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LITERATURA
2020
1º ANO DO ENSINO MÉDIO
COLÉGIO PREVEST
Prof ª Mª Yani Rebouças
Como estudar Literatura?
Por: William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães.
• Em estudos de literatura, vale mais a pena a leitura do que a
memorização. Por isso, o texto deve ser o ponto de partida para
qualquer aprendizagem na área.
• Todo texto é produzido numa situação concreta de interação, isto é,
um escritor, ao produzir, tem em mente um grupo de leitores para
quem escreve, inseridos num determinado contexto histórico-social.
Procure perceber no texto as marcas desse contexto e observar de
que modo a obra trans-cria a realidade.
• O texto literário é discurso e, como tal, sempre está dialogando com
outros discursos ou com a tradição literária. Procure perceber no
texto outras vozes, outros discursos e detectar possíveis relações
intertextuais e interdiscursivas.
• Ao estudar um autor, examine sua evolução pessoal quanto aos
aspectos temáticos, formais e estilísticos. Procure também observar
até que ponto sua obra é adequada ao movimento literário vigente na
época e eventuais vínculos ou rupturas com a tradição.
• Ao estudar movimentos literários ou sequências de escritores,
procure perceber os movimentos de ruptura e retomada, isto é,
identifique o que muda, mas também verifique se aquilo que
aparentemente é “novo” não é apenas uma roupagem nova de algo
que já existia em movimentos literários anteriores.
• Não se contente em ler apenas os textos analisados pelo professor.
Faça você mesmo a leitura e análise de outros textos sugeridos em
aula.
• Complemente seus estudos com leitura de obras relativas ao
movimento literário estudado.
• A literatura de uma época passada não está morta. Ela está em
diálogo permanente com a produção literária posterior e, além disso,
com outras artes e linguagens. Por isso, relacione tudo o que lê nos
textos literários com o mundo que nos cerca: a música, o cinema, o
teatro, a TV, os quadrinhos, a literatura atual, etc.
TÓPICOS DA REVISÃO
• Texto Literário X Texto Não-Literário
• Conotação X Denotação
• Verdade X Verossimilhança
• Mimese
• Gêneros Literários
• Funções da Linguagem
• Linha do Tempo da Literatura Brasileira
TEXTO LITERÁRIO
X
TEXTO NÃO-LITERÁRIO
TEXTO LITERÁRIO
• O texto literário é caracterizado por apresentar uma linguagem
pessoal que carrega emoções, reflexões, visão poética da vida, das
pessoas ou de determinadas situações etc. Marcado pela
subjetividade e sentido conotativo, OS TEXTOS LITERÁRIOS SÃO
AQUELES QUE EXPRESSAM A REALIDADE OU FICÇÃO DE UMA
FORMA POÉTICA, sendo totalmente influenciado por quem os
escreve. São textos que não têm finalidade utilitária.
• Entre os tipos de textos literários, estão: crônicas, contos, poemas,
romances, fábulas, peças teatrais, minicontos, lendas, letras de
música, roteiros de filmes etc.
TEXTO
NÃO-LITERÁRIO
O texto não-literário, também chamado de texto utilitário, é
caracterizado por utilizar uma linguagem impessoal que demonstra a
realidade tal como ela é, nua e crua. Desse modo, um TEXTO NÃO-
LITERÁRIO É CONSTRUÍDO DE FORMA OBJETIVA E COM LINGUAGEM
DENOTATIVA, SEMPRE PRIORIZANDO A INFORMAÇÃO.
Entre os tipos de textos não-literários, estão:
Notícias de jornais, TV, revistas etc.; Artigos científicos; Anúncios
publicitários; Bulas de remédios; Conteúdo de livros didáticos; Receitas
culinárias; Cartas comerciais; Manuais de instrução etc.
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO
• Denotação - a palavra apresenta seu sentido original, impessoal, sem
considerar o contexto, tal como aparece no dicionário. Nesse caso,
prevalece o sentido denotativo - ou denotação - do signo linguístico.
• Conotação - a palavra aparece com outro significado, passível de
interpretações diferentes, dependendo do contexto em que for
empregada. Nesse caso, prevalece o sentido conotativo -
ou conotação do signo linguístico.
VERDADE
X
VEROSSIMILHANÇA
PLATÃO
• Platão: concebe a arte (poesia épica) de forma depreciativa, pois está
preocupado em estabelecer o valor de verdade que esta possui,
contrapondo-a com a filosofia, que seria a melhor maneira de alcançar o
verdadeiro. Sua busca tem o intuito de diagnosticar o valor educativo da
mimese.
• Na República. Platão argumenta que a mimese (mimesis) é mentirosa,
devido ao fato de não dirigir-se à racionalidade pois representa uma
imitação das coisas e fatos captados pelos sentidos e tudo que os sentidos
captam não são as essências das coisas, o ser “verdadeiro”, mas apenas a
“imitação” deste ser verdadeiro.
• Sócrates – Pois bem, leva isto em consideração: o criador de imagens, o
imitador, não entende nada da realidade, só conhece a aparência. Glauco –
Certo (PLATÃO, 2004, p. 329).
ARISTÓTELES
• Aristóteles: a arte é mimese. (imitação da realidade) e busca verossimilhança.
• Em sua Poética este autor valoriza a arte como imitação e aceita que o feio na
natureza pode agradar na arte, como por exemplo um cadáver bem pintado.
• Para Aristóteles a arte, diferente de Platão, além de ser enquadrada como uma
ciência, é considerada superior por não ser um mero saber prático como
acontece com as ciências técnicas que dependem da experiência e de sua
repetição contínua, como comenta Reale: “É clara a razão da inclusão das artes
no quadro geral do saber (...), enquanto são um saber, mas um saber que não é
um fim para si mesmo, tampouco um saber voltado ao benefício de quem age
(como o saber prático), mas voltado ao benefício do objeto produzido” (2007a, p.
176).
• Considerando a mimese com base no possível e no verossímil, e que pode imitar
os fatos e torná-los universais e, consequentemente, mais ricos. Diferente da
história, que particulariza e, assim, só trata daquilo que é, e não daquilo que
poderia ser, delegando à imaginação e à criatividade papéis importantes.
Gêneros Literários
GÊNEROS LITERÁRIOS
NaAntiguidadeClássica ostextosliterários foram
divididosemtrêsgêneros:
GêneroLírico
GêneroÉpico
GêneroDramático
Gênero Lírico • Seunomevemdelira,instrumentomusical
queacompanhavaoscantosdosgregos.
• ParaAristóteles:Apalavracantada.
• Textosdecaráteremocional,centradosnasubjetividade dossentimentosda
alma.Temapresençado“eu-lírico”,avozquefalanopoema.
• PredominamasfunçõesEmotiva(verbosepronomesna1ªpessoa)ePoética
(arranjo,seleçãoecombinaçãodepalavrasparacriarefeitosdesentido)nos
textoslíricos.
• ParaHegel:"éamaneiracomoaalma,comseusjuízossubjetivos,alegriase
admirações,doresesensações,tomaconsciênciadesimesmanoâmagodeste
conteúdo"
• O texto lírico não dá prioridade à realidade externa. Sua base de sustentação
não é a dimensão empírica dos fatos, a realidade objetiva com que lidamos.É a
interiorização dessa realidade. Importa o modo como o sujeito lírico percebe
esse mundo, como mergulha nele. O lírico é uma tentativa de entrada no ser
das coisas e à medida que o eu penetra nesse ser, realiza um processo de
revelação, de desvelamento do objeto, mas também de confissão de si mesmo
através dos símbolos que trazem sentido e ao mesmo tempo ausência de
sentido.
• Emil Staiger, em “Conceitos fundamentais da poética”, analisa os gêneros e
busca neles os elementos determinantes que os definem em sua
particularidade.Sobreogênerolírico,eleapontacomocaracterísticas:
a)otrabalhosobreossons,organizandoamusicalidade;
b)apresençadarepetição;
c)aprevalênciadalógicainterna;
d)aorganizaçãocoordenativadopensamento;
e)aindependênciaemrelaçãoànormagramatical.
Sobre a forma poética:
Diferentementedetextosescritosemprosa,poemas,quefazemusodastécnicasde
versificação,possuemumagrandepreocupaçãocomasonoridade,vejamosumresumodas
noçõesdeversificação:
• Versificaçãoéatécnicaeartedefazerversos.
• Versoécadalinhadopoema,umapalavraouconjuntodepalavrascomunidaderítmica.
• Estrofessãoagrupamentosdeversos.Elaspodemserclassificadasquantoaonúmerode
versos.Principaistiposdeestrofes:
• Dístico–estrofecomdoisversos.
• Terceto–estrofecotrêsversos.
• QuadraouQuarteto–estrofecomquatroversos.
• Sextilha–estrofecomseisversos.
• Oitava –estrofecomoitoversos.
• Rimaéaidentidadeousemelhançadesonsqueocorrenofimdosaversos,emborapossa
ocorrertambémnomeiodoverso(rimainterna).Oqueimportanarimaéquehaja
coincidênciadesons(totalouparcial)enãodasletrasqueaformam.
• Arimaacentuaoritmomelódicodotextopoético.
• Háváriostiposderimaeparaespecificá-losnopoema,convencionou-seusarasletrasdo
alfabeto:osversosqueestãoligadosentresipelarimarecebemletrasiguais.
Sobre a forma poética:
• Versobrancoéoversoquenãotemrima.
• Enjambement(encadeamento)ocorrequandooversonãofinalizajuntamentecomum
segmentosintáticoecontinuanoversoseguinte.
• Metroéamedidadoverso.Metrificaçãoéoestudodamedidadosversos,éacontagem
dassílabaspoéticasousílabasdosversos.Assílabasdosversossãosonorasesua
contageméfeitademaneiraauditiva,diferente,portanto,dacontagemestritamente
gramaticalqueocorrenotextoemprosa.
• Métrica:Osversossãoclassificadosdeacordocomonúmerodesílabaspoéticasque
possuem:
• Pentassílabo(ouredondilhamenor)–versocomcincosílabaspoéticas.
• Heptassílabo(ouredondilhamaior)–versocomsetesílabaspoéticas.
• Decassílabo(oumedidanova)–versocomdezsílabaspoéticas.
• Dodecassílabo(oualexandrino)–versocomdozesílabaspoéticas.
• VersoBárbaro–versocommaisdedozesílabaspoéticas.
(Gramática–SPADOTOePaschoalin.Ed.FTD)
GÊNERO DRAMÁTICO
• Drama,emgrego,significa"ação".
• Textosfeitosparaseremrepresentados.TEATRO.
• OGênero Dramáticoseassentaemtrêseixosimportantes: oator,o
textoeopúblicosemoquenãoháespetáculoteatral.
• SegundoAristóteleséapalavrarepresentada.
• Possuidoistiposdetextos:
• Oprincipalrepresentadopelasfalasdospersonagens(DiscursoDireto)
• Osecundáriorepresentadopelasrubricas(IndicaçõesCênicas)
GÊNERO DRAMÁTICO
NA GRÉCIA ANTIGA
OGêneroDramáticocompreendeasseguintesmodalidadesnaGrécia
Antiga:
• TRAGÉDIA: É a representação de ações dolorosas da condição
humana. É definida por Aristóteles como ação de homens nobres
que começa bem e termina mal por terem cometido uma hybris (o
rompimento dos limites, geralmente manifesto numa atitude
arrogante). O objetivo da tragédia é provocar no espectador piedade
e terror, ou seja, provocar a "catarse" ou purificação. Ex." Édipo Rei“
deSófocles,“IfigêniaemAulis”,Eurípedes.
• COMÉDIA:Deorigemgrega,apresentavaoriginalmentepersonagensde
caráterviciosoevulgar,queprotagonizavamatitudesridículas.Acomédiaé
umasátiradecomportamentosindividuais ecoletivoscomointuito
moralizante.
• Aocriticardiversosaspectos,elatinhaaintençãodedespertarnaplateiaa
dúvida,eareflexãosobrediversosaspectosdapolisedasociedadegrega.
Principalrepresentante:Aristófanes.
• Atualmenteacomédiarepresentaaspectosdavidacotidianacomotema,
provocandooriso.
GÊNERO DRAMÁTICO NA IDADE MÉDIA
PrincipaismodalidadesnaIdadeMédia:
• AUTO:peçateatraldecurtaduraçãodeconteúdoreligiosoouprofano,burlescoealegórico,escrito
geralmenteemverso.Suacaracterísticaprincipaléoconteúdosimbólico,cujospersonagenssãoentidades
abstratas,geralmentedecaráterreligiosooumoral(opecado,aluxúria,abondade,avirtude,entre
outros).Ex.:“AutodaBarcadoInferno”,GilVicenteou“AutodaCompadecida”,deArianoSuassuna.
• FARSA:pequenapeçateatral,decaráterridículoecaricatural,quecríticaasociedadeeseuscostumes,
visandoprovocaroriso.Ex."FarsadeInêsPereira"deGilVicente,“AFarsadaBoaPreguiça”,deAriano
Suassuna.
GÊNERO
ÉPICO
• Aepopeia(oupoemaépico)éumextensopoemanarrativoheroicoquefaz
referênciaatemashistóricos,mitológicoselendários.
• Ogêneroépico:narraçõesdefatosgrandiosos,centradosnafiguradeumherói.
Temapresençadeumnarrador(mimeseindireta).
• SegundoAristóteles,apalavranarrada.
• Umadasprincipaiscaracterísticasdessaformaliterária,quepertenceao
gêneroépico,éavalorizaçãodeseusheróisbemcomodeseusfeitos.
• Otermoepopeia,derivadotermogrego“épos”quesignificanarrativaem
versosdefatosgrandiososcentradosnafiguradeumheróioudeumpovo.
• OpoetagregoHomero(séculoIXouVIIIa.C.)foiofundadordapoesiaépicaa
quemseatribuiasobras-primasa“Ilíada”ea“Odisseia”.
Os elementos essenciais ...
• Naestruturaépicatemos:onarrador,oqualcontaahistóriapraticadaporoutrosnopassado;a
história, a sucessão de acontecimentos; as personagens, em torno das quais giram os fatos; o
tempo, o qual geralmente se apresenta no passado e o espaço, local onde se dá a ação das
personagens.
• Nestegênero,geralmente,hápresençadefigurasfantasiosasqueajudamouatrapalhamno
cursodosacontecimentos.
• Presençademitologiagreco-latina-contracenandoheróismitológicoseheróishumanos.
ILÍADA E ODISSEIA
AsobrasIlíadaeOdisseiasãoobrasatribuídasaopoetagreco-
romanoHomero,oqualteriavividoporvoltadoséculoVIIIa.C..
ILÍADA
• A Ilíada se passa durante o décimo e último ano da guerra de Tróia e trata da ira do herói e
semideus Aquiles, filho de Peleu e Tétis. A ira é causada por uma disputa entre Aquiles e
Agamenom,comandantedosaqueusquandoesteresolvetomaraescravaBriseidadeAquiles.
• Helena,amaisbelamulherdomundoeracasadacomMenelau,reideEspartaeirmãode
Agamenon.
• QuandoPáris,príncipedeTróia,foiaEspartaemmissãodiplomática,seenamoroudeHelenae
ambosfugiramparaTróia,enfurecendoMenelau.
ODISSEIA • AOdisseia,assimcomoaIlíada,éumpoemaelaboradoaolongodeséculosdetradição
oral,tendotidosuaformafixadaporescrito,provavelmentenofimdoséculoVIIIa.C.
• A linguagem homérica combina dialetos diferentes, inclusive com reminiscências antigas
doidiomagrego,resultando,porisso,numalínguaartificial, porémcompreendida.
• Composto em versos era cantado pelo aedo (cantor), como consta na
própriaOdisseia(cantoVIII,versos43-92)etambémnaIlíada(cantoIX,versos187-190).
• OpoemarelataoregressodeOdisseu,(ouUlisses,comoerachamadonomito
romano),heróidaGuerradeTroiaeprotagonistaquedánomeàobra.
• Como está na proposição: é a história do “herói de mil estratagemas que tanto vagueou,
depois de ter destruído a cidadela sagrada de Troia, que viu cidades e conheceu costumes
de muitos homens e que no mar padeceu mil tormentos, quanto lutava pela vida e pelo
regressodosseuscompanheiros”.Odisseulevadezanosparachegaràsuaterranatal, Ítaca,
depoisdaGuerradeTroia,quetambémhaviaduradodezanos.
GÊNERO NARRATIVO
GÊNERONARRATIVOévistocomoumavariante/evolução doGêneroÉpico.
TIPOSDENARRATIVA:
Romance
Novela
Conto
Crônica
Fábula
Apólogo
etc
ELEMENTOS DA NARRATIVA
• ENREDO
• TEMPO
• ESPAÇO
• PERSONAGENS
• FOCONARRATIVO
• NARRADOR
• DISCURSO
ELEMENTOS DA NARRATIVA
Enredo: é a trama, o que está envolvido na trama que precisa ser resolvido, e a sua
resolução, ou seja, todo enredo tem início, desenvolvimento, clímax e desfecho;
Tempo: é um determinado momento em que as personagens vivenciam as suas
experiências e ações. Pode ser cronológico (um dia, um mês, dois anos – enredo
linear) ou psicológico (memória de quem narra – enredo não-linear);
Espaço: lugar onde as ações acontecem e se desenvolvem. Ambiente: espaço social
(o espaço interfere na narrativa, ex.: escola);
Personagens: através das personagens, seres fictícios da trama, encadeiam-se os
fatos que geram os conflitos e ações. À personagem principal dá-se o nome de
protagonista e pode ser uma pessoa, animal ou objeto inanimado, como nas fábulas
e apólogos. À personagem que tenta impedir o protagonista de atingir seu objetivo
chamamos de antagonista (eventualmente o antagonista pode ser o próprio espaço
ou o próprio protagonista)
Narrador: é o quem narra (conta) a história.
Foco narrativo: é o ângulo de visão adotado por quem conta a
história.
quando o foco narrativo é em terceira pessoa:
Narrador-Onisciente ou
Narrador-Observador
quando o foco narrativo é em primeira pessoa:
Narrador-Personagem
• Discurso: o modo como o narrador insere a fala
das personagens. (As diferentes vozes presentes
em um texto).
Canal da Comunicação:
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  • 1. LITERATURA 2020 1º ANO DO ENSINO MÉDIO COLÉGIO PREVEST Prof ª Mª Yani Rebouças
  • 2. Como estudar Literatura? Por: William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães.
  • 3. • Em estudos de literatura, vale mais a pena a leitura do que a memorização. Por isso, o texto deve ser o ponto de partida para qualquer aprendizagem na área. • Todo texto é produzido numa situação concreta de interação, isto é, um escritor, ao produzir, tem em mente um grupo de leitores para quem escreve, inseridos num determinado contexto histórico-social. Procure perceber no texto as marcas desse contexto e observar de que modo a obra trans-cria a realidade.
  • 4. • O texto literário é discurso e, como tal, sempre está dialogando com outros discursos ou com a tradição literária. Procure perceber no texto outras vozes, outros discursos e detectar possíveis relações intertextuais e interdiscursivas. • Ao estudar um autor, examine sua evolução pessoal quanto aos aspectos temáticos, formais e estilísticos. Procure também observar até que ponto sua obra é adequada ao movimento literário vigente na época e eventuais vínculos ou rupturas com a tradição.
  • 5. • Ao estudar movimentos literários ou sequências de escritores, procure perceber os movimentos de ruptura e retomada, isto é, identifique o que muda, mas também verifique se aquilo que aparentemente é “novo” não é apenas uma roupagem nova de algo que já existia em movimentos literários anteriores.
  • 6. • Não se contente em ler apenas os textos analisados pelo professor. Faça você mesmo a leitura e análise de outros textos sugeridos em aula. • Complemente seus estudos com leitura de obras relativas ao movimento literário estudado. • A literatura de uma época passada não está morta. Ela está em diálogo permanente com a produção literária posterior e, além disso, com outras artes e linguagens. Por isso, relacione tudo o que lê nos textos literários com o mundo que nos cerca: a música, o cinema, o teatro, a TV, os quadrinhos, a literatura atual, etc.
  • 7. TÓPICOS DA REVISÃO • Texto Literário X Texto Não-Literário • Conotação X Denotação • Verdade X Verossimilhança • Mimese • Gêneros Literários • Funções da Linguagem • Linha do Tempo da Literatura Brasileira
  • 9. TEXTO LITERÁRIO • O texto literário é caracterizado por apresentar uma linguagem pessoal que carrega emoções, reflexões, visão poética da vida, das pessoas ou de determinadas situações etc. Marcado pela subjetividade e sentido conotativo, OS TEXTOS LITERÁRIOS SÃO AQUELES QUE EXPRESSAM A REALIDADE OU FICÇÃO DE UMA FORMA POÉTICA, sendo totalmente influenciado por quem os escreve. São textos que não têm finalidade utilitária. • Entre os tipos de textos literários, estão: crônicas, contos, poemas, romances, fábulas, peças teatrais, minicontos, lendas, letras de música, roteiros de filmes etc.
  • 10. TEXTO NÃO-LITERÁRIO O texto não-literário, também chamado de texto utilitário, é caracterizado por utilizar uma linguagem impessoal que demonstra a realidade tal como ela é, nua e crua. Desse modo, um TEXTO NÃO- LITERÁRIO É CONSTRUÍDO DE FORMA OBJETIVA E COM LINGUAGEM DENOTATIVA, SEMPRE PRIORIZANDO A INFORMAÇÃO. Entre os tipos de textos não-literários, estão: Notícias de jornais, TV, revistas etc.; Artigos científicos; Anúncios publicitários; Bulas de remédios; Conteúdo de livros didáticos; Receitas culinárias; Cartas comerciais; Manuais de instrução etc.
  • 11. DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO • Denotação - a palavra apresenta seu sentido original, impessoal, sem considerar o contexto, tal como aparece no dicionário. Nesse caso, prevalece o sentido denotativo - ou denotação - do signo linguístico. • Conotação - a palavra aparece com outro significado, passível de interpretações diferentes, dependendo do contexto em que for empregada. Nesse caso, prevalece o sentido conotativo - ou conotação do signo linguístico.
  • 13. PLATÃO • Platão: concebe a arte (poesia épica) de forma depreciativa, pois está preocupado em estabelecer o valor de verdade que esta possui, contrapondo-a com a filosofia, que seria a melhor maneira de alcançar o verdadeiro. Sua busca tem o intuito de diagnosticar o valor educativo da mimese. • Na República. Platão argumenta que a mimese (mimesis) é mentirosa, devido ao fato de não dirigir-se à racionalidade pois representa uma imitação das coisas e fatos captados pelos sentidos e tudo que os sentidos captam não são as essências das coisas, o ser “verdadeiro”, mas apenas a “imitação” deste ser verdadeiro. • Sócrates – Pois bem, leva isto em consideração: o criador de imagens, o imitador, não entende nada da realidade, só conhece a aparência. Glauco – Certo (PLATÃO, 2004, p. 329).
  • 14. ARISTÓTELES • Aristóteles: a arte é mimese. (imitação da realidade) e busca verossimilhança. • Em sua Poética este autor valoriza a arte como imitação e aceita que o feio na natureza pode agradar na arte, como por exemplo um cadáver bem pintado. • Para Aristóteles a arte, diferente de Platão, além de ser enquadrada como uma ciência, é considerada superior por não ser um mero saber prático como acontece com as ciências técnicas que dependem da experiência e de sua repetição contínua, como comenta Reale: “É clara a razão da inclusão das artes no quadro geral do saber (...), enquanto são um saber, mas um saber que não é um fim para si mesmo, tampouco um saber voltado ao benefício de quem age (como o saber prático), mas voltado ao benefício do objeto produzido” (2007a, p. 176). • Considerando a mimese com base no possível e no verossímil, e que pode imitar os fatos e torná-los universais e, consequentemente, mais ricos. Diferente da história, que particulariza e, assim, só trata daquilo que é, e não daquilo que poderia ser, delegando à imaginação e à criatividade papéis importantes.
  • 16. GÊNEROS LITERÁRIOS NaAntiguidadeClássica ostextosliterários foram divididosemtrêsgêneros: GêneroLírico GêneroÉpico GêneroDramático
  • 17. Gênero Lírico • Seunomevemdelira,instrumentomusical queacompanhavaoscantosdosgregos. • ParaAristóteles:Apalavracantada. • Textosdecaráteremocional,centradosnasubjetividade dossentimentosda alma.Temapresençado“eu-lírico”,avozquefalanopoema. • PredominamasfunçõesEmotiva(verbosepronomesna1ªpessoa)ePoética (arranjo,seleçãoecombinaçãodepalavrasparacriarefeitosdesentido)nos textoslíricos. • ParaHegel:"éamaneiracomoaalma,comseusjuízossubjetivos,alegriase admirações,doresesensações,tomaconsciênciadesimesmanoâmagodeste conteúdo"
  • 18. • O texto lírico não dá prioridade à realidade externa. Sua base de sustentação não é a dimensão empírica dos fatos, a realidade objetiva com que lidamos.É a interiorização dessa realidade. Importa o modo como o sujeito lírico percebe esse mundo, como mergulha nele. O lírico é uma tentativa de entrada no ser das coisas e à medida que o eu penetra nesse ser, realiza um processo de revelação, de desvelamento do objeto, mas também de confissão de si mesmo através dos símbolos que trazem sentido e ao mesmo tempo ausência de sentido. • Emil Staiger, em “Conceitos fundamentais da poética”, analisa os gêneros e busca neles os elementos determinantes que os definem em sua particularidade.Sobreogênerolírico,eleapontacomocaracterísticas: a)otrabalhosobreossons,organizandoamusicalidade; b)apresençadarepetição; c)aprevalênciadalógicainterna; d)aorganizaçãocoordenativadopensamento; e)aindependênciaemrelaçãoànormagramatical.
  • 19. Sobre a forma poética: Diferentementedetextosescritosemprosa,poemas,quefazemusodastécnicasde versificação,possuemumagrandepreocupaçãocomasonoridade,vejamosumresumodas noçõesdeversificação: • Versificaçãoéatécnicaeartedefazerversos. • Versoécadalinhadopoema,umapalavraouconjuntodepalavrascomunidaderítmica. • Estrofessãoagrupamentosdeversos.Elaspodemserclassificadasquantoaonúmerode versos.Principaistiposdeestrofes: • Dístico–estrofecomdoisversos. • Terceto–estrofecotrêsversos. • QuadraouQuarteto–estrofecomquatroversos. • Sextilha–estrofecomseisversos. • Oitava –estrofecomoitoversos. • Rimaéaidentidadeousemelhançadesonsqueocorrenofimdosaversos,emborapossa ocorrertambémnomeiodoverso(rimainterna).Oqueimportanarimaéquehaja coincidênciadesons(totalouparcial)enãodasletrasqueaformam. • Arimaacentuaoritmomelódicodotextopoético. • Háváriostiposderimaeparaespecificá-losnopoema,convencionou-seusarasletrasdo alfabeto:osversosqueestãoligadosentresipelarimarecebemletrasiguais.
  • 20. Sobre a forma poética: • Versobrancoéoversoquenãotemrima. • Enjambement(encadeamento)ocorrequandooversonãofinalizajuntamentecomum segmentosintáticoecontinuanoversoseguinte. • Metroéamedidadoverso.Metrificaçãoéoestudodamedidadosversos,éacontagem dassílabaspoéticasousílabasdosversos.Assílabasdosversossãosonorasesua contageméfeitademaneiraauditiva,diferente,portanto,dacontagemestritamente gramaticalqueocorrenotextoemprosa. • Métrica:Osversossãoclassificadosdeacordocomonúmerodesílabaspoéticasque possuem: • Pentassílabo(ouredondilhamenor)–versocomcincosílabaspoéticas. • Heptassílabo(ouredondilhamaior)–versocomsetesílabaspoéticas. • Decassílabo(oumedidanova)–versocomdezsílabaspoéticas. • Dodecassílabo(oualexandrino)–versocomdozesílabaspoéticas. • VersoBárbaro–versocommaisdedozesílabaspoéticas. (Gramática–SPADOTOePaschoalin.Ed.FTD)
  • 21. GÊNERO DRAMÁTICO • Drama,emgrego,significa"ação". • Textosfeitosparaseremrepresentados.TEATRO. • OGênero Dramáticoseassentaemtrêseixosimportantes: oator,o textoeopúblicosemoquenãoháespetáculoteatral. • SegundoAristóteleséapalavrarepresentada. • Possuidoistiposdetextos: • Oprincipalrepresentadopelasfalasdospersonagens(DiscursoDireto) • Osecundáriorepresentadopelasrubricas(IndicaçõesCênicas)
  • 22. GÊNERO DRAMÁTICO NA GRÉCIA ANTIGA OGêneroDramáticocompreendeasseguintesmodalidadesnaGrécia Antiga: • TRAGÉDIA: É a representação de ações dolorosas da condição humana. É definida por Aristóteles como ação de homens nobres que começa bem e termina mal por terem cometido uma hybris (o rompimento dos limites, geralmente manifesto numa atitude arrogante). O objetivo da tragédia é provocar no espectador piedade e terror, ou seja, provocar a "catarse" ou purificação. Ex." Édipo Rei“ deSófocles,“IfigêniaemAulis”,Eurípedes.
  • 23. • COMÉDIA:Deorigemgrega,apresentavaoriginalmentepersonagensde caráterviciosoevulgar,queprotagonizavamatitudesridículas.Acomédiaé umasátiradecomportamentosindividuais ecoletivoscomointuito moralizante. • Aocriticardiversosaspectos,elatinhaaintençãodedespertarnaplateiaa dúvida,eareflexãosobrediversosaspectosdapolisedasociedadegrega. Principalrepresentante:Aristófanes. • Atualmenteacomédiarepresentaaspectosdavidacotidianacomotema, provocandooriso.
  • 24. GÊNERO DRAMÁTICO NA IDADE MÉDIA PrincipaismodalidadesnaIdadeMédia: • AUTO:peçateatraldecurtaduraçãodeconteúdoreligiosoouprofano,burlescoealegórico,escrito geralmenteemverso.Suacaracterísticaprincipaléoconteúdosimbólico,cujospersonagenssãoentidades abstratas,geralmentedecaráterreligiosooumoral(opecado,aluxúria,abondade,avirtude,entre outros).Ex.:“AutodaBarcadoInferno”,GilVicenteou“AutodaCompadecida”,deArianoSuassuna. • FARSA:pequenapeçateatral,decaráterridículoecaricatural,quecríticaasociedadeeseuscostumes, visandoprovocaroriso.Ex."FarsadeInêsPereira"deGilVicente,“AFarsadaBoaPreguiça”,deAriano Suassuna.
  • 25. GÊNERO ÉPICO • Aepopeia(oupoemaépico)éumextensopoemanarrativoheroicoquefaz referênciaatemashistóricos,mitológicoselendários. • Ogêneroépico:narraçõesdefatosgrandiosos,centradosnafiguradeumherói. Temapresençadeumnarrador(mimeseindireta). • SegundoAristóteles,apalavranarrada. • Umadasprincipaiscaracterísticasdessaformaliterária,quepertenceao gêneroépico,éavalorizaçãodeseusheróisbemcomodeseusfeitos. • Otermoepopeia,derivadotermogrego“épos”quesignificanarrativaem versosdefatosgrandiososcentradosnafiguradeumheróioudeumpovo. • OpoetagregoHomero(séculoIXouVIIIa.C.)foiofundadordapoesiaépicaa quemseatribuiasobras-primasa“Ilíada”ea“Odisseia”.
  • 26. Os elementos essenciais ... • Naestruturaépicatemos:onarrador,oqualcontaahistóriapraticadaporoutrosnopassado;a história, a sucessão de acontecimentos; as personagens, em torno das quais giram os fatos; o tempo, o qual geralmente se apresenta no passado e o espaço, local onde se dá a ação das personagens. • Nestegênero,geralmente,hápresençadefigurasfantasiosasqueajudamouatrapalhamno cursodosacontecimentos. • Presençademitologiagreco-latina-contracenandoheróismitológicoseheróishumanos.
  • 28. ILÍADA • A Ilíada se passa durante o décimo e último ano da guerra de Tróia e trata da ira do herói e semideus Aquiles, filho de Peleu e Tétis. A ira é causada por uma disputa entre Aquiles e Agamenom,comandantedosaqueusquandoesteresolvetomaraescravaBriseidadeAquiles. • Helena,amaisbelamulherdomundoeracasadacomMenelau,reideEspartaeirmãode Agamenon. • QuandoPáris,príncipedeTróia,foiaEspartaemmissãodiplomática,seenamoroudeHelenae ambosfugiramparaTróia,enfurecendoMenelau.
  • 29. ODISSEIA • AOdisseia,assimcomoaIlíada,éumpoemaelaboradoaolongodeséculosdetradição oral,tendotidosuaformafixadaporescrito,provavelmentenofimdoséculoVIIIa.C. • A linguagem homérica combina dialetos diferentes, inclusive com reminiscências antigas doidiomagrego,resultando,porisso,numalínguaartificial, porémcompreendida. • Composto em versos era cantado pelo aedo (cantor), como consta na própriaOdisseia(cantoVIII,versos43-92)etambémnaIlíada(cantoIX,versos187-190). • OpoemarelataoregressodeOdisseu,(ouUlisses,comoerachamadonomito romano),heróidaGuerradeTroiaeprotagonistaquedánomeàobra. • Como está na proposição: é a história do “herói de mil estratagemas que tanto vagueou, depois de ter destruído a cidadela sagrada de Troia, que viu cidades e conheceu costumes de muitos homens e que no mar padeceu mil tormentos, quanto lutava pela vida e pelo regressodosseuscompanheiros”.Odisseulevadezanosparachegaràsuaterranatal, Ítaca, depoisdaGuerradeTroia,quetambémhaviaduradodezanos.
  • 31. ELEMENTOS DA NARRATIVA • ENREDO • TEMPO • ESPAÇO • PERSONAGENS • FOCONARRATIVO • NARRADOR • DISCURSO
  • 33. Enredo: é a trama, o que está envolvido na trama que precisa ser resolvido, e a sua resolução, ou seja, todo enredo tem início, desenvolvimento, clímax e desfecho; Tempo: é um determinado momento em que as personagens vivenciam as suas experiências e ações. Pode ser cronológico (um dia, um mês, dois anos – enredo linear) ou psicológico (memória de quem narra – enredo não-linear); Espaço: lugar onde as ações acontecem e se desenvolvem. Ambiente: espaço social (o espaço interfere na narrativa, ex.: escola); Personagens: através das personagens, seres fictícios da trama, encadeiam-se os fatos que geram os conflitos e ações. À personagem principal dá-se o nome de protagonista e pode ser uma pessoa, animal ou objeto inanimado, como nas fábulas e apólogos. À personagem que tenta impedir o protagonista de atingir seu objetivo chamamos de antagonista (eventualmente o antagonista pode ser o próprio espaço ou o próprio protagonista)
  • 34. Narrador: é o quem narra (conta) a história. Foco narrativo: é o ângulo de visão adotado por quem conta a história. quando o foco narrativo é em terceira pessoa: Narrador-Onisciente ou Narrador-Observador quando o foco narrativo é em primeira pessoa: Narrador-Personagem
  • 35. • Discurso: o modo como o narrador insere a fala das personagens. (As diferentes vozes presentes em um texto).
  • 36. Canal da Comunicação: As Funções da Linguagem