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Quando falamos em migração, estamos levando em
consideração o deslocamento de um indivíduo e/ou grupo de
uma região para outra, dentro de um mesmo território/nação ou
fora deste.
• Emigração:
• Imigração:
• Tipos de migração:
• Nomadismo.
• Sazonal.
• Diária.
• Permanentes:
• Permanente externa.
• Permanente interna:
• Migrações inter-regionais.
• Migrações intra-regionais.
• Contexto histórico:
• Ocorreu migração de um grande contingente de nordestinos e
paulistas para trabalhar na mineração, na região de MG, (Séc
XVIII).
• No Século XIX, o que se destaca é a grande quantidade de
imigrantes advindos de outros países para o Brasil (italianos,
alemães, poloneses, ucranianos, espanhóis, japoneses,
libaneses, entre outros).
• Mais tarde, já na passagem do século XIX para o século XX, a
grande massa de nordestinos para trabalhar no ciclo da
borracha, na região amazônica, (1860 – 1910), e os
nordestinos que se descocaram para a região sudeste, com a
intenção de trabalhar nas lavouras cafeeiras.
“Cena constante nos períodos de seca é o consumo de
água enlameada pelos flagelados que cavam as
cacimbas no leito dos açudes. Com a falta de chuva e os
poços vazios, as pessoas recorrem a todo tipo de
estratégia de sobrevivência, como se alimentar de
calango, maniçoba, aproveitar a água reservada pelo
Xiquexique ou Macambira, buscar água a muitos
quilômetros de distância; e numa atitude desesperada,
saquear o comércio das cidades. Por fim, a alternativa é
partir, mobilizados para outras áreas, fugindo desse
flagelo.” (GOMES, 2015, p. 172).
Fonte: Blog dos migrantes, 2016.
1º FASE VAI DE 1930 ATÉ A DÉCADA DE 1970:
• A produção cafeeira como atrativo e propiciando avanços para
a região.
• É neste momento que as grandes plantações de café, e o
fenômeno do urbano de São Paulo e do Rio de Janeiro, vão
atrair o maior contingente de imigrantes, nacionais e
internacionais.
• Deslocamento de nordestinos e mineiros, para trabalhar no
ciclo do café.
• Novos imigrantes oriundos do continente europeu.
• Imigrantes nordestinos X imigrantes europeus.
“Os nordestinos são aqueles que têm no sangue a
“inferioridade racial”, pois são caracterizados pela
indisciplina, vadiagem, ociosidade, preguiça,
indolência e inaptidão. Havia um série de adjetivos
que desqualificam o migrante nordestino,
responsabilizando-o pelo atraso econômico do
país, enquanto o europeu era considerado o
progresso e o avanço tecnológico.” (GOMES,
2015, p. 179).
• Governo Getúlio Vargas - “Marcha para o oeste”
• A política migratória a partir deste momento vai estimular a
migração interna, já que, por meio do Ministério do Trabalho, o
Estado propôs uma lei de cotas (Decreto n. 19. 482 de
12/12/1930), desestimulando a imigração de europeus e
asiáticos. Seguindo esse raciocínio, outro decreto, limitava as
contratações de trabalhadores estrangeiros a 1/3 nas
empresas.
• Essas transformações vão fortalecer o estado, enfraquecendo
os então “arquipélagos econômicos”, que era uma das
principais causas das desigualdades regionais, regulamentar
leis que favoreceram os operários, como salário mínimo igual
em todo país, estimulando o crescimento demográfico para
outras regiões do país.
“O Estado Novo pretendia criar um país unificado.
[...] transformações como: construção de estradas
ligando as diversas partes do país,
desenvolvimento do transporte aéreo, das
telecomunicações, [...] indústrias de base,
Petrobrás e Vale do Rio Doce, e agencias
financeiras, [...] tornaram a modernização ainda
mais evidente”. (CLAVAL, 1997, p. 11, 12, 16).
Fonte: SINGER, P. Desenvolvimento econômico da população urbana, p. 58.
• Contudo, vai influenciar o avanço do país, ou das fronteiras
agrícolas, a ocupação do oeste de SP, PR, SC, e o sudeste do
então MT, GO, e o sul do MA, onde nordestinos e sulistas se
deslocaram para trabalhar nas lavouras.
• Nesse momento se deu a construção de estradas ligando
essas regiões com as demais do país, centro-sul e PA, e a
mudança da capital do país para a cidade Brasília.
• A expansão dessas fronteiras propiciou a incorporação de
novas áreas agrícolas na economia mundial.
SINOP
Fonte: Google Earth, 2016.
2º VAI DA DÉCADA DE 1970 ATÉ A DÉCADA DE 2010:
• Nessa fase vai se intensificar o crescimento das migrações
urbanas e o número da população nas cidades vai aumentar.
• Modernização.
• Mecanização.
• Globalização.
• A década de 1970, vai ser marcada pela colonização intensiva da
região da transamazônica, elevando ainda mais os contingentes de
crescimento populacional nessa região, sobretudo em RO, e PA.
• A década de 1980, marca um novo ciclo e a integração da economia
brasileira na economia global.
• A partir da década de 1990, devido à ausência de soluções
tecnológicas para a agricultura da região amazônica e com as
dificuldades inerentes ao desenvolvimento econômico como preço
do transporte e a não instalação de um grande percentual de
multinacionais nessa região vai diminuir o número de migrações
para essa região e propiciar o fim das colônias agrícolas.
População do Brasil 1950 – 2010
Fonte: IBGE, elaboração: LIMA, F. 2016.
1950
51, 9 milhões
1960
70,1 milhões
1970
93,1 milhões
1980
119,0 milhões
1990
146,8 milhões
2000
169,8 milhões
2010
190,8 milhões
POPULAÇÃO RURAL E URBANO DO BRASIL PERÍODO DE 1950 – 2010
Fonte: IBGE, elaboração: LIMA, F. 2016.
36%
45%
56%
66%
74%
81%
84%
64%
55%
44%
34%
26%
19%
16%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010
POPULAÇÃO URBANA POPULAÇÃO RURAL
• As mudanças recentes nos fluxos urbanos.
• O adensamento nas capitais e em diversas regiões
metropolitanas por todo país.
“Nas cidades onde o crescimento foi vertiginoso ao longo
dos anos 1950 e 1970, os bairros imponentes de
grandes imóveis contrastam com as zonas onde se
acumulam os recém-chegados que não conseguem
integrar-se facilmente ao setor moderno.”
(BORZACCHIELO, 1997, p. 97)
Fonte: Blog Ermínia Maricato, disponível em: https://erminiamaricato.net/ 2016.
• Houve aqui um aumento significativo no número de municípios
com mais de 20 mil habitantes, que eram 383, passando para
560, e dos municípios com mais de 100 mil habitantes, 62 para
86 e o grande aumento de cidades com mais de 500 mil
habitantes.
• As novas tendências, que explicam a descentralização das
indústrias para outras regiões do pais, formando as novas
“cidades médias” e/ ou regiões metropolitanas, fazendo com
que houvesse a descentralização dessas migrações de SP e
RJ, para as demais capitais e grandes cidades do país, o que
nos revela que o desenvolvimento é desigual.
( reportagem - https://globoplay.globo.com/v/3594723/)
• A formação de grandes RMs.
• Desconcentração industrial do eixo Rio – São Paulo.
Nova economia urbana e deslocamentos populacionais – movimentos pendulares
Intensidade dos deslocamentos para trabalho e estudo na Concentração Urbana de Curitiba/PR
Fonte:
IBGE,
Censo
Demográfico
2010.
“A nova ordem mundial possui
como um de seus traços mais
marcantes o deslocamento
pendular da população, que
acontece na medida em que há
uma segmentação entre os
locais de residência e emprego.
No interior das aglomerações
urbanas, ocorre uma expansão
que responde a duas lógicas
diferentes – a da localização
dos empregos nos núcleos das
aglomerações e a da
localização das moradias –
ampliando as áreas periféricas
que abrigam um número cada
vez maior de trabalhadores”
(IBGE, Arranjos Populacionais e
Concentrações Urbanas no
Brasil, 2015).
Arranjos populacionais, o que
são?
“Um arranjo populacional é um
agrupamento de dois ou mais
municípios onde há uma forte
integração populacional devido
aos movimentos pendulares
para o trabalho ou estudo, ou
devido à contiguidade entre as
manchas urbanizadas
principais” (IBGE, Arranjos
Populacionais e Concentrações
Urbanas no Brasil, 2015).
Fonte:
IBGE,
Censo
Demográfico
2010.
“O cenário que dá sentido a tudo isso é a
globalização, que para a empresa significa a
abertura para o mercado externo, agindo
num número maior possível de lugares e
permitindo a movimentação rápida do
dinheiro, que migra por todas as partes.”
(CARLOS, 1999, p. 174).
“O trabalhador nada mais é do que um capital variável,
[...] perambulam eternamente pelo mundo e procuram
escapar das predações do capital evitando os piores
aspectos da exploração, sempre lutando, com frequência
com algum sucesso, para melhorar seu destino.
Entretanto, concebido como um objeto essencialmente
dominado pelo capital, o trabalhador, [...] sendo
obrigados a acompanhar o capital para onde quer que
ele flua.” (HARVEY, 2013, p. 486).
• Um processo recente é a conceito mobilidade do trabalho, ao
qual o migrante se desloca para realizar sua função e retorna
para o local de sua moradia, isso, em várias escalas, concebido
após o processo de globalização.
• Um processo recente é a conceito mobilidade do trabalho, ao
qual o migrante se desloca para realizar sua função e retorna
para o local de sua moradia, isso, em várias escalas, concebido
após o processo de globalização.
• “Para o homem comum significa a imposição de novos padrões
de comportamento, novos valores, uma nova estética’’.
(CARLOS, 1999, p. 174).
• É o que podemos chamar de reestruturação da circulação dos
migrantes, nos revelando que o capital se molda a todo
momento.
• Há também o processo de imobilidade.
“Este final do século aponta para um momento de
profundas transformações nas relações espaço-
temporais, o que implica um novo modo de pensar
a realidade e como o homem vive essas
transformações num cenário sempre cambiante”.
(CARLOS, 1999, p. 173).
O PAPEL DO ESTADO:
• O estado tem tido um participação diferenciada ao longo
desses distintos momentos históricos:
• A intervenção do estado na vida econômica do país, via
“planejamento”, onde houve manipulação de muitos incentivos
setoriais e regionais objetivando a promoção industrial.
Destacamos aqui a criação da SUDENE (Superintendência de
Desenvolvimento Regional do Nordeste), visando a
coordenação do primeiro esforço integrado de desenvolvimento
regional. Outra política que sem dúvidas explicita o maior
impacto das ações governamentais, foi a criação de Brasília e
respectivamente a transferência da capital do país para essa
cidade, articulando de forma eficaz, o deslocamento do capital
industrial para essa região do país que naquele momento ainda
não era desbravada.
• No atual momento do cenário econômico, a articulação do
estado justifica apenas nas poucas políticas compensatórias e
assistências dirigidas especificamente a migrantes, pois menos
ainda que no passado, o estado tem condições de delimitar
onde as pessoas devem trabalhar e residir.
• O papel do estado no cenário das migrações internacionais.
• As regiões de fronteira.
REFERÊNCIAS
BAENINGUER, R. Rotatividade migratória: um novo olhar para as migrações no século XXI. Caxambu,
Anais do XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP. Disp. Online, p. 11-21, 2008.
BORZACCHIELLO, J. S. A cidade e o urbano. Fortaleza, Ed. UFC, 1997.
CARLOS, A. F. A. Novos caminhso da geografia. São Paulo, Ed Contexto, 1999.
CLAVAL, P. Geografia Cultural no Brasil. Rio de Janeiro, Ed. Eduerj, 1999.
GOMES, S. C. Geografia: temas e reflexões. Maringá, Ed. Eduem, 2015.
HARVEY, D. Os limites do capital. São Paulo, Ed. Boimtempo, 2013.
MARTINE, G. Estado, economia e mobilidade geográfica: retrospectiva e perspectivas para o fim do
século. Campinas, revista brasileira de estudos populacionais. N. 11, p. 41-60, 1994.
MARTINS, J. S. A chegada do estranho. São Paulo, Ed. Hucitec, 1993.
OLIVEIRA, A. A. Totó, Sinha e Tião no desafio da migração. São Paulo, Ed. Paulinas, 1982.
SINGER, P. Economia política da Urbanização. São Paulo, Ed. Brasiliense, 1981.

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  • 1.
  • 2. Quando falamos em migração, estamos levando em consideração o deslocamento de um indivíduo e/ou grupo de uma região para outra, dentro de um mesmo território/nação ou fora deste. • Emigração: • Imigração:
  • 3. • Tipos de migração: • Nomadismo. • Sazonal. • Diária. • Permanentes: • Permanente externa. • Permanente interna: • Migrações inter-regionais. • Migrações intra-regionais.
  • 4. • Contexto histórico: • Ocorreu migração de um grande contingente de nordestinos e paulistas para trabalhar na mineração, na região de MG, (Séc XVIII). • No Século XIX, o que se destaca é a grande quantidade de imigrantes advindos de outros países para o Brasil (italianos, alemães, poloneses, ucranianos, espanhóis, japoneses, libaneses, entre outros). • Mais tarde, já na passagem do século XIX para o século XX, a grande massa de nordestinos para trabalhar no ciclo da borracha, na região amazônica, (1860 – 1910), e os nordestinos que se descocaram para a região sudeste, com a intenção de trabalhar nas lavouras cafeeiras.
  • 5. “Cena constante nos períodos de seca é o consumo de água enlameada pelos flagelados que cavam as cacimbas no leito dos açudes. Com a falta de chuva e os poços vazios, as pessoas recorrem a todo tipo de estratégia de sobrevivência, como se alimentar de calango, maniçoba, aproveitar a água reservada pelo Xiquexique ou Macambira, buscar água a muitos quilômetros de distância; e numa atitude desesperada, saquear o comércio das cidades. Por fim, a alternativa é partir, mobilizados para outras áreas, fugindo desse flagelo.” (GOMES, 2015, p. 172).
  • 6. Fonte: Blog dos migrantes, 2016.
  • 7. 1º FASE VAI DE 1930 ATÉ A DÉCADA DE 1970: • A produção cafeeira como atrativo e propiciando avanços para a região. • É neste momento que as grandes plantações de café, e o fenômeno do urbano de São Paulo e do Rio de Janeiro, vão atrair o maior contingente de imigrantes, nacionais e internacionais.
  • 8. • Deslocamento de nordestinos e mineiros, para trabalhar no ciclo do café. • Novos imigrantes oriundos do continente europeu. • Imigrantes nordestinos X imigrantes europeus.
  • 9. “Os nordestinos são aqueles que têm no sangue a “inferioridade racial”, pois são caracterizados pela indisciplina, vadiagem, ociosidade, preguiça, indolência e inaptidão. Havia um série de adjetivos que desqualificam o migrante nordestino, responsabilizando-o pelo atraso econômico do país, enquanto o europeu era considerado o progresso e o avanço tecnológico.” (GOMES, 2015, p. 179).
  • 10. • Governo Getúlio Vargas - “Marcha para o oeste” • A política migratória a partir deste momento vai estimular a migração interna, já que, por meio do Ministério do Trabalho, o Estado propôs uma lei de cotas (Decreto n. 19. 482 de 12/12/1930), desestimulando a imigração de europeus e asiáticos. Seguindo esse raciocínio, outro decreto, limitava as contratações de trabalhadores estrangeiros a 1/3 nas empresas. • Essas transformações vão fortalecer o estado, enfraquecendo os então “arquipélagos econômicos”, que era uma das principais causas das desigualdades regionais, regulamentar leis que favoreceram os operários, como salário mínimo igual em todo país, estimulando o crescimento demográfico para outras regiões do país.
  • 11. “O Estado Novo pretendia criar um país unificado. [...] transformações como: construção de estradas ligando as diversas partes do país, desenvolvimento do transporte aéreo, das telecomunicações, [...] indústrias de base, Petrobrás e Vale do Rio Doce, e agencias financeiras, [...] tornaram a modernização ainda mais evidente”. (CLAVAL, 1997, p. 11, 12, 16).
  • 12. Fonte: SINGER, P. Desenvolvimento econômico da população urbana, p. 58.
  • 13. • Contudo, vai influenciar o avanço do país, ou das fronteiras agrícolas, a ocupação do oeste de SP, PR, SC, e o sudeste do então MT, GO, e o sul do MA, onde nordestinos e sulistas se deslocaram para trabalhar nas lavouras. • Nesse momento se deu a construção de estradas ligando essas regiões com as demais do país, centro-sul e PA, e a mudança da capital do país para a cidade Brasília. • A expansão dessas fronteiras propiciou a incorporação de novas áreas agrícolas na economia mundial.
  • 14.
  • 16. 2º VAI DA DÉCADA DE 1970 ATÉ A DÉCADA DE 2010: • Nessa fase vai se intensificar o crescimento das migrações urbanas e o número da população nas cidades vai aumentar. • Modernização. • Mecanização. • Globalização.
  • 17. • A década de 1970, vai ser marcada pela colonização intensiva da região da transamazônica, elevando ainda mais os contingentes de crescimento populacional nessa região, sobretudo em RO, e PA. • A década de 1980, marca um novo ciclo e a integração da economia brasileira na economia global. • A partir da década de 1990, devido à ausência de soluções tecnológicas para a agricultura da região amazônica e com as dificuldades inerentes ao desenvolvimento econômico como preço do transporte e a não instalação de um grande percentual de multinacionais nessa região vai diminuir o número de migrações para essa região e propiciar o fim das colônias agrícolas.
  • 18.
  • 19. População do Brasil 1950 – 2010 Fonte: IBGE, elaboração: LIMA, F. 2016. 1950 51, 9 milhões 1960 70,1 milhões 1970 93,1 milhões 1980 119,0 milhões 1990 146,8 milhões 2000 169,8 milhões 2010 190,8 milhões
  • 20. POPULAÇÃO RURAL E URBANO DO BRASIL PERÍODO DE 1950 – 2010 Fonte: IBGE, elaboração: LIMA, F. 2016. 36% 45% 56% 66% 74% 81% 84% 64% 55% 44% 34% 26% 19% 16% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 POPULAÇÃO URBANA POPULAÇÃO RURAL
  • 21. • As mudanças recentes nos fluxos urbanos. • O adensamento nas capitais e em diversas regiões metropolitanas por todo país.
  • 22. “Nas cidades onde o crescimento foi vertiginoso ao longo dos anos 1950 e 1970, os bairros imponentes de grandes imóveis contrastam com as zonas onde se acumulam os recém-chegados que não conseguem integrar-se facilmente ao setor moderno.” (BORZACCHIELO, 1997, p. 97)
  • 23. Fonte: Blog Ermínia Maricato, disponível em: https://erminiamaricato.net/ 2016.
  • 24. • Houve aqui um aumento significativo no número de municípios com mais de 20 mil habitantes, que eram 383, passando para 560, e dos municípios com mais de 100 mil habitantes, 62 para 86 e o grande aumento de cidades com mais de 500 mil habitantes. • As novas tendências, que explicam a descentralização das indústrias para outras regiões do pais, formando as novas “cidades médias” e/ ou regiões metropolitanas, fazendo com que houvesse a descentralização dessas migrações de SP e RJ, para as demais capitais e grandes cidades do país, o que nos revela que o desenvolvimento é desigual.
  • 25.
  • 26. ( reportagem - https://globoplay.globo.com/v/3594723/)
  • 27. • A formação de grandes RMs. • Desconcentração industrial do eixo Rio – São Paulo.
  • 28. Nova economia urbana e deslocamentos populacionais – movimentos pendulares Intensidade dos deslocamentos para trabalho e estudo na Concentração Urbana de Curitiba/PR Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010. “A nova ordem mundial possui como um de seus traços mais marcantes o deslocamento pendular da população, que acontece na medida em que há uma segmentação entre os locais de residência e emprego. No interior das aglomerações urbanas, ocorre uma expansão que responde a duas lógicas diferentes – a da localização dos empregos nos núcleos das aglomerações e a da localização das moradias – ampliando as áreas periféricas que abrigam um número cada vez maior de trabalhadores” (IBGE, Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas no Brasil, 2015).
  • 29. Arranjos populacionais, o que são? “Um arranjo populacional é um agrupamento de dois ou mais municípios onde há uma forte integração populacional devido aos movimentos pendulares para o trabalho ou estudo, ou devido à contiguidade entre as manchas urbanizadas principais” (IBGE, Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas no Brasil, 2015). Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010.
  • 30. “O cenário que dá sentido a tudo isso é a globalização, que para a empresa significa a abertura para o mercado externo, agindo num número maior possível de lugares e permitindo a movimentação rápida do dinheiro, que migra por todas as partes.” (CARLOS, 1999, p. 174).
  • 31. “O trabalhador nada mais é do que um capital variável, [...] perambulam eternamente pelo mundo e procuram escapar das predações do capital evitando os piores aspectos da exploração, sempre lutando, com frequência com algum sucesso, para melhorar seu destino. Entretanto, concebido como um objeto essencialmente dominado pelo capital, o trabalhador, [...] sendo obrigados a acompanhar o capital para onde quer que ele flua.” (HARVEY, 2013, p. 486).
  • 32. • Um processo recente é a conceito mobilidade do trabalho, ao qual o migrante se desloca para realizar sua função e retorna para o local de sua moradia, isso, em várias escalas, concebido após o processo de globalização.
  • 33. • Um processo recente é a conceito mobilidade do trabalho, ao qual o migrante se desloca para realizar sua função e retorna para o local de sua moradia, isso, em várias escalas, concebido após o processo de globalização. • “Para o homem comum significa a imposição de novos padrões de comportamento, novos valores, uma nova estética’’. (CARLOS, 1999, p. 174).
  • 34. • É o que podemos chamar de reestruturação da circulação dos migrantes, nos revelando que o capital se molda a todo momento. • Há também o processo de imobilidade.
  • 35. “Este final do século aponta para um momento de profundas transformações nas relações espaço- temporais, o que implica um novo modo de pensar a realidade e como o homem vive essas transformações num cenário sempre cambiante”. (CARLOS, 1999, p. 173).
  • 36. O PAPEL DO ESTADO: • O estado tem tido um participação diferenciada ao longo desses distintos momentos históricos: • A intervenção do estado na vida econômica do país, via “planejamento”, onde houve manipulação de muitos incentivos setoriais e regionais objetivando a promoção industrial. Destacamos aqui a criação da SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento Regional do Nordeste), visando a coordenação do primeiro esforço integrado de desenvolvimento regional. Outra política que sem dúvidas explicita o maior impacto das ações governamentais, foi a criação de Brasília e respectivamente a transferência da capital do país para essa cidade, articulando de forma eficaz, o deslocamento do capital industrial para essa região do país que naquele momento ainda não era desbravada.
  • 37. • No atual momento do cenário econômico, a articulação do estado justifica apenas nas poucas políticas compensatórias e assistências dirigidas especificamente a migrantes, pois menos ainda que no passado, o estado tem condições de delimitar onde as pessoas devem trabalhar e residir. • O papel do estado no cenário das migrações internacionais. • As regiões de fronteira.
  • 38. REFERÊNCIAS BAENINGUER, R. Rotatividade migratória: um novo olhar para as migrações no século XXI. Caxambu, Anais do XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP. Disp. Online, p. 11-21, 2008. BORZACCHIELLO, J. S. A cidade e o urbano. Fortaleza, Ed. UFC, 1997. CARLOS, A. F. A. Novos caminhso da geografia. São Paulo, Ed Contexto, 1999. CLAVAL, P. Geografia Cultural no Brasil. Rio de Janeiro, Ed. Eduerj, 1999. GOMES, S. C. Geografia: temas e reflexões. Maringá, Ed. Eduem, 2015. HARVEY, D. Os limites do capital. São Paulo, Ed. Boimtempo, 2013. MARTINE, G. Estado, economia e mobilidade geográfica: retrospectiva e perspectivas para o fim do século. Campinas, revista brasileira de estudos populacionais. N. 11, p. 41-60, 1994. MARTINS, J. S. A chegada do estranho. São Paulo, Ed. Hucitec, 1993. OLIVEIRA, A. A. Totó, Sinha e Tião no desafio da migração. São Paulo, Ed. Paulinas, 1982. SINGER, P. Economia política da Urbanização. São Paulo, Ed. Brasiliense, 1981.