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Uma das perguntas mais enviadas
para os Encantadores de Pacientes é:
como fazemos para encantar os nossos
pacientes na nossa clínica? Essa resposta
logicamente não é tão simples.
Primeiramente se faz necessário você
estar encantado com o seu trabalho.
O trabalho na área da saúde é lindo
por natureza, fazemos o bem só de
fazer o básico, de atender aqueles que
estão necessitados. Para vivermos
bem, temos que viver 7 dias da nossa
semana e vemos muitos profissionais
sobreviverem 5 e viverem 2. Enquanto
estivermos vivendo esse dilema,
dificilmente conseguiremos ajudar
de forma diferenciada os outros e
consequentemente a nós mesmos.
O primeiro passo nessa situação é buscar o seu ENCANTAMENTO em
relação ao que você trabalha. Amar o que faz é o verdadeiro combustível para
transbordar felicidade e emitir alegria com empatia para aqueles que muitas
vezesnãooptaramemestarnaqueleatendimento,muitasvezesnossospacientes
necessitaram do mesmo.
As pessoas não acordam com vontade de ir ao dentista, ao
médico, ao fisioterapeuta, ao hospital ou ao laboratório.
Elas necessitam por questões de saúde, estética, entre outras razões. Quando
vamos viajar de avião, antes da decolagem as aeromoças orientam: “ ... No caso
de uma despressurização, máscaras caíram sobre a sua cabeça, coloque em você
primeiramente e somente depois coloque nas crianças ...” Logicamente se você
desmair ou ficar tonto, o que são consequências que podem acontecer numa
despressurização, você poderá não sobreviver e nem ajudar ao próximo colocar
a máscara.
A partir do momento que você ama aquilo faz, você será capaz de transmitir
esse amor através de um atendimento encantador, só a partir daí entraremos
na segunda etapa que consiste na forma de abordagem do seu atendimento
para o seu paciente. Acreditamos muito no conceito de que para transformar a
experiência do atendimento na saúde em uma experiência mágica, é muito mais
simples quando existe amor no que se faz, já que as expectativas dos pacientes
inicialmente são bastante baixas. Em geral o pré atendimento está repleto de
ansiedade, dúvida, medo e incertezas e com isso seria importante o paciente
ter uma sensação diferente da sua expectativa, logicamente superior, já que
o padrão inicial é muito baixo. É importante que ele tenha a sensação de estar
o mais próximo possível do aconchego de sua casa e receba o tratamento que
lembre o máximo possível o de sua família. Pois é, essa é a grande diferença! Em
geral o maior amor de um pai e de uma mãe é o amor pelo seu filho, e filho
você não trata, você CUIDA!!!!!!!!
Essa é a grande
diferença para você
encantar a sua vida e a
daqueles que te cercam.
Não trate apenas bem,
cuide delas. Tratamos
dentes, bocas, pernas,
cabeças, corações e
todos esses órgãos
fazem parte de algo
muito maior que é o ser
humano, e esse precisa
de cuidado.
Portanto, cuidar do outro é ser depositário de seus temores, é partilhar afeição, é acompanhar de perto o paciente frente a aflição
e separação dos outros. É garantir que ele continue sendo relevante para os demais e que a sua enfermidade não o isolou do grupo.
Quando possível, abrandar a dor e ajudá-lo a conviver com sua fragilidade, em qualquer nível, seja física, psíquica ou funcional. Cuidar
com sabedoria exige capacidade e empatia.
Imagina que sua avó vai almoçar na sua casa e que ela tenha mais de 80 anos e está sentada no sofá quando sua
mãe pede para que você vá chamá-la para almoçar. Naturalmente, você não vai chegar até a porta da cozinha e
gritar: “ vó, a comida está na mesa!”.
O mínimo que se espera de alguém que realmente CUIDA da avó e não a TRATA com descaso é que você vá
até o sofá, a chame, ajude ela a levantar, acompanhe ela até a mesa, puxe a cadeira para ela sentar, ajude ela a se
servir e finalmente desfrute ao seu lado da companhia de alguém que você ama e que merece todo cuidado do
mundo e que nesse momento tem muito menos energia e força para realizar essas ações.
Esse espírito do cuidar
contagia a todos. Essas
atitudes contagiam
pessoas que estão a sua
volta e dessa forma nos
tornamos muito mais
humanos e certamente o
universo conspira a nosso
favor.
Os gestos afetivos, os estímulos e a
expressão de sentimentos permitem
aos cuidadores materializar a
solidariedade e possibilitam o
encontro com a autonomia corporal,
tornando assim o paciente mais
independente, mais integrado e
menos sofrido. Ao segurar a mão
ou dar um abraço, já percebemos a
recepção do corpo e o benefício do
afeto.
O que é relevante destacar, é que o
ato de tratar no contexto do cuidado
não precisa opor-se ao ato de cuidar,
ao contrário, deve aliar-se a ele, pois
as duas ações fundam os pilares das
habilidades técnica e interpessoal
requeridasnocampodecompetência
do cuidar profissional.
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Como encantar pacientes com cuidado e amor

  • 1.
  • 2.
  • 3. Uma das perguntas mais enviadas para os Encantadores de Pacientes é: como fazemos para encantar os nossos pacientes na nossa clínica? Essa resposta logicamente não é tão simples. Primeiramente se faz necessário você estar encantado com o seu trabalho. O trabalho na área da saúde é lindo por natureza, fazemos o bem só de fazer o básico, de atender aqueles que estão necessitados. Para vivermos bem, temos que viver 7 dias da nossa semana e vemos muitos profissionais sobreviverem 5 e viverem 2. Enquanto estivermos vivendo esse dilema, dificilmente conseguiremos ajudar de forma diferenciada os outros e consequentemente a nós mesmos.
  • 4. O primeiro passo nessa situação é buscar o seu ENCANTAMENTO em relação ao que você trabalha. Amar o que faz é o verdadeiro combustível para transbordar felicidade e emitir alegria com empatia para aqueles que muitas vezesnãooptaramemestarnaqueleatendimento,muitasvezesnossospacientes necessitaram do mesmo. As pessoas não acordam com vontade de ir ao dentista, ao médico, ao fisioterapeuta, ao hospital ou ao laboratório. Elas necessitam por questões de saúde, estética, entre outras razões. Quando vamos viajar de avião, antes da decolagem as aeromoças orientam: “ ... No caso de uma despressurização, máscaras caíram sobre a sua cabeça, coloque em você primeiramente e somente depois coloque nas crianças ...” Logicamente se você desmair ou ficar tonto, o que são consequências que podem acontecer numa despressurização, você poderá não sobreviver e nem ajudar ao próximo colocar a máscara. A partir do momento que você ama aquilo faz, você será capaz de transmitir esse amor através de um atendimento encantador, só a partir daí entraremos na segunda etapa que consiste na forma de abordagem do seu atendimento para o seu paciente. Acreditamos muito no conceito de que para transformar a experiência do atendimento na saúde em uma experiência mágica, é muito mais simples quando existe amor no que se faz, já que as expectativas dos pacientes inicialmente são bastante baixas. Em geral o pré atendimento está repleto de ansiedade, dúvida, medo e incertezas e com isso seria importante o paciente ter uma sensação diferente da sua expectativa, logicamente superior, já que o padrão inicial é muito baixo. É importante que ele tenha a sensação de estar o mais próximo possível do aconchego de sua casa e receba o tratamento que lembre o máximo possível o de sua família. Pois é, essa é a grande diferença! Em geral o maior amor de um pai e de uma mãe é o amor pelo seu filho, e filho você não trata, você CUIDA!!!!!!!!
  • 5. Essa é a grande diferença para você encantar a sua vida e a daqueles que te cercam. Não trate apenas bem, cuide delas. Tratamos dentes, bocas, pernas, cabeças, corações e todos esses órgãos fazem parte de algo muito maior que é o ser humano, e esse precisa de cuidado.
  • 6. Portanto, cuidar do outro é ser depositário de seus temores, é partilhar afeição, é acompanhar de perto o paciente frente a aflição e separação dos outros. É garantir que ele continue sendo relevante para os demais e que a sua enfermidade não o isolou do grupo. Quando possível, abrandar a dor e ajudá-lo a conviver com sua fragilidade, em qualquer nível, seja física, psíquica ou funcional. Cuidar com sabedoria exige capacidade e empatia. Imagina que sua avó vai almoçar na sua casa e que ela tenha mais de 80 anos e está sentada no sofá quando sua mãe pede para que você vá chamá-la para almoçar. Naturalmente, você não vai chegar até a porta da cozinha e gritar: “ vó, a comida está na mesa!”. O mínimo que se espera de alguém que realmente CUIDA da avó e não a TRATA com descaso é que você vá até o sofá, a chame, ajude ela a levantar, acompanhe ela até a mesa, puxe a cadeira para ela sentar, ajude ela a se servir e finalmente desfrute ao seu lado da companhia de alguém que você ama e que merece todo cuidado do mundo e que nesse momento tem muito menos energia e força para realizar essas ações. Esse espírito do cuidar contagia a todos. Essas atitudes contagiam pessoas que estão a sua volta e dessa forma nos tornamos muito mais humanos e certamente o universo conspira a nosso favor.
  • 7.
  • 8. Os gestos afetivos, os estímulos e a expressão de sentimentos permitem aos cuidadores materializar a solidariedade e possibilitam o encontro com a autonomia corporal, tornando assim o paciente mais independente, mais integrado e menos sofrido. Ao segurar a mão ou dar um abraço, já percebemos a recepção do corpo e o benefício do afeto. O que é relevante destacar, é que o ato de tratar no contexto do cuidado não precisa opor-se ao ato de cuidar, ao contrário, deve aliar-se a ele, pois as duas ações fundam os pilares das habilidades técnica e interpessoal requeridasnocampodecompetência do cuidar profissional.