Luc Ferry, ateísmo e a defesa da divinização do homem
1. Informativo Mensal da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores
Regional do Estado de São Paulo
Ano XVI - nº. 181 - DEZEMBRO de 2007
Redação: sobrames@uol.com.br - (11) 9182-4815
OBandeirante
Jornal
Idéias de Luc Ferry, ateísmo e Natal
por Helio Begliomini médico urologista e Presidente da SOBRAMES-SP
Continua na página 2
É muito imbecil, ou louco, / quem não vê, na sua estrada, / que com
Deus é muito o pouco, /e sem Deus, o muito é nada...
Octacílio Cruz Peixoto, trovador.
Luc Ferry é um filósofo e cientista social parisiense. Nasceu
em 1951, contando, hoje, com 56 anos. Tem-se tornado um escritor
voltado para o humanismo secular. Em 2006, ganhou o prêmio
Aujourd’Hui com seu livro Aprender a Viver, onde apresenta a história
da filosofia desde a antiga Grécia à atualidade.
É conhecido como um dos mais radicais defensores do
movimento de laicização no Ocidente, particularmente contra o avanço
dos fundamentalistas. Quando foi ministro da Educação, na França,
entre 2002 e 2004, muito repercutiu o fato àquela época, de proibir o
uso de véus das mulheres muçulmanas em escolas públicas.
Em seu livro Nouvel Ordre Écologique, além de apresentar
crítica aos ecologistas radicais, expressa preocupação no mundo
globalizado com o futuro da democracia e a deterioração do poder dos
políticos.
Com relação ao medo que os jovens contemporâneos
enfrentam em relação àqueles dos anos 60, diz: “o que é novo não é a
proliferação do medo, mas o fato de que o medo seja desculpabilizado.
Em minha infância, o medo era um sentimento negativo, um pouco
vergonhoso e que, para crescer, era preciso superá-lo. Hoje se tornou
sentimento positivo, como se fosse o primeiro passo para a sabedoria”.
Ainda no seu livro Aprender a Viver, Luc Ferry defende que a
consciência da responsabilidade do indivíduo sobre a coletividade deve
gerar um novo humanismo. Entretanto, embora não se considere
nietzschiano, ensina ao homem a ocupar o lugar de Deus, ou a persistir
na idéia de divinizar o humano. Assim, defende que a idéia da
transcendência desceu do céu para a Terra, na humanidade,
especificamente pela sacralização do ser humano.
Contrariamente, por incrível que possa parecer, este livro,
segundo críticos, poderia ser resumido com um princípio cristão: “não
faça aos outros o que não gostaria que fizessem com você”. Entretanto,
Ferry acredita que, quanto mais ateu for o filósofo, mais à altura do
título de pensador ele possui.
No seu livro O Homem Deus, Luc Ferry expressa novamente
sua visão laicizante acerca do mundo. Pressupondo a decadência do
cristianismo, renova sua crença na divinização do homem. Para ele o
indivíduo moderno deve enfrentar sozinho as experiências cruciais da
existência, tais como o luto, o mal e o amor.
O ateísmo tem-se propagado não somente como uma simples
opção, ou mesmo como convicção, mas sim, com a intenção de destruir
a fé em Deus. Seus protagonistas jactam-se com ar de superioridade com
relação aos demais mortais, pressupondo que atingiram um plano
civilizacional superior, pois prescindem de Deus. Entretanto, eles não
levam em consideração que crer em Deus como a Causa Primeira de um
mega e inúmeros nanouniversos, perfeitamente harmônicos e bem
ordenados, não é apanágio apenas dos incultos, dos iletrados, dos
simplórios e dos matutos, mas também de cientistas, pensadores, pós-
graduados lato sensu, artistas e de intelectuais dos mais variegados matizes.
Paradoxalmente, a segurança dos que acreditam em Deus é a
mesma daqueles que O negam. Contudo, as considerações dos ateus
desarticulam-se e volatilizam-se mais
facilmente diante da argumentação
filosófica, científica, lógica e
racional.
Algo jocoso, mas ao
mesmo tempo real, aconteceu em
Paris, na mesma cidade de Luc Ferry,
com um ilustre concidadão seu, há
cerca de 200 anos. Jean le Rond
d’Alembert (1717-1783), filósofo,
matemático e físico que participou
da edição da Encyclopédie, primeira
enciclopédia publicada na Europa,
freqüentemente usava sua inteligência
para menosprezar a religião. Certa
feita estava num palácio e começou a
vangloriar-se de ser ateu. Dizia: neste
palácio somente eu não creio, nem adoro a Deus. Entretanto, uma
mulher de fé que ali se encontrara respondeu-lhe: estais muito enganado,
senhor d’Alembert. O senhor não é o único. Existem outros neste palácio
que não acreditam em Deus. Admirado, ele perguntou: e posso saber
quem são meus companheiros, minha senhora? Claro! – retrucou ela –,
complementando: são os cães, os cavalos e os burros que estão no pátio...
Com todo o respeito a pensamentos contrários, diríamos que
apenas um irracional pode negar a Deus. Explicitando: O irracional não
tem capacidade de articular a razão – conseqüentemente, Deus é a realidade
mais evidentemente inegável.
Os crédulos não o são por medo do desconhecido, pela
ignorância, pela falta de explicação abstrata ou pelas superstições, mas
sim, concebem a noção de um Criador também pela intuição e pela
dedução racional. Diríamos que no homem existe o instinto da religiosidade
como outro qualquer. A sua sede pelo transcendente lhe é inata. O genial
filósofo Aurélio Agostinho de Hipona (354-430), que passou boa parte
de sua vida menosprezando o transcendente, sintetizou este anseio de
forma simples, densa e lapidar: “Tu nos fizeste para ti, Senhor, e inquieto
é o nosso coração enquanto não repousa em Ti” (Confissões I,1).
Ainda é do genial Agostinho esta reflexão contida em seu
Sermão 126,3: “Eleva o olhar racional, usa os olhos como homem,
contempla o céu e a terra, os ornamentos do céu, a fecundidade da terra,
o voar das aves, o nadar dos peixes, a força das sementes, a sucessão das
estações. Considera bem os seres criados e busca o seu Criador. Presta
atenção no que vês e procura quem não vês. Crê naquele que não vês, por
causa das realidades que vês. E não julgues que é pelo meu sermão que és
assim exortado. Ouve o apóstolo que diz: – ‘As imperfeições invisíveis
de Deus tornaram-se visíveis, desde a criação do mundo, pelos seres por
ele criados’ (Rm 1,20)”.
O irreverente François-Marie Arouet, filósofo iluminista
francês, mais conhecido pelo pseudônimo de Voltaire (1694-1778), no
tocante ao Criador, dissera: “todo relógio tem um relojoeiro!”. Acreditava
explicitamente na existência de Deus. Para Voltaire, “Deus é a suprema
inteligência do mundo, obreiro infinitamente capaz e infinitamente
imparcial”.
2. Jornal O Bandeirante
ANO XVI - nº. 181 - Dezembro 2007
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Para o famoso escritor e poeta
francês Victor Hugo (1802-1885), “Deus é o
invisível evidente”. Jacques Anatole François
Thibault, mais conhecido como Anatole France
(1844-1924), também escritor, recebido na
Academia Francesa em 24 de dezembro de 1896
e laureado com o prêmio Nobel de Literatura,
em 1921, consignou primorosamente que “o
acaso é, talvez, o pseudônimo de Deus, quando
Ele não quer assinar o seu nome”.
Assim poder-se-ia elencar uma série
de outros homens notáveis – religiosos,
filósofos, teólogos, escritores, artistas, músicos,
cientistas, intelectuais... –, que acreditavam em
Deus ou que a Ele chegaram pelas evidências de
seus misteres: Francesco Bernardone ou
Francisco de Assis (1181-1226), eleito no final
do século XX, pela revista Times, como o
personagem que mais marcou o milênio passado;
Tomás de Aquino (1225-1274), Nicolau
Copérnico (1473-1543), Galileu Galilei (1564-
1642), Johannes Kepler (1571-1630), René
Descartes (1596-1650), Blaise Pascal (1623-
1662), Isaac Newton (1643-1727), Gottfried
Wilhelm von Leibniz (1646-1716), Ludwig van
Beethoven (1770-1827), André Marie Ampère
(1775-1836), Louis Pasteur (1822-1895), pai
da microbiologia; Antoine Henri Becquerel
(1852-1908), prêmio Nobel de Física, em 1903,
pela descoberta da radioatividade; Max Planck
(1858-1947), prêmio Nobel de Física, em 1918,
pela descoberta do “quantum” de energia;
Andrews Millikan (1868-1953), prêmio Nobel
de Física, em 1923, pela descoberta da carga
elétrica elementar; Maratma Gandhi (1869-
1948), Alex Carrel (1873-1944), prêmio Nobel
de Fisiologia ou Medicina, em 1912, pelas suas
pesquisas em sutura vascular; Albert Schweitzer
(1875-1965), prêmio Nobel da Paz, em 1952;
Albert Einstein (1879-1955), prêmio Nobel de
Física, em 1921, pela descoberta do efeito foto-
elétrico; Erwin Schrödinger (1887-1961),
prêmio Nobel de Física, em 1933, pelo
descobrimento de novas fórmulas da energia
atômica; Agnes Gonxha Bojaxhiu, Teresa de
Calcutá (1910-1997), prêmio Nobel da Paz,
em 1979; Jérôme Lejeune (1926-1994), pai da
genética moderna; Martin Luther King (1929-
1968), prêmio Nobel da Paz, em 1964;
Desmond Mpilo Tutu (1931-), prêmio Nobel
da Paz, em 1984, dentre outros milhares ou
milhões, que mais prestaram e prestam serviço
ao pensamento, à ciência, às artes, enfim, ao
homem e à civilização do que o mal que fizeram
ou que fazem à humanidade expoentes do
pragmatismo ateu como Josef Stalin (1878-
1953), Adolf Hitler (1889-1945), Mao Tsé-
Tung (1893-1976), Saloth Sar, mais conhecido
por Pol Pot (1925-1998), Fidel Alejandro
Castro Ruz (1926-), além de outros carrascos
que assassinaram mais de cem milhões de
pessoas.
Os homens não são iguais entre si, e,
no que tange ao ateísmo implícito e explícito
no pensamento de Luc Ferry, assim como de
outros militantes, ele é rechaçado por 97,5%
da população mundial que se declaram crentes.
Felizmente não é necessário ter muitos
neurônios para se chegar a essa constatação e
nem ostentar arrogância de superioridade
intelectual! Contrariamente ao que assevera
Luc Ferry, diríamos que, quanto mais humilde
for o filósofo, mais à altura do título de
pensador ele possui. Aliás, Sócrates (470 a.C.-
399 a.C.), filósofo ateniense e um dos mais
importantes pensadores do Ocidente, já
entendera que “quanto mais sei, mais sei que
nada sei”.
Ao ensejo dessas ponderações, vale
a pena aduzir o nome de Francis S. Collins,
diretor do Projeto Genoma Humano, que assume
ser cristão, exibindo uma trajetória que vai do
ateísmo à crença. Collins lançou recentemente,
nos Estados Unidos da América, uma
interessante obra, cuja tradução para o
português tem como título A Linguagem de
Deus – Um Cientista Apresenta Evidências de
que Ele Existe, mostrando, assim, como
inúmeros outros, que não há contradição entre
ciência e fé.
É de se esperar, pois, que, neste mês
de dezembro, Luc Ferry e seus simpatizantes
ateus aceitem de 1/5 da humanidade que é cristã,
um feliz Natal, entendido como o Deus que se
tornou homem para resgatá-lo de seu próprio
mal e dar um sentido redentor às suas angústias,
achaques, imperfeições, pecados e sofrimentos.
(Continuação da página 1)
Walter Whitton Harris
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3. A
Q
Camilo André Mércio Xavier
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3O Bandeirante - Dezembro de 2007 - SUPLEMENTO LITERÁRIO
Natureza
Ao longo da vida
A natureza
Impõe-nos suas regras
Desde o mais simples gestual
Ao complexo existir
Somos envolvidos
por uma intensa mobilidade
porque tudo nela circula
De onde vem essa ordem?
Esse imperativo?
Da poderosa força que nos sustenta
Que nos agita
Que reside em nós
E que tudo comanda
Dentro de uma relação especial
Ela preenche e ocupa nossos vazios
Do corpo, da alma
Penetra em nós
Instala seu império
Emissor – receptor
Transborda, transforma
Traços – pedaços
Incluídos em nós
O efêmero passa a permanente
O oculto torna-se aparente
E assim ficamos todos
Sujeitos ao imponderável
À mercê da mãe natureza
Ao final o que conta
E o que vence
É a vontade de permanecer.
Quando a Lua surgiu, de trás da serra, toda a
natureza noturna se alegrou.
Era mais uma nova noite e os pirilampos, com
seu intermitente iluminar, faziam-nos lembrar dos bons
tempos em que a luz da iluminação noturna das cidades
era fraca ou inexistente e desse modo podíamos admirar
o faiscar das estrelas longínquas.
Era o Cruzeiro do Sul, as Três Marias ou a
Vespertina que, com seus albedos, deixava-nos extasiados
ao mirá-las.
As estrelas cadentes, que riscavam o céu num
rápido passar e com eles iam nossos pedidos a Deus.
O medo que tínhamos de apontar, com nosso
indicador, alguma estrela, pois poderia nascer uma verruga
na ponta dele, fazia com que procurássemos indicar a
“estrela” que sempre acompanhava a Lua, com a ponta
de nosso queixo, procurando dizer qual era a que
deveríamos ver, naquelas noites de luar.
Oh! Que saudades...
Noite de luar
Flerts Nebó
Médico reumatologista - São Paulo - SP
Diziam que aquela estrelinha vermelha não era
uma estrela... (que mentira...), mas que era um planeta,
onde morava o deus da guerra. Seu brilho, embora não
piscasse como as outras, era permanente e para mim era
uma estrela colorida no fundo de um céu gostoso de se
admirar.
A Lua ia declinando e pouco a pouco desaparecia
aos primeiros alvores do despontar de um novo dia que
amanhecia. Fora mais uma noite de luar... que beleza!
4. F
O que é ser
enfermeira?
Arlete Mazzini Miranda Giovani
Mestre em Ciências e enfermeira
São Paulo - SP
SUPLEMENTO LITERÁRIO - O Bandeirante - Dezembro de 20074
Freqüentemente pergunto a mim mesma o que é ser
enfermeira e o que gostaria que fosse dito em alguma
comemoração em que fosse lembrada. Deixo aqui com vocês a
resposta. Se vocês estiverem ao meu lado nesta comemoração,
lembrem-se de que não quero uma longa comemoração e nem
mesmo um longo discurso.
Digam-me para não falar muito, para não dizer que
tenho trezentos certificados de cursos e congressos realizados.
Isso não é importante. Para não dizer que fiz curso universitário
e tenho trabalhos publicados. Isso também não é importante.
Para não dizer o lugar onde estudei. Para não dizer o cargo que
ocupo. O local onde trabalho. Os anos trabalhados.
Eu gostaria, sim, que alguém mencionasse aquele dia
em que tentei dar o melhor de mim a serviço dos pacientes,
razão maior de minha profissão; em que tentei desempenhar, da
melhor maneira, tudo que aprendi e que continuamente aprendo;
em que procurei amenizar a dor, colaborar para a recuperação
da saúde, dar um novo ajuste na condição de vida daqueles
que, um dia, a sorte por um instante esqueceu; em que tentei
ser honesta nas minhas atividades e caminhar na busca da
assistência ideal, apesar dos tropeços; em que tentei aliviar a
dor da internação e do afastamento dos familiares daqueles
que o mundo passou a ser um leito de hospital; em que tentei
enxugar uma lágrima e arrancar um sorriso de rostos tão sofridos;
em que tentei distribuir otimismo, descontração, sorrisos,
esperança, carinho e sobretudo profissionalismo a seres tão
humanos quanto eu.
Sim, se quiserem dizer algo, digam que fui implacável
defensora da justiça, dos direitos e dos deveres de todos e,
sobretudo, da paz. Da paz do espírito, do dever cumprido e da
missão realizada.
Todas as outras coisas, triviais, não têm importância.
Não quero deixar para trás nenhuma homenagem
póstuma, nenhum busto, nenhuma placa e nenhum nome de
rua. Só quero deixar uma vida profissional de dedicação e
realizações, sempre caminhando adiante. Passar a imagem de
que ser enfermeira é, sobretudo, ser gente, possuir alma, ter
defeitos e virtudes. Será que algum dia todos olharão para a
enfermeira e enxergarão que ela tem também uma alma, ama,
sofre, respira, alimenta-se, é mãe, é esposa, namorada, filha... e
não apenas o robô infalível que, se erra, não tem competência
e, se acerta, não fez nada mais do que a obrigação? Ela é
responsável por tudo, está no hospital 24 horas, mas será sempre
uma sombra nos resultados.
Portanto, ser enfermeira é, antes de tudo, ser
gente.
Florence Nightingale (1820-1910) considerada a
fundadora da enfermagem moderna.
Tempodeir
Alitta Guimarães Costa Reis
Médica psiquiatra
São Lourenço - MG
NNão, pai. Não vai embora.
Como saber, assim, de repente,
o que te dizer?
Ainda não, pai. Demora.
Fica comigo, por prazer,
por todo aquele tempo
que faltou.
Fixa em mim o teu olhar.
Assim sinto tua presença
nesses dias quietos.
Teu sangue flui.
Tu já tens bisnetos.
Também flui meu amor.
Suave, cheio de luz,
como o bom champanhe
em tuas queridas taças de cristal.
“Prost!”. Pruridos no nariz.
Tu eras tão feliz!
Está bem, então. Não choro mais.
Querias que eu fosse forte!
E aqui estou.
Contigo, além da morte.
Mas sei que tens de ir.
Está bem, então. Vai.
Não sou mais criança,
desnorteado amor,
desamparada esperança.
O meu amor te liberta.
Voa pela janela aberta
Além de onde minha vista alcança.
Já sei honrar a essência
de tua magia,
que era viver feliz
a cada dia.
5. J
5O Bandeirante - Dezembro de 2007 - SUPLEMENTO LITERÁRIO
Um susto e uma corrida
Roberto Caetano Miraglia
Advogado - São Paulo - SP
Já passava das cinco da tarde quando o corpo do velho
italiano Ciccillo chegou ao improvisado velório do Hospital Municipal
de São Paulo.
A frente do hospital que dava para a Rua Vergueiro estava
em fase final de acabamento, mas a lateral da Rua Castro Alves e os
fundos da RuaApeninos ainda funcionavam precariamente. Os velhos
casarões desapropriados ainda não haviam sido demolidos para a
construção da nova ala e por isso as suas garagens serviam de local
para as famílias velarem seus mortos.
Década de 50, garoa fina e um friozinho típico da época
eram cenário do triste epitáfio do
bom Ciccillo.
A pequena família foi
chegando aos poucos para passar
a noite, que certamente seria longa
e fria.
Luicella, 83 anos, e,
Cosentina, 87, irmãs do falecido,
foram as primeiras a chegar com
Micusso, marido de Luicella, num
taxi Chevrolet, preto, ano 52, que
mais parecia um rabecão de tão
grande.
Micusso, sempre
prestativo, acertou a corrida e logo
abriu a porta de trás para as irmãs
descerem. Luicella, apesar da
idade, desceu bem, mas
Cosentina... eram 100 quilos
entalados na porta traseira do táxi. Os numerosos botões da saia
preta, a calçola apertada e os sapatos novos com um número menor,
comprados na fina e elegante Casa Fidalga da Rua Quintino Bocaiúva,
dificultavam ainda mais a empreitada.
Cosentina gostava de chamar atenção sobre si e fazer-se
de doente, mas aquela situação era constrangedora. Se pra entrar foi
fácil, por que pra sair estava tão difícil? Seria encenação?
Luicella puxava o braço direito da irmã, Micusso o
esquerdo, e o motorista do taxi empurrava pelas costas. Cosentina
suava. E os outros também.
- Mio Dio! Ma que trambolho! – sussurrou Micusso.
- Que dicce? – perguntou Cosentina, levantando o véu de
renda preta do rosto para poder esbravejar melhor.
- No, io parlato... que imbroglio... capicci... que imbroglio!
– disfarçou Micusso.
- Va bene! Ma que io escuitei trambolho, isso io escuitei!
- Ma carma Cosentina, per piacere, vê se dá uma
mãozinha!
- Ma como carma? Voceis tão mi empurrando e puxando e
amassando, como se fosse massa de inhoque de batata, ma não tão
vendo que io to ca borsa presa no banco do carro. Se arrebentá a
arça io vô despencá, cáspita!!!
- É vero! – disse o brincalhão Micusso - E vai acontecê
iguar aconteceu em Nova Iorque em 1929! Voceis no ricorda?
- Ma sei pazzo Micusso? Qui é qui tem qui vê a bunda cas
carça?
- É qui em 1929 teve o crack da Borsa de Valor de Nova
Iorque, capicce? Intó, foi por causa da quebra da borsa qui arrebentô
os banco e tudo despencô! Deu pra entendê?
- Mio San Genaro, onde você foi pará Micusso? Luicella,
vê se tuo marido tá com febre!
Depois de um grande esforço coletivo, a grande dama
conseguiu sair do carro e, mesmo assim, reclamando de dor nas pernas
e nos braços e nas costas... Mas, ainda que não bastasse a descida
triunfal, Cosentina ainda precisou da ajuda da bengala e de sua dedicada
irmã para poder caminhar até o interior do velório.
Outros familiares estavam chegando. Gaetano e Josephina,
com os filhos Francisca, Antonieta, Helena, as gêmeas Mafalda e
Iolanda, Maria, Benedito, Antonio, Roberto e Vera chegaram com o
bonde Praça da Árvore que passava na Rua Vergueiro. Adolpho, Ida,
Marina, Cosme e Alfredo, filhos de Micusso e Luicella, chegaram de
taxi.
Passava das oito da
noite, quando um outro caixão foi
colocado num canto escuro da
mesma garagem. Soube-se que era
um senhor que morrera afogado na
represa de Santo Amaro.
Vendo aquele caixão
simples num canto abandonado, sem
ninguém para velar o pobre defunto,
Cosentina pediu aos sobrinhos para
que colocassem uma das quatro
velas que estavam ao lado do caixão
de Ciccillo próxima ao caixão
solitário.
- Venham aqui, filhos
mio! Bota questa vela pra iluminá a
arma do povorelo! Se io pudesse io
mesma ia colocá. Ma questa perna...
Io tô com dor nas costa por causa
da espinha torta... Mio braço tá ardendo qui nem fogo... E ainda io
non vô di corpo já faiz uns quatro dia, dispois qui comi os dois quilo
de jabuticaba qui comprei na feira....
Depois das lamentações, o pedido foi atendido. O pobre
defunto tinha uma vela para iluminar sua alma.
O tempo foi passando e o frio aumentando. O irmãos
Gaetano e Micusso foram até a esquina da Rua Tamandaré tomar um
golezinho de vinho Sangue de Boi para esquentar, antes que a adega
fechasse. Os mais moços, encolhidos em suas cadeiras, contavam
histórias de fantasmas e inventavam situações de terror para colocar
medo nas moças. Cosentina e Luicella rezavam o terço entre um cochilo
e outro. Às vezes acordavam assustadas e uma rezava a Ave-Maria e
a outra já pulava para o Pai-Nosso, e acabavam discutindo pra ver em
qual conta haviam parado.
Lá pelas tantas, com o vento soprando forte mais para o
lado do caixão do afogado, a vela que Cosentina mandou colocar foi
deslocando-se e, com o peso da parte derretida, acabou caindo em
cima da base de metal.
Foi um barulho e tanto, que ecoou por toda a garagem,
quebrando abruptamente o silêncio da madrugada.
Todos levaram um tremendo susto, e as moças gritavam
que o defunto afogado estava levantando-se do caixão.
Ao ouvir isto, a gorda e dolorida Cosentina, que mal podia
andar gritou:
- Madonna mia! Ciccillo que me descurpe! Ma io non fico
nem mais um minuto qui!
E falando isso, levantou com rara agilidade seus cem quilos
da cadeira num único salto, jogou a bengala pro lado e saiu correndo
do velório com uma velocidade nunca vista!
6. A
C
SUPLEMENTO LITERÁRIO - O Bandeirante - Dezembro de 20076
Soneto e carnaval
Sônia Andruskevicius de Castro
Médica intensivista - São Paulo - SP
Josef Tock
Médico oftalmologista
São Paulo - SP
Moça na porta
Como um soneto compor
Que fala de samba e carnaval
Na letra um enredo nacional
De paz, alegria e amor
Se o soneto verdadeiro
Pede fraque e cartola
As senhoras de estola
Elegância por inteiro
E o carnaval é ousadia
Quando varre a avenida
É passagem só de ida
Para toda freguesia
Se tanta alegria transpassa
Do soneto, a frase que morre
Se tentar a espuma escorre
como champanhe na taça.
A moça bateu à porta.
Na arquitetura da vida,
era tudo tão estático;
e o amor passou na secante.
Na literatura dos logarítmos,
ela estudava a matemática do ego.
E sobravam favores, e faltava justiça.
Era o topônimo superlativo.
O ego era a incógnita.
Bastante indefinida, se fazia mártir;
na vinicultura do versejar,
os goles tragando no palavrear.
Nos vocábulos absurdos,
o transitivo vulgar;
sem datas, sem erros,
a prosódia popular.
A moça bateu à porta,
abri em prossecução.
O ego ferido,
a alma combalida.
E nas ordenadas da vida,
vocábulos em versos prosados
no amor gentio usados.
7. 7O Bandeirante - Dezembro de 2007
estante
Esta seção tem como objetivo divulgar e promover a venda dos livros dos associados adimplentes. Para participar, os autores
interessados devem enviar as seguintes informações sobre os livros que pretendam divulgar: Título, Editora, Ano e Cidade da
Publicação, Nº. de Páginas, Preço, Forma de contato e aquisição e um arquivo magnético, contendo a foto da capa do livro (extensão
JPG). São dispensadas essas informações caso o livro já esteja disponível no acervo da SOBRAMES-SP. Opcionalmente o autor poderá
também enviar o livro, ainda que por empréstimo, para a redação do jornal. O envio do material, assim como de notícias, publicações ou
informações sobre lançamentos de livros deve ser feito para: Jornal “O Bandeirante” - Redação: Av. Prof.Sylla Mattos, 652 - ap.12
Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP - CEP 04182-010 - Também serão recebidas as informações pelo e-mail: SOBRAMES@UOL.COM.BR.
Alçando Novos
Ares - Helio
Begliomini-
Expressão & Arte -
2007 - São Paulo -
SP - 80 p.
Helio Begliomini, médico urologista e
atual presidente da SOBRAMES-SP dá
mais um passo em sua profícua
trajetória literária e cultural. Em
março de 2007, ele tomou posse,
como sócio-efetivo, do Instituto
Histórico, Geográfico e Genealógico
de Sorocaba - SP e, para comemorar
a efeméride, lançou mais um livro:
Alçando Novos Ares. No volume ele
registra seu discurso de posse, a
saudação feita pela jornalista Ângela
Maria Sisternas Fiorenzo, bem como o
estatuto, as ações e o quadro
associativo daquele Instituto, cuja
fundação remonta a 3 de março de
1954. Para maiores informações e
aquisições, escreva para o e-mail:
heomini.ops@terra.com.br
Aventuras de
Isadora e
Branquelo -
Thereza Freire
Vieira - Ediame -
2007 - Porto Alegre
- RS - 136 p.
Outra escritora que vem se
destacando pela proficuidade de sua
produção é a geriatra Thereza Freire
Vieira, moradora na cidade de
Taubaté. Sua obra é bastante
diversificada, indo do romance à
poesia e dos ensaios e biografias até
as histórias infantis. É neste último
porto que ancora sua obra mais
recente. Em As Aventuras de Isadora
e Branquelo, Thereza exercita toda a
magia de sua narrativa sempre muito
fluente e bem do agrado das crianças
e jovens que têm recebido os seus
livros, habitualmente entregues a
bibliotecas e a escolas. Saiba mais
sobre os livros da autora, escrevendo
para Rua 29 de Agosto, 177 - CEP
12060-410 - Taubaté - SP
Queixa Principal -
- Vários autores -
SOBRAMES-CE -
2007 - Fortaleza - CE
- 164 p.
Lucio Alcântara, médico e membro
efetivo da Academia Cearense de
Letras, assim se manifestou sobre a
22ª. Coletânea da regional cearense
da SOBRAMES: “...Imprensados entre
as tabelas do SUS, a burocracia dos
atendimentos, os baixos salários, as
novas tecnologias e a demanda
crescente, os médicos escritores,
seguindo antiga afinidade, libertam-se
pela palavra e abraçam a literatura
como um escape para a ansiedade e
tensões profissionais.” Abrangendo
poesias, crônicas, conto e memória, a
obra registra o talento literário de 24
autores médicos da SOBRAMES do
Ceará, em mais uma mostra da
constante atividade daquela regional.
Informações: sobrames@secrel.com.br
registro
visita I
Na 209ª. Pizza
L i t e r á r i a ,
realizada no dia
2 0 . 1 2 . 2 0 0 7 ,
tivemos a honra
de receber a
visita da Dra.
Maria de Fátima Barros Calife Batista, da
SOBRAMES-PE, que trazia mensagem do
recém-empossado presidente daquela
regional, Dr. Paulo Camelo, ao presidente
da regional paulista. Na foto a Dra. Maria
de Fátima aparece ao lado de Wladimir do
Carmo Porto, Helio Begliomini e Marcos
Gimenes Salun.
tema livre na superpizza
Como a maioria dos autores têm
preferido escrever sobre temas livres em
vez dos propostos pela diretoria, o
próximo desafio da SUPERPIZZA, a ser
realizado na reunião de 21 de fevereiro,
terá a participação de TODOS os textos
apresentados. O autor do trabalho que
mais agradar ao leitor que os receberá
para análise será brindado com um mimo.
na imprensa
A edição de 30 de novembro de 2007 do
jornal O Semanário da Zona Norte
publicou, em sua página 14, uma
,
tam-
bém
visita II
A poeta brasileira,
Mercedes Gomes,
uma das fundadoras
da regional São Paulo
da SOBRAMES, veio
matar saudades,
depois de longa
ausência. Há cinco
anos Mercedes fixou residência em
Luanda, na África, e durante todo esse
tempo foram raros os contatos com os
confrades paulistas. Para marcar a
ocasião, Mercedes recitou poesias de
sua autoria durante a Pizza Literária do
dia 20 de dezembro.
vem aí outra fornada
Em 2008 a SOBRAMES-SP pretende
lançar mais uma edição da sua série de
coletâneas, que tem recebido o título
de A Pizza Literária. Será o 10ª. volume
da série, cuja publicação teve início em
1990 e vem brilhando a cada dois anos.
A participação será por cotização entre
os autores. Em breve você terá todos os
detalhes e informações a respeito.
visita III
Na primeira semana de
janeiro de 2008, foi a vez
dos confrades cearenses
aportarem em Sampa. No
dia 8 de janeiro, tivemos
a honra de receber a
visita do Dr.Pedro
Henrique Saraiva Leão, ex-presidente da
SOBRAMES Nacional (1996/1998) e do
atual presidente da regional cearense da
SOBRAMES, Dr. José Maria Chaves
(abaixo). Durante um fraterno almoço, os
ilustres representantes da regional
nordestina entregaram a Marcos Gimenes
Salun, da regional
paulista, cartazes e uma
prévia do programa do
XXII Congresso Brasileiro
de Médicos Escritores e
do III Comitê Feminino da
SOBRAMES, que serão
realizados em Fortaleza-
CE, de 4 a 7 de junho de
2008. Além de noticiarem a empolgação
que vivem todos os confrades cearenses
na expectativa do evento, Pedro Henrique
e José Maria manifestaram todo o cari-
nho que sempre nutriram pelos paulistas,
brindando-nos com alguns exemplares de
sua coletânea Queixa Principal e tam-
bém da revista Literapia, editada por
Pedro Henrique .
reportagem sobre o lançamento do livro
Sangue Quente, de nossa associada e ex-
presidente Dra. Karin Schmidt Rodrigues
Massaro, evento realizado no dia 28
daquele mês.
8. agenda
REVISÃO
de textos em geral
Ligia Pezzuto
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Definido valor da
anuidade para 2008
Foi fixado em R$ 140,00 (cento
e quarenta reais) o valor da anuidade
de 2008. Esse valor é válido para os que
efetuarem o pagamento até o dia
31.03.2008. A partir de 1º. de abril, o
valor passa a ser de R$ 170,00 (cento
e setenta reais).
Os pagamentos podem ser feitos
durante as Pizzas Literárias ou através
do envio de cheque cruzado, nominal
à SOBRAMES-SP, para o endereço do
atual tesoureiro:
Marcos Gimenes Salun
Av.Prof.Sylla Mattos, 652 - apto.12
Jardim Santa Cruz - São Paulo - SP
CEP - 04182-010
Nunca é demais salientar que o valor
da anuidade é uma das únicas fontes
de receita da SOBRAMES-SP, para que
esta possa continuar realizando suas
atividades e bancando seus compro-
missos, tais como publicação de jornal,
correio, material de expediente,
impostos e taxas legais, publicação de
antologias etc... Por essa razão,
contamos desde já com a colaboração
de todos os associados.
Prêmios de assiduidade e desempenho 2007
Ligia Terezinha Pezzuto,
responsável pela apuração dos
concursos “Prêmio Rodolpho Civile” de
assiduidade e “Prêmio Aldo Miletto” de
melhor desempenho, levantou os
resultados da edição 2007, que se
encerrou em dezembro.
Os associados mais assíduos, na
categoria Grande São Paulo, que
compareceram às 12 reuniões da Pizza
Literária realizadas em 2007 e
receberão certificado do “Prêmio
Rodolpho Civile” são: Marcos Gimenes
Salun, Maria do Céu Coutinho Louzã,
Roberto Antonio Aniche e Sérgio
Perazzo. Na categoria Interior,
marcaram 11 presenças os associados
Geováh Paulo da Cruz e Rodolpho Civile,
que também receberão certificados.
O vencedor do “Prêmio Aldo
Miletto” de melhor desempenho na
SOBRAMES-SP em 2007 foi Helio
Begliomini, que totalizou 45 pontos na
soma de todos os quesitos. Foram
pontuados: publicação de livros,
apresentação de trabalhos em Jornada,
participação em Antologia e presença
em Pizzas Literárias.
A todos, os parabéns! Em janeiro
de 2008, começam a ser somados
pontos para a segunda edição desses
dois certames. Confira a agenda de
atividades abaixo e não deixe de
participar.
A diretoria elaborou a agenda de
atividades para o ano de 2008. Como
alguns eventos ainda precisam de
confirmações, pedimos sua atenção
para este espaço, onde mensalmente
serão detalhados todos eles e
informadas eventuais alterações na
programação, especialmente em razão
de alguns feriados. Anote:
JANEIRO - 10 reunião de diretoria /
17 Pizza Literária.
FEVEREIRO - 07 reunião de diretoria
/ 21 Pizza Literária (Superpizza).
MARÇO - 6 reunião de diretoria / 20
Pizza Literária.
ABRIL - 3 reunião de diretoria / 17
Pizza Literária / 26 Sabatina Literária
(Jundiaí).
MAIO - 8 reunião de diretoria /
29 Pizza Literária
JUNHO - 4 a 7 XXII Congresso
Brasileiro de Médicos Escritores
(Fortaleza-CE) / 12 reunião de
diretoria / 19 Pizza Literária.
JULHO - 3 reunião de diretoria /
17 Pizza Literária.
AGOSTO - 7 reunião de diretoria /
21 Pizza Literária.
SETEMBRO - 4 reunião de diretoria /
18 Pizza Literária (eleições e
Aniversário da SOBRAMES-SP)
OUTUBRO - 2 reunião de diretoria /
16 Pizza Literária.
NOVEMBRO - 6 reunião de diretoria /
20 Pizza Literária / 29 lançamento da
10ª coletânea.
DEZEMBRO - 4 reunião de diretoria /
18 Pizza Literária (posse da diretoria
eleita para 2009/2010)
O Bandeirante - Dezembro de 20078