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PROJETO: Cultura, Literatura e Criatividade: Do erudito ao popular – CLIC
COORDENADORA DA ÁREA DE LETRAS: Magliana Rodrigues da Silva
ESCOLA PARTICIPANTE: E.E.E. Fundamental e Médio Professor Raul Córdula
SUPERVISORA DA ESCOLA: Diana Nunes Ramalho
LICENCIANDOS EM LETRAS: Ana Daniele Félix
Eloiza de Oliveira Chaves
Lígia Albuquerque Queiroz
Monalisa Barboza Santos
Nathalia Isis Oliveira
P á g i n a | 2
Artigo de Opinião
Anúncios, convites, atas, avisos, bulas, cartas, instruções de uso, contos, crônicas,
editoriais, ensaios, entrevistas, códigos, contratos, histórias, letras de música, mensagens,
notícias. Essas são algumas das formas por meio das quais podemos nos deparar, na vida
cotidiana, com textos diversos.
Jamais confundimos uma bula com uma carta, uma notícia de jornal com
uma oração, um poema com uma entrevista. Por quê? Porque reconhecemos
as características dessas "espécies" de texto, aprendidas na convivência
social ou na escola. Sabemos também como cada uma delas funciona
socialmente. Não entramos no consultório de um médico e esperamos que
ele nos passe uma receita de bolo, nem entramos no MSN (Messenger -
programa de conversa pela Internet) esperando encontrar artigos
científicos. Cada espécie de texto circula em um determinado portador ou
suporte, tem seu formato próprio, usa um estilo de linguagem específico e
"funciona" em um dado contexto social. (Val, Maria da Graça Costa et al.,
2007, pág. 13).
Essas "espécies de texto" de que nos fala o trabalho citado são chamadas de gêneros
textuais. Os gêneros podem ser agrupados em tipos, segundo a função que tenham, por exemplo,
narrar (ficcional), relatar (fatos reais), argumentar, expor, descrever ações. O artigo de opinião,
cujas características detalharemos a seguir, é um gênero textual do tipo argumentativo e faz
parte da família de gêneros usados na área jornalística.
O filósofo e linguista russo Mikhail Bakhtin (1895-1975), talvez o
mais importante pesquisador de gêneros textuais, alertava contra uma
visão engessada dos gêneros textuais, pois eles servem para expressar
necessidades de comunicação, e podem se alterar conforme a dinâmica
da vida social e das práticas de linguagem.
Diversos gêneros textuais podem ser utilizados para manifestar
ideias e pontos de vistas no contexto jornalístico. Além do artigo de
opinião, há o editorial, a carta do leitor, a coluna, as crônicas e
resenhas. O artigo de opinião é utilizado por pessoas que desejam expor
publicamente suas posições sobre assuntos que provocam controvérsias
na sociedade.
"Artigo de opinião é um gênero jornalístico argumentativo escrito,
publicado em jornais, revistas, internet, e sempre assinado. A assinatura
identifica o autor, o responsável pela opinião". (Gagliardi, Eliana; Amaral, Heloisa, 2004).
Segundo formulações acadêmicas, o texto de opinião teria de se referir unicamente a
situações onde o confronto é explícito (declarado). Amparando-nos em Bakhtin, optamos aqui
por um ponto de vista mais amplo, que inclui situações nas quais o confronto é implícito e não
declarado.
A polêmica acontece de forma clara e aberta quando diversas pessoas expõem pontos de
vista contraditórios sobre o mesmo assunto. Uma pessoa ou corrente de opinião é a favor da
legalização do aborto, outra contra. Elas polemizam de diversas maneiras, inclusive por meio de
artigos de opinião publicados nos jornais.
P á g i n a | 3
Também pode haver debate a respeito de questões sobre as quais aparentemente todos
concordam, no entanto as atitudes concretas mostram que existem opiniões contraditórias.
Todo mundo aceita, por exemplo, que não se deve sujar a cidade, mas muitas pessoas jogam lixo
nas ruas. Tampouco encontraremos algum governante que não concorde em retirar as crianças
dos sinais, mas não é isso que acontece, infelizmente. Alguém pode escrever um artigo de opinião
contra a atitude dos "sujões", sugerindo atitudes por parte do poder público, por exemplo. Ou
então redigir uma crítica a respeito da ação ou omissão da prefeitura em relação às crianças que
pedem esmola nos sinais, expondo-se a todos os riscos.
Todo texto tem um leitor, sobre o qual é necessário refletir antes de escrever. Não adianta
escrever em um jornal de um município do semiárido nordestino um texto de opinião promovendo
nos leitores a consciência para acabar com as queimadas... na Amazônia! Mas faz sentido opinar
sobre a necessidade de políticas para acabar com as queimadas que acontecem naquele
município, provocando desertificação.
Tipos de argumentos
Ao escrever um artigo de opinião, o autor discute o tema polêmico com a intenção de
convencer os leitores a mudarem de ideia ou de comportamento, ou mesmo pressionar o governo
ou outras instituições para que adotem medidas que consideram adequadas.
Para isso, é fundamental que ele argumente de maneira consistente na defesa de sua tese.
Existem vários tipos de argumentos, que o escritor pode combinar. Veja o quadro seguinte.
Tipo Explicação Exemplos
De autoridade Reproduz declarações de um
especialista, de uma pessoa
respeitável (líder, artista,
político), de uma instituição
considerada autoridade no
assunto.
O aumento no número de cobras
encontradas em diversas cidades do país
pode ser provocado pelo desmatamento e
pela destruição do habitat natural desses
animais. É o que explica o coordenador de
fauna e Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), João Pessoa Moreira, em
declaração ao site G1 em 26 de novembro de
2009.
Exemplos Relata um fato ocorrido com o
autor ou com outra pessoa,
para mostrar que o argumento
defendido é válido.
A demissão do senhor Vicente Francisco do
Espírito Santo, do Eletro sul, em março de
1992, porque seu chefe pretendia “clarear o
ambiente”, foi um caso de discriminação
racial. O funcionário entrou com processo e
foi reintegrado ao quadro funcional da
empresa três anos depois.
Provas Comprova seus argumentos com
informações incontestáveis:
Relatório da Organização das Nações Unidas
para a Agricultura e Alimentação indica que
P á g i n a | 4
dados estatísticos, fatos
históricos, acontecimentos
notórios.
o desmatamento ocorrido no Brasil entre
2000 e 2005 responde por 42% da perda de
áreas florestais no mundo. A informação foi
publicada no site do Greenpeace em 26 de
novembro de 2009.
Princípios ou
crença pessoal
Refere-se a valores estéticos ou
morais supostamente
irrefutáveis.
A vida é sagrada e ninguém tem direito a
retirá-la de outra pessoa. Por isso a pena de
morte é inaceitável.
De causa e
consequência
Afirma que um fato ocorre em
decorrência de outro.
Os abortos feitos de forma clandestina e
insegura provocam sérios riscos à saúde da
mulher, como perda do útero, hemorragias e
mesmo a morte.
Convencer, dialogar, rebater
Não basta o autor argumentar a favor de sua tese. Ele deve considerar a existência de
pessoas que pensam de maneira diferente ou mesmo oposta à sua. Como vimos anteriormente,
por meio do exemplo do lixo nas ruas, às vezes essas pessoas não manifestam explicitamente um
pensamento, mas seus comportamentos falam por si.
O autor deve considerar essas outras opiniões ou atitudes, para rebatê-las. Não é possível
simplesmente ignorá-las, pois isso desvaloriza seu texto perante os leitores. Considerar as ideias e
atitudes opostas, para contestá-las, é um elemento essencial do artigo de opinião.
Esse embate com opiniões ou atitudes discordantes não pode, porém, ser feito de qualquer
maneira. A menos que sejam criminosas, as opiniões de outras pessoas devem ser respeitadas,
mesmo na hora de criticá-las. O educador deve ficar atento a esta recomendação, como parte da
formação cidadã dos alunos. Do mesmo modo, não é ético deformar as ideias das outras pessoas,
para facilitar a crítica. Essa é apenas uma maneira de enganar os leitores.
Ao utilizar um argumento o autor deve pensar que outras pessoas podem objetá-lo, do mesmo
modo que ele fez com opiniões contrárias à sua. Ele pode considerar antecipadamente essa
possível objeção e já contra argumentar.
Exemplo: “Alguém pode considerar impossível evitar que as pessoas joguem o lixo na rua, pois o
caminhão de coleta passa no bairro a cada três dias. Não obstante, é possível acondicionar o lixo
em sacolas adequadas, para evitar mau cheiro, e guardá-las em um cantinho do quintal.”
Anotações
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Organização do texto
Esquematicamente, um artigo de opinião está organizado em três partes. Não é uma
estrutura rígida, pois a expressão escrita permite muita flexibilidade. Porém, o esquema é útil
para guiar os passos de escritores iniciantes.
Introdução Descrição do assunto que gera a polêmica
Desenvolvimento Tese do autor (proposta ou posicionamento)
Tese contrária (ou atitudes contrárias)
Refutação da tese ou das atitudes contrárias
Argumentos a favor da tese do autor
Conclusão Fecha o texto e reforça a tese do autor
Mídia e opinião
Noam Chomsky e Edward S. Herman, dois intelectuais norte-americanos, analisaram nos
anos 80 o comportamento da mídia desse país, reputada como sendo uma das mais democráticas
do mundo. A pesquisa permitiu descobrir a existência de um viés sistêmico no tratamento das
informações levadas ao público, configurando o que eles chamam um "modelo de propaganda".
Cinco "filtros" pelos quais passam as notícias originam esse viés. Eles são produzidos pelo
fato da mídia estar dominada por empresas com visão comercial (primeiro filtro); por essas
empresas dependerem dos anunciantes e patrocinadores (segundo filtro); pelo fato da principal
fonte de informação das mídias serem as instituições dominantes - políticas, culturais,
econômicas - e especialistas a elas associadas (terceiro filtro); pelas críticas adversas emitidas
pelos círculos do poder quando entendem que estão sendo contrariados (quarto filtro) e, enfim,
pela ideologia do anticomunismo ou do livre mercado (quinto filtro).
A natureza dos "filtros" descobertos por esses pesquisadores é universal, pois diz respeito
ao fato dos meios de comunicação serem empreendimentos econômicos situados no mercado e
relacionados às instâncias dominantes. A mídia privilegia sistemicamente (isto é, de maneira geral,
automática e não conspiratória) o enfoque favorável aos interesses mais poderosos no plano
econômico, político e social.
A pesquisa de Chomsky e Herman serviu para desmontar definitivamente o mito da
objetividade. O conteúdo da mídia é essencialmente opinativo. Existem diversas maneiras de dar
opinião, mesmo em uma publicação aparentemente objetiva e imparcial.
Omissão: Determinados assuntos ou pontos de vista não são divulgados pelo meio de
comunicação: Em consequência, eles não existem para os leitores.
Deformação: Alguns assuntos ou pontos de vista são abordados, mas com informações
truncadas ou distorcidas. O leitor crê estar sendo informado, mas em realidade está lendo uma
opinião contrária ao ponto de vista que foi deformado.
P á g i n a | 6
Ênfase: Insistir em informações favoráveis aos pontos de vista que se quer defender e
informações desfavoráveis aos pontos de vista que se quer anular constitui uma das maneiras
mais eficazes dos meios de comunicação opinar, sem dizer que estão opinando...
Destaque: Existem várias maneiras de dar destaque às informações favoráveis aos pontos
de vista defendidos pelo meio de comunicação e de diminuir os outros. Isto pode ser feito
através da localização do texto nas páginas do jornal, nos títulos, no tamanho dos textos etc.
Contextualização: A notícia favorável a um determinado ponto de vista é colocada ao lado
de outra que acaba anulando-a. Por exemplo, uma notícia favorável à reforma agrária é colocada
ao lado de outra que informa que assentados estão vendendo a terra que receberam.
Ilustração: As ilustrações são um poderoso recurso para emitir opinião. Basta colocar
fotos desfavoráveis às pessoas/instituições que se quer criticar e favoráveis às que se deseja
apoiar.
O conteúdo do artigo de opinião: as questões polêmicas
Toda argumentação envolve uma questão controversa. É controversa, ou polêmica, toda
questão extraída de um tema de interesse de uma coletividade. Algumas questões mobilizam e
afetam um grande número de pessoas, outras são mais particulares e, por sua vez, interessam a
um reduzido número de pessoas. E cada uma dessas pessoas tem uma opinião, um
posicionamento, uma resposta a ser dada. E para tanto, utilizam-se de argumentos, o que não é
apenas dar opinião, é preciso sustentá-la com evidências, provas, dados e outros elementos que
darão suporte à ideia defendida.
Um artigo de opinião discute questões que podem incidir sobre variados temas: sociais,
políticos, científicos e culturais, de interesse geral e atual, que afetam direta ou indiretamente
um grande número de pessoas, a partir de um fato ocorrido e noticiado.
O contexto de produção do artigo de opinião
Todo texto é produzido em um contexto de produção, pois quem escreve, o faz pensando
em certos elementos que interferem no sentido dos textos: existe uma intenção do autor ao
escrever, e esta intenção está direcionada a quem vai ler o seu texto.
O autor também se atém a um determinado tempo e lugar, a divulgação é feita em
determinado veículo. São elementos que criam um “elo” entre autor e leitor. O produtor de um
artigo de opinião busca construir para os leitores uma imagem de si mesmo, mostrando seus
conhecimentos sobre o tema tratado, através da razão e da lógica, sustentando sua posição.
Geralmente, quem lê o artigo de opinião é alguém que de alguma forma se interessa por
questões polêmicas, ou porque está sendo afetado pela questão em si, ou porque se interessa por
assuntos que envolvem a sociedade. A sua leitura é restrita a uma elite sociocultural que tem
acesso aos meios de circulação. A circulação do artigo de opinião ocorre em jornais e revistas
impressos ou on-line, e tem o objetivo de influenciar o posicionamento dos leitores em relação a
uma questão controversa.
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As várias vozes que circulam no artigo de opinião
Geralmente, um texto escrito traz outras “vozes” que não as do autor, mas que “falam” pelo
autor, pelo fato de que a comunicação humana é marcada pelo dialogismo. O autor de um texto
“conversa” com outras pessoas que pensam de formas diferentes da sua, através de outras
leituras que ele faz.
Quem lê um texto deve estar atento a essas “conversas” que muitas vezes nos remetem a
outros textos. Geralmente, as leituras que fazemos são constituídas pelo resultado de muitas
outras leituras, o que nos dá condições de fazer esse diálogo entre os textos lidos anteriormente
e os que estamos lendo. Esse conhecimento anterior nos prepara para concordar ou discordar,
totalmente ou em parte das ideias do autor, orienta-nos para perceber aspectos que não estão
sendo considerados pelo autor do texto e pensar numa possível razão pela qual ele faz isso. Essa
leitura crítica faz com que não sejamos manipulados e não aceitemos de pronto qualquer
informação ou ideia, podendo exercer nossa liberdade de opinião.
Organizadores textuais e aspectos linguísticos
Quando escrevemos um texto, devemos organizar nossas ideias de maneira que se tenha
uma sequência, uma conexão entre as partes, formando um sentido geral no texto. A escolha de
certas palavras não é por acaso. As conjunções, que também são conhecidas como conectivos,
fazem esse papel de conectar, num texto escrito, as partes entre si. Introduzir um argumento,
acrescentar 16 argumentos novos, indicar oposição a uma afirmação anterior, concluir, estas são
algumas das funções dos conectivos.
Cada articulista, assim como outros escritores, procura manter um estilo próprio ao
escrever seus textos. Ao observar diferentes artigos de diferentes autores, podemos notar que
existem características particulares em cada texto.
Além dos recursos coesivos, a construção do discurso, quase sempre em terceira pessoa, o
uso de alguns tempos verbais e advérbios, os questionamentos, as hipérboles, as palavras
enfatizadoras são alguns exemplos das marcas linguísticas do autor presentes no texto. Tais
marcas indicam a intencionalidade do autor.
A estrutura do artigo de opinião
Existem várias possibilidades de organizar a estrutura de um artigo de opinião, porém, de
maneira geral, todos possuem os seguintes elementos. (Não existe uma ordem específica para
esses elementos e nem todos precisam aparecer num mesmo artigo de opinião).
1. Contextualização e/ou apresentação da questão que está sendo discutida.
2. Explicitação do posicionamento assumido.
3. Utilização de argumentos para sustentar a posição assumida.
4. Consideração de posição contrária e antecipação de possíveis argumentos contrários à
posição assumida.
5. Utilização de argumentos que refutam a posição contrária.
6. Retomada da posição assumida.
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7. Possibilidades de negociação.
8. Conclusão (ênfase ou retomada da tese ou posicionamento defendido).
Outros gêneros jornalísticos opinativos
Editorial
O editorial é um texto que exprime a opinião de um veículo acerca de um determinado fato. Ele
deve apresentar a questão tratada e desenvolver os argumentos defendidos pelo veículo, ao
mesmo tempo em que resume e contesta os contrários. São textos não assinados, quase sempre
escritos por uma pessoa que faz parte da direção do órgão de imprensa ou por alguém da sua
confiança. Quando se trata de veículos de circulação mensal, como as revistas, ou pequenos
jornais, o editorial tem uma função introdutória, de apresentar os conteúdos de uma dada
edição, sob a ótica dos editores.
Resenha
Apreciação de um trabalho intelectual ou artístico com o objetivo de orientar o público leitor. É
também considerado um artigo, mas com a função sociocomunicativa de discorrer sobre uma
obra. É sempre assinada.
Coluna
Seção de um jornal ou revista separada por linhas ou fios e publicada sempre na mesma página.
Seu estilo é mais livre e pessoal que o do noticiário comum. Geralmente, os colunistas são pessoas
que entendem bem de um determinado assunto e, portanto, ganham credibilidade do jornal e do
público pela personalidade e profundidade com que abordam esse tema.
Crônica
A crônica é um texto em prosa, de caráter mais literário que jornalístico, cuja função é fazer
refletir através da análise ou do relato de episódios, por meio da ótica de um autor-narrador. A
crônica muitas vezes se confunde com o ensaio e com o artigo, mas difere de ambos pelo seu
aspecto coloquial e estético, não apresentando muito rigor na investigação do tema.
Carta do Leitor
As cartas são textos produzidos pelos leitores sobre temas diversos, geralmente relacionados a
alguma matéria publicada pelo jornal ou revista, ao qual cabe o direito de publicá-las ou não. A
função desse texto é dar espaço para opiniões de pessoas que não compõem a equipe do jornal
nem possuem conhecimentos aprofundados sobre determinados assuntos. As cartas são sempre
assinadas e de responsabilidade de seus autores.
REFERÊNCIAS
UBER. Terezinha de Jesus Bauer. Artigo de Opinião. Santa Isabel do Ivaí, Paraná,
2007/2008.
RAVIOLO. Daniel. Caderno de apoio ao educador: artigo de opinião. Fortaleza:
Comunicação e cultura, 2010.

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  • 1. PROJETO: Cultura, Literatura e Criatividade: Do erudito ao popular – CLIC COORDENADORA DA ÁREA DE LETRAS: Magliana Rodrigues da Silva ESCOLA PARTICIPANTE: E.E.E. Fundamental e Médio Professor Raul Córdula SUPERVISORA DA ESCOLA: Diana Nunes Ramalho LICENCIANDOS EM LETRAS: Ana Daniele Félix Eloiza de Oliveira Chaves Lígia Albuquerque Queiroz Monalisa Barboza Santos Nathalia Isis Oliveira
  • 2. P á g i n a | 2 Artigo de Opinião Anúncios, convites, atas, avisos, bulas, cartas, instruções de uso, contos, crônicas, editoriais, ensaios, entrevistas, códigos, contratos, histórias, letras de música, mensagens, notícias. Essas são algumas das formas por meio das quais podemos nos deparar, na vida cotidiana, com textos diversos. Jamais confundimos uma bula com uma carta, uma notícia de jornal com uma oração, um poema com uma entrevista. Por quê? Porque reconhecemos as características dessas "espécies" de texto, aprendidas na convivência social ou na escola. Sabemos também como cada uma delas funciona socialmente. Não entramos no consultório de um médico e esperamos que ele nos passe uma receita de bolo, nem entramos no MSN (Messenger - programa de conversa pela Internet) esperando encontrar artigos científicos. Cada espécie de texto circula em um determinado portador ou suporte, tem seu formato próprio, usa um estilo de linguagem específico e "funciona" em um dado contexto social. (Val, Maria da Graça Costa et al., 2007, pág. 13). Essas "espécies de texto" de que nos fala o trabalho citado são chamadas de gêneros textuais. Os gêneros podem ser agrupados em tipos, segundo a função que tenham, por exemplo, narrar (ficcional), relatar (fatos reais), argumentar, expor, descrever ações. O artigo de opinião, cujas características detalharemos a seguir, é um gênero textual do tipo argumentativo e faz parte da família de gêneros usados na área jornalística. O filósofo e linguista russo Mikhail Bakhtin (1895-1975), talvez o mais importante pesquisador de gêneros textuais, alertava contra uma visão engessada dos gêneros textuais, pois eles servem para expressar necessidades de comunicação, e podem se alterar conforme a dinâmica da vida social e das práticas de linguagem. Diversos gêneros textuais podem ser utilizados para manifestar ideias e pontos de vistas no contexto jornalístico. Além do artigo de opinião, há o editorial, a carta do leitor, a coluna, as crônicas e resenhas. O artigo de opinião é utilizado por pessoas que desejam expor publicamente suas posições sobre assuntos que provocam controvérsias na sociedade. "Artigo de opinião é um gênero jornalístico argumentativo escrito, publicado em jornais, revistas, internet, e sempre assinado. A assinatura identifica o autor, o responsável pela opinião". (Gagliardi, Eliana; Amaral, Heloisa, 2004). Segundo formulações acadêmicas, o texto de opinião teria de se referir unicamente a situações onde o confronto é explícito (declarado). Amparando-nos em Bakhtin, optamos aqui por um ponto de vista mais amplo, que inclui situações nas quais o confronto é implícito e não declarado. A polêmica acontece de forma clara e aberta quando diversas pessoas expõem pontos de vista contraditórios sobre o mesmo assunto. Uma pessoa ou corrente de opinião é a favor da legalização do aborto, outra contra. Elas polemizam de diversas maneiras, inclusive por meio de artigos de opinião publicados nos jornais.
  • 3. P á g i n a | 3 Também pode haver debate a respeito de questões sobre as quais aparentemente todos concordam, no entanto as atitudes concretas mostram que existem opiniões contraditórias. Todo mundo aceita, por exemplo, que não se deve sujar a cidade, mas muitas pessoas jogam lixo nas ruas. Tampouco encontraremos algum governante que não concorde em retirar as crianças dos sinais, mas não é isso que acontece, infelizmente. Alguém pode escrever um artigo de opinião contra a atitude dos "sujões", sugerindo atitudes por parte do poder público, por exemplo. Ou então redigir uma crítica a respeito da ação ou omissão da prefeitura em relação às crianças que pedem esmola nos sinais, expondo-se a todos os riscos. Todo texto tem um leitor, sobre o qual é necessário refletir antes de escrever. Não adianta escrever em um jornal de um município do semiárido nordestino um texto de opinião promovendo nos leitores a consciência para acabar com as queimadas... na Amazônia! Mas faz sentido opinar sobre a necessidade de políticas para acabar com as queimadas que acontecem naquele município, provocando desertificação. Tipos de argumentos Ao escrever um artigo de opinião, o autor discute o tema polêmico com a intenção de convencer os leitores a mudarem de ideia ou de comportamento, ou mesmo pressionar o governo ou outras instituições para que adotem medidas que consideram adequadas. Para isso, é fundamental que ele argumente de maneira consistente na defesa de sua tese. Existem vários tipos de argumentos, que o escritor pode combinar. Veja o quadro seguinte. Tipo Explicação Exemplos De autoridade Reproduz declarações de um especialista, de uma pessoa respeitável (líder, artista, político), de uma instituição considerada autoridade no assunto. O aumento no número de cobras encontradas em diversas cidades do país pode ser provocado pelo desmatamento e pela destruição do habitat natural desses animais. É o que explica o coordenador de fauna e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), João Pessoa Moreira, em declaração ao site G1 em 26 de novembro de 2009. Exemplos Relata um fato ocorrido com o autor ou com outra pessoa, para mostrar que o argumento defendido é válido. A demissão do senhor Vicente Francisco do Espírito Santo, do Eletro sul, em março de 1992, porque seu chefe pretendia “clarear o ambiente”, foi um caso de discriminação racial. O funcionário entrou com processo e foi reintegrado ao quadro funcional da empresa três anos depois. Provas Comprova seus argumentos com informações incontestáveis: Relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação indica que
  • 4. P á g i n a | 4 dados estatísticos, fatos históricos, acontecimentos notórios. o desmatamento ocorrido no Brasil entre 2000 e 2005 responde por 42% da perda de áreas florestais no mundo. A informação foi publicada no site do Greenpeace em 26 de novembro de 2009. Princípios ou crença pessoal Refere-se a valores estéticos ou morais supostamente irrefutáveis. A vida é sagrada e ninguém tem direito a retirá-la de outra pessoa. Por isso a pena de morte é inaceitável. De causa e consequência Afirma que um fato ocorre em decorrência de outro. Os abortos feitos de forma clandestina e insegura provocam sérios riscos à saúde da mulher, como perda do útero, hemorragias e mesmo a morte. Convencer, dialogar, rebater Não basta o autor argumentar a favor de sua tese. Ele deve considerar a existência de pessoas que pensam de maneira diferente ou mesmo oposta à sua. Como vimos anteriormente, por meio do exemplo do lixo nas ruas, às vezes essas pessoas não manifestam explicitamente um pensamento, mas seus comportamentos falam por si. O autor deve considerar essas outras opiniões ou atitudes, para rebatê-las. Não é possível simplesmente ignorá-las, pois isso desvaloriza seu texto perante os leitores. Considerar as ideias e atitudes opostas, para contestá-las, é um elemento essencial do artigo de opinião. Esse embate com opiniões ou atitudes discordantes não pode, porém, ser feito de qualquer maneira. A menos que sejam criminosas, as opiniões de outras pessoas devem ser respeitadas, mesmo na hora de criticá-las. O educador deve ficar atento a esta recomendação, como parte da formação cidadã dos alunos. Do mesmo modo, não é ético deformar as ideias das outras pessoas, para facilitar a crítica. Essa é apenas uma maneira de enganar os leitores. Ao utilizar um argumento o autor deve pensar que outras pessoas podem objetá-lo, do mesmo modo que ele fez com opiniões contrárias à sua. Ele pode considerar antecipadamente essa possível objeção e já contra argumentar. Exemplo: “Alguém pode considerar impossível evitar que as pessoas joguem o lixo na rua, pois o caminhão de coleta passa no bairro a cada três dias. Não obstante, é possível acondicionar o lixo em sacolas adequadas, para evitar mau cheiro, e guardá-las em um cantinho do quintal.” Anotações _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________________
  • 5. P á g i n a | 5 Organização do texto Esquematicamente, um artigo de opinião está organizado em três partes. Não é uma estrutura rígida, pois a expressão escrita permite muita flexibilidade. Porém, o esquema é útil para guiar os passos de escritores iniciantes. Introdução Descrição do assunto que gera a polêmica Desenvolvimento Tese do autor (proposta ou posicionamento) Tese contrária (ou atitudes contrárias) Refutação da tese ou das atitudes contrárias Argumentos a favor da tese do autor Conclusão Fecha o texto e reforça a tese do autor Mídia e opinião Noam Chomsky e Edward S. Herman, dois intelectuais norte-americanos, analisaram nos anos 80 o comportamento da mídia desse país, reputada como sendo uma das mais democráticas do mundo. A pesquisa permitiu descobrir a existência de um viés sistêmico no tratamento das informações levadas ao público, configurando o que eles chamam um "modelo de propaganda". Cinco "filtros" pelos quais passam as notícias originam esse viés. Eles são produzidos pelo fato da mídia estar dominada por empresas com visão comercial (primeiro filtro); por essas empresas dependerem dos anunciantes e patrocinadores (segundo filtro); pelo fato da principal fonte de informação das mídias serem as instituições dominantes - políticas, culturais, econômicas - e especialistas a elas associadas (terceiro filtro); pelas críticas adversas emitidas pelos círculos do poder quando entendem que estão sendo contrariados (quarto filtro) e, enfim, pela ideologia do anticomunismo ou do livre mercado (quinto filtro). A natureza dos "filtros" descobertos por esses pesquisadores é universal, pois diz respeito ao fato dos meios de comunicação serem empreendimentos econômicos situados no mercado e relacionados às instâncias dominantes. A mídia privilegia sistemicamente (isto é, de maneira geral, automática e não conspiratória) o enfoque favorável aos interesses mais poderosos no plano econômico, político e social. A pesquisa de Chomsky e Herman serviu para desmontar definitivamente o mito da objetividade. O conteúdo da mídia é essencialmente opinativo. Existem diversas maneiras de dar opinião, mesmo em uma publicação aparentemente objetiva e imparcial. Omissão: Determinados assuntos ou pontos de vista não são divulgados pelo meio de comunicação: Em consequência, eles não existem para os leitores. Deformação: Alguns assuntos ou pontos de vista são abordados, mas com informações truncadas ou distorcidas. O leitor crê estar sendo informado, mas em realidade está lendo uma opinião contrária ao ponto de vista que foi deformado.
  • 6. P á g i n a | 6 Ênfase: Insistir em informações favoráveis aos pontos de vista que se quer defender e informações desfavoráveis aos pontos de vista que se quer anular constitui uma das maneiras mais eficazes dos meios de comunicação opinar, sem dizer que estão opinando... Destaque: Existem várias maneiras de dar destaque às informações favoráveis aos pontos de vista defendidos pelo meio de comunicação e de diminuir os outros. Isto pode ser feito através da localização do texto nas páginas do jornal, nos títulos, no tamanho dos textos etc. Contextualização: A notícia favorável a um determinado ponto de vista é colocada ao lado de outra que acaba anulando-a. Por exemplo, uma notícia favorável à reforma agrária é colocada ao lado de outra que informa que assentados estão vendendo a terra que receberam. Ilustração: As ilustrações são um poderoso recurso para emitir opinião. Basta colocar fotos desfavoráveis às pessoas/instituições que se quer criticar e favoráveis às que se deseja apoiar. O conteúdo do artigo de opinião: as questões polêmicas Toda argumentação envolve uma questão controversa. É controversa, ou polêmica, toda questão extraída de um tema de interesse de uma coletividade. Algumas questões mobilizam e afetam um grande número de pessoas, outras são mais particulares e, por sua vez, interessam a um reduzido número de pessoas. E cada uma dessas pessoas tem uma opinião, um posicionamento, uma resposta a ser dada. E para tanto, utilizam-se de argumentos, o que não é apenas dar opinião, é preciso sustentá-la com evidências, provas, dados e outros elementos que darão suporte à ideia defendida. Um artigo de opinião discute questões que podem incidir sobre variados temas: sociais, políticos, científicos e culturais, de interesse geral e atual, que afetam direta ou indiretamente um grande número de pessoas, a partir de um fato ocorrido e noticiado. O contexto de produção do artigo de opinião Todo texto é produzido em um contexto de produção, pois quem escreve, o faz pensando em certos elementos que interferem no sentido dos textos: existe uma intenção do autor ao escrever, e esta intenção está direcionada a quem vai ler o seu texto. O autor também se atém a um determinado tempo e lugar, a divulgação é feita em determinado veículo. São elementos que criam um “elo” entre autor e leitor. O produtor de um artigo de opinião busca construir para os leitores uma imagem de si mesmo, mostrando seus conhecimentos sobre o tema tratado, através da razão e da lógica, sustentando sua posição. Geralmente, quem lê o artigo de opinião é alguém que de alguma forma se interessa por questões polêmicas, ou porque está sendo afetado pela questão em si, ou porque se interessa por assuntos que envolvem a sociedade. A sua leitura é restrita a uma elite sociocultural que tem acesso aos meios de circulação. A circulação do artigo de opinião ocorre em jornais e revistas impressos ou on-line, e tem o objetivo de influenciar o posicionamento dos leitores em relação a uma questão controversa.
  • 7. P á g i n a | 7 As várias vozes que circulam no artigo de opinião Geralmente, um texto escrito traz outras “vozes” que não as do autor, mas que “falam” pelo autor, pelo fato de que a comunicação humana é marcada pelo dialogismo. O autor de um texto “conversa” com outras pessoas que pensam de formas diferentes da sua, através de outras leituras que ele faz. Quem lê um texto deve estar atento a essas “conversas” que muitas vezes nos remetem a outros textos. Geralmente, as leituras que fazemos são constituídas pelo resultado de muitas outras leituras, o que nos dá condições de fazer esse diálogo entre os textos lidos anteriormente e os que estamos lendo. Esse conhecimento anterior nos prepara para concordar ou discordar, totalmente ou em parte das ideias do autor, orienta-nos para perceber aspectos que não estão sendo considerados pelo autor do texto e pensar numa possível razão pela qual ele faz isso. Essa leitura crítica faz com que não sejamos manipulados e não aceitemos de pronto qualquer informação ou ideia, podendo exercer nossa liberdade de opinião. Organizadores textuais e aspectos linguísticos Quando escrevemos um texto, devemos organizar nossas ideias de maneira que se tenha uma sequência, uma conexão entre as partes, formando um sentido geral no texto. A escolha de certas palavras não é por acaso. As conjunções, que também são conhecidas como conectivos, fazem esse papel de conectar, num texto escrito, as partes entre si. Introduzir um argumento, acrescentar 16 argumentos novos, indicar oposição a uma afirmação anterior, concluir, estas são algumas das funções dos conectivos. Cada articulista, assim como outros escritores, procura manter um estilo próprio ao escrever seus textos. Ao observar diferentes artigos de diferentes autores, podemos notar que existem características particulares em cada texto. Além dos recursos coesivos, a construção do discurso, quase sempre em terceira pessoa, o uso de alguns tempos verbais e advérbios, os questionamentos, as hipérboles, as palavras enfatizadoras são alguns exemplos das marcas linguísticas do autor presentes no texto. Tais marcas indicam a intencionalidade do autor. A estrutura do artigo de opinião Existem várias possibilidades de organizar a estrutura de um artigo de opinião, porém, de maneira geral, todos possuem os seguintes elementos. (Não existe uma ordem específica para esses elementos e nem todos precisam aparecer num mesmo artigo de opinião). 1. Contextualização e/ou apresentação da questão que está sendo discutida. 2. Explicitação do posicionamento assumido. 3. Utilização de argumentos para sustentar a posição assumida. 4. Consideração de posição contrária e antecipação de possíveis argumentos contrários à posição assumida. 5. Utilização de argumentos que refutam a posição contrária. 6. Retomada da posição assumida.
  • 8. P á g i n a | 8 7. Possibilidades de negociação. 8. Conclusão (ênfase ou retomada da tese ou posicionamento defendido). Outros gêneros jornalísticos opinativos Editorial O editorial é um texto que exprime a opinião de um veículo acerca de um determinado fato. Ele deve apresentar a questão tratada e desenvolver os argumentos defendidos pelo veículo, ao mesmo tempo em que resume e contesta os contrários. São textos não assinados, quase sempre escritos por uma pessoa que faz parte da direção do órgão de imprensa ou por alguém da sua confiança. Quando se trata de veículos de circulação mensal, como as revistas, ou pequenos jornais, o editorial tem uma função introdutória, de apresentar os conteúdos de uma dada edição, sob a ótica dos editores. Resenha Apreciação de um trabalho intelectual ou artístico com o objetivo de orientar o público leitor. É também considerado um artigo, mas com a função sociocomunicativa de discorrer sobre uma obra. É sempre assinada. Coluna Seção de um jornal ou revista separada por linhas ou fios e publicada sempre na mesma página. Seu estilo é mais livre e pessoal que o do noticiário comum. Geralmente, os colunistas são pessoas que entendem bem de um determinado assunto e, portanto, ganham credibilidade do jornal e do público pela personalidade e profundidade com que abordam esse tema. Crônica A crônica é um texto em prosa, de caráter mais literário que jornalístico, cuja função é fazer refletir através da análise ou do relato de episódios, por meio da ótica de um autor-narrador. A crônica muitas vezes se confunde com o ensaio e com o artigo, mas difere de ambos pelo seu aspecto coloquial e estético, não apresentando muito rigor na investigação do tema. Carta do Leitor As cartas são textos produzidos pelos leitores sobre temas diversos, geralmente relacionados a alguma matéria publicada pelo jornal ou revista, ao qual cabe o direito de publicá-las ou não. A função desse texto é dar espaço para opiniões de pessoas que não compõem a equipe do jornal nem possuem conhecimentos aprofundados sobre determinados assuntos. As cartas são sempre assinadas e de responsabilidade de seus autores. REFERÊNCIAS UBER. Terezinha de Jesus Bauer. Artigo de Opinião. Santa Isabel do Ivaí, Paraná, 2007/2008. RAVIOLO. Daniel. Caderno de apoio ao educador: artigo de opinião. Fortaleza: Comunicação e cultura, 2010.