5. COMUNICAÇÃO
- UMA HABILIDADE EXCEPCIONAL -
Não compreende a linguagem humana, excepto algumas palavras
•É muito sensível à nossa linguagem corporal e atitudes
•Consegue entender os nossos sentimentos – alegria vs. tristeza
•Consegue antecipar o que iria fazer
•Comunicação através da cabeça: forma dos olhos, posição das orelhas.
•Comunicação através do corpo: esfregar-se em nós, rebolar-se no chão, agitar a cauda.
•Comunicação através de sons: ronronar, resmungos e silvos, miar.
•Comunicação através de atitudes: roçar-se
8. COMPORTAMENTO SOCIAL
VS TERRITORIAL
• Marcação de Território – Deposição de odores, secreções hormonais ou
arranhadelas
• Deposição de odores – marcação com urina / fezes (aplica-se a machos)
• Situações de stress, emoção (transporte, intrusão de congénere).
• Secreções Hormonais – Feromonas
• Arranhadelas – não têm uma explicação exacta. Associadas ou não a secreções
das glândulas das almofadinhas plantares.
• Contacto com outros animais – ruídos ameaçadores, guinchos, dentes visíveis,
golpes com as patas.
9. COMPORTAMENTO SOCIAL
Ferozmente independente
É extremamente variado e pode ser: Sociável
Gregário
A personalidade e as Interacções sociais com outros gatos dependem:
Da aprendizagem,
Da densidade população felina local,
Da quantidade de alimento disponível,
Grau de parentesco,
O matriarcado,
Dinâmica de grupo,
Hierarquia Social
10. COMPORTAMENTO TERRITORIAL
Memoria olfactiva importante
Marca odorífera:
• As fezes são usadas pelos gatos dominantes para marcar os limites da sua jurisdição.
• Por esta razão eles não enterram as suas fezes no jardim dos vizinhos , mas no seu
jardim eles procedem de forma diferente.
• Liberta uma aguada de substancias químicas – bolsas anais
11. COMPORTAMENTO TERRITORIAL
Urina:
• Depositada com o produto de excreção ou usada para pulverizar objectos
(Marca odorífera podem continuar a fazer depois da castração)
•Machos > odor acido e pungente (potente para o nariz humano)
•Fêmeas > também podem fazer marcações.
12. COMPORTAMENTO TERRITORIAL
Marcar o território
Os gatos gostam de deixar marcas visíveis,
Marcação de presença e posse,
(Arranhar – sinais da sua presença)
13. COMPORTAMENTO TERRITORIAL
Comunicação mais subtil:
•Glândulas sudoríparas
Patas
rasto aromático define o percurso dado pelo gato
•Outras glândulas são utilizadas no queixo, em volta da boca e base das orelhas isto para
marcar e cumprimentar a família humana.
14. COMPORTAMENTO TERRITORIAL
O tacto é subtil
• Para contacto físico com os humanos
“ as pancadas na cara do dono come se pedisse ou retribuísse algo”
Ex: Amor , Alimentação
• Este contacto físico transmite conforto e segurança.
15. COMPORTAMENTO TERRITORIAL
Tabus:
Reacções Agressivas:
• Tocar no abdómen > parte menos definida do corpo do gato.
• Afagos excessivos > comportamento não natural/aprendido
• Mimo exagerado > reacção instintiva = dentada,
(mas logo depois vem o pedido de desculpa e de mais cuidados)
17. COMPORTAMENTO DE CAÇA E ALIMENTAR
Caça: actividade mais especifica e natural
•Gato vadio do campo:
caça de acordo com as presas disponíveis
•Gato vadio da cidade:
são necrófagos vão aos caixotes do lixo
•Gato de companhia:
caçam pelo prazer de perseguir e saltar sobre a presa não a comendo.
Rituais de caça.
•Caçam de madrugada, ao anoitecer e em noites de lua cheia
•Noites quentes de verão
(relacionado com as actividades das presas e atraído por: cheiros = urina de rato)
19. COMPORTAMENTO REPRODUTIVO
• Os gatos são barulhentos promíscuos e entusiásticos
• A fêmea controla a duração da actividade sexual
(só permite o acasalamento quando se encontra emocional e psicologicamente preparada)
• Acasalamentos repetem-se ao longo do dia
(para induzir a libertação de óvulos nos ovários)
• Se isto não acontecer há um novo cio em poucas semanas.
20. COMPORTAMENTO REPRODUTIVO
Fêmea
(em cio)
• Agitação
• Desejo de esfregar o corpo em objectos ou animais
• Urina mais frequentemente (sinal aos machos territoriais)
• Miado lamentoso (chamamento sexual)
21. COMPORTAMENTO REPRODUTIVO
Macho
• Oportunista sexual
• Receptivo
• Marca o seu território com urina
• Atento aos odores
• Atento aos chamamentos de uma fêmea receptível
22. COMPORTAMENTO REPRODUTIVO
Dois machos receptíveis > dominantes
•Recorrem a intimidação ou á força bruta pelo direito de acasalar
•Comportamento sensato
Rege-se por uma logica biológica
< ovulação da fêmea > induzida
(só liberta óvulos se acasalar)
23. COMPORTAMENTO REPRODUTIVO
??? e se não houver machos ???
• A fêmea guarda os óvulos ate ao acasalamento
• Isto é a solução natural ideal para um comportamento por natureza solitário
• A libertação dos óvulos apos um único acasalamento contempla um macho oportunista
que não é necessariamente o pai
25. COMPORTAMENTO MATERNAL
• Gravidez 9 semanas das quais metade são sem sinais.
• A gata caça e repousa, o seu comportamento é o habitual
• Sob a influencia da progesterona e peso do abdómen começa a moderar o
comportamento reduzindo o nível de actividade e repousando com maior frequência
• O instinto maternal é determinado pela genética
• Ela copia a maturidade emocional que viveu com a progenitora
26. COMPORTAMENTO MATERNAL
• Em defesa das crias é muito agressiva
• O primeiro instinto após o parto é manter os gatinhos juntos e fora de perigo e mudá-los
4 dias depois de local
• O Transporte maternal
- agarra-as com a boca pelo cachaço –
O gatinho pára de espernear encolhe os membros e recolhe-os junto ao corpo esta atitude
de defesa mantem-se toda a vida
27. COMPORTAMENTO MATERNAL
Após parto:
•As mães lavam as crias estimulando-as cada uma a respirar pela primeira vez
•A mãe estimula as crias para todas as funções do corpo lambendo-os
esvaziamento da bexiga e intestinos
come os dejectos do parto, come as excreções das crias para esconder a sua presença
dos predadores
•Às 5 semanas começam a tornar-se independentes e já se lavam sozinhos
28. COMPORTAMENTO MATERNAL
• Os níveis de leite e prolactina baixam, baixando também o instinto maternal, o
crescimento dos dentes também contribuem
• As mães educam os jovens ensinando-lhes as qualidades felinas, e até que sexo
humano devem preferir
• O macho não tem qualquer importância no papel do desenvolvimento das crias.
30. COMPORTAMENTO NEONATAL
• Os gatinhos nascem indefesos, nem são capazes de regular a temperatura corporal
• Aos 4 dias conseguem encontrar a mãe e percorrer pequenas distancias ate ela
• Ao fim de dez dias o cérebro está suficientemente desenvolvido e o gatinho coordena as
patas anteriores
• Três semanas depois começam a pôr-se de pé ,ouvir, ver e responder
• 7 semanas equilibra-se quase perfeitamente
31. COMPORTAMENTO NEONATAL
Alimentação:
• 3 semanas começam a ingerir comida sólida
• 5 semanas já tem dentes definidos
as mães trazem presas que despedaçam ao principio e as crias começam a comer
mais tarde trazem-nas vivas o que para os gatinhos é uma experiencia emocionante.
33. DESENVOLVIMENTO COMPORTAMENTAL DO
GATINHO
• O crescimento do gatinho difere do cão em muitos aspectos, tanto para o
desenvolvimento e maturação de reflexos neuromusculares, como para o
desenvolvimento comportamental, particularmente a socialização
• Os gatos nascem de olhos e condutos auditivos fechados, tendo o tacto, o olfacto e o
paladar como seus sentidos funcionais e imprescindíveis para garantir-lhes acesso ao
calor e alimento
• O primeiro reflexo a desenvolver-se é o esquadrinhamento ou termotropismo positivo,
que dura somente os primeiros quatro dias de vida, sendo essencial, portanto, por
manter os gatinhos junto da progenitora, havendo um menor risco de afastamento da
fonte de alimento e, ou queda da temperatura corporal
34. DESENVOLVIMENTO COMPORTAMENTAL DO
GATINHO
• No período neonatal todo comportamento está fundamentado em reflexos simples, que
são: o reflexo de termotropismo positivo; o reflexo de estimulação do focinho, o qual é
fundamental para que o gatinho empurre o focinho em direcção à glândula mamaria, até
localizar uma no qual possa se alimentar
o reflexo de sucção, promove a ingestão do alimento e desaparece aos 21 dias de vida;
e o reflexo ano-genital responsável pela micção e defecação na presença de estímulo
aplicado pela mãe (lambedura).
• Durante a primeira semana os gatinhos mamam a cada 1 ou 2 horas e dedicam o resto
do tempo para dormir. Permanecem agrupados e em silêncio, com excepção de alguns
murmúrios
35. DESENVOLVIMENTO COMPORTAMENTAL DO
GATINHO
• Na gata, a produção de colostro ocorre unicamente entre as primeiras 24 a 72 horas,
após este período, o leite é produzido de forma homogénea e igualmente rico em
defesas, durante o tempo restante de lactação. Portanto o gatinho pode absorver todas
as proteínas, incluindo as imunoglobulinas e anticorpos, em qualquer fase da lactação.
• Deve-se considerar a temperatura corpórea do neonato que, no primeiro dia de vida,
mantém-se entre 34,5 e 36C, subindo para 36 a 37C durante as duas primeiras semanas
de vida.
37. PRINCIPAIS DISTÚRBIOS
COMPORTAMENTAIS
• Agressividade nos Gatos
No comportamento dos gatos a agressividade é uma forma de comunicação!!
"Agressão a outros gatos e Agressão a pessoas".
38. PRINCIPAIS DISTÚRBIOS
COMPORTAMENTAIS
• Agressão a outros gatos
Muitos podem ser os factores que levam um gato a agredir outro gato ou até
mesmo outros animais, como por exemplo:
uma disputa por território,
por uma fêmea,
sexo (entre machos),
medo,
brincadeira,
maternidade,
predação
39. PRINCIPAIS DISTÚRBIOS
COMPORTAMENTAIS
Território
•Os gatos, definem seu próprio território, e dentro deste território ele será o macho
dominante, que irá demarcar com seu próprio cheiro o perímetro que define sua área.
•É natural que o gato reaja à presença de um animal novo, principalmente se antes só
existia ele na área mas não necessariamente irá agredir o novo “hóspede”.
• No entanto, pode ocorrer uma reacção mais hostil na tentativa de expulsar o "intruso“
especialmente se houver a presença de uma fêmea.
40. PRINCIPAIS DISTÚRBIOS
COMPORTAMENTAIS
Cópula
•Durante a cópula, o macho morde a fêmea como forma de dominação, a fêmea cede, e o
acto é consumado, isso acontece normalmente quando a fêmea está no cio e permite a
aproximação do macho.
•Quando a fêmea não está em seu período fértil, ela não aceitará o macho e isso poderá
levar a brigas entre ambos.
•Da mesma forma, dois machos criados juntos, ao entrar na puberdade, sem a presença de
uma fêmea, podem tentar copular e um deles definido como dominante irá morder o outro.
41. PRINCIPAIS DISTÚRBIOS
COMPORTAMENTAIS
Predação
•Neste caso, tanto o macho quanto a fêmea tem atitudes predatórias, é normal e acontece
em média após os 4 meses de idade.
• As presas geralmente são ratos, coelhos, hamsters, insetos, lagartos e pássaros
se um gato e um coelho, ou outro roedor, são criados juntos desde pequenos, o gato não
irá encará-lo como ameaça, comida ou um brinquedo, e sim, um amigo, porém, se estes
chegam depois deve-se ter alguns cuidados
42. PRINCIPAIS DISTÚRBIOS
COMPORTAMENTAIS
Maternidade
•A agressividade depois do parto, dá-se quando a gata sente que as suas crias de alguma
forma estão ameaçadas, então ela usa seu instinto de defesa.
•É comum a gata mudar os filhotes novamente do ninho, nos casos em que ela não sente
que o local é seguro.
44. PRINCIPAIS DISTÚRBIOS COMPORTAMENTAIS
Medo
•Os gatos vivem sempre alerta, qualquer ruído já é motivo para arregalar os olhos, levantar
as orelhas e eriçar os pêlos.
•Geralmente eles fogem quando se sentem ameaçados, porém, se ele for encurralado num
canto, ele vai lutar.
•Se um animal se aproxima, como por exemplo um cão, ele aguarda o momento certo de
fugir ou de atacar,
• Se for uma pessoa, ele também irá reagir instintivamente, em defesa própria.
45. PRINCIPAIS DISTÚRBIOS COMPORTAMENTAIS
Manipulação
•Quando os gatos são manipulados por pessoas desconhecidas, eles ficam com medo, mas
a agressão poderá acontecer se o motivo da manipulação for para aplicar ou administrar
alguma medicação, banho etc.
•É importante fazer uma boa contenção no momento da manipulação para evitar mordidas e
arranhões, bem como realizar a prática rapidamente para evitar que seu animal fique muito
estressado.
•A dica é estabelecer uma boa ligação com o Veterinário e o Enfermeiro, para que o gato
confie.
46. PRINCIPAIS DISTÚRBIOS COMPORTAMENTAIS
Carícia
No momento em que se acaricia o gato ele de repente morde!!
•Isto é normal, para alguns gatos
•Existem várias teorias a respeito dessa reacção:
intolerância ao tato por longo período de tempo, ou seja, ele até gosta do
carinho, mas as vezes ultrapassamos o limite dele e continuamos e é nesse
momento em que ele reage. Ele emite sinais quando não está a gostar, olhos
bem abertos e cauda agitada.
medo deste gesto ser sinal de dominância. A maioria dos gatos interrompe o
carinho saindo de perto, simplesmente.
47. PRINCIPAIS DISTÚRBIOS
COMPORTAMENTAIS
Outras causas
•Existem outros factores que levam os gatos à agressividade como a dor, por exemplo, um
animal com dor, no intuito de se proteger, torna-se agressivo
48. AS INTERACÇÕES DO DONO COM O
COMPORTAMENTO FELINO
-PRINCÍPIOS TERAPÊUTICOS -
Comportamento do Gato
49. AS INTERACÇÕES DO DONO COM O
COMPORTAMENTO FELINO
-PRINCÍPIOS TERAPÊUTICOS -
Comportamento Motivo Terapêutica / Tratamento
Agressividade com os donos Medo ou dominação excessiva do dono Estabelecer uma hierarquia entre o gato e
as pessoas da casa, sociabilizá-lo e evitar
agressividade com o animal
Agressividade com estranhos e outros Protecção de território ou medo Reforçar encontros com estranhos e a
animais hierarquia entre o dono e o animal
Destruir Ansiedade de separação Ignorar o gato nas chegadas e
despedidas e deixá-lo sozinho num
período programado, aumentando-o de
maneira progressiva
Comportamento compulsivo Falta de atenção, abandono, baixa Aumentar a actividade física, melhorar a
(correr atrás da cauda, lamber o chão e actividade física ou distúrbios interacção entre o dono e o animal e
até morder a pata) neurológicos medicá-lo quando necessário
Agitação Ansiedade, carência afectiva, problema de Estabelecer uma rotina saudável para o
hierarquia e falta de actividade física animal e punir o comportamento
indesejado
Fazer fezes num lugar indevido Marcação de território, submissão, Aumentar a confiança do animal, educá-lo
insegurança e falta de educação e reforçar a hierarquia
50. BIBLIOGRAFIA
AN INTRODUCTION TO ANIMAL BEHAVIOUR Sixth Edition, Aubrey Manning - University of
Edinburgh; Marian Stamp Dawkins - University of Oxford - First published 2012, Cambridge
TEXTBOOK OF VETERINARY INTERNAL MEDICINESTEPHEN ; J. ETTINGER, DVM - Pet DRx
Corporation, California Animal Hospital Veterinary Specialty Group, Los Angeles, California;
EDWARD C. FELDMAN, DVM - School of Veterinary Medicine, University of California, Davis,
California , 2010 Elsevier
O LIVRO DO GATINHO Royal Canin 2001
GATO, Cuidados ,Saúde e Relacionamento, DR.BRUCE FOGLE ISBN 989-550-122-6
BIBLIOGRAFIA IMAGENS:
http://www.google.com/imgres?q=gatos+royal+canin&um=1&hl=pt-PT&tbo=d&biw=1422&bih=740&tbm=isch&
51. Comportamento do Gato
E.S.A.V.
Ensino Animais de Companhia
3º Ano
Fernando Martins 1592
Adelaide Farias 1634
Fernando Santos 1970
Pedro Carvalho 1637