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i
SISTEMA DE INFORMAÇÕES PARA USUÁRIOS DA REDE DE TRANSPORTE PÚBLICO
ATRAVÉS DE MÚLTIPLOS CANAIS
Renato Oliveira Arbex
Projeto de Graduação apresentado ao Curso
de Engenharia Civil da Escola Politécnica,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, como
parte dos requisitos necessários à obtenção
do título de Engenheiro.
Orientadora: Prof.ª Eva Vider
Rio de Janeiro
Janeiro de 2012
ii
SISTEMA DE INFORMAÇÕES PARA USUÁRIOS DA REDE DE TRANSPORTE PÚBLICO
ATRAVÉS DE MÚLTIPLOS CANAIS
Renato Oliveira Arbex
PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE
ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO
GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL.
Examinado por:
________________________________________
Prof.ª Eva Vider
________________________________________
Prof. Carlos David Nassi
________________________________________
Prof. Paulo Cezar Martins Ribeiro
RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL
JANEIRO DE 2012
iii
Arbex, Renato Oliveira
Sistema de Informações para Usuários da Rede de
Transporte Público através de Múltiplos Canais. / Renato Oliveira
Arbex. – Rio de Janeiro: UFRJ / Escola Politécnica, 2012.
VI, 178 p.: il.; 29,7 cm.
Orientadora: Prof.ª Eva Vider
Projeto de Graduação – UFRJ / Escola Politécnica / Curso
de Engenharia Civil, 2012.
Referências bibliográficas: p. 164-169.
1. Sistemas de Transportes 2. Transporte Urbano 3.
Transporte Público 4. Informação ao Usuário
I. Vider, Eva. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Escola Politécnica, Curso de Engenharia Civil. III. Título
iv
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte dos
requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.
Sistema de Informações para Usuários da Rede de Transporte Público
através de Múltiplos Canais
Renato Oliveira Arbex
Janeiro/2012
Orientadora: Prof.ª Eva Vider
Curso: Engenharia Civil
A questão da informação de qualidade ao usuário do sistema de transportes público de uma
grande cidade é de extrema importância para a eficiência da rede metropolitana de
transportes. Neste sentido, este trabalho se propõe a fazer um apanhado e análise das
práticas correntes neste tópico em cidades selecionadas do Brasil e do Mundo.
Juntamente com a realização de uma pesquisa com estudantes da Escola Politécnica da
UFRJ e entrevistas no aeroporto Santos Dumont, a avaliação das práticas adotadas pelas
cidades na questão da informação propiciou a elaboração de uma proposta dos itens que
devem constar em um projeto de sistema de informação ao usuário no transporte público
por ônibus.
Palavras-chave: Sistemas de Transporte, Transporte Urbano, Transporte Público, Serviços
de Ônibus, Sistemas de Informação ao Usuário.
v
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Civil Engineer.
Passenger Information System for the Users of the Public Transport Network
through Multiple Channels
Renato Oliveira Arbex
January/2012
Advisor: Prof. Eva Vider
Course: Civil Enginnering
The issue of a good information to the public transit user in a large city is extremely important
to the efficiency of the metropolitan transport network. Thus, this study proposes to make an
overview and analysis of current practices in this topic in selected cities of Brazil and the
world.
Together with the completion of a survey with students at the engineering course from
Federal University of Rio de Janeiro, and interviews at the Santos Dumont airport, the
evaluation of practices adopted by cities led to the development of a proposal of features to
be included in a bus passanger information system project
Keywords: Transportation Systems, Urban Transportation, Public Transportation, Bus
Services, Passenger Information Systems.
vi
Índice
1 - Definição do Problema................................................................................................1
2 - Rio de Janeiro – Sistema de Informação ao Usuário Atual da Cidade.........................5
3 - Pesquisas de Campo na cidade do Rio de Janeiro ................................................... 14
3.1 - Pesquisa com alunos de Engenharia da Escola Politécnica .................................. 14
3.2 - Entrevista com Usuários do Aeroporto Santos Dumont ......................................... 28
4 - Pesquisa das “Melhores Práticas” em Sistemas de Informação ao Usuário .............. 31
4.1 - Cidades Nacionais................................................................................................. 34
4.1.1 - Curitiba........................................................................................................... 34
4.1.2 - Belo Horizonte................................................................................................ 41
4.1.3 - Brasília ........................................................................................................... 52
4.1.4 - São Paulo....................................................................................................... 59
4.2 - Cidades Internacionais .......................................................................................... 77
4.2.1 - Cingapura....................................................................................................... 77
4.2.2 - Hong Kong ..................................................................................................... 88
4.2.3 - Londres ........................................................................................................ 100
4.2.4 - Paris............................................................................................................. 114
4.2.5 - Nova Iorque.................................................................................................. 126
4.3 - Análise da Qualidade dos Sistemas de Informação............................................. 136
5 - Proposta de um Sistema de Informação ao Usuário em Múltiplos Canais............... 140
5.1 - Internet ................................................................................................................ 144
5.2 - Ponto de ônibus................................................................................................... 146
5.3 - Parte Externa do Ônibus...................................................................................... 154
5.4 - Parte Interna do Ônibus....................................................................................... 156
5.5 - Integrações.......................................................................................................... 159
5.6 - Celular................................................................................................................. 160
6 - Conclusões e Recomendações............................................................................... 162
7 - Referências Bibliográficas....................................................................................... 164
Índice de Figuras..................................................................................................................167
1
1 - Definição do Problema
Recentemente o Rio de Janeiro foi escolhido a sede das Olimpíadas de 2016, assim como
uma das cidades sedes da Copa do Mundo de 2014. Sendo o destino turístico internacional
mais procurado do Brasil, aliado a estes grandes eventos que a cidade realizará, a questão
do transporte público de qualidade e eficiente é de extrema importância. Sendo também
uma grande vitrine do país tanto no cenário internacional como nacional, esta questão
ganha ainda mais destaque.
Dentro do conceito de transporte público eficiente e confiável, a questão da informação ao
usuário é bastante valiosa na medida em que para todos os trajetos e viagens diversas
perguntas devem ser respondidas: onde se localiza o ponto de ônibus, estação de metrô ou
de outro modal que me levará ao destino? Qual linha devo utilizar para chegar ao meu
destino? Quanto tempo o veículo levará para chegar ao local onde espero, e em seguida,
quanto tempo de viagem será necessário? Onde será o desembarque mais próximo do
destino? Como chegar ao destino final?
As respostas a estas perguntas normalmente os moradores já possuem para seus trajetos
rotineiros. Entretanto, para outras demandas de transporte, como visitar amigos, viagens por
motivo de lazer e saúde, conhecer um novo local da cidade ou um shopping levantam estas
questões. Além disso, e principalmente, para turistas estas perguntas são recorrentes na
medida em que não conhecem a cidade e precisam destas informações para chegar aos
pontos turísticos.
O conceito principal em que se trabalha é da rede de mobilidade urbana. Dentro este
aspecto, a questão das integrações e da visibilidade das possibilidades de trajetos através
dos diversos modos é de extrema importância para a eficiência da rede. Para este projeto
especificamente, dado que 33% de todas as viagens da região metropolitana do Rio de
Janeiro são realizadas através dos ônibus, conforme dados do Plano Diretor de Transportes
Urbanos de 2003, este modal será escolhido como principal foco.
2
Tabela 1 - Viagens realizadas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, divididas por modo
principal.
Fonte: PDTU 2003
Além disso, o ônibus possui uma quantidade muito maior de itinerários e uma
permeabilidade no tecido urbano que outros modos de transporte público não possuem. Sua
flexibilidade de rotas na cidade possibilita a criação de inúmeros serviços com
características diferenciadas, tanto na questão de atendimento, como qualidade do serviço,
tipo de serviço, tarifa, entre outros. Levando em conta essa abrangência e grande número
de possibilidades, a questão de um bom sistema de informação para o ônibus mostra-se
importante para o devido aproveitamento da oferta de serviços pelos usuários.
A questão a informação ao usuário está muito atrelada à expansão da rede de transportes
metropolitana de grande capacidade, a saber: as expansões do metrô e das novas linhas de
BRT do Rio de Janeiro. Para qualquer cidade, na verdade, uma expansão das
possibilidades de deslocamentos e das integrações possíveis deve ser bem informada à
população para que o benefício possa ser realmente atingido. Desta forma, no caso do Rio
de Janeiro, este item ganha importância contínua devido às atuais obras e constantes
mudanças no cenário do transporte público da cidade.
Como bom exemplo da questão da rede de mobilidade e sua informação, um trabalho
recentemente desenvolvido por Pedro Paulo de Souza, orientado pela professora Eva Vider,
da Escola Politécnica da UFRJ, traduz bem a questão da necessidade da informação da
rede futura de transportes urbanos de alta capacidade da cidade do Rio de Janeiro. Foi
desenvolvido um mapa esquemático, assim como um mapa geográfico, informando as
linhas de alta capacidade da cidade, assim como os futuros BRTs, com as estações
devidamente nomeadas e as integrações destacadas.
3
Figura 1 - Esquema da Rede Metropolitana de Transporte Público em 2016 conforme mapa mobiRio.
Fonte: Pedro Paulo Silva de Souza / Eva Vider.
Destacando a questão da rede de transportes, quanto mais claras estão as possibilidades
de integrações e deslocamentos, mais eficiente se torna a rede de transporte público. Não é
incomum acontecer de um usuário, por desconhecimento, pegar um ônibus por um tempo e
depois descobrir que este não serve ao seu destino, ou que poderia realizar outro trajeto
muito mais eficiente. Além disso, o próprio tempo que usuários que perguntam ao motorista
no ponto se o itinerário serve ao seu destino pode ser utilizado para diminuir o tempo de
viagem total e aumentar a eficiência do transporte público por ônibus.
Inclusive surge a questão, será que a questão da escolha do modo de transporte pelos
turistas e mesmo por moradores para viagens não habituais também não está relacionada
com a dificuldade de se locomover através de ônibus na cidade? De fato, conforme pode ser
verificado através de pesquisa de campo, foi relatado por pessoas entrevistadas que a
escolha do modal táxi em algumas situações foi induzida pela dificuldade da obtenção de
informações para a realização do trajeto.
4
Destaque negativo especial obtido como resultado da pesquisa é a atual situação da
informação dos trajetos de ônibus nas proximidades da Rodoviária Novo Rio. Principalmente
devido ao desconhecimento da região e à insegurança, muitos optam pelo táxi. Um sistema
eficiente de orientação específico para a Rodoviária poderia solucionar este problema. Por
também não circularem na região com frequência, os próprios moradores da cidade também
possuem dificuldades nas proximidades da rodoviária para a orientação quanto aos destinos
da cidade.
Atualmente, conforme também verificado através de pesquisas, muitos usuários perguntam
para familiares, amigos e conhecidos, assim como ao motorista e ao cobrador dos ônibus
para a obtenção de informações. Entretanto, quando pensamos em atrair os turistas,
principalmente os estrangeiros, para a utilização do transporte público da cidade, esta saída
não é mais possível já que ocorre o problema da língua falada, ainda mais quanto este
turista necessita de muitas informações: como chegar ao hotel, como se locomover aos
pontos turísticos, entre outros.
Inicialmente teremos a apresentação da situação atual do Rio de Janeiro, seguindo com as
pesquisas de Campo para a cidade, depois a pesquisa e análise das melhores práticas em
sistema de sinalização ao usuário, concluindo com a proposta de um sistema de informação.
Vale ressaltar que neste trabalho a ideia da observação das práticas das cidades tem como
foco não a questão do design, mas sim a questão de quais informações os engenheiros de
transporte devem extrair de suas bases de dados e informar à população e aos usuários. A
questão do design e qualidade gráfica, tamanho e tipologia são de extrema importância,
porém pertence aos estudos de design e marketing. Assim, quais informações são
importantes para que o usuário confie no sistema e o adote como preferencial? A questão
da informação ao passageiro deve ser um diferencial do sistema, e não um mais um item
repelente que afaste usuários para o transporte individual.
Serão apresentados ao final do trabalho alguns exemplos ilustrativos, que não devem ser
vistos como final de aplicação, já que não foram trabalhadas as questões do design e da
tipologia. São exemplos apresentados para a plena visualização de certas ideias e
propostas de painéis de informação.
5
2 - Rio de Janeiro – Sistema de Informação ao Usuário Atual da Cidade
O Rio de Janeiro é a segunda maior metrópole do Brasil, com aproximadamente 6,3 milhões
de habitantes na capital e 12 milhões na região metropolitana. É a cidade brasileira mais
conhecida no exterior, sendo também a maior rota do turismo internacional no Brasil. Já
tendo sediado os jogos Pan-Americanos de 2007, recentemente foi escolhida como cidade
sede dos jogos Olímpicos de 2016. Também é uma das cidades sede da Copa do Mundo de
2014, além de outros importantes eventos.
Com relação ao sistema de transporte público por ônibus, que é operado por empresas
privadas, possui sobreposição de linhas, concorrência direta e indireta com os transportes
de massa, trem e metrô, assim como uma forte carência de possibilidades de integrações
entre os modos. Devido a esta própria falta de planejamento da rede de ônibus do município
e da sobreposição de linhas e de seu grande número, o próprio processo de informação ao
usuário se torna mais complexo e difícil.
De qualquer forma, serão apresentados alguns canais de informação que os usuários
dispõem para informações sobre o sistema. Inicialmente as informações disponibilizadas
nos sites, em seguida nos pontos, seguindo com as informações nos ônibus e então para a
conclusão.
De uma forma geral, o que é observado na prática no Rio de Janeiro, é a ocorrência de
muitas perguntas e dúvidas dos passageiros, que acabam confirmando com o motorista,
com o cobrador e mesmo com outros passageiros se o ônibus está indo para tal ponto final,
se passa por determinado lugar ou se passa por certa via ou bairro. A existência de uma
informação simples, clara, padronizada e abrangente na cidade reduziria estas dúvidas,
assim como seria um fator importante para a atração de novos usuários e cativação de
usuários do sistema, assim como aumento da utilização pelos turistas.
Os operadores privados, representados pela Fetranspor, Federação das Empresas de
Ônibus de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro, disponibilizam um site específico, o Vá
de Ônibus. Este site possibilita a realização de buscar por trajetos ou a pesquisa pelo
número da linha. A pesquisa por rota exige a entrada de um endereço de origem e um de
destino, informando então até 5 linhas que podem ser utilizadas para a realização do trajeto.
São mostrados seus trajetos em um mapa e outras informações, como o endereço do ponto
e a tarifa.
6
Figura 2 - Site da Fetranspor para informações sobre trajetos. Fonte: www.vadeonibus.com.br
Este site é um elemento importante para a informação do usuário, embora possam serem
feitas algumas ressalvas, como por exemplo a limitação de 5 linhas, já que às vezes pela
lógica do sistema para um determinado trajeto muito mais de 5 linhas possa ser uma opção,
cabendo ao usuário escolher a que mais lhe convém. Outra questão a ser levantada é o fato
de que este site ainda não está adaptado às novas mudanças no sistema ocasionadas pela
alternância de pontos gerada pelo conceito do BRS, criado pela Prefeitura do Rio, que
promoveu um escalonamento das linhas nos diversos pontos dos bairros de Copacabana e,
mais recentemente, em Ipanema e Leblon. O sistema também será expandido para outras
áreas da cidade como Centro e Zona Norte.
A pesquisa direta pelo número da linha informa o itinerário por escrito da linha e a
possibilidade de visualizar os trajetos de ida e volta no mapa.
Cabe ressaltar que, ao contrário das outras cidades, no Rio de Janeiro não são
disponibilizados os horários dos ônibus, nem nos sites informativos nem nos pontos. Este é
um item importante para o usuário, pois muitas vezes ônibus com intervalos muito longos
7
causam tempos de espera pelo veículo elevados, sendo um item de repulsa ao transporte
público, já que afeta diretamente na confiabilidade da viagem e do sistema.
No Rio de Janeiro também está disponível o serviço de buscas de itinerários pelo serviço do
Google Transit. A soma deste canal com o site do Vá de Ônibus constituem um bom
conjunto de ferramentas para informação online. Entretanto, se a informação for necessária
na rua, para uma mudança de destino ou mesmo para confirmações, constitui-se um
problema.
Figura 3 - Pesquisa de trajetos pelo Google Transit para o Rio de Janeiro. Fonte:
www.maps.google.com.br
Com relação à informação nos pontos de ônibus, estes podem ser classificados em quatro
tipos: ponto do tipo BRS, pontos com informação na zona sul, pontos apenas com os
números das linhas e, que constitui a maior parte, são os pontos que se configuram apenas
pelo abrigo ou mesmo só a placa.
8
O primeiro tipo de ponto comentado, BRS, segue um modelo padronizado constituído para o
novo sistema. Uma placa com o número do BRS e o nome da rua mais próxima,
identificando o ponto. Um painel com as linhas e sua vista, informando pontos finais e
iniciais, um mapa dos arredores informando a localização dos pontos BRS, e as linhas que
passam naquele ponto e nos pontos BRS próximos.
Figura 4 - Esquema geral de informações nos novos pontos modelo BRS. Fonte:
www.fetranspor.com.br/brs
Em comparação com o que existe atualmente no resto da cidade, esta iniciativa de
informação é de grande importância para a população. A própria organização da informação
de maneira estruturada é importante para a identidade visual do sistema e orientação dos
usuários. Já comparando com outras frentes de informação das grandes cidades
pesquisadas, algumas perguntas seguem:
 Através deste modelo para onde vão os ônibus, em que bairros passam? Como ir
deste local para outro local específico, como um shopping ou pontos turísticos, como
o Maracanã ou o Cristo Redentor, por exemplo? Quais ônibus vão pelos diferentes
corredores, como Aterro ou Túnel Santa Bárbara, ou seja, onde está a identificação
das vias importantes destas rotas?
9
Com relação ao BRS, a Fetranspor disponibiliza um site específico com mais informações
sobre o sistema, com mapa dos pontos, como identificar as linhas, os ônibus e os pontos.
Neste site podem ser vistos também esquemas gerais para Copacabana e Leblon. No site
da Fetranspor é possível baixar pdfs com os mapas e a lista de linhas por ponto de BRS. No
site também é possível obter uma lista das linhas do município e sua nova numeração, em
função da reestruturação que sofreu o sistema com a introdução da operação por
consórcios.
No site do Rioônibus, sindicato das empresas que atuam especificamente na cidade do Rio
de Janeiro, que é pertencente também à Fetranspor, também é possível verificar estas
informações sobre o BRS e a nova numeração das linhas, assim como um link para o
serviço do Vá de Ônibus.
Figura 5 - Site informativo específico para o novo sistema BRS. Fonte: www.fetranspor.com.br/brs
10
O segundo grupo de ponto, são alguns pontos localizados na zona Sul da cidade, a mais
nobre, em vias importantes como Praia do Flamengo, entre outras. É um painel dupla face
que informa as linhas que passam no local, seus pontos iniciais e finais, assim como o seu
trajeto de forma resumida.
Figura 6 - Painéis informativos nos pontos da Zona Sul.
O terceiro grupo é dos pontos que possuem apenas algumas placas com os números das
linhas que passam pelo ponto. É uma informação fraca para turistas e para moradores que
não têm o costume de utilizar o sistema. Além disso, até mesmo para moradores que
precisam ir para outros locais em que não estão habituados. Na foto abaixo, quais os bairros
por onde estes ônibus passam? Quais vias importantes (além da única indicada)? Pontos
finais? Apenas a informação do número não é suficiente para uma orientação do
passageiro.
11
Figura 7 - Placas indicando o ponto em um ponto de ônibus no Maracanã, indicando uma única via do
itinerário. Em outras áreas da cidade, as placas informam apenas o número, sem informar o detalhe
da via que ele passa.
Por último, o quarto grupo de pontos, que é a maior parte dos pontos de ônibus no resto da
cidade, e inclusive em diversas vias da zona Sul, como no exemplo da foto, é apenas a
placa indicativa de ponto de ônibus.
Figura 8 - Ponto de ônibus básico padrão na cidade do Rio de Janeiro. Placa afixada em um poste.
Fonte: Street View www.maps.google.com.br
12
Com relação às informações disponibilizadas nos veículos, a frota do Rio de Janeiro está
realmente mais avançada neste quesito que as cidades pesquisadas. Grande parte da frota
é equipada com displays digitais para informação não só do destino final, mas também de
bairros do trajeto e avenidas importantes, assim como pontos de referência. Segue abaixo
fotos de dois exemplos de tipos de configuração de displays existentes nas linhas da cidade.
Figura 9 - Vista eletrônica e outros painéis eletrônicos instalados nos veículos.
Na foto à esquerda, o painel presente acima da informação da tarifa passa os diversos
pontos de referência ao longo do trajeto, assim como avenidas importantes. Na foto da
direita o painel logo abaixo da vista informava ruas importantes do trajeto, e o terceiro painel
abaixo informava pontos de referência do itinerário.
Dentro do ônibus, contudo, a falta de informações sobre o trajeto e os pontos é existente. Ao
contrário das outras cidades pesquisadas no mundo não existe divulgação da informação
dos próximos pontos e do trajeto em geral. Foi verificado, no entanto, a recente instalação
de painéis digitais também no interior de duas linhas, que informam o número do ônibus e o
ponto final. Poderia ser utilizado para informar os próximos pontos e mais detalhes do
trajeto.
13
Figura 10 - Display eletrônico em uma linha da cidade, informando apenas o ponto final.
Para celulares e smartphones, não foi encontrado nenhum aplicativo oficial nas pesquisas, o
que é um item negativo, dado a crescente expansão destes dispositivos móveis.
Para o Rio de Janeiro, cabe destacar a falta de informações integradas entre os diferentes
modos de transporte. Principalmente entre ônibus e metrô e trens, que costumam ser as
integrações mais utilizadas em áreas urbanas de grandes metrópoles. O metrô fornece suas
informações e a para os ônibus a Fetranspor informa de maneira separada. Na cidade
também não existe uma tarifa integrada única entre os ônibus e o serviço de metrô.
Concluindo para a cidade do Rio de Janeiro, merecem destaques positivos a boa
disponibilidade de informações no exterior dos ônibus, a existência de um site específico
com informações de trajetos e itinerários e a nova iniciativa de informação através do BRS,
apesar das ressalvas. Destaques negativos para a ausência de informações de horários ou
frequência, não existência de painéis de informação sobre o tempo de espera do próximo
veículo, que foi observado na maioria das cidades pesquisadas.
14
3 - Pesquisas de Campo na cidade do Rio de Janeiro
3.1 - Pesquisa com alunos de Engenharia da Escola Politécnica
Além do estudo das práticas aplicadas pelas cidades, foi feita uma pesquisa para o
levantamento da situação atual da questão da informação. Uma primeira pesquisa foi
realizada através de formulário enviado aos alunos da Escola Politécnica da UFRJ. Através
de lista de e-mail institucional aberta publicamente para todos os alunos de Engenharia da
Escola, sendo as mensagens recebida por todos, tendo obtido como resultado 296
respostas no período compreendido entre o dia 24 de novembro de 2011 ao dia 30 de
novembro de 2011. Através desta pesquisa foi possível observar como se dá o processo
atual de informação para este grupo de estudantes.
Devido ao alto número de respostas, as estatísticas podem representar os estudantes de
engenharia da Escola Politécnica da UFRJ de uma forma geral. Segue abaixo a reprodução
do formulário aplicado aos estudantes através da ferramenta de e-mail institucional, tendo
em seguida os resultados obtidos e uma análise destes dados. O texto abaixo segue
conforme visto no formulário.
15
Como respostas à primeira pergunta, 87% das pessoas pesquisadas disseram andar
rotineiramente através de ônibus, enquanto que 13% relataram não utilizarem este meio de
transporte com frequência. Com estes resultados podemos notar que a utilização do
transporte público é alta entre os jovens, que é a faixa etária da pesquisa, e que ocorre uma
troca de modos de transportes expressiva após essa faixa etária, dado que, conforme dados
do PDTU de 2003, as viagens particulares em meio motorizado já representava 24%
naquele ano, contra 76% de transporte coletivo.
Tabela 2 - Ordem dos bairros com mais número de respostas obtidas na pesquisa.
16
Acima estão as respostas para os 25 bairros em que moram o maior número de estudantes
pesquisados. Destaque para a Tijuca, Barra da Tijuca e para Bairros da Zona Sul, como
Copacabana, Botafogo e Flamengo. Moradores destes bairros somam 32% do grupo
pesquisado. Embora sejam os bairros que se destacaram com o maior número de
respostas, não existem linhas diretas de ônibus que ligam os bairros da Tijuca ou da Barra à
Ilha do Fundão com regularidade. Apesar de não ser o foco do trabalho, é mais um motivo
para uma eventual escolha do modal individual para os deslocamentos.
Ordem Bairro Respostas Porcentagem
- Não moro na cidade do Rio de Janeiro 32 11%
1º Tijuca 27 9%
2º Barra da Tijuca 19 6%
3º Copacabana 19 6%
4º Botafogo 17 6%
5º Flamengo 14 5%
6º Jardim Guanabara 12 4%
7º Méier 12 4%
8º Grajaú 7 2%
9º Jardim Botânico 6 2%
10º Santa Teresa 6 2%
11º Freguesia de Jacarepaguá 5 2%
12º Leblon 5 2%
13º Maracanã 5 2%
14º Recreio dos Bandeirantes 5 2%
15º Gávea 4 1%
16º Ipanema 4 1%
17º Jacarepaguá 4 1%
18º Laranjeiras 4 1%
19º Taquara 4 1%
20º Vila Isabel 4 1%
21º Vila Valqueire 4 1%
22º Campo Grande 3 1%
23º Catete 3 1%
24º Engenho de Dentro 3 1%
25º Jardim Carioca 3 1%
17
Figura 11 - Listagem das cidades marcadas na pesquisa.
Grande parte das pessoas pesquisadas mora na cidade do Rio de Janeiro, 89%. Outras
cidades que se destacaram foi Niterói, São Gonçalo, e cidades da Baixada Fluminense.
Devido à grande dispersão dos locais de moradia verificada através da pesquisa, fica claro a
necessidade de uma boa rede de transportes servindo ao Centro de Tecnologia.
18
Esta pergunta, em conjunto com a próxima, mostram como se encontra a atual situação
sobre a questão da informação a respeito de qual itinerário deve ser utilizado para um
determinado trajeto. Possivelmente devido ao fato da população pesquisada ser jovem, com
acesso fácil à internet, grande parte se utiliza principalmente dos serviços do Google Maps
para transporte público, sendo um item escolhido por 84%.
19
Como na pergunta era possível marcar mais de um item, mas porcentagens somam mais de
100%. Analisando cada item separadamente, entretanto, o valor máximo é de 100%.
Estudantes que perguntam a familiares correspondem a 59%. 35% telefonam a amigos e
conhecidos. 22% apenas utilizam o site do Vá de Ônibus, site oficial da Fetranspor na
questão de trajetos. 20% perguntam às pessoas no ponto. 41% perguntam ao
motorista/cobrador. 6% apenas perguntam aos comerciantes locais. 20% relataram que
veriam no ponto, caso tivessem mais informações dos trajetos.
Outros 3% relataram outras soluções, com destaque para os itinerários escritos do site
rioonibus.com, que atualmente redireciona para o site do Vá de Ônibus, embora possa ser
ainda utilizado através do link direto à parte de itinerários escritos.
Como nesta pergunta a viagem teve origem na residência do usuário, a pesquisa no Google
Maps teve destaque devido à facilidade de acesso à internet em casa, assim como
informações de familiares. Apesar disso, 41% ainda relataram perguntar ao motorista e ao
cobrador para obter as informações.
20
Através desta pergunta, foram obtidas as mesmas informações sobre fontes de informação
consultada, porém, a origem do deslocamento era já na própria rua, situação que ocorre
frequentemente com turistas, saindo de um ponto turístico para ir a um restaurante, ou outro
ponto turístico, ou retornar de um ponto da cidade ao hotel. Também ocorrem com
moradores, nas mais diversas situações. Nesse ponto é que a maior parte do problema da
informação ocorre.
Como relatado pelos entrevistados, a quantidade de pessoas que se utilizam das
informações de familiares cai de 59% para 22%. Aumenta ligeiramente a quantidade que
telefonam a amigos e conhecidos, de 35% para 39%. A quantidade de pessoas que se
utilizam do Google Maps, cai fortemente, de 82% para 14%, apenas. Possivelmente devido
ao alto custo das novas tecnologias de celulares e dos preços dos planos com tráfego de
dados.
Perguntam às pessoas no ponto sobe de 20% para 68%, perguntam a alguém na rua surge
com 41%, perguntam ao motorista/cobrador sobe de 41% para 77%. Perguntam aos
comerciantes locais sobe de 6% para 34%. Veriam no ponto, sobe de 20% para 40%.
Basicamente o que se observa é a ampla utilização de troca de informações entre as
pessoas.
Conforme relatado nas entrevistas no aeroporto, foi verificado que alguns turistas disseram
tem receio e insegurança de perguntar para obter informações, com medo de receberem
21
informações erradas. Além disso, devido ao já comentado problema da língua, e ao fato de
suas necessidades de transporte serem muito variadas, ocorrendo ao longo do dia, turistas
estrangeiros possuem uma forte impedância para a utilização de ônibus em seus
deslocamentos.
Através desta e da próxima pergunta foi possível verificar o conhecimento das principais
ferramentas disponíveis on-line para pesquisas de trajetos de ônibus na cidade do Rio de
Janeiro. Com relação ao Google Maps, 56% disseram conhecer o sistema e o utilizam com
frequência. Outros 32% disseram conhecer, embora ou não utilizem ou utilizem pouco.
Apenas 7% relatou desconhecer, embora ande de ônibus com frequência. Estes resultados
mostram uma boa visibilidade deste serviço entre os usuários na faixa etária da pesquisa.
22
Esta pergunta visava analisar a visibilidade do serviço oferecido pela Fetranspor, o site
oficial da empresa para a realização de trajetos. Conforme verificado pela pesquisa, apenas
9% conhecem e utilizam o serviço com frequência. Outros 26% conhecem o site, embora
não utilizem ou utilizem pouco. 63% relataram não conhecer o site, sendo 55% usuários
frequentes de ônibus.
23
Parte de uma das cinco perguntas para quantificação, a questão acima se propôs a verificar
a nota que os usuários dão ao site do Vá de Ônibus, tendo obtido uma média de 2,89 de
5,00. Para a proposta do site existe muito espaço para melhorias, por ser um canal oficial
das empresas.
As últimas perguntas visaram quantificar, de uma forma geral, a disponibilidade e qualidade
das informações nos seguintes locais: site Vá de Ônibus, cujo resultado já fora mostrado
acima, informações nos pontos de ônibus comuns, nos pontos do tipo BRS, na parte externa
e na parte interna do ônibus.
24
Em comparação com os pontos de ônibus comuns, os pontos do tipo BRS receberam uma
nota maior, em média de 3,04 de 5,00. Apesar das informações disponibilizadas de forma
mais organizada, estão apenas os números dos ônibus, e seus pontos iniciais e finais em
uma enorme lista de difícil leitura e pouco destaque, não sendo possível obter informações
do trajeto. Outras informações importantes, como tempo necessário de espera para o
próximo ônibus não existem.
Como era esperada, a nota para a informação nos pontos de ônibus comuns teve 68% de
péssima, obtendo uma média de 1,44 de 5,00. É um dos principais pontos que precisam de
mudanças prioritárias.
A média para as informações na parte externa do ônibus ficou em 2,44 de 5,00. Conforme
será relatado no resumo dos comentários e sugestões obtidos na pesquisa, diversas
pessoas relataram que o fato da vista alterar constantemente confunde o usuário,
principalmente em rotas que passam no mesmo ponto tanto na ida como na volta, como é o
caso da linha 485, que liga a Penha à Praça General Osório passando pela Ilha do Fundão,
em ambos os sentidos.
25
No caso da informação na parte interna do ônibus, esta teve uma média bem mais baixa
que a parte externa, com apenas 1,39 de 5,00, sendo o pior resultado dos itens
pesquisados. Juntamente com os pontos de ônibus comuns, são os grandes itens que
devem ser solucionados com mais urgência para uma melhoria do sistema de informação.
Além das perguntas de resposta fixa analisadas, ao final do questionário foi proposto um
espaço para que fossem colocadas sugestões, opiniões e ideias a respeito do tema. Foram
obtidas ao todo 72 respostas neste espaço, dos mais diversos tamanhos. Todas foram
devidamente lidas e analisadas, e os itens mais recorrentes estão resumidos abaixo. Outras
sugestões, embora não listadas abaixo, serão apresentadas na parte devida do capítulo de
propostas e recomendações.
26
Reclamações:
 A utilização da vista eletrônica foi recorrentemente relatada como negativa em
alguns pontos, por exemplo, para linhas que passam no mesmo ponto tanto na ida
como na volta, por exemplo na linha 485, a exibição de pontos de referência e o
trajeto por longo tempo na vista impede a visualização do sentido que o ônibus está
seguindo, seu ponto final só é mostrado durante pouco tempo, confundindo os
usuários, que acabam por perguntar mais do que sem a sua utilização.
 Troca constante das informações da vista digital, inclusive com mensagens que não
estão relacionadas com o itinerário do ônibus, confundindo os passageiros.
 Com a mudança das pinturas dos ônibus ficou mais difícil conseguir identificar a
linha, pois anteriormente era possível a identificação da mesma pela pintura da
empresa, que era bastante peculiar para cada uma.
 Número da linha errado no interior do ônibus.
 A baixa qualidade do site do Vá de Ônibus da Fetranspor foi uma das reclamações
recorrentes recebidas.
 Falta de informações no interior do ônibus e nos pontos de ônibus foi recorrente nos
comentários.
 A falta de atualização e informações erradas nos sites de busca de trajetos também
foi motivo de reclamação.
 Indicação constante do número da linha no visor traseiro do ônibus, ao invés de
mensagens sem estarem relacionadas com a linha como “Venha de Ônibus” e “60
km/h”.
 Não há disponibilidade on-line dos trajetos dos ônibus da Baixada Fluminense, nem
nos sites oficiais Vá de Ônibus nem no Google Maps.
27
Sugestões:
 Trajetos descritos no interior dos ônibus, com um mapa parecido com o do metrô,
informando as paradas, o sentido atual do ônibus, as integrações com outros modos
de transporte e pontos de referência conhecidos.
 Anúncio dos próximos pontos no interior dos ônibus.
 Tempo de espera estimado para os ônibus no ponto ou a indicação dos horários de
cada ônibus em um painel ou tabela de horários, para ônibus com horários
específicos e menor frequência. Indicação do intervalo médio das linhas de maior
frequência.
 Lista das linhas com os itinerários e detalhes do trajeto no ponto, com indicação de
ponto inicial e final, pontos de referência do trajeto, número da linha.
 Mapas nos pontos com as paradas das linhas, diagramas nos pontos. Colocação do
mapa específico da linha no ônibus com os nomes dos pontos de parada.
 Mapa da região mostrando todos os pontos de ônibus da área, lista dos ônibus que
passam.
 Identificação dos pontos de ônibus através de nomes, uma identificação própria.
 Utilização dos letreiros inferiores à vista principal e o letreiro que fica próximo à porta
para informar detalhes do trajeto, a vista maior mostraria apenas o ponto final na
maior parte do tempo.
 Informações detalhadas em pontos de ônibus de áreas turísticas.
 Disponibilização das paradas dos ônibus a partir do ponto em que se encontra.
 Maior integração com as informações de outros meios de transporte público, como
metrô e trem.
 Aplicativos de celular para visualização dos próximos veículos da linha.
28
3.2 - Entrevista com Usuários do Aeroporto Santos Dumont
Como complementação à pesquisa realizada com os estudantes conforme relatada acima,
foram feitas diversas entrevistas a usuários do Aeroporto Santos Dumont no dia 27 de
novembro de 2011. Por permitir outras indagações, esta entrevista agregou também ao
projeto, pois foi possível obter informações gerais também de outras cidades do país, não
apenas do Rio de Janeiro. Destaque para a baixíssima qualidade do transporte público de
Brasília, item recorrentemente comentado pelos moradores desta cidade. As seguintes
perguntas, em linhas gerais, foram aplicadas aos entrevistados:
 Você andou ou anda de ônibus no Rio de Janeiro?
 Você é de que cidade?
 De uma forma geral, a falta de informações foi um fator que estimulou o uso de
outros meios de transporte, como metrô e táxi?
 Quais são as fontes de informação para saber qual a linha que deve ser utilizada
para um trajeto?
Devido à baixa amostragem perante o número de turistas da cidade, não é possível realizar
uma estatística dos resultados representando os turistas da cidade do Rio de Janeiro, pois
foram aproximadamente 20 pessoas entrevistadas. No entanto, foram obtidas diversas
informações que agregam bastante ao desenvolvimento deste projeto. Segue abaixo o
modelo de formulário utilizado nas perguntas. A seguir, serão destacados os principais
pontos da pesquisa.
29
Rio de Janeiro
Você andou/anda de ônibus aqui no Rio? ( ) Sim ( ) Não
Você mora no Rio? ( ) Sim ( ) Não
Se sim, qual bairro? _______________________________
Se não, de que cidade? _______________________________
De uma forma geral, você teve/tem dificuldades em se locomover pela cidade de ônibus?
( ) Sim. Porquê? ___________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
( ) Não. Porquê? ___________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
De uma forma geral, a falta de informações encontrada foi um fator que estimulou/a o uso de outros
meios de transporte como metrô e suas integrações ou automóvel? ( ) Sim ( ) Não
Obs: ___________________________________________________________________________
Se Morador:
Na RUA, indo para um destino diferente de seus trajetos habituais, quais as fontes de
informação consultadas para saber a(s) linha(s) necessárias no trajeto? Pode marcar mais de um
( ) Telefono a Familiares ( ) Pergunto às pessoas no ponto
( ) Telefono a amigos e conhecidos ( ) Pergunto ao motorista e/ou cobrador
( ) Pesquiso no Google Maps (celular) ( ) Pergunto aos comerciantes locais
( ) Pesquiso no site Vá de Ônibus (celular)( ) Vejo no ponto
( ) Outro:_______________________________________________________________________
Obs: ___________________________________________________________________________
Se Turista/visitante:
Nos seus deslocamentos pela cidade, como fez para se informar qual a linha que deveria pegar?
( ) Perguntei a Familiares ( ) Perguntei no local onde estava
( ) Perguntei a Amigos e conhecidos ( ) Perguntei às pessoas no ponto
( ) Pesquisei no Google Maps (computador) ( ) Perguntei ao motorista e/ou cobrador
( ) Pesquisei no Google Maps (celular) ( ) Perguntei aos comerciantes locais
( ) Pesquisei no site Vá de Ônibus ( ) Vi no ponto (ponto com informações)
( ) Perguntei à recepção do hotel
( ) Outro:_______________________________________________________________________
( ) Outro:_______________________________________________________________________
Obs.:___________________________________________________________________________
30
 Como principais itens relatados como fontes de informação quanto às linhas e
orientação em geral para o transporte público estão:
o Pergunta/telefona a amigos e conhecidos e familiares;
o Pergunta ao motorista/cobrador;
o Também foram mencionados:
o pergunto a pessoas no ponto e
o pergunto na recepção do hotel.
 A sinalização e orientação sobre trajetos dos ônibus que passam nas proximidades
da rodoviária são extremamente precárias, tendo sido inclusive motivo da escolha do
modal táxi por uma dupla de entrevistadas.
 A questão da insegurança fora recorrentemente mencionada para a escolha do
modal táxi nos deslocamentos dos visitantes entrevistados, a saber: a insegurança
na hora de perguntar para obter alguma informação, medo de receber uma
informação errada em uma cidade desconhecida, insegurança na espera do ônibus
no ponto de ônibus e no acesso ao mesmo, insegurança dentro dos ônibus, falta de
segurança na condução dos ônibus pelos motoristas da cidade.
 A complicação para saber qual o ônibus pegar foi relatado como um motivo para a
escolha do táxi ou do metrô. Para um casal de estrangeiros, a proximidade do metrô
e o não conhecimento dos trajetos de ônibus nas proximidades do bairro de estadia
foram motivos para a escolha do metrô como modal de deslocamento.
 Alguns moradores não relataram problemas de circular de ônibus, pois já conhecem
os itinerários que servem aos seus trajetos.
 Foi relatado por uma moradora também que o processo de padronização das cores
dos ônibus prejudicou saber qual o ônibus que se aproxima, item recorrente também
na pesquisa com alunos da Poli.
 Os problemas do transporte público de Brasília foram recorrentemente relatados por
diversos entrevistados, quanto à qualidade do serviço, informação, tempo de espera
e distância de caminhada aos pontos. Problemas de orientação quanto aos trajetos
também foram relatados em Salvador.
 Moradores de São Paulo entrevistados relataram utilizar o site da SPTrans para
obter informações sobre trajetos.
31
4 - Pesquisa das “Melhores Práticas” em Sistemas de Informação ao Usuário
As metodologias utilizadas neste trabalho foram a análise das práticas correntes de
informação ao usuário de diversas cidades do Brasil e do mundo, realização e análise de
pesquisa com alunos da Escola Politécnica da UFRJ e entrevistas com usuários do
aeroporto Santos Dumont. Já mostrados os anteriores, nós próximos itens serão tratados e
detalhados todos os procedimentos a respeito da análise da melhores práticas.
Análise das Melhores Práticas
A estratégia aplicada a este trabalho nesta parte foi o conceito de Benchmarking, ou seja, o
estudo das melhores práticas empregadas em um determinado campo para a melhoria da
competitividade. No caso dos sistemas de informação, o benchmarking pode ser relacionado
ao conceito de “Estado-da-arte”, já que realmente é algo em constante mutação e evolução,
principalmente com as novas tecnologias disponíveis, como internet, celulares e displays
eletrônicos.
Assim, para tal, foram escolhidas ao total dez cidades, sendo cinco no Brasil e cinco fora do
Brasil. Para as cidades internacionais, a escolha foi baseada principalmente na pontuação
de Cidade Global elaborada pela A.T. Kearney, uma empresa de consultoria de negócios e
gestão global. Este estudo se intitula “The Urban Elite – The A.T. Kearney Global Cities
Index 2010”. Para as cidades nacionais, basicamente a questão do PIB e da população,
assim como importância no cenário nacional, foram as variáveis levadas em conta para o
estudo.
Figura 12 - Índice de Cidades Globais conforme levantamento da consultoria pesquisada. Fonte:
A.T.Kearney Global Cities Index 2010
32
Desta forma, foram escolhidas as cidades de Nova Iorque, Londres, Paris, Hong Kong e
Cingapura. Chicago e Los Angeles não foram escolhidas, pois Nova Iorque já tinha sido uma
cidade norte-americana selecionada, e seus sistemas de transporte público não são tão
reconhecidos internacionalmente como as das cidades asiáticas que seguem. Tóquio não foi
escolhida, pois fora realizado uma pesquisa comparando as cidades asiáticas melhores
qualificadas no ranking, incluindo Seul, e Hong Kong e Cingapura mostraram-se melhores
estudos para a questão da informação ao usuário para o transporte público por ônibus.
Assim, serão estudadas:
 Nova Iorque
 Londres
 Paris
 Hong Kong
 Cingapura
Com relação às cidades Brasileiras, segue abaixo tabela com o valor adicionado bruto dos
serviços, que mostra a posição dos municípios na questão do PIB em geral à direita,
conforme informações do IBGE. Também na mesma página pesquisada o IBGE informa
“São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus tinham os seis
maiores PIB entre os municípios e, juntos, eram responsáveis pela geração de um quarto
das riquezas produzidas no país”.
Tabela 3 - Valor adicionado bruto dos serviços, participação relativa e posição dos municípios.
Fonte: IBGE.
33
Desta forma, foram escolhidas diretamente as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro,
Brasília, Curitiba e Belo Horizonte. Não foram escolhidas as demais cidades pelos critérios
já mencionados acima. Serão então estudadas:
 São Paulo
 Rio de Janeiro
 Brasília
 Curitiba
 Belo Horizonte
Principalmente fora do Brasil, outras cidades poderiam ter sido escolhidas para o estudo,
mas critérios como importância econômica, quantidade de turistas, visibilidade internacional
e tamanho da população também foram considerados de uma forma geral na escolha das
cidades. Para as cidades brasileiras, também seguem a mesma ideia, com os mesmos itens
acima levados em consideração de uma forma mais abrangente na escolha, itens estes que
estão também alinhados com o PIB das cidades.
Como ordem estarão primeiro as cidades brasileiras ordenadas por tamanho de cidade
crescente, a saber: Curitiba, Belo Horizonte, Brasília e São Paulo, já que o Rio de Janeiro já
foi tratado no levantamento do sistema de informações atuais da cidade. Em seguida as
cidades internacionais com Cingapura, Hong Kong, cidades asiáticas, Londres e Paris,
representantes européias, e em seguida Nova Iorque.
34
4.1 - Cidades Nacionais
4.1.1 - Curitiba
Curitiba é a oitava maior cidade do Brasil, com aproximadamente 1,7 milhões de habitantes
na cidade e 3,1 milhões na região metropolitana. É conhecida pelo seu planejamento
urbanístico e qualidade de vida, assim como cuidado com meio ambiente. Notadamente
também pelo seu sistema de transporte coletivo, que tem servido de indutor e seu
desenvolvimento urbanístico, especialmente a partir da década de 1970.
Com relação aos sistemas de transporte de Curitiba, seu sistema foi modelo para outras
cidades do mundo, através do conceito de BRT. Atualmente a nomenclatura BRT já é
utilizada englobando outros aspectos do sistema que não estão presentes em Curitiba.
Entretanto, foi nesta cidade, na década de 1970, que surgiu o conceito. São Veículos Leves
sobre Pneus (VLP) que percorrem canaletas exclusivas para linhas expressas, empregando
geralmente ônibus biarticulados, conectando os terminais integrados em várias regiões da
cidade. Em Curitiba o sistema é denominado Rede Integrada de Transporte.
No que diz respeito ao sistema de informação para o transporte público por ônibus de
Curitiba, a cidade está aquém das melhores práticas empregadas no mundo. Possui poucos
meios importantes de informação, assim como baixa qualidade e pouca visibilidade das
informações, principalmente de trajetos dos ônibus. Seguem em seguida os resultados
obtidos.
Com relação ao serviço do Google Transit, existe em outras capitais do país, Curitiba não
possui o serviço. Devido à fácil dinâmica de utilização do serviço, é um canal a menos que a
cidade conta para informação ao usuário.
As informações oficiais sobre o sistema foram obtidas no site da empresa URBS –
Urbanização de Curitiba, pertencente à Prefeitura de Curitiba. No site, na parte de
Transportes, são disponibilizadas diversas informações gerais sobre o sistema, sobre a rede
integrada de transportes, sua história, sua constituição, tipos de veículos. Para uma
dimensão do sistema seguem estatísticas recentes de 2010.
35
Figura 13 - Dados gerais do sistema de Curitiba. Fonte:
http://www.urbs.curitiba.pr.gov.br/PORTAL/rit/12_Resumo2010.png
Em específico para as informações relevantes ao dia-a-dia do usuário, estão
disponibilizados no site os horários dos ônibus, onde se pode escolher a linha e o tipo do dia
que se quer obter a informação. Além dos horários, o site possui um link que abre em uma
nova janela do navegador para a visualização dos itinerários. Este site permite a consulta de
linhas através de uma lista, em seguida colocando o trajeto em um mapa e mostrando as
ruas do trajeto. É possível obter a informação de terminais de a linha passa e quais outras
linhas se pode fazer integração.
Entretanto, este site só funcionou corretamente nas pesquisas no Internet Explorer, não
sendo funcional nos outros navegadores pesquisados, o Google Chrome e o Mozilla Firefox.
Além disso, o mapa em que é colocado o itinerário é de difícil utilização, e a interface não é
muito intuitiva. São pontos negativos para diversos usuários, dificultando a obtenção da
informação.
36
Figura 14 - Sistema online de busca por rotas. Layout e site bastante defasados em comparação com
os outros sites pesquisados. Fonte: http://urbs-web.curitiba.pr.gov.br/
Figura 15 - Parte do Mapa da Rede Integrada, com destaque para os corredores expressos. Fonte:
http://www.urbs.curitiba.pr.gov.br
37
Além destas informações, o site disponibiliza na parte de Rede Integrada um mapa para
download da rede, em alta qualidade. É possível observar o traçado dos corredores
exclusivos e do trajeto de outras linhas, de uma forma geral. É um mapa interessante para o
traçado geral dos corredores e das estações.
O site também disponibiliza pequenas páginas sobre cada Terminal da Rede Integrada, com
as linhas que fazem integração naquele terminal. No site, para fins de pesquisa, as linhas de
ônibus não são denominadas por números, e sim por nomes de bairros e pontos finais, de
uma forma geral.
Com relação às informações disponibilizadas no ponto, foi observado apenas um grande
painel geral nas paradas das áreas centrais. Este painel mostra um mapa mais detalhado
das ruas da área do entorno, com ícones indicando os pontos das diversas linhas,
codificadas ao lado. São utilizadas diversas cores para diferenciar os tipos de linhas,
interbairros, circulares ou expressas, por exemplo. Na tabela à direita estão as linhas em
seus respectivos tipos de serviço. Não existe detalhamento de itinerário ou tabela de
horários no ponto. O painel é interessante pelo mapa dos arredores, mas para informações
da rede ele se mostra pouco intuitivo e muito poluído com diversas informações. Não se
torna claro para uma informação rápida.
Figura 16 - Ponto de ônibus na área central de Curitiba. Fonte: Street View www.maps.google.com.br
38
Figura 17 - Mapa dos arredores, presente nos pontos de parada da área central de Curitiba.
Para os pontos de ônibus do tipo estação tubo, presentes nos corredores exclusivos, não
foram observadas nenhuma informação adicional a respeito do sistema, além do nome da
estação. Não é por problema de falta de espaço, já que a estação possui uma grande área
onde é possível a colocação de informações sobre o sistema.
39
Figura 18 - Estação tubo sem painéis informativos, apesar da disponibilidade de espaço. Fonte:
http://www.flickr.com/photos/leandrorodriguesdeoliveira/3832593116/lightbox/
Figura 19 - Ponto de ônibus fora da área central. Fonte: Street View www.maps.google.com.br
Acima, um exemplo de ponto de ônibus sem ser o do tipo estação tubo, também sem
informações sobre os serviços de ônibus que circulam na região, apenas com o endereço do
ponto. Também possui o espaço necessário para a colocação da informação.
Com relação aos painéis que indicam o tempo necessário para o ônibus chegar ao ponto,
conforme notícia do Paraná-Online, a URBS testará na Linha Verde (nova linha com
canaleta exclusiva do sistema RIT) um sistema de informação deste tipo. É um painel digital
instalado dentro da estação-tubo, informando a localização do ônibus na linha e o tempo de
chegada à estação.
40
Figura 20 - Painéis informando próximos veículos em estações da linha verde. Fonte:
http://imagem.band.com.br/CNT_EXT_502880.JPG
Foram pesquisadas outras iniciativas independentes, uma que é um site que permite
pesquisar um trajeto, informando qual linha das expressas deve ser utilizada, inclusive com
um mapa mais interativo, e outra é um aplicativo de celular para Android que informa os
horários das diversas linhas. São iniciativas que, assim como verificadas em São Paulo e
Brasília, mostram que existe uma maior necessidade de divulgação das informações a
respeito dos trajetos, horários e serviços da rede de transportes.
Com relação ao ônibus em si, em sua área externa possui um display digital, informando o
destino final, porém também foram encontrados nas pesquisas ônibus sem a vista digital.
Figura 21 - Ônibus em Curitiba - um único painel digital. Fonte: http://www.fabiocampana.com.br/wp-
content/uploads/2010/08/onibus-curitiba.jpg
Em resumo, em Curitiba foi verificado uma falta de informações mais detalhadas para as
linhas, parte não coberta pelo mapa da RIT presente no site e em alguns pontos das áreas
centrais. A falta de informações sobre itinerários e horários nos pontos também foi um dos
itens que merecem destaque. A ausência de informações em estações Tubo, referências do
sistema, também é um ponto importante a ser destacado.
41
4.1.2 - Belo Horizonte
Belo Horizonte é a sexta maior cidade em população do país, com pouco mais de 2,3
milhões de habitantes. A cidade tem o quinto maior PIB entre os municípios brasileiros. É
nacionalmente conhecida e exerce grande influência no âmbito nacional, tanto do ponto de
vista cultura, econômico e político. Belo Horizonte foi uma das primeiras cidades brasileiras
planejadas, sendo uma malha perpendicular de diversas ruas cortadas por avenidas em
diagonal. A avenida do Contorno delimita o perímetro da cidade originalmente planejada.
Com relação ao sistema de transporte público por ônibus, este está sob responsabilidade da
BHTrans, que gere o sistema. São aproximadamente 300 linhas de ônibus, 3.000 veículos
na frota, em 4 consórcios de operação. A idade média da frota é de 3,92 anos, dados
conforme BHTrans.
Relativo ao item sistema de informação ao usuário para o ônibus a cidade de Belo Horizonte
se destaca positivamente no âmbito nacional, oferendo um serviço de informação melhor
que diversas outras metrópoles do país. Pioneiramente possui atualmente em testes alguns
dispositivos de informação de grande relevância para os usuários.
Inicialmente serão apresentadas as informações disponibilizadas no site institucional da
BHTrans e disponibilidade do serviço do Google Maps, em seguida as informações no ponto
de ônibus e as informações no veículo em si, tanto externa como internamente.
No site institucional, existe um site específico para usuários de ônibus. As informações
fornecidas pelo site estão na aba à direita, a saber: quadro de horários dos ônibus,
itinerários dos ônibus e um link para o serviço do Google Transit.
42
Figura 22 - Portal da BHTrans com informações sobre os ônibus. Fonte:
http://www.bhtrans.pbh.gov.br
Abaixo segue a representação das informações no site para o quadro de horários e o
itinerário de uma linha. Para obtermos esta informação é necessário informar o número da
linha. Para fazer pesquisas, o site fornece um link direto para o serviço do Google Transit,
que está disponível para a cidade de Belo Horizonte.
43
Figura 23 - Informações disponibilizadas no site para uma linha pesquisada. Fonte:
http://www.bhtrans.pbh.gov.br
44
Figura 24 - Pesquisa de Rotas pelo Google Transit para Belo Horizonte. Fonte:
www.maps.google.com.br
Com relação às informações no ponto de ônibus e nos veículos, Belo Horizonte se destaca
das cidades brasileiras. Abaixo segue uma imagem de um veículo embarcando um
passageiro em um ponto de ônibus da área central. Um totem principal, à esquerda, indica o
nome do ponto e as linhas que param nele. Adicionalmente, diversos pontos da área central
possuem painéis específicos com o mapa esquemático das linhas e os quadros de horários,
assim como os itinerários das linhas. Nessa imagem também é possível verificar a
informação no veículo: número da rota em grande formato, vista eletrônica e principais vias
do itinerário em grande formato na lateral do veículo.
45
Figura 25 - Ponto de ônibus na região central de Belo Horizonte. Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:BH_MinasCentro.JPG
De acordo com informações oficiais da BHTrans, são 230 abrigos do centro que contam
com informações aos passageiros. São os painéis com os mapas esquemáticos com os
principais pontos de interesse a partir do ponto de parada, um quadro de frequência por
faixa horária e o itinerário resumido da linha. Esta disponibilização de informações aos
passageiros faz parte do projeto Infoponto. O site também relata que em uma pesquisa
realizada com passageiros nos pontos já contemplados com esse projeto apontou um índice
de aprovação de 96% em relação a essa iniciativa.
46
Figura 26 - Painel do Infoponto na parada de ônibus. Fonte:
http://www.logann.com.br/content/produtos_infoponto
Figura 27 - Diagrama das linhas partindo da parada de ônibus. Fonte:
http://www.logann.com.br/content/produtos_infoponto
47
Conforme pode ser analisado neste esquema, a ideia é a mesma que foi aplicada em
Londres. Um diagrama esquemático com as linhas em diferentes cores, indicando os
principais pontos de parada, com uma camada de bairros indicativa da localização do
itinerário na cidade como um todo.
Figura 28 - Indicação dos intervalos e itinerários resumidos das linhas. Fonte:
http://www.logann.com.br/content/produtos_infoponto
Esquema presente nos pontos indicando o quadro de horários e os itinerários resumidos.
Abaixo segue um modelo conforme a empresa que forneceu o serviço. O ponto deste
modelo foi verificado em um ponto da área central, entretanto, para outros pontos foram
aplicados pequenos painéis em formato A4 com as informações. Conforme site da BHTrans:
“Com o Infoponto, o cidadão, que estiver em um Ponto de Embarque e Desembarque (PED)
do sistema de transporte coletivo por ônibus na cidade de Belo Horizonte e não é usuário
regular das linhas daquele ponto, visualizará as informações necessárias para chegar ao
ponto de referência da cidade desejado (centros de compras, faculdades, escolas, centros
culturais, praças, parques, dentre outros), daquele ponto em diante.”
“São apresentados ao usuário, em cada mapa esquemático localizado nos abrigos dos
pontos de ônibus (PEDs), os limites geográficos da área central, os bairros, o trajeto das
linhas e os pontos de parada que foram cadastrados como referência. O Mapa Esquemático
48
contém ainda os pontos notáveis ao longo do trajeto da linha ou próximo do ponto de parada
e os meios de acesso para atendimento ao usuário (central telefônica, internet e postos de
atendimento). O Mapa é afixado no PED que abriga paradas.”
Figura 29 - Modelo de uma parada pelo Infoponto. Fonte:
http://www.logann.com.br/content/produtos_infoponto
Figura 30 - Ponto com painéis no formato A4 apenas. Fonte:
http://transportforbh.blogspot.com/2009/05/informacoes-dentro-e-fora-do-onibus.html
49
Ainda com relação às informações disponibilizadas no ponto, nas pesquisas foram
observados que um primeiro modelo de informação sobre tempo estimado de chegada foi
aplicado para a cidade, utilizando painéis de mensagens variáveis. Mais recentemente,
conforme reportagem do dia 11/10/2011 do programa Bom Dia Brasil, a cidade está com 20
novos totens para informar o tempo de espera dos veículos que servem um determinado
ponto.
Figura 31 - Painel informando os próximos veículos no ponto. Fonte: http://www.bhtrans.pbh.gov.br
Figura 32 - Outro sistema em teste na cidade que informa o tempo de espera pelos veículos. Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/43/Bhsitbus.jpg
50
Figura 33 - Detalhe da tela do sistema. Fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/10/mg-
sistema-avisa-quanto-tempo-falta-para-onibus-chegar-ao-ponto.html
Com relação ao interior do veículo, a mesma reportagem mostrou uma iniciativa excelente
em termos de informação ao usuário. A utilização de displays que mostram as próximas
paradas dos veículos. Além de mostrarem as próximas paradas, o sistema também anuncia
a mesma, inclusive informando pontos de referência. É uma excelente forma de informar
sobre a viagem, fazendo com que o passageiro se sinta mais seguro quanto ao local onde
deva saltar.
Figura 34 - Sistema de Belo Horizonte com TV no interior do ônibus especificamente para informar os
passageiros sobre o trajeto. Fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/10/mg-sistema-
avisa-quanto-tempo-falta-para-onibus-chegar-ao-ponto.html
51
Figura 35 - Informações sobre a rota na área central dentro do veículo. Fonte:
http://transportforbh.blogspot.com/2009/05/informacoes-dentro-e-fora-do-onibus.html
Também no interior do veículo, na parte superior próximo à janela, são colocados mapas
dos itinerários dos ônibus na área central, conforme imagem acima. São indicados os
pontos de referência, itinerário de ida e volta, pontos de parada e outras informações como
número da linha e ponto inicial e final.
Com relação a programas para smartphones, a BHTrans não fornece nenhum produto
específico, porém, foi encontrado um programa independente com as informações sobre
horários e itinerários dos ônibus da cidade, porém sem a devida divulgação.
Assim, de uma forma geral, Belo Horizonte possui sistemas de informação aos usuários de
aplicação prática, com destaque para os totens informativos de tempo de chegada dos
veículos, o sistema de próxima parada dos ônibus com anúncios das mesmas, os mapas
esquemáticos nos pontos. Pontos negativos foram os canais do site, que não são de fácil
utilização, e não permitem realizar buscas por trajetos. De qualquer forma, o próprio site
direciona para a pesquisa pelo Google Transit, e com as informações no ponto e nos
veículos, o usuário pode se orientar mais facilmente pelo sistema.
52
4.1.3 - Brasília
Brasília é a quarta cidade mais populosa do Brasil, com 2,5 milhões de habitantes, e é a
terceira maior cidade no ranking de PIB do país. Mais importante, contudo, é o fato de ser a
capital do Brasil, sede do Distrito Federal. A cidade possui assim extrema importância no
cenário nacional e internacional, sendo a sede dos poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário brasileiros.
Com relação ao sistema de transporte, o plano urbanístico da capital, conhecido como
“Plano Piloto”, acabou privilegiando as viagens por automóvel, devido à grande extensão
das quadras e da aplicação de avenidas largas e extensas. Desta forma, não é de se
estranhar que a frota já tenha chegado a 1,2 milhões de veículos no Distrito Federal. Estes
dados mostram uma taxa de motorização de 480, uma das maiores do Brasil para um
estado.
No que diz respeito ao transporte público em Brasília, ele é operado pela DFTrans –
Transporte Urbano do Distrito Federal – que é uma autarquia criada em 1992. Dentre as
funções da DFTrans estão, conforme site oficial e entre outras atribuições, questão:
“Informar usuários sobre os serviços” e “Projetar e implantar, abrigos e pontos de parada”.
Sobre estes pontos de parada mencionados, no site oficial da DFTrans existe uma página
específica para eles. Segue uma classificação inusitada para os mesmos existente no site:
“Os pontos de parada são classificados por apresentarem ou não infraestrutura, pontos que
não apresentam infraestrutura estão subdivididos em":
“Habitual - pontos que não possuem qualquer indicativo ao ponto, mas que por motivo de
hábito tornou-se um ponto de parada;
Placa - pontos de parada que possuem apenas uma placa indicativa do ponto de parada.
Abrigo - pontos de parada que apresentam uma infraestrutura.”
Desta forma, a própria empresa responsável pela instalação das placas e abrigos mantém
estatística de mais de 100 pontos de ônibus sem nenhum indicativo de ponto para a cidade
de Brasília, que é utilizado pela população pelo hábito. São ao total para a cidade de Brasília
19% dos pontos de ônibus sem nenhuma indicação de tal serviço.
53
Tabela 4 - Distribuição dos pontos de parada na região de Brasília.
Fonte: http://www.dftrans.df.gov.br/
Ou seja, 19% dos pontos utilizados pelo sistema nem sequer são percebidos pela população
visitante, ou mesmo moradores que estejam circulando em outras áreas da cidade, como
locais onde pode ser utilizado o serviço de ônibus. Considerando todos os 3.376 pontos
levantados, são 16% sem indicação alguma de parada.
Com relação à questão da informação sobre os serviços em si, como horários e itinerários,
mapas em geral, não foi encontrado no site oficial nenhum link para estes dados. Entretanto,
através da pesquisa no site Google diretamente, foi possível conhecer que o endereço
www.horarios.dftrans.df.gov.br existe e fornece informações sobre o sistema, embora sem
comparação quanto ao nível de qualidade gráfica, volume de informações e facilidade de
pesquisa como em outros sites institucionais pesquisados.
54
Figura 36 - Pesquisa de informações no site da DFTrans. Fonte: http://www.horarios.dftrans.df.gov.br/
Acima segue reprodução do site em questão. Pode ser feita pesquisa pelo número da linha
ou pela origem ou destino do ônibus. É uma forma de pesquisa muito incompleta, pois um
turista, por exemplo, não saberia pesquisar qual o número da linha que ele precisa (é
exatamente esta uma das informações que ele busca), nem mesmo a questão da origem ou
destino, pois esta pesquisa está associada aos pontos iniciais e finais dos ônibus, que
dificilmente serão exatamente os locais escolhidos.
Feitas as ressalvas, segue o resultado parcial da pesquisa para local UNB, que é a
Universidade de Brasília, para título de teste. Abaixo seguem também o formato que é
descrito os horários de saída dos terminais e as informações que são fornecidas sobre o
itinerário para uma linha.
Figura 37 - Listagem dos resultados para pesquisa por "UNB". Fonte: www.horarios.dftrans.df.gov.br
55
Figura 38 - Quadro de horários informado para a linha no site. Fonte: www.horarios.dftrans.df.gov.br
Figura 39 - Itinerário descrito no detalhamento da linha no mesmo site. Fonte:
www.horarios.dftrans.df.gov.br
Estas foram as informações obtidas para o site oficial, valendo a ressalva de que o link
direto para a pesquisa pelo número do ônibus e origem/destino não estão no site oficial.
Observa-se que, comparativamente às cidades modelo na questão da informação ao
usuário, Brasília, sendo a capital do país e de visibilidade no âmbito da política internacional,
está muito aquém das melhores práticas.
56
Conforme pesquisado, também não se dispõe de serviços do Google Transit para Brasília,
não sendo possível então obter as rotas de transporte público através do mesmo.
Com relação aos pontos de ônibus, foi observado, conforme a própria planilha acima da
DFTrans, os pontos de ônibus em Brasília não possuem quaisquer informações a respeito
dos serviços de transporte oferecidos. Segue abaixo fotos de pontos de ônibus na cidade,
aqueles com abrigos: novamente a questão da informação ao usuário em Brasília está
relegada a outro plano.
Figura 40 - Ponto de ônibus em Brasília. Fonte: http://vicosacidadeaberta.blogspot.com/2011/10/esta-
faltando-um-ponto-de-onibus-aqui.html
57
Figura 41 - Ponto de ônibus em Brasília. Fonte: http://noteurbane.com/it/photos-nearby/school-cef-07-
de-brasilia-brasilia-sgan-912
Abaixo segue então um ônibus da cidade, mostrando visor digital, informando o número da
linha e o ponto final, sendo o número da linha com uma cor diferenciada. Outro pequeno
painel eletrônico próximo à porta também informa o mesmo destino.
Figura 42 - Ônibus na cidade de Brasília com painel eletrônico. Fonte:
http://onibusrmtca.blogspot.com/2009/12/brasilia-transporte-coletivo-vai-ganhar.html
58
Juntando este quadro, explica-se a iniciativa de um blog, intitulado “Onde? e Quando? Ele
vai passar?” que foi pesquisado. São vários posts de várias linhas de Brasília com o
itinerário, os horários, e, inclusive, um mapa do Google Maps informando o itinerário do
ônibus. No site foi verificada uma aba estimulando e explicando como adicionar rotas no
serviço do google maps e postá-las no blog. Claramente está a necessidade e vontade da
população de conhecer bem seus serviços de transporte. Segue informação do blog com o
mapa para a linha 370.1:
Figura 43 - Blog com informações dos itinerários e horários. Fonte:
http://quandoeondevaipassar.blogspot.com
Em resumo, como estimular o transporte público, item tão falado nos noticiários, se nem é
possível saber como utilizá-lo para um visitante ir de um hotel a um ponto turístico? Como
continuar o passeio e ir deste ponto turístico a um shopping? Estimula-se então o transporte
individual, com perda de demanda, que causa uma redução nos horários dos serviços
disponibilizados, constituindo uma cadeia de eventos com realimentação negativa.
59
4.1.4 - São Paulo
São Paulo é a cidade mais populosa do Brasil, quarta maior região metropolitana do mundo,
com aproximadamente 20 milhões de habitantes. É o principal centro financeiro, corporativo
e mercantil da América Latina. É a cidade brasileira que exerce maior influência no cenário
internacional. O município possui o 10º maior PIB do mundo. Também possui também
grande importância em produção científica, educação e cultura.
Dada a sua grande importância, seu sistema de transporte coletivo deveria também poder
se orgulhar de excelentes estatísticas no cenário nacional. Entretanto, a situação do
transporte em São Paulo é complicada, conforme dados da pesquisa IBOPE 2008 sobre a
opinião do trânsito e transporte do paulistano:
Figura 44 - Pesquisa IBOPE sobre transportes na capital paulista. Fonte:
http://sponibus.files.wordpress.com/2008/06/pesquisa-opiniao-ibope1.jpg
Conforme relatado na pesquisa, 85% dos entrevistados estão totalmente insatisfeitos com o
trânsito, 61% com o tempo médio de espera nos pontos de ônibus, entre outros problemas e
situações relatadas na pesquisa. Desta forma, também não é de se estranhar que a questão
da informação ao usuário em São Paulo não é tratada como um fator importante para o
turismo e atrator de usuários para o sistema. Esta é uma situação que merece uma grande
60
mudança para que a cidade possa se orgulhar de fornecer um excelente serviço à sua
população e aos turistas.
De acordo com informações da SPTrans, empresa responsável pela gestão e planejamento
do sistema, são aproximadamente 15 mil veículos na frota da cidade e 1.348 linhas. Em
2010, os subsistemas estrutural e local somados transportaram pouco menos de 3 bilhões
de passageiros. São aproximadamente 19 mil paradas de ônibus, demarcadas por um totem
ou cobertura. O sistema é composto por diversos terminais e corredores de ônibus.
Relativo às informações aos usuários em si, foco deste trabalho, primeiramente serão
apresentadas as fornecidas pelo site oficial da SPTrans, em seguida pelas informações
existentes nos pontos, nos veículos e para concluir serão apresentados sites independentes
de informação do sistema.
Figura 45 - Informações do site da SPTrans. Fonte: www.sptrans.com.br
61
No site oficial da SPTrans, a pesquisa é bem direta. Logo na primeira página do site já é
possível pesquisar um trajeto, pesquisar por uma linha de ônibus ou pesquisar por locais.
Os dois primeiros tipos de pesquisa são relativos aos ônibus. Na pesquisa por trajeto, o site
permite uma busca avançada, definindo distância de caminhada, utilizar ou não o metrô e
trem na pesquisa, e outras variáveis. Basicamente é possível pesquisar informando um
endereço, um cruzamento ou um ponto de interesse. A lista destes pontos de interesse é
extensa, conforme imagem.
Figura 46 - Pesquisa por trajetos, linha ou local no site. Fonte: www.sptrans.com.br
Figura 47 Tipos de instalações onde se pode partir ou chegar uma pesquisa. Fonte:
www.sptrans.com.br
Depois de informado os dados solicitados, o site fornece um resultado de busca com tempo
estimado de viagem, preço, mapa do trajeto, indicação do endereço do ponto de parada,
eventuais transferências, notícias do trajeto, local de embarque e desembarque. Pode ser
solicitado a informação de linhas alternativas possíveis ou o detalhe e horário da linha.
62
Figura 48 - Resultados da busca por trajeto na cidade de São Paulo pelo site da SPTrans. Fonte:
www.sptrans.com.br
As informações detalhadas das linhas fornecidas pelo site da SPTrans seguem abaixo. São
informados os letreiros de ida e volta, início e término da operação, número de partidas por
hora, tempo médio de percurso para a linha e o itinerário, inclusive com o itinerário de
numeração das ruas.
Figura 49 - Disponibilização de informações bem detalhadas sobre as linhas em São Paulo. Fonte:
www.sptrans.com.br
63
O outro tipo de pesquisa é por número de linha. Abaixo segue um exemplo de pesquisa para
a numeração 177. São informadas todas as linhas que possuem essa combinação de
números. Ao lado segue o detalhe do trajeto no mapa do Google para a linha 177Y.
Também podem ser obtidas as informações acima para a linha clicando no link para
detalhamento da linha.
Figura 50 - Resultado de pesquisa por linha. Fonte: www.sptrans.com.br
Além do site, o Google Transit também está disponível para a cidade de São Paulo.
Recentemente, em julho de 2011, a nova versão do Google Maps para Android agora avisa
quando descer do trem ou do ônibus. O aplicativo inclui instruções de parada para
transporte público. O dispositivo se utiliza das informações do GPS para informar em que
ponto o usuário deve descer.
64
Figura 51 - Resultado de busca por trajeto no Google Transit em São Paulo. Fonte:
www.maps.google.com.br
Essencialmente são estas as informações fornecidas pelo site da SPTrans. O mecanismo
de pesquisa é eficiente e claro, as informações da linha são detalhadas e o método de
pesquisa por linha permite verificar o trajeto no Google Maps. Em comparação com outras
cidades, este mecanismo atende bem, de forma rápida, as demandas de informação para
trajetos na cidade. Entretanto, caso a informação seja necessária na rua, entram os
problemas da falta de informação nos pontos de São Paulo.
Inicialmente, com relação aos corredores de ônibus da cidade, estes possuem as seguintes
informações no ponto: identidade visual das parradas do corredor, com indicação do nome
da parada e sentido do embarque, assim como o endereço. Na espera, apenas um painel
fornece informações do sistema. Um mapa dos arredores, com a indicação de ruas
próximas, e um mapa do corredor, indicando linearmente as paradas. As informações das
linhas que param no ponto seguem abaixo, com a diferenciação das linhas que param em
cada uma das plataformas da estação do corredor.
65
Figura 52 - Informações nos corredores de ônibus em São Paulo.
Figura 53 - Ônibus e entrada do corredor em São Paulo. Fonte:
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=868724
São informações insuficientes para deslocamentos na cidade. Qual linha passa pela avenida
Paulista? Qual linha deixa no metrô da linha azul? Qual linha até um shopping específico?
66
Apesar da operação de mais de vinte linhas no ponto, a questão da informação mais
completa é muito importante para a eficiência da rede e da boa prestação do serviço à
população e aos turistas. Como São Paulo é uma cidade espraiada e muito extensa, para
alguns destinos apenas a informação do bairro final do ônibus não ajuda para saber seu
trajeto, ao contrário de uma cidade como o Rio de Janeiro.
Estação Estados Unidos do corredor da Avenida Nove de Julho. Sobra espaço para informar
sobre os serviços.
Figura 54 - Parada Estados Unidos do Corredor de Ônibus da Av. 9 de Julho em São Paulo.
Nos corredores está informado também, através de painéis eletrônicos, o tempo de espera
para os próximos veículos. Entretanto, este recurso não é confiável, já que são recorrentes
as reclamações sobre o serviço e falhas. Conforme noticiado recentemente pelo G1, em 18
de julho de 2011:
“Relatório do Tribunal de Contas do Município (TCM) de São Paulo aponta que 65% das
linhas de ônibus da capital descumprem os horários de partidas. Em 2008, a SPTrans
começou a instalar painéis nos terminais e corredores de ônibus para informar aos
passageiros sobre o horário de chegada e a localização dos veículos, o projeto “Olho
Vivo”. Entretanto, alguns corredores de ônibus não contam com os painéis de informação.
Em outros, o horário mostrado nos painéis não coincide com as partidas dos coletivos".
67
Figura 55 - Sistema que informa os próximos ônibus no ponto.
Infelizmente uma medida que seria muito útil à população não foi bem implementada,
gerando diversos problemas recorrentes.
Figura 56 - Notícias diversas sobre mau funcionamento dos painéis, conforme pesquisa no G1. Fonte:
www.g1.com.br
Com relação aos pontos de ônibus, a situação atual é complicada. Entretanto, conforme
notícia do G1 em 19 de outubro de 2011, o prefeito da cidade sancionou lei que autoriza
concessão de mobiliário urbano. A empresa pagará para ter direito de administrar relógios e
pontos de ônibus.
68
“O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, sancionou nesta quarta-feira (19) a lei 14.465,
que autoriza a Prefeitura de São Paulo a abrir licitação para escolha da empresa ou
consórcio de empresas que vai administrar a publicidade nos relógios de rua e pontos de
ônibus na cidade de São Paulo.”
“O texto sancionado prevê, além da recuperação e manutenção do mobiliário urbano já
existente na capital, a instalação de mais mil relógios digitais e de até 16 mil pontos de
parada de ônibus, abrigos e painéis eletrônicos.”
Segue abaixo a foto de um ponto de ônibus localizado na Avenida Brigadeiro Luís Antônio,
em área nobre da cidade no bairro dos Jardins, próximo à Avenida Paulista. Abaixo seguem
mais fotos de diversos pontos de ônibus para a cidade de São Paulo. Inicialmente uma
imagem com três tipos diferentes de totens adotados pela SPTrans para a indicação de
ponto de ônibus. Sem qualquer tipo de informação.
Figura 57 - Ponto de ônibus bastante degradado em área nobre de São Paulo.
Logo à direita na foto as informações que são disponibilizadas são os números das linhas
que passam no ponto e o ponto final respectivo. Até mesmo para moradores, não é
suficiente para saber mais detalhes se as linhas atendem ou não suas demandas de
transporte.
69
Figura 58 - Diversos tipos de mobiliário urbano para paradas de ônibus em São Paulo.
Figura 59 - Outra parada de ônibus degradada em próximo ao Parque do Ibirapuera, área nobre da
cidade.
70
Figura 60 - Pontos de ônibus na Avenida Paulista, ponto turístico e importante avenida da cidade.
Sem informações.
Acima, ponto de ônibus em plena avenida Paulista. Quatro abrigos, sem qualquer tipo de
informação ao usuário. Sendo uma avenida central e muito importante no cenário turístico
da cidade, informar sobre os serviços de ônibus é muito importante para ajudar a reverter a
tendência de utilização de transporte individual.
Novamente na questão da depredação e degradação deste mobiliário, chegou a tal ponto
que já foi notícia no portal da Folha, importante jornal do país:
Figura 61 - Fotos do jornal Folha de São Paulo também mostrando a degradação deste tipo de
mobiliário urbano na capital. Fonte: www.folha.com.br
71
E reportagem veiculada no site da Bandeirantes (band.com.br) do dia 28 de março de 2011:
“Além de enfrentar a lotação e o mau humor de motoristas e cobradores, os paulistanos que
usam o transporte coletivo precisam esperar o ônibus debaixo de chuva ou sol forte. Das 19
mil paradas existentes na cidade, só 7 mil possuem cobertura, segundo a SPTrans. Desses,
4.000 contam com assentos para que os usuários possam aguardar sentados.”
“Além de quase dois terços (63%) dos pontos não terem abrigo, os equipamentos sofrem
com a falta de manutenção. Muitos estão pichados e sujos. E entre os cobertos, muitos
estão com o teto danificado.”
Como podem ser verificados pelas imagens, os pontos de ônibus da cidade de São Paulo
são uma referência negativa para grandes metrópoles. Sem padronização, sem informação,
degradados, mal cuidados e sem manutenção. Até mesmo em áreas centrais e nobres.
Em contraste, o metrô de São Paulo fornece um excelente serviço de informação ao
usuário.
Figura 62 - Painel de Informações na linha 4 do Metrô de São Paulo. Em todas as estações do metrô
estão dispostas diversas informações importantes ao usuário.
72
Com relação às informações no veículo em si, existem, porém, estão aquém do esperado
para uma metrópole do tamanho de São Paulo. Abaixo segue a foto da frente de um ônibus
na cidade: painel eletrônico para a vista, detalhe de avenidas importantes do itinerário
afixado logo abaixo, e uma placa padrão na frente do ônibus indicando número da linha, cor
da área de operação e principais logradouros da rota.
Na foto seguinte está o painel que fixa na lateral do veículo, ao lado da escada de
embarque. Informa As principais vias da rota, os pontos iniciais e finais e número da linha.
Este esquema linear é a maior referência da rota.
Figura 63 - Informações na parte frontal do veículo.
Figura 64 - Informações na lateral do veículo próximo à porta de entrada.
73
Figura 65 - À esquerda, painéis afixados acima do cobrador com as ruas do itinerário. Fonte:
http://urbanistas.com.br/sp/2008/08/20/putz-sera-que-perdi-o-busao/
Na imagem acima, no canto superior esquerdo e na esquerda, estão os painéis que ficam
afixados acima do cobrador, indicando as ruas e avenidas do itinerário com mais detalhes. A
localização e o tamanho das letras não ajudam para avaliar a informação mais
detalhadamente.
Para São Paulo existem também alguns sites independentes que informam sobre serviços
de transporte por ônibus, com destaque para o toape.com.br, o cruzalinhas.com e o
onilinhas.com.br. O primeiro possui todas as linhas de ônibus, com informações sobre o
itinerário e todos os pontos de parada ao clicarmos em uma rota. O segundo tem o
diferencial de mostrar todos os itinerários que passam nas proximidades de um ponto
escolhido, ou mesmo indicar todas as rotas que passam por dois pontos, ligando-os. O
terceiro mostra opções de rota para uma origem e um destino informados no mapa.
74
Figura 66 - Site independente TôaPé com informações sobre itinerários e paradas. Fonte:
www.toape.com.br
Na pesquisa abaixo para o site Cruzalinhas estão no mapa todas as linhas que servem às
proximidades da PUC-SP. Uma excelente ferramenta que este tipo de serviço fornece é um
diagnóstico da rede de itinerários: por exemplo para o caso em questão, não existe uma
linha que corta transversalmente a região nas proximidades.
75
Figura 67 - Site independente Cruzalinhas, que coloca no mapa todas as rotas das proximidades de
um ponto marcado no mapa. Fonte: www.cruzalinhas.com.br
Figura 68 - Site Independente OniLinhas que permite realização de buscas entre dois pontos no
mapa informando as rotas possíveis. Fonte: www.onilinhas.com.br
76
Estes três sites mostram novamente como a questão da informação é importante para o
usuário do sistema. O maior problema para os sites independentes é a questão da
atualização da informação, que está sempre concentrada no órgão responsável. Entretanto,
apesar de serem pouco conhecidos, são iniciativas importantes para agregar no número de
canais de informação disponíveis.
Em resumo, São Paulo apresenta um bom sistema de informação ao usuário on-line, com
um sistema de pesquisa de trajetos funcional e pesquisa por linhas permitindo conhecer
detalhes da operação de cada linha. O maior problema para a informação em São Paulo é a
questão da informação no ponto de ônibus em si, que no geral revelou uma situação de
degradação do mobiliário urbano. A informação no interior do veículo também é bem
reduzida.
77
4.2 - Cidades Internacionais
4.2.1 - Cingapura
Cingapura é uma cidade-estado insular localizada no extremo sul da península malaia e ao
norte da Indonésia. Possui aproximadamente 5 milhões de habitantes e uma das mais
desenvolvidas economias da Ásia, sendo conhecida como um dos Tigres Asiáticos. Possui
um índice de desenvolvimento humano bastante elevado, assim como um alto padrão de
vida. É também uma das mais caras cidades para se viver na Ásia.
No que diz respeito ao sistema de transporte urbano na cidade, é reconhecido por 80% dos
seus habitantes como eficiente e bem-integrado, oferecendo escolhas adequadas, conforme
pesquisa da Land Transportation Authority (LTA) do país, que é a responsável pelo
planejamento do sistema. Esta pesquisa também mostrou que 70% concorda que o sistema
é de classe mundial, indo ao encontro de suas expectativas, e está bem posicionado com a
necessidade de transporte para o futuro de Cingapura. A pesquisa também mostrou que os
habitantes estão satisfeitos com o sistema de transporte público, o MRT (metrô), LRT (metrô
leve), ônibus e serviços de táxi, em termos de conveniência, acessibilidade, ganho em
tempo de viagem, confiabilidade e conforto.
Com relação ao sistema de ônibus, ele é operado basicamente por duas empresas, a SBS
Transit e a SMRT Corporation, além de operarem linhas de metrô, metrô leve, táxis, serviços
shuttle, e outros serviços. Com relação especificamente já ao sistema de informação ao
usuário, Cingapura atua em diversas frentes de informação, tanto pelo lado do governo
como pelo lado das empresas na parte privada.
Inicialmente serão apresentadas as ferramentas on-line disponíveis, os meios de informação
pelo celular, informação no ponto de ônibus e outros guias de uma forma geral. Cingapura
de uma forma geral se destaca pela vasta informação on-line prestada tanto pelas duas
principais empresas operadoras como pelo site institucional do governo. Notou-se um bom
apelo pelo lado do Marketing, com diferentes serviços e identidades. Segue abaixo o site do
PublicTransport@SG, que é disponibilizado pela Land Transportation Authority (LTA) que é
responsável pelo planejamento do sistema.
78
Figura 69 - Site Institucional para transporte público da Land Transport Authority. Fonte:
www.publictransport.sg
Este site especificamente possui diversas frentes de informação. É um site dedicado do
organismo gestor para a questão do transporte público, seu marketing e informação ao
usuário. À esquerda temos uma parte específica de informação para diferentes tipos de
usuários, um serviço de planejamento de rotas, mecanismo para cálculo de tarifas,
programas para celulares e smartphones, mapa da rede principal de ônibus de diferentes
bairros, e informações sobre o serviço Premium. Seguem informações sobre o serviço para
celulares:
79
Figura 70 - Aplicativo para iPhone da LTA My Transport SG. Fonte: www.publictransport.sg
A LTA fornece o serviço MyTransport.SG para celulares com informações de forma
integrada, tanto de transporte público, ônibus, metrô/metrô leve táxis, trânsito, câmeras e
outros. Especificamente:
 Serviços de ônibus: Procura e localiza pontos de ônibus próximos e os números das
linhas servidas. Também é possível verificar em tempo real os horários de parada
dos ônibus nos pontos, assim como detalhes da rota.
 MRT/LRT: Procura e localiza estações próximas. Permite a visualização dos mapas
das redes do MRT/LRT e mostra o número de paradas necessárias para alcançar o
seu destino.
 Táxi: rápida ligação para todas as cooperativas de táxi também como ligação para o
serviço de táxi comum da LTA. Permite também verificar tarifas antes de chamar um
táxi.
 Planejamento de Viagem: saiba como chegar entre dois pontos de transporte
público.
 Premium Buses: permite a localização de serviços de Premium Buses (serviços
especiais com ônibus tipo rodoviários que só permitem passageiros sentados e
utilizam as rodovias). Permite também ver detalhes das rotas, o quadro de horários e
as tarifas.
 Além disso, este aplicativo possui diversas informações para motoristas, como
disponibilidade de vagas de estacionamento, câmeras de trânsito ao longo da
cidade, notícias relativas ao trânsito, localização de incidentes das rodovias pelo
google maps; lista e disponibilidade das estações com Park and Ride em Cingapura
(estações com estacionamento integrado).
80
Outra iniciativa muito eficiente fornecida pelo site é o mecanismo de busca Getting Around:
ele permite a procura por ruas, códigos postais, edifícios, assim como pesquisas por linhas
de ônibus; estações de MTR/LRT e estações terminais de ônibus. A pesquisa por rotas de
ônibus mostra o itinerário no mapa, assim como as estações servidas pela rota. A própria
pesquisa pelo mapa permite clicar em um ponto de ônibus que será listado o código do
ponto, o nome do ponto, o endereço do mesmo, assim como as rotas que servem este
ponto.
Figura 71 - Site específico para pesquisa de itinerários e trajetos. Fonte: www.publictransport.sg
É importante destacar que Cingapura tem essa base de dados aplicada: todos os pontos de
ônibus possuem um código, um nome, e seu respectivo endereço. No referido mapa, ao
clicarmos em uma rota após selecionarmos um ponto específico, é fornecida a informação
da rota na imagem seguinte:
81
Figura 72 - Informações detalhadas das rotas. Fonte: www.publictransport.sg
Estas informações estão também disponíveis nos pontos de ônibus, conforme será
apresentado posteriormente. Neste diagrama temos em destaque o número da linha, o seu
destino, ao lado a frequência do ônibus, esta em pico ou fora do pico; primeiro e último
ônibus. Abaixo, estão listadas: o nome das principais avenidas do itinerário, a distância em
média percorrida no trajeto e o nome do ponto servido. Este é um diagrama simples e direto
que contém as informações necessárias para o usuário.
Além desses informativos, o site dispõe do mapa Key Bus service map, que fornece um
diagrama das principais linhas que atendem certa região da cidade. Segue abaixo uma parte
desde diagrama, dado seu tamanho. Este diagrama está presente em 76 pontos de ônibus
nas áreas centrais, de acordo com a LTA.
82
Figura 73 - Diagrama esquemático das rotas de ônibus de uma região. Fonte: www.publictransport.sg
Pode ser verificado que o diagrama, apesar de muitas linhas na avenida principal, é bem
diagramado e mostra os principais pontos da cidade, incluindo shoppings, pontos de
interesse, Museus e outros equipamentos públicos. Este mapa, conforme verificado através
do serviço Street View, do Google, também está disponibilizado nos pontos de ônibus, que
será tratado em seguida.
Estas foram as informações disponibilizadas pelo site institucional. Além desse, e de grande
representatividade está o site da maior operadora, a SBS Transit, que disponibiliza uma
grande gama de informações para o usuário. Um destaque para a gestão em Cingapura é
que existem diversos serviços diferenciados através de uma marca (Premium Services, Fast
Foward, Chinatown Direct, Park Services, Nite Owl), inclusive com sites próprios e
informações dedicadas. São diversos serviços diferenciados como linhas expressas, ligação
direta nos horários de pico com um serviço de qualidade maior, entre outros. Como o foco
deste trabalho é sobre o sistema de informação, não será detalhado o marketing nem os
serviços em si.
83
Figura 74 - Site da operadora SBS Transit. Fonte: www.sbstransit.com.sg
Como pode ser verificado, o site da SBS Transit permite a pesquisa por linhas de ônibus e
seu quadro de horários, tarifas, integrações e conexões em terminais, e serviços de
planejamento de viagens: seja através da pesquisa por locais de interesse e pontos
especiais, nome da rua, número do serviço ou através de mapa. O serviço de pesquisa por
rua, por exemplo, lista todos os pontos de parada daquela via, com o nome do ponto,
número da via. Clicando no ponto em si, são apresentadas as rotas servidas naquele ponto,
que também podem ser detalhadas em seguida. Este serviço de busca é o Iris Journey
Planner.
Também foi verificado que a outra empresa operadora, a SMRT, também disponibiliza
serviços de busca de diversas formas em seu site. Foi verificado que neste site é possível
também fazer o download de guias de passeios detalhados com os ônibus que podem ser
utilizados para chegar ao destino, assim como estações de metrô próximas.
84
Figura 75 - Pesquisa de trajetos através do Google Transit. Fonte: www.maps.google.com
Ainda como um elemento de informação está a pesquisa através do serviço do Google
Transit, que se agrega às diversas funcionalidades de busca oferecidas pelos sites e nos
pontos de ônibus.
Descritas, em linhas gerais, as informações fornecidas on-line, seguem as informações que
estão localizadas nos pontos de ônibus de Cingapura. A imagem abaixo segue do Street
View localizado na Orchard Road, em frente ao Plaza Cingapura, que é um dos itens
destacados no diagrama acima, no canto superior esquerdo.
Embora os pontos de ônibus em si em Cingapura variem no mobiliário urbano, a informação
disponibilizada nos pontos se mostrou coerente e padronizada. Nem todos os pontos
verificados no google apresentaram o mapa esquemático, que estava presente nos pontos
das áreas centrais. Na imagem abaixo, no círculo vermelho, está localizado o diagrama
esquemático das principais linhas da região. Em azul, estão dispostas as informações das
rotas em específico, conforme detalhamento disposto acima. No círculo amarelo, está o
totem, este que é comum e padronizado para as paradas.
85
Figura 76 - Ponto de ônibus numa área central de Cingapura. Fonte: Street View
www.maps.google.com
Como já foram detalhados os dois primeiros itens, segue o detalhamento do totem utilizado.
Na foto abaixo, embora seja servida por apenas um serviço, permite observar como é
composta: o ícone de ônibus (já que as empresas operam também metrô e outros
sistemas); o código do ponto, o nome do ponto e as linhas que o servem.
Figura 77 - Totem padrão da cidade de Cingapura. Fonte:
http://sgforums.com/forums/1279/topics/377758?page=4
Sistema de Informação Multicanal para Usuários de Ônibus
Sistema de Informação Multicanal para Usuários de Ônibus
Sistema de Informação Multicanal para Usuários de Ônibus
Sistema de Informação Multicanal para Usuários de Ônibus
Sistema de Informação Multicanal para Usuários de Ônibus
Sistema de Informação Multicanal para Usuários de Ônibus
Sistema de Informação Multicanal para Usuários de Ônibus
Sistema de Informação Multicanal para Usuários de Ônibus
Sistema de Informação Multicanal para Usuários de Ônibus
Sistema de Informação Multicanal para Usuários de Ônibus
Sistema de Informação Multicanal para Usuários de Ônibus
Sistema de Informação Multicanal para Usuários de Ônibus
Sistema de Informação Multicanal para Usuários de Ônibus
Sistema de Informação Multicanal para Usuários de Ônibus
Sistema de Informação Multicanal para Usuários de Ônibus
Sistema de Informação Multicanal para Usuários de Ônibus
Sistema de Informação Multicanal para Usuários de Ônibus
Sistema de Informação Multicanal para Usuários de Ônibus
Sistema de Informação Multicanal para Usuários de Ônibus
Sistema de Informação Multicanal para Usuários de Ônibus
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  • 1. i SISTEMA DE INFORMAÇÕES PARA USUÁRIOS DA REDE DE TRANSPORTE PÚBLICO ATRAVÉS DE MÚLTIPLOS CANAIS Renato Oliveira Arbex Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Engenheiro. Orientadora: Prof.ª Eva Vider Rio de Janeiro Janeiro de 2012
  • 2. ii SISTEMA DE INFORMAÇÕES PARA USUÁRIOS DA REDE DE TRANSPORTE PÚBLICO ATRAVÉS DE MÚLTIPLOS CANAIS Renato Oliveira Arbex PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL. Examinado por: ________________________________________ Prof.ª Eva Vider ________________________________________ Prof. Carlos David Nassi ________________________________________ Prof. Paulo Cezar Martins Ribeiro RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL JANEIRO DE 2012
  • 3. iii Arbex, Renato Oliveira Sistema de Informações para Usuários da Rede de Transporte Público através de Múltiplos Canais. / Renato Oliveira Arbex. – Rio de Janeiro: UFRJ / Escola Politécnica, 2012. VI, 178 p.: il.; 29,7 cm. Orientadora: Prof.ª Eva Vider Projeto de Graduação – UFRJ / Escola Politécnica / Curso de Engenharia Civil, 2012. Referências bibliográficas: p. 164-169. 1. Sistemas de Transportes 2. Transporte Urbano 3. Transporte Público 4. Informação ao Usuário I. Vider, Eva. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia Civil. III. Título
  • 4. iv Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil. Sistema de Informações para Usuários da Rede de Transporte Público através de Múltiplos Canais Renato Oliveira Arbex Janeiro/2012 Orientadora: Prof.ª Eva Vider Curso: Engenharia Civil A questão da informação de qualidade ao usuário do sistema de transportes público de uma grande cidade é de extrema importância para a eficiência da rede metropolitana de transportes. Neste sentido, este trabalho se propõe a fazer um apanhado e análise das práticas correntes neste tópico em cidades selecionadas do Brasil e do Mundo. Juntamente com a realização de uma pesquisa com estudantes da Escola Politécnica da UFRJ e entrevistas no aeroporto Santos Dumont, a avaliação das práticas adotadas pelas cidades na questão da informação propiciou a elaboração de uma proposta dos itens que devem constar em um projeto de sistema de informação ao usuário no transporte público por ônibus. Palavras-chave: Sistemas de Transporte, Transporte Urbano, Transporte Público, Serviços de Ônibus, Sistemas de Informação ao Usuário.
  • 5. v Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of the requirements for the degree of Civil Engineer. Passenger Information System for the Users of the Public Transport Network through Multiple Channels Renato Oliveira Arbex January/2012 Advisor: Prof. Eva Vider Course: Civil Enginnering The issue of a good information to the public transit user in a large city is extremely important to the efficiency of the metropolitan transport network. Thus, this study proposes to make an overview and analysis of current practices in this topic in selected cities of Brazil and the world. Together with the completion of a survey with students at the engineering course from Federal University of Rio de Janeiro, and interviews at the Santos Dumont airport, the evaluation of practices adopted by cities led to the development of a proposal of features to be included in a bus passanger information system project Keywords: Transportation Systems, Urban Transportation, Public Transportation, Bus Services, Passenger Information Systems.
  • 6. vi Índice 1 - Definição do Problema................................................................................................1 2 - Rio de Janeiro – Sistema de Informação ao Usuário Atual da Cidade.........................5 3 - Pesquisas de Campo na cidade do Rio de Janeiro ................................................... 14 3.1 - Pesquisa com alunos de Engenharia da Escola Politécnica .................................. 14 3.2 - Entrevista com Usuários do Aeroporto Santos Dumont ......................................... 28 4 - Pesquisa das “Melhores Práticas” em Sistemas de Informação ao Usuário .............. 31 4.1 - Cidades Nacionais................................................................................................. 34 4.1.1 - Curitiba........................................................................................................... 34 4.1.2 - Belo Horizonte................................................................................................ 41 4.1.3 - Brasília ........................................................................................................... 52 4.1.4 - São Paulo....................................................................................................... 59 4.2 - Cidades Internacionais .......................................................................................... 77 4.2.1 - Cingapura....................................................................................................... 77 4.2.2 - Hong Kong ..................................................................................................... 88 4.2.3 - Londres ........................................................................................................ 100 4.2.4 - Paris............................................................................................................. 114 4.2.5 - Nova Iorque.................................................................................................. 126 4.3 - Análise da Qualidade dos Sistemas de Informação............................................. 136 5 - Proposta de um Sistema de Informação ao Usuário em Múltiplos Canais............... 140 5.1 - Internet ................................................................................................................ 144 5.2 - Ponto de ônibus................................................................................................... 146 5.3 - Parte Externa do Ônibus...................................................................................... 154 5.4 - Parte Interna do Ônibus....................................................................................... 156 5.5 - Integrações.......................................................................................................... 159 5.6 - Celular................................................................................................................. 160 6 - Conclusões e Recomendações............................................................................... 162 7 - Referências Bibliográficas....................................................................................... 164 Índice de Figuras..................................................................................................................167
  • 7. 1 1 - Definição do Problema Recentemente o Rio de Janeiro foi escolhido a sede das Olimpíadas de 2016, assim como uma das cidades sedes da Copa do Mundo de 2014. Sendo o destino turístico internacional mais procurado do Brasil, aliado a estes grandes eventos que a cidade realizará, a questão do transporte público de qualidade e eficiente é de extrema importância. Sendo também uma grande vitrine do país tanto no cenário internacional como nacional, esta questão ganha ainda mais destaque. Dentro do conceito de transporte público eficiente e confiável, a questão da informação ao usuário é bastante valiosa na medida em que para todos os trajetos e viagens diversas perguntas devem ser respondidas: onde se localiza o ponto de ônibus, estação de metrô ou de outro modal que me levará ao destino? Qual linha devo utilizar para chegar ao meu destino? Quanto tempo o veículo levará para chegar ao local onde espero, e em seguida, quanto tempo de viagem será necessário? Onde será o desembarque mais próximo do destino? Como chegar ao destino final? As respostas a estas perguntas normalmente os moradores já possuem para seus trajetos rotineiros. Entretanto, para outras demandas de transporte, como visitar amigos, viagens por motivo de lazer e saúde, conhecer um novo local da cidade ou um shopping levantam estas questões. Além disso, e principalmente, para turistas estas perguntas são recorrentes na medida em que não conhecem a cidade e precisam destas informações para chegar aos pontos turísticos. O conceito principal em que se trabalha é da rede de mobilidade urbana. Dentro este aspecto, a questão das integrações e da visibilidade das possibilidades de trajetos através dos diversos modos é de extrema importância para a eficiência da rede. Para este projeto especificamente, dado que 33% de todas as viagens da região metropolitana do Rio de Janeiro são realizadas através dos ônibus, conforme dados do Plano Diretor de Transportes Urbanos de 2003, este modal será escolhido como principal foco.
  • 8. 2 Tabela 1 - Viagens realizadas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, divididas por modo principal. Fonte: PDTU 2003 Além disso, o ônibus possui uma quantidade muito maior de itinerários e uma permeabilidade no tecido urbano que outros modos de transporte público não possuem. Sua flexibilidade de rotas na cidade possibilita a criação de inúmeros serviços com características diferenciadas, tanto na questão de atendimento, como qualidade do serviço, tipo de serviço, tarifa, entre outros. Levando em conta essa abrangência e grande número de possibilidades, a questão de um bom sistema de informação para o ônibus mostra-se importante para o devido aproveitamento da oferta de serviços pelos usuários. A questão a informação ao usuário está muito atrelada à expansão da rede de transportes metropolitana de grande capacidade, a saber: as expansões do metrô e das novas linhas de BRT do Rio de Janeiro. Para qualquer cidade, na verdade, uma expansão das possibilidades de deslocamentos e das integrações possíveis deve ser bem informada à população para que o benefício possa ser realmente atingido. Desta forma, no caso do Rio de Janeiro, este item ganha importância contínua devido às atuais obras e constantes mudanças no cenário do transporte público da cidade. Como bom exemplo da questão da rede de mobilidade e sua informação, um trabalho recentemente desenvolvido por Pedro Paulo de Souza, orientado pela professora Eva Vider, da Escola Politécnica da UFRJ, traduz bem a questão da necessidade da informação da rede futura de transportes urbanos de alta capacidade da cidade do Rio de Janeiro. Foi desenvolvido um mapa esquemático, assim como um mapa geográfico, informando as linhas de alta capacidade da cidade, assim como os futuros BRTs, com as estações devidamente nomeadas e as integrações destacadas.
  • 9. 3 Figura 1 - Esquema da Rede Metropolitana de Transporte Público em 2016 conforme mapa mobiRio. Fonte: Pedro Paulo Silva de Souza / Eva Vider. Destacando a questão da rede de transportes, quanto mais claras estão as possibilidades de integrações e deslocamentos, mais eficiente se torna a rede de transporte público. Não é incomum acontecer de um usuário, por desconhecimento, pegar um ônibus por um tempo e depois descobrir que este não serve ao seu destino, ou que poderia realizar outro trajeto muito mais eficiente. Além disso, o próprio tempo que usuários que perguntam ao motorista no ponto se o itinerário serve ao seu destino pode ser utilizado para diminuir o tempo de viagem total e aumentar a eficiência do transporte público por ônibus. Inclusive surge a questão, será que a questão da escolha do modo de transporte pelos turistas e mesmo por moradores para viagens não habituais também não está relacionada com a dificuldade de se locomover através de ônibus na cidade? De fato, conforme pode ser verificado através de pesquisa de campo, foi relatado por pessoas entrevistadas que a escolha do modal táxi em algumas situações foi induzida pela dificuldade da obtenção de informações para a realização do trajeto.
  • 10. 4 Destaque negativo especial obtido como resultado da pesquisa é a atual situação da informação dos trajetos de ônibus nas proximidades da Rodoviária Novo Rio. Principalmente devido ao desconhecimento da região e à insegurança, muitos optam pelo táxi. Um sistema eficiente de orientação específico para a Rodoviária poderia solucionar este problema. Por também não circularem na região com frequência, os próprios moradores da cidade também possuem dificuldades nas proximidades da rodoviária para a orientação quanto aos destinos da cidade. Atualmente, conforme também verificado através de pesquisas, muitos usuários perguntam para familiares, amigos e conhecidos, assim como ao motorista e ao cobrador dos ônibus para a obtenção de informações. Entretanto, quando pensamos em atrair os turistas, principalmente os estrangeiros, para a utilização do transporte público da cidade, esta saída não é mais possível já que ocorre o problema da língua falada, ainda mais quanto este turista necessita de muitas informações: como chegar ao hotel, como se locomover aos pontos turísticos, entre outros. Inicialmente teremos a apresentação da situação atual do Rio de Janeiro, seguindo com as pesquisas de Campo para a cidade, depois a pesquisa e análise das melhores práticas em sistema de sinalização ao usuário, concluindo com a proposta de um sistema de informação. Vale ressaltar que neste trabalho a ideia da observação das práticas das cidades tem como foco não a questão do design, mas sim a questão de quais informações os engenheiros de transporte devem extrair de suas bases de dados e informar à população e aos usuários. A questão do design e qualidade gráfica, tamanho e tipologia são de extrema importância, porém pertence aos estudos de design e marketing. Assim, quais informações são importantes para que o usuário confie no sistema e o adote como preferencial? A questão da informação ao passageiro deve ser um diferencial do sistema, e não um mais um item repelente que afaste usuários para o transporte individual. Serão apresentados ao final do trabalho alguns exemplos ilustrativos, que não devem ser vistos como final de aplicação, já que não foram trabalhadas as questões do design e da tipologia. São exemplos apresentados para a plena visualização de certas ideias e propostas de painéis de informação.
  • 11. 5 2 - Rio de Janeiro – Sistema de Informação ao Usuário Atual da Cidade O Rio de Janeiro é a segunda maior metrópole do Brasil, com aproximadamente 6,3 milhões de habitantes na capital e 12 milhões na região metropolitana. É a cidade brasileira mais conhecida no exterior, sendo também a maior rota do turismo internacional no Brasil. Já tendo sediado os jogos Pan-Americanos de 2007, recentemente foi escolhida como cidade sede dos jogos Olímpicos de 2016. Também é uma das cidades sede da Copa do Mundo de 2014, além de outros importantes eventos. Com relação ao sistema de transporte público por ônibus, que é operado por empresas privadas, possui sobreposição de linhas, concorrência direta e indireta com os transportes de massa, trem e metrô, assim como uma forte carência de possibilidades de integrações entre os modos. Devido a esta própria falta de planejamento da rede de ônibus do município e da sobreposição de linhas e de seu grande número, o próprio processo de informação ao usuário se torna mais complexo e difícil. De qualquer forma, serão apresentados alguns canais de informação que os usuários dispõem para informações sobre o sistema. Inicialmente as informações disponibilizadas nos sites, em seguida nos pontos, seguindo com as informações nos ônibus e então para a conclusão. De uma forma geral, o que é observado na prática no Rio de Janeiro, é a ocorrência de muitas perguntas e dúvidas dos passageiros, que acabam confirmando com o motorista, com o cobrador e mesmo com outros passageiros se o ônibus está indo para tal ponto final, se passa por determinado lugar ou se passa por certa via ou bairro. A existência de uma informação simples, clara, padronizada e abrangente na cidade reduziria estas dúvidas, assim como seria um fator importante para a atração de novos usuários e cativação de usuários do sistema, assim como aumento da utilização pelos turistas. Os operadores privados, representados pela Fetranspor, Federação das Empresas de Ônibus de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro, disponibilizam um site específico, o Vá de Ônibus. Este site possibilita a realização de buscar por trajetos ou a pesquisa pelo número da linha. A pesquisa por rota exige a entrada de um endereço de origem e um de destino, informando então até 5 linhas que podem ser utilizadas para a realização do trajeto. São mostrados seus trajetos em um mapa e outras informações, como o endereço do ponto e a tarifa.
  • 12. 6 Figura 2 - Site da Fetranspor para informações sobre trajetos. Fonte: www.vadeonibus.com.br Este site é um elemento importante para a informação do usuário, embora possam serem feitas algumas ressalvas, como por exemplo a limitação de 5 linhas, já que às vezes pela lógica do sistema para um determinado trajeto muito mais de 5 linhas possa ser uma opção, cabendo ao usuário escolher a que mais lhe convém. Outra questão a ser levantada é o fato de que este site ainda não está adaptado às novas mudanças no sistema ocasionadas pela alternância de pontos gerada pelo conceito do BRS, criado pela Prefeitura do Rio, que promoveu um escalonamento das linhas nos diversos pontos dos bairros de Copacabana e, mais recentemente, em Ipanema e Leblon. O sistema também será expandido para outras áreas da cidade como Centro e Zona Norte. A pesquisa direta pelo número da linha informa o itinerário por escrito da linha e a possibilidade de visualizar os trajetos de ida e volta no mapa. Cabe ressaltar que, ao contrário das outras cidades, no Rio de Janeiro não são disponibilizados os horários dos ônibus, nem nos sites informativos nem nos pontos. Este é um item importante para o usuário, pois muitas vezes ônibus com intervalos muito longos
  • 13. 7 causam tempos de espera pelo veículo elevados, sendo um item de repulsa ao transporte público, já que afeta diretamente na confiabilidade da viagem e do sistema. No Rio de Janeiro também está disponível o serviço de buscas de itinerários pelo serviço do Google Transit. A soma deste canal com o site do Vá de Ônibus constituem um bom conjunto de ferramentas para informação online. Entretanto, se a informação for necessária na rua, para uma mudança de destino ou mesmo para confirmações, constitui-se um problema. Figura 3 - Pesquisa de trajetos pelo Google Transit para o Rio de Janeiro. Fonte: www.maps.google.com.br Com relação à informação nos pontos de ônibus, estes podem ser classificados em quatro tipos: ponto do tipo BRS, pontos com informação na zona sul, pontos apenas com os números das linhas e, que constitui a maior parte, são os pontos que se configuram apenas pelo abrigo ou mesmo só a placa.
  • 14. 8 O primeiro tipo de ponto comentado, BRS, segue um modelo padronizado constituído para o novo sistema. Uma placa com o número do BRS e o nome da rua mais próxima, identificando o ponto. Um painel com as linhas e sua vista, informando pontos finais e iniciais, um mapa dos arredores informando a localização dos pontos BRS, e as linhas que passam naquele ponto e nos pontos BRS próximos. Figura 4 - Esquema geral de informações nos novos pontos modelo BRS. Fonte: www.fetranspor.com.br/brs Em comparação com o que existe atualmente no resto da cidade, esta iniciativa de informação é de grande importância para a população. A própria organização da informação de maneira estruturada é importante para a identidade visual do sistema e orientação dos usuários. Já comparando com outras frentes de informação das grandes cidades pesquisadas, algumas perguntas seguem:  Através deste modelo para onde vão os ônibus, em que bairros passam? Como ir deste local para outro local específico, como um shopping ou pontos turísticos, como o Maracanã ou o Cristo Redentor, por exemplo? Quais ônibus vão pelos diferentes corredores, como Aterro ou Túnel Santa Bárbara, ou seja, onde está a identificação das vias importantes destas rotas?
  • 15. 9 Com relação ao BRS, a Fetranspor disponibiliza um site específico com mais informações sobre o sistema, com mapa dos pontos, como identificar as linhas, os ônibus e os pontos. Neste site podem ser vistos também esquemas gerais para Copacabana e Leblon. No site da Fetranspor é possível baixar pdfs com os mapas e a lista de linhas por ponto de BRS. No site também é possível obter uma lista das linhas do município e sua nova numeração, em função da reestruturação que sofreu o sistema com a introdução da operação por consórcios. No site do Rioônibus, sindicato das empresas que atuam especificamente na cidade do Rio de Janeiro, que é pertencente também à Fetranspor, também é possível verificar estas informações sobre o BRS e a nova numeração das linhas, assim como um link para o serviço do Vá de Ônibus. Figura 5 - Site informativo específico para o novo sistema BRS. Fonte: www.fetranspor.com.br/brs
  • 16. 10 O segundo grupo de ponto, são alguns pontos localizados na zona Sul da cidade, a mais nobre, em vias importantes como Praia do Flamengo, entre outras. É um painel dupla face que informa as linhas que passam no local, seus pontos iniciais e finais, assim como o seu trajeto de forma resumida. Figura 6 - Painéis informativos nos pontos da Zona Sul. O terceiro grupo é dos pontos que possuem apenas algumas placas com os números das linhas que passam pelo ponto. É uma informação fraca para turistas e para moradores que não têm o costume de utilizar o sistema. Além disso, até mesmo para moradores que precisam ir para outros locais em que não estão habituados. Na foto abaixo, quais os bairros por onde estes ônibus passam? Quais vias importantes (além da única indicada)? Pontos finais? Apenas a informação do número não é suficiente para uma orientação do passageiro.
  • 17. 11 Figura 7 - Placas indicando o ponto em um ponto de ônibus no Maracanã, indicando uma única via do itinerário. Em outras áreas da cidade, as placas informam apenas o número, sem informar o detalhe da via que ele passa. Por último, o quarto grupo de pontos, que é a maior parte dos pontos de ônibus no resto da cidade, e inclusive em diversas vias da zona Sul, como no exemplo da foto, é apenas a placa indicativa de ponto de ônibus. Figura 8 - Ponto de ônibus básico padrão na cidade do Rio de Janeiro. Placa afixada em um poste. Fonte: Street View www.maps.google.com.br
  • 18. 12 Com relação às informações disponibilizadas nos veículos, a frota do Rio de Janeiro está realmente mais avançada neste quesito que as cidades pesquisadas. Grande parte da frota é equipada com displays digitais para informação não só do destino final, mas também de bairros do trajeto e avenidas importantes, assim como pontos de referência. Segue abaixo fotos de dois exemplos de tipos de configuração de displays existentes nas linhas da cidade. Figura 9 - Vista eletrônica e outros painéis eletrônicos instalados nos veículos. Na foto à esquerda, o painel presente acima da informação da tarifa passa os diversos pontos de referência ao longo do trajeto, assim como avenidas importantes. Na foto da direita o painel logo abaixo da vista informava ruas importantes do trajeto, e o terceiro painel abaixo informava pontos de referência do itinerário. Dentro do ônibus, contudo, a falta de informações sobre o trajeto e os pontos é existente. Ao contrário das outras cidades pesquisadas no mundo não existe divulgação da informação dos próximos pontos e do trajeto em geral. Foi verificado, no entanto, a recente instalação de painéis digitais também no interior de duas linhas, que informam o número do ônibus e o ponto final. Poderia ser utilizado para informar os próximos pontos e mais detalhes do trajeto.
  • 19. 13 Figura 10 - Display eletrônico em uma linha da cidade, informando apenas o ponto final. Para celulares e smartphones, não foi encontrado nenhum aplicativo oficial nas pesquisas, o que é um item negativo, dado a crescente expansão destes dispositivos móveis. Para o Rio de Janeiro, cabe destacar a falta de informações integradas entre os diferentes modos de transporte. Principalmente entre ônibus e metrô e trens, que costumam ser as integrações mais utilizadas em áreas urbanas de grandes metrópoles. O metrô fornece suas informações e a para os ônibus a Fetranspor informa de maneira separada. Na cidade também não existe uma tarifa integrada única entre os ônibus e o serviço de metrô. Concluindo para a cidade do Rio de Janeiro, merecem destaques positivos a boa disponibilidade de informações no exterior dos ônibus, a existência de um site específico com informações de trajetos e itinerários e a nova iniciativa de informação através do BRS, apesar das ressalvas. Destaques negativos para a ausência de informações de horários ou frequência, não existência de painéis de informação sobre o tempo de espera do próximo veículo, que foi observado na maioria das cidades pesquisadas.
  • 20. 14 3 - Pesquisas de Campo na cidade do Rio de Janeiro 3.1 - Pesquisa com alunos de Engenharia da Escola Politécnica Além do estudo das práticas aplicadas pelas cidades, foi feita uma pesquisa para o levantamento da situação atual da questão da informação. Uma primeira pesquisa foi realizada através de formulário enviado aos alunos da Escola Politécnica da UFRJ. Através de lista de e-mail institucional aberta publicamente para todos os alunos de Engenharia da Escola, sendo as mensagens recebida por todos, tendo obtido como resultado 296 respostas no período compreendido entre o dia 24 de novembro de 2011 ao dia 30 de novembro de 2011. Através desta pesquisa foi possível observar como se dá o processo atual de informação para este grupo de estudantes. Devido ao alto número de respostas, as estatísticas podem representar os estudantes de engenharia da Escola Politécnica da UFRJ de uma forma geral. Segue abaixo a reprodução do formulário aplicado aos estudantes através da ferramenta de e-mail institucional, tendo em seguida os resultados obtidos e uma análise destes dados. O texto abaixo segue conforme visto no formulário.
  • 21. 15 Como respostas à primeira pergunta, 87% das pessoas pesquisadas disseram andar rotineiramente através de ônibus, enquanto que 13% relataram não utilizarem este meio de transporte com frequência. Com estes resultados podemos notar que a utilização do transporte público é alta entre os jovens, que é a faixa etária da pesquisa, e que ocorre uma troca de modos de transportes expressiva após essa faixa etária, dado que, conforme dados do PDTU de 2003, as viagens particulares em meio motorizado já representava 24% naquele ano, contra 76% de transporte coletivo. Tabela 2 - Ordem dos bairros com mais número de respostas obtidas na pesquisa.
  • 22. 16 Acima estão as respostas para os 25 bairros em que moram o maior número de estudantes pesquisados. Destaque para a Tijuca, Barra da Tijuca e para Bairros da Zona Sul, como Copacabana, Botafogo e Flamengo. Moradores destes bairros somam 32% do grupo pesquisado. Embora sejam os bairros que se destacaram com o maior número de respostas, não existem linhas diretas de ônibus que ligam os bairros da Tijuca ou da Barra à Ilha do Fundão com regularidade. Apesar de não ser o foco do trabalho, é mais um motivo para uma eventual escolha do modal individual para os deslocamentos. Ordem Bairro Respostas Porcentagem - Não moro na cidade do Rio de Janeiro 32 11% 1º Tijuca 27 9% 2º Barra da Tijuca 19 6% 3º Copacabana 19 6% 4º Botafogo 17 6% 5º Flamengo 14 5% 6º Jardim Guanabara 12 4% 7º Méier 12 4% 8º Grajaú 7 2% 9º Jardim Botânico 6 2% 10º Santa Teresa 6 2% 11º Freguesia de Jacarepaguá 5 2% 12º Leblon 5 2% 13º Maracanã 5 2% 14º Recreio dos Bandeirantes 5 2% 15º Gávea 4 1% 16º Ipanema 4 1% 17º Jacarepaguá 4 1% 18º Laranjeiras 4 1% 19º Taquara 4 1% 20º Vila Isabel 4 1% 21º Vila Valqueire 4 1% 22º Campo Grande 3 1% 23º Catete 3 1% 24º Engenho de Dentro 3 1% 25º Jardim Carioca 3 1%
  • 23. 17 Figura 11 - Listagem das cidades marcadas na pesquisa. Grande parte das pessoas pesquisadas mora na cidade do Rio de Janeiro, 89%. Outras cidades que se destacaram foi Niterói, São Gonçalo, e cidades da Baixada Fluminense. Devido à grande dispersão dos locais de moradia verificada através da pesquisa, fica claro a necessidade de uma boa rede de transportes servindo ao Centro de Tecnologia.
  • 24. 18 Esta pergunta, em conjunto com a próxima, mostram como se encontra a atual situação sobre a questão da informação a respeito de qual itinerário deve ser utilizado para um determinado trajeto. Possivelmente devido ao fato da população pesquisada ser jovem, com acesso fácil à internet, grande parte se utiliza principalmente dos serviços do Google Maps para transporte público, sendo um item escolhido por 84%.
  • 25. 19 Como na pergunta era possível marcar mais de um item, mas porcentagens somam mais de 100%. Analisando cada item separadamente, entretanto, o valor máximo é de 100%. Estudantes que perguntam a familiares correspondem a 59%. 35% telefonam a amigos e conhecidos. 22% apenas utilizam o site do Vá de Ônibus, site oficial da Fetranspor na questão de trajetos. 20% perguntam às pessoas no ponto. 41% perguntam ao motorista/cobrador. 6% apenas perguntam aos comerciantes locais. 20% relataram que veriam no ponto, caso tivessem mais informações dos trajetos. Outros 3% relataram outras soluções, com destaque para os itinerários escritos do site rioonibus.com, que atualmente redireciona para o site do Vá de Ônibus, embora possa ser ainda utilizado através do link direto à parte de itinerários escritos. Como nesta pergunta a viagem teve origem na residência do usuário, a pesquisa no Google Maps teve destaque devido à facilidade de acesso à internet em casa, assim como informações de familiares. Apesar disso, 41% ainda relataram perguntar ao motorista e ao cobrador para obter as informações.
  • 26. 20 Através desta pergunta, foram obtidas as mesmas informações sobre fontes de informação consultada, porém, a origem do deslocamento era já na própria rua, situação que ocorre frequentemente com turistas, saindo de um ponto turístico para ir a um restaurante, ou outro ponto turístico, ou retornar de um ponto da cidade ao hotel. Também ocorrem com moradores, nas mais diversas situações. Nesse ponto é que a maior parte do problema da informação ocorre. Como relatado pelos entrevistados, a quantidade de pessoas que se utilizam das informações de familiares cai de 59% para 22%. Aumenta ligeiramente a quantidade que telefonam a amigos e conhecidos, de 35% para 39%. A quantidade de pessoas que se utilizam do Google Maps, cai fortemente, de 82% para 14%, apenas. Possivelmente devido ao alto custo das novas tecnologias de celulares e dos preços dos planos com tráfego de dados. Perguntam às pessoas no ponto sobe de 20% para 68%, perguntam a alguém na rua surge com 41%, perguntam ao motorista/cobrador sobe de 41% para 77%. Perguntam aos comerciantes locais sobe de 6% para 34%. Veriam no ponto, sobe de 20% para 40%. Basicamente o que se observa é a ampla utilização de troca de informações entre as pessoas. Conforme relatado nas entrevistas no aeroporto, foi verificado que alguns turistas disseram tem receio e insegurança de perguntar para obter informações, com medo de receberem
  • 27. 21 informações erradas. Além disso, devido ao já comentado problema da língua, e ao fato de suas necessidades de transporte serem muito variadas, ocorrendo ao longo do dia, turistas estrangeiros possuem uma forte impedância para a utilização de ônibus em seus deslocamentos. Através desta e da próxima pergunta foi possível verificar o conhecimento das principais ferramentas disponíveis on-line para pesquisas de trajetos de ônibus na cidade do Rio de Janeiro. Com relação ao Google Maps, 56% disseram conhecer o sistema e o utilizam com frequência. Outros 32% disseram conhecer, embora ou não utilizem ou utilizem pouco. Apenas 7% relatou desconhecer, embora ande de ônibus com frequência. Estes resultados mostram uma boa visibilidade deste serviço entre os usuários na faixa etária da pesquisa.
  • 28. 22 Esta pergunta visava analisar a visibilidade do serviço oferecido pela Fetranspor, o site oficial da empresa para a realização de trajetos. Conforme verificado pela pesquisa, apenas 9% conhecem e utilizam o serviço com frequência. Outros 26% conhecem o site, embora não utilizem ou utilizem pouco. 63% relataram não conhecer o site, sendo 55% usuários frequentes de ônibus.
  • 29. 23 Parte de uma das cinco perguntas para quantificação, a questão acima se propôs a verificar a nota que os usuários dão ao site do Vá de Ônibus, tendo obtido uma média de 2,89 de 5,00. Para a proposta do site existe muito espaço para melhorias, por ser um canal oficial das empresas. As últimas perguntas visaram quantificar, de uma forma geral, a disponibilidade e qualidade das informações nos seguintes locais: site Vá de Ônibus, cujo resultado já fora mostrado acima, informações nos pontos de ônibus comuns, nos pontos do tipo BRS, na parte externa e na parte interna do ônibus.
  • 30. 24 Em comparação com os pontos de ônibus comuns, os pontos do tipo BRS receberam uma nota maior, em média de 3,04 de 5,00. Apesar das informações disponibilizadas de forma mais organizada, estão apenas os números dos ônibus, e seus pontos iniciais e finais em uma enorme lista de difícil leitura e pouco destaque, não sendo possível obter informações do trajeto. Outras informações importantes, como tempo necessário de espera para o próximo ônibus não existem. Como era esperada, a nota para a informação nos pontos de ônibus comuns teve 68% de péssima, obtendo uma média de 1,44 de 5,00. É um dos principais pontos que precisam de mudanças prioritárias. A média para as informações na parte externa do ônibus ficou em 2,44 de 5,00. Conforme será relatado no resumo dos comentários e sugestões obtidos na pesquisa, diversas pessoas relataram que o fato da vista alterar constantemente confunde o usuário, principalmente em rotas que passam no mesmo ponto tanto na ida como na volta, como é o caso da linha 485, que liga a Penha à Praça General Osório passando pela Ilha do Fundão, em ambos os sentidos.
  • 31. 25 No caso da informação na parte interna do ônibus, esta teve uma média bem mais baixa que a parte externa, com apenas 1,39 de 5,00, sendo o pior resultado dos itens pesquisados. Juntamente com os pontos de ônibus comuns, são os grandes itens que devem ser solucionados com mais urgência para uma melhoria do sistema de informação. Além das perguntas de resposta fixa analisadas, ao final do questionário foi proposto um espaço para que fossem colocadas sugestões, opiniões e ideias a respeito do tema. Foram obtidas ao todo 72 respostas neste espaço, dos mais diversos tamanhos. Todas foram devidamente lidas e analisadas, e os itens mais recorrentes estão resumidos abaixo. Outras sugestões, embora não listadas abaixo, serão apresentadas na parte devida do capítulo de propostas e recomendações.
  • 32. 26 Reclamações:  A utilização da vista eletrônica foi recorrentemente relatada como negativa em alguns pontos, por exemplo, para linhas que passam no mesmo ponto tanto na ida como na volta, por exemplo na linha 485, a exibição de pontos de referência e o trajeto por longo tempo na vista impede a visualização do sentido que o ônibus está seguindo, seu ponto final só é mostrado durante pouco tempo, confundindo os usuários, que acabam por perguntar mais do que sem a sua utilização.  Troca constante das informações da vista digital, inclusive com mensagens que não estão relacionadas com o itinerário do ônibus, confundindo os passageiros.  Com a mudança das pinturas dos ônibus ficou mais difícil conseguir identificar a linha, pois anteriormente era possível a identificação da mesma pela pintura da empresa, que era bastante peculiar para cada uma.  Número da linha errado no interior do ônibus.  A baixa qualidade do site do Vá de Ônibus da Fetranspor foi uma das reclamações recorrentes recebidas.  Falta de informações no interior do ônibus e nos pontos de ônibus foi recorrente nos comentários.  A falta de atualização e informações erradas nos sites de busca de trajetos também foi motivo de reclamação.  Indicação constante do número da linha no visor traseiro do ônibus, ao invés de mensagens sem estarem relacionadas com a linha como “Venha de Ônibus” e “60 km/h”.  Não há disponibilidade on-line dos trajetos dos ônibus da Baixada Fluminense, nem nos sites oficiais Vá de Ônibus nem no Google Maps.
  • 33. 27 Sugestões:  Trajetos descritos no interior dos ônibus, com um mapa parecido com o do metrô, informando as paradas, o sentido atual do ônibus, as integrações com outros modos de transporte e pontos de referência conhecidos.  Anúncio dos próximos pontos no interior dos ônibus.  Tempo de espera estimado para os ônibus no ponto ou a indicação dos horários de cada ônibus em um painel ou tabela de horários, para ônibus com horários específicos e menor frequência. Indicação do intervalo médio das linhas de maior frequência.  Lista das linhas com os itinerários e detalhes do trajeto no ponto, com indicação de ponto inicial e final, pontos de referência do trajeto, número da linha.  Mapas nos pontos com as paradas das linhas, diagramas nos pontos. Colocação do mapa específico da linha no ônibus com os nomes dos pontos de parada.  Mapa da região mostrando todos os pontos de ônibus da área, lista dos ônibus que passam.  Identificação dos pontos de ônibus através de nomes, uma identificação própria.  Utilização dos letreiros inferiores à vista principal e o letreiro que fica próximo à porta para informar detalhes do trajeto, a vista maior mostraria apenas o ponto final na maior parte do tempo.  Informações detalhadas em pontos de ônibus de áreas turísticas.  Disponibilização das paradas dos ônibus a partir do ponto em que se encontra.  Maior integração com as informações de outros meios de transporte público, como metrô e trem.  Aplicativos de celular para visualização dos próximos veículos da linha.
  • 34. 28 3.2 - Entrevista com Usuários do Aeroporto Santos Dumont Como complementação à pesquisa realizada com os estudantes conforme relatada acima, foram feitas diversas entrevistas a usuários do Aeroporto Santos Dumont no dia 27 de novembro de 2011. Por permitir outras indagações, esta entrevista agregou também ao projeto, pois foi possível obter informações gerais também de outras cidades do país, não apenas do Rio de Janeiro. Destaque para a baixíssima qualidade do transporte público de Brasília, item recorrentemente comentado pelos moradores desta cidade. As seguintes perguntas, em linhas gerais, foram aplicadas aos entrevistados:  Você andou ou anda de ônibus no Rio de Janeiro?  Você é de que cidade?  De uma forma geral, a falta de informações foi um fator que estimulou o uso de outros meios de transporte, como metrô e táxi?  Quais são as fontes de informação para saber qual a linha que deve ser utilizada para um trajeto? Devido à baixa amostragem perante o número de turistas da cidade, não é possível realizar uma estatística dos resultados representando os turistas da cidade do Rio de Janeiro, pois foram aproximadamente 20 pessoas entrevistadas. No entanto, foram obtidas diversas informações que agregam bastante ao desenvolvimento deste projeto. Segue abaixo o modelo de formulário utilizado nas perguntas. A seguir, serão destacados os principais pontos da pesquisa.
  • 35. 29 Rio de Janeiro Você andou/anda de ônibus aqui no Rio? ( ) Sim ( ) Não Você mora no Rio? ( ) Sim ( ) Não Se sim, qual bairro? _______________________________ Se não, de que cidade? _______________________________ De uma forma geral, você teve/tem dificuldades em se locomover pela cidade de ônibus? ( ) Sim. Porquê? ___________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ ( ) Não. Porquê? ___________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ De uma forma geral, a falta de informações encontrada foi um fator que estimulou/a o uso de outros meios de transporte como metrô e suas integrações ou automóvel? ( ) Sim ( ) Não Obs: ___________________________________________________________________________ Se Morador: Na RUA, indo para um destino diferente de seus trajetos habituais, quais as fontes de informação consultadas para saber a(s) linha(s) necessárias no trajeto? Pode marcar mais de um ( ) Telefono a Familiares ( ) Pergunto às pessoas no ponto ( ) Telefono a amigos e conhecidos ( ) Pergunto ao motorista e/ou cobrador ( ) Pesquiso no Google Maps (celular) ( ) Pergunto aos comerciantes locais ( ) Pesquiso no site Vá de Ônibus (celular)( ) Vejo no ponto ( ) Outro:_______________________________________________________________________ Obs: ___________________________________________________________________________ Se Turista/visitante: Nos seus deslocamentos pela cidade, como fez para se informar qual a linha que deveria pegar? ( ) Perguntei a Familiares ( ) Perguntei no local onde estava ( ) Perguntei a Amigos e conhecidos ( ) Perguntei às pessoas no ponto ( ) Pesquisei no Google Maps (computador) ( ) Perguntei ao motorista e/ou cobrador ( ) Pesquisei no Google Maps (celular) ( ) Perguntei aos comerciantes locais ( ) Pesquisei no site Vá de Ônibus ( ) Vi no ponto (ponto com informações) ( ) Perguntei à recepção do hotel ( ) Outro:_______________________________________________________________________ ( ) Outro:_______________________________________________________________________ Obs.:___________________________________________________________________________
  • 36. 30  Como principais itens relatados como fontes de informação quanto às linhas e orientação em geral para o transporte público estão: o Pergunta/telefona a amigos e conhecidos e familiares; o Pergunta ao motorista/cobrador; o Também foram mencionados: o pergunto a pessoas no ponto e o pergunto na recepção do hotel.  A sinalização e orientação sobre trajetos dos ônibus que passam nas proximidades da rodoviária são extremamente precárias, tendo sido inclusive motivo da escolha do modal táxi por uma dupla de entrevistadas.  A questão da insegurança fora recorrentemente mencionada para a escolha do modal táxi nos deslocamentos dos visitantes entrevistados, a saber: a insegurança na hora de perguntar para obter alguma informação, medo de receber uma informação errada em uma cidade desconhecida, insegurança na espera do ônibus no ponto de ônibus e no acesso ao mesmo, insegurança dentro dos ônibus, falta de segurança na condução dos ônibus pelos motoristas da cidade.  A complicação para saber qual o ônibus pegar foi relatado como um motivo para a escolha do táxi ou do metrô. Para um casal de estrangeiros, a proximidade do metrô e o não conhecimento dos trajetos de ônibus nas proximidades do bairro de estadia foram motivos para a escolha do metrô como modal de deslocamento.  Alguns moradores não relataram problemas de circular de ônibus, pois já conhecem os itinerários que servem aos seus trajetos.  Foi relatado por uma moradora também que o processo de padronização das cores dos ônibus prejudicou saber qual o ônibus que se aproxima, item recorrente também na pesquisa com alunos da Poli.  Os problemas do transporte público de Brasília foram recorrentemente relatados por diversos entrevistados, quanto à qualidade do serviço, informação, tempo de espera e distância de caminhada aos pontos. Problemas de orientação quanto aos trajetos também foram relatados em Salvador.  Moradores de São Paulo entrevistados relataram utilizar o site da SPTrans para obter informações sobre trajetos.
  • 37. 31 4 - Pesquisa das “Melhores Práticas” em Sistemas de Informação ao Usuário As metodologias utilizadas neste trabalho foram a análise das práticas correntes de informação ao usuário de diversas cidades do Brasil e do mundo, realização e análise de pesquisa com alunos da Escola Politécnica da UFRJ e entrevistas com usuários do aeroporto Santos Dumont. Já mostrados os anteriores, nós próximos itens serão tratados e detalhados todos os procedimentos a respeito da análise da melhores práticas. Análise das Melhores Práticas A estratégia aplicada a este trabalho nesta parte foi o conceito de Benchmarking, ou seja, o estudo das melhores práticas empregadas em um determinado campo para a melhoria da competitividade. No caso dos sistemas de informação, o benchmarking pode ser relacionado ao conceito de “Estado-da-arte”, já que realmente é algo em constante mutação e evolução, principalmente com as novas tecnologias disponíveis, como internet, celulares e displays eletrônicos. Assim, para tal, foram escolhidas ao total dez cidades, sendo cinco no Brasil e cinco fora do Brasil. Para as cidades internacionais, a escolha foi baseada principalmente na pontuação de Cidade Global elaborada pela A.T. Kearney, uma empresa de consultoria de negócios e gestão global. Este estudo se intitula “The Urban Elite – The A.T. Kearney Global Cities Index 2010”. Para as cidades nacionais, basicamente a questão do PIB e da população, assim como importância no cenário nacional, foram as variáveis levadas em conta para o estudo. Figura 12 - Índice de Cidades Globais conforme levantamento da consultoria pesquisada. Fonte: A.T.Kearney Global Cities Index 2010
  • 38. 32 Desta forma, foram escolhidas as cidades de Nova Iorque, Londres, Paris, Hong Kong e Cingapura. Chicago e Los Angeles não foram escolhidas, pois Nova Iorque já tinha sido uma cidade norte-americana selecionada, e seus sistemas de transporte público não são tão reconhecidos internacionalmente como as das cidades asiáticas que seguem. Tóquio não foi escolhida, pois fora realizado uma pesquisa comparando as cidades asiáticas melhores qualificadas no ranking, incluindo Seul, e Hong Kong e Cingapura mostraram-se melhores estudos para a questão da informação ao usuário para o transporte público por ônibus. Assim, serão estudadas:  Nova Iorque  Londres  Paris  Hong Kong  Cingapura Com relação às cidades Brasileiras, segue abaixo tabela com o valor adicionado bruto dos serviços, que mostra a posição dos municípios na questão do PIB em geral à direita, conforme informações do IBGE. Também na mesma página pesquisada o IBGE informa “São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus tinham os seis maiores PIB entre os municípios e, juntos, eram responsáveis pela geração de um quarto das riquezas produzidas no país”. Tabela 3 - Valor adicionado bruto dos serviços, participação relativa e posição dos municípios. Fonte: IBGE.
  • 39. 33 Desta forma, foram escolhidas diretamente as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Belo Horizonte. Não foram escolhidas as demais cidades pelos critérios já mencionados acima. Serão então estudadas:  São Paulo  Rio de Janeiro  Brasília  Curitiba  Belo Horizonte Principalmente fora do Brasil, outras cidades poderiam ter sido escolhidas para o estudo, mas critérios como importância econômica, quantidade de turistas, visibilidade internacional e tamanho da população também foram considerados de uma forma geral na escolha das cidades. Para as cidades brasileiras, também seguem a mesma ideia, com os mesmos itens acima levados em consideração de uma forma mais abrangente na escolha, itens estes que estão também alinhados com o PIB das cidades. Como ordem estarão primeiro as cidades brasileiras ordenadas por tamanho de cidade crescente, a saber: Curitiba, Belo Horizonte, Brasília e São Paulo, já que o Rio de Janeiro já foi tratado no levantamento do sistema de informações atuais da cidade. Em seguida as cidades internacionais com Cingapura, Hong Kong, cidades asiáticas, Londres e Paris, representantes européias, e em seguida Nova Iorque.
  • 40. 34 4.1 - Cidades Nacionais 4.1.1 - Curitiba Curitiba é a oitava maior cidade do Brasil, com aproximadamente 1,7 milhões de habitantes na cidade e 3,1 milhões na região metropolitana. É conhecida pelo seu planejamento urbanístico e qualidade de vida, assim como cuidado com meio ambiente. Notadamente também pelo seu sistema de transporte coletivo, que tem servido de indutor e seu desenvolvimento urbanístico, especialmente a partir da década de 1970. Com relação aos sistemas de transporte de Curitiba, seu sistema foi modelo para outras cidades do mundo, através do conceito de BRT. Atualmente a nomenclatura BRT já é utilizada englobando outros aspectos do sistema que não estão presentes em Curitiba. Entretanto, foi nesta cidade, na década de 1970, que surgiu o conceito. São Veículos Leves sobre Pneus (VLP) que percorrem canaletas exclusivas para linhas expressas, empregando geralmente ônibus biarticulados, conectando os terminais integrados em várias regiões da cidade. Em Curitiba o sistema é denominado Rede Integrada de Transporte. No que diz respeito ao sistema de informação para o transporte público por ônibus de Curitiba, a cidade está aquém das melhores práticas empregadas no mundo. Possui poucos meios importantes de informação, assim como baixa qualidade e pouca visibilidade das informações, principalmente de trajetos dos ônibus. Seguem em seguida os resultados obtidos. Com relação ao serviço do Google Transit, existe em outras capitais do país, Curitiba não possui o serviço. Devido à fácil dinâmica de utilização do serviço, é um canal a menos que a cidade conta para informação ao usuário. As informações oficiais sobre o sistema foram obtidas no site da empresa URBS – Urbanização de Curitiba, pertencente à Prefeitura de Curitiba. No site, na parte de Transportes, são disponibilizadas diversas informações gerais sobre o sistema, sobre a rede integrada de transportes, sua história, sua constituição, tipos de veículos. Para uma dimensão do sistema seguem estatísticas recentes de 2010.
  • 41. 35 Figura 13 - Dados gerais do sistema de Curitiba. Fonte: http://www.urbs.curitiba.pr.gov.br/PORTAL/rit/12_Resumo2010.png Em específico para as informações relevantes ao dia-a-dia do usuário, estão disponibilizados no site os horários dos ônibus, onde se pode escolher a linha e o tipo do dia que se quer obter a informação. Além dos horários, o site possui um link que abre em uma nova janela do navegador para a visualização dos itinerários. Este site permite a consulta de linhas através de uma lista, em seguida colocando o trajeto em um mapa e mostrando as ruas do trajeto. É possível obter a informação de terminais de a linha passa e quais outras linhas se pode fazer integração. Entretanto, este site só funcionou corretamente nas pesquisas no Internet Explorer, não sendo funcional nos outros navegadores pesquisados, o Google Chrome e o Mozilla Firefox. Além disso, o mapa em que é colocado o itinerário é de difícil utilização, e a interface não é muito intuitiva. São pontos negativos para diversos usuários, dificultando a obtenção da informação.
  • 42. 36 Figura 14 - Sistema online de busca por rotas. Layout e site bastante defasados em comparação com os outros sites pesquisados. Fonte: http://urbs-web.curitiba.pr.gov.br/ Figura 15 - Parte do Mapa da Rede Integrada, com destaque para os corredores expressos. Fonte: http://www.urbs.curitiba.pr.gov.br
  • 43. 37 Além destas informações, o site disponibiliza na parte de Rede Integrada um mapa para download da rede, em alta qualidade. É possível observar o traçado dos corredores exclusivos e do trajeto de outras linhas, de uma forma geral. É um mapa interessante para o traçado geral dos corredores e das estações. O site também disponibiliza pequenas páginas sobre cada Terminal da Rede Integrada, com as linhas que fazem integração naquele terminal. No site, para fins de pesquisa, as linhas de ônibus não são denominadas por números, e sim por nomes de bairros e pontos finais, de uma forma geral. Com relação às informações disponibilizadas no ponto, foi observado apenas um grande painel geral nas paradas das áreas centrais. Este painel mostra um mapa mais detalhado das ruas da área do entorno, com ícones indicando os pontos das diversas linhas, codificadas ao lado. São utilizadas diversas cores para diferenciar os tipos de linhas, interbairros, circulares ou expressas, por exemplo. Na tabela à direita estão as linhas em seus respectivos tipos de serviço. Não existe detalhamento de itinerário ou tabela de horários no ponto. O painel é interessante pelo mapa dos arredores, mas para informações da rede ele se mostra pouco intuitivo e muito poluído com diversas informações. Não se torna claro para uma informação rápida. Figura 16 - Ponto de ônibus na área central de Curitiba. Fonte: Street View www.maps.google.com.br
  • 44. 38 Figura 17 - Mapa dos arredores, presente nos pontos de parada da área central de Curitiba. Para os pontos de ônibus do tipo estação tubo, presentes nos corredores exclusivos, não foram observadas nenhuma informação adicional a respeito do sistema, além do nome da estação. Não é por problema de falta de espaço, já que a estação possui uma grande área onde é possível a colocação de informações sobre o sistema.
  • 45. 39 Figura 18 - Estação tubo sem painéis informativos, apesar da disponibilidade de espaço. Fonte: http://www.flickr.com/photos/leandrorodriguesdeoliveira/3832593116/lightbox/ Figura 19 - Ponto de ônibus fora da área central. Fonte: Street View www.maps.google.com.br Acima, um exemplo de ponto de ônibus sem ser o do tipo estação tubo, também sem informações sobre os serviços de ônibus que circulam na região, apenas com o endereço do ponto. Também possui o espaço necessário para a colocação da informação. Com relação aos painéis que indicam o tempo necessário para o ônibus chegar ao ponto, conforme notícia do Paraná-Online, a URBS testará na Linha Verde (nova linha com canaleta exclusiva do sistema RIT) um sistema de informação deste tipo. É um painel digital instalado dentro da estação-tubo, informando a localização do ônibus na linha e o tempo de chegada à estação.
  • 46. 40 Figura 20 - Painéis informando próximos veículos em estações da linha verde. Fonte: http://imagem.band.com.br/CNT_EXT_502880.JPG Foram pesquisadas outras iniciativas independentes, uma que é um site que permite pesquisar um trajeto, informando qual linha das expressas deve ser utilizada, inclusive com um mapa mais interativo, e outra é um aplicativo de celular para Android que informa os horários das diversas linhas. São iniciativas que, assim como verificadas em São Paulo e Brasília, mostram que existe uma maior necessidade de divulgação das informações a respeito dos trajetos, horários e serviços da rede de transportes. Com relação ao ônibus em si, em sua área externa possui um display digital, informando o destino final, porém também foram encontrados nas pesquisas ônibus sem a vista digital. Figura 21 - Ônibus em Curitiba - um único painel digital. Fonte: http://www.fabiocampana.com.br/wp- content/uploads/2010/08/onibus-curitiba.jpg Em resumo, em Curitiba foi verificado uma falta de informações mais detalhadas para as linhas, parte não coberta pelo mapa da RIT presente no site e em alguns pontos das áreas centrais. A falta de informações sobre itinerários e horários nos pontos também foi um dos itens que merecem destaque. A ausência de informações em estações Tubo, referências do sistema, também é um ponto importante a ser destacado.
  • 47. 41 4.1.2 - Belo Horizonte Belo Horizonte é a sexta maior cidade em população do país, com pouco mais de 2,3 milhões de habitantes. A cidade tem o quinto maior PIB entre os municípios brasileiros. É nacionalmente conhecida e exerce grande influência no âmbito nacional, tanto do ponto de vista cultura, econômico e político. Belo Horizonte foi uma das primeiras cidades brasileiras planejadas, sendo uma malha perpendicular de diversas ruas cortadas por avenidas em diagonal. A avenida do Contorno delimita o perímetro da cidade originalmente planejada. Com relação ao sistema de transporte público por ônibus, este está sob responsabilidade da BHTrans, que gere o sistema. São aproximadamente 300 linhas de ônibus, 3.000 veículos na frota, em 4 consórcios de operação. A idade média da frota é de 3,92 anos, dados conforme BHTrans. Relativo ao item sistema de informação ao usuário para o ônibus a cidade de Belo Horizonte se destaca positivamente no âmbito nacional, oferendo um serviço de informação melhor que diversas outras metrópoles do país. Pioneiramente possui atualmente em testes alguns dispositivos de informação de grande relevância para os usuários. Inicialmente serão apresentadas as informações disponibilizadas no site institucional da BHTrans e disponibilidade do serviço do Google Maps, em seguida as informações no ponto de ônibus e as informações no veículo em si, tanto externa como internamente. No site institucional, existe um site específico para usuários de ônibus. As informações fornecidas pelo site estão na aba à direita, a saber: quadro de horários dos ônibus, itinerários dos ônibus e um link para o serviço do Google Transit.
  • 48. 42 Figura 22 - Portal da BHTrans com informações sobre os ônibus. Fonte: http://www.bhtrans.pbh.gov.br Abaixo segue a representação das informações no site para o quadro de horários e o itinerário de uma linha. Para obtermos esta informação é necessário informar o número da linha. Para fazer pesquisas, o site fornece um link direto para o serviço do Google Transit, que está disponível para a cidade de Belo Horizonte.
  • 49. 43 Figura 23 - Informações disponibilizadas no site para uma linha pesquisada. Fonte: http://www.bhtrans.pbh.gov.br
  • 50. 44 Figura 24 - Pesquisa de Rotas pelo Google Transit para Belo Horizonte. Fonte: www.maps.google.com.br Com relação às informações no ponto de ônibus e nos veículos, Belo Horizonte se destaca das cidades brasileiras. Abaixo segue uma imagem de um veículo embarcando um passageiro em um ponto de ônibus da área central. Um totem principal, à esquerda, indica o nome do ponto e as linhas que param nele. Adicionalmente, diversos pontos da área central possuem painéis específicos com o mapa esquemático das linhas e os quadros de horários, assim como os itinerários das linhas. Nessa imagem também é possível verificar a informação no veículo: número da rota em grande formato, vista eletrônica e principais vias do itinerário em grande formato na lateral do veículo.
  • 51. 45 Figura 25 - Ponto de ônibus na região central de Belo Horizonte. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:BH_MinasCentro.JPG De acordo com informações oficiais da BHTrans, são 230 abrigos do centro que contam com informações aos passageiros. São os painéis com os mapas esquemáticos com os principais pontos de interesse a partir do ponto de parada, um quadro de frequência por faixa horária e o itinerário resumido da linha. Esta disponibilização de informações aos passageiros faz parte do projeto Infoponto. O site também relata que em uma pesquisa realizada com passageiros nos pontos já contemplados com esse projeto apontou um índice de aprovação de 96% em relação a essa iniciativa.
  • 52. 46 Figura 26 - Painel do Infoponto na parada de ônibus. Fonte: http://www.logann.com.br/content/produtos_infoponto Figura 27 - Diagrama das linhas partindo da parada de ônibus. Fonte: http://www.logann.com.br/content/produtos_infoponto
  • 53. 47 Conforme pode ser analisado neste esquema, a ideia é a mesma que foi aplicada em Londres. Um diagrama esquemático com as linhas em diferentes cores, indicando os principais pontos de parada, com uma camada de bairros indicativa da localização do itinerário na cidade como um todo. Figura 28 - Indicação dos intervalos e itinerários resumidos das linhas. Fonte: http://www.logann.com.br/content/produtos_infoponto Esquema presente nos pontos indicando o quadro de horários e os itinerários resumidos. Abaixo segue um modelo conforme a empresa que forneceu o serviço. O ponto deste modelo foi verificado em um ponto da área central, entretanto, para outros pontos foram aplicados pequenos painéis em formato A4 com as informações. Conforme site da BHTrans: “Com o Infoponto, o cidadão, que estiver em um Ponto de Embarque e Desembarque (PED) do sistema de transporte coletivo por ônibus na cidade de Belo Horizonte e não é usuário regular das linhas daquele ponto, visualizará as informações necessárias para chegar ao ponto de referência da cidade desejado (centros de compras, faculdades, escolas, centros culturais, praças, parques, dentre outros), daquele ponto em diante.” “São apresentados ao usuário, em cada mapa esquemático localizado nos abrigos dos pontos de ônibus (PEDs), os limites geográficos da área central, os bairros, o trajeto das linhas e os pontos de parada que foram cadastrados como referência. O Mapa Esquemático
  • 54. 48 contém ainda os pontos notáveis ao longo do trajeto da linha ou próximo do ponto de parada e os meios de acesso para atendimento ao usuário (central telefônica, internet e postos de atendimento). O Mapa é afixado no PED que abriga paradas.” Figura 29 - Modelo de uma parada pelo Infoponto. Fonte: http://www.logann.com.br/content/produtos_infoponto Figura 30 - Ponto com painéis no formato A4 apenas. Fonte: http://transportforbh.blogspot.com/2009/05/informacoes-dentro-e-fora-do-onibus.html
  • 55. 49 Ainda com relação às informações disponibilizadas no ponto, nas pesquisas foram observados que um primeiro modelo de informação sobre tempo estimado de chegada foi aplicado para a cidade, utilizando painéis de mensagens variáveis. Mais recentemente, conforme reportagem do dia 11/10/2011 do programa Bom Dia Brasil, a cidade está com 20 novos totens para informar o tempo de espera dos veículos que servem um determinado ponto. Figura 31 - Painel informando os próximos veículos no ponto. Fonte: http://www.bhtrans.pbh.gov.br Figura 32 - Outro sistema em teste na cidade que informa o tempo de espera pelos veículos. Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/43/Bhsitbus.jpg
  • 56. 50 Figura 33 - Detalhe da tela do sistema. Fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/10/mg- sistema-avisa-quanto-tempo-falta-para-onibus-chegar-ao-ponto.html Com relação ao interior do veículo, a mesma reportagem mostrou uma iniciativa excelente em termos de informação ao usuário. A utilização de displays que mostram as próximas paradas dos veículos. Além de mostrarem as próximas paradas, o sistema também anuncia a mesma, inclusive informando pontos de referência. É uma excelente forma de informar sobre a viagem, fazendo com que o passageiro se sinta mais seguro quanto ao local onde deva saltar. Figura 34 - Sistema de Belo Horizonte com TV no interior do ônibus especificamente para informar os passageiros sobre o trajeto. Fonte: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/10/mg-sistema- avisa-quanto-tempo-falta-para-onibus-chegar-ao-ponto.html
  • 57. 51 Figura 35 - Informações sobre a rota na área central dentro do veículo. Fonte: http://transportforbh.blogspot.com/2009/05/informacoes-dentro-e-fora-do-onibus.html Também no interior do veículo, na parte superior próximo à janela, são colocados mapas dos itinerários dos ônibus na área central, conforme imagem acima. São indicados os pontos de referência, itinerário de ida e volta, pontos de parada e outras informações como número da linha e ponto inicial e final. Com relação a programas para smartphones, a BHTrans não fornece nenhum produto específico, porém, foi encontrado um programa independente com as informações sobre horários e itinerários dos ônibus da cidade, porém sem a devida divulgação. Assim, de uma forma geral, Belo Horizonte possui sistemas de informação aos usuários de aplicação prática, com destaque para os totens informativos de tempo de chegada dos veículos, o sistema de próxima parada dos ônibus com anúncios das mesmas, os mapas esquemáticos nos pontos. Pontos negativos foram os canais do site, que não são de fácil utilização, e não permitem realizar buscas por trajetos. De qualquer forma, o próprio site direciona para a pesquisa pelo Google Transit, e com as informações no ponto e nos veículos, o usuário pode se orientar mais facilmente pelo sistema.
  • 58. 52 4.1.3 - Brasília Brasília é a quarta cidade mais populosa do Brasil, com 2,5 milhões de habitantes, e é a terceira maior cidade no ranking de PIB do país. Mais importante, contudo, é o fato de ser a capital do Brasil, sede do Distrito Federal. A cidade possui assim extrema importância no cenário nacional e internacional, sendo a sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário brasileiros. Com relação ao sistema de transporte, o plano urbanístico da capital, conhecido como “Plano Piloto”, acabou privilegiando as viagens por automóvel, devido à grande extensão das quadras e da aplicação de avenidas largas e extensas. Desta forma, não é de se estranhar que a frota já tenha chegado a 1,2 milhões de veículos no Distrito Federal. Estes dados mostram uma taxa de motorização de 480, uma das maiores do Brasil para um estado. No que diz respeito ao transporte público em Brasília, ele é operado pela DFTrans – Transporte Urbano do Distrito Federal – que é uma autarquia criada em 1992. Dentre as funções da DFTrans estão, conforme site oficial e entre outras atribuições, questão: “Informar usuários sobre os serviços” e “Projetar e implantar, abrigos e pontos de parada”. Sobre estes pontos de parada mencionados, no site oficial da DFTrans existe uma página específica para eles. Segue uma classificação inusitada para os mesmos existente no site: “Os pontos de parada são classificados por apresentarem ou não infraestrutura, pontos que não apresentam infraestrutura estão subdivididos em": “Habitual - pontos que não possuem qualquer indicativo ao ponto, mas que por motivo de hábito tornou-se um ponto de parada; Placa - pontos de parada que possuem apenas uma placa indicativa do ponto de parada. Abrigo - pontos de parada que apresentam uma infraestrutura.” Desta forma, a própria empresa responsável pela instalação das placas e abrigos mantém estatística de mais de 100 pontos de ônibus sem nenhum indicativo de ponto para a cidade de Brasília, que é utilizado pela população pelo hábito. São ao total para a cidade de Brasília 19% dos pontos de ônibus sem nenhuma indicação de tal serviço.
  • 59. 53 Tabela 4 - Distribuição dos pontos de parada na região de Brasília. Fonte: http://www.dftrans.df.gov.br/ Ou seja, 19% dos pontos utilizados pelo sistema nem sequer são percebidos pela população visitante, ou mesmo moradores que estejam circulando em outras áreas da cidade, como locais onde pode ser utilizado o serviço de ônibus. Considerando todos os 3.376 pontos levantados, são 16% sem indicação alguma de parada. Com relação à questão da informação sobre os serviços em si, como horários e itinerários, mapas em geral, não foi encontrado no site oficial nenhum link para estes dados. Entretanto, através da pesquisa no site Google diretamente, foi possível conhecer que o endereço www.horarios.dftrans.df.gov.br existe e fornece informações sobre o sistema, embora sem comparação quanto ao nível de qualidade gráfica, volume de informações e facilidade de pesquisa como em outros sites institucionais pesquisados.
  • 60. 54 Figura 36 - Pesquisa de informações no site da DFTrans. Fonte: http://www.horarios.dftrans.df.gov.br/ Acima segue reprodução do site em questão. Pode ser feita pesquisa pelo número da linha ou pela origem ou destino do ônibus. É uma forma de pesquisa muito incompleta, pois um turista, por exemplo, não saberia pesquisar qual o número da linha que ele precisa (é exatamente esta uma das informações que ele busca), nem mesmo a questão da origem ou destino, pois esta pesquisa está associada aos pontos iniciais e finais dos ônibus, que dificilmente serão exatamente os locais escolhidos. Feitas as ressalvas, segue o resultado parcial da pesquisa para local UNB, que é a Universidade de Brasília, para título de teste. Abaixo seguem também o formato que é descrito os horários de saída dos terminais e as informações que são fornecidas sobre o itinerário para uma linha. Figura 37 - Listagem dos resultados para pesquisa por "UNB". Fonte: www.horarios.dftrans.df.gov.br
  • 61. 55 Figura 38 - Quadro de horários informado para a linha no site. Fonte: www.horarios.dftrans.df.gov.br Figura 39 - Itinerário descrito no detalhamento da linha no mesmo site. Fonte: www.horarios.dftrans.df.gov.br Estas foram as informações obtidas para o site oficial, valendo a ressalva de que o link direto para a pesquisa pelo número do ônibus e origem/destino não estão no site oficial. Observa-se que, comparativamente às cidades modelo na questão da informação ao usuário, Brasília, sendo a capital do país e de visibilidade no âmbito da política internacional, está muito aquém das melhores práticas.
  • 62. 56 Conforme pesquisado, também não se dispõe de serviços do Google Transit para Brasília, não sendo possível então obter as rotas de transporte público através do mesmo. Com relação aos pontos de ônibus, foi observado, conforme a própria planilha acima da DFTrans, os pontos de ônibus em Brasília não possuem quaisquer informações a respeito dos serviços de transporte oferecidos. Segue abaixo fotos de pontos de ônibus na cidade, aqueles com abrigos: novamente a questão da informação ao usuário em Brasília está relegada a outro plano. Figura 40 - Ponto de ônibus em Brasília. Fonte: http://vicosacidadeaberta.blogspot.com/2011/10/esta- faltando-um-ponto-de-onibus-aqui.html
  • 63. 57 Figura 41 - Ponto de ônibus em Brasília. Fonte: http://noteurbane.com/it/photos-nearby/school-cef-07- de-brasilia-brasilia-sgan-912 Abaixo segue então um ônibus da cidade, mostrando visor digital, informando o número da linha e o ponto final, sendo o número da linha com uma cor diferenciada. Outro pequeno painel eletrônico próximo à porta também informa o mesmo destino. Figura 42 - Ônibus na cidade de Brasília com painel eletrônico. Fonte: http://onibusrmtca.blogspot.com/2009/12/brasilia-transporte-coletivo-vai-ganhar.html
  • 64. 58 Juntando este quadro, explica-se a iniciativa de um blog, intitulado “Onde? e Quando? Ele vai passar?” que foi pesquisado. São vários posts de várias linhas de Brasília com o itinerário, os horários, e, inclusive, um mapa do Google Maps informando o itinerário do ônibus. No site foi verificada uma aba estimulando e explicando como adicionar rotas no serviço do google maps e postá-las no blog. Claramente está a necessidade e vontade da população de conhecer bem seus serviços de transporte. Segue informação do blog com o mapa para a linha 370.1: Figura 43 - Blog com informações dos itinerários e horários. Fonte: http://quandoeondevaipassar.blogspot.com Em resumo, como estimular o transporte público, item tão falado nos noticiários, se nem é possível saber como utilizá-lo para um visitante ir de um hotel a um ponto turístico? Como continuar o passeio e ir deste ponto turístico a um shopping? Estimula-se então o transporte individual, com perda de demanda, que causa uma redução nos horários dos serviços disponibilizados, constituindo uma cadeia de eventos com realimentação negativa.
  • 65. 59 4.1.4 - São Paulo São Paulo é a cidade mais populosa do Brasil, quarta maior região metropolitana do mundo, com aproximadamente 20 milhões de habitantes. É o principal centro financeiro, corporativo e mercantil da América Latina. É a cidade brasileira que exerce maior influência no cenário internacional. O município possui o 10º maior PIB do mundo. Também possui também grande importância em produção científica, educação e cultura. Dada a sua grande importância, seu sistema de transporte coletivo deveria também poder se orgulhar de excelentes estatísticas no cenário nacional. Entretanto, a situação do transporte em São Paulo é complicada, conforme dados da pesquisa IBOPE 2008 sobre a opinião do trânsito e transporte do paulistano: Figura 44 - Pesquisa IBOPE sobre transportes na capital paulista. Fonte: http://sponibus.files.wordpress.com/2008/06/pesquisa-opiniao-ibope1.jpg Conforme relatado na pesquisa, 85% dos entrevistados estão totalmente insatisfeitos com o trânsito, 61% com o tempo médio de espera nos pontos de ônibus, entre outros problemas e situações relatadas na pesquisa. Desta forma, também não é de se estranhar que a questão da informação ao usuário em São Paulo não é tratada como um fator importante para o turismo e atrator de usuários para o sistema. Esta é uma situação que merece uma grande
  • 66. 60 mudança para que a cidade possa se orgulhar de fornecer um excelente serviço à sua população e aos turistas. De acordo com informações da SPTrans, empresa responsável pela gestão e planejamento do sistema, são aproximadamente 15 mil veículos na frota da cidade e 1.348 linhas. Em 2010, os subsistemas estrutural e local somados transportaram pouco menos de 3 bilhões de passageiros. São aproximadamente 19 mil paradas de ônibus, demarcadas por um totem ou cobertura. O sistema é composto por diversos terminais e corredores de ônibus. Relativo às informações aos usuários em si, foco deste trabalho, primeiramente serão apresentadas as fornecidas pelo site oficial da SPTrans, em seguida pelas informações existentes nos pontos, nos veículos e para concluir serão apresentados sites independentes de informação do sistema. Figura 45 - Informações do site da SPTrans. Fonte: www.sptrans.com.br
  • 67. 61 No site oficial da SPTrans, a pesquisa é bem direta. Logo na primeira página do site já é possível pesquisar um trajeto, pesquisar por uma linha de ônibus ou pesquisar por locais. Os dois primeiros tipos de pesquisa são relativos aos ônibus. Na pesquisa por trajeto, o site permite uma busca avançada, definindo distância de caminhada, utilizar ou não o metrô e trem na pesquisa, e outras variáveis. Basicamente é possível pesquisar informando um endereço, um cruzamento ou um ponto de interesse. A lista destes pontos de interesse é extensa, conforme imagem. Figura 46 - Pesquisa por trajetos, linha ou local no site. Fonte: www.sptrans.com.br Figura 47 Tipos de instalações onde se pode partir ou chegar uma pesquisa. Fonte: www.sptrans.com.br Depois de informado os dados solicitados, o site fornece um resultado de busca com tempo estimado de viagem, preço, mapa do trajeto, indicação do endereço do ponto de parada, eventuais transferências, notícias do trajeto, local de embarque e desembarque. Pode ser solicitado a informação de linhas alternativas possíveis ou o detalhe e horário da linha.
  • 68. 62 Figura 48 - Resultados da busca por trajeto na cidade de São Paulo pelo site da SPTrans. Fonte: www.sptrans.com.br As informações detalhadas das linhas fornecidas pelo site da SPTrans seguem abaixo. São informados os letreiros de ida e volta, início e término da operação, número de partidas por hora, tempo médio de percurso para a linha e o itinerário, inclusive com o itinerário de numeração das ruas. Figura 49 - Disponibilização de informações bem detalhadas sobre as linhas em São Paulo. Fonte: www.sptrans.com.br
  • 69. 63 O outro tipo de pesquisa é por número de linha. Abaixo segue um exemplo de pesquisa para a numeração 177. São informadas todas as linhas que possuem essa combinação de números. Ao lado segue o detalhe do trajeto no mapa do Google para a linha 177Y. Também podem ser obtidas as informações acima para a linha clicando no link para detalhamento da linha. Figura 50 - Resultado de pesquisa por linha. Fonte: www.sptrans.com.br Além do site, o Google Transit também está disponível para a cidade de São Paulo. Recentemente, em julho de 2011, a nova versão do Google Maps para Android agora avisa quando descer do trem ou do ônibus. O aplicativo inclui instruções de parada para transporte público. O dispositivo se utiliza das informações do GPS para informar em que ponto o usuário deve descer.
  • 70. 64 Figura 51 - Resultado de busca por trajeto no Google Transit em São Paulo. Fonte: www.maps.google.com.br Essencialmente são estas as informações fornecidas pelo site da SPTrans. O mecanismo de pesquisa é eficiente e claro, as informações da linha são detalhadas e o método de pesquisa por linha permite verificar o trajeto no Google Maps. Em comparação com outras cidades, este mecanismo atende bem, de forma rápida, as demandas de informação para trajetos na cidade. Entretanto, caso a informação seja necessária na rua, entram os problemas da falta de informação nos pontos de São Paulo. Inicialmente, com relação aos corredores de ônibus da cidade, estes possuem as seguintes informações no ponto: identidade visual das parradas do corredor, com indicação do nome da parada e sentido do embarque, assim como o endereço. Na espera, apenas um painel fornece informações do sistema. Um mapa dos arredores, com a indicação de ruas próximas, e um mapa do corredor, indicando linearmente as paradas. As informações das linhas que param no ponto seguem abaixo, com a diferenciação das linhas que param em cada uma das plataformas da estação do corredor.
  • 71. 65 Figura 52 - Informações nos corredores de ônibus em São Paulo. Figura 53 - Ônibus e entrada do corredor em São Paulo. Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=868724 São informações insuficientes para deslocamentos na cidade. Qual linha passa pela avenida Paulista? Qual linha deixa no metrô da linha azul? Qual linha até um shopping específico?
  • 72. 66 Apesar da operação de mais de vinte linhas no ponto, a questão da informação mais completa é muito importante para a eficiência da rede e da boa prestação do serviço à população e aos turistas. Como São Paulo é uma cidade espraiada e muito extensa, para alguns destinos apenas a informação do bairro final do ônibus não ajuda para saber seu trajeto, ao contrário de uma cidade como o Rio de Janeiro. Estação Estados Unidos do corredor da Avenida Nove de Julho. Sobra espaço para informar sobre os serviços. Figura 54 - Parada Estados Unidos do Corredor de Ônibus da Av. 9 de Julho em São Paulo. Nos corredores está informado também, através de painéis eletrônicos, o tempo de espera para os próximos veículos. Entretanto, este recurso não é confiável, já que são recorrentes as reclamações sobre o serviço e falhas. Conforme noticiado recentemente pelo G1, em 18 de julho de 2011: “Relatório do Tribunal de Contas do Município (TCM) de São Paulo aponta que 65% das linhas de ônibus da capital descumprem os horários de partidas. Em 2008, a SPTrans começou a instalar painéis nos terminais e corredores de ônibus para informar aos passageiros sobre o horário de chegada e a localização dos veículos, o projeto “Olho Vivo”. Entretanto, alguns corredores de ônibus não contam com os painéis de informação. Em outros, o horário mostrado nos painéis não coincide com as partidas dos coletivos".
  • 73. 67 Figura 55 - Sistema que informa os próximos ônibus no ponto. Infelizmente uma medida que seria muito útil à população não foi bem implementada, gerando diversos problemas recorrentes. Figura 56 - Notícias diversas sobre mau funcionamento dos painéis, conforme pesquisa no G1. Fonte: www.g1.com.br Com relação aos pontos de ônibus, a situação atual é complicada. Entretanto, conforme notícia do G1 em 19 de outubro de 2011, o prefeito da cidade sancionou lei que autoriza concessão de mobiliário urbano. A empresa pagará para ter direito de administrar relógios e pontos de ônibus.
  • 74. 68 “O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, sancionou nesta quarta-feira (19) a lei 14.465, que autoriza a Prefeitura de São Paulo a abrir licitação para escolha da empresa ou consórcio de empresas que vai administrar a publicidade nos relógios de rua e pontos de ônibus na cidade de São Paulo.” “O texto sancionado prevê, além da recuperação e manutenção do mobiliário urbano já existente na capital, a instalação de mais mil relógios digitais e de até 16 mil pontos de parada de ônibus, abrigos e painéis eletrônicos.” Segue abaixo a foto de um ponto de ônibus localizado na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, em área nobre da cidade no bairro dos Jardins, próximo à Avenida Paulista. Abaixo seguem mais fotos de diversos pontos de ônibus para a cidade de São Paulo. Inicialmente uma imagem com três tipos diferentes de totens adotados pela SPTrans para a indicação de ponto de ônibus. Sem qualquer tipo de informação. Figura 57 - Ponto de ônibus bastante degradado em área nobre de São Paulo. Logo à direita na foto as informações que são disponibilizadas são os números das linhas que passam no ponto e o ponto final respectivo. Até mesmo para moradores, não é suficiente para saber mais detalhes se as linhas atendem ou não suas demandas de transporte.
  • 75. 69 Figura 58 - Diversos tipos de mobiliário urbano para paradas de ônibus em São Paulo. Figura 59 - Outra parada de ônibus degradada em próximo ao Parque do Ibirapuera, área nobre da cidade.
  • 76. 70 Figura 60 - Pontos de ônibus na Avenida Paulista, ponto turístico e importante avenida da cidade. Sem informações. Acima, ponto de ônibus em plena avenida Paulista. Quatro abrigos, sem qualquer tipo de informação ao usuário. Sendo uma avenida central e muito importante no cenário turístico da cidade, informar sobre os serviços de ônibus é muito importante para ajudar a reverter a tendência de utilização de transporte individual. Novamente na questão da depredação e degradação deste mobiliário, chegou a tal ponto que já foi notícia no portal da Folha, importante jornal do país: Figura 61 - Fotos do jornal Folha de São Paulo também mostrando a degradação deste tipo de mobiliário urbano na capital. Fonte: www.folha.com.br
  • 77. 71 E reportagem veiculada no site da Bandeirantes (band.com.br) do dia 28 de março de 2011: “Além de enfrentar a lotação e o mau humor de motoristas e cobradores, os paulistanos que usam o transporte coletivo precisam esperar o ônibus debaixo de chuva ou sol forte. Das 19 mil paradas existentes na cidade, só 7 mil possuem cobertura, segundo a SPTrans. Desses, 4.000 contam com assentos para que os usuários possam aguardar sentados.” “Além de quase dois terços (63%) dos pontos não terem abrigo, os equipamentos sofrem com a falta de manutenção. Muitos estão pichados e sujos. E entre os cobertos, muitos estão com o teto danificado.” Como podem ser verificados pelas imagens, os pontos de ônibus da cidade de São Paulo são uma referência negativa para grandes metrópoles. Sem padronização, sem informação, degradados, mal cuidados e sem manutenção. Até mesmo em áreas centrais e nobres. Em contraste, o metrô de São Paulo fornece um excelente serviço de informação ao usuário. Figura 62 - Painel de Informações na linha 4 do Metrô de São Paulo. Em todas as estações do metrô estão dispostas diversas informações importantes ao usuário.
  • 78. 72 Com relação às informações no veículo em si, existem, porém, estão aquém do esperado para uma metrópole do tamanho de São Paulo. Abaixo segue a foto da frente de um ônibus na cidade: painel eletrônico para a vista, detalhe de avenidas importantes do itinerário afixado logo abaixo, e uma placa padrão na frente do ônibus indicando número da linha, cor da área de operação e principais logradouros da rota. Na foto seguinte está o painel que fixa na lateral do veículo, ao lado da escada de embarque. Informa As principais vias da rota, os pontos iniciais e finais e número da linha. Este esquema linear é a maior referência da rota. Figura 63 - Informações na parte frontal do veículo. Figura 64 - Informações na lateral do veículo próximo à porta de entrada.
  • 79. 73 Figura 65 - À esquerda, painéis afixados acima do cobrador com as ruas do itinerário. Fonte: http://urbanistas.com.br/sp/2008/08/20/putz-sera-que-perdi-o-busao/ Na imagem acima, no canto superior esquerdo e na esquerda, estão os painéis que ficam afixados acima do cobrador, indicando as ruas e avenidas do itinerário com mais detalhes. A localização e o tamanho das letras não ajudam para avaliar a informação mais detalhadamente. Para São Paulo existem também alguns sites independentes que informam sobre serviços de transporte por ônibus, com destaque para o toape.com.br, o cruzalinhas.com e o onilinhas.com.br. O primeiro possui todas as linhas de ônibus, com informações sobre o itinerário e todos os pontos de parada ao clicarmos em uma rota. O segundo tem o diferencial de mostrar todos os itinerários que passam nas proximidades de um ponto escolhido, ou mesmo indicar todas as rotas que passam por dois pontos, ligando-os. O terceiro mostra opções de rota para uma origem e um destino informados no mapa.
  • 80. 74 Figura 66 - Site independente TôaPé com informações sobre itinerários e paradas. Fonte: www.toape.com.br Na pesquisa abaixo para o site Cruzalinhas estão no mapa todas as linhas que servem às proximidades da PUC-SP. Uma excelente ferramenta que este tipo de serviço fornece é um diagnóstico da rede de itinerários: por exemplo para o caso em questão, não existe uma linha que corta transversalmente a região nas proximidades.
  • 81. 75 Figura 67 - Site independente Cruzalinhas, que coloca no mapa todas as rotas das proximidades de um ponto marcado no mapa. Fonte: www.cruzalinhas.com.br Figura 68 - Site Independente OniLinhas que permite realização de buscas entre dois pontos no mapa informando as rotas possíveis. Fonte: www.onilinhas.com.br
  • 82. 76 Estes três sites mostram novamente como a questão da informação é importante para o usuário do sistema. O maior problema para os sites independentes é a questão da atualização da informação, que está sempre concentrada no órgão responsável. Entretanto, apesar de serem pouco conhecidos, são iniciativas importantes para agregar no número de canais de informação disponíveis. Em resumo, São Paulo apresenta um bom sistema de informação ao usuário on-line, com um sistema de pesquisa de trajetos funcional e pesquisa por linhas permitindo conhecer detalhes da operação de cada linha. O maior problema para a informação em São Paulo é a questão da informação no ponto de ônibus em si, que no geral revelou uma situação de degradação do mobiliário urbano. A informação no interior do veículo também é bem reduzida.
  • 83. 77 4.2 - Cidades Internacionais 4.2.1 - Cingapura Cingapura é uma cidade-estado insular localizada no extremo sul da península malaia e ao norte da Indonésia. Possui aproximadamente 5 milhões de habitantes e uma das mais desenvolvidas economias da Ásia, sendo conhecida como um dos Tigres Asiáticos. Possui um índice de desenvolvimento humano bastante elevado, assim como um alto padrão de vida. É também uma das mais caras cidades para se viver na Ásia. No que diz respeito ao sistema de transporte urbano na cidade, é reconhecido por 80% dos seus habitantes como eficiente e bem-integrado, oferecendo escolhas adequadas, conforme pesquisa da Land Transportation Authority (LTA) do país, que é a responsável pelo planejamento do sistema. Esta pesquisa também mostrou que 70% concorda que o sistema é de classe mundial, indo ao encontro de suas expectativas, e está bem posicionado com a necessidade de transporte para o futuro de Cingapura. A pesquisa também mostrou que os habitantes estão satisfeitos com o sistema de transporte público, o MRT (metrô), LRT (metrô leve), ônibus e serviços de táxi, em termos de conveniência, acessibilidade, ganho em tempo de viagem, confiabilidade e conforto. Com relação ao sistema de ônibus, ele é operado basicamente por duas empresas, a SBS Transit e a SMRT Corporation, além de operarem linhas de metrô, metrô leve, táxis, serviços shuttle, e outros serviços. Com relação especificamente já ao sistema de informação ao usuário, Cingapura atua em diversas frentes de informação, tanto pelo lado do governo como pelo lado das empresas na parte privada. Inicialmente serão apresentadas as ferramentas on-line disponíveis, os meios de informação pelo celular, informação no ponto de ônibus e outros guias de uma forma geral. Cingapura de uma forma geral se destaca pela vasta informação on-line prestada tanto pelas duas principais empresas operadoras como pelo site institucional do governo. Notou-se um bom apelo pelo lado do Marketing, com diferentes serviços e identidades. Segue abaixo o site do PublicTransport@SG, que é disponibilizado pela Land Transportation Authority (LTA) que é responsável pelo planejamento do sistema.
  • 84. 78 Figura 69 - Site Institucional para transporte público da Land Transport Authority. Fonte: www.publictransport.sg Este site especificamente possui diversas frentes de informação. É um site dedicado do organismo gestor para a questão do transporte público, seu marketing e informação ao usuário. À esquerda temos uma parte específica de informação para diferentes tipos de usuários, um serviço de planejamento de rotas, mecanismo para cálculo de tarifas, programas para celulares e smartphones, mapa da rede principal de ônibus de diferentes bairros, e informações sobre o serviço Premium. Seguem informações sobre o serviço para celulares:
  • 85. 79 Figura 70 - Aplicativo para iPhone da LTA My Transport SG. Fonte: www.publictransport.sg A LTA fornece o serviço MyTransport.SG para celulares com informações de forma integrada, tanto de transporte público, ônibus, metrô/metrô leve táxis, trânsito, câmeras e outros. Especificamente:  Serviços de ônibus: Procura e localiza pontos de ônibus próximos e os números das linhas servidas. Também é possível verificar em tempo real os horários de parada dos ônibus nos pontos, assim como detalhes da rota.  MRT/LRT: Procura e localiza estações próximas. Permite a visualização dos mapas das redes do MRT/LRT e mostra o número de paradas necessárias para alcançar o seu destino.  Táxi: rápida ligação para todas as cooperativas de táxi também como ligação para o serviço de táxi comum da LTA. Permite também verificar tarifas antes de chamar um táxi.  Planejamento de Viagem: saiba como chegar entre dois pontos de transporte público.  Premium Buses: permite a localização de serviços de Premium Buses (serviços especiais com ônibus tipo rodoviários que só permitem passageiros sentados e utilizam as rodovias). Permite também ver detalhes das rotas, o quadro de horários e as tarifas.  Além disso, este aplicativo possui diversas informações para motoristas, como disponibilidade de vagas de estacionamento, câmeras de trânsito ao longo da cidade, notícias relativas ao trânsito, localização de incidentes das rodovias pelo google maps; lista e disponibilidade das estações com Park and Ride em Cingapura (estações com estacionamento integrado).
  • 86. 80 Outra iniciativa muito eficiente fornecida pelo site é o mecanismo de busca Getting Around: ele permite a procura por ruas, códigos postais, edifícios, assim como pesquisas por linhas de ônibus; estações de MTR/LRT e estações terminais de ônibus. A pesquisa por rotas de ônibus mostra o itinerário no mapa, assim como as estações servidas pela rota. A própria pesquisa pelo mapa permite clicar em um ponto de ônibus que será listado o código do ponto, o nome do ponto, o endereço do mesmo, assim como as rotas que servem este ponto. Figura 71 - Site específico para pesquisa de itinerários e trajetos. Fonte: www.publictransport.sg É importante destacar que Cingapura tem essa base de dados aplicada: todos os pontos de ônibus possuem um código, um nome, e seu respectivo endereço. No referido mapa, ao clicarmos em uma rota após selecionarmos um ponto específico, é fornecida a informação da rota na imagem seguinte:
  • 87. 81 Figura 72 - Informações detalhadas das rotas. Fonte: www.publictransport.sg Estas informações estão também disponíveis nos pontos de ônibus, conforme será apresentado posteriormente. Neste diagrama temos em destaque o número da linha, o seu destino, ao lado a frequência do ônibus, esta em pico ou fora do pico; primeiro e último ônibus. Abaixo, estão listadas: o nome das principais avenidas do itinerário, a distância em média percorrida no trajeto e o nome do ponto servido. Este é um diagrama simples e direto que contém as informações necessárias para o usuário. Além desses informativos, o site dispõe do mapa Key Bus service map, que fornece um diagrama das principais linhas que atendem certa região da cidade. Segue abaixo uma parte desde diagrama, dado seu tamanho. Este diagrama está presente em 76 pontos de ônibus nas áreas centrais, de acordo com a LTA.
  • 88. 82 Figura 73 - Diagrama esquemático das rotas de ônibus de uma região. Fonte: www.publictransport.sg Pode ser verificado que o diagrama, apesar de muitas linhas na avenida principal, é bem diagramado e mostra os principais pontos da cidade, incluindo shoppings, pontos de interesse, Museus e outros equipamentos públicos. Este mapa, conforme verificado através do serviço Street View, do Google, também está disponibilizado nos pontos de ônibus, que será tratado em seguida. Estas foram as informações disponibilizadas pelo site institucional. Além desse, e de grande representatividade está o site da maior operadora, a SBS Transit, que disponibiliza uma grande gama de informações para o usuário. Um destaque para a gestão em Cingapura é que existem diversos serviços diferenciados através de uma marca (Premium Services, Fast Foward, Chinatown Direct, Park Services, Nite Owl), inclusive com sites próprios e informações dedicadas. São diversos serviços diferenciados como linhas expressas, ligação direta nos horários de pico com um serviço de qualidade maior, entre outros. Como o foco deste trabalho é sobre o sistema de informação, não será detalhado o marketing nem os serviços em si.
  • 89. 83 Figura 74 - Site da operadora SBS Transit. Fonte: www.sbstransit.com.sg Como pode ser verificado, o site da SBS Transit permite a pesquisa por linhas de ônibus e seu quadro de horários, tarifas, integrações e conexões em terminais, e serviços de planejamento de viagens: seja através da pesquisa por locais de interesse e pontos especiais, nome da rua, número do serviço ou através de mapa. O serviço de pesquisa por rua, por exemplo, lista todos os pontos de parada daquela via, com o nome do ponto, número da via. Clicando no ponto em si, são apresentadas as rotas servidas naquele ponto, que também podem ser detalhadas em seguida. Este serviço de busca é o Iris Journey Planner. Também foi verificado que a outra empresa operadora, a SMRT, também disponibiliza serviços de busca de diversas formas em seu site. Foi verificado que neste site é possível também fazer o download de guias de passeios detalhados com os ônibus que podem ser utilizados para chegar ao destino, assim como estações de metrô próximas.
  • 90. 84 Figura 75 - Pesquisa de trajetos através do Google Transit. Fonte: www.maps.google.com Ainda como um elemento de informação está a pesquisa através do serviço do Google Transit, que se agrega às diversas funcionalidades de busca oferecidas pelos sites e nos pontos de ônibus. Descritas, em linhas gerais, as informações fornecidas on-line, seguem as informações que estão localizadas nos pontos de ônibus de Cingapura. A imagem abaixo segue do Street View localizado na Orchard Road, em frente ao Plaza Cingapura, que é um dos itens destacados no diagrama acima, no canto superior esquerdo. Embora os pontos de ônibus em si em Cingapura variem no mobiliário urbano, a informação disponibilizada nos pontos se mostrou coerente e padronizada. Nem todos os pontos verificados no google apresentaram o mapa esquemático, que estava presente nos pontos das áreas centrais. Na imagem abaixo, no círculo vermelho, está localizado o diagrama esquemático das principais linhas da região. Em azul, estão dispostas as informações das rotas em específico, conforme detalhamento disposto acima. No círculo amarelo, está o totem, este que é comum e padronizado para as paradas.
  • 91. 85 Figura 76 - Ponto de ônibus numa área central de Cingapura. Fonte: Street View www.maps.google.com Como já foram detalhados os dois primeiros itens, segue o detalhamento do totem utilizado. Na foto abaixo, embora seja servida por apenas um serviço, permite observar como é composta: o ícone de ônibus (já que as empresas operam também metrô e outros sistemas); o código do ponto, o nome do ponto e as linhas que o servem. Figura 77 - Totem padrão da cidade de Cingapura. Fonte: http://sgforums.com/forums/1279/topics/377758?page=4