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NBR 7584
(1995)
Concreto endurecido – Avaliação da
dureza superficial pelo esclerômetro
de reflexão
Objetivo
Esta Norma prescreve o método para
avaliação da dureza superficial do concreto
endurecido pelo uso do esclerômetro de
reflexão.
Definições
• Ensaio Esclerômetro: Método não-destrutivo que
mede a dureza superficial do concreto, fornecendo
elementos para a avaliação da qualidade do concreto
endurecido.
• Índice esclerômetro: Valor obtido através de um
impacto do esclerômetro de reflexão sobre uma área
de ensaio, fornecido diretamente pelo aparelho
correspondente ao número de recuo do martelo
• Área de ensaio: Região da superfície do concreto em
estudo, onde se efetua ensaio esclerométrico.
• Impacto: Ato de aplicação do esclerômetro de reflexão
sobre um ponto da área de ensaio.
Aparelhagem
• Esclerômetro de Reflexão: consiste fundamentalmente
em uma massa-martelo que impulsionada por mola, se
choca através de uma haste, com ponta em forma de
calota esférica, com a área de ensaio. A energia do
impacto é, em parte, utilizada na deformação
permanente provocada a área d ensaio e, em parte,
conservada elasticamente, propiciando, ao fim do
impacto, o retorno do martelo.
Obs: quanto maior a dureza da superfície ensaiada, menor
a parcela da energia que se converte em deformação
permanente e, por conseguinte, maior deve ser o recuo ou
a reflexão do martelo.
Tipos de esclerômetro: Em função das características da
estrutura do concreto e segundo a maior ou menor grau de
precisão desejado, deve ser escolhido em dos seguintes tipos
de esclerômetro:
– Com energia de percussão de 30N.m que é mais indicado
para obras de grandes volumes de concreto, como
concreto-massa e pistas protendidas de aeroportos;
– Com energia de percussão de 2,25N.m, com ou sem fita
registradora automática, que pode ser utilizado em casos
normais de construção de edifícios e postes;
– Com energia de percussão de 0.90N.m, com ou sem
aumento da área da calota esférica da ponta da haste,
indicado para concretos de baixa resistência;
– Com energia de percussão de 0,75N.m, com ou sem fita
registradora automática, que é mais apropriado para
elementos, componentes e peças de concreto de pequenas
dimensões e sensíveis aos golpes.
Aferição do esclerômetro: Ele deve ser ateado antes de sua
utilização ou a cada 300 impactos realizados em uma mesma
inspeção, segundo as condições a seguir.
– Utilizar uma bigorna especial de aço (conforme a figura 1),
dotada de guia de aço , com massa aproximada de 16kg,
colocada com base rígida e nivelada, sendo que a superfície
destinada ao impacto deve apresentar dureza Brinell de
5000MPa e fornecer índices esclerométricos de 80;
– Efetuar no mínimo 10 impactos sobre a bigorna a cada
inspeção;
– Quando nesses impactos de aferição for obtido índice
esclerométrico médio menor que 75, o esclerômetro não
pode ser empregado, deve então, ser calibrado;
– Nenhum índice esclerométrico individual obtido entre 10
impactos deve diferir do índice esclerométrico médio de +-
3. quando isso ocorres, o aparelho não pode ser empregado,
deve, então, ser calibrado;
- O coeficiente de correção do índice esclerométrico deve ser obtido pela equação:
Onde,
k: coeficiente de correção do índice esclerométrico
n: número de impactos
IEnom: índice esclerométrico nominal na bigorna de aço, fornecido pelo
fabricante;
IE: índice esclerométrico obtido em cada impacto do esclerômetro na
bigorna de aço.
Obs: aferições periódicas no esclerômetro de reflexão são necessárias, porque o tempo
e o uso do aparelho alteram as características das molas, produzindo desgastes e
aumento do atrito entre as partes deslizantes e móveis internas dele, e, pelo uso, pode
também ocorrer penetração de poeira do aparelho entre os anéis de vedação de feltro
existentes na barra de percussão.
• Ferramentas acessórias
– Disco ou prima de carborundum para polimento
manual da área de ensaio;
– Máquina politnz dotada de acessórios para
desgaste e polimento da superfície de concreto.
Este recurso pode ser usado quando se deseja
retirar uma certa camada superficial admitida
como alterada.
Execução do ensaio
• Superfície do concreto
– Devem ser secas ao ar, limpas e preferencialmente planas
. Evitar superfícies irregulares, ásperas, curvas ou talhadas,
pois não fornecem resultados homogêneos.
– As superfícies confinadas por formas não-absorventes e
lisas, verticais o inclinadas, fornecem índices
esclerométricos com boa correlação com a resistência do
concreto.
– Superfícies úmidas ou carbonatadas devem ser evitadas.
Caso se deseje ensaiá-las, devem ser adequadamente
preparadas e se necessário aplicados coeficientes de
correção, os quais devem ser descritos nos resultados.
• Área de ensaio
– As áreas de ensaio devem ser preparadas por meio de polimento
enérgico com prisma ou disco de carborundum através de movimentos
circulares. Toda poeira e pó superficial devem ser removidos a seco
– A área deve estar localizada, nas faces verticais de elementos,
componentes e peças de concreto, como pilares, paredes, cortinas, etc;
– A área de ensaio deve estar convenientemente afastada das regiões
afetadas por segregação, exsudação, concentração excessiva de
armadura, juntas de concretagem, cantos, arestas, etc. assim é
conveniente evitar bases e topos de pilares, regiões inferiores de vigas,
quando no meio do vão e regiões próximas dos apoios.
– A área deve estar no mínimo 50mm dos cantos e arestas das peças
– A área deve estar compreendida entre 8000mm e 40000mm
– As áreas devem estar geométrica e uniformemente distribuídas pela
região da estrutura que está sendo analisada. O número mínimo de
áreas de ensaio deve ser em função da própria heterogeneidade do
concreto, aumentando com esta;
– Peças com grandes volumes de concreto devem ser avaliadas com pelo
menos duas áreas de ensaio, localizadas em faces opostas.
• Impactos:
– Em cada área de ensaio devem ser efetuadas no
mínimo nove e no máximo 16 impactos;
– Os impactos devem estar uniformemente distribuídos
na área de ensaio. Aconselha-se desenhar em
reticulado e aplicas o esclerômetro nas áreas limitadas
por ele, identificando a área ensaiada;
– A distancia mínima entre os centros de 2 pontos de
impacto deve ser de 30mm;
– Devem ser evitados impactos sobre agregados,
armaduras, bolhas, etc;
– Não é permitido mais de um impacto sobre um mesmo
ponto. Quando isso ocorrer, o segundo valos lido não
deve ser considerado no cálculo dos resultados.
• Esbeltez dos elementos, componentes e peças de
concreto:
– Devem ter dimensões superiores a 10mm na
direção do impacto, para serem suficientemente
rígidos e evitarem a interferência de fenômenos
de ressonância, vibração e dissipação de energia
no resultado;
– Os com dimensões inferiores a 100mm na direção
do impacto podem ser ensaiados com cuidados
especiais. Deve ser colocado um apoio de
encontro à face oposta à área de ensaio;
– O esclerômetro deve ser aplicado na posição de
maior inércia da peça ou componente estrutural,
conforme a Figura 3.
• Adequabilidade do esclerômetro:
– Os esclerômetros de reflexão não devem ser
utilizados quando os índices esclerométricos
obtidos forem inferiores a 20;
– Não se deve empregar esclerômetros com energia
de percussão de 2,25N.m em concretos com
resistência a compressão inferior a 8MPa.
• Instrução de operação:
– O esclerômetro deve ser operado conforme as
instruções do fabricante.
Resultados
• Calcular a média aritmética dos n (9 a 16) valores individuais dos índices
esclerométricos correspondentes a uma única área de ensaio;
• Desprezar todo índice esclerométrico individual que esteja afastado em
mais de 10% do valor médio obtido e calculara média aritmética.
• O índice esclerométrico médio final deve ser obtido com no mínimo 5
valores individuais. Quando isso não for possível o ensaio esclerométrico
dessa área deve ser abandonado;
• Nenhum dos índices esclerométricos individuais restantes devem diferir
em mais do que 10% da média final. Se isso ocorrer o ensaio dessa área
deve ser abandonado;
• Corrigir se necessário o valor médio do índice esclerométrico obtido de
uma área de ensaio para um índice correspondente à posição horizontal.
Os coeficientes de correção devem ser fornecidos pelo fabricante do
esclerômetro.
• O valor obtido denomina-se índice esclerométrico médio da área de ensaio
e deve ser indicado por IE
• Obter o índice esclerométrico médio efetivo de
cada área de ensaio, usando a equação:
IEe = k x IE
Onde:
– IEe: Índice esclerométrico médio efetivo
– K: Coeficiente de correção do índice esclerométrico,
obtido quando da aferição do aparelho
– IE : Índice esclerométrico médio
• De cada área de ensaio, obtém-se um único índice
esclerométrico médio efetivo
Relatório de resultados
• Modelo do esclerômetro de reflexão utilizado, marca, tipo e número de
fabricação;
• Índices esclerométricos individuais da aferição do aparelho e de cada área
de ensaio, obtidos diretamente;
• Descrição ou, preferencialmente, croquis da estrutura e localização das
áreas de ensaio;
• Posição do aparelho para a obtenção de cada índice esclerométrico de
cada área de ensaio;
• Coeficientes utilizados na correção de cada um dos índices
esclerométricos, em função da posição do aparelho;
• Valor do índice esclerométrico médio (IE) de cada área de ensaio;
• Coeficientes utilizados nas eventuais correções, em função de umidade,
cura, idade, carbonatação, etc;
• Valor do índice esclerométrico médio efetivo (IEe) de cada área de ensaio;
• Todas as demais informação que os profissionais envolvidos no estudo
considerados necessários.

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  • 1. NBR 7584 (1995) Concreto endurecido – Avaliação da dureza superficial pelo esclerômetro de reflexão
  • 2. Objetivo Esta Norma prescreve o método para avaliação da dureza superficial do concreto endurecido pelo uso do esclerômetro de reflexão.
  • 3. Definições • Ensaio Esclerômetro: Método não-destrutivo que mede a dureza superficial do concreto, fornecendo elementos para a avaliação da qualidade do concreto endurecido. • Índice esclerômetro: Valor obtido através de um impacto do esclerômetro de reflexão sobre uma área de ensaio, fornecido diretamente pelo aparelho correspondente ao número de recuo do martelo • Área de ensaio: Região da superfície do concreto em estudo, onde se efetua ensaio esclerométrico. • Impacto: Ato de aplicação do esclerômetro de reflexão sobre um ponto da área de ensaio.
  • 4. Aparelhagem • Esclerômetro de Reflexão: consiste fundamentalmente em uma massa-martelo que impulsionada por mola, se choca através de uma haste, com ponta em forma de calota esférica, com a área de ensaio. A energia do impacto é, em parte, utilizada na deformação permanente provocada a área d ensaio e, em parte, conservada elasticamente, propiciando, ao fim do impacto, o retorno do martelo. Obs: quanto maior a dureza da superfície ensaiada, menor a parcela da energia que se converte em deformação permanente e, por conseguinte, maior deve ser o recuo ou a reflexão do martelo.
  • 5. Tipos de esclerômetro: Em função das características da estrutura do concreto e segundo a maior ou menor grau de precisão desejado, deve ser escolhido em dos seguintes tipos de esclerômetro: – Com energia de percussão de 30N.m que é mais indicado para obras de grandes volumes de concreto, como concreto-massa e pistas protendidas de aeroportos; – Com energia de percussão de 2,25N.m, com ou sem fita registradora automática, que pode ser utilizado em casos normais de construção de edifícios e postes; – Com energia de percussão de 0.90N.m, com ou sem aumento da área da calota esférica da ponta da haste, indicado para concretos de baixa resistência; – Com energia de percussão de 0,75N.m, com ou sem fita registradora automática, que é mais apropriado para elementos, componentes e peças de concreto de pequenas dimensões e sensíveis aos golpes.
  • 6. Aferição do esclerômetro: Ele deve ser ateado antes de sua utilização ou a cada 300 impactos realizados em uma mesma inspeção, segundo as condições a seguir. – Utilizar uma bigorna especial de aço (conforme a figura 1), dotada de guia de aço , com massa aproximada de 16kg, colocada com base rígida e nivelada, sendo que a superfície destinada ao impacto deve apresentar dureza Brinell de 5000MPa e fornecer índices esclerométricos de 80; – Efetuar no mínimo 10 impactos sobre a bigorna a cada inspeção; – Quando nesses impactos de aferição for obtido índice esclerométrico médio menor que 75, o esclerômetro não pode ser empregado, deve então, ser calibrado; – Nenhum índice esclerométrico individual obtido entre 10 impactos deve diferir do índice esclerométrico médio de +- 3. quando isso ocorres, o aparelho não pode ser empregado, deve, então, ser calibrado;
  • 7. - O coeficiente de correção do índice esclerométrico deve ser obtido pela equação: Onde, k: coeficiente de correção do índice esclerométrico n: número de impactos IEnom: índice esclerométrico nominal na bigorna de aço, fornecido pelo fabricante; IE: índice esclerométrico obtido em cada impacto do esclerômetro na bigorna de aço. Obs: aferições periódicas no esclerômetro de reflexão são necessárias, porque o tempo e o uso do aparelho alteram as características das molas, produzindo desgastes e aumento do atrito entre as partes deslizantes e móveis internas dele, e, pelo uso, pode também ocorrer penetração de poeira do aparelho entre os anéis de vedação de feltro existentes na barra de percussão.
  • 8.
  • 9. • Ferramentas acessórias – Disco ou prima de carborundum para polimento manual da área de ensaio; – Máquina politnz dotada de acessórios para desgaste e polimento da superfície de concreto. Este recurso pode ser usado quando se deseja retirar uma certa camada superficial admitida como alterada.
  • 10. Execução do ensaio • Superfície do concreto – Devem ser secas ao ar, limpas e preferencialmente planas . Evitar superfícies irregulares, ásperas, curvas ou talhadas, pois não fornecem resultados homogêneos. – As superfícies confinadas por formas não-absorventes e lisas, verticais o inclinadas, fornecem índices esclerométricos com boa correlação com a resistência do concreto. – Superfícies úmidas ou carbonatadas devem ser evitadas. Caso se deseje ensaiá-las, devem ser adequadamente preparadas e se necessário aplicados coeficientes de correção, os quais devem ser descritos nos resultados.
  • 11. • Área de ensaio – As áreas de ensaio devem ser preparadas por meio de polimento enérgico com prisma ou disco de carborundum através de movimentos circulares. Toda poeira e pó superficial devem ser removidos a seco – A área deve estar localizada, nas faces verticais de elementos, componentes e peças de concreto, como pilares, paredes, cortinas, etc; – A área de ensaio deve estar convenientemente afastada das regiões afetadas por segregação, exsudação, concentração excessiva de armadura, juntas de concretagem, cantos, arestas, etc. assim é conveniente evitar bases e topos de pilares, regiões inferiores de vigas, quando no meio do vão e regiões próximas dos apoios. – A área deve estar no mínimo 50mm dos cantos e arestas das peças – A área deve estar compreendida entre 8000mm e 40000mm – As áreas devem estar geométrica e uniformemente distribuídas pela região da estrutura que está sendo analisada. O número mínimo de áreas de ensaio deve ser em função da própria heterogeneidade do concreto, aumentando com esta; – Peças com grandes volumes de concreto devem ser avaliadas com pelo menos duas áreas de ensaio, localizadas em faces opostas.
  • 12. • Impactos: – Em cada área de ensaio devem ser efetuadas no mínimo nove e no máximo 16 impactos; – Os impactos devem estar uniformemente distribuídos na área de ensaio. Aconselha-se desenhar em reticulado e aplicas o esclerômetro nas áreas limitadas por ele, identificando a área ensaiada; – A distancia mínima entre os centros de 2 pontos de impacto deve ser de 30mm; – Devem ser evitados impactos sobre agregados, armaduras, bolhas, etc; – Não é permitido mais de um impacto sobre um mesmo ponto. Quando isso ocorrer, o segundo valos lido não deve ser considerado no cálculo dos resultados.
  • 13.
  • 14. • Esbeltez dos elementos, componentes e peças de concreto: – Devem ter dimensões superiores a 10mm na direção do impacto, para serem suficientemente rígidos e evitarem a interferência de fenômenos de ressonância, vibração e dissipação de energia no resultado; – Os com dimensões inferiores a 100mm na direção do impacto podem ser ensaiados com cuidados especiais. Deve ser colocado um apoio de encontro à face oposta à área de ensaio; – O esclerômetro deve ser aplicado na posição de maior inércia da peça ou componente estrutural, conforme a Figura 3.
  • 15.
  • 16. • Adequabilidade do esclerômetro: – Os esclerômetros de reflexão não devem ser utilizados quando os índices esclerométricos obtidos forem inferiores a 20; – Não se deve empregar esclerômetros com energia de percussão de 2,25N.m em concretos com resistência a compressão inferior a 8MPa. • Instrução de operação: – O esclerômetro deve ser operado conforme as instruções do fabricante.
  • 17. Resultados • Calcular a média aritmética dos n (9 a 16) valores individuais dos índices esclerométricos correspondentes a uma única área de ensaio; • Desprezar todo índice esclerométrico individual que esteja afastado em mais de 10% do valor médio obtido e calculara média aritmética. • O índice esclerométrico médio final deve ser obtido com no mínimo 5 valores individuais. Quando isso não for possível o ensaio esclerométrico dessa área deve ser abandonado; • Nenhum dos índices esclerométricos individuais restantes devem diferir em mais do que 10% da média final. Se isso ocorrer o ensaio dessa área deve ser abandonado; • Corrigir se necessário o valor médio do índice esclerométrico obtido de uma área de ensaio para um índice correspondente à posição horizontal. Os coeficientes de correção devem ser fornecidos pelo fabricante do esclerômetro. • O valor obtido denomina-se índice esclerométrico médio da área de ensaio e deve ser indicado por IE
  • 18. • Obter o índice esclerométrico médio efetivo de cada área de ensaio, usando a equação: IEe = k x IE Onde: – IEe: Índice esclerométrico médio efetivo – K: Coeficiente de correção do índice esclerométrico, obtido quando da aferição do aparelho – IE : Índice esclerométrico médio • De cada área de ensaio, obtém-se um único índice esclerométrico médio efetivo
  • 19. Relatório de resultados • Modelo do esclerômetro de reflexão utilizado, marca, tipo e número de fabricação; • Índices esclerométricos individuais da aferição do aparelho e de cada área de ensaio, obtidos diretamente; • Descrição ou, preferencialmente, croquis da estrutura e localização das áreas de ensaio; • Posição do aparelho para a obtenção de cada índice esclerométrico de cada área de ensaio; • Coeficientes utilizados na correção de cada um dos índices esclerométricos, em função da posição do aparelho; • Valor do índice esclerométrico médio (IE) de cada área de ensaio; • Coeficientes utilizados nas eventuais correções, em função de umidade, cura, idade, carbonatação, etc; • Valor do índice esclerométrico médio efetivo (IEe) de cada área de ensaio; • Todas as demais informação que os profissionais envolvidos no estudo considerados necessários.