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VI
|
QUINTA-FEIRA
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17 MAR 2016
A Segestion é desde a sua constitui-
ção uma empresa especializada na
gestão e cobrança de dívidas comer-
ciais,sendo os seus serviços um im-
portante contributo para a econo-
mia real.
Com total independência de en-
tidades bancárias, financeiras ou
fundos de investimento,a Segestion
pode ajudar empresas e empresá-
rios, de forma clara e transparente,
na gestão do seu dia-a-dia,o que in-
clui áreas como a cobrança dos seus
créditos, num universo que abran-
ge desde as pequenas e médias em-
presas até às multinacionais.
Em Espanha prestam outros
serviços,como advocacia,contabi-
lidade,fiscalidade,domiciliação de
sociedades,protecção de dados pes-
soais ou até o registo de patentes e
marcas.
O administrador-delegado em
Portugal da Segestion,Paulo Feijoo,
refere que esta área de actividade
cresce,amadurece,evoluiu,diversi-
fica-se,referindo que o principal de-
safio que se coloca à empresa no
mercado português é “manter o
crescimento sustentado”. O gestor
sublinha que o bomdesempenho al-
cançado nos últimos anos não está
apenas relacionado com os resulta-
dos operacionais,mas também com
a qualidade do serviço prestado ao
cliente,que no seu entender“se ade-
quou às necessidades específicas do
mercado nacional, melhorando os
rácios de eficiência e satisfação”.
Para 2016, a Segestion em Por-
tugal pretende consolidar a sua pre-
sença na zona Norte e ampliar a co-
bertura geográfica dos consultores,
visitando as empresas que solicitem
os serviços no interior do país. Ou-
tra das novidades é a prestação de
novos serviços, nomeadamente na
Segestion prepara
novos serviços
para Portugal
A empresa quer ampliar a sua cobertura geográfica
no interior do país e reforçar a actividade na zona
Norte. Está prevista a abertura de uma nova empresa
na área da contabilidade e fiscalidade.
Recuperação de crédito extrajudicial
área da contabilidade.
Na Segestion trabalham 193
pessoas,sendo que mais de 90% da
actividade da empresa é absorvida
pela cobrança,tanto nos meios e es-
trutura,como na facturação,apesar
de a empresa prestar serviços em
outras áreas.
No ano passado, a empresa su-
perouemPortugalos2.000clientes.
O administrador-delegado diz que
muitosdosclientesnãomantêmuma
ligaçãopermanente,recorrendoàSe-
gestion sempre que necessário, e à
medida das suas necessidades.
Novos passos na
contabilidade e fiscalidade
A dinâmica do sector e a vonta-
de de incorporar mais serviços que
satisfaçam as necessidades das em-
presas fizeram com que a Segestion
procure melhorar a sua oferta a pe-
dido dos clientes que preferem rela-
cionar-se com a mesma entidade ou
interlocutor,com plena garantia da
qualidade do serviço prestado.
Nesse sentido, ainda este ano,
será constituída uma nova empre-
sa do grupo dedicada exclusiva-
mente ao âmbito da contabilidade
e fiscalidade.“O desafio é enorme,
pois se em Espanha é uma área
consolidada, em Portugal ainda es-
tamos a dar os primeiros passos”,
diz Paulo Feijoo.
Poucas diferenças dos
dois lados da fronteira
Aproveitando o conhecimento
da realidade das economias e mer-
cados espanhol e português, ques-
tionámos Paulo Feijoo sobre as
principais diferenças entre os dois
países. Para o nosso interlocutor
existem diferenças pouco significa-
tivas, mas realça que os prazos de
pagamento em Portugal ou Espa-
nha são sobejamente superiores aos
restantes países europeus.
“Em Portugal existe uma maior
necessidade de cobrança externa, a
mentalidade inconsequente do de-
vedor obriga muitas vezes a con-
frontá-lo presencialmente,só assim
muitos despertam para a realida-
de”, conta o administrador-delega-
do, acrescentando que Portugal é,
curiosamente, um exemplo nos
meios e plataformas informáticas
disponibilizadas para reclamar dí-
vidas judicialmente. A maior dife-
rença talvez resida no facto de, em
Portugal,“o sócio-gerente de uma
empresa não ser responsabilizado
pelas dívidas como em Espanha,
apenas a justiça tributária detém
esse privilégio”.
Ampliando o grau de compara-
ção de Portugal para o resto da Eu-
ropa,Paulo Feijoo defende que,em
termos comparativos, é impossível
contornar o enquadramento legal
como a principal diferença.“Varia
de país para país,não existindo po-
rém os obstáculos ‘feudalistas’ que
nos deparamos em Portugal. Na
Suíça, Alemanha ou Áustria, a co-
brança extrajudicial é uma realida-
de plena onde a comissão de co-
brança está inclusivamente regula-
da por lei”.
Ao contrário do que se possa
pensar, a crise não beneficia as em-
presas de cobrança de dívidas.Afal-
ta de solvência de pessoas ou em-
presas pressupõe dificuldades acres-
cidas na recuperação do crédito
malparado. Neste quadro, para a
Segestion em Portugal, o elevado
número de insolvências assim como
os planos especiais de recuperação
“foram desafios muito exigentes,
pois reduziram a divida extrajudi-
cial existente”.
O administrador-delegado dei-
xa um aviso de situações que acon-
tecem na economia real.“Depara-
mo-nos com situações extremas;
imagine que após umsem-fimde di-
ligências de cobrança,finalmente se
alcança um compromisso de paga-
mento que semanas mais tarde é
derrubado pela insolvência do de-
vedorouaté mesmo do credor...Co-
locamos sérias dúvidas ou reservas
sobre os PER. Na economia real,
pode muitas vezes traduzir-se numa
insolvência de data futura,impedin-
do,por exemplo,a recuperação em
tempo útil do IVA pago ao Estado
de um montante que as empresas
não receberam.”
Prevenção de
incumprimento,
uma
salvaguarda
para as
empresas
As empresas que
recorram a este género
de serviços podem ganhar
tempo para a sua
actividade, reduzir custos,
optimizar recursos e
estrutura, obtendo
liquidez e tesouraria.
Na Europa, Portugal, Espanha e
Itália, disputam a liderança no
atraso de pagamentos.As famílias
portuguesas em 2015 demoraram
em média 40 dias a pagar as suas
facturas; as empresas, 70; e o Es-
tado mantém a liderança superan-
do os 90 dias para honrar os seus
compromissos.
O Estado, apesar das várias
tentativas e reformas,deveria apre-
sentar-se como o exemplo a seguir,
no entanto, é quem mais se atrasa
a pagar.
A falta de financiamento dos
bancos às empresas hipotecou em
grande medida a actividade em-
presarial em Portugal. Embora as
empresas já não facilitem na con-
cessão de crédito, os profissionais
da Segestion identificam com fre-
quência muitas organizações que
procuram o financiamento através
dos fornecedores, pagando cada
vez mais tarde. Sem uma acção rá-
pida e eficaz, o desenvolvimento
destas acções pode acabar em“ca-
lotes”. Isto porque “as empresas
mudam constantemente de forne-
cedor e abandonam relações co-
merciais de longa duração sem
qualquer problema, pois sabem
que num mercado concorrencial
há sempre outra empresa disposta
a arriscar e vender”, alerta Duar-
te Moreira, consultor sénior da Se-
gestion.
Estima-se que o nível de in-
cumprimento tenha, teoricamen-
te, reduzido, atendendo ao menor
número de transacções comerciais,
no entanto, o consultor sénior da
Segestion diz que a situação actual
com as dívidas é mais grave e preo-
cupante. “Se no passado as mar-
gens e o lucro conseguiam camu-
flar uma dívida, neste momento
“Apesar do crescimento do
sector, o actual
enquadramento legal persiste
inalterado. Numa Europa
atenta, que reforma as regras
de protecção de dados
pessoais, Portugal ainda vive
num imenso vazio em matéria
de regulamentação sobre
a cobrança extrajudicial.
PAULO FEIJOO,
administrador-
delegado em
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Segestion

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  • 1. VI | QUINTA-FEIRA | 17 MAR 2016 A Segestion é desde a sua constitui- ção uma empresa especializada na gestão e cobrança de dívidas comer- ciais,sendo os seus serviços um im- portante contributo para a econo- mia real. Com total independência de en- tidades bancárias, financeiras ou fundos de investimento,a Segestion pode ajudar empresas e empresá- rios, de forma clara e transparente, na gestão do seu dia-a-dia,o que in- clui áreas como a cobrança dos seus créditos, num universo que abran- ge desde as pequenas e médias em- presas até às multinacionais. Em Espanha prestam outros serviços,como advocacia,contabi- lidade,fiscalidade,domiciliação de sociedades,protecção de dados pes- soais ou até o registo de patentes e marcas. O administrador-delegado em Portugal da Segestion,Paulo Feijoo, refere que esta área de actividade cresce,amadurece,evoluiu,diversi- fica-se,referindo que o principal de- safio que se coloca à empresa no mercado português é “manter o crescimento sustentado”. O gestor sublinha que o bomdesempenho al- cançado nos últimos anos não está apenas relacionado com os resulta- dos operacionais,mas também com a qualidade do serviço prestado ao cliente,que no seu entender“se ade- quou às necessidades específicas do mercado nacional, melhorando os rácios de eficiência e satisfação”. Para 2016, a Segestion em Por- tugal pretende consolidar a sua pre- sença na zona Norte e ampliar a co- bertura geográfica dos consultores, visitando as empresas que solicitem os serviços no interior do país. Ou- tra das novidades é a prestação de novos serviços, nomeadamente na Segestion prepara novos serviços para Portugal A empresa quer ampliar a sua cobertura geográfica no interior do país e reforçar a actividade na zona Norte. Está prevista a abertura de uma nova empresa na área da contabilidade e fiscalidade. Recuperação de crédito extrajudicial área da contabilidade. Na Segestion trabalham 193 pessoas,sendo que mais de 90% da actividade da empresa é absorvida pela cobrança,tanto nos meios e es- trutura,como na facturação,apesar de a empresa prestar serviços em outras áreas. No ano passado, a empresa su- perouemPortugalos2.000clientes. O administrador-delegado diz que muitosdosclientesnãomantêmuma ligaçãopermanente,recorrendoàSe- gestion sempre que necessário, e à medida das suas necessidades. Novos passos na contabilidade e fiscalidade A dinâmica do sector e a vonta- de de incorporar mais serviços que satisfaçam as necessidades das em- presas fizeram com que a Segestion procure melhorar a sua oferta a pe- dido dos clientes que preferem rela- cionar-se com a mesma entidade ou interlocutor,com plena garantia da qualidade do serviço prestado. Nesse sentido, ainda este ano, será constituída uma nova empre- sa do grupo dedicada exclusiva- mente ao âmbito da contabilidade e fiscalidade.“O desafio é enorme, pois se em Espanha é uma área consolidada, em Portugal ainda es- tamos a dar os primeiros passos”, diz Paulo Feijoo. Poucas diferenças dos dois lados da fronteira Aproveitando o conhecimento da realidade das economias e mer- cados espanhol e português, ques- tionámos Paulo Feijoo sobre as principais diferenças entre os dois países. Para o nosso interlocutor existem diferenças pouco significa- tivas, mas realça que os prazos de pagamento em Portugal ou Espa- nha são sobejamente superiores aos restantes países europeus. “Em Portugal existe uma maior necessidade de cobrança externa, a mentalidade inconsequente do de- vedor obriga muitas vezes a con- frontá-lo presencialmente,só assim muitos despertam para a realida- de”, conta o administrador-delega- do, acrescentando que Portugal é, curiosamente, um exemplo nos meios e plataformas informáticas disponibilizadas para reclamar dí- vidas judicialmente. A maior dife- rença talvez resida no facto de, em Portugal,“o sócio-gerente de uma empresa não ser responsabilizado pelas dívidas como em Espanha, apenas a justiça tributária detém esse privilégio”. Ampliando o grau de compara- ção de Portugal para o resto da Eu- ropa,Paulo Feijoo defende que,em termos comparativos, é impossível contornar o enquadramento legal como a principal diferença.“Varia de país para país,não existindo po- rém os obstáculos ‘feudalistas’ que nos deparamos em Portugal. Na Suíça, Alemanha ou Áustria, a co- brança extrajudicial é uma realida- de plena onde a comissão de co- brança está inclusivamente regula- da por lei”. Ao contrário do que se possa pensar, a crise não beneficia as em- presas de cobrança de dívidas.Afal- ta de solvência de pessoas ou em- presas pressupõe dificuldades acres- cidas na recuperação do crédito malparado. Neste quadro, para a Segestion em Portugal, o elevado número de insolvências assim como os planos especiais de recuperação “foram desafios muito exigentes, pois reduziram a divida extrajudi- cial existente”. O administrador-delegado dei- xa um aviso de situações que acon- tecem na economia real.“Depara- mo-nos com situações extremas; imagine que após umsem-fimde di- ligências de cobrança,finalmente se alcança um compromisso de paga- mento que semanas mais tarde é derrubado pela insolvência do de- vedorouaté mesmo do credor...Co- locamos sérias dúvidas ou reservas sobre os PER. Na economia real, pode muitas vezes traduzir-se numa insolvência de data futura,impedin- do,por exemplo,a recuperação em tempo útil do IVA pago ao Estado de um montante que as empresas não receberam.” Prevenção de incumprimento, uma salvaguarda para as empresas As empresas que recorram a este género de serviços podem ganhar tempo para a sua actividade, reduzir custos, optimizar recursos e estrutura, obtendo liquidez e tesouraria. Na Europa, Portugal, Espanha e Itália, disputam a liderança no atraso de pagamentos.As famílias portuguesas em 2015 demoraram em média 40 dias a pagar as suas facturas; as empresas, 70; e o Es- tado mantém a liderança superan- do os 90 dias para honrar os seus compromissos. O Estado, apesar das várias tentativas e reformas,deveria apre- sentar-se como o exemplo a seguir, no entanto, é quem mais se atrasa a pagar. A falta de financiamento dos bancos às empresas hipotecou em grande medida a actividade em- presarial em Portugal. Embora as empresas já não facilitem na con- cessão de crédito, os profissionais da Segestion identificam com fre- quência muitas organizações que procuram o financiamento através dos fornecedores, pagando cada vez mais tarde. Sem uma acção rá- pida e eficaz, o desenvolvimento destas acções pode acabar em“ca- lotes”. Isto porque “as empresas mudam constantemente de forne- cedor e abandonam relações co- merciais de longa duração sem qualquer problema, pois sabem que num mercado concorrencial há sempre outra empresa disposta a arriscar e vender”, alerta Duar- te Moreira, consultor sénior da Se- gestion. Estima-se que o nível de in- cumprimento tenha, teoricamen- te, reduzido, atendendo ao menor número de transacções comerciais, no entanto, o consultor sénior da Segestion diz que a situação actual com as dívidas é mais grave e preo- cupante. “Se no passado as mar- gens e o lucro conseguiam camu- flar uma dívida, neste momento “Apesar do crescimento do sector, o actual enquadramento legal persiste inalterado. Numa Europa atenta, que reforma as regras de protecção de dados pessoais, Portugal ainda vive num imenso vazio em matéria de regulamentação sobre a cobrança extrajudicial. PAULO FEIJOO, administrador- delegado em Portugal da Segestion