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   Classificação,   organização     genómica   e
    replicação do Vírus Cache Valley
   Doença clínica e patológica
   Diagnóstico
   Epidemiologia e transmissão
   Controlo e prevenção
   Género Bunyavirus.
   Família Bunyaviridae – única com mais de 350
    membros.
   O vírus foi encontrado nos EUA, Canada e México.
   Infecta uma grande variedade de animais
    domésticos, silvestres e seres humanos.
   Os testes de hemaglutinação-inibição reconhecem
    epítopos conservados na nucleocápsula         da
    proteína     e    identifica   vírus  intimamente
    relacionados.
   Cache Valley é um dos 33 vírus incluídos no grupo
    Bunyamwera.
    Os testes de neutralização cruzada têm
    demonstrado que existem múltiplos subtipos do
    vírus CV.
   Uma vez que os critérios de classificação variam
    entre bunyaviruses, quando mais informações da
    sequência do genoma bunyaviruses se torna
    disponível, mais a taxonomia deste grupo de vírus
    é suscetível a mudança no futuro.
   Os viriões Bunyavirus são esféricos e variam em
    tamanho entre 80-90 nm de diâmetro. A camada
    mais externa das partículas virais é o envelope, o
    qual é composto por saliências superficiais de
    glicoproteínas incorporados numa bicamada
    lipídica. O tratamento com lípidos solventes resulta
    em perda de infecciosidade. O interior dos viriões
    contêm a polimerase viral e a nucleocápsula da
    proteína.
   A nucleocápsula da proteína está estreitamente
    ligada ao ácido nucleico viral e os dois dão ao
    virião uma aparência filamentosa ou enrolada.
   O genoma viral é constituído por três segmentos de
    sentido negativo, em cadeia simples de RNA
    designada pequeno (S), médio (M) e grande (L),
    codificado de proteína da nucleocápsula e de
    proteína não estrutural (NSS), os dois envelopes
    de glicoproteínas (G1 e G2) e outra proteína não-
    estrutural   (Nm),    e    a    polimerase    viral,
    respetivamente.
   Estes segmentos contêm os mesmos nucleótidos
    complementares a nível da extremidade 3’ e 5’.
    Estas extremidades são altamente conservadas
    entre os vírus dentro do género, mas diferem dos
    vírus em outros géneros. Ao contrario dos vírus
    com um genoma de cadeia de RNA positiva, o
    genoma Bunyavirus ou o anti genoma de RNA não
    são infeciosos.
   O vírus CV replica-se, in vitro, em muitas linhas
    celulares de mamíferos incluindo o rim de hamster
    bebé. A ligação do vírus às células é mediada pela
    glicoproteína viral G1 , que também pode ter um
    papel na virulência do vírus.
    O recetor celular para o vírus da CV ainda não foi
    identificado. Após entrar na célula, a multiplicação
    do vírus ocorre no citoplasma, e o virião
    amadurece nas membranas do aparelho de Golgi.
    O efeito citopático típico nessas células consiste
    na lise de células e formação de placas.
   O vírus também se replica em linhas celulares de
    insetos, onde causa uma infeção persistente não-
    citopática. A persistência de linhas de células de
    inseto in vitro é acompanhada pela geração de
    vírus com variáveis ​características fenotípicas e
    genéticas. Além disso, as bunyaviruses podem
    perder ou alterar os seus antígenos de
    neutralização durante a passagem em células do
    inseto.
 A maioria das infeções em ovinos são
  subclínicas, no entanto      quando a infeção
  ocorre no primeiro trimestre da gravidez o vírus
  pode atravessar a placenta e pode produzir :
 Morte embrionária
 Mumificação
 Malformação fetal incluindo artralgia, torcicolo,
  escoliose,       lordose,       hidranencefalia,
  microcefalia, porencefalia, hipoplasia cerebelar
  e muscular.
   As infeções que ocorrem nos últimos dois terços
    da gestação são clinicamente inofensivas para o
    feto.
   O melhor método para confirmar a infecção intra-
    uterina é através da demostração de anticorpos
    contra o vírus especifico C.V. por testes de
    neutralização em soros de fetos malformados ou
    amostras de soro pré-colostral de recém nascidos.
   Não existem vacinas ou tratamentos disponíveis
    para proteger as ovelhas contra esta infeção.
   O aborto entre as ovelhas é um sério problema
    económico para os produtores de gado.
   Clinicamente a doença pode manifestar-se através
    de um retorno rápido ao estro, mortalidade
    embrionária, malformação fetal, aborto, natimorto
    ou nascimento de crias fracas.
O aborto pode dever-se:
 Defeitos genéticos
 Toxinas
 Desequilíbrios hormonais
 Doenças infeciosas(Chlamidya Psittaci, Coxiella
  Burnetii, Neospora Caninum, Toxoplasma Gondi)
   A inoculação experimental endovenosa ou intra-
    peritoneal em ovinos e caprinos com vírus C.V.
    resultou em depressão, febre, tremores, espasmos
    musculares,      desorientação,   anomalias     de
    alimentação, convulsões ou outros sinais de
    distúrbios do sistema nervoso.
   O vírus C.V. foi isolado a partir de uma ovelha
    doente no Texas, mas a maioria das infeções
    naturais em animais não gestantes é subclínica.
   Em caso de gestação o vírus pode atravessar a
    placenta e infetar o feto.
   Em gestações múltiplas, o grau e tipo de patologia
    fetal pode ser diferente em cada feto. Em alguns
    casos, um feto pode ser normal, enquanto os
    outros podem apresentar malformações.
   As lesões histológicas são mais frequentemente
    observadas no cérebro, medula espinal e
    músculo esquelético de fetos malformados.
   Bunyaviruses são tipicamente isolados por
    inoculação intra-cranial de ratinhos lactentes.
   O isolamento do vírus a partir de fetos
    malformados ou recém-nascidos é sempre bem
    sucedido, porque no momento em que o feto é
    expelido, o seu sistema imunológico já erradicou o
    vírus dos tecidos.
› Soro-neutralização
    › Elisa
    › Testes de fixação do complemento
    › Testes de hemaglutinação-inibição
   Nas fêmeas, o isolamento do vírus a partir de
    sangue pode ser obtido numa cultura de células,
    durante a fase virémia da infeção.
   O vírus Cache Valley foi isolado pela primeira vez a
    partir de mosquitos (Culiseta inornata) em Cache
    Valley, Utah 1956.
   Desde então, o vírus tem demonstrado ser
    endémico na América do Norte.
   A transmissão a vertebrados ocorre através da
    picada de mosquitos infetados(vectores): Aedes,
    Psorophora, Anopheles, Coquillettidia, Culex e
    de Culiseta inornata.
   As infeções humanas ocorrem através da picada
    de mosquitos infetados e não por contato direto
    com animais infetados.
   Depois de anos repetidos de seca e de inverno em
    áreas endêmicas de vírus CV, a população de
    mosquitos vetores e a transmissão do vírus diminuíram.


   Apos 7 a 15 dias de exposição o vírus nos
    mosquitos aumentou mais 100 vezes. Após a
    ingestão do sangue dos ratos infetados o pico do
    vírus permanece 35 dias ativos.
    A eficiência de transmissão varia dentro de
    diferentes espécies de mosquitos.
   É difícil devido a grande variedade de mosquitos
    vetores e hospedeiros vertebrados.
   A ampla aplicação de inseticidas é usada em
    algumas regiões, mas não é admissível
    ecologicamente.
   Programas de controlo de outros insetos e o
    melhoramento do saneamento ambiental podem
    reduzir a abundancia do vetor de risco.
   Nos seres humanos é aconselhado o uso de redes
    de malha, roupas de proteção e repelentes de
    insetos contendo dietiltoluamida .
   Atualmente não existem vacinas ou tratamentos
    aprovados para controlo de C.V. e dos animais
    devemos apenas protege-los de infeções
    subsequentes.
   Cache Valley virus is a cause of fetal
    malformation and pregnancy loss in
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Vírus cache valley é a causa de malformação

  • 1.
  • 2.
  • 3. Classificação, organização genómica e replicação do Vírus Cache Valley  Doença clínica e patológica  Diagnóstico  Epidemiologia e transmissão  Controlo e prevenção
  • 4. Género Bunyavirus.  Família Bunyaviridae – única com mais de 350 membros.  O vírus foi encontrado nos EUA, Canada e México.  Infecta uma grande variedade de animais domésticos, silvestres e seres humanos.  Os testes de hemaglutinação-inibição reconhecem epítopos conservados na nucleocápsula da proteína e identifica vírus intimamente relacionados.
  • 5. Cache Valley é um dos 33 vírus incluídos no grupo Bunyamwera.  Os testes de neutralização cruzada têm demonstrado que existem múltiplos subtipos do vírus CV.  Uma vez que os critérios de classificação variam entre bunyaviruses, quando mais informações da sequência do genoma bunyaviruses se torna disponível, mais a taxonomia deste grupo de vírus é suscetível a mudança no futuro.
  • 6. Os viriões Bunyavirus são esféricos e variam em tamanho entre 80-90 nm de diâmetro. A camada mais externa das partículas virais é o envelope, o qual é composto por saliências superficiais de glicoproteínas incorporados numa bicamada lipídica. O tratamento com lípidos solventes resulta em perda de infecciosidade. O interior dos viriões contêm a polimerase viral e a nucleocápsula da proteína.
  • 7. A nucleocápsula da proteína está estreitamente ligada ao ácido nucleico viral e os dois dão ao virião uma aparência filamentosa ou enrolada.  O genoma viral é constituído por três segmentos de sentido negativo, em cadeia simples de RNA designada pequeno (S), médio (M) e grande (L), codificado de proteína da nucleocápsula e de proteína não estrutural (NSS), os dois envelopes de glicoproteínas (G1 e G2) e outra proteína não- estrutural (Nm), e a polimerase viral, respetivamente.
  • 8. Estes segmentos contêm os mesmos nucleótidos complementares a nível da extremidade 3’ e 5’. Estas extremidades são altamente conservadas entre os vírus dentro do género, mas diferem dos vírus em outros géneros. Ao contrario dos vírus com um genoma de cadeia de RNA positiva, o genoma Bunyavirus ou o anti genoma de RNA não são infeciosos.
  • 9. O vírus CV replica-se, in vitro, em muitas linhas celulares de mamíferos incluindo o rim de hamster bebé. A ligação do vírus às células é mediada pela glicoproteína viral G1 , que também pode ter um papel na virulência do vírus.  O recetor celular para o vírus da CV ainda não foi identificado. Após entrar na célula, a multiplicação do vírus ocorre no citoplasma, e o virião amadurece nas membranas do aparelho de Golgi. O efeito citopático típico nessas células consiste na lise de células e formação de placas.
  • 10. O vírus também se replica em linhas celulares de insetos, onde causa uma infeção persistente não- citopática. A persistência de linhas de células de inseto in vitro é acompanhada pela geração de vírus com variáveis ​características fenotípicas e genéticas. Além disso, as bunyaviruses podem perder ou alterar os seus antígenos de neutralização durante a passagem em células do inseto.
  • 11.  A maioria das infeções em ovinos são subclínicas, no entanto quando a infeção ocorre no primeiro trimestre da gravidez o vírus pode atravessar a placenta e pode produzir :  Morte embrionária  Mumificação  Malformação fetal incluindo artralgia, torcicolo, escoliose, lordose, hidranencefalia, microcefalia, porencefalia, hipoplasia cerebelar e muscular.
  • 12. As infeções que ocorrem nos últimos dois terços da gestação são clinicamente inofensivas para o feto.  O melhor método para confirmar a infecção intra- uterina é através da demostração de anticorpos contra o vírus especifico C.V. por testes de neutralização em soros de fetos malformados ou amostras de soro pré-colostral de recém nascidos.
  • 13. Não existem vacinas ou tratamentos disponíveis para proteger as ovelhas contra esta infeção.  O aborto entre as ovelhas é um sério problema económico para os produtores de gado.  Clinicamente a doença pode manifestar-se através de um retorno rápido ao estro, mortalidade embrionária, malformação fetal, aborto, natimorto ou nascimento de crias fracas.
  • 14. O aborto pode dever-se:  Defeitos genéticos  Toxinas  Desequilíbrios hormonais  Doenças infeciosas(Chlamidya Psittaci, Coxiella Burnetii, Neospora Caninum, Toxoplasma Gondi)
  • 15. A inoculação experimental endovenosa ou intra- peritoneal em ovinos e caprinos com vírus C.V. resultou em depressão, febre, tremores, espasmos musculares, desorientação, anomalias de alimentação, convulsões ou outros sinais de distúrbios do sistema nervoso.  O vírus C.V. foi isolado a partir de uma ovelha doente no Texas, mas a maioria das infeções naturais em animais não gestantes é subclínica.
  • 16. Em caso de gestação o vírus pode atravessar a placenta e infetar o feto.  Em gestações múltiplas, o grau e tipo de patologia fetal pode ser diferente em cada feto. Em alguns casos, um feto pode ser normal, enquanto os outros podem apresentar malformações.  As lesões histológicas são mais frequentemente observadas no cérebro, medula espinal e músculo esquelético de fetos malformados.
  • 17. Bunyaviruses são tipicamente isolados por inoculação intra-cranial de ratinhos lactentes.  O isolamento do vírus a partir de fetos malformados ou recém-nascidos é sempre bem sucedido, porque no momento em que o feto é expelido, o seu sistema imunológico já erradicou o vírus dos tecidos.
  • 18. › Soro-neutralização › Elisa › Testes de fixação do complemento › Testes de hemaglutinação-inibição  Nas fêmeas, o isolamento do vírus a partir de sangue pode ser obtido numa cultura de células, durante a fase virémia da infeção.
  • 19. O vírus Cache Valley foi isolado pela primeira vez a partir de mosquitos (Culiseta inornata) em Cache Valley, Utah 1956.  Desde então, o vírus tem demonstrado ser endémico na América do Norte.  A transmissão a vertebrados ocorre através da picada de mosquitos infetados(vectores): Aedes, Psorophora, Anopheles, Coquillettidia, Culex e de Culiseta inornata.  As infeções humanas ocorrem através da picada de mosquitos infetados e não por contato direto com animais infetados.
  • 20. Depois de anos repetidos de seca e de inverno em áreas endêmicas de vírus CV, a população de mosquitos vetores e a transmissão do vírus diminuíram.  Apos 7 a 15 dias de exposição o vírus nos mosquitos aumentou mais 100 vezes. Após a ingestão do sangue dos ratos infetados o pico do vírus permanece 35 dias ativos.  A eficiência de transmissão varia dentro de diferentes espécies de mosquitos.
  • 21. É difícil devido a grande variedade de mosquitos vetores e hospedeiros vertebrados.  A ampla aplicação de inseticidas é usada em algumas regiões, mas não é admissível ecologicamente.  Programas de controlo de outros insetos e o melhoramento do saneamento ambiental podem reduzir a abundancia do vetor de risco.
  • 22. Nos seres humanos é aconselhado o uso de redes de malha, roupas de proteção e repelentes de insetos contendo dietiltoluamida .  Atualmente não existem vacinas ou tratamentos aprovados para controlo de C.V. e dos animais devemos apenas protege-los de infeções subsequentes.
  • 23. Cache Valley virus is a cause of fetal malformation and pregnancy loss in sheep