1. ÁREA FISCAL – FGV/ESAF
PROFESSORA SILVIA FERREIRA
O risco não vem de alguma ameaça cósmica - o choque de algum meteoro ou asteroide rasante - nem de algum
cataclismo natural produzido pela própria Terra - um terremoto sem proporções ou algum deslocamento fenomenal
de placas tectônicas.
1. Assinale a alternativa que apresente a função correta dos travessões empregados no fragmento acima:
a) destacar o argumento que constitui a informação mais relevante do período.
b) introduzir discurso direto, indicando a mudança de interlocutor.
c) isolar informação aposta que exemplifica o enunciado anterior.
d) marcar a aceleração da voz na melodia típica das orações restritivas.
e) assinalar a pausa máxima da voz numa entoação ascendente.
GABARTO: C - A função do travessão no trecho em análise é isolar uma informação que exemplifica enunciado/termo
anterior, já que, tanto o termo antecedente, quanto o que está isolado, fazem referência ao mesmo assunto (podem
ser intercambiados). Demais casos: a) O conteúdo isolado pelos travessões não tem caráter argumentativo, mas
exemplificativo; b) O travessão só é empregado em discurso direto para introduzir fala de personagem; d) Não há
ligação entre orações restritivas e aceleração da voz; e) A pausa máxima é assinalada pelo ponto final, e não pelo
travessão.
2. Em relação ao texto, assinale a opção correta.
IBGE e BNDES mostraram que a desesperança nas cidades pequenas empurra a força de trabalho para as médias, que
detêm a) maior dinamismo econômico. A carga da pesada máquina administrativa b) das pequenas "cidades mortas"
é pagab)pelas verbas federais do Fundo de Participação dos Municípios. A economia local nesses municípiosc), como
o IBGE também já mostrouc), é dependente da chegada do pagamento dos aposentados do Instituto Nacional de
Seguridade Social. O seminário "Qualicidade", por sua vez, confirmou que a favelizaçãoe) é produto de "duas
ausênciasd)", ae) do crescimento econômico e ae)de política urbana.
(Gazeta Mercantil, 17/10/2005, Editorial)
a) A forma verbal "detêm" está no plural para concordar com "cidades pequenas".
b) A expressão "é paga" concorda com "máquina administrativa".
c) As vírgulas após "municípios" e após "mostrou" justificam-se por isolar oração intercalada entre termos da oração
principal.
d) O emprego de dois-pontos após "duas ausências", no lugar da vírgula, prejudica a correção do período.
e) A presença de artigo definido feminino singular, em suas duas ocorrências, indica que se pode subentender após o
artigo a repetição da palavra "favelização".
GABARITO: C - Oração principal: A economia local nesses municípios é dependente da chegada do pagamento dos
aposentados do Instituto Nacional de Seguridade Social; Oração intercalada (que vem deslocada, no meio da oração
principal): como o IBGE também já mostrou. Demais casos: a) O pronome relativo “que” substitui o termo “médias”,
então o verbo “detêm” está no plural para concordar com “médias”, e não com “cidades pequenas”; b) O núcleo é “A
2. carga”, e com esse núcleo que a expressão “é paga” concorda; d) O sinal de dois-pontos pode ser usado para anunciar
uma explicação, assim como a vírgula. A substituição manteria a correção gramatical; e) Na verdade, está
subentendida a palavra “ausência”, já que o segmento “a do crescimento econômico e a de política urbana” é uma
explicação desse substantivo.
3. A concordância nominal e verbal está inteiramente correta na frase:
a) A produção de alimentos orgânicos são feitos com respeito ao meio ambiente, evitando-se compostos químicos
tóxicos.
b) Com o revezamento entre uma plantação de milho e outra, por exemplo, de legumes, são evitados o domínio de
certas pragas na lavoura.
c) Os fertilizantes químicos utilizados na lavoura é responsável por emitir um gás que contribui enormemente para o
aquecimento global.
d) As vendas de produtos orgânicos, em todo o mundo, cresceram tanto, que a área dedicada a esse cultivo tornou-
se quatro vezes maior.
e) Os defensores da agricultura orgânica alega que os adubos naturais não prejudica a atmosfera, nem vai parar na
água, intoxicando os peixes.
GABARITO: D - O verbo “cresceram” está empregado no plural para concordar com “As vendas”, assim a concordância
está de acordo com o padrão culto escrito. Demais casos: a) A produção de alimentos orgânicos é feita com respeito
ao meio ambiente, evitando-se compostos químicos tóxicos; b) Com o revezamento entre uma plantação de milho e
outra, por exemplo, de legumes, é evitado o domínio de certas pragas na lavoura; c) Os fertilizantes químicos utilizados
na lavoura são responsáveis por emitir um gás que contribui enormemente para o aquecimento global; e) Os
defensores da agricultura orgânica alegam que os adubos naturais não prejudicam a atmosfera, nem vão parar na
água, intoxicando os peixes.
4. Considere a seguinte frase:
A busca de distinção entre o que é "do bem" e o que é "do mal" traz consigo um dilema (...).
O verbo trazer deverá flexionar-se numa forma do plural caso se substitua o elemento sublinhado por
a) O fato de quase todas as pessoas oscilarem entre o bem e o mal (...).
b) A dificuldade de eles distinguirem entre as boas e as más ações (...).
c) Muitas pessoas sabem que tal alternativa, nas diferentes situações, (...).
d) Essa divisão entre o bem e o mal, à medida que se acentua nos indivíduos, (...).
e) As oscilações que todo indivíduo experimenta entre o bem e o mal (...)
GABARITO; E - Correta - O verbo "trazer" concorda com o núcleo do sujeito "oscilações". Demais casos: a) O verbo
"trazer" concorda com o núcleo do sujeito "fato"; b) O verbo "trazer" concorda com o núcleo do sujeito "dificuldade";
c) O verbo "trazer" concorda com o núcleo do sujeito "alternativa"; d) O verbo "trazer" concorda com o núcleo do
sujeito "divisão".
5. Assinale a alternativa em que, passando-se trechos da frase retirada do texto para o plural, não se respeitaram a
norma culta e as regras de boa discursividade.
a) "Não pode, no entanto, a noção jurídica de efeitos entre gerações se restringir à temática ambientalista." - Não
podem, no entanto, as noções jurídicas de efeitos entre gerações se restringirem às temáticas ambientalistas.
3. b) "A reflexão jurídica sobre o assunto, contudo, não se tem mostrado tão feita quanto aquela encontrada na
economia." - As reflexões jurídicas sobre o assunto, contudo, não se têm mostrado tão fartas quanto aquelas
encontradas na economia.
c) "Imprescindível é, pois, que toda a reflexão sobre a necessidade de um conceito de responsabilidade fiscal não seja
perdida da vista dos administradores públicos, assim como dos cidadãos." - Imprescindível é, pois, que todas as
reflexões sobre a necessidade de conceitos de responsabilidade fiscal não sejam perdidas da vista dos administradores
públicos, assim como dos cidadãos.
d) "Não mais se concebe uma atuação estatal efetiva sem uma apurada reflexão sobre os gastos públicos, seus limites
e sua aplicação." - Não mais se concebem atuações estatais efetivas sem apuradas reflexões sobre os gastos públicos,
seus limites e suas aplicações.
e) "Esse raciocínio baseia-se, contudo, numa falsa comparação." - Esses raciocínios baseiam-se, contudo, em falsas
comparações.
GABARITO: B - Ocorre de forma correta a concordância do sujeito paciente "As reflexões jurídicas sobre o assunto"
com a forma verbal "se têm mostrado". Deve-se atentar para o acento diferencial do verbo "ter" (ele tem/eles têm).
Demais casos: a) Não podem, no entanto, as noções jurídicas de efeitos entre gerações se restringir às temáticas
ambientalistas; c) Deve-se atentar para a forma invariável "Imprescritível é", que concorda com o sujeito oracional
"que toda as reflexões...; d) Deve-se atentar para a correta concordância entre o sujeito paciente "atuações" e a forma
verbal plural "se concebem"; e) Deve-se atentar para a correta concordância entre o sujeito paciente "Esses
raciocínios" e a forma verbal plural "baseiam-se".
6. Observe a frase:
... esses compostos químicos permitiam maior crescimento das plantas...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do verbo grifado acima está na frase:
a) O número de pessoas no mundo chegava a assustadores 3,5 bilhões...
b) ... que começou nos anos 40.
c) A primeira foram os fertilizantes de laboratório.
d) ... sua decomposição consome o oxigênio da água...
e) Com os pesticidas é pior ainda.
GABARITO: D - O verbo “permitiam” e o “consumir” são transitivos diretos, logo exigem complementos sem preposição
obrigatória, o chamado objeto direto. Demais casos: a) VTI; b) VI; c) VL; e) VL.
7. Na questão, marque o segmento do texto que contém erro de estruturação sintática.
a) Adoto como Relatório a minudente instrução da lavra de Elson Rodrigues da Silva Junior, endossada pelos Sr. Diretor
de Divisão e Sr. Secretário da 10a SECEX.
b) Versa a espécie Recurso de Reconsideração interposto pelo Sr. Fulano de Tal e Sicrano de Tal contra o Acórdão
no217/97 da 2a Câmara, com vistas a modificar aquele decisum, com base nos fatos e fundamentos expostos na peça
recursal de fls. 01/08 do volume dos autos.
c) Os recorrentes são sócios-gerentes da empresa Transporte Ltda, que, por meio do instrumento colacionado às fls.
30/45 do volume principal dos autos, celebraram contrato de franquia empresarial com a Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos.
4. d) A ECT, entendendo de que a empresa franqueada atrasou e se omitiu no acerto de contas relativo ao período de
15/04/96 a 16/05/96, instaurou a tomada de contas especial, que consiste no presente feito.
e) O Acórdão no 217/97 da 2a Câmara julgou irregulares as contas dos recorrentes e imputou-lhes a multa prevista.
Gabarito: D – (1)O verbo "entender" é transitivo direto. Logo, seu complemento não poderá ser antecedido pela
preposição "de". O correto seria: "...entendendo que a empresa..."; (2) - O complemento verbal "no acerto de contas"
refere-se tanto ao verbo "atrasou" quanto ao verbo "se omitiu", entretanto de acordo com o rigor gramatical só haverá
paralelismo sintático se os verbos que se relacionarem a um único complemento verbal apresentarem a mesma
regência. O que não ocorre no texto; visto que o verbo "atrasar" não aceita preposição "em", já o verbo "omitir-se" é
pronominal e exige preposição "em" em sua estrutura sintática.
Para que a cobertura mínima oferecida pelos planos de saúde aos seus segurados inclua as tecnologias, os tratamentos
e os equipamentos que entraram em uso recentemente, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) acrescentou
73 novos procedimentos à lista de exames, consultas, cirurgias e outros serviços que as operadoras são obrigadas a
oferecer.
Criada em 2000 para "promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde e regular as
operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com prestadores (de serviços) e consumidores", a ANS opera
numa corda bamba. Entre suas atribuições está a de elaborar a lista dos procedimentos de cobertura obrigatória nos
planos de saúde. Ela tem de assegurar aos que buscam a proteção dos planos de saúde a cobertura mais completa
possível, o que inclui as novas tecnologias na área de medicina. Mas, muitas vezes, os novos procedimentos têm um
custo tão alto que limita seu uso. Se a ANS impuser às operadoras a obrigatoriedade do oferecimento desses
procedimentos poderá levá-las à ruína financeira, o que, no limite, destruiria o sistema de assistência suplementar à
saúde.
(O Estado de S. Paulo, Editorial, 17/01/2010.)
8. Em relação às estruturas do texto, assinale a opção incorreta.
a) O termo "Para que" confere ao período em que ocorre a ideia de finalidade.
b) O emprego do modo subjuntivo em "inclua" justifica-se por se tratar de uma oração subordinada que apresenta um
fato hipotético ou provável.
c) A expressão "numa corda bamba" tem significação conotativa e confere um tom de informalidade ao texto.
d) A expressão "aos que buscam a proteção dos planos de saúde" tem, no período, a função de objeto direto.
e) As expressões "novas tecnologias na área da medicina", "os novos procedimentos", "desses procedimentos"
formam uma cadeia coesiva que retoma a ideia inicial de "as tecnologias, os tratamentos e os equipamentos que
entraram em uso recentemente".
GABARITO: D - A expressão “aos que buscam a proteção dos planos de saúde” não poderia nunca exercer a função de
objeto direto. O verbo “assegurar”, nesse caso, é transitivo direto e indireto (assegurar algo a alguém), então possui
um complemento direto e um indireto.
9. Assinale a opção que corresponde a erro gramatical.
O IDH é um índice que, pela simplicidade, se (1) disseminou mundialmente, tornando-se (2) um parâmetro de
avaliação de políticas públicas na área social, o que não é pouco, levando-se em consideração que há respaldo
científico. No entanto, para além das filigranas metodológicas, é preciso não se perder (3) de vista o ponto
fundamental do IDH, que é medir a qualidade de vida para além de indicadores econômicos. Nesse sentido, ele é uma
5. bem-sucedida alternativa ideológica do indicador puro e simples do Produto Interno Bruto, no qual (4) pode camuflar
o real nível de bem-estar da maioria da população. Com o IDH, medir desenvolvimento humano passou a ser tão ou
mais importante que aferir (5) o mero, e às vezes enganador, desenvolvimento econômico.
(Jornal do Brasil, Editorial, 7/10/2009, adaptado.)
a) (1)
b) (2)
c) (3)
d) (4)
e) (5)
GABARITO: D - Está incorreto o uso da preposição "em" antes de "o qual", uma vez que nenhum verbo ou nome solicita
essa preposição. Assim, o correto seria: "... Produto Interno Bruto, o qual pode camuflar o real nível de bem-estar da
maioria da população.".
10. Assinale a alternativa cuja oração sublinhada exemplifica o processo de coordenação.
a) “É dever do Estado (em atendimento a um direito inalienável) prover crianças e adolescentes com cuidados,
segurança, oportunidades, inclusive de recuperação diante de deslizes sociais”.
b) “Neste sentido, o ECA mantém dispositivos importantes, que asseguram proteção a uma parcela da população em
geral incapaz de discernir entre o certo e o errado à luz das regras sociais”.
c) “Mas, se estes são aspectos consideráveis, por outro lado é condenável o viés paternalista de uma lei orgânica que
mais contempla direitos do que cobra obrigações daqueles a quem pretende proteger”.
d) “É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade, como o emprego de menores em ações –
inclusive armadas – de quadrilhas organizadas, ou serve de salvo‐conduto a jovens criminosos para afrontar a lei”.
e) “É um tipo de interpretação que anaboliza espertezas da criminalidade,, como o emprego de menores em ações –
inclusive armadas – de quadrilhas organizadas, ou serve de salvo‐conduto a jovens criminosos para afrontar a lei”.
GABARITO: E - Uma oração coordenada aditiva (apesar de a conjunção ou normalmente apresentar valor semântico
de alternância/escolha, nessa oração está sendo empregada com valor semântico de adição, podendo ser substituída
pelo conectivo e ou ainda por bem como), exemplificando um processo de coordenação.
11. Quanto à norma culta, em relação aos termos grifados, assinale a opção correta.
Para que a intervenção governamental se justifique é preciso, primeiro, que se prove a existência de uma distorção
que faça com que o mercado não aloque eficientemente os recursos. Segundo, que se pondere as alternativas para
corrigir aquela distorção à luz de seus custos e benefícios. Pode-se concluir pela adoção de medidas corretivas, e de
que tipo devem ser, somente após esta análise. Dada a realidade brasileira, é provável que essas tendam a ser muito
mais relativas à natureza da política econômica do que da política industrial. Esta última ainda precisa ser muito melhor
embasada.
(Adaptado de Cláudio Haddad)
a) Todas as ocorrências de "se" admitem mudança de colocação.
b) Em "se justifique", a próclise do "se" está em desacordo com a norma culta.
6. c) Em "se prove", a norma culta admite a ênclise do "se".
d) Em "se pondere", a próclise do "se" é facultativa.
e) Em "Pode-se", a ênclise do "se" justifica-se por ser início de oração.
Gabarito: E - Ênclise obrigatória em virtude de termos um pronome no início de um período. O que configura um caso
de ênclise. Demais casos: a) As três primeiras situações retratadas no trecho não admitem mudança de colocação do
pronome em virtude de constituírem casos de próclise obrigatória; já, no último caso, poderíamos posicionar o
pronome átono de três formas (enclítico ao auxiliar: Pode-se concluir; proclítico ao principal: Pode se concluir; enclítico
ao principal: Pode concluir-se); b) Próclise obrigatória em virtude de ser uma oração subordinada adverbial final; c)
Próclise obrigatória em virtude de ser uma oração subordinada substantiva subjetiva; d) Próclise obrigatória em
virtude de ser uma oração subordinada substantiva subjetiva;
12. O único segmento grifado que NÃO está empregado em conformidade com o padrão culto escrito é:
a) Não é muito agradável estar com aqueles meus primos, porque eles falam ininterruptamente de si.
b) Esse é o tipo de questão que você terá de resolver com nós mesmos.
c) A fim de não encontrá-lo no consultório, deixei para ir no dia seguinte.
d) Ele preencheu o formulário de modo inadequado, é onde o coordenador chamou sua atenção.
e) Cabelos cacheados e sedosos moldam-lhe o rosto afilado e claro.
GABARITO: D - O advérbio "onde" deve ser empregado apenas para indicar lugar, assim está empregado
desrespeitando a norma culta, pois a ideia do texto é de causa, motivo e não de local físico.
13. Na questão, marque o item sublinhado que represente impropriedade vocabular, erro gramatical ou ortográfico.
Há(A) tempos está em tramitação no Congresso proposta para reforma do sistema financeiro que concede
independência plena ao Banco Central. São fortes as pressões para que a matéria seja aprovada ainda sob(B) o atual
governo. A iniciativa contempla contradição insanável(C). Não existe fórmula política capaz de aumentar a
independência do BC. Nenhuma agência governamental superaria-o(D) em matéria de liberdade. Atua
independentemente(E) de qualquer controle externo.
(Baseado em Josemar Dantas)
a) A
b) B
c) C
d) D
e) E
GABARITO: D - A forma verbal "superaria" está no futuro do pretérito. Assim, devemos empregar a mesóclise
(pronome no MEIO do verbo), e não a ênclise (pronome no final do verbo). O correto, portanto, é: Nenhuma agência
governamental superá-lo-ia em matéria de liberdade.
14. A respeito do trecho "sem ofensa à lei e anteriormente à ocorrência do fato gerador", analise os itens a seguir:
I. Os termos "à lei" e "à ocorrência do fato gerador" desempenham funções sintáticas diferentes.
7. II. As duas ocorrências da preposição a, que formam os dois casos de crase, subordinam os termos que introduzem ao
mesmo elemento.
III. Somente a segunda ocorrência de crase não é obrigatória.
Assinale:
a) se somente os itens I e II estiverem corretos.
b) se nenhum item estiver correto.
c) se somente os itens II e III estiverem corretos.
d) se somente os itens I e III estiverem corretos.
e) se todos os itens estiverem corretos.
GABARITO:B - I. No trecho "sem ofensa à lei", há a ideia de passividade. Portanto, o termo "à lei" exerce a função de
complemento nominal. Por sua vez, a expressão "à ocorrência do fato gerador" complementa o sentido do advérbio
"anteriormente" (advérbio de base nominal, derivado do adjetivo "anterior", acrescido do sufixo "-mente"). Portanto,
também desempenha a função de complemento nominal; II. Em "à lei", há uma vinculação ao substantivo "ofensa";
já em "à ocorrência do fato gerador", há uma vinculação ao advérbio "anteriormente"; III. No excerto "sem ofensa à
lei", o termo regente "ofensa" rege a preposição "a", a qual antecederá o termo regido "lei". No segundo segmento,
ocorre caso semelhante: o termo regente "anteriormente" rege emprego da preposição "a", o qual antecederá o
substantivo "ocorrência" (termo regido). Fazendo o teste acima mencionado, percebe-se que esse vocábulo admite a
anteposição do artigo definido feminino "a". Portanto, haverá, obrigatoriamente, a fusão da preposição "a" com o
artigo definido "a", acarretando o fenômeno da crase.
15. Dos trechos transcritos do texto, assinale aquele em que se poderia empregar opcionalmente o acento indicativo
de crase.
a) Preferência a respeito das ações humanas.
b) Diante da multiplicidade de caminhos a nossa disposição.
c) Na verdade, somos obrigados a escolher.
d) Podem ser predicados a todos os atos humanos.
e) Não se reduzem a fenômenos meramente subjetivos.
GABARITO: B - Antes de pronomes possessivos femininos, é facultativo o emprego da crase. As construções "a nossa
disposição" e "à nossa disposição" são admitidas. Demais casos: a) Como a palavra "respeito" é substantivo masculino,
não se admite o emprego da crase em "a respeito"; c) Não se emprega a crase antes de verbos. Assim, não se admite
o seu emprego em "a escolher"; d) Os pronomes indefinidos repelem o artigo definido. Assim, não se admite crase em
"a todos"; e) Não se emprega crase antes de substantivos masculinos (no caso, "fenômenos").
Leia o texto:
Freud, o peixeiro e os excluídos
Há anos compro peixe na mesma feira com o mesmo peixeiro. Disse a ele outro dia: Quando crescer, quero ser
peixeiro. Devolveu a provocação: "Boa escolha, professor. É a profissão do id." Fiquei uma semana intrigado. Enfim,
um peixeiro freudiano no Rio de Janeiro! Um analista excêntrico que tem por hobby limpar escamas! Na feira seguinte,
perguntei: Ok, peixeiro é a profissão do id. Mas como assim? "O professor não conhece a Bíblia? Cristo precisava de
apóstolos, chamou os pescadores e disse: Ide e pregai o evangelho a toda criatura!".
8. Um sujeito bem intencionado quer dizer uma coisa, o freguês entende outra. Quando dizemos "direitos humanos",
por exemplo, o que entendem os peixeiros, torneiros mecânicos, políticos profissionais, investigadores de polícia,
personal trainings e membros de outras profissões? Não sabemos, mas deveríamos.
A luta social não acontece só na "política" - partidos, parlamentos, sindicatos etc. Acontece também no interior da
linguagem. Os desentendimentos por causa das palavras são, às vezes, desentendimentos sociais.
Não se sabe, por exemplo, quem inventou a palavra "excluídos" para designar pobres. Os movimentos sociais
incorporaram a palavrinha sem refletir. A criança que não tem escola - está "excluída" da escola. O trabalhador que
não tem emprego - está "excluído" do emprego. A palavra designa um fato real, mas o que quer dizer? Que a sociedade
tem um lado de dentro e outro de fora. Como se fosse um trem correndo pela Baixada Fluminense (digamos): nós que
estamos dentro olhamos pela janela e vemos as casas e pessoas que estão de fora.
Acontece que a sociedade não é um trem que corre pela Baixada. A sociedade é o trem e as pessoas que vemos pela
janela do trem. A sociedade não tem lado de fora. O que está fora da sociedade seria desumano, pois ela nada mais é
que a relação entre os humanos. Não formamos sociedade com os cães, os mosquitos, os micos-leões-dourados. A
única possibilidade de um ser humano ser excluído dela é deixar de ser humano. Até mesmo a nossa relação com a
natureza e os bichos se faz por meio da sociedade.
O leitor já viu onde quero chegar. Chamar alguém de "excluído" é lhe retirar a condição de humano. Ora, os
movimentos sociais, que lutam para estender os direitos humanos a todas as pessoas, querem precisamente o
contrário: querem humanizar ricos e pobres, negros e brancos, homens de bem e criminosos, bonitos e feios. Como é
então que usam, e abusam, da palavra "excluídos"? Como é que admitem que a sociedade tem um lado de dentro
(onde estão os incluídos) e um lado de fora (onde estão os "excluídos")? Como é que se deixam enredar por esse
pântano de palavras, a ponto de negar com a boca o que fazem com o coração?
Alguém os enredou. Quem foi? Talvez o Polvo de Vieira. "O polvo, escurecendo-se a si, tira a vista aos outros, e a
primeira traição e roubo que faz é a luz, para que não se distinga as cores". Não é inocente chamar os explorados de
nossa sociedade de "excluídos". Primeiro, porque, sutilmente, se está negando aos pobres a humanidade que os
outros teriam. Segundo porque se está desvinculando a pobreza ("exclusão") da riqueza ("inclusão"). Por esse modo
de pensar, aparentemente inocente, os ricos nada têm a ver com os pobres. Estes são problema do governo, "que
devia dar escola, saúde e segurança aos excluídos" e dos políticos "que só sabem roubar".
Temos até hoje feira de trabalhadores: centenas de homens fortes acocorados esperando o "gato" selecionar os que
vão trabalhar. O salário obedece à lei da oferta e procura: sobe se os acocorados forem poucos, desce se forem muitos.
Como lidar com o número crescente de pessoas que nascem, vivem e morrem sem trabalho? O Brasil inventou várias
"soluções" para esse problema do desenvolvimento. Uma delas foi o padrão popular de acumulação: o Se Virar. Os
que se viram não estão excluídos de nada. Pertencem a um padrão de acumulação que compete há cem anos com o
padrão capitalista.
Na minha feira, há muitos vendedores de limão. Alguns vendem outras coisas. São "excluídos"? Produzem maisvalia
como qualquer outro proletário. Desejam roupas, tênis, bailes, prestígio, mulheres de revista, adrenalina, alucinação.
Têm desejos e compram a sua satisfação possuindo a imagem (ou a simulação) dos objetos do desejo. Se tiverem
competência e sorte, se tornarão vendedores de objetos (como limão) ou de sensações (como cocaína). Alguns
abraçarão a profissão do Ide. De um jeito ou de outro, todos estão incluídos.
(Adaptação do texto de SANTOS, Joel Rufino do Jornal do Brasil)
Para construir sua linha de argumentação, o autor transcreveu trecho de um dos sermões de Padre Antônio Vieira.
16. A partir do diálogo Joel Rufino / Padre Vieira, constrói-se a respectiva correlação semântica entre:
9. a) polvo / acocorados.
b) cores / brancos.
c) pobreza / traição.
d) janelas / vista.
e) humanidade / luz.
GABARITO: E - O texto nos mostra que o Polvo de Vieira rouba de si a luz e se mimetiza, disfarçando-se aos olhos do
inimigo. Podemos concluir isso através da leitura da seguinte parte do texto: "O polvo, escurecendo-se a si, tira a vista
aos outros, e a primeira traição e roubo que faz é a luz, para que não se distinga as cores". (Notem que a "luz" é
roubada). De forma paralela, ao se atribuir aos pobres a condição de “excluídos”, rouba-se-lhes a humanidade e
atribui-se-lhes natureza não-humana. (Notem que a "humanidade" é roubada). Por isso, é correto afirmar que se
constrói uma correlação semântica entre os vocábulos humanidade e luz. Demais casos: a) o polvo rouba de si a luz,
mas o acocorado (o pobre) não rouba de si a condição humana; ao contrário, a ele essa condição é roubada pela
aplicação da ideia de “exclusão”; ademais, operou-se a inversão da respectiva correlação Joel Rufino / Padre Vieira; b)
além de não haver correlação semântica direta entre cores (em Vieira) e brancos (em Rufino), operou-se a inversão
da respectiva correlação Joel Rufino / Padre Vieira; c) não é coerente sugerir, por correlação de ideias, que a situação
de pobreza seja uma traição que o pobre faz a si próprio, como, segundo Vieira, pode-se dizer do roubo da luz pelo
próprio polvo; d) janelas são as aberturas por onde se vê a paisagem e vista é a possibilidade de ver, vocábulos cujos
empregos não estão em correlação, no texto.
Leia o trecho:
Todo homem, como membro da sociedade, tem o direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela
cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada estado, dos direitos econômicos, sociais
e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento de sua personalidade.
(Artigo XXII da Declaração Universal dos Direitos Humanos)
17. O artigo acima está organizado em apenas um período sintático. Assinale a opção que o reescreve em dois
períodos sintáticos, preservando as relações semânticas entre as ideias originais.
a) Como membro da sociedade, todo homem tem direito à realização de sua dignidade e ao desenvolvimento de sua
personalidade. Tudo isso de acordo com o esforço nacional, a cooperação internacional e a organização de recursos
de cada estado.
b) Todo homem membro da sociedade tem o direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela
cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada estado, dos direitos econômicos, sociais
e culturais indispensáveis à sua dignidade. Tem também direito ao livre desenvolvimento de sua personalidade.
c) Já que membro da sociedade, todo homem tem o direito à segurança social e à realização e ao livre desenvolvimento
de sua personalidade; seja pelo esforço nacional, pela cooperação internacional ou de acordo com a organização e
recursos de cada estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade.
d) Todo homem, como membro da sociedade, tem o direito à segurança social e à realização dos direitos econômicos,
sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento de sua personalidade. Isso se dá pelo
esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada estado.
e) Ao ser considerado membro da sociedade, todo homem tem o direito à segurança social e à realização - pelo esforço
nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada estado, dos direitos
econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade - e ao livre desenvolvimento de sua personalidade.
10. GABARITO: D – Demais casos: a) De acordo com as informações que extraímos do texto, o homem tem direito à
segurança nacional e à realização dos direitos econômicos, sociais e culturais, e não à realização de sua dignidade e ao
desenvolvimento de sua personalidade; b) A omissão das vírgulas isolando “membro da sociedade” deu um sentido
restritivo a essa expressão. No texto original TODO HOMEM é membro da sociedade e tem direito àquelas coisas; no
texto reescrito, apenas o homem que é membro da sociedade tem aqueles direitos. Além disso, o livre
desenvolvimento da personalidade é apontado, no texto original, como algo que é alcançado por meio da realização
dos direitos econômicos, sociais e culturais, mas esse livre desenvolvimento não está diretamente elencado entre os
direitos do homem; c) 1. Mais uma vez, o livre desenvolvimento da personalidade do homem não está diretamente
listado como um dos direitos dele; 2. No texto original, a conjunção “e” indica um sentido de adição entre “esforço
nacional”, “cooperação internacional” e “de acordo com a organização e recursos de cada estado”. Isso significa que
a realização dos direitos deverá acontecer por meio de tudo isso em conjunto, e não de um OU outro, como está
colocado na forma reescrita; 3. Os direitos econômicos, sociais e culturais foram apontados, no texto original, como
direitos do homem, e não como um MEIO de alcançar esses direitos; e) A posição do segundo travessão torna a frase
incoerente. O termo “realização” (originalmente ligado a “dos direitos econômicos, sociais e culturais…”) ficou sem
complemento. Para que a frase ficasse coerente, o segundo travessão deveria ser colocado após “estado”, isolando o
segmento explicativo intercalado.
Leia o texto:
Senhores:(a)
Investindo-me no cargo de presidente, quisestes começar a Academia Brasileira de Letras pela consagração da idade.
Se não sou o mais velho dos nossos colegas, estou entre os mais velhos. É simbólico da parte de uma instituição que
conta viver, confiar da idade funções que mais de um espírito eminente exerceria melhor. Agora que vos agradeço a
escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível corresponder à vossa confiança.
Não é preciso definir esta instituição. Iniciada por um moço, aceita e completada por moços, a Academia nasce com a
alma nova e naturalmente ambiciosa. O vosso desejo é conservar, no meio da federação política, a unidade literária.
Tal obra exige não só a compreensão pública, mas ainda e principalmente a vossa constância.(c) A Academia Francesa,
pela qual esta se modelou(d), sobrevive aos acontecimentos de toda a casta, às escolas literárias e às transformações
civis(e). A vossa há de querer ter as mesmas feições de estabilidade e progresso. Já o batismo de suas cadeiras com os
nomes preclaros e saudosos da ficção, da lírica, da crítica e da eloqüência nacionais é indício de que a tradição é o seu
primeiro voto. Cabe-vos fazer com que ele perdure. Passai a vossos sucessores o pensamento e a vontade iniciais, para
que eles os transmitam também aos seus, e a vossa obra seja contada entre as sólidas e brilhantes páginas da nossa
vida brasileira. Está aberta a sessão.
(ASSIS, Machado. Discurso inaugural, na Academia Brasileira, aos 20 dias do mês de julho de 1897. Obra completa,
vol.III, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p.926)
18. Consideradas a ocorrência citada e a norma padrão da Língua Portuguesa, é correto afirmar:
a) Os dois-pontos após o vocativo exemplificam equívoco de quem transcreveu o discurso, pois o desejável seria o uso
da vírgula.
b) O emprego concomitante de vossos e nossos exemplifica, no estilo oratório, a licença que o autor se concede para
fazer uso do tom informal.
c) Na frase Tal obra ... constância, usou-se a correlação entre não só e mas ainda para aproximar os termos a que se
atribuiu absoluta igualdade de valor.
d) A frase pela qual esta se modelou pode ser substituída, sem prejuízo do sentido e da correção originais, por "a qual
esta quer se equiparar".
11. e) As expressões às escolas literárias e às transformações civis − diferentemente de de toda a casta − não
complementam o sentido de os acontecimentos.
GABARITO: E - Os termos "às escolas literárias" e "às transformações civis" funcionam sintaticamente como
complementos verbais de "sobrevivem". Demais casos: a) Na redação da carta, também se admite dois-pontos após
o vocativo da saudação inicial; b) Continua sendo formal o texto, pois se trata de tratamento distintos. Quando o autor
usa "vossos", ele está se referindo aos colegas (no caso, os interlocutores;) quando ele usa "nossos", ele se inclui entre
seus colegas; c) É errado dizer que há igualdade absoluta de valor entre "compreensão pública" e "vossa constância",
pois este último vem reforçado pelo advérbio "principalmente"; d) É necessário o acréscimo da preposição "a" antes
do pronome relativo "a qual", resultando na forma "à qual". A preposição é exigida pela forma verbal "equiparar-se"
(o que se equipara, se equipara A algo).
Leia o trecho:
19. Em cada uma das próximas opções, é apresentada uma proposta de reescrita para o seguinte período do texto
CB1A1AAA: “A Lei do Ventre Livre, que a imprensa da Corte havia recebido com muita festa, não merecera o mais
breve registro da imprensa de São Luís.”. Assinale a opção em que a reescrita proposta preserva o sentido original e
a correção gramatical do texto.
a) A imprensa de São Luís ignorou a aprovação da Lei do Ventre Livre, enquanto a imprensa da Corte comemorou-a.
b) Houve festa na Corte para receber a notícia da aprovação da Lei do Ventre Livre, mas a imprensa de São Luís não
a registrou.
c) Não havia mérito no registro da Lei do Ventre Livre pela imprensa de São Luís, ainda que essa lei tenha sido recebida
com festa pela imprensa da Corte.
d) A imprensa da Corte, ao contrário da de São Luís, não dispensou qualquer registro da Lei do Ventre Livre, tendo-
lhe recebido com muita festa.
e) Embora a Corte, por meio de sua imprensa, tenha comemorado a Lei do Ventre Livre, a imprensa de São Luís não
registrou a comemoração.
GABARITO: A – Demais casos: b) “a registrou”. Trecho ambíguo – não se sabe se foi a festa ou a notícia da aprovação;
c) "não havia mérito" - A oração original não trata de mérito – caso de extrapolação; d) O verbo receber é transitivo
direto, logo, tendo-a recebido; e) Novamente não foi a Corte que estava comemorando, mas sim sua IMPRENSA. "por
meio de sua imprensa".
12. 20. Com referência aos mecanismos de coesão e aos tempos e modos verbais empregados no texto CB1A1AAA,
assinale a opção correta.
a) A substituição da forma verbal “designava” (l.3) por chamava manteria a coesão e o sentido original do texto.
b) O antecedente do pronome “cujo” (l.10) pode ser o vocábulo “direitos”, do trecho “uma série de direitos” (l.9), ou
a expressão “os direitos à liberdade e à propriedade” (l.10).
c) A coesão textual seria mantida caso a expressão “Para tanto” (l.12) fosse substituída pelo vocábulo Porquanto.
d) Nas linhas 16 e 17, as formas pronominais em “torná-la” e “fazê-la” referem-se ao termo “administração pública”.
e) A substituição da forma verbal “era” (l.2) pela forma verbal foi geraria problema no sequenciamento textual, uma
vez que tais formas verbais de passado possuem funções diferentes.
GABARITO: B - O pronome cujo concorda com o termo posposto ao mesmo. No caso em tela, as alterações não trariam
prejuízos gramaticais e tampouco semânticos, pois “direitos” é hiperônimo de “direitos à liberdade e à propriedade”,
o que não afetaria o período. Demais casos: a) Designar - nomear = Ordenar – mandar vir; c) para tanto = para que
isso ocorra – finalidade; porquanto = uma vez que; d) Soa autoritário que em um Estado Democrático de Direito a
Administração Pública “seja obedecida por todos”. Logo, o termo se refere à “norma legal”; e) Era: Pretérito imperfeito
(fato habitual, ação durativa); Foi: pretérito perfeito (fato não habitual, ação momentânea).
FOI" e "ERA" dá na mesma coisa, apesar da diferente classificação temporal.