redações! E descobri que meus alunos possuem uma criatividade que dá gosto – ou desgosto. Vejam isso: “Os egípcios antigos desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor.” Dona Patricinha: Nada mais justo. Não dá para viver a eternidade sem conforto… Professor: O petróleo apareceu há muitos séculos, numa época em que os peixes se afogavam dentro d'água. Dona Rosa: Sim, por isto o Petróleo é preto. Ele está de luto… Professor: Agora é sobre a bandeira do Brasil. O azul representa o céu, o verde representa as matas, e o amarelo o ouro. O ouro já foi roubado e as matas estão quase se indo. No dia em que roubarem nosso céu, ficaremos sem bandeira. Dona Amada: Ainda bem que sobra aquela faixinha que está escrito: Ordem e Progresso! Professor: Já está muito de difícil de achar os pandas na Amazônia. Ana Balanço: Que pena, amado! E além disso, os ursos e elefantes também sumiram de lá. Professor: As aves têm na boca um dente chamado bico. Dona Amada: Minha vó sempre dizia: Em bico fechado não entra mosca. Professor: Essa aqui é do seu Júlio Fashion! Vamos deixar de sermos egoístas e pensarmos um pouco mais em nós mesmos. Vamos ver! O coração é o único órgão que não deixa de funcionar 24 horas por dia. Dona Sandra: Ufa... que bom, não é, professor? Que alívio! Professor: Já o cérebro…! E a última: o batismo é uma espécie de detergente do pecado original. Diego Varejón: Já a confissão, professor, poderia ser o sabonete, para uso diário... DONA FLOR, por favor Dona Flor: (triste) Ecologicamente correta, 10 é a minha meta. Professor: Porque a senhora está triste? Dona Flor: É porque as meninas da escola me convidaram para jogar tênis com elas, mas eu não vou poder ir. Professor: E por que não? Dona Flor: Porque eu só tenho sapato! Professor: A culpa é minha. Fui eu quem perguntei. Dona Flor. Quem foi Fernão Dias? Dona Flor: Foi um bandeirante que caçava os índios e vendia como escravos. Ele ficou conhecido também como Caçador de Esmeraldas. E por sair em busca de índios e pedras preciosas, ele foi vítima da Febre Amarela. Professor: Estou impressionadíssimo. Onde a senhora leu e aprendeu sobre isso? Dona Flor: Eu não li não. Sabe quem me ensinou, gente? Professor: Quem? Quem? Dona Flor: Foi o João! Ele entende tudo sobre pedras preciosas. Na semana passada, ele me levou no síto dele para ver se eu era uma boa garimpeira. Me deu uma dor nas costas abaixada procurando. Professor: E a senhora encontrou um diamante? Dona Flor: Não, mas ele me deu esse anel aqui. Professor: A senhora vai levar um 10. Dona Flor: Dez, professor? Eu não mereço tudo isso! Fico com cinco! Professor: Cinco? E os outros cinco? Dona Flor: Eu faço questão de dar pro João! Professor: Eita sujeitinho de sorte!
  • 2. DONA ANA BALANÇO, por favor Ana Balanço: Presente, querido professor. Comigo é na base do mexe mexe e do bole bole. Professor: Vamos falar hoje sobre Teatro. Ana Balanço: Pode mandar, professor. Porque hoje eu estou tendo assim uma sensação que eu vou tirar dez, dez e dez, depois eu vou rebolar, amado. Professor: Me diga quem é o autor de Hamlet? Ana Balanço: Esse negócio de omelete. Eu não sou chegada, não. Mas eu estou comendo porque já estou de dieta por causa do carnaval. Professor: Eu não falei de omelete. Falei de Hamlet. Que por coincidência é o mesmo autor de Romeu e Julieta. Ana Balanço: Nem me fale de Romeu e Julieta. O senhor quer acabar com minha dieta? Imagine se eu comer queijo com goiabada, romeu e julieta. A verdade é que eu não sei, queijo, goiabada, omelete, é muito vuco-vuco, é muito peru com farofa pra minha cabeça. Preciso de uma chanchinha. A Classe: Dá uma chance pra ela, professor. Ana Balanço: Por favor, professor. Uma chanchinha, vai? Professor: Eu já falei que toda vez que a senhora vier aqui e pedir uma chancinha, eu não vou aguentar. Você só pensa em carnaval, em dieta. O que faz bem pra memória é a senhora experimementar um milk shake. Porque o shake alimenta, o shake inspira. É… o shake inspira. Eu só quero saber quem é o autor de Hamlet. Ana Balanço: (se concentrando e aponta a lousa) O shake inspira! Professor: Está certo! O shake inspira. Shakespeare! É Shakespeare! É o autor de Hamlet e de Romeu e Julieta! Ana Balanço: Acertei? Professor: Acertou! Nota 10 pra senhora! (toca um samba e Ana Balanço dança) Senhor MC CHOPÃO, por favor Mc Chopão: Mc Chopão com muito orgulho. Eu vim pra fazer… A Classe: Barulho! Mc Chopão: Se liga no som! (Solta a dança do quadrado. A classe dança.) Professor: Mc Chopão! Onde foi inventada a plástica? Mc Chopão: Plástica, professor? Mentira!! Se liga no som, se liga no funkão do Mc Chopão! (Liga o rádio.) A plástica é uma moda Que muita gente fez A mulher que quis mais seio A pele tanto estica Que não aguenta o ataque Eu já vi até mulher Operou ficou com três Com bigode e cavanhaque A Classe: Aque… aque…! Professor: Isso não tem nada a ver com o que eu pedi. Sua nota é zero! Mc Chopão: Posso falar uma coisa? Prefiro tirar zero do que falar sobre o que eu não quero. DONA ELVIRA ALFACINHA Dona Elvira: Quem sou eu? Quem sou eu? Quem sou eu? A Classe: Elvira! (música) Professor: Tudo bem, dona Elvira? Dona Elvira: Tudo na manteiga! Professor: Na manteiga? (música) Professor: Dona Elvira! Gostaria que a senhora me dissesse o significado da palavra Adore. Dona Elvira: Ah, professoire! Eu estou com ela. To meio esquisita. To com uma gripe. Eu to com uns sintomas. É Adore de cabeça,professoire.
  • 3. Professor: O que é isso, dona Elvira? O significado da palavra Adore é adorável, adorar, nada a ver com adore de cabeça. Dona Elvira: É carência isso, professoire! Eu te adoro, mas adore é uma palavra portuguesa. Eu vou provar que o inglês veio do português. Vamos ao telão. Preste atenção. Shut up Xarope. Coal leer you Colírio. Paw mad dean ah Pomadinha! Dona Elvira: Está vendo? Todos sabem, menos o senhor. Professor: Vai sentar. Sua nota é zero. Dona Elvira: Zero. Sabes o que é isso? Isso é dor de cotovelo. DONA PATRICINHA Dona Patricinha: Presente, professor! Dinheiro não é problema é solução! Antes de qualquer perguntinha, eu trouxe uma caixinha! Professor: Lembrancinha, presentinho, não precisava nada disso. Oh! Uma câmera digital! Dona Patricinha: Gostou? Bate uma foto da turminha! Professor: Mas por que uma máquina digital? Dona Patricinha: Eu não gosto de fofoca não. Mas ontem a dona Ana Balanço sambava e fofocava, sambava e fofocava. E ela me disse que o senhor era o maior queima-filme. Professor: Ah, então a senhora me deu uma máquina digital que não tem filme. (para Ana Balanço) A senhora também? Só não digo pra gente conversar depois da aula, porque tenho medo de apanhar. Mas vamos à pergunta. Quem escreveu “Um Grito Parado no Ar”? Dona Patricinha: Minha mamys! Professor: Sua mãe? Não entendi! Dona Patricinha: Deixa eu explicar. Meus pais tinham saído fazer uma viagem. Preenchi um chequinho básico de 5 mil e fui dar uma festinha com umas amigas. Fomos para a piscina. Um amigo meu que estava pelado subiu no trampolim. Quando ele ia pular, meus pais chegaram. Meu pai já quis pular pelado, feliz como todo mundo. Mas mamãe, desesperada, gritou: “Pa…!” Um grito parado no ar. Professor: Eu lamento, mas sua nota é zero! Dona Patricinha: Professor, pra que economizar? Se o bom mesmo é gastar! Professor: “Um Grito Parado no Ar” é uma peça de Gianfranccesco Guarnieri! SEU NÓIA Seu Nóia: Fala, fala! Como é isso? Explica direito. Vai direto ao assunto, Sovaco! Quero saber o que está acontecendo? Chegou agora o lance? Faz o seguinte pra por um final nessa história: manda o cara pro cemitério, direto pro cemitério. Agora! Eu fico nervoso. Professor: Eu estou vendo. E essa história de cemitério? Seu Nóia: Eu vou explicar. É que morreu um chegado meu lá na comunidade. O cara foi enterrado hoje de manhã. Eu encomendei uma coroa de flores pra fazer um agrado. Só que o cara me traz uma coroa de flores agora. O cara já foi enterrado. Daí eu falei pro cara. Vai lá no cemitério. Se vira! Se precisar desenterrar o meu amigo pra entregar a coroa pra ele, faz isso. Mas ele tem que receber a coroa. É meu amigo, é meu chegado! Professor: Está certo. É que eu pensei que era outra coisa. Seu Nóia: Professor, todo mundo sabe que eu sou… Classe: Do BEM! Professor: Vamos para as perguntas. Me responda como morreu Che Guevara?
  • 4. Seu Nóia: Ah, não professor. Mataram o Che. Isso não poderia acontecer. Dois amigos no mesmo dia. Professor: Pera aí, seu Nóia. De que Che o senhor está falando? Seu Nóia: Do Che lá da padoca. O dono da churrascaria lá da comunidade. Ele era o rei da Picanha. Já estou até imaginando o Datena. “Me ajude aqui,pô! Cadê as autoridades desse país? Barbaridade!” Professor: Eu estou falando do Che Guevara que andava junto com Fidel Castro. Ele foi preso na Bolívia e foi executado em 1967 com 11 tiros. Seu Nóia: Caramba, hein, professor! 11 tiros. O cara deve ter pirado uma peneira. Depois dizem que a violência tá na periferia brasileira. Professor: Seu Nóia! Infelizmente eu vou ter que te dar zero pela sua falta total de conhecimentos. Seu Nóia: Eu posso falar uma coisa? Eu não aceito esse zero! Eu não aceito! Professor: (se levantando) Mas eu vou te dar zero sim, senhor! Seu Nóia: Sabe o que é, professor? O senhor me entendeu mal. Legal. Estou um pouco nervoso. É essa violência, né, professor? Professor: Afinou, a chapa esfriou. SENHORITA CHEKIN NO MON, por favor. Chekin no Mon: Com Chekin no Mon, negócio ser bom! Professor: Bom, vamos falar sobre frutas. Chekin no Mon: Frutas? Na loja de Chekyn no Mon tem tudo sobre fruta. Tem pra quem gosta de fruta. Tem caixinha, tem faquinha, tem licorzinho. Sabe, Seu Nóia sempre passa por lá. Ele adora frutinha. Seu Nóia: Ei, não força a amizade. Se o pessoal lá da comunidade fica sabendo vai pegar mal pro meu lado. Chekin no Mon: Isso tudo importado. Baratinho, legítimo. Vem todo mundo visitar. Professor também vai visitar lojinha. Professor: Sim. Sim. Qualquer dia eu vou na sua lojinha. Lojinha, não; aquilo deve ser enorme. Agora, me diga qual é o sentido da expressão “descascar o abacaxi”. Chekin no Mon: É simples: significa resolver problema difícil. Professor: Muito bem. Parabéns! Desse abacaxi, pelo menos, o senhor se livrou. Chekin no Mon: Ah, mas, professor, hoje em dia, muito fácil. É só usar cortador inox. É muito fácil. Quer ver, professor? É só pegar um abacaxi – eu trouxe até abacaxi – tira essa parte verde. Coloca com jeitinho. É só girando, girando. Aí sai a popa e fica só casca. Depois é só beber o suco. Muito gostoso. O senhor sabe pra quem eu vendo isso muito? Professor: Não sei, não. Chekin no Mon: É pra muitos novos prefeitos. Eles têm muitos abacaxis pra descascar. Mas esse produto é globalizado. Quem vai querer? Professor, não quer aproveitar? Tem muito abacaxi pra professor descascar. Professor: Tem. Com alunos como vocês tem muito. Mas eu não compro produto pirata. Chekin no Mon: (bravo) Professor, eu também não compro produto pirata, eu só vende! Pirata é coisa do Caribe! Produtos Chekin no Mon é genérico, alternativo, para facilitar o acesso do povo à tecnologia avançada. Porque com Chekin no Mon negócio sempre bom! SANDRA, ROSA, MADALENA, por favor Professor: Atenção! Vamos falar sobre Idiomas! Um idioma para cada uma. SENHORITA SANDRA. Senhorita Sandra: Sim, professor. Professor: O que significa em francês Tête a tête? Senhorita Sandra: É um sutiã francês que vai de tête a tête! Professor: Pode sentar! Pode sentar! Pode esquecer o francês. Vamos para o alemão! SENHORITA ROSA.
  • 5. Senhorita Rosa: Sim, professor. Professor: Como que se diz em alemão Bola de Fogo! Senhorita Rosa: Ah, deve ser algo parecido com Hemorróidasdóem. Professor: Pode sentar! Pode sentar! Vamos agora para a língua japonesa. SENHORITA MADALENA Senhorita Madalena: Oi, professor. Professor: Como que se diz água noturna em japonês! Senhorita Madalena: Hum… já sei. É Mijaro Nakama. Professor: Olha, eu vou ser obrigado a dar zero pra vocês. Três idiomas e não sabe nenhum deles. Alemão, francês, japonês. É zero, zero, zero pra todas três! Sandra, Rosa e Madalena: Zero, professor! A gente zera, mas não apela. SEU JÚLIO FASHION, por favor Júlio Fashion: Topo do top. Lindo por dentro e perfeito por fora. Professor: Senhor Júlio Fashion. João é um trabalhador rural que trabalha de segunda a sexta-feira. Se João carpe 8 horas por dia, quantas horas ele carpe por semana? Júlio Fashion: Professeur! Eu que estou acostumado a tratar minhas mãos com as maiores manicures da high society, só para ter uma performance melhor sobre o palco, vou me preocupar com as mãos de João que devem ser cheias de calos? Professor: Mas como que você pode falar assim dele, que traz a comida todos os dias para sua família. Um trabalhador honesto, que vive do sustento do seu trabalho? Júlio Fashion: É, professor! Me desculpe! Não quis ofender o João. Por falar nisso, eu até estava pensando em chamar uma mulher aqui da escolinha para nos ajudar apenas uma hora por dia. Rosa: Ai, pode ser eu? Júlio Fashion: Sim, meu bem. Você serve. Me procure depois da aula. Professor: E qual serviço o senhor vai dar para dona Rosa? Júlio Fashion: Ela vai carpir o terreno do João durante a hora de almoço dele. Professor: Olha aqui. 10 pela sua resposta e 0 pela sua prepotência. Júlio Fashion: Zerrô? Pobre mortal! Ele não sabe que a inveja (se limpa) faz mal. DONA SARITA SARADA, por favor Sarita Sarada: Euzinha, professor! Professor: Eu gostaria de saber o que significa convescote? Sarita Sarada: É o mesmo que piquenique. Professor: Muito bem. Sua nota é 10. (Ela começa a chorar) Por que a senhorita está chorando? Sarita Sarada: Porque eu não posso comer. Umas amigas me chamaram para ir num piquenique. Mas estou gorda, acima do peso. Professor: Dona Sarita, essa sua mania de gordura está acabando com sua vida social. Sarita Sarada: O que é, professor? O senhor está achando que eu sou neurótica? Eu não sou neurótica, não. Tanto que eu vou provar. Provo ou não provo? A Classe: Prova! Sarita Sarada: Imagine eu, naquele piquenique. A comida toda esparramada no chão e eu de regime. Vai chegar uma hora que eu vou me descontrolar e pego uma asinha do frango. E eu fico com complexo de culpa. Como ou não como? Como ou não como? Imagine o que o povo vai ficar comentando. Vejam lá a Sarita Sarada. Ela está fingindo que vai comer só uma asinha, porque em casa ela já comeu três frangos inteiros. Professor: Vai sentar, dona Sarita. Antes que eu tire o dez que eu te dei. A senhora está muito nervosa. Sarita Sarada: Nervosa? E o senhor não vai me dar água com áçucar? Professor: Bom… eu tenho aqui a água, mas não tenho áçucar.
  • 6. Sarita Sarada: Professor, água com áçucar vai me deixar mais gorda. Eu sei que no fundo o senhor está pensando. Pra Sarita Elefante, é melhor dar água com adoçante. DONA KRIKA TELÉ Krika Telé: Alô, alô! Krika Telé, operadora de telemarketing, ao seu dispor. Gostaria de dizer que nesse momento o senhor estará sendo a melhor pessoa para o meu esclarecimento. Se for Geografia, tecle 1, História, tecle 2 e Português, tecle 3. Agora se for para os assuntos do amor, pode apertar a tecla do meu coração. Professor: Eu gostaria de saber se a senhora continua sendo a maior vendedora de Telemarketing do nosso país. Krika Telé: Lógico que sim, né, professor? Eu acabei de vender uma geladeira de duas portas com um ótimo precinho. Professor: Dona Krika! Geladeira até minha mãe vende! Krika Telé: Não para um esquimó que mora lá no Alaska. Professor: E por que um esquimó precisa de uma geladeira? Krika Telé: Pra que ele precisa eu não sei, o importante é vender o meu produto. Professor: Muito bom! Parabéns! A senhora falou sobre o Alaska que é o país dos esquimós. Eles moram em iglus que são casas feitas com gelo. Por falar em habitação, você poderia me dizer o que significa BNH? Krika Telé: BNH – Banco Nacional de Habitação. Um banco feito para que as pessoas de baixa renda possam comprar sua casa própria. E falando em casa própria, estamos lançando no mercado, através da construtora Vai com Deus, o Conjunto Habitacional Descanse em Paz. Finalmente, a última morada ao seu alcance em uma vila com apenas 1200 edifícios subterrâneos para sua família viver em paz sem precisar pagar aluguel até o Juízo Final. Localizada numa vizinhança que não te incomoda, não te visita, não liga o som depois daz dez, e não reclama de nada. O Conjunto Descanse em Paz é simplesmente um plano 100. 100 portas, 100 janelas, 100 móveis, 100 porteira, 100 porcaria nenhuma. E atenção. Os primeiros cinco milhões que ligarem vão receber gratuitamente as chaves do apartamento e também uma linda cama de madeira. Lé, Lelé, produtos da Krika Telé. Professor: Olha aqui, dona Krika Telé! Pra que chave se não tem portas, não tem janelas, não tem porcaria nenhuma. Krika Telé: Tem sim, professor. Tem uma música. É assim… (a classe canta junto) Era uma casa muito engraçada/ Não tinha teto, não tinha nada/ Ninguém podia dormir na rede/ Porque na casa não tinha parede/ Ninguém podia fazer xixi/ Porque pinico não tinha ali/ Mas era feita com muito esmero/ Na rua dos bobos/ Número zero. Professor: Eu ia te dar dez, mas como a senhora está aqui para aprender e não para vender, eu vou te dar cinco. Krika: Cinco? Ainda estou no lucro, porque o importante é vender o meu produto. Chaves do Conjunto Descanse em Paz, quem vai querer? AURÉLIO JÚNIOR Aurélio Júnior: Pode falar, caro magister. Professor: Qual é o significado da palavra Enologista? Aurélio Júnior: Enologia é todo aquele que se estuda a ciência que trata do vinho. Professor: Muito bem. Eu te dou 10. Aurélio Júnior: Dez? Eu fico com uma vontade de exclamar: Iupii! Professor: Pra responder assim tão rápido significa que o senhor está inspirado. Inspiração essa que veio da minha amiga Elvira Alfacinha. Como ela veio de Portugal, ela é chegada em Periquita. (ela desmaia e alguém a segura.) Mas, calma, não é assim, não. É só de vez em quando que ela tem uma queda por Periquita. Aurélio Júnior: Calma, calma, dona Elvira. Está aqui no dicionário. Periquita é um tipo de uva européia com grande implantação em Portugal do qual se faz um ótimo vinho. Elvira Alfacinha: É que eu não me lembrava. Não me lembrava. E eu não bebo álcool.
  • 7. Professor: Pela resposta merece dez, mas pela confusão, eu vou ter que te dar um cinco. DONA MARIINHA Dona Mariinha: Ó xente! Pode perguntar, professor! Professor: Você fez a redação sobre o comportamento de vocês, alunos, na sala de aula? Dona Mariinha: Sim! Está aqui! Professor: Pode ler e explicar para os seus colegas? Quem sabe assim eles melhorem. Dona Mariinha: Posso, professor. Vou começar: O aluno não cola: compara resultados. O aluno não fala: troca opiniões. O aluno não dorme: se concentra. O aluno não se distrai: examina as moscas. O aluno não falta na escola: é chamado em outros lugares. O aluno não diz besteiras: se expressa. O aluno não masca chiclete: fortalece os dentes. O aluno não lê figurinhas na sala: se informa. O aluno não destrói o colégio: decora a escola segundo seu gosto. Seguindo, Dona NEPOTÔNIO SOBRINHO Nepotônio Sobrinho: Protesto. Quero dizer: presente! Professor: Seu Nepotônio, essa é fácil. O que é uma carreata? Nepotônio Sobrinho: Carreata é uma manifestação pública conduzida em automóveis. E que carregam bandeiras, faixas, equipamentos de som. Isso é uma carreata. Professor: Parabéns. Sua nota é 10. O senhor já deve ter feito muitas carreatas com seu tio político, o famoso Maranhoso Vigarildo. Nepotônio Sobrinho: Sim. Mas infelizmente eu perdi a melhor delas. Na semana passada, ele fez uma carreata de 300 mil euros para resolver o problema do Brasil. Professor: Com certeza, a carreata passou por lugares onde existe a fome, o desemprego e doentes aqui no Brasil. Nepotônio Sobrinho: Não foi bem assim. A carreata levou titio até o aeroporto para ele pegar um avião até a Alemanha. Professor: Alemanha? O senhor mesmo acabou de falar que ele foi discutir os problemas do Brasil. Como Alemanha? Nepotônio Sobrinho: Ele foi para uma mansão que ele comprou na Alemanha, reuniu os amigos perto da lareira e lá ficaram discutindo os problemas do Brasil. Professor: Infelizmente, sua nota é zero. E quando seu tio Maranhoso Vigarildo chegar da Alemanha, peça para ele ver também o problema da sua nota aqui na escola. Nepotônio Sobrinho: Protesto! E digo mais. Eu posso perder na nota, mas o importante é ganhar nas urnas. Dona AMADA SEVERA.
  • 8. Amada Severa: Amada pelos amigos, severa com os inimigos. Professor: Dona Amada! Me diga quantos dedos têm aqui? Amada Severa: Cinco, professor! Professor: E se eu tirar dois, o que acontece? Amada Severa: Acontece que o senhor fica aleijado! Professor: Sempre com suas gracinhas, não é, dona Amada. Mas a senhora parece feliz. Amada Severa: É que o meu filho lá em São Luís de Macaxeira está estudando muito. Enfiou a cara nos livros. Sabe que um dia, eu vi ele com o livro de Ciências e pedi a ele o nome de três partes no corpo que começam com a letra Z. Professor: E o que ele respondeu? Amada Severa: Zóio, Zoreia e Zovido. Professor: Espertinha a senhora. Antes de sentar, adivinhe a nota que eu vou te dar. Ela também começa com Z. Amada Severa: Ah, então deve ser uns Zoito. Né, professor! Eu mereço! Professor: É Zero! Dona Amada! Zero! DONA HOMERA PONTO Professor: Vamos continuar a aula, por gentileza. Dona Homera: Desculpa o atraso, professor. Demorei, mas cheguei. Professor: Um clássico! O Corcunda de Notre Dame, naturalmente, uma peça de teatro. Dona Homera: Não. Ação de despejo. Foram fazer uma mudança e desceram o sofá por uma corda. A corda arrebentou e eu estava embaixo. Nããããão! O sofá caiu em cima de mim. Professor: O senhor quer que eu chame um médico? Dona Homera: Não! Estou aproveitando essa fase pra pegar coisinhas na rua. Quantas coisas valiosas nós conseguimos pela rua. Professor: Eu fazer logo a pergunta. Relacionado ao tema do corcunda, quem foi Victor Hugo? Dona Homera: Um safado. Ele é dono daquela lojinha que eu comprei a corda assassina pra amarrar o sofá. Professor: O Victor Hugo que eu estou falando é um escritor francês. A sua nota é zero. Dona Homera: Não! Não! Não! Ai de mim. Maldito zero no meu boletim. Professor: Onde o senhor vai? Dona Homera: Vou aproveitar a corcova pra fazer um teste que tem um camelo no comercial! Professor: Impressionante! Impressionante! SEU RANULFO, por favor Seu Ranulfo: Ranulfo Pereira, sexólogo aposentado. Professor: Seu Ranulfo. Vamos fazer um cálculo de divisão. Vamos supor que o senhor e dois amigos tenham ido a uma pizzaria. Seu Ranulfo: Ah, sim. Adoro pizza. Então, vou eu, o Pavão e o Passarinho. Dois grandes amigos. Professor: Tá bom. Eu chegando, os senhores três… Pediram uma pizza de… Seu Ranulfo: Que não seja de aliche, porque o Pavão tem problema de pressão. Professor: Tá bom. Vocês pediram uma pizza de escarola. Então vocês três. Seu Ranulfo: Tá bom, mas não bota azeitona porque também é salgada. Professor: Tá certo. Vocês três. Seu Ranulfo: E cuidado pra não queimar a borda porque eu odeia pizza queimada. Professor: Seu Ranulfo. O senhor quer me deixar falar, por favor. Seu Ranulfo: Nunca mais volto a essa pizzaria. O atendimento é péssimo. Professor: O garçom dividiu a pizza em 8 pedaços. Vocês são 3. Quantos pedaços cada um comeu? Seu Ranulfo: Três pedaços! Professor: Espere aí! Vocês são três. Se cada um comeu três pedaços, deu 9. Ele dividiu em 8. Seu Ranulfo: Eu comi 3, o Pavão comeu 3 e o Passarinho não comeu nada. Está de dieta. Professor: O senhor comeu 3 e seu amigo comeu mais 3. É isso? E o resto?
  • 9. Seu Ranulfo: O resto embrulha que a gente leva pra casa. SENHOR DIEGO VAREJÓN, por favor Diego Varejón: Auera! Vamos! Professor: Seu Diego, vamos falar hoje sobre Hipnose, o senhor já deve ter praticado hipnose. Diego Varejón: Perfectamente! Olha, a hipnose é uma coisa PE-TA-CU-LAR. Eu vou dizer uma coisa, professor, a respeito da Hipnose. Outro dia eu tava conversando com a Renata Fan, a gente tava falando sobre Hipnose, essas coisas e aí nós concluímos que quando fvdslnm dfdlj fjfh gaha ihjlgoa e quando fala alguma coisa a nlg eue afdoja dfaojg, compreendeu, professor? Professor: Não compreendi nada. Diego Varejón: Não? Isso é porque o senhor anda muito hipnotizado, principalmente pelas mulheres, sabia? Professor: Olha aqui.Você tenha respeito comigo. Eu sou um homem casado. Diego Varejón: Ui, ui, ui! Estou tendo um insight, professor, estou ouvindo vozes. Elas estão dizendo que o senhor precisa relaxar, o senhor está trabalhando demais. E não está conseguindo dormir. Professor: Isso é verdade. Eu tenho trabalhado demais mesmo. Diego Varejón: Com licença! Eu vou fazer com o senhor uma técnica de Hipnose que eu aprendi. Fecha essa porcaria. (fecha o diário dele) O senhor precisa olhar para o cristal e se concentrar. Olha para o cristal. Agora diga comigo vou relaxar, vou relaxar, vou relaxar. (o professor repete, mas é Diego quem pega no sono.) Professor: Gente, ele dormiu! (chamando) Seu Diego!!! Diego Varejón: (acordando) Oi, querido! Bom dia, amor! Professor: Que, quê que é isso? Diego Varejón: Que isso? (aponta os atores e o público) Quem fez isso aqui? Professor: O senhor pegou no sono. Diego Varejón: Não falei que funciona, professor? Olha, o senhor tem que fazer como eu. Eu, por exemplo, estou 100% relaxado. Professor: Pode sentar que eu vou lhe dar um zero. Diego Varejón: Zero? Professor! Eu acho zero uma coisa PE-TA-CU-LAR! E quer saber mais de uma coisa? Pero que viste no saber! PERGUNTA COLETIVA Professor: Eu tenho aquela proposta de sempre no final de cada aula. Dez coletivo. (a classe aplaude) Vocês sabem perfeitamente como agir. Vocês não podem… Classe: Errar! Professor: Ninguém pode… Classe: Errar! Professor: Exatamente. Tema: ditados populares. Eu gostaria de perguntar primeiro pra dona Amada Severa “quem ri por último…” Dona Flor: “…ri melhor”! Professor: Dona Patricinha! “Família que reza unida…” Patricinha: “…permanece unida!” Professor: Fantástico! Seu Eugênio, por favor! “Depois da tempestade…” Seu Eugênio: “vem a gripe.” (cai em cima de Nóia Pinóia)