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PROF. LÍLIAN LIMA
ALUNOS – 3º ANO DO COLÉGIO MODELO LUÍS
EDUARDO MAGALHÃES.
VARIEDADES LINGUÍSTICAS
Que importa que uns falem mole
Descansado
Que os cariocas arranhem os erres na garganta
Que os capixabas escancarem
As vogais?
Que tem quinhentos réis meridional
Vira tostões do Rio pro Norte?
Juntos formamos este assombroso
De misérias e grandezas,
Brasil, nome de vegetal ...
Mário de Andrade
O SER HUMANO É TODO LINGUAGEM
 Na origem de toda a atividade
comunicativa do ser humano, está a
linguagem, que é a capacidade de se
comunicar por meio de uma língua.
Língua é um sistema de signos
convencionais usados pelos membros de
uma mesma comunidade. Em outras
palavras: um grupo social convenciona e
utiliza um conjunto organizado de
elementos representativos.
A RIQUEZA DA NOSSA LÍNGUA
 Uma língua nunca é falada de maneira uniforme pelos
seus usuários: ela está sujeita a muitas variações.
LINGUAGEM POPULAR
 'QUEM NUM TEM EMELHO, XIMBA!
''Aí galera, Esse emelho é de Craudinei, mas aqui é Jonilso que tá falano. 'É
porque eu num tenho emelho, aí ele me liberô pra escrevê no dele. 'E eu quero
falá é sobre isso mermo: emelho. A parada é a seguinte: 'ôto dia eu tava
percurano um seviço no jornal aí eu vi lá uma vaga na loja 'de computadô. Aí eu
fui lá vê colé a de mermo. 'Botei uma rôpa sacanagi que eu tenho, joguei meu
Mizuno e fui lá, a porra. 'Aí eu cheguei lá, fiz a ficha que a mulé me deu e fiquei
lá esperano. 'Nêgo de gravata e as porra, eu só "nada... tô cumeno nada!". Aí, eu
tô lá 'sentado, pá, aí a mulé me chama pa entrevista, lá na sala dela. Mulé boa
'da porra! Entrei na sala dela, sentei, pá, aí ela começô: a mulé perguntano
'coisa como a porra, se eu sabia fazê coisa como a porra e eu só "sim sinhora,
'que eu já trabalhei nisso e naquilo", jogano 171 da porra na mulé e ela cumeno
'legal, a porra!
 'Aí ela parô assim, olhô pa ficha e mim perguntô mermo assim:
"você mora 'aí, é?", aí eu disse "é". Só que eu nun sô minino,
botei o endereço de um 'camarado meu e o telefone, que eu já
tinha dado a idéa pa ele que se ela 'ligasse pá ele, ele dizê que eu
sô irmão dele e que eu tinha saído, pa ela 'deixá recado, que aí
era o tempo dele ligá po orelhão do bar lá da rua e 'falá comigo
ou deixá o recado que a galera lá dá. 'Eu nun vô dá meu
endereço que eu moro ni uma bocada da porra! Aí a mulé vai
pensá o que? 'Vai pensá que eu sô vagabundo tomém, né pai...
Nada! Aí, tá.
'A mulé só perguntano eu jogando um "h" da porra na mulé, e e
ela gostano vú... se abrindo toda... 'mulé boa da porra! Aí ela
mim disse mermo assim: "ói, mim dê seu emelho que 'aí
quando fô pa lhi chamá... - a mulé já ía me chamá já - ...
quando fô 'pa lhi chamá, eu lhi mando um emelho". Aí eu digo
"porra... e agora?". Aí 'eu disse a ela mermo assim "ói, eu vou lhi
dá o emelho de um vizinho meu 'pa sinhora, que ele tem
computadô, aí ele mim
avisa". Mintira da porra, 'que o cara mora longe como a porra e
o computadô é lá do trabalho dele, aí 'ele ía tê que mim avisá
pelo telefone lá da rua.
 'Aí, depois quando eu disse isso, a mulé empenô. Sem mintira niua, ela
mim 'disse mermo assim: "aí, não! como é que você qué trabalhá na
loja de computadô 'e não tem nem emelho?". Aí ela bateu no meu
ombro assim e disse "Ói, hoje em dia, quem num tem emelho ximba!".
'Falô mermo assim, véi, a miserave da mulé. Miserave! Mas aí, eu ía
fazê o que, véi? 'Aí uns dias depois eu acabei conseguindo um seviço de
ajudante de predero qui é um pau da porra! 'Eu pego 7 hora da manhã
e leva direto, a porra, de 7 a 7, 'aí meio dia para pa almuçá, comida fêa
da porra, e acabô o almoço nun discansa não véi, ', volta po seviço. É
pau, vú véi... é pau viola mermo. É por isso que 'eu digo, é como a
miserave da mulé disse: "quem nun tem emelho ‘ximba, véi!". É isso aí.
Si eu tivesse emelho eu num tava aqui 'véi, na moral. Só num diz qui
eu num avisei véi. 'Os cara que nun recebero esse emelho vai ximbá, na
moral, dá um pau da porra, 'quando chegá fim de mês,
recebê uma merreca. Na moral, véi, sacanagi da porra! Agora pa você
que recebeu esse 'emelho, eu vô lhe dá a idéa, ói, vá lá na loja que ainda
tem a vaga! Já fui! 'Esse emelho é de Craudinei, mas aqui é Jonilso que
tá
falando.
'Valeu!
'Jonilso
NORMA CULTA DA LÍNGUA
 RUI BARBOSA E O PATO
Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho
vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar
um de seus patos de criação. Ele se aproximou vagarosamente do indivíduo e,
surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:
- Ahááá!!!! Bucéfalo anácrono!!!... Não o interpelo pelo valor intrínseco dos
emplumados bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de
profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e
à socapa. Se você o faz por mera necessidade, transijo; mas se é para simples
zomba da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-lhe-ei
com minha bengala fosfórica, bem no alto da sua sinagoga, e o farei com tal
ímpeto que o reduzirei à qüinquagésima potência que o vulgo denomina
insignificantes partículas atômicas!!!
E o ladrão, confuso, pergunta:
- Seu Dotô... Afinal eu levo ou deixo o pato???
LINGUAGEM REGIONAL
 Fala de minerim é assim mêzz.. Estes são alguns mandamentos da
língua portuguesa dos mineirim de Belzonte, Berlândia, Beraba,
Vairginha, Guvinadoir Valadairs, Mons Clares, Patinga, Tajubá, Tabira,
etc.
Uai é indispensável: O que significa Uai ? (esta é velha mas precisa
fazer parte) Uai , é uai, uai . . .
Usar sempre "í" no lugar de e: (Ex. : minino, ispecial, eu i ela, vistído) .
Quando quiser uma confirmação, pergunte "émêzz?"
Se quiser chamar atenção diga simplesmente "oi quió".
Se estiver com fome coma "pão dji quejj". Ex.: dois pão dji quejj e duas
cêirvejj.
Na falta de vocabulário específico utilizar a palavra trein, que serve prá
tudo, exceto como meio de transporte ferroviário. Ex: pega esse trein
ai. É permitido trocar, em alguns casos, por tróço.
Onzz é o meio de transporte coletivo rodoviário. Ex. : ói, lá vem o Onzz
das seis!
Se quiser aprovar alguma coisa solte um sonoro "mai qui belêzz".
 Pra fazer café, primeiro pergunte "Pópôpó?". Se acharem pouco, ou
que ficou ralo, pergunte então: "Pópô mapoquim dipó?"
Se você não sabe onde está e nem para onde vai, pergunte
simplesmente:
Oncotô? Proncovô? Pronóisvai ? Se não estiver certo de comparecer,
diga simplesmente "Confófô eu vô!"
Se o motivo da dúvida for algo que você tem que fazer, explique, "Vô
fazê um nigucim e vorto logo".
Ao procurar alguém que concorde com você, dispare um "Némêzz?"
Use a expressão aumentativa "Dimái da conta". Ex. : Issé bão dimái da
conta!
Usar sempre duas negativas pra deixar claro que você não sabe do que
está falando "Num sei não". Use sempre o diminutivo IN, tipo
Piquinínin, lugarzin, mineirim. Use a expressão "Rapái" pra iniciar
uma exclamação. Nem sempre é necessário complemento.
Ex.: Rapáaai!
A expressão "Redá": Mesma coisa de Rastá. Ex.: Juda eo redá ess trem
aqui ó.

Fácil, não?
Ao terminar uma frase, conclua com a palavra "Sô"
"Intão tá, sô", "bão dimais, sô e assim por diante".
E quando fô visitá a cumadi que cabô di parí óia pru nenê e diz:
"é guspidu i iscarradu a cara do pai". Esta frase é uma antiga
tradição do tempo do império e originalmente queria dizer: "É
esculpido em carrara a cara do pai."
Nos lugares em ainda se usa ficha telefônica você chega no
butéco e pede: "Mi dá uma arruéla de proseio?" Atente bem que
é sempre muito importante fazer a interrogação quando você
não está perguntando nada e sim afirmando.
Abraço, sô !
Inté a proxima.
Marcos Cabete
 Língua
 Caetano Veloso

Gosta de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior?
E deixe os Portugais morrerem à míngua
“Minha pátria é minha língua”
Fala Mangueira! Fala!
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?
Vamos atentar para a sintaxe dos paulistas
E o falso inglês relax dos surfistas
Sejamos imperialistas! Cadê? Sejamos imperialistas!
Vamos na velô da dicção choo-choo de Carmem Miranda
E que o Chico Buarque de Holanda nos resgate
E – xeque-mate – explique-nos Luanda
Ouçamos com atenção os deles e os delas da TV Globo
Sejamos o lobo do lobo do homem
Lobo do lobo do lobo do homem
 Adoro nomes
Nomes em ã
De coisas como rã e ímã
Ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã
Nomes de nomes
Como Scarlet Moon de Chevalier, Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé
e Maria da Fé
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?
Se você tem uma idéia incrível é melhor fazer uma canção
Está provado que só é possível filosofar em alemão
Blitz quer dizer corisco
Hollywood quer dizer Azevedo
E o Recôncavo, e o Recôncavo, e o Recôncavo meu medo
A língua é minha pátria
E eu não tenho pátria, tenho mátria
E quero frátria
Poesia concreta, prosa caótica
Ótica futura
Samba-rap, chic-left com banana
(– Será que ele está no Pão de Açúcar?
– Tá craude brô
– Você e tu
– Lhe amo
– Qué queu te faço, nego?
– Bote ligeiro!
– Ma’de brinquinho, Ricardo!? Teu tio vai ficar desesperado!
– Ó Tavinho, põe camisola pra dentro, assim mais pareces um espantalho!
– I like to spend some time in Mozambique
– Arigatô, arigatô!)
Nós canto-falamos como quem inveja negros
Que sofrem horrores no Gueto do Harlem
Livros, discos, vídeos à mancheia
E deixa que digam, que pensem, que falem.
REDAÇÃO NOTA 10
 O QUE FOI FEITO DE VERA? O QUE FEITO DEVERA?
 Esse pedaço de chão, Vera Cruz dos brasil, tem uma língua. O que foi feito de Vera, a Vera Cruz dos
primeiros, temos visto. O que foi feito devera deu a terra nova um povo, uma cultura e uma língua sua,
própria de Portugal dos brasil, das casas de senhoril, da senzala, do Brás, Bexiga e Barra funda, das
cancelas, dos Sertões, das favelas, das tabas, das sacristias, das casas das putas e das donzelas. Toda
essa novação transformou uma língua que era, só, portuguesa. Deu a terra uma língua, um Brasil de
cousas e coisas.
 Temos um país, hoje, mãe de uma língua dulcíssima por Caetano Veloso e Machado de Assis. Mas o
mesmo Brasil de Bentinho gerou Getúlio, o sargento. Traz em si a língua certa/errada do povo
brasileiro. A fala gostosa de um povo que fala. Não a fala do tu e do vós, mas a fala do eu, tu, você, cê, a
gente, nós e todo mundo. Temos uma língua em construção, que se transforma, modifica-se mas é
possuidora de uma identidade cultural que havemos de preservar.
 A preservação da língua de Luís de Camões não deve passar pela xenofobia. Nessa nova etapa de
maturidade cultural temos de dizer não ao Major Quaresma e ao tupi. Existir no mundo enquanto
cultural traz em si um preço: intercambiar cultura, sofrer mudanças. Isso explica a “new” linguagem
dos centros urbanos, os verbos “xerocar” e “deletar”. Essa integração de estrangeirismos em nossa
língua deveria ser normal e bem-vinda. Contudo, essa integração tem transformado a nossa língua na
mais americana das línguas latinas.
 A nossa língua como pátria deve estar de portas abertas para acréscimos. Acrescer significa
conhecer o todo e a ele juntar mais algo. Não devemos juntar a nossa língua elementos
exógenos que tragam em si a semente do mal, que destruam autofagicamente a nossa
cultura, por nossa omissão ou abandono. Não podemos também “dormir e acordar como
pedra”, como diz a canção de Milton Nascimento que empresta o título a este texto. Mas
quem dirá o que deve ou não integrar nossa língua? Não será o governo brasileiro ou
qualquer outro, como o de França, que interveio contra anglicismos, sem sucesso. Será,
sim, a identidade cultural de um povo existindo como verdade, conhecida como tal,
verdade em que cria Machado de Assis, Fernando Pessoa, Guimarães Rosa...
 Antônio Ricardo Farani de Campos Matos – Vestibular da UFBA – 2ª etapa.
QUESTÕES DO ENEM 2008
 14.
 Assinale o trecho do diálogo que apresenta
um registro informal, ou coloquial, da
linguagem.
A “Tá legal, espertinho! Onde é que você
esteve?!”
B “E lembre-se: se você disser uma mentira, os
seus chifres cairão!”
C “Estou atrasado porque ajudei uma velhinha
a atravessar a rua...”
D “...e ela me deu um anel mágico que me
levou a um tesouro”
E “mas bandidos o roubaram e os persegui até a
Etiópia,onde um dragão...”
 Os signos visuais, como meios de
comunicação, sãoclassificados em categorias
de acordo com seus significados.A categoria
denominada indício corresponde aos signos
visuais que têm origem em formas ou
situações naturais ou casuais, as quais,
devido à ocorrência em circunstâncias
idênticas, muitas vezes repetidas, indicam
algo e adquirem significado. Por exemplo,
nuvens negras indicam tempestade. Com
base nesse conceito, escolha a opção que
representa um signo da categoria dos
indícios.
 40
 Entre os seguintes ditos populares, qual deles melhor
 corresponde à figura acima?
 A Com perseverança, tudo se alcança.
 B Cada macaco no seu galho.
 C Nem tudo que balança cai.
 D Quem tudo quer, tudo perde.
 E Deus ajuda quem cedo madruga.

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  • 1. PROF. LÍLIAN LIMA ALUNOS – 3º ANO DO COLÉGIO MODELO LUÍS EDUARDO MAGALHÃES.
  • 3. Que importa que uns falem mole Descansado Que os cariocas arranhem os erres na garganta Que os capixabas escancarem As vogais? Que tem quinhentos réis meridional Vira tostões do Rio pro Norte? Juntos formamos este assombroso De misérias e grandezas, Brasil, nome de vegetal ... Mário de Andrade
  • 4. O SER HUMANO É TODO LINGUAGEM  Na origem de toda a atividade comunicativa do ser humano, está a linguagem, que é a capacidade de se comunicar por meio de uma língua. Língua é um sistema de signos convencionais usados pelos membros de uma mesma comunidade. Em outras palavras: um grupo social convenciona e utiliza um conjunto organizado de elementos representativos.
  • 5. A RIQUEZA DA NOSSA LÍNGUA  Uma língua nunca é falada de maneira uniforme pelos seus usuários: ela está sujeita a muitas variações.
  • 6. LINGUAGEM POPULAR  'QUEM NUM TEM EMELHO, XIMBA! ''Aí galera, Esse emelho é de Craudinei, mas aqui é Jonilso que tá falano. 'É porque eu num tenho emelho, aí ele me liberô pra escrevê no dele. 'E eu quero falá é sobre isso mermo: emelho. A parada é a seguinte: 'ôto dia eu tava percurano um seviço no jornal aí eu vi lá uma vaga na loja 'de computadô. Aí eu fui lá vê colé a de mermo. 'Botei uma rôpa sacanagi que eu tenho, joguei meu Mizuno e fui lá, a porra. 'Aí eu cheguei lá, fiz a ficha que a mulé me deu e fiquei lá esperano. 'Nêgo de gravata e as porra, eu só "nada... tô cumeno nada!". Aí, eu tô lá 'sentado, pá, aí a mulé me chama pa entrevista, lá na sala dela. Mulé boa 'da porra! Entrei na sala dela, sentei, pá, aí ela começô: a mulé perguntano 'coisa como a porra, se eu sabia fazê coisa como a porra e eu só "sim sinhora, 'que eu já trabalhei nisso e naquilo", jogano 171 da porra na mulé e ela cumeno 'legal, a porra!
  • 7.  'Aí ela parô assim, olhô pa ficha e mim perguntô mermo assim: "você mora 'aí, é?", aí eu disse "é". Só que eu nun sô minino, botei o endereço de um 'camarado meu e o telefone, que eu já tinha dado a idéa pa ele que se ela 'ligasse pá ele, ele dizê que eu sô irmão dele e que eu tinha saído, pa ela 'deixá recado, que aí era o tempo dele ligá po orelhão do bar lá da rua e 'falá comigo ou deixá o recado que a galera lá dá. 'Eu nun vô dá meu endereço que eu moro ni uma bocada da porra! Aí a mulé vai pensá o que? 'Vai pensá que eu sô vagabundo tomém, né pai... Nada! Aí, tá. 'A mulé só perguntano eu jogando um "h" da porra na mulé, e e ela gostano vú... se abrindo toda... 'mulé boa da porra! Aí ela mim disse mermo assim: "ói, mim dê seu emelho que 'aí quando fô pa lhi chamá... - a mulé já ía me chamá já - ... quando fô 'pa lhi chamá, eu lhi mando um emelho". Aí eu digo "porra... e agora?". Aí 'eu disse a ela mermo assim "ói, eu vou lhi dá o emelho de um vizinho meu 'pa sinhora, que ele tem computadô, aí ele mim avisa". Mintira da porra, 'que o cara mora longe como a porra e o computadô é lá do trabalho dele, aí 'ele ía tê que mim avisá pelo telefone lá da rua.
  • 8.  'Aí, depois quando eu disse isso, a mulé empenô. Sem mintira niua, ela mim 'disse mermo assim: "aí, não! como é que você qué trabalhá na loja de computadô 'e não tem nem emelho?". Aí ela bateu no meu ombro assim e disse "Ói, hoje em dia, quem num tem emelho ximba!". 'Falô mermo assim, véi, a miserave da mulé. Miserave! Mas aí, eu ía fazê o que, véi? 'Aí uns dias depois eu acabei conseguindo um seviço de ajudante de predero qui é um pau da porra! 'Eu pego 7 hora da manhã e leva direto, a porra, de 7 a 7, 'aí meio dia para pa almuçá, comida fêa da porra, e acabô o almoço nun discansa não véi, ', volta po seviço. É pau, vú véi... é pau viola mermo. É por isso que 'eu digo, é como a miserave da mulé disse: "quem nun tem emelho ‘ximba, véi!". É isso aí. Si eu tivesse emelho eu num tava aqui 'véi, na moral. Só num diz qui eu num avisei véi. 'Os cara que nun recebero esse emelho vai ximbá, na moral, dá um pau da porra, 'quando chegá fim de mês, recebê uma merreca. Na moral, véi, sacanagi da porra! Agora pa você que recebeu esse 'emelho, eu vô lhe dá a idéa, ói, vá lá na loja que ainda tem a vaga! Já fui! 'Esse emelho é de Craudinei, mas aqui é Jonilso que tá falando. 'Valeu! 'Jonilso
  • 9. NORMA CULTA DA LÍNGUA  RUI BARBOSA E O PATO Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar um de seus patos de criação. Ele se aproximou vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe: - Ahááá!!!! Bucéfalo anácrono!!!... Não o interpelo pelo valor intrínseco dos emplumados bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se você o faz por mera necessidade, transijo; mas se é para simples zomba da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-lhe-ei com minha bengala fosfórica, bem no alto da sua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que o reduzirei à qüinquagésima potência que o vulgo denomina insignificantes partículas atômicas!!! E o ladrão, confuso, pergunta: - Seu Dotô... Afinal eu levo ou deixo o pato???
  • 10. LINGUAGEM REGIONAL  Fala de minerim é assim mêzz.. Estes são alguns mandamentos da língua portuguesa dos mineirim de Belzonte, Berlândia, Beraba, Vairginha, Guvinadoir Valadairs, Mons Clares, Patinga, Tajubá, Tabira, etc. Uai é indispensável: O que significa Uai ? (esta é velha mas precisa fazer parte) Uai , é uai, uai . . . Usar sempre "í" no lugar de e: (Ex. : minino, ispecial, eu i ela, vistído) . Quando quiser uma confirmação, pergunte "émêzz?" Se quiser chamar atenção diga simplesmente "oi quió". Se estiver com fome coma "pão dji quejj". Ex.: dois pão dji quejj e duas cêirvejj. Na falta de vocabulário específico utilizar a palavra trein, que serve prá tudo, exceto como meio de transporte ferroviário. Ex: pega esse trein ai. É permitido trocar, em alguns casos, por tróço. Onzz é o meio de transporte coletivo rodoviário. Ex. : ói, lá vem o Onzz das seis! Se quiser aprovar alguma coisa solte um sonoro "mai qui belêzz".
  • 11.  Pra fazer café, primeiro pergunte "Pópôpó?". Se acharem pouco, ou que ficou ralo, pergunte então: "Pópô mapoquim dipó?" Se você não sabe onde está e nem para onde vai, pergunte simplesmente: Oncotô? Proncovô? Pronóisvai ? Se não estiver certo de comparecer, diga simplesmente "Confófô eu vô!" Se o motivo da dúvida for algo que você tem que fazer, explique, "Vô fazê um nigucim e vorto logo". Ao procurar alguém que concorde com você, dispare um "Némêzz?" Use a expressão aumentativa "Dimái da conta". Ex. : Issé bão dimái da conta! Usar sempre duas negativas pra deixar claro que você não sabe do que está falando "Num sei não". Use sempre o diminutivo IN, tipo Piquinínin, lugarzin, mineirim. Use a expressão "Rapái" pra iniciar uma exclamação. Nem sempre é necessário complemento. Ex.: Rapáaai! A expressão "Redá": Mesma coisa de Rastá. Ex.: Juda eo redá ess trem aqui ó.
  • 12.  Fácil, não? Ao terminar uma frase, conclua com a palavra "Sô" "Intão tá, sô", "bão dimais, sô e assim por diante". E quando fô visitá a cumadi que cabô di parí óia pru nenê e diz: "é guspidu i iscarradu a cara do pai". Esta frase é uma antiga tradição do tempo do império e originalmente queria dizer: "É esculpido em carrara a cara do pai." Nos lugares em ainda se usa ficha telefônica você chega no butéco e pede: "Mi dá uma arruéla de proseio?" Atente bem que é sempre muito importante fazer a interrogação quando você não está perguntando nada e sim afirmando. Abraço, sô ! Inté a proxima. Marcos Cabete
  • 13.  Língua  Caetano Veloso  Gosta de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões Gosto de ser e de estar E quero me dedicar a criar confusões de prosódia E uma profusão de paródias Que encurtem dores E furtem cores como camaleões Gosto do Pessoa na pessoa Da rosa no Rosa E sei que a poesia está para a prosa Assim como o amor está para a amizade E quem há de negar que esta lhe é superior? E deixe os Portugais morrerem à míngua “Minha pátria é minha língua” Fala Mangueira! Fala! Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó O que quer O que pode esta língua? Vamos atentar para a sintaxe dos paulistas E o falso inglês relax dos surfistas Sejamos imperialistas! Cadê? Sejamos imperialistas! Vamos na velô da dicção choo-choo de Carmem Miranda E que o Chico Buarque de Holanda nos resgate E – xeque-mate – explique-nos Luanda Ouçamos com atenção os deles e os delas da TV Globo Sejamos o lobo do lobo do homem Lobo do lobo do lobo do homem
  • 14.  Adoro nomes Nomes em ã De coisas como rã e ímã Ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã Nomes de nomes Como Scarlet Moon de Chevalier, Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé e Maria da Fé Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó O que quer O que pode esta língua? Se você tem uma idéia incrível é melhor fazer uma canção Está provado que só é possível filosofar em alemão Blitz quer dizer corisco Hollywood quer dizer Azevedo E o Recôncavo, e o Recôncavo, e o Recôncavo meu medo A língua é minha pátria E eu não tenho pátria, tenho mátria E quero frátria Poesia concreta, prosa caótica Ótica futura Samba-rap, chic-left com banana (– Será que ele está no Pão de Açúcar? – Tá craude brô – Você e tu – Lhe amo – Qué queu te faço, nego? – Bote ligeiro! – Ma’de brinquinho, Ricardo!? Teu tio vai ficar desesperado! – Ó Tavinho, põe camisola pra dentro, assim mais pareces um espantalho! – I like to spend some time in Mozambique – Arigatô, arigatô!) Nós canto-falamos como quem inveja negros Que sofrem horrores no Gueto do Harlem Livros, discos, vídeos à mancheia E deixa que digam, que pensem, que falem.
  • 15. REDAÇÃO NOTA 10  O QUE FOI FEITO DE VERA? O QUE FEITO DEVERA?  Esse pedaço de chão, Vera Cruz dos brasil, tem uma língua. O que foi feito de Vera, a Vera Cruz dos primeiros, temos visto. O que foi feito devera deu a terra nova um povo, uma cultura e uma língua sua, própria de Portugal dos brasil, das casas de senhoril, da senzala, do Brás, Bexiga e Barra funda, das cancelas, dos Sertões, das favelas, das tabas, das sacristias, das casas das putas e das donzelas. Toda essa novação transformou uma língua que era, só, portuguesa. Deu a terra uma língua, um Brasil de cousas e coisas.  Temos um país, hoje, mãe de uma língua dulcíssima por Caetano Veloso e Machado de Assis. Mas o mesmo Brasil de Bentinho gerou Getúlio, o sargento. Traz em si a língua certa/errada do povo brasileiro. A fala gostosa de um povo que fala. Não a fala do tu e do vós, mas a fala do eu, tu, você, cê, a gente, nós e todo mundo. Temos uma língua em construção, que se transforma, modifica-se mas é possuidora de uma identidade cultural que havemos de preservar.  A preservação da língua de Luís de Camões não deve passar pela xenofobia. Nessa nova etapa de maturidade cultural temos de dizer não ao Major Quaresma e ao tupi. Existir no mundo enquanto cultural traz em si um preço: intercambiar cultura, sofrer mudanças. Isso explica a “new” linguagem dos centros urbanos, os verbos “xerocar” e “deletar”. Essa integração de estrangeirismos em nossa língua deveria ser normal e bem-vinda. Contudo, essa integração tem transformado a nossa língua na mais americana das línguas latinas.
  • 16.  A nossa língua como pátria deve estar de portas abertas para acréscimos. Acrescer significa conhecer o todo e a ele juntar mais algo. Não devemos juntar a nossa língua elementos exógenos que tragam em si a semente do mal, que destruam autofagicamente a nossa cultura, por nossa omissão ou abandono. Não podemos também “dormir e acordar como pedra”, como diz a canção de Milton Nascimento que empresta o título a este texto. Mas quem dirá o que deve ou não integrar nossa língua? Não será o governo brasileiro ou qualquer outro, como o de França, que interveio contra anglicismos, sem sucesso. Será, sim, a identidade cultural de um povo existindo como verdade, conhecida como tal, verdade em que cria Machado de Assis, Fernando Pessoa, Guimarães Rosa...  Antônio Ricardo Farani de Campos Matos – Vestibular da UFBA – 2ª etapa.
  • 17.
  • 18. QUESTÕES DO ENEM 2008  14.
  • 19.  Assinale o trecho do diálogo que apresenta um registro informal, ou coloquial, da linguagem. A “Tá legal, espertinho! Onde é que você esteve?!” B “E lembre-se: se você disser uma mentira, os seus chifres cairão!” C “Estou atrasado porque ajudei uma velhinha a atravessar a rua...” D “...e ela me deu um anel mágico que me levou a um tesouro” E “mas bandidos o roubaram e os persegui até a Etiópia,onde um dragão...”
  • 20.  Os signos visuais, como meios de comunicação, sãoclassificados em categorias de acordo com seus significados.A categoria denominada indício corresponde aos signos visuais que têm origem em formas ou situações naturais ou casuais, as quais, devido à ocorrência em circunstâncias idênticas, muitas vezes repetidas, indicam algo e adquirem significado. Por exemplo, nuvens negras indicam tempestade. Com base nesse conceito, escolha a opção que representa um signo da categoria dos indícios.
  • 21.
  • 22.  40  Entre os seguintes ditos populares, qual deles melhor  corresponde à figura acima?  A Com perseverança, tudo se alcança.  B Cada macaco no seu galho.  C Nem tudo que balança cai.  D Quem tudo quer, tudo perde.  E Deus ajuda quem cedo madruga.