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COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
q INTRODUÇÃO
Compactação → procedimentos visando aumentar a compacidade
de um solo pela redução de vazios através esforços externos gerados
por meios mecânicos.
Objetivo → melhoria e estabilidade de propriedades mecânicas dos
solos:
– redução da compressibilidade;
– aumento de resistência;
– redução da variação volumétrica por umedecimento e secagem;
– redução na permeabilidade
Emprego
– construção de aterros;
– construção de camadas constitutivas de pavimentos;
– construção de barragens de terra;
– preenchimento com solo entre maciço e estruturas de arrimo;
– reenchimentos de cavas de fundações e de tubulações enterradas.
Técnica básica
– lançamento de material de empréstimo (oriundo de jazida) ou do próprio
local (reenchimentos);
– passagem de equipamentos que transmitam ao solo a energia de
compactação ⇒ carga móvel (amassamento, impacto ou vibração) ou
estática.
O tipo de obra e o solo utilizados → processo de compactação a ser
empregado, a umidade do solo na ocasião e a densidade a ser atingida.
Princípios fundamentais na compactação dos solos
Eng. americano Ralph Proctor (1933) → estabeleceu os princípios
básicos da técnica e controle de compactação : “... a densidade que
um solo atinge quando compactado sob uma dada energia de
compactação depende da umidade do solo no momento da compactação”.
– Relações entre γd x w x S
A relação entre o peso específico aparente seco (γd), o teor de umidade
(w) e o grau de saturação (S) para um solo com densidade dos grãos
(G) é representadas no gráfico de compactação.
– Curvas de compactação
Pares γd x w no gráfico de compactação obtidos ao se realizar a
compactação do solo por uma mesma energia de compactação
para diferentes valores do teor de umidade.
Baixo teor de umidade → o atrito entre partículas é alto dificultando a
compactação;
Aumento no teor de umidade → efeito de lubrificação entre as partículas,
aumentando a compactação enquanto a saída de ar é facilitada;
Após certo teor de umidade próximo a saturação - umidade ótima (wót) → a
compactação não consegue mais expulsar o ar dos vazios, a maior
quantidade de água resulta em redução de densidade.
COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
)S(
S
sww
ws
d
γγ⋅
γ⋅⋅γ
=γ
⋅+
)( sww
ws
d
γγ
γ⋅γ
=γ
⋅+
ramo úmido
ramo seco
S de 80 a 90%
COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
• Curvas de compactação para diferentes solos
Valores típicos de γdmáx e wót:
• solos argilosos: wót = 25 a 30% e γdmáx = 14 a 15 kN/m3
• solos siltosos: valores baixos para γdmáx e curvas bem abatidas
• areias c/ pedreg. bem graduadas: wót=9 a 10% e γdmáx=20 a 21 kN/m3
• areias finas argilosas lateríticas: wót = 12 a 14% e γdmáx ≈ 19 kN/m3
(solos lateríticos caracterizam-se por ramo seco nitidamente íngreme)
COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
• Interpretação da curva de compactação de solos argilosos
com base na microestrutura (Lambe,1960):
ramo seco (baixa umidade) → a atração face-aresta das partículas não é
vencida pela energia de compactação ⇒ estrutura floculada;
ramo úmido (próximo a saturação) → a repulsão entre partículas
aumenta e a compactação orienta as partículas ⇒ estrutura dispersa;
Para uma mesma umidade → maior a dispersão quanto maior a energia
de compactação.
Estrutura do solo compactado → f(tipo de carga aplicada, tempo de
aplicação desta carga e teor de umidade do solo)
Tipo de compactação, umidade e microestrutura dos solos argilosos
Tipo de compactação w  wót w  wót
amassamento floculada dispersa
impacto floculada pouco dispersa
vibração floculada pouco floculada
estática floculada floculada
Onde o solo não totalmente desestruturado antes da compactação →
influência da macroestrutura natural na estrutura do solo compactado.
Ensaio de compactação
Determinação experimental da correlação entre γd e w para uma
dada energia de compactação → curva de compactação.
Idealizado por R.Proctor (1933) (ou Porter, 1929) → Ensaio Proctor
Normal → NBR 7182/86 - Ensaio Normal de Compactação.
– Ensaio Normal de Compactação
• Equipamento
– Cilindro de compactação: volume = 1 litro
– Soquete: peso = 2,5 kg, altura de queda = 30,5 cm
• Procedimento
a) Prévia secagem ao ar e destorroamento do solo;
b) Acrescenta-se água a porção destinada ao ensaio para uma umidade
cerca de 5% abaixo da wót estimada para o solo (em torno do limite de
plasticidade), homogeneizando a umidade do material;
c) O material é disposto no cilindro de compactação em três camadas.
Cada uma recebe 26 golpes do soquete. Cada camada compactada
deve ocupar 1/3 da altura do cilindro e é escarificada previamente a
compactação da camada seguinte;
d) Obtém-se o peso específico e a umidade do corpo de prova obtido;
e) Novos pontos da curva de compactação são obtidos destorroando o
corpo de prova e adicionando mais água em intervalos de 2% de
umidade, ficando 2 pontos abaixo, 2 acima e 1 no entorno da wót
COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
• Cálculo do ensaio
Compactado o corpo de prova, determina-se:
– peso específico aparente úmido:
– teor de umidade de uma amostra do interior do CP:
– peso específico aparente seco:
Com os 5 ou 6 pares de valores γd e w obtidos constrói-se por ajuste
manual aos pontos a curva de compactação e desta estima-se os
valores de γγγγdmáx e wót.
Ajuste → retas definindo os ramos secos e úmido e uma parábola
fazendo a transição entre as duas.
É geralmente representada em conjunto a curva de saturação do solo e
opcionalmente curvas de igual grau de saturação.
COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
V
W
=γ
%100
W
W
w
s
w
⋅=
)w1(
d
+
γ
=γ
• Alternativas no ensaio de compactação
– Ensaio sem reuso do material → uso de amostras virgens para
cada ponto da curva. Embora exija maior quantidade de
material, resultados mais fiéis. Uso imprescindível para solos de
grãos quebradiços;
– Ensaio sem secagem prévia → mais se aproxima aos
procedimentos de campo. Uso para solos sensíveis à pré-
secagem (exs: solos areno-argilosos lateríticos, solos residuais
argilosos e siltosos);
– Ensaio para solos com pedregulho → uso de cilindro maior e
soquete mais pesado (com menor número de golpes para
igualar a energia de compactação).
Quando presentes pedregulhos  19mm → substituir por igual
peso de pedregulhos de 4,8 a 19mm.
Alternativa → média ponderada entre densidade obtida com o
solo  4,8mm compactado e a densidade isolada do pedregulho
– Energias de compactação
Energia de compactação (E):
P - peso do soquete
h - altura do soquete
N - no de golpes por camada
n - no de camadas
V - volume de solo compactado
E (ensaio normal de compactação) = 5,95 kg cm/cm3
Com o desenvolvimento das técnicas de compactação e para
atender as exigências do padrão de compactação (equipamentos
mais potentes, maior produtividade, ...) → modificações na
energia de compactação desde o ensaio original:
→ Ensaio Proctor Modificado : E = 27,4 kg cm/cm3
→ Ensaio Proctor Intermediário : E = 12,9 kg cm/cm3
• Relação entre energia de compactação e densidade obtida
válida para o ramo seco e umidade ótima.
valores de b maiores para solos argilosos.
COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
)
cm
cmkg(em
V
nNhP
E 3
⋅⋅⋅⋅
=
Elogbad ⋅+=γ
• Especificações para as energias do Proctor Normal.
Intermediário e Modificado
• Curvas de compactação para as energias do Proctor Normal.
Intermediário e Modificado
COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
E ↑: γd ↑ e wót ↓
• Curva de resistência (ou de estabilidade)
Curvas que mostram a resistência oferecida pelo solo compactado à
penetração de um pistão metálico de peso e área da seção
transversal padronizados → agulha de Proctor - em função da
umidade de compactação.
Observa-se que na wót não se tem a maior resistência, entretanto tem-se
maior estabilidade → menor redução de resistência com o aumento
do teor de umidade pelas chuvas.
Princípio fundamental na compactação → busca-se obter a
densidade máxima, que não implica numa resistência máxima, mas
sim maior estabilidade sob adversidades climáticas.
– Técnicas de compactação em laboratório
• compactação dinâmica → pela ação de queda do soquete;
• compactação estática → aplicação de carga estática sobre as
camadas. Procedimento restrito a moldagem de corpos de prova;
• compactação por pisoteamento → pistão com mola á golpeado
contra o solo. Empregado para simular a ação do rolo pé-de-carneiro
e avaliar a influência sobre a estrutura de solos argilosos.
COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
– Ensaio de compactação miniatura (Ensaio Harvard)
Ensaio em equipamento miniatura desenvolvido na Universidade de
Harvard (1948).
Ensaio:
Cilindro: altura = 10 cm e área = 10 cm2
Compactação: por pisoteamento, três camadas, 25 golpes / camada.
Vantagens: menor quantidade de material e menor esforço manual.
Uso: muito empregado na confecção de corpos de prova de solo compactado,
em especial em pesquisas com solo estabilizado com aditivos → pequenas
dimensões facilita operações de cura e rompimento.
Compactação no campo
– Princípios da compactação em campo
• Pressão estática → aplicada por rolos estáticos (cilindro liso, de
pneus e pé de carneiro).
Ocorre inicialmente deformações plásticas, a medida que o solo vai
densificando predominam deformações elásticas;
• Vibração → aplicada por rolos e compactadores vibratórios.
Produz-se o deslocamento de sucessivas e rápidas ondas de pressão
que movimentam as partículas e reduzem o atrito entre elas;
• Impacto → aplicado por apiloadores e cargas de impacto.
É gerada uma onda de pressão que atua em grande profundidade.
COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
– Fatores que influem na compactação e escolha dos
equipamentos a utilizar
• Energia de compactação → energia transferida pelo equipamento
ao solo
P = peso próprio do equipamento (pressão estática)
N = no de passadas do equipamento
v = velocidade do rolo
e = espessura da camada
• Umidade do solo
– w  wcompactação → irrigação: caminhão tanque com barra de
distribuição e bomba hidráulica;
– w  wcompactação → aeração: exposição a vento e ao sol, com
espalhamento por arados, grades, pulviromisturadores ou moto-
niveladores.
• Número de passadas → diretamente lidado ao tempo de
execução. A eficiência do aumento do no de passadas diminui com o
no total de passadas;
• Espessura da camada → função do tipo de solo e equipamento.
Em geral, é fixado em 30 cm (ou 20 cm para materiais granulares) a
espessura máxima;
• Homogeneização → a camada de solo solto deve ser pulverizada
de forma homogênea. Deve-se evitar torrões secos ou muito úmidos,
blocos e fragmentos de rocha;
• Velocidade de rolagem → com material solto tem-se maior
resistência a rolagem e menor velocidade, obtendo-se maior esforço
de compactação nas passadas iniciais. O efeito de vibração é bem
mais eficiente com menores velocidades;
• Amplitude e freqüência das vibrações → o aumento de
amplitude produz maior efeito de compactação que o aumento de
freqüência. Atingida a condição de ressonância obtém-se elevadas
densidades.
Para ajuste destes fatores que influem na compactação são muitas
vezes realizadas canchas experimentais.
COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
ev
)NP(f
E
⋅
⋅
=
– Equipamentos de compactação no campo
Classificação e terminologia dos equipamentos para compactação
→ P-TB-51 (parte II)
• Rolos compressores
– Rolo liso → Tambor de aço através do qual se aplica carga ao
solo. O tambor pode estar vazio ou cheio com água, areia ou pó
de pedra (aumento da energia de compactação).
Utilizado na compactação de pedregulhos, areias e pedra
britada em camadas  15 cm.
Desvantagem: pequena superfície de contato.
– Rolo vibratório → Rolo dotado de uma massa móvel com
excentricidade em relação a um eixo, provocando vibrações de
certa freqüência (1000 a 4800 ciclos/minuto). Ajustam-se as
vibrações para que entrem em ressonância com as partículas
de solo. Apresentam maior rendimento a baixas velocidades.
Utilizado na compactação de solos granulares (areias,
pedregulhos, britas) lançados em camadas  15 cm.
– Rolo pneumático → Plataforma apoiada em eixos com pneus.
O no de pneus por eixo é variável (3 a 6), mantendo-se um
alinhamento desencontrado para melhor cobertura.
A pressão de contato é função da pressão interna dos pneus. É
aumentada a carga por roda com o emprego de lastro.
Empregado para quase todos tipos de solos, especialmente
para solos arenosos finos em camadas de até 40 cm.
– Rolo pé-de-carneiro → Consiste de tambor de aço onde são
solidarizadas saliências (patas) dispostas em fileiras
desencontradas (90 a 120 por rolo).
O pisoteamento propicia o entrosamento entre as camadas
compactadas. A medida que vai aumentando a compactação,
há menor penetração, resultando maior pressão de contato.
Empregado na compactação de solos coesivos (argilas e siltes)
em camadas de 10 a 20 cm.
– Rolos combinados → Combinação de tipos básicos. Ex: rolos
pé-de-carneiro com dispositivo vibratório.
– Rolos especiais:
• rolo de grade - rolo que na superfície lisa é solidarizada
grade de malha quadrada. Compactação de material
granular ou solos muito entorroados;
• rolo de placas - rolo que na superfície lisa são
solidarizados segmentos de placa descontínuos.
COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
• Outros equipamentos
Compactadores de impacto / vibratórios → pilões manuais, pilões a
explosão (“sapos”) e soquetes a ar comprimido.
Aplicados a quase todos tipos de terreno, em operações
complementares ou em áreas restritas e fechadas.
Queda livre de grandes pesos → compactação de aterros e
terrenos naturais de grande espessura.
Vibroflotação → equipamento vibratório com injeção d’água.
COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
– Especificações para compactação
As especificações atuais fixam apenas a densidade seca a ser
atingida e o teor de umidade de compactação. No de passadas e
espessura das camadas a critério do executor e fiscalização.
• Grau de compactação
Especificações gerais de terraplanagem do DNER → GC  95%, wót com
variação máxima de ± 3%.
– Procedimentos gerais da compactação no campo
Seqüência de operações:
a) Escolha da área de empréstimo (problema técnico-econômico) → distância
de transporte, características geotécnicas e umidade do material em
relação a umidade de compactação;
b) Limpeza e regularização da área de trabalho;
c) Lançamento e espalhamento do material → uso de motoscrapers ou
unidades de transporte.
d) Regularização da camada → uso de motoniveladora para acerto da altura
da camada.
Espessura das camadas →  30 cm de material fofo para se ter 15 a
20cm de solo compactado (incluindo 2 a 5 cm da camada anterior);
e) Pulverização e homogeneização do material da camada → remoção ou
desagregação de torrões secos, material aglomerado ou fragmentos de
rocha alterada por uso de escarificadores ou arados de disco;
f) Acerto da umidade → irrigação (caminhões pipa e irrigadeiras) ou aeração
(arados de disco). Homogeneização e conferência da umidade;
g) Compactação propriamente dita → uso de equipamentos escolhidos de
acordo com o tipo de solo e de serviço.
Rolos → no de passadas de acordo com as especificações de densidade
ou até atingida a espessura de camada esperada. Rolagem em passadas
longitudinais das bordas ao centro com superposição de no mínimo 20 cm
entre as passadas;
h) Controle de compactação → controle sobre os valores de wót (tolerância de
± 2 a 3%) e γdmáx pelo grau de compactação especificado;
i) Escarificação para a camada seguinte.
COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
%100GC
máxd
campod
⋅
γ
γ
=
– Controle de compactação no campo
Comparação entre o grau de compactação obtido e o especificado.
Determinação do teor de umidade e do peso específico da massa
de solo compactado.
• Determinação do teor de umidade
– “Speedy Moisture Test”
– Método da frigideira
• Determinação do peso específico
– Método do frasco de areia
– Método do cilindro cortante
Obs: Métodos mais modernos → uso de material radioativo (“Nuclear
Moisture Density Meter”) ⇒ baseado na emissão de raios gama e
neutrôns, a reflexão destes elementos está relacionada a densidade e
umidade, respectivamente.
• Freqüência do controle (especificações de terraplanagem do
DNER)
– 1 ensaio de compactação para cada 1000 m3 de material
compactado;
– 1 controle de densidade para cada 1000 m3 de material
compactado;
– para camadas finais → 1 controle de densidade para cada
100m de extensão, alternativamente no centro e nos bordos.
• Outros métodos de controle
– Método de Hilf;
– Método das famílias de curvas de compactação;
– Relações empíricas estabelecidas com base em estudos
estatísticos;
(Descritos em: Introdução a Mecânica dos Solos - Milton Vargas -
cap. 2)
COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
Ensaio CBR (“Califonia Bearing Ratio”) - Ensaio de
suporte californiano
Também chamado Ensaio Califórnia ou Ensaio Californiano.
Introduzido por Porter (1929).
NBR 9895/87 - Solo - Índice de Suporte Califórnia.
– Objetivo principal
Fornecer o “California Bearing Ratio”(CBR) (ou Índice de Suporte
California - ISC) como índice de resistência do solo compactado.
– Seqüência do ensaio CBR
1o) Ensaio de compactação;
2o) Ensaio de expansão;
3o) Determinação do índice suporte (CBR).
• Ensaio de compactação → γdmáx e wót para as três energias de
compactação
– material: passante peneira #¾”;
– cilindro: φ= 15 cm e altura= 17,5 cm;
– soquete: 4,5 kg, altura de queda= 45 cm;
– compactação em 5 camadas;
– energias de compactação: 55, 26 e 12 golpes/camada.
• Ensaio de expansão
É medida a expansão do material devido a absorção d’água, colocado
em imersão os CPs moldados na wót.
– Sobre os 3 CPs (ainda no molde) são adicionados anéis de
sobrecarga ( 4,5 kg, em geral 5 kg) para simular o peso do
pavimento;
– Imersão por 4 dias;
– Em extensômetros instalados é medida a expansão do solo ao
longo do período de extensão (a cada 24 h). O resultado é
expresso em porcentagem da altura inicial do CP.
Limite aceito para expansão (aterros rodoviários) → 1 a 3%
(dependendo da função da camada).
• Determinação do CBR
Os 3 CPs imersos são sujeitos a puncionamento na prensa do CBR →
pistão cilíndrico de φ= 5 cm a uma velocidade de 1,25mm/min.
Mede-se a pressão aplicada (manômetro ou anel dinamométrico) e as
respectivas deformações → curva do CBR
COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
CBR → relação entre a carga necessária para deformação de 0,1” ou
0,2” do material ensaiado e a carga obtida para a pedra britada: 70 e
105 kgf/cm2, respectivamente. Adota-se o maior valor.
CBR para projeto → valor para 95% do γdmáx do gráfico γγγγd x CBR para
os 3 CPs
– Aplicações do CBR
• Correlações com propriedades mecânicas do solo
compactado. Ex: compressibilidade
• Parâmetro para o dimensionamento de pavimentos flexíveis.
Ex: Método de dimensionamento do Corps of Engineers (EUA)
COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
%100
105
P
CBRou%100
70
P
CBR
2,01,0
⋅=⋅=
][kgf/cm)CBR(65E 265,0
⋅=
– Considerações sobre a resistência de solos compactados
Curvas de compactação e CBR x w sobrepostas → comportamento
resistente e estabilidade do solo compactado frente a saturação.
• Solos compactados na wót e γdmáx apresentam as máximas
resistências estáveis → menor variação com a saturação.
• Na wót tem-se o máximo valor do CBR saturado;
• A resistência após a saturação depende da umidade de moldagem
mesmo que a umidade após a saturação seja a mesma.
Observações:
• a artifício para obtenção da resistência após a saturação → efeitos da
estrutura e de uma forte expansão volumétrica (inchamento);
• para solos muito expansivos (com grande potencial de inchamento) →
deve ser compactado ligeiramente acima da wót ⇒ menor expansão.
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  • 1. COMPACTAÇÃO DOS SOLOS q INTRODUÇÃO Compactação → procedimentos visando aumentar a compacidade de um solo pela redução de vazios através esforços externos gerados por meios mecânicos. Objetivo → melhoria e estabilidade de propriedades mecânicas dos solos: – redução da compressibilidade; – aumento de resistência; – redução da variação volumétrica por umedecimento e secagem; – redução na permeabilidade Emprego – construção de aterros; – construção de camadas constitutivas de pavimentos; – construção de barragens de terra; – preenchimento com solo entre maciço e estruturas de arrimo; – reenchimentos de cavas de fundações e de tubulações enterradas. Técnica básica – lançamento de material de empréstimo (oriundo de jazida) ou do próprio local (reenchimentos); – passagem de equipamentos que transmitam ao solo a energia de compactação ⇒ carga móvel (amassamento, impacto ou vibração) ou estática. O tipo de obra e o solo utilizados → processo de compactação a ser empregado, a umidade do solo na ocasião e a densidade a ser atingida. Princípios fundamentais na compactação dos solos Eng. americano Ralph Proctor (1933) → estabeleceu os princípios básicos da técnica e controle de compactação : “... a densidade que um solo atinge quando compactado sob uma dada energia de compactação depende da umidade do solo no momento da compactação”. – Relações entre γd x w x S A relação entre o peso específico aparente seco (γd), o teor de umidade (w) e o grau de saturação (S) para um solo com densidade dos grãos (G) é representadas no gráfico de compactação.
  • 2. – Curvas de compactação Pares γd x w no gráfico de compactação obtidos ao se realizar a compactação do solo por uma mesma energia de compactação para diferentes valores do teor de umidade. Baixo teor de umidade → o atrito entre partículas é alto dificultando a compactação; Aumento no teor de umidade → efeito de lubrificação entre as partículas, aumentando a compactação enquanto a saída de ar é facilitada; Após certo teor de umidade próximo a saturação - umidade ótima (wót) → a compactação não consegue mais expulsar o ar dos vazios, a maior quantidade de água resulta em redução de densidade. COMPACTAÇÃO DOS SOLOS )S( S sww ws d γγ⋅ γ⋅⋅γ =γ ⋅+ )( sww ws d γγ γ⋅γ =γ ⋅+ ramo úmido ramo seco S de 80 a 90%
  • 3. COMPACTAÇÃO DOS SOLOS • Curvas de compactação para diferentes solos Valores típicos de γdmáx e wót: • solos argilosos: wót = 25 a 30% e γdmáx = 14 a 15 kN/m3 • solos siltosos: valores baixos para γdmáx e curvas bem abatidas • areias c/ pedreg. bem graduadas: wót=9 a 10% e γdmáx=20 a 21 kN/m3 • areias finas argilosas lateríticas: wót = 12 a 14% e γdmáx ≈ 19 kN/m3 (solos lateríticos caracterizam-se por ramo seco nitidamente íngreme)
  • 4. COMPACTAÇÃO DOS SOLOS • Interpretação da curva de compactação de solos argilosos com base na microestrutura (Lambe,1960): ramo seco (baixa umidade) → a atração face-aresta das partículas não é vencida pela energia de compactação ⇒ estrutura floculada; ramo úmido (próximo a saturação) → a repulsão entre partículas aumenta e a compactação orienta as partículas ⇒ estrutura dispersa; Para uma mesma umidade → maior a dispersão quanto maior a energia de compactação. Estrutura do solo compactado → f(tipo de carga aplicada, tempo de aplicação desta carga e teor de umidade do solo) Tipo de compactação, umidade e microestrutura dos solos argilosos Tipo de compactação w wót w wót amassamento floculada dispersa impacto floculada pouco dispersa vibração floculada pouco floculada estática floculada floculada Onde o solo não totalmente desestruturado antes da compactação → influência da macroestrutura natural na estrutura do solo compactado.
  • 5. Ensaio de compactação Determinação experimental da correlação entre γd e w para uma dada energia de compactação → curva de compactação. Idealizado por R.Proctor (1933) (ou Porter, 1929) → Ensaio Proctor Normal → NBR 7182/86 - Ensaio Normal de Compactação. – Ensaio Normal de Compactação • Equipamento – Cilindro de compactação: volume = 1 litro – Soquete: peso = 2,5 kg, altura de queda = 30,5 cm • Procedimento a) Prévia secagem ao ar e destorroamento do solo; b) Acrescenta-se água a porção destinada ao ensaio para uma umidade cerca de 5% abaixo da wót estimada para o solo (em torno do limite de plasticidade), homogeneizando a umidade do material; c) O material é disposto no cilindro de compactação em três camadas. Cada uma recebe 26 golpes do soquete. Cada camada compactada deve ocupar 1/3 da altura do cilindro e é escarificada previamente a compactação da camada seguinte; d) Obtém-se o peso específico e a umidade do corpo de prova obtido; e) Novos pontos da curva de compactação são obtidos destorroando o corpo de prova e adicionando mais água em intervalos de 2% de umidade, ficando 2 pontos abaixo, 2 acima e 1 no entorno da wót COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
  • 6. • Cálculo do ensaio Compactado o corpo de prova, determina-se: – peso específico aparente úmido: – teor de umidade de uma amostra do interior do CP: – peso específico aparente seco: Com os 5 ou 6 pares de valores γd e w obtidos constrói-se por ajuste manual aos pontos a curva de compactação e desta estima-se os valores de γγγγdmáx e wót. Ajuste → retas definindo os ramos secos e úmido e uma parábola fazendo a transição entre as duas. É geralmente representada em conjunto a curva de saturação do solo e opcionalmente curvas de igual grau de saturação. COMPACTAÇÃO DOS SOLOS V W =γ %100 W W w s w ⋅= )w1( d + γ =γ
  • 7. • Alternativas no ensaio de compactação – Ensaio sem reuso do material → uso de amostras virgens para cada ponto da curva. Embora exija maior quantidade de material, resultados mais fiéis. Uso imprescindível para solos de grãos quebradiços; – Ensaio sem secagem prévia → mais se aproxima aos procedimentos de campo. Uso para solos sensíveis à pré- secagem (exs: solos areno-argilosos lateríticos, solos residuais argilosos e siltosos); – Ensaio para solos com pedregulho → uso de cilindro maior e soquete mais pesado (com menor número de golpes para igualar a energia de compactação). Quando presentes pedregulhos 19mm → substituir por igual peso de pedregulhos de 4,8 a 19mm. Alternativa → média ponderada entre densidade obtida com o solo 4,8mm compactado e a densidade isolada do pedregulho – Energias de compactação Energia de compactação (E): P - peso do soquete h - altura do soquete N - no de golpes por camada n - no de camadas V - volume de solo compactado E (ensaio normal de compactação) = 5,95 kg cm/cm3 Com o desenvolvimento das técnicas de compactação e para atender as exigências do padrão de compactação (equipamentos mais potentes, maior produtividade, ...) → modificações na energia de compactação desde o ensaio original: → Ensaio Proctor Modificado : E = 27,4 kg cm/cm3 → Ensaio Proctor Intermediário : E = 12,9 kg cm/cm3 • Relação entre energia de compactação e densidade obtida válida para o ramo seco e umidade ótima. valores de b maiores para solos argilosos. COMPACTAÇÃO DOS SOLOS ) cm cmkg(em V nNhP E 3 ⋅⋅⋅⋅ = Elogbad ⋅+=γ
  • 8. • Especificações para as energias do Proctor Normal. Intermediário e Modificado • Curvas de compactação para as energias do Proctor Normal. Intermediário e Modificado COMPACTAÇÃO DOS SOLOS E ↑: γd ↑ e wót ↓
  • 9. • Curva de resistência (ou de estabilidade) Curvas que mostram a resistência oferecida pelo solo compactado à penetração de um pistão metálico de peso e área da seção transversal padronizados → agulha de Proctor - em função da umidade de compactação. Observa-se que na wót não se tem a maior resistência, entretanto tem-se maior estabilidade → menor redução de resistência com o aumento do teor de umidade pelas chuvas. Princípio fundamental na compactação → busca-se obter a densidade máxima, que não implica numa resistência máxima, mas sim maior estabilidade sob adversidades climáticas. – Técnicas de compactação em laboratório • compactação dinâmica → pela ação de queda do soquete; • compactação estática → aplicação de carga estática sobre as camadas. Procedimento restrito a moldagem de corpos de prova; • compactação por pisoteamento → pistão com mola á golpeado contra o solo. Empregado para simular a ação do rolo pé-de-carneiro e avaliar a influência sobre a estrutura de solos argilosos. COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
  • 10. – Ensaio de compactação miniatura (Ensaio Harvard) Ensaio em equipamento miniatura desenvolvido na Universidade de Harvard (1948). Ensaio: Cilindro: altura = 10 cm e área = 10 cm2 Compactação: por pisoteamento, três camadas, 25 golpes / camada. Vantagens: menor quantidade de material e menor esforço manual. Uso: muito empregado na confecção de corpos de prova de solo compactado, em especial em pesquisas com solo estabilizado com aditivos → pequenas dimensões facilita operações de cura e rompimento. Compactação no campo – Princípios da compactação em campo • Pressão estática → aplicada por rolos estáticos (cilindro liso, de pneus e pé de carneiro). Ocorre inicialmente deformações plásticas, a medida que o solo vai densificando predominam deformações elásticas; • Vibração → aplicada por rolos e compactadores vibratórios. Produz-se o deslocamento de sucessivas e rápidas ondas de pressão que movimentam as partículas e reduzem o atrito entre elas; • Impacto → aplicado por apiloadores e cargas de impacto. É gerada uma onda de pressão que atua em grande profundidade. COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
  • 11. – Fatores que influem na compactação e escolha dos equipamentos a utilizar • Energia de compactação → energia transferida pelo equipamento ao solo P = peso próprio do equipamento (pressão estática) N = no de passadas do equipamento v = velocidade do rolo e = espessura da camada • Umidade do solo – w wcompactação → irrigação: caminhão tanque com barra de distribuição e bomba hidráulica; – w wcompactação → aeração: exposição a vento e ao sol, com espalhamento por arados, grades, pulviromisturadores ou moto- niveladores. • Número de passadas → diretamente lidado ao tempo de execução. A eficiência do aumento do no de passadas diminui com o no total de passadas; • Espessura da camada → função do tipo de solo e equipamento. Em geral, é fixado em 30 cm (ou 20 cm para materiais granulares) a espessura máxima; • Homogeneização → a camada de solo solto deve ser pulverizada de forma homogênea. Deve-se evitar torrões secos ou muito úmidos, blocos e fragmentos de rocha; • Velocidade de rolagem → com material solto tem-se maior resistência a rolagem e menor velocidade, obtendo-se maior esforço de compactação nas passadas iniciais. O efeito de vibração é bem mais eficiente com menores velocidades; • Amplitude e freqüência das vibrações → o aumento de amplitude produz maior efeito de compactação que o aumento de freqüência. Atingida a condição de ressonância obtém-se elevadas densidades. Para ajuste destes fatores que influem na compactação são muitas vezes realizadas canchas experimentais. COMPACTAÇÃO DOS SOLOS ev )NP(f E ⋅ ⋅ =
  • 12. – Equipamentos de compactação no campo Classificação e terminologia dos equipamentos para compactação → P-TB-51 (parte II) • Rolos compressores – Rolo liso → Tambor de aço através do qual se aplica carga ao solo. O tambor pode estar vazio ou cheio com água, areia ou pó de pedra (aumento da energia de compactação). Utilizado na compactação de pedregulhos, areias e pedra britada em camadas 15 cm. Desvantagem: pequena superfície de contato. – Rolo vibratório → Rolo dotado de uma massa móvel com excentricidade em relação a um eixo, provocando vibrações de certa freqüência (1000 a 4800 ciclos/minuto). Ajustam-se as vibrações para que entrem em ressonância com as partículas de solo. Apresentam maior rendimento a baixas velocidades. Utilizado na compactação de solos granulares (areias, pedregulhos, britas) lançados em camadas 15 cm. – Rolo pneumático → Plataforma apoiada em eixos com pneus. O no de pneus por eixo é variável (3 a 6), mantendo-se um alinhamento desencontrado para melhor cobertura. A pressão de contato é função da pressão interna dos pneus. É aumentada a carga por roda com o emprego de lastro. Empregado para quase todos tipos de solos, especialmente para solos arenosos finos em camadas de até 40 cm. – Rolo pé-de-carneiro → Consiste de tambor de aço onde são solidarizadas saliências (patas) dispostas em fileiras desencontradas (90 a 120 por rolo). O pisoteamento propicia o entrosamento entre as camadas compactadas. A medida que vai aumentando a compactação, há menor penetração, resultando maior pressão de contato. Empregado na compactação de solos coesivos (argilas e siltes) em camadas de 10 a 20 cm. – Rolos combinados → Combinação de tipos básicos. Ex: rolos pé-de-carneiro com dispositivo vibratório. – Rolos especiais: • rolo de grade - rolo que na superfície lisa é solidarizada grade de malha quadrada. Compactação de material granular ou solos muito entorroados; • rolo de placas - rolo que na superfície lisa são solidarizados segmentos de placa descontínuos. COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
  • 13. • Outros equipamentos Compactadores de impacto / vibratórios → pilões manuais, pilões a explosão (“sapos”) e soquetes a ar comprimido. Aplicados a quase todos tipos de terreno, em operações complementares ou em áreas restritas e fechadas. Queda livre de grandes pesos → compactação de aterros e terrenos naturais de grande espessura. Vibroflotação → equipamento vibratório com injeção d’água. COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
  • 15. – Especificações para compactação As especificações atuais fixam apenas a densidade seca a ser atingida e o teor de umidade de compactação. No de passadas e espessura das camadas a critério do executor e fiscalização. • Grau de compactação Especificações gerais de terraplanagem do DNER → GC 95%, wót com variação máxima de ± 3%. – Procedimentos gerais da compactação no campo Seqüência de operações: a) Escolha da área de empréstimo (problema técnico-econômico) → distância de transporte, características geotécnicas e umidade do material em relação a umidade de compactação; b) Limpeza e regularização da área de trabalho; c) Lançamento e espalhamento do material → uso de motoscrapers ou unidades de transporte. d) Regularização da camada → uso de motoniveladora para acerto da altura da camada. Espessura das camadas → 30 cm de material fofo para se ter 15 a 20cm de solo compactado (incluindo 2 a 5 cm da camada anterior); e) Pulverização e homogeneização do material da camada → remoção ou desagregação de torrões secos, material aglomerado ou fragmentos de rocha alterada por uso de escarificadores ou arados de disco; f) Acerto da umidade → irrigação (caminhões pipa e irrigadeiras) ou aeração (arados de disco). Homogeneização e conferência da umidade; g) Compactação propriamente dita → uso de equipamentos escolhidos de acordo com o tipo de solo e de serviço. Rolos → no de passadas de acordo com as especificações de densidade ou até atingida a espessura de camada esperada. Rolagem em passadas longitudinais das bordas ao centro com superposição de no mínimo 20 cm entre as passadas; h) Controle de compactação → controle sobre os valores de wót (tolerância de ± 2 a 3%) e γdmáx pelo grau de compactação especificado; i) Escarificação para a camada seguinte. COMPACTAÇÃO DOS SOLOS %100GC máxd campod ⋅ γ γ =
  • 16. – Controle de compactação no campo Comparação entre o grau de compactação obtido e o especificado. Determinação do teor de umidade e do peso específico da massa de solo compactado. • Determinação do teor de umidade – “Speedy Moisture Test” – Método da frigideira • Determinação do peso específico – Método do frasco de areia – Método do cilindro cortante Obs: Métodos mais modernos → uso de material radioativo (“Nuclear Moisture Density Meter”) ⇒ baseado na emissão de raios gama e neutrôns, a reflexão destes elementos está relacionada a densidade e umidade, respectivamente. • Freqüência do controle (especificações de terraplanagem do DNER) – 1 ensaio de compactação para cada 1000 m3 de material compactado; – 1 controle de densidade para cada 1000 m3 de material compactado; – para camadas finais → 1 controle de densidade para cada 100m de extensão, alternativamente no centro e nos bordos. • Outros métodos de controle – Método de Hilf; – Método das famílias de curvas de compactação; – Relações empíricas estabelecidas com base em estudos estatísticos; (Descritos em: Introdução a Mecânica dos Solos - Milton Vargas - cap. 2) COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
  • 17. Ensaio CBR (“Califonia Bearing Ratio”) - Ensaio de suporte californiano Também chamado Ensaio Califórnia ou Ensaio Californiano. Introduzido por Porter (1929). NBR 9895/87 - Solo - Índice de Suporte Califórnia. – Objetivo principal Fornecer o “California Bearing Ratio”(CBR) (ou Índice de Suporte California - ISC) como índice de resistência do solo compactado. – Seqüência do ensaio CBR 1o) Ensaio de compactação; 2o) Ensaio de expansão; 3o) Determinação do índice suporte (CBR). • Ensaio de compactação → γdmáx e wót para as três energias de compactação – material: passante peneira #¾”; – cilindro: φ= 15 cm e altura= 17,5 cm; – soquete: 4,5 kg, altura de queda= 45 cm; – compactação em 5 camadas; – energias de compactação: 55, 26 e 12 golpes/camada. • Ensaio de expansão É medida a expansão do material devido a absorção d’água, colocado em imersão os CPs moldados na wót. – Sobre os 3 CPs (ainda no molde) são adicionados anéis de sobrecarga ( 4,5 kg, em geral 5 kg) para simular o peso do pavimento; – Imersão por 4 dias; – Em extensômetros instalados é medida a expansão do solo ao longo do período de extensão (a cada 24 h). O resultado é expresso em porcentagem da altura inicial do CP. Limite aceito para expansão (aterros rodoviários) → 1 a 3% (dependendo da função da camada). • Determinação do CBR Os 3 CPs imersos são sujeitos a puncionamento na prensa do CBR → pistão cilíndrico de φ= 5 cm a uma velocidade de 1,25mm/min. Mede-se a pressão aplicada (manômetro ou anel dinamométrico) e as respectivas deformações → curva do CBR COMPACTAÇÃO DOS SOLOS
  • 18. CBR → relação entre a carga necessária para deformação de 0,1” ou 0,2” do material ensaiado e a carga obtida para a pedra britada: 70 e 105 kgf/cm2, respectivamente. Adota-se o maior valor. CBR para projeto → valor para 95% do γdmáx do gráfico γγγγd x CBR para os 3 CPs – Aplicações do CBR • Correlações com propriedades mecânicas do solo compactado. Ex: compressibilidade • Parâmetro para o dimensionamento de pavimentos flexíveis. Ex: Método de dimensionamento do Corps of Engineers (EUA) COMPACTAÇÃO DOS SOLOS %100 105 P CBRou%100 70 P CBR 2,01,0 ⋅=⋅= ][kgf/cm)CBR(65E 265,0 ⋅=
  • 19. – Considerações sobre a resistência de solos compactados Curvas de compactação e CBR x w sobrepostas → comportamento resistente e estabilidade do solo compactado frente a saturação. • Solos compactados na wót e γdmáx apresentam as máximas resistências estáveis → menor variação com a saturação. • Na wót tem-se o máximo valor do CBR saturado; • A resistência após a saturação depende da umidade de moldagem mesmo que a umidade após a saturação seja a mesma. Observações: • a artifício para obtenção da resistência após a saturação → efeitos da estrutura e de uma forte expansão volumétrica (inchamento); • para solos muito expansivos (com grande potencial de inchamento) → deve ser compactado ligeiramente acima da wót ⇒ menor expansão. COMPACTAÇÃO DOS SOLOS