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2ª FASE DO MODERNISMO BRASILEIRO
(1930 – 1945)
CARACTERÍSTICAS:
• Na prosa:
• Alargava a sua área de interesse ao incluir
preocupações novas de ordem política, social,
econômica, humana e espiritual.
• A piada foi sucedida pela gravidade de espírito, a
seriedade da alma, propósitos e meios.
• O romance dessa época promoveu o encontro do
autor com seu povo, havendo uma busca do
homem brasileiro em diversas regiões, tornando
o regionalismo importante.
Sua literatura caracteriza-
se, a princípio, pelo caráter
regionalista e sociológico,
com enfoque psicológico,
que tende a se valorizar e
a aprofundar-se à
proporção que sua obra
amadurece.
Seu estilo é conciso e
descarnado, sua
linguagem fluente, seus
diálogos vivos e acessíveis,
o que resulta numa
narrativa dinâmica e
enxuta.
RACHEL DE QUEIROZ
O QUINZE
O romance se dá em dois planos, um
enfocando o vaqueiro Chico Bento e
sua família, o outro a relação afetiva
de Vicente, rude proprietário e
criador de gado, e Conceição, sua
prima culta e professora.
"Lá se tinha ficado o Josias, na
sua cova à beira da estrada, com
uma cruz de dois paus amarrados,
feita pelo pai. Ficou em paz. Não
tinha mais que chorar de fome,
estrada afora. Não tinha mais alguns
anos de miséria à frente da vida,
para cair depois no mesmo buraco, à
sombra das mesma cruz."
Suas obras são de estilo
conciso, sintético; deixa de
lado o sentimentalismo a
favor da objetividade e da
clareza.
Linguagem enxuta e
impessoal, descreve os tipos
e as paisagens do nordeste,
mas enfocando os
problemas existentes.
Em romances, como: São
Bernardo, Angústia e Vidas
Secas, revela o perfil
psicológico e sociopolítico
vivido pelos personagens.
GRACILIANO RAMOS
VIDAS SECAS
A obra retrata a vida miserável de uma família
de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de
tempos em tempos para áreas menos castigadas
pela seca. O livro possui 13 capítulos
independentes, menos o primeiro, "Mudança", e o
último, "Fuga“.
“E andavam para o Sul, metidos naquele sonho.
Uma cidade grande, cheia de pessoas fortes Os
meninos em escolas, aprendendo coisas difíceis e
necessárias. Eles dois velhinhos, acabando-se como
uns cachorros, inúteis, acabando-se como Baleia.
Que iriam fazer? Retardaram-se temerosos.
Chegariam a uma terra desconhecida e civilizada,
ficariam presos nela. E o sertão continuaria a
mandar gente para lá. O sertão mandaria para a
cidade homens fortes, brutos, como Fabiano, Sinhá
Vitória e os dois meninos."
Adotou um modo de narrar que
alia o lirismo ao documento, à
crítica social.
A linguagem se caracteriza pela
simplicidade e pelo tom coloquial
e popular.
Destaca o pobre, o negro, os
marginalizados, enfim, todos os
excluídos da sociedade, e os
apresenta de modo diferente,
narrando-lhes a vida, os
pensamentos, os desejos,
ressaltando que estes também
são humanos.
O romancista também retratou
costumes e as festas populares.
O cenário é, normalmente, a zona
urbana ou de plantação de cacau
ou café da Bahia.
JORGE AMADO
CAPITÃES DE AREIA
O romance, que retrata o cotidiano de um grupo
de meninos de rua, procura mostrar não apenas
os assaltos e as atitudes violentas de sua vida
bestializada, mas também as aspirações e os
pensamentos ingênuos, comuns a qualquer
criança.
“O Sem-Pernas convidou a todos para irem
ver o carrossel na outra noite, quando o
acabariam de armar. [...] Naquele momento todos
os pequenos corações que pulsavam no trapiche
invejaram a suprema felicidade do Sem-Pernas.
Até mesmo Pirulito, que tinha quadros de santos
na sua parede, até mesmo João Grande, que
nessa noite iria com o Querido-de-Deus ao
candomblé de Procópio, no Matutu, até mesmo o
Professor, que lia livros, e quem sabe se também
Pedro Bala, que nunca tivera inveja de nenhum
porque era o chefe de todos?”
Sua obra se caracteriza pela
denúncia sócio política, pela
sua sensibilidade e
autenticidade em falar de
modo realista dos fatos da
vida, pela forma como
retratava a vida, os costumes
e até a oralidade do povo
nordestino que vivia nos
engenhos de cana-de-açúcar.
O conjunto de sua obra
representa o declínio do
Nordeste canavieiro, o qual é
descrito por ele como por
nenhum outro.
JOSÉ LINS DO REGO
MENINO DE ENGENHO
A narrativa se dá em 1ª pessoa e o menino
Carlos conta suas peripécias no Engenho Santa
Rosa, retratando fielmente a vida de todos
aqueles que povoavam as fazendas que
cultivavam cana-de-açúcar, apontando suas
tensões sociais envolvidas em um ambiente de
tristeza e decadência. É o primeiro livro do ciclo
da cana-de-açúcar, publicado em 1932.
“Era um menino triste. Gostava de saltar com
os meus primos e fazer tudo o que eles faziam.
Metia-me com os moleques por toda a parte.
Mas, no fundo, era um menino triste. Às vezes
dava para pensar comigo mesmo, e solitário
anadava por debaixo das árvores da horta,
ouvindo sozinho a cantoria dos pássaros. [...]
Pensava então naquilo que junto de gente eu
não podia pensar. Já estava no engenho há
mais de quatro anos. Mudara muito desde que
viera de Recife.”
- Registro do cotidiano da
vida urbana de Porto
Alegre
- Apresentação de
problemas morais, sociais
e humanos
- Formação do Rio Grande
do Sul desde as suas
origens (no século XVIII)
até 1946.
- Temas políticos e de
engajamento social.
ÉRICO VERÍSSIMO
O TEMPO E O VENTO
É uma série literária. Dividido em O
Continente (1949) , O Retrato(1951) e O
Arquipélago (1961), o romance conta uma
parte da história do Brasil vista a partir do Sul -
da ocupação do "Continente de São Pedro"
(1745) até 1945 (fim do Estado Novo), através
da saga das famílias Terra e Cambará.
“Maneco apagou a lamparina, e a luz
alaranjada ali dentro da cabana de repente se
fez cinzenta e como que mais fria. As sombras
desapareceram do pano onde Ana tinha fito o
olhar. Ela então ficou vendo apenas o que
havia nos seus pensamentos. Seus irmãos
tinham levado Pedro para bem longe; três
cavalos e três cavaleiros andando na noite.
Pedro não dizia nada, não fazia nenhum gesto,
não procurava fugir, sabia que era seu destino
ser morto e enterrado ao pé de uma árvore.”

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O Modernismo Brasileiro de 1930 a 1945

  • 1. 2ª FASE DO MODERNISMO BRASILEIRO (1930 – 1945)
  • 2. CARACTERÍSTICAS: • Na prosa: • Alargava a sua área de interesse ao incluir preocupações novas de ordem política, social, econômica, humana e espiritual. • A piada foi sucedida pela gravidade de espírito, a seriedade da alma, propósitos e meios. • O romance dessa época promoveu o encontro do autor com seu povo, havendo uma busca do homem brasileiro em diversas regiões, tornando o regionalismo importante.
  • 3. Sua literatura caracteriza- se, a princípio, pelo caráter regionalista e sociológico, com enfoque psicológico, que tende a se valorizar e a aprofundar-se à proporção que sua obra amadurece. Seu estilo é conciso e descarnado, sua linguagem fluente, seus diálogos vivos e acessíveis, o que resulta numa narrativa dinâmica e enxuta. RACHEL DE QUEIROZ
  • 4. O QUINZE O romance se dá em dois planos, um enfocando o vaqueiro Chico Bento e sua família, o outro a relação afetiva de Vicente, rude proprietário e criador de gado, e Conceição, sua prima culta e professora. "Lá se tinha ficado o Josias, na sua cova à beira da estrada, com uma cruz de dois paus amarrados, feita pelo pai. Ficou em paz. Não tinha mais que chorar de fome, estrada afora. Não tinha mais alguns anos de miséria à frente da vida, para cair depois no mesmo buraco, à sombra das mesma cruz."
  • 5. Suas obras são de estilo conciso, sintético; deixa de lado o sentimentalismo a favor da objetividade e da clareza. Linguagem enxuta e impessoal, descreve os tipos e as paisagens do nordeste, mas enfocando os problemas existentes. Em romances, como: São Bernardo, Angústia e Vidas Secas, revela o perfil psicológico e sociopolítico vivido pelos personagens. GRACILIANO RAMOS
  • 6. VIDAS SECAS A obra retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca. O livro possui 13 capítulos independentes, menos o primeiro, "Mudança", e o último, "Fuga“. “E andavam para o Sul, metidos naquele sonho. Uma cidade grande, cheia de pessoas fortes Os meninos em escolas, aprendendo coisas difíceis e necessárias. Eles dois velhinhos, acabando-se como uns cachorros, inúteis, acabando-se como Baleia. Que iriam fazer? Retardaram-se temerosos. Chegariam a uma terra desconhecida e civilizada, ficariam presos nela. E o sertão continuaria a mandar gente para lá. O sertão mandaria para a cidade homens fortes, brutos, como Fabiano, Sinhá Vitória e os dois meninos."
  • 7. Adotou um modo de narrar que alia o lirismo ao documento, à crítica social. A linguagem se caracteriza pela simplicidade e pelo tom coloquial e popular. Destaca o pobre, o negro, os marginalizados, enfim, todos os excluídos da sociedade, e os apresenta de modo diferente, narrando-lhes a vida, os pensamentos, os desejos, ressaltando que estes também são humanos. O romancista também retratou costumes e as festas populares. O cenário é, normalmente, a zona urbana ou de plantação de cacau ou café da Bahia. JORGE AMADO
  • 8. CAPITÃES DE AREIA O romance, que retrata o cotidiano de um grupo de meninos de rua, procura mostrar não apenas os assaltos e as atitudes violentas de sua vida bestializada, mas também as aspirações e os pensamentos ingênuos, comuns a qualquer criança. “O Sem-Pernas convidou a todos para irem ver o carrossel na outra noite, quando o acabariam de armar. [...] Naquele momento todos os pequenos corações que pulsavam no trapiche invejaram a suprema felicidade do Sem-Pernas. Até mesmo Pirulito, que tinha quadros de santos na sua parede, até mesmo João Grande, que nessa noite iria com o Querido-de-Deus ao candomblé de Procópio, no Matutu, até mesmo o Professor, que lia livros, e quem sabe se também Pedro Bala, que nunca tivera inveja de nenhum porque era o chefe de todos?”
  • 9. Sua obra se caracteriza pela denúncia sócio política, pela sua sensibilidade e autenticidade em falar de modo realista dos fatos da vida, pela forma como retratava a vida, os costumes e até a oralidade do povo nordestino que vivia nos engenhos de cana-de-açúcar. O conjunto de sua obra representa o declínio do Nordeste canavieiro, o qual é descrito por ele como por nenhum outro. JOSÉ LINS DO REGO
  • 10. MENINO DE ENGENHO A narrativa se dá em 1ª pessoa e o menino Carlos conta suas peripécias no Engenho Santa Rosa, retratando fielmente a vida de todos aqueles que povoavam as fazendas que cultivavam cana-de-açúcar, apontando suas tensões sociais envolvidas em um ambiente de tristeza e decadência. É o primeiro livro do ciclo da cana-de-açúcar, publicado em 1932. “Era um menino triste. Gostava de saltar com os meus primos e fazer tudo o que eles faziam. Metia-me com os moleques por toda a parte. Mas, no fundo, era um menino triste. Às vezes dava para pensar comigo mesmo, e solitário anadava por debaixo das árvores da horta, ouvindo sozinho a cantoria dos pássaros. [...] Pensava então naquilo que junto de gente eu não podia pensar. Já estava no engenho há mais de quatro anos. Mudara muito desde que viera de Recife.”
  • 11. - Registro do cotidiano da vida urbana de Porto Alegre - Apresentação de problemas morais, sociais e humanos - Formação do Rio Grande do Sul desde as suas origens (no século XVIII) até 1946. - Temas políticos e de engajamento social. ÉRICO VERÍSSIMO
  • 12. O TEMPO E O VENTO É uma série literária. Dividido em O Continente (1949) , O Retrato(1951) e O Arquipélago (1961), o romance conta uma parte da história do Brasil vista a partir do Sul - da ocupação do "Continente de São Pedro" (1745) até 1945 (fim do Estado Novo), através da saga das famílias Terra e Cambará. “Maneco apagou a lamparina, e a luz alaranjada ali dentro da cabana de repente se fez cinzenta e como que mais fria. As sombras desapareceram do pano onde Ana tinha fito o olhar. Ela então ficou vendo apenas o que havia nos seus pensamentos. Seus irmãos tinham levado Pedro para bem longe; três cavalos e três cavaleiros andando na noite. Pedro não dizia nada, não fazia nenhum gesto, não procurava fugir, sabia que era seu destino ser morto e enterrado ao pé de uma árvore.”