A Primeira República Brasileira (1889-1930) foi marcada por instabilidade política e domínio das oligarquias regionais. O período foi de transição entre a monarquia e uma república mais democrática e se caracterizou pela "República da Espada" no início e pela "República Oligárquica" posteriormente, quando os coronéis regionais assumiram o controle. Conflitos sociais e movimentos messiânicos como em Canudos e no Contestado desafiaram a ordem estabelecida.
2. PROCLAMAÇÃO
DA REPÚBLICA
Construção da identidade nacional
republicana.
“Nascimento da república”.
“Tiradentes no quadro ao fundo”.
“Alegoria da família para representar a
república e o passado imperial”.
3. Após a Proclamação da República em
15 de novembro de 1889, teve a
construção dos militares e auxílio
dos cafeicultores.
O QUE MUDOU PARA O POVO?
REPÚBLICA
DA ESPADA
4. GOVERNO PROVISÓRIO
• Marechal Deodoro da Fonseca preside o Governo Provisório.
• Primeiras Medidas:
Separação da Igreja e Estado.
Regulamento do Casamento Civil.
Criação do RegistroCivil.
Reforma no Código Criminal.
Reforma do Ensino.
Naturalização dos estrangeiro que viviam no país.
5. ENCILHAMENTO
Ministro da fazenda: Rui Barbosa
• Política econômica:
“emissão de dinheiro para facilitar o crédito a
investidores industriais e comerciais”.
“Os empréstimos foram tomados dos bancos,
mas, em vez de aplica-los na produção
industrial e comercial, muito investidores
criaram empresas fantasmas e faziam
especulação financeira na bolsa de valores do
Rio de Janeiro”.
• INFLAÇÃO.
• FALÊNCIA DAS EMPRESAS.
CONSEQUÊNCIA
6. CONSTITUIÇÃO DE 1891
• República Presidencialista Federalista.
“estados (províncias) passam a ter autonomia
legislativa e governamental”
• Três poderes: Executivo, Legislativo
(congresso nacional e senado) e Judiciário.
• Voto universal masculino acima de 21 anos
alfabetizados de forma não secreta.
• Separação entre Igreja e Estado. (sem religião
oficial – estado laico).
7. O CONGRESSO E
A CONSTITUIÇÃO
• A imagem representa os participantes
da eleição presidencial que elegeu
DEODORO DA FONSECA e FLORIANO
PEIXOTO.
“As mulheres não participaram da eleição”
“Representam simbolismo do estado e para
construir a identidade nacional”.
“república é figura feminina”.
8. DEODORO DA FONSECA
• Primeiro presidente,
“voto indireto”
• Crise do Encilhamento
“Críticas dos militares”
“Críticas dos cafeicultores”
• Oposição parlamentar
“1891 – fecha Congresso Nacional”
“Marinha ameaça bombardear RJ”
• 9 meses após assumir, renúncia.
9. FLORIANO PEIXOTO (1891-1894)
• Manifesto à nação
“cartas dos militares contra Peixoto”
• Primeiras medidas:
Demitiu apoiadores de Deodoro.
Controlou especulação financeira.
Tabelou preços de alimentos.
Aproximação da Elite cafeeira.
Investimento na Construção Civil.
Suspensão nos imposto da Carne.
Revolução federalista
“Partido Republicano x Partido Federalista”.
10. OLIGARQUIAS NO PODER:
ASPECTOS ECONÔMICOS
• 1894: (Prudente Morais – PRP)
“República do café com leite”
“Desenvolvimento industrial”
“Resistência Jacobina(Partido
Federalista)
“Enfrenta a Revolta de Canudos”
11. PODER DAS
OLIGARQUIAS
• Campos Sales (1898-
1902).
“Política dos
governadores”
“troca de favores entre as
esferas federal,
estadual e municipal”
“Coronelismo”
“Coerção, voto cabresto
e fraudes eleitorais”
12. Charge de Storni, 1927, denunciando o sistema eleitoral vigente na época da República Velha.
13. Caricatura ironizando as eleições na República Velha, onde até defuntos votavam. Caricatura de Yantok. Revista
Dom Quixote.
14. ECONOMIA NA PRIMEIRA REPÚBLICA
• Desdobramentos do Encilhamento.
“Funding Loan” – financiamento de empréstimo
• Ministro da fazenda: Joaquim Murtinho – Nova
política econômica.
“contenção de gastos”
“aumento de impostos”
• Consequência
“desemprego”
15. BORRACHA
• Séc.XIX
• Principal produto de exportação;
“vida dos seringueiros”
“modernização de Manaus e Belém”
• Fordlândia
“fracasso”
“concorrência Inglesa”
16. CAFÉ
• O principal produto agroexportador
• Convênio deTaubaté (1906)
“Queda no preço do café”
“Estados compravam o excedente”
“Socialização de perdas”
17. A QUESTÃO DO ACRE
• Pertencia à Bolívia desde 1777.
“Invasão dos seringalistas”
“proclamaram a independência”
“Tratado de Petrópolis”
- Indenização 110mil libras.
- Bolivianos receberam 2 milhões + estrade de
ferro.
“problemática – seringueiro + condições
18. CONFLITOS SOCIAIS
Ao longo da Primeira República os movimentos sociais de trabalhadores ganharam
certo ímpeto, tanto no campo quanto nas cidades.(...) o crescimento das cidades e
a diversificação de suas atividades foram os requisitos mínimos de um movimento
da classe trabalhadora.
Boris Fausto, HistóriaConcisa do Brasil, 2009, p.166-167.
19. Imagem: André Koehne/ GNU Free Documentation License.
Mapa dos Conflitos Brasileiros na Virada dos Séculos XIX e XX:
Cangaço
Guerra de
Canudos
Revolta da Vacina
Greves
operárias
Guerra do
Contestado
20. REALIDADE DO SERTÃO NORDESTINO: MOVIMENTOS SOCIAIS NA
PRIMEIRA REPÚBLICA
O problema da exclusão socioeconômica atingiu as populações do campo e da cidade.
No meio rural, o domínio opressor dos coronéis impulsionavam os camponeses a se
aproximarem das alternativas oferecidas pelos líderes messiânicos como José Maria
(Contestado/SC), Antônio Conselheiro (Vaza-Barris/BA). Em situações mais extremas, o
chamado banditismo social impulsionava a formação de grupos de cangaceiros que
não reconheciam nenhum tipo de autoridade.
21.
22.
23. CANUDOS
A história de Canudos começa por volta de
1893. Nesta época, no arraial de Canudos, no
vale do rio Vaza-Barris, no interior da Bahia,
reuniu-se um grupo de fiéis seguidores do
beato Antônio Conselheiro, que pregava a
salvação e dias melhores para quem o seguisse.
Em 1896 o arraial já possuía cerca de 15 mil
sertanejos que viviam de modo comunitário.
Sobreviviam com a criação de animais e
plantações. O rápido crescimento da
comunidade de Canudos passou a incomodar
os coronéis locais e a Igreja católica. Os
latifundiários perdiam mão de obra enquanto a
Igreja perdia seus adeptos.
Imagem: Rsabbatini / Vila de Canudos/ Public Domain.
24. GUERRA DE CANUDOS Localização do Arraial de Canudos
Euclides da Cunha
25. "
"
A partir dos restos de uma fazenda abandonada em pleno sertão baiano,
Canudos brotou e cresceu tão rápido quanto um cogumelo depois da chuva.
Gentes vinham de todos os quadrantes do interior nordestino, atraídas pela
comunidade que prosperava sob as bênçãos de um líder inspirado.
Em menos de uma década o povoado já havia se tornado a terceira maior
cidade da Bahia. Alarmados, fazendeiros e autoridades se viam na iminência de
perder sua mão-de-obra devido ao êxodo em massa para o novo arraial. Um
relatório da polícia alertou o governo federal de que um individuo pregando
doutrinas subversivas fazia grande mal de ao Estado, distraindo o povo e
arrestando-0 após si, procurando convencer de que era o Espírito Santo.
NICOLAU SEVCENKO
26. GUERRA DE CANUDOS
• Relaciona-se comas as injustiças sociais
e à miséria dos pequenos agricultores,
desprotegidos das políticas oficiais.
• Fatores geradores:
- Denúncia contra a seca.
- miséria e,
- arbitrariedade,
- Resistência baseada na organização
comunitária
Ideias defendidas por Antônio
Conselheiro:
• Rebelião de cunho religioso,
• Antirrepublicana,
• Igualdade Social,
28. • Padres e coronéis faziam pressão para que o governador da Bahia acabasse
com Canudos. Na imprensa, os intelectuais e jornalistas condenavam os
habitantes da comunidade sob a acusação de quererem restabelecer o regime
monárquico e chamando os sertanejos de bandos de "fanáticos" e
"degenerados".
O governo da Bahia organizou expedições militares para destruir Canudos.
Com a terceira derrota, a resolução do problema passou para a competência
do governo federal.
• O arraial foi completamente destruído em 5 de outubro de 1897. Os sertanejos
de Canudos, homens, mulheres, velhos e crianças foram massacrados pelos
soldados, que tinham ordens para não fazer nenhum prisioneiro.
• Guerra de Canudos é um filme brasileiro de 1997, dirigido por Sérgio Rezende
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30. ENQUANTO ISSO, NO SUL DO PAÍS...
A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por uma empresa norte-americana, com
apoio dos coronéis (grandes proprietários rurais com força política) da região e do governo. Para a construção da estrada de
ferro, milhares de famílias de camponeses perderam suas terras. Este fato, gerou muito desemprego entre os camponeses
da região, que ficaram sem terras para trabalhar.
Outro motivo da revolta, foi a compra de uma grande área da região por um grupo de pessoas ligadas à empresa
construtora da estrada de ferro. Esta propriedade foi adquirida para o estabelecimento de uma grande empresa madeireira,
voltada para a exportação. Com isso, muitas famílias foram expulsas de suas terras.
O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que atuaram em sua construção
tinham sido trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram desempregados com o fim da obra. Eles permaneceram na região
sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou do governo.
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/guerra_contestado.htm
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34. GUERRA DO CONTESTADO
A Guerra do Contestado foi um conflito armado
que ocorreu na região Sul do Brasil, entre
outubro de 1912 e agosto de 1916. O conflito
envolveu cerca de 20 mil camponeses que
enfrentaram forças militares dos poderes
federal e estadual. Ganhou o nome de Guerra do
Contestado, pois os conflitos ocorrem numa
área de disputa territorial entre os estados
do Parará e Santa Catarina.
Na área do Contestado, diante da crise e
insatisfação popular, ganhou força a figura do
beato José Maria. Este pregava a criação de um
mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde
todos viveriam em paz, com prosperidade
justiça e terras para trabalhar. José Maria
conseguiu reunir milhares de seguidores,
principalmente de camponeses sem terras.
Imagem: Edson L. Pedrassani/ GNU Free Documentation License.
35. • Os coronéis da região e os governos (federal e estadual) começaram a ficar preocupados
com a liderança de José Maria e sua capacidade de atrair os camponeses. O governo
passou a acusar o beato de ser um inimigo da República, que tinha como objetivo
desestruturar o governo e a ordem da região. Com isso, policiais e soldados do exército
foram enviados para o local, com o objetivo de desarticular o movimento.
Os soldados e policiais começaram a perseguir o beato e seus seguidores. Armados de
espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses resistiram e enfrentaram as forças
oficiais que estavam bem armadas. Nestes conflitos armados, entre 5 mil e 8 mil rebeldes,
na maioria camponeses, morreram. As baixas do lado das tropas oficiais foram bem
menores.
O fim da Guerra
A guerra terminou somente em 1916, quando as tropas oficiais conseguiram prender um
dos chefes do último reduto de rebeldes da revolta. Ele foi condenado a trinta anos de
prisão.
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/guerra_contestado.htm
36.
37.
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39. O CANGAÇO
Entre o final do século XIX e começo
do XX (início da República), surgiu,
no nordeste brasileiro, grupos de
homens armados conhecidos como
cangaceiros. Estes grupos
apareceram em função,
principalmente, das péssimas
condições sociais da região
nordestina. O latifúndio, que
concentrava terra e renda nas mãos
dos fazendeiros, deixava as margens
da sociedade a maioria da
população.
Corisco & Dadá é um filme brasileiro de 1996 baseado em fatos
reais dirigido por Rosemberg Cariry
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/cangaco.htm
Imagem: Benjamin Abrahão Botto/ Retratos do cangaço - Virgulino Ferreira,
Lampião/ Domínio Público.
40.
41. Como não seguiam as leis estabelecidas pelo governo, eram perseguidos
constantemente pelos policiais. Usavam roupas e chapéus de couro para protegerem os
corpos, durante as fugas, da vegetação cheia de espinhos da caatinga.
Existiram diversos bandos de cangaceiros.
Porém, o mais conhecido e temido da época
foi o comandado por Lampião (Virgulino
Ferreira da Silva), também conhecido pelo
apelido de “Rei do Cangaço”. O bando de
Lampião atuou pelo sertão nordestino durante
as décadas de 1920 e 1930. Morreu numa
emboscada armada por uma volante, junto
com a mulher Maria Bonita e outros
cangaceiros, em 29 de julho de 1938. Tiveram
suas cabeças decepadas e expostas em locais
públicos, pois o governo queria assustar e
desestimular esta prática na região.
Imagem:
Benjamin
Abrahão
Botto/
Retratos
do
cangaço
-
Virgulino
Ferreira,
Lampião/
Domínio
Público.