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A segurança no campus Seropédica é tópico relevante para todos os servidores, alunos e
professores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Tendo em vista tal
relevância, delibera-se que um projeto efetuando estatística, descrição e localização das ocorrências
no campus se mostra necessário. Há potencial para alcançar metas eficazes através de um projeto
assim.
Nesse sentido, a Divisão de Guarda e Vigilância (DGV) da universidade, aponta que a
visualização precisa e transparente de todas as ocorrências anuais torna concreto o conhecimento
sobre a realidade da violência no campus. “Muito se fala sobre os crimes no campus, alguns deles
são alardeados e outros desprezadamente esquecidos. Entretanto, é fundamental sabermos o que de
fato se efetiva ao longo do território no âmbito da violência”. É a realidade que se apresenta.
Em função dessa ideia na busca de consolidar tanto o panorama quanto também o
detalhamento das ocorrências que configuram crime no campus, o projeto “UFRRJ CONTRA A
VIOLÊNCIA: Distribuição da Violência no Campus Seropédica, RJ”, consiste em uma análise
estatística e cartográfica da violência. Seu objetivo prático e efetivo é “implantar câmeras de
monitoramento nos locais de maior concentração de delitos, bem como aumentar o patrulhamento
nesses locais”.
Para proporcionar acurácia na obtenção das referidas localizações, o procedimento de
análise é desempenhado com máxima atenção e imparcialidade. Começa-se com a captação das
denúncias que são classificas de acordo com a legislação penal e são resumidas, demonstrando-se o
tipo de crime que ocorreu. De posse dessa classificação, um aluno responsável pelo apoio técnico,
orientado pela professora Dra. Alessandra Carreiro Baptista, docente do curso de Engenharia de
Agrimensura e Cartográfica, realiza o lançamento das descrições em certa planilha geral. Essa então
é desmembrada em outras planilhas específicas para cada categoria de ocorrência (crime).
Vale destacar que as denúncias são àquelas registradas no Livro de Ocorrência da DGV e
somente são catalogadas as ocorrências definidas na lei como crime, desprezando-se as infrações
administrativas, bem como as contravenções penais. Porém, os atos infracionais cometidos por
menores são catalogados como crime quando a lei assim os define.
Figura 1: Exemplo de planilhas agrupadas por categoria de ocorrência
Observe que a primeira coluna da planilha acima se refere aos locais. Esses, além de serem
mencionados em bom português, têm suas respectivas coordenadas geográficas coletadas em um
software livre de Sistema de Informação Geográfica (SIG). Apesar de gratuito, o software de nome
QGIS não é menosprezado entre cartógrafos e agrimensores, pois suas funcionalidades são
suficientemente úteis e popularizadas perante tais profissionais.
Ruth Mariani Venturini, graduanda de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica, orientada
fundadora das atividades técnicas de apoio nesse projeto, explica que “a fim de possibilitar a
captura de coordenadas precisas, uma ortofoto do IBGE, contendo imagem com vista aérea do
campus Seropédica foi importada para o QGIS”. Após a obtenção dessa base cartográfica mostrada
na figura 2, torna-se possível a coleta de coordenadas.
Capturadas então, todas as coordenadas são registradas em colunas adjacentes à esquerda da
coluna “local”. Enfim, as planilhas referentes cada qual a sua categoria de ocorrência, são
convertidas para a extensão “csv”, haja vista que esse formato de arquivo é adequadamente aceito
durante a importação do mesmo ao QGIS. Uma nova conversão acontece depois de importadas as
planilhas: elas são agora salvadas como extensão “shp”, o chamado “shape” (tipo de arquivo
vetorial usual nos softwares de SIG).
O “shape” proporciona a visualização gráfica das coordenadas como feição do tipo “ponto”.
Os pontos com acurácia cartográfica são espalhados ao longo da ortofoto do campus Seropédica.
Tais pontos possuem ainda uma tabela de atributos (frases, datas, etc.) correspondentes aos títulos e
células das colunas que estavam nas planilhas importadas. Pode-se perceber nessa etapa a forte
correlação entre dados alfanuméricos (dados de tabelas ou planilhas) com dados gráficos
(localização na imagem), relação típica dos softwares de SIG.
A próxima fase é definir as cores para cada “shape”, isto é, cada camada de pontos. Essas
camadas fazem respectiva referência às categorias de ocorrência. Uma vez escolhidas as cores, o
procedimento seguinte consiste na confecção do layout. Escala cartográfica, legenda, quadrícula,
rosa dos ventos e demais detalhes - especialidade da Cartografia - são implementados no layout. Em
virtude de todo trabalho meticuloso e profissional realizado no QGIS, o mapa seguinte é obtido
como resultado:
Figura 2: Exemplo de mapa de localização das ocorrências
Os mesmos dados dispostos como planilha/tabela que serviram de base a fim de gerar esse
mapa, ainda se tornam elementos também basilares para produzir a estatística demonstrada
mediante 2 (dois) gráficos. Esses são apresentados na página da DGV-UFRRJ pelo endereço
eletrônico http://institucional.ufrrj.br/dgv/, onde o usuário clica sobre o menu “Ocorrências” e
acessa os produtos finais do projeto, escopo deste artigo.
Tal acesso à página eletrônica apresenta primeiramente o gráfico plurianual ao usuário do
site, de tal modo que é proporcionada uma análise de comparação entre as diversas categorias de
ocorrência ao longo dos anos, desde 2011 até o ano de 2016. Além disso, quando se seleciona o
menu específico referente apenas a 1 (um) dos anos no site, três links são enumerados para o
usuário: descrição, localização e gráfico das ocorrências.
Figura 3: Exemplo de gráfico plurianualdas ocorrências Figura 4: Exemplo de gráfico das categorias de ocorrência
A ênfase das análises possíveis que se desdobram a partir dos produtos finais e parciais do
projeto “UFRRJ CONTRA A VIOLÊNCIA: Distribuição da Violência no Campus Seropédica, RJ”,
não está nos detalhes técnicos, muito embora os mesmos sejam substanciais. Mesmo assim, sua
essência reside nos objetivos de otimização do patrulhamento e monitoramento do campus, tanto
quanto na concretização da informação relacionada aos atos criminosos. Esse projeto é, portanto,
diferenciado e objetivo.
Philipe Rodrigo
Graduando de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica – UFRRJ
Aluno orientado do projeto “UFRRJ Contra a Violência: Distribuição da Violência no Campus Seropédica, RJ”
(21) 99180 2780

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Segurança UFRRJ mapeia violência campus

  • 1. A segurança no campus Seropédica é tópico relevante para todos os servidores, alunos e professores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Tendo em vista tal relevância, delibera-se que um projeto efetuando estatística, descrição e localização das ocorrências no campus se mostra necessário. Há potencial para alcançar metas eficazes através de um projeto assim. Nesse sentido, a Divisão de Guarda e Vigilância (DGV) da universidade, aponta que a visualização precisa e transparente de todas as ocorrências anuais torna concreto o conhecimento sobre a realidade da violência no campus. “Muito se fala sobre os crimes no campus, alguns deles são alardeados e outros desprezadamente esquecidos. Entretanto, é fundamental sabermos o que de fato se efetiva ao longo do território no âmbito da violência”. É a realidade que se apresenta. Em função dessa ideia na busca de consolidar tanto o panorama quanto também o detalhamento das ocorrências que configuram crime no campus, o projeto “UFRRJ CONTRA A VIOLÊNCIA: Distribuição da Violência no Campus Seropédica, RJ”, consiste em uma análise estatística e cartográfica da violência. Seu objetivo prático e efetivo é “implantar câmeras de monitoramento nos locais de maior concentração de delitos, bem como aumentar o patrulhamento nesses locais”. Para proporcionar acurácia na obtenção das referidas localizações, o procedimento de análise é desempenhado com máxima atenção e imparcialidade. Começa-se com a captação das denúncias que são classificas de acordo com a legislação penal e são resumidas, demonstrando-se o tipo de crime que ocorreu. De posse dessa classificação, um aluno responsável pelo apoio técnico, orientado pela professora Dra. Alessandra Carreiro Baptista, docente do curso de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica, realiza o lançamento das descrições em certa planilha geral. Essa então é desmembrada em outras planilhas específicas para cada categoria de ocorrência (crime). Vale destacar que as denúncias são àquelas registradas no Livro de Ocorrência da DGV e somente são catalogadas as ocorrências definidas na lei como crime, desprezando-se as infrações administrativas, bem como as contravenções penais. Porém, os atos infracionais cometidos por menores são catalogados como crime quando a lei assim os define. Figura 1: Exemplo de planilhas agrupadas por categoria de ocorrência Observe que a primeira coluna da planilha acima se refere aos locais. Esses, além de serem mencionados em bom português, têm suas respectivas coordenadas geográficas coletadas em um software livre de Sistema de Informação Geográfica (SIG). Apesar de gratuito, o software de nome QGIS não é menosprezado entre cartógrafos e agrimensores, pois suas funcionalidades são suficientemente úteis e popularizadas perante tais profissionais. Ruth Mariani Venturini, graduanda de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica, orientada fundadora das atividades técnicas de apoio nesse projeto, explica que “a fim de possibilitar a
  • 2. captura de coordenadas precisas, uma ortofoto do IBGE, contendo imagem com vista aérea do campus Seropédica foi importada para o QGIS”. Após a obtenção dessa base cartográfica mostrada na figura 2, torna-se possível a coleta de coordenadas. Capturadas então, todas as coordenadas são registradas em colunas adjacentes à esquerda da coluna “local”. Enfim, as planilhas referentes cada qual a sua categoria de ocorrência, são convertidas para a extensão “csv”, haja vista que esse formato de arquivo é adequadamente aceito durante a importação do mesmo ao QGIS. Uma nova conversão acontece depois de importadas as planilhas: elas são agora salvadas como extensão “shp”, o chamado “shape” (tipo de arquivo vetorial usual nos softwares de SIG). O “shape” proporciona a visualização gráfica das coordenadas como feição do tipo “ponto”. Os pontos com acurácia cartográfica são espalhados ao longo da ortofoto do campus Seropédica. Tais pontos possuem ainda uma tabela de atributos (frases, datas, etc.) correspondentes aos títulos e células das colunas que estavam nas planilhas importadas. Pode-se perceber nessa etapa a forte correlação entre dados alfanuméricos (dados de tabelas ou planilhas) com dados gráficos (localização na imagem), relação típica dos softwares de SIG. A próxima fase é definir as cores para cada “shape”, isto é, cada camada de pontos. Essas camadas fazem respectiva referência às categorias de ocorrência. Uma vez escolhidas as cores, o procedimento seguinte consiste na confecção do layout. Escala cartográfica, legenda, quadrícula, rosa dos ventos e demais detalhes - especialidade da Cartografia - são implementados no layout. Em virtude de todo trabalho meticuloso e profissional realizado no QGIS, o mapa seguinte é obtido como resultado: Figura 2: Exemplo de mapa de localização das ocorrências
  • 3. Os mesmos dados dispostos como planilha/tabela que serviram de base a fim de gerar esse mapa, ainda se tornam elementos também basilares para produzir a estatística demonstrada mediante 2 (dois) gráficos. Esses são apresentados na página da DGV-UFRRJ pelo endereço eletrônico http://institucional.ufrrj.br/dgv/, onde o usuário clica sobre o menu “Ocorrências” e acessa os produtos finais do projeto, escopo deste artigo. Tal acesso à página eletrônica apresenta primeiramente o gráfico plurianual ao usuário do site, de tal modo que é proporcionada uma análise de comparação entre as diversas categorias de ocorrência ao longo dos anos, desde 2011 até o ano de 2016. Além disso, quando se seleciona o menu específico referente apenas a 1 (um) dos anos no site, três links são enumerados para o usuário: descrição, localização e gráfico das ocorrências. Figura 3: Exemplo de gráfico plurianualdas ocorrências Figura 4: Exemplo de gráfico das categorias de ocorrência A ênfase das análises possíveis que se desdobram a partir dos produtos finais e parciais do projeto “UFRRJ CONTRA A VIOLÊNCIA: Distribuição da Violência no Campus Seropédica, RJ”, não está nos detalhes técnicos, muito embora os mesmos sejam substanciais. Mesmo assim, sua essência reside nos objetivos de otimização do patrulhamento e monitoramento do campus, tanto quanto na concretização da informação relacionada aos atos criminosos. Esse projeto é, portanto, diferenciado e objetivo. Philipe Rodrigo Graduando de Engenharia de Agrimensura e Cartográfica – UFRRJ Aluno orientado do projeto “UFRRJ Contra a Violência: Distribuição da Violência no Campus Seropédica, RJ” (21) 99180 2780