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— 248 —
PERGUNTA: — Podeis dizer-nos algo quanto a uma tese
já dada à publicidade, a respeito da morte ou desintegra-
ção do Espírito deliberada por Deus, ante a contingência ou
hipótese da rebeldia eterna de um seu filho?
RAMATÍS: — Admitir a morte do Espírito, ou seja, da
Alma, e divulgar ou trazer essa concepção para a tela da
publicidade é criar mais um labirinto de dúvidas teológicas
e aumentar a controvérsia existente entre as diversas cren-
ças ou religiões, que já se encontram em divergências
intransigentes quanto à interpretação da letra dos Evange-
lhos.
CAPÍTULO 21
É possível a morte do espírito? (67)
1 - Nota do médium: — Como complemento elucidativo desta proposição,
transcrevemos alguns trechos de um artigo de José Fuzeira, publicado na “Revis-
ta Internacional do Espiritismo” (Brasil) e na Revista “La Conciencia”, de Buenos
Aires. Diz ele: — “Na Revista “Sabedoria” (Nº 3) consta uma crônica sob o título
“A Morte do Espírito”, assinada por um ilustre pensador espiritualista, o qual
baseia a lógica da sua teoria no seguinte fundamento: — “Se o Espírito é livre,
deve admitir-se a possibilidade de que possa rebelar-se contra Deus, não apenas
uma vez, arrependendo-se, e depois voltando a Deus mas que continue, para
sempre, na rebelião. Não se admitir essa possibilidade seria confessar que o Espí-
rito não é livre. Mister então que no sistema exista um meio de impedir a essa
liberdade que ela faça naufragar a obra divina. É, então, de absoluta necessidade
lógica que a vontade definitivamente rebelde de uma criatura que assim quisesse
ser (eternamente) seja paralisada e que exista no sistema um meio de atingir essa
finalidade. Esse meio é justamente a destruição do Espírito, não como substância,
mas como individualização particular”.
Diz mais: — “O Espírito é constituído pela substância indestrutível de que
está constituída a própria Divindade. O que teve início no ato da criação foi a
individualização particular de cada Espírito”.
Para elucidarmos melhor o conteúdo de tal proposição, vamos especificá-la
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Elucidações do Além
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Consideremos o caso: — Em face da visão onisciente,
imutável e absoluta da sabedoria de Deus, é inadmissível a
“rebelião perene” da criatura contra o seu Criador e suas
leis. Semelhante presunção e suas conseqüências punitivas
são as da fórmula bíblica dos “anjos decaídos”. Porém, tal
dogma, como outros, não possui qualquer consistência
moral de lógica e bom-senso, nem mesmo para ser admiti-
da sob um raciocínio apenas teórico, porquanto a morte do
Espírito é uma impossibilidade concreta!
A desintegração das consciências-indivíduos gerados
ou nascidos do seio de Deus constituiria uma enorme aber-
ração, visto que a extinção ou “morte” das centelhas vivas
que o Criador lançou de Si implicaria na morte d’Ele pró-
prio, que é a Fonte dessa vida! Tal qual se dará no dia em
que se extinguirem ou “morrerem” os raios-de-luz do “rei”-
Sol, pois sendo frações vivas de si mesmo, é óbvio que ele
morrerá também!
Abordemos, então, o outro ângulo do teorema: — o
que se refere ao Mal, suas causas, seus efeitos e amplitude.
O Mal é uma reação de deprimências morais, porém, tran-
sitórias, sem prejuízo que subsista na eternidade. O
Homem, na sua caminhada evolucionista, enquanto perma-
nece na ignorância da sua realidade espiritual eterna, seu
livre-arbítrio desordenado leva-o a cometer desatinos de
assim: — a substância de que se forma o Espírito é uma espécie de “corpo”. Não
é o Eu, o indivíduo, ou seja, a entidade consciencial. Esta é criada, é, enfim, o
“sopro divino” ou a luz que Deus acende na intimidade da substância indestrutível.
Então, alega o autor da referida teoria: — Como a rebeldia perpétua de um
Espírito resultaria num atrito eterno, que perturbaria o equilíbrio do Universo
moral, então, a única fórmula para solucionar o impasse ou divergência entre a
criatura e o seu Criador será a de Deus desintegrar, ou seja, “matar” tal Espírito
desobediente e incorrigível!
Ora, embora o autor de tal concepção, no sentido de atenuar a violência do
choque mental que a mesma produziu entre os espiritualistas que tomaram
conhecimento da sua teoria, alegue ser uma “possibilidade teórica”, esta linha
oblíqua não consegue evitar o sério conflito teológico criado na mente de uma
grande parte dos que tomaram conhecimento do seu teorema, pois nem todos
dispõem de uma percepção aguda, em condições de se orientarem dentro de um
esquema de cogitações um tanto complexas ou transcendentes.
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Ramatís
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toda espécie, ou seja — pratica o mal!
É que os seus ouvidos ainda estão fechados à voz pro-
funda que vibra no recesso da sua consciência, advertindo-
o para que resista aos impulsos negativos do Mal, em seu
próprio benefício, pois “Deus não quer a morte do
ímpio, mas que ele se regenere e se salve”!
Nas fases intermediárias da sua evolução, o Homem,
ativado pela força negativa, mas pertinaz, do Egoísmo, tem
como ideal supremo de sua vida adquirir recursos sem limi-
te, que lhe garantam prover não só às suas necessidades
comuns, mas que lhe facultem desfrutar também o gozo de
prazeres e comodidades supérfluos. No entanto, logo que
ele tem conhecimento de que é um espírito imortal e sente
em seu íntimo a grandeza sublime desse atributo; e ainda,
que o fator eternidade terminará por vencê-lo, esfacelando
todas as resistências da sua rebeldia contra o Bem, ei-lo,
então, pouco a pouco, renunciando aos prazeres e interes-
ses efêmeros do mundo utilitarista que o rodeia.
Nesse estágio recuperativo, que se prolonga por diver-
sas reencarnações, chega o dia em que uma nova aurora se
abre a iluminar-lhe a consciência; e, então, opera-se a
transfiguração referida por Paulo de Tarso: “o homem
velho feito de carne animal, cede lugar ao homem novo da
realidade espiritual”. Depois, a dinâmica do seu egoísmo,
que é natureza do Ego inferior, gradativamente, sublima-se,
transmuda-se num fator ou elemento energético do Ego
superior, ou seja, o “homem novo”, já despertado, dispõe-
se a assumir o comando de si mesmo, no seu trânsito pelo
Cosmo. E, à medida que a sua consciência se eleva e san-
tifica, então, aquela mesma firmeza de vontade do querer
é poder que vence e realiza, em vez de estar a serviço do
Ego inferior, passa a servir o Eu superior, cujo ideal supre-
mo é o amor-fraternidade de amplitude cósmica, que, na
realização integral do “amor a Deus sobre todas as coisas e
ao próximo como a si mesmo”, perdoa, sacrifica-se, socor-
re, renuncia, dando tudo de si sem pensar em si. E assim,
Miolo Elucidações 13 13/10/00 8:07 PM Page 250
Elucidações do Além
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atingida esta plenitude moral de grau santificante, o micro-
cosmo humano, que é o Homem, passa a refletir as quali-
dades, as virtudes sublimes do Macrocosmo Divino, que é
DEUS!
Nessa altura realiza-se então a afirmativa da Gênesis,
que diz: — O Homem é feito à imagem de Deus; e tam-
bém, conforme Jesus — “o filho e o PAI são um”!
Consideremos agora a essência moral da sua presunção
quanto à possibilidade de um Espírito permanecer nos
abismos do Pecado através do tempo eternidade. Seme-
lhante contingência é inadmissível sob todos os aspectos,
pois há uma lei cósmica de evolução dinâmica, que impõe
um movimento ascensional a todos os fenômenos do Uni-
verso, impulsionando o imperfeito para o mais perfeito,
o pior para “subir” ao melhor. E até a própria matéria
bruta, na sua constituição atômica e molecular, está sujeita
a esse imperativo evolucionista.
Além das razões expostas, a teoria da morte do Espí-
rito fica destroçada pela base, em face das seguintes con-
tingências de ordem moral: — Uma vez que Deus, em vir-
tude dos seus atributos de presciência e de onisciência, vê
e identifica o futuro como uma realidade presente, é
óbvio que Ele sabe, por antecipação, qual o rumo ou dire-
triz moral que seguirá cada um de seus filhos em suas vidas
planetárias. E como decorrência dessa visão antecipada,
saberia, portanto, que entre eles, alguns, por efeito do seu
livre-arbítrio, virão a ser rebeldes incorrigíveis; e que Ele,
depois, terá de extingui-los mediante a pena de morte
espiritual. Ora, em face de tal contingência ou determinis-
mo, resultaria o seguinte conflito de ordem moral em rela-
ção aos atributos divinos. É que, havendo entre os espíri-
tos filhos de DEUS, uns, possuidores de virtude ou força de
vontade que os tornaria capazes de alcançar a hierarquia da
angelitude e fazerem jus à vida eterna, e outros, condicio-
nados a serem uma espécie de “demônios”; e que, por isso,
mais tarde, será necessário extingui-los pela morte espiri-
Miolo Elucidações 13 13/10/00 8:07 PM Page 251
Ramatis
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tual, então, como conciliar esta parcialidade iníqua do pró-
prio Criador, em face dos seus atributos de justiça e amor
infinitos?... E mais: — se Deus tem de emendar ou corri-
gir hoje um seu ato de ontem, então, que é feito da sua
perfeição e infalibilidade?...
Miolo Elucidações 13 13/10/00 8:07 PM Page 252

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21 morte do espirito

  • 1. — 248 — PERGUNTA: — Podeis dizer-nos algo quanto a uma tese já dada à publicidade, a respeito da morte ou desintegra- ção do Espírito deliberada por Deus, ante a contingência ou hipótese da rebeldia eterna de um seu filho? RAMATÍS: — Admitir a morte do Espírito, ou seja, da Alma, e divulgar ou trazer essa concepção para a tela da publicidade é criar mais um labirinto de dúvidas teológicas e aumentar a controvérsia existente entre as diversas cren- ças ou religiões, que já se encontram em divergências intransigentes quanto à interpretação da letra dos Evange- lhos. CAPÍTULO 21 É possível a morte do espírito? (67) 1 - Nota do médium: — Como complemento elucidativo desta proposição, transcrevemos alguns trechos de um artigo de José Fuzeira, publicado na “Revis- ta Internacional do Espiritismo” (Brasil) e na Revista “La Conciencia”, de Buenos Aires. Diz ele: — “Na Revista “Sabedoria” (Nº 3) consta uma crônica sob o título “A Morte do Espírito”, assinada por um ilustre pensador espiritualista, o qual baseia a lógica da sua teoria no seguinte fundamento: — “Se o Espírito é livre, deve admitir-se a possibilidade de que possa rebelar-se contra Deus, não apenas uma vez, arrependendo-se, e depois voltando a Deus mas que continue, para sempre, na rebelião. Não se admitir essa possibilidade seria confessar que o Espí- rito não é livre. Mister então que no sistema exista um meio de impedir a essa liberdade que ela faça naufragar a obra divina. É, então, de absoluta necessidade lógica que a vontade definitivamente rebelde de uma criatura que assim quisesse ser (eternamente) seja paralisada e que exista no sistema um meio de atingir essa finalidade. Esse meio é justamente a destruição do Espírito, não como substância, mas como individualização particular”. Diz mais: — “O Espírito é constituído pela substância indestrutível de que está constituída a própria Divindade. O que teve início no ato da criação foi a individualização particular de cada Espírito”. Para elucidarmos melhor o conteúdo de tal proposição, vamos especificá-la Miolo Elucidações 13 13/10/00 8:07 PM Page 248
  • 2. Elucidações do Além — 249 — Consideremos o caso: — Em face da visão onisciente, imutável e absoluta da sabedoria de Deus, é inadmissível a “rebelião perene” da criatura contra o seu Criador e suas leis. Semelhante presunção e suas conseqüências punitivas são as da fórmula bíblica dos “anjos decaídos”. Porém, tal dogma, como outros, não possui qualquer consistência moral de lógica e bom-senso, nem mesmo para ser admiti- da sob um raciocínio apenas teórico, porquanto a morte do Espírito é uma impossibilidade concreta! A desintegração das consciências-indivíduos gerados ou nascidos do seio de Deus constituiria uma enorme aber- ração, visto que a extinção ou “morte” das centelhas vivas que o Criador lançou de Si implicaria na morte d’Ele pró- prio, que é a Fonte dessa vida! Tal qual se dará no dia em que se extinguirem ou “morrerem” os raios-de-luz do “rei”- Sol, pois sendo frações vivas de si mesmo, é óbvio que ele morrerá também! Abordemos, então, o outro ângulo do teorema: — o que se refere ao Mal, suas causas, seus efeitos e amplitude. O Mal é uma reação de deprimências morais, porém, tran- sitórias, sem prejuízo que subsista na eternidade. O Homem, na sua caminhada evolucionista, enquanto perma- nece na ignorância da sua realidade espiritual eterna, seu livre-arbítrio desordenado leva-o a cometer desatinos de assim: — a substância de que se forma o Espírito é uma espécie de “corpo”. Não é o Eu, o indivíduo, ou seja, a entidade consciencial. Esta é criada, é, enfim, o “sopro divino” ou a luz que Deus acende na intimidade da substância indestrutível. Então, alega o autor da referida teoria: — Como a rebeldia perpétua de um Espírito resultaria num atrito eterno, que perturbaria o equilíbrio do Universo moral, então, a única fórmula para solucionar o impasse ou divergência entre a criatura e o seu Criador será a de Deus desintegrar, ou seja, “matar” tal Espírito desobediente e incorrigível! Ora, embora o autor de tal concepção, no sentido de atenuar a violência do choque mental que a mesma produziu entre os espiritualistas que tomaram conhecimento da sua teoria, alegue ser uma “possibilidade teórica”, esta linha oblíqua não consegue evitar o sério conflito teológico criado na mente de uma grande parte dos que tomaram conhecimento do seu teorema, pois nem todos dispõem de uma percepção aguda, em condições de se orientarem dentro de um esquema de cogitações um tanto complexas ou transcendentes. Miolo Elucidações 13 13/10/00 8:07 PM Page 249
  • 3. Ramatís — 250 — toda espécie, ou seja — pratica o mal! É que os seus ouvidos ainda estão fechados à voz pro- funda que vibra no recesso da sua consciência, advertindo- o para que resista aos impulsos negativos do Mal, em seu próprio benefício, pois “Deus não quer a morte do ímpio, mas que ele se regenere e se salve”! Nas fases intermediárias da sua evolução, o Homem, ativado pela força negativa, mas pertinaz, do Egoísmo, tem como ideal supremo de sua vida adquirir recursos sem limi- te, que lhe garantam prover não só às suas necessidades comuns, mas que lhe facultem desfrutar também o gozo de prazeres e comodidades supérfluos. No entanto, logo que ele tem conhecimento de que é um espírito imortal e sente em seu íntimo a grandeza sublime desse atributo; e ainda, que o fator eternidade terminará por vencê-lo, esfacelando todas as resistências da sua rebeldia contra o Bem, ei-lo, então, pouco a pouco, renunciando aos prazeres e interes- ses efêmeros do mundo utilitarista que o rodeia. Nesse estágio recuperativo, que se prolonga por diver- sas reencarnações, chega o dia em que uma nova aurora se abre a iluminar-lhe a consciência; e, então, opera-se a transfiguração referida por Paulo de Tarso: “o homem velho feito de carne animal, cede lugar ao homem novo da realidade espiritual”. Depois, a dinâmica do seu egoísmo, que é natureza do Ego inferior, gradativamente, sublima-se, transmuda-se num fator ou elemento energético do Ego superior, ou seja, o “homem novo”, já despertado, dispõe- se a assumir o comando de si mesmo, no seu trânsito pelo Cosmo. E, à medida que a sua consciência se eleva e san- tifica, então, aquela mesma firmeza de vontade do querer é poder que vence e realiza, em vez de estar a serviço do Ego inferior, passa a servir o Eu superior, cujo ideal supre- mo é o amor-fraternidade de amplitude cósmica, que, na realização integral do “amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, perdoa, sacrifica-se, socor- re, renuncia, dando tudo de si sem pensar em si. E assim, Miolo Elucidações 13 13/10/00 8:07 PM Page 250
  • 4. Elucidações do Além — 251 — atingida esta plenitude moral de grau santificante, o micro- cosmo humano, que é o Homem, passa a refletir as quali- dades, as virtudes sublimes do Macrocosmo Divino, que é DEUS! Nessa altura realiza-se então a afirmativa da Gênesis, que diz: — O Homem é feito à imagem de Deus; e tam- bém, conforme Jesus — “o filho e o PAI são um”! Consideremos agora a essência moral da sua presunção quanto à possibilidade de um Espírito permanecer nos abismos do Pecado através do tempo eternidade. Seme- lhante contingência é inadmissível sob todos os aspectos, pois há uma lei cósmica de evolução dinâmica, que impõe um movimento ascensional a todos os fenômenos do Uni- verso, impulsionando o imperfeito para o mais perfeito, o pior para “subir” ao melhor. E até a própria matéria bruta, na sua constituição atômica e molecular, está sujeita a esse imperativo evolucionista. Além das razões expostas, a teoria da morte do Espí- rito fica destroçada pela base, em face das seguintes con- tingências de ordem moral: — Uma vez que Deus, em vir- tude dos seus atributos de presciência e de onisciência, vê e identifica o futuro como uma realidade presente, é óbvio que Ele sabe, por antecipação, qual o rumo ou dire- triz moral que seguirá cada um de seus filhos em suas vidas planetárias. E como decorrência dessa visão antecipada, saberia, portanto, que entre eles, alguns, por efeito do seu livre-arbítrio, virão a ser rebeldes incorrigíveis; e que Ele, depois, terá de extingui-los mediante a pena de morte espiritual. Ora, em face de tal contingência ou determinis- mo, resultaria o seguinte conflito de ordem moral em rela- ção aos atributos divinos. É que, havendo entre os espíri- tos filhos de DEUS, uns, possuidores de virtude ou força de vontade que os tornaria capazes de alcançar a hierarquia da angelitude e fazerem jus à vida eterna, e outros, condicio- nados a serem uma espécie de “demônios”; e que, por isso, mais tarde, será necessário extingui-los pela morte espiri- Miolo Elucidações 13 13/10/00 8:07 PM Page 251
  • 5. Ramatis — 252 — tual, então, como conciliar esta parcialidade iníqua do pró- prio Criador, em face dos seus atributos de justiça e amor infinitos?... E mais: — se Deus tem de emendar ou corri- gir hoje um seu ato de ontem, então, que é feito da sua perfeição e infalibilidade?... Miolo Elucidações 13 13/10/00 8:07 PM Page 252